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Desvendando o Desenvolvimento de Websites - 2006 1 de 26 Desvendando o Desenvolvimento de Websites Por Talita Pagani Britto (designer e desenvolvedora – www.talitapagani.com) SUMÁRIO DESVENDANDO O DESENVOLVIMENTO DE WEBSITES........................................................1 SUMÁRIO ..................................................................................................................................1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................................3 1) PLANEJAMENTO .....................................................................................................................4 1.1. OBTENDO INFORMAÇÕES: BRIEFING.......................................................................................4 1.2. ARQUITETURA DE INFORMAÇÃO .............................................................................................4 1.2.1. O que é?......................................................................................................................4 1.2.2. Como Fazer?...............................................................................................................4 1.2.3. Peso do conteúdo .......................................................................................................5 1.3. WIREFRAMES: DESIGN DE INTERFACE.....................................................................................6 1.3.1. Regras e dicas para projetar um bom wireframe........................................................6 1.3.2. Padrão Universal de Interface.....................................................................................6 1.3.3. Exemplo de como construir um wireframe..................................................................7 1.4. PROTOTIPAÇÃO.....................................................................................................................8 1.4.1. Definindo Cenários......................................................................................................8 2) DESIGN .....................................................................................................................................9 2.1. IDENTIDADE VISUAL...............................................................................................................9 2.1.1. Escolhendo as cores...................................................................................................9 2.1.2. Contraste e Legibilidade .............................................................................................9 2.1.3. Tipografia ....................................................................................................................9 2.1.4. Gráficos .....................................................................................................................10 2.1.4. Mantenha a consistência ..........................................................................................10 2.2. DIAGRAMAÇÃO....................................................................................................................11 2.2.1. Proximidade ..............................................................................................................11 2.2.2. Alinhamento ..............................................................................................................11 2.2.3. Repetição ..................................................................................................................12 2.2.4. Contraste...................................................................................................................12 2.3. RESOLUÇÃO DE TELA ..........................................................................................................12 3) INTERAÇÃO COM O USUÁRIO.............................................................................................13 3.1. DICAS DE COMPOSIÇÃO DOS TEXTOS....................................................................................13 3.2. A IMPORTÂNCIA DO FEEDBACK .............................................................................................13 3.2.1. Na prática, como fazer? ............................................................................................14 3.3. ESPAÇO PARA OPINIÕES ......................................................................................................14 3.4. AJUDE O USUÁRIO ...............................................................................................................14 4) WEB STANDARDS .................................................................................................................15 4.1. QUATRO REGRAS BÁSICAS...................................................................................................15 4.2. SEPARANDO CONTEÚDO E FORMATAÇÃO ..............................................................................15 4.3. ATENÇÃO COM A SEMÂNTICA ...............................................................................................16 4.3.1. Tableless ...................................................................................................................16 4.3.2. Cada tag em seu lugar..............................................................................................16 4.4. ENDENTANDO SEU CÓDIGO ..................................................................................................17 4.5. NÃO ESQUEÇA O DOCTYPE ..................................................................................................17 4.6. FORNECENDO INFORMAÇÕES SOBRE O SEU SITE ..................................................................17 4.7. COMENTÁRIOS ....................................................................................................................18 Desvendando o Desenvolvimento de Websites - 2006 2 de 26 5) USABILIDADE ........................................................................................................................19 5.1. PROJETANDO PARA O USUÁRIO ............................................................................................19 5.1.1. O que os usuários esperam dos websites ................................................................19 5.1.2. Os principais erros que dificultam a experiência do usuário ....................................19 5.1.3. Melhores Práticas e Regras......................................................................................20 5.2. HEURÍSTICAS PARA AVALIAR A USABILIDADE..........................................................................20 6) ACESSIBILIDADE ..................................................................................................................22 6.1. AS PRINCIPAIS DIRETIVAS ...................................................................................................22 6.1.1. Texto e Conteúdo......................................................................................................22 6.1.2. Cores.........................................................................................................................22 6.1.3. Imagens.....................................................................................................................23 6.1.4. Estrutura e Formatação ............................................................................................23 6.1.5. Links ..........................................................................................................................23 6.1.6. Controles de Navegação...........................................................................................23 6.1.7. Sobre o Site...............................................................................................................23 6.1.8. Formulários ...............................................................................................................236.2. QUANDO NÃO FOR POSSÍVEL CRIAR UM DOCUMENTO TOTALMENTE ACESSÍVEL .......................24 6.3. PARA SABER MAIS ...............................................................................................................24 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...........................................................................................25 APÊNDICE A: OUTROS LIVROS INDICADOS .........................................................................26 Desvendando o Desenvolvimento de Websites - 2006 3 de 26 INTRODUÇÃO Esta apostila apresenta de maneira objetiva os conceitos básicos que todo designer para a web deve conhecer para projetar sites agradáveis, fluídos e que facilitem a experiência das pessoas. Hoje em dia, qualquer pessoa que deseja trabalhar com desenvolvimento para internet deve ter conhecimentos que vão além de HTML, JavaScript, PHP. A forma como as pessoas se relacionam através da web e a navegação centrada no usuário são alguns dos conceitos que já são prioridade na hora de projetar websites. Por isso esta apostila não é sobre como fazer as páginas com XHTML e CSS, supondo que você já tenha um conhecimento básico nestas linguagens, pois será necessário no capítulo sobre Web Standards e Acessibilidade. Você aprenderá os principais fundamentos da Arquitetura de Informação, Estratégia de Conteúdo, Projeto de Wireframes, Design, Comunicação com o usuário, Usabilidade e Acessibilidade, para projetar sites que, além de bonitos, são fáceis de usar e acrescentam valor à experiência do usuário com o produto. Com certeza será uma ótima referência se você estiver começando na área ou deseja ampliar seus conhecimentos sobre os projetos de internet, mas ela é apenas a porta de entrada. Leia, pesquise, navegue muito e veja a relação de links e livros interessantes no final da apostila. Boa leitura. Desvendando o Desenvolvimento de Websites - 2006 4 de 26 1) PLANEJAMENTO Neste capítulo você aprenderá todos os processos para levantar informações do projeto e definir as estratégias do fluxo de navegação e interface. 1.1. Obtendo informações: Briefing Briefing é conjunto de informações que você irá obter em uma entrevista com o cliente, para que possam ser definidos os objetivos do projeto. O documento é fundamental para que você compreenda a dimensão do website, e basicamente você deve levantar informações como: • Qual o ramo de atuação da empresa e quais os serviços oferecidos? • Quem é o público-alvo? • Quais as vantagens/desvantagens da empresa sobre os concorrentes? • Qual o objetivo do site? • Que imagem deseja ser transmitida para o usuário/cliente ? • Qual o conteúdo do site? (tópicos) Outras questões que podem ser inseridas são relativas ao prazo/cronograma de desenvolvimento, verba do projeto, ferramentas de marketing utilizadas pela empresa atualmente, etc. Dica: Baixe gratuitamente um modelo de briefing no site da Revista WebDesign, seção Downloads. (http://www.arteccom.com.br/webdesign/interna.asp?id=3) 1.2. Arquitetura de Informação Depois que você obteve as principais informações, chegou a hora de definir a arquitetura de informação. 1.2.1. O que é? É o design da informação do site, que tem como métodos a hierarquia de conteúdos relacionados entre si e a estruturação dos fluxos de navegação. É o processo que analisa o peso(relevância) do conteúdo e desenvolve os caminhos para uma navegação fácil e intuitiva. A arquitetura de informação define o mapa do site e a hierarquia dos menus de navegação. 1.2.2. Como Fazer? No briefing você definiu com seu cliente qual seria o conteúdo do site. Por exemplo: o site que o seu cliente quer terá que ter informações sobre a empresa (visão, missão, história, equipe e estrutura), os serviços oferecidos (treinamentos, cursos, palestras, consultoria), sala de imprensa, releases, press kit e informações para contato. Você deve, primeiro, agrupar o conteúdo em grupos que estejam relacionados entre si, por assunto. Depois, você deverá agrupar esses grupos em áreas. Dessa forma você estará definindo uma hierarquia entre o conteúdo. Este processo se chama taxonomia, que consiste em classificar os elementos dentro de um contexto, para que eles possuam um sentido e proporcionem um acesso intuitivo à informação que o usuário necessita. Para que você entenda melhor, veja como ficará a arquitetura de informação do website de exemplo, sob a forma de um fluxograma (como deve ser feito): Desvendando o Desenvolvimento de Websites - 2006 5 de 26 Fig. 1 – Exemplo de Arquitetura de informação de um website Note que Releases e Press Kit foram agrupados em Sala de Imprensa e que a seção Quem Somos também está relacionada com a página de Contato, mesmo ela não estando contida na hierarquia de Quem Somos. Isso significa que as páginas de Quem Somos podem levar até a página de Contato, através de alguma mensagem ou hiperlink. Lembre-se que quanto maior o website, mais complexa será sua arquitetura de informação. Os fluxogramas ajudam os designers a identificar e organizar os caminhos que o usuário terá que percorrer até encontrar a informação que deseja. Uma boa arquitetura de informação é um dos principais ingredientes para sites eficientes e persuasivos. 1.2.3. Peso do conteúdo Determinar o peso do conteúdo é determinar a relevância dos elementos de interface, como blocos de texto, busca, menu, imagens, etc. A arquitetura de informação organiza a hierarquia de páginas e dentro de cada página você terá elementos que devem ser organizados de acordo com a sua importância. Segundo Felipe Memória, em seu livro Design para a Internet:projetando a experiência perfeita (Editora Elsevier, 2005): “As pessoas estão atrás de informação ou interação, comportamentos que geram necessidade de realização de tarefas”. Portanto, no momento de definir os elementos que irão compor as páginas de seu website, principalmente a inicial você deve saber quais serão as principais tarefas a serem executadas pelos usuários e realçar os pontos interessantes. Você pode fazer tudo isso em uma simples folha de papel. Um exemplo, determinando a relevância dos elementos de interface de uma página principal: Logotipo 1 Recurso de Busca 1 Nevegação Global 1 Texto de apresentação 1 Últimas notícias 2 Enquete 2 Desvendando o Desenvolvimento de Websites - 2006 6 de 26 Onde: 1 é o elemento mais relevante e 4 é o elemento menos relevante. 1.3. Wireframes: design de interface No desenho dos wireframes você irá aplicar a arquitetura de informação em esboços do layout físico, que seriam como a estrutura, o esqueleto da interface de seu website. Este processo precede a prototipação. Como disse Molly E. Holzschlag, em seu livro 250 HTML and Web Design Secrets (Wiley Publishing, Inc., 2004), em tradução livre: “Você não estará olhando para a informação da maneira como as cores serão usadas para os links de navegação (considerado o ‘como’). Você estará olhando para o que consiste a navegação (considerado o ‘o que’)”. Você poderá usar qualquer programa de imagem vetorial ou bitmap, como Photoshop ou Freehand para fazer seus wireframes. Os elementos de interface, que você classificou por peso, agora serão desenhados em uma tela e posicionados corretamente. Eles irão detalhar a navegação primária e, se necessário, definir uma navegação secundária. 1.3.1. Regras e dicas para projetar um bom wireframe • Desenhe todos os elementos, incluindo imagens e elementos de formulário, no tamanho real em que eles serão utilizados, para evitar erros; • Mantenha um bom alinhamento e distribuição do conteúdo (veja mais dicas no capítulo sobre Design); • Use exemplos de textos que façam sentido ao conteúdo. Como disseFelipe Memória(2005), evite o “Lorem ipsum dolor sit amet1”; • Posicione as informações mais importantes acima da primeira rolagem de tela, a relevância do conteúdo deverá ficar evidente no design da interface; • As informações relacionadas devem ser agrupadas corretamente; • Os títulos das páginas e seções devem ser coerentes e mostrar claramente ao usuário o que ele encontrará naquela página ou seção. 1.3.2. Padrão Universal de Interface Fig. 2 – modelo de interface universal, mais utilizado na internet, baseado na figura 2.8. do livro Design para a internet: projetando a experiência perfeita 1 Frase em latim que normalmente é usada para simular títulos e massas de texto. Fonte: Design para a Internet:projetando a experiência perfeita, Felipe Memória, Editora Elsevier, Rio de Janeiro, 2005. Coluna de Links relacionados 3 Parceiros 3 Publicidade 4 Desvendando o Desenvolvimento de Websites - 2006 7 de 26 Esta estrutura de página é uma convenção de design respeita e muito usada. Ela é baseada em diversos estudos que analisam quais os primeiros elementos que os usuários visualizam e procuram quando acessam um site. A visão do usuário começa da esquerda para a direita, de cima para baixo, mas ele não mantém uma visão totalmente linear do seu conteúdo. Tenha em mente que a visão do usuário é diferente da visão do design sobre a interface. Dica: Saiba mais sobre Visão do Usário x Visão do Designer em http://www.usabilidoido.com.br/elementos_de_design_grafico_para_websites.html Como a maioria dos sites usam os mesmos elementos nas mesmas disposições, esses simples padrões se tornaram convenções de design. Respeitá-las é fazer com que o usuário não fique surpreso ou confuso ao acessar seu site, sem saber por onde ele deve começar. Mas não encare este padrão como uma limitação de criatividade, alterações podem ser feitas, mas algumas características devem ser mantidas, por exemplo: • O logotipo da empresa deve preferencialmente ser mantido à esquerda, pois ele deve ser o primeiro elemento que o seu usuário verá, identificando onde ele está; • A busca é um recurso muito utilizado, por isso sua localização não deve ser difícil. Não precisa necessariamente ficar ao lado do logotipo, mas deve ser um dos primeiros elementos da interface; • A barra de navegação também deve estar em locais acessíveis, mas procure não colocá-la acima de banners de publicidade, no topo da página. Usuários ignoram a maioria dos elementos que se encontram acima dos banners; (Jakob Nielsen, Homepage Usabilidade:50 Websites Descontruídos, 2002) 1.3.3. Exemplo de como construir um wireframe Em uma folha de papel, desenhe todos os elementos que serão inseridos na interface, como se eles fossem blocos, caixas. Fig. 3 – identificando e desenhando todos os elementos da interface Depois disso, você irá posicioná-los corretamente de acordo com o peso de cada item, adicionando os textos e lembrando sempre do padrão universal de interface. Desvendando o Desenvolvimento de Websites - 2006 8 de 26 Fig. 4 – Modelo de wireframe Dica: Quanto mais simples o wireframe, melhor. Mas, dependendo da complexidade do projeto, você precisará colocar mais elementos dentro do desenho da interface. Lembre-se também de fazer os wireframes das páginas internas mantendo os padrões usados na página principal. Nota: O objetivo dos wireframes não é definir design gráfico, por isso não se preocupe em definir cores, formas e estilos neste momento. 1.4. Prototipação Para uma rápida definição do processo de prototipação, é a etapa onde serão aplicados os conceitos do wireframe sobre um projeto visual. Este é a última etapa do planejamento, já começando o design gráfico. Os protótipos são necessários para que designers, desenvolvedores e cliente ter uma visão mais concreta do website, facilitando a análise e melhora do produto. 1.4.1. Definindo Cenários • Você dever saber qual a meta de seu usuário no website; • Pense em situações de navegação do usuário, o que ele deseja encontrar, o que você pode oferecer nas páginas (principal e internas) para ajudar o usuário e motivar ele a ficar mais tempo em seu website; • Desenhe storyboards que mostrem o que os usuários querem e quais os caminhos que eles devem percorrer até chegar a informação desejada. Desvendando o Desenvolvimento de Websites - 2006 9 de 26 2) DESIGN Nessa etapa iremos tratar graficamente das páginas, dando “vida” aos elementos de interface e definindo a identidade visual do site. 2.1. Identidade Visual Consiste em elaborar um padrão para todos os elementos que serão comumente utilizados no site, gerando uma consistência de conteúdo e melhor usabilidade, pois o usuário sabe o que esperar de determinadas funcionalidades se elas seguem os mesmos padrões. 2.1.1. Escolhendo as cores As cores são fundamentais para transmitir a energia do site e do conteúdo ao usuário. Um bom layout deve conter um bom contraste de cores, prezando sempre pela harmonia e legibilidade. Veja alguns significados para as principais cores: • Preto: muito mórbido para ser usado como plano de fundo na internet, mas é válido de acordo com a idéia de será transmitida, de uma certa maneira representa requinte se combinado á outras cores como tons pastéis, mas ainda assim é muito pesado. • Branco: uma cor básica e limpa, suaviza o layout e casa muito bem com cores claras ou escuras. Ideal para plano de fundo. • Vermelho: transmite calor, vida, inovação. Chama a atenção para o tema. • Azul: passa uma certa seriedade, confiança, calma e é uma cor que consegue expressar “tecnologia”. • Pastel: cores delicadas, ideal para sites femininos, de culinária, ou sites sobre antiguidades. • Laranja: jovialidade, positividade, vida, muito bom para sites teen e lazer, assim como o amarelo e rosa. • Verde: saúde, medicina, natureza. Dica: Se você deseja saber quais as melhores combinações de cores para seu site veja esta ferramenta: http://wellstyled.com/tools/colorscheme2/. 2.1.2. Contraste e Legibilidade A visualização é mais exaustiva no monitor, por isso procure não colocar planos de fundo escuros ou com imagens. Se você tiver alguns elementos de cores escuras em seu site, faça com que as cores de texto sobre esses elementos tenham um contraste suficiente, pois isso pode gerar um problema grave de legibilidade se um usuário que usa monitor monocromático acessar seu site. Dica: Em uma página da Universidade Federal do Rio Grande do Sul há um interessante arquivo que será uma ótima referência sobre o contraste entre cores de texto e plano de fundo: http://www.inf.ufrgs.br/~cabral/Cores.sobre.fundos.ppt. 2.1.3. Tipografia Tipografia é a composição das famílias de fontes, que visa estudar questões como legibilidade, estrutura e estética das letras impressas a fim de facilitar a comunicação visual dos textos. Na web devemos pensar com cuidado nos tipo de fontes que serão escolhidas, para que elas também não causem problemas na legibilidade do conteúdo. Desvendando o Desenvolvimento de Websites - 2006 10 de 26 As principais famílias de fontes são: • Serifadas (ex.: Times new Roman, Geórgia, Courrier New): possuem arestas nas extremidades das letras. São adequadas para impressão, mas não para corpo de texto na web. No caso de títulos ou textos de tamanhos grandes, oferecem elegância. • Não serifadas (ex.: Arial, Tahoma, Verdana, Trebuchet MS): são as mais adequadas para a leitura online, a maioria possui alta legibilidade • Cursivas (ex.: Monotype Cursiva, Staccato): são fontes que apresentam o estilo manuscrito; • Fantasy (ex.: ComicSans): são fontes decorativas, com o intuito apenas de enfeitar. Cuidado ao usá-las. Normalmente são mais usadas para desenvolver logotipos. Dica: Evite usar tipos muito parecidos entre títulos e corpo de texto, o contraste é fundamental. Espaçamentos entre linhas também são importantes para facilitar a leitura. 2.1.4. Gráficos Nem só de textos vivem os sites, afinal, imagens também são conteúdo. O uso de gráficos deve ser adequado ao contexto. Imagens usadas como detalhes de layout devem ajudar a ilustrar a interface e envolver as pessoas em seu conteúdo. Ícones e símbolos ajudam a referenciar e identificar a informação que está sendo visualizada ou requerida. Por exemplo: ícones de impressão, botão fechar, “casinha” (ir para a página principal), ícone de áudio e/ou vídeo, marcadores de listas, etc. Fig. 5 – uso contido e adequado de gráficos na seção Biblioteca do portal UOL 2.1.4. Mantenha a consistência Depois que você escolheu as cores, as fontes os gráficos e/ou os ícones, é hora de cuidar da consistência entre os estilos. É o principal conceito da identidade visual, ela indica uma familiaridade e continuidade de conteúdo. Um dos mais comuns erros dos profissionais de internet está na questão das cores de links: muitos sites não diferenciam as cores de links das cores de texto e não identificam os links não-visitados dos visitados. O ideal é que haja, pelo menos, três cores diferentes para os links: não-visitados, visitados e com o mouse sobre o link. As cores não precisam ser aquelas default do navegador Desvendando o Desenvolvimento de Websites - 2006 11 de 26 (azul e púrpura), como sugere o radical Jakob Nielsen. Apenas os links devem ter algum diferencial, além da cor, como negrito ou sublinhado. Outras dicas fundamentais para manter a consistência de suas páginas são: • Tenha um único estilo para títulos, subtítulos e corpo de texto. Dê preferência para estilos bem diferenciados – tanto na questão de fonte, tamanho e cores – entre estes itens; • Se cada seção do seu site tem uma imagem ilustrativa, faça com que todas elas possuam o mesmo tamanho, estilo (arte final) e alinhamento. O mesmo é válido para ícones, símbolos e botões; • Os cabeçalhos e rodapé de suas páginas internas devem iguais, para que o usuário tenha certeza de que, quando clicar em algum link e abrir uma outra página, continua no mesmo site; • Os elementos básicos (títulos, subtítulos, menu de navegação, corpo de texto), além de manter o mesmo estilo, devem manter o mesmo posicionamento e alinhamento. 2.2. Diagramação A diagramação é a etapa que cuida da distribuição e organização de elementos em uma página. Veremos quatro principais fundamentos para diagramar páginas, retirados do livro Design para quem não é designer, de Robin Williams (Editora CALLIS, 2005). 2.2.1. Proximidade Os elementos de seu website que estão relacionados entre si devem ser agrupados a fim de formar unidades visuais. A proximidade entre os itens agrupados ajuda o usuário a se localizar dentro do conteúdo, afinal, as informações estarão organizadas. 2.2.2. Alinhamento O alinhamento é importante tanto em questão de elementos gerais quanto em corpo de texto. Para os elementos, de um modo geral, é importante pois se os elementos estiverem alinhados em uma mesma linha de base, cria uma conexão visual entre os itens e unifica a página. Fig. 5 – Exemplo de bom alinhamento de elementos do portal Terra (as linhas pretas indicam a linha-base percebida inconscientemente) Desvendando o Desenvolvimento de Websites - 2006 12 de 26 Para o corpo de texto, evite o alinhamento centralizado. Use-o apenas para títulos e textos formais. O alinhamento à direita também deve ser evitado e procure manter apenas um tipo de alinhamento em suas páginas. 2.2.3. Repetição É a consistência no caso de documento de muitas páginas. A repetição é o esforço consciente para unificar os elementos de interface e design para agrupar partes que estariam separadas e criar uma identificação e relacionamento. 2.2.4. Contraste Aqui o contraste não diz respeito ás cores e sim a uma hierarquia organização entre diferentes elementos. “Se dois itens não forem exatamente os mesmos, diferencie-os completamente.” Robin Williams, Design para quem não é designer 2.3. Resolução de Tela A maioria dos desenvolvedores e designers trabalham com resolução de 1024 x 768 ou superior, mas a realidade dos usuários é completamente diferente. Normalmente os usuários domésticos utilizam resolução de 800 x 600, por isso você deve estar atento para não projetar um website com largura muito extensa, afinal, barra de rolagem horizontal é desagradável e fere os princípios de usabilidade. Consequentemente a área de visibilidade também diminui em 800 x 600. A largura adequada, portanto, seria 770 px (já descontando a largura da barra de rolagem vertical) e altura da área de visibilidade (tela antes do scroll) seria 440 px. Desvendando o Desenvolvimento de Websites - 2006 13 de 26 3) INTERAÇÃO COM O USUÁRIO Cada dia mais os desenvolvedores de internet entendem a importância do projeto de websites centrado no usuário. A internet é uma ferramenta de interação social, que conecta pessoas e não simples máquinas. Por isso é importante que a forma como os produtos e serviços de internet se comunicam com o usuário agregue valores, emoções e faça com que o usuário seja (e se sinta) um colaborador daquele produto/serviço. Neste capítulo estaremos mais próximos da usabilidade. 3.1. Dicas de composição dos textos Textos bem escritos para a internet facilitam não só a leitura como a interação das pessoas com os websites. O importante não é só saber escrever, mas o que e como escrever. Algumas dicas podem evitar que o usuário se sinta incomodado ao navegar no seu site: • Os textos devem ser curtos e as linhas não podem ser extensas. Na tela de um monitor a leitura é 25% mais difícil, por isso, segundo Jakob Nielsen, os textos devem ser 50% mais curtos. Procure fazer com a largura das linhas ou colunas de texto não ultrapassem 80 caracteres, pois pode causar uma perda no foco da leitura do usuário ao mudar de linha. • Não dê boas-vindas aos seus visitantes, você não os conhece e eles podem se sentir intimidados se estiverem passando apenas para “dar uma olhadinha". Saudações de boas-vindas são melhores em áreas restritas aos usuários. • A linguagem deve ser adequada ao público-alvo. Por exemplo, gírias são melhores em sites voltados ao público jovem, enquanto que sites jornalísticos necessitam de uma linguagem mais culta. Em muitos casos o excesso de formalidade do texto também pode prejudicar a experiência de seus usuários, mas mantenha o bom senso ao redigir o conteúdo de seu website. • Evite palavras de difícil compreensão das pessoas ou termos técnicos, se o seu público-alvo for diversificado. • Usar somente o discurso imperativo, como em “Insira uma cidade ou CEP” nas tarefas obrigatórias ou qualificar a declaração adequadamente. Por exemplo, você poderia dizer “Para saber o tempo local, insira uma cidade ou CEP”. As pessoas acompanham naturalmente o texto que informa o que devemos fazer em um site, principalmente se estiver em algo conhecido, como uma caixa de entrada ou em menu drop-down, e com certeza seguem as instruções porque acham que devem fazer o que as instruções indicam (Fonte: Leonardo Faria apud Jakob Nielsen [http://leonardofaria.net/tags/usabilidade/, acesso em 08/07/2006]). • Os pontos de exclamação devem ser evitados, pois não fazem parte da grafia profissional. • Evite textos totalmente em maiúsculas. Além de comprometerem a legibilidade, texto em maiúsculas muitas vezes sugerem que você esteja “gritando”como o usuário. 3.2. A importância do feedback O feedback é a melhor forma de você obter informações sobre o funcionamento de seu website e interagir com seus usuários e público-alvo. Além de passar credibilidade, o feedback dos usuários será útil para avaliar o desempenho do site e dos sistemas que o compõe. O termo tem vários significados e muitos deles podem ser aplicados aos projetos de internet. Por exemplo, em marketing e publicidade é o retorno que se obtém de alguma campanha de comunicação realizada pela empresa através de alguma pesquisa ou Desvendando o Desenvolvimento de Websites - 2006 14 de 26 mecanismo de resposta2. De uma forma geral, o feedback é o processo em que solicitamos uma informação a um sistema e obtemos uma resposta do próprio sistema sobre o desempenho da solicitação. 3.2.1. Na prática, como fazer? É importante sabermos obter e enviar feedbacks. Uma forma de obter feedback dos usuários é oferecer opções de contato e resposta caso o sistema não esteja funcionando corretamente. Por exemplo, em alguns sites de downloads, ao escolher o aplicativo que irá baixar, o usuário pode ver na página um pequeno formulário onde ele pode reportar para a equipe de suporte qualquer erro que esteja acontecendo ao tentar fazer o download. Os próprios formulários de contato, comum à maioria dos sites, são formas de obter feedback (comentários, sugestões, críticas, dúvidas). Enquetes e pesquisas de opinião, além de serem bons elementos de interação, são formas interessantes de se colher feedback dos usuários. E quanto a enviar feedbacks? Oferecer feedback aos usuários é uma maneira de passar confiança e orientá-lo em suas tarefas. Uma mensagem de “Aguarde, carregando...” na página solicitada é uma das várias formas de oferece feedback na internet. Quando um usuário preenche um formulário (cadastro, contato, etc.) e submete os dados, ele deve receber algum tipo de mensagem que informe o sucesso da operação ou os erros que aconteceram durante o processo. Pequenos detalhes como esses fazem com que as pessoas se sintam mais seguras ao navegar pelo seu website. 3.3. Espaço para opiniões Dependendo do conteúdo (site de comércio eletrônico) ou de uma área específica do site (seção de artigos), um espaço público para que os usuários deixem suas opiniões e comentário é uma boa idéia. Além de transmitir credibilidade – porque você realmente se interessa pela opinião de seus usuários –, ainda estará unindo as pessoas que acessam seu site em torno do assunto, elas estarão interagindo entre si e entre o site, compartilhando informações. É também uma forma de também obter feedback. 3.4. Ajude o usuário Garanta que o usuário não se sinta perdido ou confuso ao realizar tarefas em seu website e encontre a informação que precisa. Por isso as tarefas devem conter instruções simples, claras e objetivas sobre seu uso. Por exemplo, um campo de formulário para inserir a data deve conter uma instrução explícita de como deve ser preenchido (dd/mm/aaaa). E, sempre que necessário, forneça documentações de ajuda sobre funcionalidades que podem ser mais complexas, como os formulários. Recursos de busca eficientes, mapa do site e inclusão de links relacionados nas páginas também estão entre as várias formas de ajudar seus usuários a encontrar o que eles procuram. 2 Fonte: Dicionário Publicitário Online (http://d2dbr.free.fr/dicionariopublicitario/f.htm, acesso em 05/07/2006) Desvendando o Desenvolvimento de Websites - 2006 15 de 26 4) WEB STANDARDS São recomendações de desenvolvimento de websites, propostos pela W3C3, que estão se tornando padrões. O uso das web standards traz benefícios a desenvolvedores e usuários. Para o desenvolvedor: • Sites bem construídos e estruturados • Facilidade de manutenção • Redução de custos • Redução de dificuldades de criação • Compatibilidade entre diversas plataformas Para os usuários: • Sites acessíveis para usuários de diferentes browsers ou pessoas com deficiência • Fácil navegação e acesso ao conteúdo • Dinamismo nas aplicações • Sites leves Os padrões web tratam de especificações sobre HTML, XHTML, DOM e CSS. 4.1. Quatro regras básicas Marcelo da Silva Macedo, em seu livro Construindo Sites Adotando Padrões Web (Editora Ciência Moderna, 2004), cita quatro características propostas pela W3C para que o seu site esteja estruturado corretamente: • O site deve facilitar a navegação através do seu conteúdo, ou seja, que os elementos de sua interface sejam operáveis por qualquer pessoa; • O conteúdo e os controles do site devem ser de fácil identificação e auto- explicativos; • O conteúdo do site deve ser perceptível a qualquer pessoa sejam quais forem as condições de acesso; • O site deve utilizar tecnologias que o compatibilizem com os dispositivos de visualização atuais e futuros e, assim, preservar sua integridade tecnológica. 4.2. Separando conteúdo e formatação Um conceito sobre web standards que facilita o trabalho dos desenvolvedores e designers é separar a formatação estética do conteúdo do site. Antigamente usava-se muito no HTML tags como <font> e atributos como bgcolor, style, size, width, height. Essa formatação “manual” dificultava a manutenção de páginas, tanto no aspecto estético como no desenvolvimento propriamente dito. O crescente uso do CSS vem facilitando esse processo, afinal, podemos ter controle mais preciso sobre a estilização dos elementos e criar classes com estilos que podem ser usados por vários elementos. Assim, quando for preciso alterar fonte, posicionamento, cores, bordas, espaçamentos, margens ou dimensão dos objetos, apenas um arquivo precisará ser modificado. Uma outra grande vantagem do CSS é que podemos definir aos objetos características para diversos tipos de mídia (tela, impressão, braille, aural, etc.), tornando suas páginas mais acessíveis. Portanto, o HTML/XHTML irá cuidar apenas da estrutura de seus documentos e a estilização é definida em uma folha de estilos. 3 W3C: significa World Wide Web Consortium e é a organização oficial para os padrões Web, especialmente HTTP, HTML e XML. O W3C foi fundado em 1994 por Tim Berners-Lee, considerado o inventor da Web. (Fonte: www.aisa.com.br/diciona.html) Desvendando o Desenvolvimento de Websites - 2006 16 de 26 Dica: Saiba mais sobre CSS em http://pt.wikipedia.org/wiki/Cascading_Style_Sheets. 4.3. Atenção com a Semântica Semântica é o estudo dos significados da linguagem, avaliando a relação entre as palavras e os conceitos que elas simbolizam4. Na web, significa estruturar corretamente o conteúdo para que pessoas e máquinas compreendam as informações. No desenvolvimento de web sites, aplicar a semântica é usar tags adequadas para expressar o conteúdo apresentado. Cada tag tem uma função específica e deve ser usada de modo correto para que o seu site tenha uma estrutura adequadamente contextualizada. 4.3.1. Tableless O tableless, na verdade, é a própria utilização de web standards para construir documentos web, mas uma forte característica dos padrões foi o que deu nome a esta técnica: não utilizar tabelas para estruturar elementos das páginas. Tabelas (tag <table>) têm a função de apresentar dados tabulados e não de estruturar e posicionar os elementos gráficos da interface dos websites. Ao invés de usarmos tabelas, que entre outras desvantagens deixa o código mais pesado, são usadas as tags <div> (divisão) para criar seções, colunas ou posicionar alguns elementos. As divs não possuem valor semântico e não aplicam formatação se não estiverem associadas ao uma id CSS. Ex.: <div id=”menu”> - Menu de navegação –</div> <div id=”conteudo”> - Conteúdo deste bloco – </div> Divs nomeadas com id’s corretas ajudam a indicar o conteúdo que está sendo apresentado naquela seção. Ao invés de ficar criado várias <table>, <tr> e <td> para definir listas, menus, posicionar elementos gráficos ou criar blocos de conteúdo, veja as dicas abaixo. 4.3.2. Cada tag em seu lugar • Use as tags <h*> (onde * é um número de 1 a 6) para definir os títulos e subtítulos de seu site. Quanto menor o número, maior é o nível do título e, consequentemente, maior será o tamanho da fonte (ex.: h1 é o título de primeiro nível, etc.); • Use a tag <p> para os parágrafos, <span> para aplicar alguma formatação em textos ou palavras dentro de um parágrafo e <br /> para quebrar a linha dentro de um parágrafo; • Não utilize as tags <b>(negrito) e <i>(itálico). Por questões semânticas e até de acessibilidade, use <strong> para enfatizar em negrito e <em> para enfatizar em itálico. Um browser para deficientes visuais não sabe o que é um texto “bold”, mas sabe o que é um texto enfatizado; • Utilize listas não-ordenadas (<ul>) para criar listas de itens, como menus de navegação. Listas ordenadas devem ser usadas para itens que devem ser numerados; • As <table>, como vimos, devem ser usadas para apresentar informações em linhas e colunas; 4 Fonte: Enciclopédia Ilustrada Folha, Folha de S. Paulo, 1995, pg. 874; Desvendando o Desenvolvimento de Websites - 2006 17 de 26 • Dentro da <table>, separe cabeçalho, corpo e rodapé de tabelas como <thead>, <tbody>, <tfooter>, respectivamente; • Para células de títulos e cabeçalhos de linhas e colunas, utilize a tag <th>; • Agrupe seus formulários ou conjuntos de campos de um mesmo formulário com a tag <fieldset> e para incluir um título para aquele grupo de campos utilize a tag <legend>. Ex.: agrupar Informações Pessoais em um fieldset, agrupar Dados gerais em outro fieldset, etc.; • Para mostrar o significado de siglas, utilize a tag <acronym> com o atributo title; 4.4. Endentando seu código Endentar significa recuar tags do seu código que estejam aninhados (inseridos) em outras tags. Essa simples prática facilita a leitura do código fonte, pois indica uma hierarquia entre os elementos. Ex.: <html> <head> <title>Minha Página</title> </head> <body> <h1>Título</h1> <p>Texto do parágrafo</p> </body> </html> Podemos ver que o maior elemento desse código é a tag <html>, dentro dela está aninhada a tag <head> (que contém a tag <title>) e a tag <body> (que contém as tags <h1> e <p>). Dessa forma é simples identificar o início e o fim dos elementos e quais outros elementos estão contidos nele. Utilize a tecla “tab” para fazer as endentações de seu código. 4.5. Não esqueça o Doctype A declaração do Doctype (document type declaration - DTD) deve ser a primeira tag de seus documentos HTML/XHTML. Ela indica qual o tipo de marcação que está sendo usada (HTML ou XHTML), a versão e o tipo (Strict, Transitional ou Frameset). Vale lembrar que sem o Doctype seu código não poderá ser validado pela W3C como um documento HTML/XHTML válido. Dica: Saiba mais sobre como declarar corretamente o Doctype em http://www.w3.org/QA/2002/04/valid-dtd-list.html. 4.6. Fornecendo Informações sobre o seu site A tag <meta> é responsável por fornecer metainformações sobre o seu site (informações sobre as informações). Você pode usar várias tags meta para informar a codificação de seu documento, data de expiração do conteúdo (instruções que modificam o cabeçalho HTTP) ou também o autor do site, a descrição, palavras- chaves, língua (instruções capturadas pelos mecanismos de busca). Ex.: <meta http-equiv="Content-Type" content="text/html; charset=iso- 8859-1" /> <!— Tipo de conteúdo deste documento � <meta http-equiv="pragma" content="no-cache" /> <!— Não armazena a página em cachê � <meta name="author" content="Seu Nome" /> <!— Identifica o autor desta página � Desvendando o Desenvolvimento de Websites - 2006 18 de 26 4.7. Comentários A utilização de comentários em códigos HTML/XHTML auxilia o desenvolvedor a compreender o documento ou apresentar instruções e informações, caso o seu documento seja compartilhado entre vários desenvolvedores. Os comentários não são visíveis pelos usuários e não são interpretados pelos browsers. Ex.: <!-- Início do Documento --> <html> <head> <title>Minha Página</title> </head> <body> <!—Conteúdo Principal: insira aqui o texto principal de apresentação do site --> <div id=”conteudo”> <h1>Título</h1> <p>Texto do parágrafo</p> </div> </body> </html> <!-- Fim do Documento --> Desvendando o Desenvolvimento de Websites - 2006 19 de 26 5) USABILIDADE Usabilidade é definida como a facilidade de realização de tarefas em uma interface, visando analisar e otimizar a facilidade de aprendizado do sistema, a eficiência do uso, a facilidade de memorização (para que o usuário não precise reaprender a usar a interface), a baixa taxa de erros (evitando transtornos na realização de tarefas) e satisfação do usuário ao interagir com o sistema. 5.1. Projetando para o usuário Os conceitos de usabilidade têm como base o desenvolvimento de projetos centrados nas necessidades reais dos usuários. Lembre-se, usabilidade não tem a ver com os gostos dos usuários, mas sim como suas necessidades. Por isso as interfaces devem fazer com que um usuário utilize um website de maneira intuitiva e a usabilidade visa facilitar este processo. Por que fazer sites usáveis? “Os concorrentes estão a um clique de distância.” (Jakob Nielsen) 5.1.1. O que os usuários esperam dos websites • Textos que podem ser lidos; • Conteúdo e respostas para suas questões; • Navegação e busca que os ajudem a encontrar o que procuram; • Formulários pequenos e simples; • Nada de bugs, dados corrompidos, links quebrados, conteúdo desatualizado, erros de grafia. Fonte: Universidade Federal do Rio Grande do Sul (citações de Jakob Nielsen) http://www.inf.ufrgs.br/~cabral/PalestrasApostilas.html 5.1.2. Os principais erros que dificultam a experiência do usuário Os erros mais cometidos pelos desenvolvedores, segundo Jakob Nielsen: • Áreas saturadas com objetos rolantes e animados, que sobrecarregam a visão do usuário; • Scroll longo; • Cores de links não-padrão; • Longo tempo de download do website; • Longos níveis hierárquicos dos diretórios de websites; • Páginas Órfãs, que não estão relacionadas a outras páginas; • Tentar controlar a navegação do usuário com frames, links que abrem novas janelas ou movem para outra URL; • Quebra de consistência; • Oferecer um link de “mailto:” ao invés de um links para uma página com informações de contato; • Scroll horizontal; • Grandes blocos de texto; • FAQ (Frequently Answered Questions) com perguntas infrequentes; • Páginas linkadas a si próprias; • Textos contidos em imagens; • Informação excessiva ou desnecessária; • Incompatibilidade de browsers. Desvendando o Desenvolvimento de Websites - 2006 20 de 26 5.1.3. Melhores Práticas e Regras • Mantenha todos os links com um estilo padrão. Eles não precisam ser azuis (cor padrão do navegador) e sublinhados, como sugere Jakob Nielsen. Eles devem ser diferenciados, possuir cores e estilo que os identifiquem e os torne de fácil visualização; • Os títulos dos links devem ser auto-explicativos. Coloque os links em palavras significativas, evitando termos genéricos como “Clique aqui” e “Mais”; • Se o link vincular a outro tipo de arquivo que não seja uma outra página da web, ele deve indicar o que acontecerá. O uso de íconesé interessante neste caso; • Ofereça design leve e agradável, use poucas imagens: as pessoas procuram conteúdo; • O alto contraste entre plano de fundo e textos é fundamental; • Evite a rolagem horizontal a 800x600; • Evite textos longos e redundantes. O conteúdo deve conter parágrafos curtos e sentenças simplificadas; • Não ofereça muitas áreas de navegação, principalmente se os links forem semelhantes; • Evite menus suspensos; • Nunca inclua em uma página um links para ela mesma, principalmente na Home; • As opções e informações mais importantes devem estar acima da primeira rolagem de tela; • As caixas de entrada de busca devem possuir uma tamanho adequados para que os usuários possam ver e editar mais facilmente a sua consulta; • Não surpreenda os usuários: não abra janelas pop-ups automaticamente; não utilize um link para “mailto”, é desesperador quando se clica em um link de “Contato” e ele abre o programa padrão de e-mail; • Lembre-se: a navegação dos usuários deve ser tranqüila, sem incômodos e surpresas desagradáveis; • Não coloque links para “Voltar a Página Anterior”. Não tente reproduzir controles do navegador; • Os usuários não devem clicar em mais de três links para chegar até a informação que desejam; • O usuário precisa saber: de onde ele veio, por onde ele andou e por onde ele pode navegar. Tenha uma arquitetura de informação consistente, provenha um mapa do site e, se necessário, utilize breadcrumb trails5. 5.2. Heurísticas para avaliar a usabilidade As avaliações heurísticas geralmente são feitas por avaliadores pertencentes à própria equipe de desenvolvimento, não envolvendo ainda os usuários que utilizarão os sistemas. É um processo rápido, fácil e barato. Têm muita eficiência, mas não tanta precisão quanto um teste de usabilidade realizado em laboratórios com usuários e avaliações realizadas por consultores de usabilidade. A avaliação é sempre realizada com a presença de um observador, que irá analisar os elementos de diálogo da interface e comparar com as heurísticas de usabilidade. Não abordarei muito como fazer a avaliação heurística, mas é importantes que você conheça as heurísticas (princípios): 5 Breadcrumb trail (“caminho de migalhas de pão”): usado em sites com vários níveis de páginas e sub-páginas ou seções e sub-seções. Ajuda o usuário a se localizar na arquitetura de informação do site. Normalmente possuem links para as pessoas voltarem às seções anteriores. Ex.: “Home � Produtos � Roupas e Acessórios � Bolsas” Desvendando o Desenvolvimento de Websites - 2006 21 de 26 1. Visibilidade da situação atual do sistema: o sistema deve oferecer feedback aos usuários para que eles se mantenham informados sobre o status do sistema; 2. Compatibilidade do sistema com o mundo real: o sistema precisa utilizar diálogos e simples e linguagem que sejam familiares aos usuários, evitando os termos técnicos e a informação deve aparecer na ordem natural e lógica de realização de tarefas segundo o modelo mental do usuário; 3. Controle e liberdade do usuário: O sistema deve ter funções que faça com que o usuário possa sair de uma parte do sistema rapidamente e sem danificar a aplicação; 4. Consistência e Padrões: As ações e situações devem ser aplicáveis e obter resultados similares em diferentes partes do sistema. Os usuários devem saber o que vai acontecer; 5. Prevenção de Erros: Os erros devem ser analisados e evitados; 6. Ajuda no reconhecimento de erros: Caso ocorram erros no sistema, as mensagem devem ser amigáveis, informando sobre o erro e ajudando o usuário a solucioná-lo; 7. Reconhecer ao invés de relembrar: O usuário não deve se lembrar das coisas de uma ação para outra. Os elementos devem estar visíveis e facilmente recuperáveis quando necesário; 8. Flexibilidade e eficiência de uso: O sistema deve ajudar o usuário em suas ações mais freqüentes, acelerando a interação. Prover atalhos é uma boa escolha; 9. Design minimalista e estético: Evitar diálogos com informações irrelevantes e desnecessárias. Informações desnecessárias reduzem a visibilidade relativa da informação relevante. No design estético deve prevalecer a satisfação, o design visual e a legibilidade; 10. Oferecer documentação e informações de ajuda: o sistema deve possuir documentos de fácil acesso que expliquem claramente as diretrizes de utilização do sistema e informações sobre os processos, focando nas tarefas do usuário. Como vimos, a maioria das recomendações sobre usabilidade foram abordados em todos os capítulos, planejamento, design, webstandards, interação com o usuário, o que nos mostra que a usabilidade é essencial e está em todas as etapas de desenvolvimento. Desvendando o Desenvolvimento de Websites - 2006 22 de 26 6) ACESSIBILIDADE Fazer um site acessível é fazer com que qualquer pessoa tenha acesso facilmente ao conteúdo do website e não tenha uma navegação restrita independente de: • Limitações ou deficiências físicas; • Dificuldade de compreensão de textos; • Falta de dispositivos como teclado e mouse ou dificuldade de utilizá-los; • O usuário estar com olhos, ouvidos ou mãos ocupados; • Falta de compreensão do idioma em que o documento foi escrito; As diretivas de acessibilidade possibilitam que os sites se mantenham acessíveis apesar de limitações do usuário, sejam físicas, sensoriais, cognitivas ou tecnológicas, aumentando a vida útil dos websites e sendo capaz de beneficiar um número muito maior de pessoas. Como no capítulo sobre usabilidade, alguns conceitos de acessibilidade já foram abordados nos demais capítulos. Mas não custar reforçar um pouco mais. 6.1. As Principais Diretivas A seguir são apresentadas as principais diretivas de acessibilidade, classificadas por assunto. As diretivas variam de prioridade: diretivas de prioridade 1 são as que devem ser satisfeitas; as diretivas de prioridade 2 são as que deveriam ser satisfeitas; e as de prioridade 3 são as que poderiam ser satisfeitas. As diretivas apresentadas neste capítulo se referem apenas aos casos gerais. Mas ao final do capítulo você pode conferir todas as diretivas para frames, tabelas, multimídia, etc. 6.1.1. Texto e Conteúdo Procure utilizar sempre uma linguagem clara e simples em seus documentos de modo adequado ao conteúdo do site (Prioridade 1) e crie documentos que sejam passíveis de validação por gramáticas formais (Prioridade 2). A língua principal utilizada nos documentos deve ser especificada (Prioridade 3) bem como quaisquer mudanças na língua dos textos de um documento (Prioridade 1). Garanta que o equivalente ao conteúdo dinâmico seja atualizado sempre que este seja mudado. (Prioridade 1) Sempre que existir tags adequadas para apresentar determinado tipo de conteúdo, utilize as tags ao invés de imagens para transmitir informações. (Prioridade 2) Quando houver acrônimos ou abreviaturas em um documento, eles devem ser especificados por extenso. (Prioridade 3) 6.1.2. Cores A identificação de informações em cores deve também estar disponível sem cor. (Prioridade 1) A combinação entre cores de texto e plano de fundo deve oferecer contraste suficiente para que usuários com cromodeficiência ou que utilizem monitores monocromáticos possam ver as informações. (Prioridade: 2 para imagens; 3 para textos) Desvendando o Desenvolvimento de Websites - 2006 23 de 26 6.1.3. Imagens Toda imagem (bem como regiões de mapas de imagens, animações, applets, imagens utilizadas em listas, frames e arquivos de áudio e vídeo) deve possuir um equivalente textual, através dos atributos alt ou longdesc. (Prioridade 1) Utilize imagens e gráficos quando elas facilitarem a compreensão do conteúdo.(Prioridade 3) 6.1.4. Estrutura e Formatação Procure utilizar as folhas de estilo (CSS) para controlar a apresentação e formatação. (Prioridade 2) A organização do documento deve possibilitar sua visualização e leitura mesmo sem folhas de estilo. (Prioridade 1) As unidades de medida nos atributos das folhas de estilo ou nas tags CSS devem ser relativos e não absolutos, possibilitando ao usuário, por exemplo, alterar o tamanho da fonte de acordo com a sua necessidade. (Prioridade 2) As tags de cabeçalho (h1..h6) devem ser usadas de modo adequado para indicar seções e sub-seções de um documento. (Prioridade 2) Os estilos de formatação e apresentação devem ser consistente ao longo de diferentes documentos. (Prioridade 3) 6.1.5. Links Cada links deve indicar claramente o seu destino. (Prioridade 2) Links relacionados devem ser agrupados e os grupos devem ser identificados. (Prioridade 3) Fornecer atalhos para os links mais importantes (inclusive os links dos mapas de imagens e controles de formulários), através do atributo acesskey. (Prioridade 2) 6.1.6. Controles de Navegação Evite criações que provoquem intermitência de vídeo (Prioridade 1) ou intermitência de conteúdo, como alterar em intervalos regulares. (Prioridade 2) Os documentos não devem recarregar automaticamente ou periodicamente, até que os usuários o façam. (Prioridade 2) Os redirecionamentos também não devem ocorrer automaticamente, até que os usuários o façam. (Prioridade 2) Não provoque a abertura de janelas que se sobreponham às outras e também não faça com que a janela atual seja modificada sem que o usuário seja informado. (Prioridade 2) Procurar criar uma tabulação lógica em seqüência para percorrer links, controles de formulários e objetos. (Prioridade 3) 6.1.7. Sobre o Site Forneça metadados sobre as informações de seu site. (Prioridade 2) Procure prover informações sobre a organização geral do site, através de índices ou mapa do site. (Prioridade 2) As tecnologias W3C devem ser utilizadas em suas versões mais recentes sempre que estiverem disponíveis e sejam adequadas a um determinado caso. Não utilize características desatualizadas ou não recomendadas pela W3C. (Prioridade 2) 6.1.8. Formulários Garante que todos os controles de formulários que contenham rótulos associados estejam corretamente posicionados e associar explicitamente os rótulos aos respectivos controles de formulários. (Prioridade 2) Desvendando o Desenvolvimento de Websites - 2006 24 de 26 6.2. Quando não for possível criar um documento totalmente acessível Se mesmo com todos os esforços você não conseguiu criar um documento totalmente acessível a qualquer tipo de usuários, provenha um link para um documento alternativo, que seja acessível, use as tecnologias W3C, contenha as informações e funcionalidades equivalentes e seja atualizado com a mesma freqüência que o documento inacessível. 6.3. Para saber mais Acessibilidade – UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL [disponível em http://www.inf.ufrgs.br/~cabral/Acessibilidade.ppt ] Desvendando o Desenvolvimento de Websites - 2006 25 de 26 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS HOLZSCHLAG, M. E. 250 HTML and Web Design Secrets. Indianápolis, IN, EUA: Wiley Publishing, Inc., 2004. 412 p. MACEDO, M. S. Construindo sites adotando padrões Web. Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna Ltda., 2004. 249 p. MEMÓRIA, F. Design para a Internet: projetando a experiência perfeita. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 171 p. NIELSEN, J.; TAHIR, M. Homepage Usabilidade: 50 websites desconstruídos. EUA: New Riders Pub, 2002. 315 p. ROMANI, R.; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS. Usabilidade Web. 42 p. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO. Usabilidade de Processos. [http://64.233.161.104/search?q=cache:EzE_mlNPwmEJ:www.cos.ufrj.br/woses/pdfs/rosang- woses.pdf+10+heur%C3%ADsticas+de+Jakob+Nielsen&hl=pt-BR&gl=br&ct=clnk&cd=2, acesso em 16/07/2006] UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Acessibilidade. 2006. 18 p. [http://www.inf.ufrgs.br/~cabral/Acessibilidade.ppt] UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Equívocos segundo Nielsen. 2006. 65 p. [http://www.inf.ufrgs.br/~cabral/11.Equivocos.Nielsen2006.ppt] UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Ergonomia se Software. 2006. 47 p. [http://www.inf.ufrgs.br/~cabral/06.Erg.Soft.Abr.2006.ppt] UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. Usabilidade de Software. 2006. 43 p. [http://www.inf.ufrgs.br/~cabral/12.Usabilidade.Mai.2006.ppt] WILLIAMS, R. Design para quem não é designer. 2 ed. [S.l.]: CALLIS, 2005. 191 p. Sites www.usabilidoido.com.br www.tableless.com.br www.maujor.com.br pt.wikipedia.org www.seisdeagosto.com leonardofaria.net/tags/usabilidade/ Desvendando o Desenvolvimento de Websites - 2006 26 de 26 APÊNDICE A: OUTROS LIVROS INDICADOS Don’t Make Me Think (Não me faça pensar) Steve Krug Information Architecture for the World Wide Web Peter Morville Design for Web Developers: Colour and Layout for the Artistically Overwhelmed Linda Goin A Galáxia Internet: Reflexões sobre internet, negócios e sociedade Manuel Castells Design/Web/Design:2 Luli Radfaher Projetando Websites Jakob Niesen Webwriting – Redação Bruno Rodrigues Usabilidade na Web: Criando Portais Mais Acessíveis Cláudia Dias
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