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SULFONAMIDAS, INIBIDORES DA DIIDROFOLATO REDUTASE E ANTISSÉPTICOS URINÁRIOS _______________________________________________________________________________________ REFERÊNCIA: Goodman e Gilman 12°ed. capítulo 52 (útil para os mecanismo de ação) Rang e Dale 7°ed. capítulo 50 (útil para os mecanismo de ação) Barros 4°ed. capítulos 22 e 27 (útil para terapêutica) Formulário Terapêutico Nacional, 2010 (útil para terapêutica) _______________________________________________________________________________________ SULFONAMIDAS Histórico - Nos anos 1930, antes da invenção da penicilina, Dogmak demonstrou que era possível um fármaco suprimir a infecção bacteriana - O agente era o prontosil, um corante que demonstrou ser um pró-fármaco inativo que era metabolizado in vivo num produto ativo, a sulfonamida - Desde então, muitas sulfonamidas foram desenvolvidas, mas sua importância foi diminuindo em decorrência da crescente resistência Estrutura Básica - Apresenta anel benzênico com apenas dois substituintes orientados em posição para - Substituintes: • Anel sulfonamídico (N1) • Anel anilínico (N4) Síntese do Ácido Fólico (Sinônimos do Ácido Fólico = Vitamina B9, Folacina, Ácido Pteroilglutâmico, Diidrofolato) -O ser humano, ao longo de sua evolução, perdeu a capacidade de sintetizar ácido fólico. Em contraponto, as bactérias mantém essa capacidade -O ácido fólico está envolvido na produção do material genético e na multiplicação celular e, por isso, a sua deficiência durante a gestação ocasiona problemas no fechamento do tubo neural -O ser humano não produz ácido fólico justamente por não possuir as enzimas diidropteroato sintetase e diidrofolato sintetase - Como o ser humano não produz ácido fólico ele precisa ingerir o folato inteiro e, por isso, o nosso organismo possui um transportador do ácido fólico (transportador que é ausente nas bactérias, uma vez que elas conseguem produzi-lo) Mecanismo de Ação - As sulfonamidas e o PABA são estruturalmente muito parecidos - Logo, as sulfas são análogas do PABA e competem com a diidropteroato sintetase (isso é denominado substituição isostérica não- clássica) - Quando as sulfas entram no meio intracelular das bactérias elas substituem o PABA e, dessa forma, a bactéria não consegue produzir ácido fólico, logo, não consegue se multiplicar - Subentende-se, então, que as sulfas são bacteriostáticos - Os efeitos da sulfonamida podem ser sobrepostos acrescentando PABA suplementar. Por essa razão, alguns anestésico locais, e que são ésteres do PABA (como a procaína), podem antagonizar o efeito antibacteriano das sulfas Ácido Folínico - Um dos tipos de ácidos tetraidrofólicos é o ácido folínico - No entanto, o ácido folínico não é vendido nas farmácias. O que existe é o Folinato de Cálcio 15 mg (Leucovorina®), que é um sal, convertido no intestino em ácido folínico - Por outro lado, o ácido fólico é vendido diretamente na farmácia, na forma de 5mg Conceitos - Metabólitos essenciais: substância produzidas pelo organismo que servem de substrato para uma determinada via metabólica (ex: PABA) - Antimetabólitos: substância que antagoniza um metabólito essencial (ex: sulfas) Resistência às Sulfonamidas - Desenvolvimento de rotas alternativas para o ácido fólico (bactéria deixa de precisar do PABA) - Conversão das sulfonamidas à metabólito útil (clivagem das sulfas) - Utilização do ácido fólico pré-formado - Aumento da parede celular bacteriana - Bombas de efluxo (o ATB entra na bactéria mas é expulso para o LEC) - A ação das sulfas é inibida pela presença de pus e de produtos de destruição tecidual, porque esses contém purinas e timinas, que são utilizados diretamente pelas bactérias na produção de DNA e RNA, dessa forma, as bactérias deixam de sintetizar ácido fólico Farmacocinética - Boa absorção por via oral (disponibilidade oral varia de 90 a 100%) • Exceção: sulfassalazina - Transportadas por albumina (caráter ácido) • Logo, outras substâncias ácidas que possuem maior afinidade pela albumina (ex: AAS) podem aumentar a fração livre de sulfonamida no sangue - Atravessam todas as barreiras orgânicas (incluindo hematoencefálica e hematoplacentária) - Alto volume de distribuição - Metabolizadas pelo fígado (acetiladas) - Excretadas por via renal Reações Adversas - Incidência de ~ 5% - Distúrbios do trato urinário: • Cristalúria em pacientes desidratados (a forma acetilada da sulfa pode cristalizar em pH ácido e formar cálculos) • Logo, em pacientes que vão usar sulfas por muito tempo (ex: prostatite crônica) deve- se aumentar a micção desses pacientes (volume urinário deve ser > 1,2L) e alcalinizar a urina (através do bicarbonato) - Distúrbios do sistema hematopoiético: • Anemia Hemolítica Aguda • Apenas em pacientes que possuem sensibilização (alergia) e nos pacientes que possuem deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD) • Agranulocitose • Anemia aplástica (rara) - Reações de Hiperssensibilidade: • Eritema multiforme • Urticária • Febre • Síndrome de Stevens-Johnson • Ocorre uma descamação de grande parte do corpo, afetando até mesmo órgãos internos, como os pulmões • Síndrome de Lyell (necrólise epidérmica tóxica) • Síndrome de Behçet - Necrose Focal ou Difusa do Fígado (raro — 0,1%) - Anorexia, Náusea, Vômito e Cefaléia • Efeito Antabuse® (Dissulfiram) • O Antabuse foi criado como medicamento para tratar alcoolismo • A ideia era que esse medicamento causaria efeitos adversos toda vez que a pessoa ingerisse álcool e, portanto, isso estimulasse a abstinência • No entanto, algumas pessoas morreram devido a essa interação • Logo, efeito Antabuse é um termo geral para medicamentos que causam náusea e vômito quando ingeridos junto com álcool - Antes de prescrever sulfonamidas, confirme se o paciente não é alérgico a drogas contendo enxofre Interações Sulfonamidas + _____________: - Antidiabéticos orais (sulfoniluréias): causam aumento do efeito hipoglicemiante (as sulfonamidas se ligam mais fortemente na albumina, logo, aumenta-se a fração livre de sulfoniluréia, o que aumenta o efeito hipoglicemiante) - Fenitoína (anticonvulsivante): causa aumento da atividade da fenitoína - Anticoncepcional oral: redução do efeito anticoncepcional - Ziidovudina (antiretroviral): aumento da toxicidade da ziidovudina (diminuição da depuração) - Fenilbutazona, probenecida ou salicilatos: aumento da toxicidade das sulfonamidas, menor ligação às proteínas plasmáticas - Anticoagulantes orais: aumento da atividade anticoagulante Inibidores da Diidrofolato Redutase (IDIFR) Mecanismo de Ação - Lembrando que a DIFR é uma enzima que converta ácido fólico em ácido folínico, logo, inibidores dessa enzima também atuam na síntese do material genético - Diferentes fármacos apresentam afinidade por diferentes DIFR: • Trimetoprima: afinidade por DIFR bacteriana • Pir imetamina : afinidade por DIFR protozoár ia (ex: toxoplasmose) • Metotrexato (MTX): afinidade por DIFR humana (por isso, é utilizada no controle de tumores e de doenças auto-imunes) • Ainda que esses diferentes IDIFR possuam afinidade por grupos distintos, todos podem influenciar na DIFR humana Uso excessivo de IDIFR - Os IDIFR, diferentemente das sulfas, atuam em enzimas presentes em nosso organismo - Dessa forma, eles afetam a multiplicação celular, principalmente em tecido de multiplicação rápida (trato gastrointestinal, cabelo e medula) - Por isso, paciente que utilizam esses medicamentos por períodos prolongados apresentam efeitos adversos importantes - Na medula espinhal, por exemplo, os IDIFR podem diminuir a proliferação de hemácias, fazendo com que hemácias imaturas sejam liberadas. Essas hemácias imaturas são grandes (hemácias macrolíticas) quando comparadas com as hemácias maduras e, por isso, esse quadro é chamado de anemia megaloblástica Toxoplasmose - Existem3 medicamentos utilizados no tratamento de toxoplasmose: • Sulfas • Pirimetamina • Ácido Folínico (utilizado justamente para compensar o efeito causado pela pirimetamina, que inibe a sua formação endógena) • Pacientes que tomam IDIFR devem tomar ácido folínico, e não ácido fólico (pois sem a DIFR o ácido fólico não vai ser convertido em ácido folínico) Contraindicações da IDIFR - Hiperssensibilidade - Porfirias (conjunto de doenças decorrentes de deficiências das enzimas envolvidas na síntese do grupo heme da hemoglobina) - Anemia megaloblástica por deficiência de folato - Gestantes • 1º trimestre (contraindicado trimetoprima —> se um IDIFR passar para o feto ele pode causar problemas de multiplicação celular, principalmente na fase de organogênese) • 3º trimestre (contraindicado sulfonamida —> isso causa kernicterus: doença que causa o deslocamento da bilirrubina, que então entra no SNC e se impregna nos núcleos da base —> isso ocorre pois as sulfas se ligam na albumina, deslocando a bilirrubina para sua fração livre) - Crianças com menos de 2 meses de idade • Exceção: tratamento de toxoplasmose congênita; nesse caso deve-se pesar qual o risco- benefício Medicamentos Específicos - Sulfas e IDIFR Sulfametoxazol + Trimetoprima (Co-trimoxazol) - A associação Trimetoprima + sulfametoxazol apresenta efeito sinérgico • Tanto é que esses medicamentos não são vendidos separadamente • Essa associação de fármacos é conhecida como Co-trimoxazol ou Bactrim® - Risco na gravidez = C* - Infecção Urinária Aguda Não-Complicada: • O tratamento empírico de escolha para infecção urinária simples é sulfametoxazol + trimetoprima • As E. Coli são responsáveis por cerca de 90% das infecções urinárias • Nos locais onde a resistência da E. Coli < 20% pode-se utilizar sulfametoxazol + trimetoprima • Nos locais onde a resistência da E. Coli > 20% o tratamento com sulfametoxazol + trimetoprima não é eficiente (ex: em Curitiba a resistência é > 50%) • Nos casos de mulher grávida e em homens não se deve realizar tratamento empírico, sendo que é necessário solicitar cultura e antibiograma Sulfas IDIFR Sulfametoxazol Trimetoprima Sulfadiazina Pirimetamina Sulfadoxina Metotrexato* (não é ATB, é um imunossupressor, utilizado tanto na oncologia quanto na reumatologia) Sulfassalazina* (quimicamente é uma sulfa, no entanto, não apresenta efeito ATB e sim anti-inflamatório intestinal) * Categorias de Risco na Gravidez: - Farmacocinática • Bem absorvida oralmente e distribuída através dos tecidos e fluídos corporais • Atinge altas concentrações nos pulmões e nos rins, além de concentrações consideravelmente elevadas no líquor • Meia vida de 24h - Formas Farmacêuticas: • Comprimidos: 400 + 80mg • Suspensão oral: 40 + 8mg/mL • Solução injetável: 80 +16mg/mL —> utilizado para pneumocystis jiroveci (pneumonia fúngica) • Para cada ampola de 5mL deve-se adicionar 125mL de glicose 5% • A infusão venosa deve durar entre 60 e 90 minutos Terapêutica: - Infecção aguda urinária não-complicada/Cistite simples (E.coli com resistência < 20%) • Dose oral = 800 + 160mg • Intervalo = 12h/12h • Duração = 3 dias - Profilaxia pós-coito • Dose oral = 200 + 40mg • Intervalo = dose única • Duração = no dia da relação sexual - Os riscos na gravidez podem ser divididos de acordo com cada trimestre, pois existem medicamentos que possuem uma categoria no 1º trimestre e outra no 3º - Ex: Risco na gravidez do paracetamol: B/B/B - Prostatite aguda (principal sintoma é dor no momento da ejaculação) • Dose oral = 800 + 160mg • O tratamento inteiro deve durar 28 dias: • 10 primeiros dias: • 2 comprimidos de 6/6h • Últimos 18 dias: • 2 comprimidos de 12/12h • Se ainda assim a infecção persistir, trata-se de uma prostatite crônica - Prostatite crônica • Dose = 800 + 160mg • Intervalo = 12h • Duração = 90 dias - Shigelose (infecção aguda do intestino causada pelas bactérias Shigella spp) • Dose = 800 + 160mg • Intervalo = 12h • Duração = 3 - 5 dias - Febre tifóide • Dose = 800 + 160mg • Intervalo = 12h • Duração = 14 dias - Diarréia (E coli) • Dose = 800 + 160 • Intervalo = 12h • Duração = 3-5 dias Alerta - O uso de Cotrimoxazol deve ser evitado em pacientes (principalmente idosos) em tratamento com fármacos inibidores do sistema renina angiotensina (IECAS, BRAS ou Espironolactona), devido à associação com o aumento da hospitalização por HIPERCALEMIA e aumento do risco de morte súbita nos primeiros 7 dias após o tratamento - Principalmente em tratamentos longos, como o da prostatite crônica - Obs: • IECAS = Enalapril, Lisinopril, Ramipril, etc • BRAS: Losartana, Valsartana, Candesartana, etc - Outro problema do tratamento prolongado com sulfas é a cristalúria Sulfadiazina - Formas Farmacêuticas: • Comprimidos: 500mg • Uso tópico: Sulfadiazina de prata (creme 1%), pode vir associada com nitrato de cério 0,4% - Indicações: • Toxoplasmose • Nocardiose • Protozoários em geral • Pode ser utilizada em cistite simples (mas preconiza-se o uso de cotrimoxazol nesses casos) - Risco na gravidez no comprimido = C - Risco na gravidez no tópico = B Terapêutica - Toxoplasmose (em imunocompetentes - independente se é ocular* ou sistêmica) • Sulfadiazina 500mg** • 500 ou 1000mg de 6/6h por 30 dias • Pirimetamina 25mg • 100mg 1x/dia nos 3 primeiros dias (“dose de ataque”) —> 50mg 1x/dia por 27 dias • É um IDIFR, logo, deve ser evitado no 1º trimestre de gestação (nesse caso utiliza -se apenas sulfadiazina) • Folinato de cálcio 15mg • 15mg 1x/dia por 30 dias *Para toxoplasmose ocular acrescenta-se prednisona (glicocorticóide) 20-40 mg/dia —> quando o toxoplasma começa a morrer ele causa uma reação inflamatória que pode destruir a retina; por isso utiliza-se a prednisona para reduzir a reação inflamatória ** Existe um segundo esquema terapêutico no caso de resistência ao toxoplasma: substitui a sulfadiazina por clindamicina 300mg, 300mg de 6/6h por 30 dias (lembrando que essa é uma segunda opção, sempre deve-se iniciar o tratamento pela sulfadiazina) - Profilaxia e tratamento de infecção em queimaduras • Sulfadiazina de prata 1% + Nitrato de cério 0,4% • Aplicar fina camada 1x/dia até a cicatrização • Pode causar alergia • Devido à possibilidade de kernicterus seu uso não é recomendado em caso de: • Gravidez a termo • Crianças prematuras e recém-natos no 1º mês da vida, quando a área a ser tratada for maior que 25% da superfície corporal • Mecanismo de ação da prata = deslocamento dos íons hidrogênio e das pontes nitrogênio- hidrogênio da hélice do DNA bacteriano e DNA fúngico Sulfadoxina - Pode ser feita a associação = Sulfadoxina + pirimetamina - Indicação = tratamento e profilaxia da malária (cepas resistentes) - Risco na gravidez = C Sulfassalazina - Como dito anteriormente, quimicamente é uma sulfa, no entanto, não apresenta efeito ATB e sim anti-inflamatório intestinal - É possível utilizar a sulfassalazina em associação com o MTX no tratamento da doença de Crohn • A sulfassalazina melhora o processo inflamatório • O metotrexato realiza o efeito imunossupressor Antissépticos Urinários Nitrofurantoína Farmacocinética - A nitrofurantoína só possui ação na bexiga urinária e, por isso, só é utilizada no tratamento de cistite Gravidez - Risco na gravidez B - Não utilizar em gravidez a termo (último trimestre) Mecanismo de Ação - A nitrofurantoína possui 5 mecanismos de ação, sendo um deles: • A nitrofurantoína é reduzida em intermediários altamente reativos (mecanismo parecido com a quinolona), como o radical superóxido • O radical superóxido influencia no material genético - Com 5 mecanismos de ação é muito difícil para a bactéria desenvolver resistência a esse medicamento Indicações - Profilaxia e tratamento de infecção de trato urinário baixo não-complicada (em locaiscom E coli com resistência > 20%) - Pode ser utilizado para profilaxia pós-coital - Não serve para pielonefrite e não atua em nenhum outro local - Vantagem é que dificilmente existe resistência para esse medicamento Reações Adversas (devido à geração de radicais superóxidos): - Ocorre no caso de problemas renais, em que os radicais superóxidos não são eliminados corretamente e ficam circulando pelo organismo - Isso ocorre geralmente em idosos e/ou insuficientes renais - O acúmulo desses radicais pode gerar: • Problemas gastrointestinais • Pneumonite química/intersticial (principalmente em pacientes com função renal ruim) • Fibrose pulmonar • Hepatite crônica • Hepatite colestática • Cirrose Formas Farmacêuticas - Nitrofurantoína microcristalina (liberação imediata. Era utilizada antigamente; atualmente está em desuso devido à alta intolerância gastrointestinal) - Nitrofurantoína macrocristalina - Comprimidos 100mg (Macrodantina®) - Utilizada no Brasil - Nitrofurantoína monohidratada 75mg + Nitrofurantoína macrocristalina 25mg (Macrobid®) - utilizada em países de primeiro mundo; possui uma liberação prolongada’ Terapêutica - ITU não complicada • 100 mg, via oral, 6/6h, por 3-5 dias (recomenda-se a administração com alimentos para amenizar a irritação gástrica) • Não é recomendado o uso da nitrofurantoína em tratamentos prolongados (>7 dias) - Profilaxia ITU recorrente (pacientes com sonda vesical) e Profilaxia ITU pós-coito • 100mg, via oral, administrar à noite, durante o uso da sonda ou após coito Alerta - Evitar tratamentos contínuo ou intermitente por longo prazo - Use com precaução em idosos, dada a possibilidade de toxicidade renal e pulmonar. Recomenda-se monitorar a função renal e pulmonar - Evite agentes que alcalinizem a urina (p.ex.: citrato de potássio), uma vez que aumentam a concentração inibitória bacteriana mínima (CIM) • Existem bactérias que intrinsicamente aumentam o pH da urina (ex: Proteus) Fenazopiridina (Corante AZO/Pyridum®) - Na realidade, é um analgésico e não antisséptico do trato urinário (apenas tira a dor, não mata a bactéria) - 200 mg, 8/8horas, após as refeições, para reduzir o desconforto estomacal - Produz uma coloração vermelho-alaranjada na urina e nas fezes podendo manchar as roupas - Pode causar descoloração de fluídos e tecidos corpóreos como unhas, lábios, esperma, etc., e já foram reportadas manchas em lentes de contato - Houve relatos de descoloração de dentes quando o produto foi mastigado ou mantido na boca antes da deglutição - Deve ser evitado, a não ser em casos em que a dor for muito intensa (ex: cirurgias urológicas) _______________________________________________________________________________________ Revisão - New England - Nitrofurantoína, sulfametoxazol + trimetoprima e fosfomicina são considerados a primeira linha de combate à cistite - Fluorquinolona não deve ser o tratamento de rotina para cistite, e deve ser reservada para tratamento empírico de pielonefrite _______________________________________________________________________________________
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