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A Dinastia Omíada (661-750):
- Após a morte de Ali, tem ínicio a dinastia Omíada (661-750). O primeiro califa
dessa dinastia é exatamente o primo de Uthman, que rivalizara com o Ali desde o
início de seu governo, ou seja, Moawija.
- Capital sai de Medina para Damasco (distanciamento do centro administrativo do
centro religioso).
- Sucessão hereditária e criação de um conselho (SHURA).
- A expansão territorial: Constantinopla, ameaçando áreas do Império Bizantino;
África do norte e Península Ibérica e Ásia Central.
*A morte de Ali faz surgir uma grande dissidência: os SHIAL-ALI, ou seja, o
partido de Ali. De acordo com os xiitas, os seguidores do Islamismo deveriam
ser guiados por descendentes de Maomé.
- Grande levante xiita: Hassan, filho de Ali, era considerado o legítimo sucessor do
pai pelos xiitas do Iraque. Acabou envenenado.
Anos mais tarde, o segundo filho
de Ali, Hussei avança em direção ao Iraque. Na BATALHA DE KARBALA
(KERBELA), Hussein é derrotado e morto, sendo a seguir, degolado.
- Nos anos seguintes a dinastia foi enfraquecendo. Em 750, um grupo liderado por
descendentes do tio de Maomé, Abbas, destituíram o califa e inauguraram uma
nova dinastia, a Abássida que lidera o mundo muçulmano até 1258.
A Dinastia Abássida (750 - 1258):
- Abu-al-Abbas-al-Saffa – Primeiro califa; seu domínio se concentrou no Oriente.
- Capital sai de Damasco e vai para Bagdá.
- Perseguição e assassinato dos remanescentes do clã Omíada.
- Abd el-Rahman foge para Andaluzia, sul da Espanha. Lá, se intitula Emir e
estabelece o EMIRADO DE CÓRDOBA.
- Dinastia longeva, mas com o poder esvaziado ao longo dos séculos em
detrimento de lideranças locais. (EX: Fatimídas no Egito e Ayyubidas da Síria).
- O EMIRADO DE CÓRDOBA fundado por um Omíada segue autônomo e recebe
apoio dos convertidos ao Islão e dos cristãos que habitavam a região.
	AS NOVAS FORÇAS DO ORIENTE
HUNGÁROS 
- Povo originado do mesmo tronco étnico dos hunos.
- 833 – Partem de regiões da Rússia, contornando o mar Negro e chegando aos limites de um importante protetorado bizantino, os búlgaros. 
- A organização húngara fica entre os mundos, de um lado os saques sobre a Gêrmania e norte da Itália, por outro lado a organização húngara e bizantina.
- No final do século IX, ocupam a região do Danúbio, na bacia dos Cárpatos.
- Eram pagãos e tinham sua força assentada na cavalaria.
- Também conhecidos como magiares, os húngaros se fixam territorialmente no entanto, continuam praticando saques.
- Foram detidos na Batalha de Lechfeld (fim do avanço húngaro para o Ocidente) em 955
- A Igreja Católica contribuiu para a maior sedentarização dos húngaros. No início do século XI, seus líderes se convertem ao Cristianismo.
Os Búlgaros:
- A região dos Bálcãs foi ocupada por vários grupos étnicos-clânicos.
- Foram reconhecido pelos bizantinos no século VII depois de os derrotarem (ano
de 681).
- 850 - a organização búlgara emergente temia tanto o imperialismo dos carolíngios quanto dos bizantinos.
- Conversão do rei Bóris I ao catolicismo romano em 864.
- Resistiram a várias invasões, mas no século XI os búlgaros foram dominados pelos
bizantinos.
- No século XII, retomaram sua autonomia até serem ocupados pelos turcos otomanos no seculo XIV.
Os Mongóis:
- Grupos nômades e semi-nômades vindos das estepes da Ásia Central.
- 1206: o grande Kuriltai (assembleia dos líderes clânicos) escolhem Temujim para
assumir a condição de líder do conselho.
- Temujim ou Gêngis Khân: - reorganiza as tribos, criando uma hierarquia social
entre os clãs.
- Incorporação dos grupos dominados, estabelecendo sistemas de impostos, incorporando guerreiros, estabelecendo lideranças locais.
- O saque era feito em conjunto e era punido com a morte aquele que abandonasse um companheiro ferido.
- O exército mongol era organizado a partir de um sistema decimal, com divisões
de 10, 100, 1.000 e 10.000 homens.
- Os povos dominados passaram a compor o exército. Para não ameaçarem os
líderes, eram divididos em grupos distintos.
- Organização meritocrática do exército.
O IMPÉRIO BIZANTINO DOS SÉCULOS VIII – XI
O Império Bizantino – Séculos VIII - XI
- Progressos ao longo do governo de Justiniano e retrocessos a partir do século
VIII.
- O Império Bizantino não consegue manter suas fronteiras e via continuamente
sendo assediado pelas novas forças emergentes no período.
- Dinastia Heráclida e Isáurica (VII – VIII) – Insatisfações internas e ameaça do
Império Islâmico, dos Búlgaros e dos Persas.
Questão Iconoclasta:
- Ícone seria a imagem, a projeção que é feita de alguma situação ou alguém.
- IESUS CHRISTUS THEOS YIOS SOTER (“Jesus Cristo, filho do Deus Salvador”)
- Desde os primórdios não havia consenso se deveriam existir imagens (estátuas) de Deus e santos ou ainda, se era correto pintá-los.
- Os Monofisistas eram contrários a qualquer representação de Cristo, de Maria e dos santos.
- A Iconoclastia, ou seja, movimento contra a criação e adoração de imagens sagradas foi muito mais intensa em regiões fronteiriças com comunidades islâmicas.
- Iconoclastia e Iconofilia.
- Cesaropapismo e Iconoclastia: Leão III (730) proíbe o uso e adoração de qualquer tipo de imagem.
- Constantino V (754) - Concílio de Hieria do ano de 754. oficializou a Iconoclastia. Todos os que se mantinham idolatrando as imagens foram perseguidos e punidos, particularmente os religiosos.
- Iconoclastia não foi acatada pelos bispos ocidentais. Gerou um pequeno Cisma, só amainado 23 anos depois (777) quando a Imperatriz Irene aprovou o dogma da Iconofilia.
Outras possíveis causas para a Questão Iconoclasta:
- Preocupação com a grande ingerência da Igreja dentro do Império.
- Existiam comunidades seguidoras do Islamismo e do Judaísmo, em áreas vizinhas o Império. Abolir o dogma, seria um caminho plausível para a convivência e até mesmo, dominação desses povos.
Cisma do Oriente:
- 1054: rompimento entre o lado oriental e o lado ocidental. Surgiram a Igreja Católica Apostólica Romana e a Igreja Católica Ortodoxa.
- Questão de 1043: sobre a natureza teológica do divino Espírito Santo. O patriarca da capital do Império Bizantino, Miguel Cerulário, bem como todos os membros da Igreja Bizantina foram excomungados e, em retaliação, o patriarca excomungou o papa Leão IX e os membros do Ocidente.
A diplomacia bizantina e os comnemos
Bizâncio do final do século XI ao XII – A dinastia Comnena. (1007-1185)
- Século XI: 1054 - ruptura definitiva entre as visões clericais ocidentais e orientais (Igreja Católica Apostólica Romana e a Igreja Ortodoxa).
- Aumento dos custos com defesas (emprego de exércitos mercenários).
-Ameaça dos turcos seldjúcidas (Fundação da capital a 100 km de Constantinopla).
- Imperadores Comneno, após Aleixo I, garantem maior estabilidade ao Império.
- Durante o Concílio de Piacenza (1095), Aleixo solicita ajuda ao Papa Urbano I em razão das ameaças ao seu território. No mesmo ano, o Papa convoca no Concílio de Clermont, a Primeira Cruzada.
Os Comnenos e as Cruzadas
- Alexei faz um acordo com o primeiro líder Cruzado, Boemondo (territórios conquistados dentro da Turquia seriam Bizantinos, fora, seriam divididos)
- Não havia clemência para os muçulmanos e judeus.
- Conquistam a Terra Santa – Jerusalém.
- Surgem no interior reinos cristãos seguindo o modelo dos reinos cristãos ocidentais.
- Organização da Ordem dos Cavaleiros Templários. 
- João II, filho de Alexei I não renova os acordos comerciais com os mercadores venezianos. (De Veneza partiam os combatentes para as Cruzadas)
- Os Bizantinos retiram seu apoio aos Cruzados após o ataque à Chipre (Já estavam insatisfeitos com a ocupação de Edessa) 
A reação Islâmica
- Saladino: Chefe militar que reúne várias dissidências do mundo islâmico contra o avanço cristão. 
- 1187 – Jerusalém é retomada pelos muçulmanos.
- É lançada a Terceira Cruzada, a Cruzada dos Reis. Liderada por Ricardo Coração de Leão, rei inglês, conseguem vencer as adversidades, como a morte de Frederico Barba Ruiva, imperador do Sacro-Império e a resistência de Felipe Augustoda França, e conseguem novas conquistas cristãs.
	A CHEGADA DOS FRANJ
As Cruzadas vistas sob a ótica do Islão
- X e XI - auge cultural do mundo Islâmico. Centros de difusão de saberes em várias áreas como: medicina, astronomia e cartografia.
- Politica - fragmentação política iniciada com a Dinastia Abássida. Um dos mais famosos centros de resistência estava na organização do Egito. Um califado xiita, conhecido como Fatímida.
- Conversões - Um dos mais famosos grupos convertidos foi o dos turcos. Originários das estepes russas, estabeleceram os primeiros contatos com os muçulmanos no fim do século X. Depois de uma série de batalhas, se converteram e se tornaram guardiões do Sultão de Bagdá.
- Os turcos vencem os bizantinos criando o Sultanato Rum (romana).
- O poder dos turcos provocou o temor de bizantinos e dos Fatímidas.
- Nesse momento aparece Alexis I, o monarca bizantino, e a Primeira Cruzada tem início.
- Para os muçulmanos foi apenas uma atitude de disputa territorial, sem conotação religiosa. Alguns historiadores afirmam que, nas vitórias em Jerusalém ao longo da Primeira Cruzada, havia o apoio dos Fatímidas.
- A "invasão Franj"só é vista sob o princípio do comprometimento islâmico, a Jihad, no início do século XI, quando bizantinos abandonaram o apoio às ações militares e os Fatímidas tornaram-se alvo.
- Nuredin, senhor de Damasco, foi um dos principais responsáveis pelo fortalecimento do discurso de união, o discurso da Jihad passa a ser difundido. Seu atabeg (governador), Saladino, acaba por sucedê-lo e obtém seguidas vitórias, inclusive a retomada de Jerusalém.
A Reconquista
- Reconquista: movimento de recuperação das terras cristãs, “perdidas” para os muçulmanos no território da Península Ibérica. Ao chamá-las de Cruzada Ocidental ocorre um certo anacronismo.(Elas teriam se iniciado no século VIII e as Cruzadas, no século XI).
- No século VII, os muçulmanos ocupam a região favorecidos pela instabilidade política gerada pela morte do rei visigodo, Vizida. Adotam uma política de tolerância com a população local.
- Sobrevive o reino cristão das Astúrias.
- No século VIII, Aldebarão, último remanescente da dinastia Omíada, fugindo da perseguição Abássida que se instalara no Oriente, vai para a região da Península Ibérica e se coloca como governante. Surge o Califado de Córdova. No século XI, dissidências internas levam à criação de vários reinos o que faz com que os cristãos retomem as batalhas.
- No ano de 1146, o Papa Eugênio III conclama a Segunda Cruzada, usando como ponto de pregação, duas frentes de luta contra os muçulmanos, o Oriente e a Península Ibérica.
- Surgem outros reinos cristãos: Leão e Navarra. A Reconquista teve seu capítulo final no século XV, mais precisamente em 1492 quando os cristãos expulsaram os muçulmanos de Granada, seu último reduto.
OS NOVOS DONOS DO ORIENTE
O Império Bizantino e sua desagregação:
- A QUARTA CRUZADA:
- Ao todo foram realizadas nove cruzadas 
- A Quarta Cruzada tornou-se emblemática. Iniciada em 1202 e tendo durado dois anos, a Quarta Cruzada fora conclamada pelo Papa Inocêncio III. Pelos planos papais, a empreitada deveria começar com um ataque ao Egito e só então alcançar a Terra Santa.
- Surpreendentemente, os Cruzados tomam Constantinopla, a capital do Império Bizantino. (Criação do Império Latino e deposição do imperador)
- Razões para o ataque:
1) Relações entre os comerciantes venezianos e os bizantinos. (De Veneza, saiam os Cruzados, além disso, eles financiavam parte dessas expedições).
2) Boas relações dos Venezianos com os comerciantes egípcios.
- Os líderes da Quarta Cruzada eram os nobres Balduíno de Flandres e Bonifácio
II. Problemas para manter seu deslocamento. Os venezianos, seus parceiros, exigiam uma quantia absurda para permitir a passagem dos exércitos por suas águas mediterrâneas.
- O duque veneziano, Dandolo propôs aos cruzados que atacassem a cidade de Zara, na atual Croácia, governada por um rei cristão.
- O Papa Inocêncio III excomungou os líderes venezianos. Pouco depois, o ataque voltou-se para Constantinopla e o então imperador, Aleixo III acabou fugindo deixando o império acéfalo. Funda-se o Império Latino, até 1261.
- E a Quarte Cruzada? Nem chegou a Jerusalém.
O Império Turco Otomano Seldjúcida
- Em 1261, o Império Bizantino, embora “livre”, estava extremamente debilitado.
- No século XI, uma comunidade semi-nômade, os seljúcidas, inicia suas incursões na região da Anatólia. Por sua parceria com os turcos, receberam territórios nas fronteiras de Bizâncio e, como seu comandante se chamava Osman I ou Othman, passaram a ser identificados como turcos otomanos seljúcidas.
- Bizâncio no século XIV, continuava existindo, mas como um Estado nominal, de fato regido pelos turcos seljúcidas. A política era pagar impostos e manter os turcos fora da capital. O Imperador Bizantino, em um último esforço, pede mais uma vez auxílio ao Papa no ano de 1449.
- Enquanto os bizantinos aguardavam o reforço militar, os turcos otomanos seljúcidas reuniam suas tropas reforçadas pelos chamados janízaros e, em 1453, iniciaram um cerco a Constantinopla vetando as entradas de suprimento.
- O Ocidente recebeu com assombro a notícia da tomada de Constantinopla graças ao mito de sua inexpugnabilidade. Aventou-se até a possibilidade de uma expedição libertadora, mas que não foi tomada a termo.
- Ruptura do eixo econômico pelo Mediterrâneo;
	ESTADO, EDUCAÇÃO E SOCIEDADE
- A sociedade se movimenta por meio das relações entre as pessoas, e entre essas e as instituições, as leis, os símbolos, as regras... Desse modo, Estado e Educação estão ligados aos movimentos das pessoas em relação às ideias e ao contexto social e histórico em que se encontram.
- A escola historicamente, na sociedade, tem a função social de mediar o conhecimento sistemático, específico e elaborado ao longo dos tempos, pelos sujeitos sociais e, sobretudo, tem a atribuição de possibilitar o acesso ao conhecimento científico para que o sujeito compreenda sua função e atuação como pessoa e cidadão.
- Dessa reflexão e seleção surgirá a prática educativa mediada pela ação pedagógica do professor com os alunos. Isso equivale dizer que é na ação pedagógica que o currículo escolar se efetiva. O currículo precisa estar conectado com a função democrática e inclusiva que a escola precisa ter.
O Estado é a unidade administrativa que organiza e governa um povo, dentro de um espaço territorial delimitado. É constituído pelo conjunto de instituições de determinado território. Dentro desse território delimitado há um povo compartilhando dos mesmos costumes, cultura, atividades... ou seja, têm uma identidade comum.
- Ressurge a ideia liberal, do século XVII, com um novo nome: Neoliberalismo, ou seja, ideias políticas e econômicas que defendem a não participação do estado na economia. A política neoliberalista defende total liberdade de comércio, pois somente assim acontecerá o crescimento econômico e o desenvolvimento social de um país. Buscou seus princípios no Liberalismo Econômico (XVIII) e ressurgiu na década de 1970, por meio das ideias do economista Milton Friedman. Tinha como finalidade solucionar a crise da economia mundial de 1973, provocada pelo aumento excessivo no preço do petróleo.
- Os críticos ao sistema neoliberalista entendem que esse tipo de economia capitalista só beneficia aos grandes empresários, às grandes potências econômicas e às empresas multinacionais. Também afirmam que os países pobres ou emergentes sofrem muito com as consequências das políticas capitalistas. Esses críticos dizem também que o Neoliberalismo gera:
· Desemprego;
· Baixos salários;
· Aumento das diferenças sociais;
· Dependência do capital internacional.
ABORDAGEM PLURALISTA- 
O Estado sofre a influência direta dos grupos de pressões diversos, com graus de poder diferentes, que atuam na concepção de políticas públicas determinando o seu conteúdo sem que haja um grupo dominante.
Para o pluralismo, a luta política se faz em torno de questões diversas como problemaseconômicos, educacionais, morais, religiosos, de raça, de gênero, para que as políticas públicas sejam criadas. 
O Estado é neutro, tendo o papel de promover a conciliação dos interesses sociais, segundo a lógica do mercado. (DAHL, 1988) Esse modelo de abordagem pressupõe uma população que participa ativamente da vida política de um país.
ABORDAGEM MARXISTA-
Os marxistas entendem que as políticas públicas são meios para garantir a dominação, a repressão e a reprodução de classe, por meio da garantia de direitos básicos que se traduzem em políticas públicas.
O Estado é transpassado pela luta de classes antagônicas e utiliza as políticas públicas como mecanismos de sustentação da burguesia e de reprodução do capital.
Apesar de se colocarem em lados opostos do debate, o pluralismo e o marxismo se unem quando analisam o Estado e entendem que ele não é um ente autônomo. Mas, que suas ações são sempre reativas, isto é, sempre resultado de uma demanda da população.
ABORDAGEM NEOINSTITUCIONALISTA- 
Nessa abordagem, as instituições têm um papel específico para a determinação de resultados sociais e políticos. Por isso, são entes dotados de autonomia e moldam a vida política, pressionam a criação de políticas públicas ou participam delas.
O foco passa a ser as instituições e como comprometem a formação de uma política pública, seja pelos incentivos gerados, pelas dificuldades encontradas ou, até mesmo, pelos impedimentos existentes.
Na área da Educação, podemos citar as práticas inventivas da “Escola Nova” que levantou a necessidade de a escolar, como instituição, ter autonomia no planejamento e nas práticas educativas para a constituição de uma escola crítica e compromissada com as classes populares. Nessa ideia está presente a concepção de institucionalismo.
- As políticas públicas são as ações do governo para promover a solução de um problema público enfrentado pela sociedade. Mas, para isso, o governo precisará fazer escolhas políticas para resolver o problema social que se apresenta.
- As políticas públicas desenvolvidas pelo Estado para beneficiar a população podem contar com a participação de entes privados, que tenham como objetivo assegurar algum direito de cidadania, social, cultural, étnico ou econômico.
POLÍTICAS PÚBLICAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA
- A política governamental é uma escolha que os governantes fazem para resolver o problema social posto. Essa política pública pode ser em forma de lei, regulamento, ações ou conjunto de ações
	Político
	Nessa ótica a política pública é um processo de decisão do governo que implantará ou não ações para o bem comum de determinada comunidade ou grupo social. Mas, sempre nesse tipo de políticas públicas há conflitos de interesses de grupos diferentes, por isso, é uma decisão política, uma vez que o governo decide implementar ou não a política pública referente à demanda realizada.
	Administrativo
	É o mais facilmente identificado e envolve, prioritariamente, a administração pública e a burocracia estatal, porque parte de ações que precisam ser implantadas para cumprir leis, decretos e portarias.
- Uma política pública pode ser resultado de uma ação estatal ou de governo. Esse é um problema social sério no Brasil: a descontinuidade de política públicas implantadas nos governos. Por quê? Porque ao terminar um governo, a política pública fundada por ele, acaba também. Quem sempre perde é a população, pois fica à mercê da boa vontade dos governantes!
Na política de Estado as ações são estabelecidas independentemente do governo e do governante, e deve ser realizada porque é amparada pela Constituição. Já a política de governo pode depender, justamente, dessa alternância de poder e de vigência de partidos políticos nos cargos públicos, porque cada governo tem seus projetos, que por sua vez se transformam em políticas públicas.
FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA BÁSICA
- A escola passa a ser um lugar para desenvolver competências intelectuais, cognitivas, sociais, discursivas, éticas e morais e incrementar a cidadania participativa de alunos, professores e demais funcionários. Mas, para que isso ocorra, é necessário que a escola seja um ambiente no qual a participação de cada um é valorizada.
- A gestão democrática é um princípio afirmado pela Constituição Federal de 1988, pela LDB de 1996 e consta também no PNE 2014-2024, mais especificamente na meta 19. 
- A descentralização do Estado, o enaltecimento de critérios de eficiência e qualidade, somados à gradativa 'transferência' das responsabilidades do Estado para a sociedade, reformularam as políticas sociais no Brasil, a partir dos anos 1990.
- Na década de 1970, houve uma enorme crise econômica que levou ao questionamento do Estado de Bem-Estar Social e ao crescimento do ideário neoliberal. Por conta dessa crise e da instalação dos ideais neoliberais no Brasil e no mundo, algumas reformas foram implementadas nos países, com o objetivo de diminuir gastos e melhorar a qualidade em vários setores, inclusive na Educação. Essas reformas foram orientadas por organismos transnacionais de financiamento e cooperação, como, por exemplo: o Banco Mundial e a UNESCO.
- De acordo com a visão neoliberal e outros grupos conservadores é necessário o controle sobre a Educação para que ela possa gerar resultados que impactem de forma positiva o crescimento econômico e social. Assim, sob a orientação de instâncias transnacionais de poder, a partir da década de 1990, o Brasil realizou reformas educacionais que tinham como um de seus eixos a descentralização de poderes e de encargos educacionais do âmbito federal para esferas locais de poder, ou seja, os municípios.
- Para aumentar a produtividade no país, era necessário qualificar as pessoas profissionalmente, por meio da Educação. A educação deveria conferir o potencial de sustentar a competividade dos processos produtivos e econômicos para sustentar a competitividade do mercado. Por esse motivo, foi solicitada uma reforma na Educação brasileira que pudesse atender a esse objetivo. Dentro dessa reforma, estavam os pedidos de universalizar a Educação e democratizar o acesso à escola.
- Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos (PNEDH), elaborado pelos órgãos oficiais da Educação no Brasil, incorpora aspectos dos principais documentos internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil é signatário. O documento também agrega demandas antigas e contemporâneas de nossa sociedade pela efetivação da democracia, do desenvolvimento, da justiça social e pela construção de uma cultura de paz.
GESTÃO DEMOCRÁTICA X GERENCIALISMO
- É necessário que o gestor aprenda, desenvolva e aprimore a sua capacidade de liderar partindo das características que vimos anteriormente, e baseado na perspectiva democrática da gestão escolar conforme estabelece a Constituição Federal de 1988, no artigo 206, inciso VI, afirmando que o ensino público terá uma gestão democrática.
- De igual forma, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, 9394/96) também inseriu em seus artigos o princípio da gestão democrática no inciso VIII do art. 3º, afirmando ser a gestão democrática do ensino público a forma de administrar a escola pública.
- Dessa forma, podemos identificar na meta 19, do PNE 2014-2024, esse princípio:
Assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, para a efetivação da gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto.
- O gestor educacional, baseando-se em uma gestão democrática e participativa, precisa demonstrar interesse pelo exercício e atividades dos professores, funcionários e educandos, em um processo contínuo de incentivo ao trabalho em equipe e o compartilhamento de experiências coletivas.
- A construção da gestão democrática implica:
· em um esforço para garantir a autonomia da unidade escolar;
· na participação efetiva da comunidade nos processos de tomada de decisão;· na instituição de um grupo colegiado na escola;
· na busca por financiamento público.
- No Brasil, os anos de 1990 foram um período no qual as políticas educacionais se pautaram na revalorização da racionalidade técnica, tendo em vista a resolução de problemas como a garantia de acesso, correção do fluxo escolar e a melhoria da qualidade de ensino.
As alternativas encontradas pelo governo para solucionar tais problemas, foi aumentar a oferta do Ensino Fundamental, nível de ensino obrigatório, de acordo com a Constituição Federal de 1988 e a Lei 9.394/96.
- O processo de descentralização foi impulsionado por mais autonomia concedida aos estados, municípios e às escolas na gestão administrativa e pedagógica, bem como pela participação da sociedade civil na responsabilização na garantia do direito à Educação.
- A escola democrática e participativa permite que professores, funcionários, alunos, pais de alunos discutam de maneira crítica e significativa o cotidiano e as práticas escolares e decidam, ou seja, escolas que tenham autonomia, segundo Piaget.
- Nesse ponto está a função primeira e principal da escola que é formar indivíduos críticos, criativos e participativos, com condições de tomar parte ativamente do mundo do trabalho e de buscar soluções democráticas para as questões que se colocam no dia a dia.
	GESTÃO DOS SISTEMAS DE ENSINO NO BRASIL
- Os sistemas de ensino no Brasil são geridos pela Lei 9394/96, com base na Constituição Federal de 1988, que estabelece como a Educação deve ser organizada, os órgãos administrativos responsáveis, os níveis e as modalidades de ensino, entre outros aspectos.
Competências da União
Responsável pelas instituições de Educação Superior criadas e mantidas pelos órgãos federais de Educação e também pela iniciativa privada. De acordo com o artigo 9º da LDB, tem como atribuições (BRASIL, 1996):
· Elaborar o Plano Nacional de Educação;
· Organizar, manter e desenvolver os órgãos e as instituições oficiais do sistema federal de ensino;
· Prestar assistência técnica e financeira aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios;
· Estabelecer competências e diretrizes para a Educação Básica;
· Cuidar das informações sobre o andamento da Educação nacional e disseminá-las;
· Baixar normas sobre cursos de graduação e pós-graduação, avaliar e credenciar as instituições de Ensino Superior;
· Planejar e organizar as avaliações educacionais em grande escala, como ENEM, ENADE, Provinha Brasil.
Competências dos estados e do Distrito Federal
Cuidar das escolas estaduais de nível fundamental e médio dos órgãos públicos ou privados. De acordo com o artigo 10 da LDB, são atribuições dos Estados (BRASIL, 1996):
· Organizar, manter e desenvolver escolas e instituições oficiais de ensino em regime de colaboração com os municípios;
· Dividir proporcionalmente as responsabilidades da Educação Fundamental com os municípios;
· Elaborar e executar políticas e planos educacionais;
· Autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar os cursos das instituições das escolas e da Educação Superior dos estados;
· Assumir o transporte escolar dos alunos da rede estadual.
Competência dos municípios
Responsáveis, principalmente, pelas instituições de Ensino Infantil e Fundamental, mas cuidam também de instituições de Ensino Médio mantidas pelo poder público municipal. De acordo com o artigo 11 da LDB, têm como atribuições (BRASIL, 1996):
· Organizar, manter e desenvolver os órgãos e as instituições oficiais dos seus sistemas de ensino;
· Exercer ação redistributiva em relação às suas escolas;
· Autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu sistema de ensino;
· Oferecer Educação Infantil em creches e pré-escolas;
· Prover o transporte para os alunos da rede municipal;
· Decidir por se integrar ao sistema estadual de ensino ou compor com ele um sistema único de Educação Básica.
- Secretaria de Educação Básica (SEB)
- Como estudamos em aulas anteriores, a Educação Básica no Brasil é norteada pelos seguintes documentos oficiais:
· Constituição da República Federativa do Brasil;
· Lei nº 9.394, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB);
· Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica;
· Plano Nacional de Educação;
· Estatuto da Criança e do Adolescente.
- Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI).
- Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (Setec/MEC)
- Secretaria de Educação Superior (SESu) 
A BASE LEGAL DA EDUCAÇÃO BÁSICA NO BRASIL - PARTE I
- A família tem um papel fundamental na vida da criança, pois é nela que a pessoa inicia o seu contato com as pessoas e com o mundo. O relacionamento familiar precisa oferecer um espaço de convivência no qual as crianças sejam educadas com base em valores sociais positivos, para facilitar o convívio delas com outras pessoas e também a possibilidade de já na família essa criança aprender e exercitar virtudes como: tolerância, respeito, paciência, autoconfiança, contentamento, coragem, honestidade, humildade...
- O artigo 3º da LDB reforça essa educação de valores, pois afirma que o ensino nas escolas brasileiras será ministrado com base nos princípios da igualdade, liberdade, pluralismo de ideias e respeito.
EJA
- Outro direito muito importante diz respeito à oferta de educação escolar regular para jovens e adultos. Essas pessoas também têm o direito de estudar e de estarem matriculadas, regularmente, em uma instituição de ensino, de acordo com a LDB/96. A escola deve oferecer condições especiais para esse público, geralmente constituído por pessoas que já trabalham.
- Para crianças que precisam de atendimento especial, o Estado deve prover atendimento educacional especializado gratuito em casos de transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. Esse atendimento deve ser feito, preferencialmente, na rede regular de ensino.
- Também é oferecido, pela LDB, como direito dos estudantes, o acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, de acordo com a capacidade de cada um (artigo 4, LDB). 
- Para aqueles que possuem dificuldades de frequentar às aulas durante o dia, a LDB também confere o direito ao estudo no turno da noite regular e que esse período seja adequado às condições desses estudantes (artigo 4, LDB). 
- Sabemos que muitos alunos moram bastante longe da escola ou têm dificuldades para chegar. A lei estabelece que sejam criados programas suplementares de transporte, bem como de material didático-escolar, alimentação e assistência à saúde a todos os alunos da Educação Básica no Brasil (artigo 4, LDB).
A BASE LEGAL DA EDUCAÇÃO BÁSICA NO BRASIL - PARTE II
A Educação Infantil (E.I.) 
- O tema da E. I é tratado na LDB nos artigos 29 a 31, e a define como a primeira etapa da Educação Básica, cujo objetivo é desenvolver integralmente a criança de até 5 anos em vários aspectos: Físico; Psicológico; Intelectual; Social.
- Mas, tudo o que a criança aprende na escola precisa ser complementado pela família (art. 29 da LDB). Nessa etapa o Estado deverá disponibilizar creches para crianças de até 3 anos e pré-escolas para atender aquelas de 4 a 5 anos. A avaliação deve ser mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças, mas não para aprovar ou reprovar. A carga horária é de 800 horas divididas em 200 dias letivos.
O Ensino Fundamental (E.F.)
- Deve ser ministrado na língua portuguesa, mas será assegurada às comunidades indígenas estudarem em suas línguas maternas e ter processos próprios de aprendizagem (§3º do artigo 32 da LDB), se desejarem. O currículo do E.F. deverá compor conteúdos e assuntos que trabalhem os direitos das crianças e dos adolescentes, de acordo com o ECA e também devem ser abordados os símbolos nacionais como tema transversal (§3º do artigo 32/LDB).
O Ensino Médio (E.M.) 
- É a etapa final da Educação Básica e deverá ter a duração mínima de 3 anos. Constitui também um momento muito difícil na educação nacional,pois nessa fase muitos adolescentes evadem da escola, seja porque não se reconhecem nela, ou porque precisam trabalhar ou ainda porque as notas não os favorecem para progredir nos estudos.
- A carga horária também mudou. Antes, tínhamos 1.800 horas. Agora, o E. M. diurno, terá 2.400 horas, mas deverá ser ampliada para 3.000 horas, até o início do ano letivo de 2022. No E. M. noturno, a proposta pedagógica poderá, para garantir a permanência e o êxito desses estudantes, que enfrentam questões como trânsito e emprego, ampliar a duração do curso para mais de 3 anos, com menor carga horária diária e anual, garantido o total mínimo de 2.400 horas até 2021 e de 3.000 horas a partir do ano letivo de 2022.
A Educação Profissional Técnica de Nível Médio
- De acordo com o artigo 36 da LDB, a Educação profissional de nível médio deverá ser desenvolvida de maneira articulada com o E. M. ou ocorrer de maneira subsequente à conclusão do EM. Esses cursos:
· Conferirão diploma aos estudantes e possibilitarão a qualificação para o trabalho (BRASIL, 1996);
· Têm os seus objetivos contidos nas diretrizes curriculares nacionais e só podem ser oferecidos a quem já tenha concluído o ensino fundamental;
· Devem ser planejados de modo a guiar o estudante para a habilitação profissional técnica de nível médio.
A Educação Especial
- A Lei 9394/96 (LDB) assegura ao estudante que se enquadra na E. I. de ter um serviço de apoio especializado, na escola regular, que atenda às suas especificidades enquanto aprendiz. Caso não seja possível a integração da criança em classes comuns do ensino regular, esse atendimento deverá ser realizado em classes, escolas ou serviços especializados que atendam às condições específicas desses alunos, desde a Educação Infantil.
- Aos superdotados é assegurada a aceleração para a conclusão dos estudos em um tempo menor.
O Plano Nacional de Educação (PNE) 
-O PNE é elaborado para a educação brasileira, instituído pela Lei 13.005/2014 que tem vigência de 10 anos e disposto pela Constituição Federal de 1988. Institui 20 metas que dão uma visão geral da Educação Básica e do Ensino Superior no Brasil.
A BASE LEGAL PARA A FORMAÇÃO DE LICENCIADOS NO BRASIL
- A descontinuidade das políticas públicas educacionais está diretamente relacionada a uma política de governo e não a uma política de estado. Isso fragmenta as ações públicas após cada sucessão de governo ou articulação política. Esse é um movimento danoso para a Educação, pois cria um sistema educacional que não está organizado em torno de um objetivo claro, e descaracteriza a responsabilidade dos governos nessa área ou na instituição de políticas públicas que se mantenham.
- O artigo 67 da LDB prevê ainda que as instituições devem valorizar os professores e assegurar-lhes aperfeiçoamento profissional continuado, piso salarial profissional, progressão funcional baseada na titulação ou habilitação, e na avaliação do desempenho, período reservado a estudos, planejamento e avaliação, incluído na carga de trabalho e condições adequadas de trabalho (artigo 67/LDB).
- As DCNs (diretrizes curriculares nacionais) forneceram estrutura legal e normativa para a construção da BNCC, em razão de funcionarem como documento principal à elaboração dos currículos e do desenvolvimento de atividades escolares e universitárias no Brasil. Por isso, elas não perderam a validade com a instituição da BNCC, uma vez que o objetivo da Base é classificar o conhecimento e detalhar o mínimo necessário na aprendizagem dos alunos, a cada ano. DCNs e BNCC são documentos complementares e não excludentes.
O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA NO BRASIL
- O dinheiro que financia a Educação pública deve vir: 
01 Dos impostos que pagamos à União, aos estados, ao distrito federal e aos municípios 
02 Do salário-educação 
03 Das transferências constitucionais 
04 Da receita dos incentivos fiscais 
05 De outros recursos previstos na Constituição Federal (Artigo 68, LDB/96).
- São situações específicas para o gasto público com a Educação e tudo deve ser apurado e publicado nos balanços oficiais, e as escolas deverão prestar contas de como utilizaram esses recursos públicos, porque serão fiscalizadas pelos órgãos competentes conforme afirma o artigo 212 da CF/88.
- O CAQi é uma elaboração realizada pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação que retrata, em valores, o quanto o país deve investir por aluno durante um ano, em cada nível ou modalidade da Educação pública, para garantir um padrão mínimo de qualidade no ensino.
- Já o CAQ refere-se ao quantitativo financeiro necessário para que cada aluno brasileiro tenha acesso a uma educação com um padrão mínimo de qualidade em comparação com os países mais desenvolvidos.
- De acordo com a LDB, os recursos públicos destinados às escolas públicas, também podem ser enviados para escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, em forma de bolsas de estudo. Todo o dinheiro arrecadado pelo Fundeb é redistribuído para as escolas públicas brasileiras por meio dos estados, do distrito federal e dos municípios e todo o dinheiro deve ser utilizado, exclusivamente, para e na Educação Básica pública.
SISTEMA DE PLANEJAMENTO A AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO
Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) — criado em 1990, é composto por um conjunto de avaliações externas em larga escala e tem como principal objetivo realizar um diagnóstico da Educação Básica no Brasil e de alguns aspectos que interferem no desempenho dos estudantes.
Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) — tem como finalidade principal a avaliação do desempenho escolar e acadêmico ao fim do Ensino Médio.
Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) — avalia o rendimento dos concluintes dos cursos de graduação, em relação aos conteúdos programáticos, às habilidades e competências adquiridas em sua formação. O exame é obrigatório e a situação de regularidade do estudante (no exame) deve constar em seu histórico escolar. A primeira aplicação do Enade ocorreu em 2004 e a periodicidade máxima da avaliação é trienal para cada área do conhecimento.
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
- Uma teoria corresponde a uma determinada maneira de ver as coisas, ou, por assim dizer, a uma certa "visão de mundo".
- Os paradigmas correspondem exatamente a estas maneiras específicas de conceber a História . A palavra "paradigma" também pode ser entendida como "modelo“, ou seja, o paradigma é um modelo que passa a ser aceito pelos praticantes de determinado campo de saber, mesmo que, no interior do modelo, haja variações e, obviamente, as contribuições pessoais e mais especificas de cada um.
- O Método, ou a necessidade de uma metodologia, surge quando alguém está diante de uma tarefa qualquer a ser executada. Pode ser uma tarefa mais simples, como preparar uma refeição ou planejar uma viagem, ou pode ser uma operação mais complexa, que podemos exemplificar com a própria pesquisa em quaisquer dos seus campos de conhecimento.
- Na História, como campo de saber que tem as suas próprias especificidades, as diversas metodologias disponíveis aos historiadores costumam se relacionar ao trabalho com as fontes históricas em seus diversos momentos.
- Outro procedimento metodológico importante, sobretudo em pesquisas de maior fôlego, é o planejamento da pesquisa através de um instrumento metodológico que é denominado projeto de pesquisa.
- “Uma “Escola” – fora a noção mais vulgar que se refere exclusivamente a instituições de Ensino – pode ser entendida no sentido de uma “corrente de pensamento”, sempre que ocorre um padrão ou programa mínimo perceptível no trabalho de grupo formado por um número significativo de praticantes de determinada atividade ou de produtores de certo tipo de conhecimento.”
- As "escolas" podem apresentar uma referência sincrónica – relacionada a autores ou praticantes de uma mesma época – e uma referência diacrônica, no sentido de que a "escola" pode se estender no tempo e abarcar sucessivas gerações, ou ser por elas reivindicada.
- Para que se tenha uma"Escola Histórica", o principal é a ocorrência de certo padrão comum entre seus participantes ou outro elemento qualquer que seja forte o suficiente para estabelecer uma unidade. Isso pode se dar através do Método, de uma determinada perspectiva teórica, de uma certa maneira de enfrentar os dilemas historiográficos da época ou mesmo do pertencimento a determinado paradigma historiográfico.
- O conceito constitui uma espécie de órgão para a percepção ou para a construção de um conhecimento sobre a realidade, mas que se dirige não para a singularidade do objeto ou evento isolado, e sim para algo que liga um objeto ou evento a outros da mesma natureza, ao todo no qual se insere ou ainda a uma qualidade de que participa.
História e Crise dos Paradigmas – os campos da História e a multiplicidade complexa de alternativas na historiografia
- A primeira modificação importante no novo universo historiográfico foi o incremento, na passagem do século XVIII ao XIX, da chamada “crítica documental” – uma expressão que remete aos cuidados e procedimentos que devem orientar os historiadores ao abordarem suas fontes históricas.
- No início do século XX, disciplinas como a Geografia, Antropologia, Sociologia e Economia já estavam suficientemente desenvolvidas para atrair o interesse dos historiadores com relação às possibilidades de utilização de conceitos, métodos e abordagens desenvolvidas no âmbito destas disciplinas. Logo viriam outros diálogos da História com os demais campos de saber, tais como a Linguística e a Psicologia, entre outros. Mesmo a Literatura, como forma de expressão, passou a se abrir aos historiadores como diálogo que permitiria uma constante rediscussão de suas instâncias estética e narrativa.
- Existe, inclusive, um caminho intermediário neste debate que combina a possibilidade de pensar a História como ciência, naquilo que se refere à dimensão da pesquisa e da análise, e como arte, considerando que, ao fim de seu trabalho, o historiador precisa desenvolver um texto com qualidades literárias para expor os resultados de sua pesquisa e construir uma narrativa.
- O problema principal, capaz de abalar os pressupostos em que a História foi se edificando como campo de saber científico, ocorre quando surge a ideia de que a História possa se reduzir apenas à sua dimensão estética ou discursiva, confundindo-se, no limite, com a criação literária. Esta aproximação entre História e Literatura parece ameaçar a identidade da História como campo de saber específico, e também se sintoniza ocasionalmente com outra crise, que se intensificou a partir de final dos anos 1960: a chamada “crise dos referentes”.
- Os “campos históricos”, ou aquilo que se produz na interconexão entre eles, são espaços de interatividade, dimensões nas quais se operam os diálogos historiográficos. Nada mais danoso para o conhecimento histórico do que a hiperespecialização de um historiador, que passe a trabalhar ou a se definir em termos de um único campo histórico.
HISTÓRIA SERIAL
-A primeira delas é a História Serial, uma modalidade da História que desempenhou um papel de destaque entre os anos 1930 e 1970, e que ainda hoje se conserva no repertório metodológico dos historiadores. Quando surgiu, a História Serial chegou a ser vista por diversos autores como uma revolução nas relações do historiador com as suas fontes, e alguns chegaram mesmo a pensar que este tipo de historiografia substituiria de todo o antigo fazer histórico tradicional.
Vejamos:
01 Ao invés das fontes habituais que costumavam ser tomadas para uma abordagem que, de resto, era habitualmente qualitativa, a chamada História Serial introduzia nas proximidades dos meados do século XX uma perspectiva inteiramente nova: tratava-se de constituir "séries" de fontes e de abordá-las de acordo com técnicas igualmente inéditas.
02 As fontes eram abordadas com algum nível de homogeneidade, abrindo-as para a possibilidade de quantificar ou de serializar as informações ali perceptíveis no intuito de identificar regularidades, variações, mudanças tendenciais e discrepâncias reveladoras.
03 A História Serial também lida com a serialização de eventos ou dados, e não só com a serialização de fontes, propondo-se a avaliar eventos históricos de certo tipo em séries ou unidades repetitivas por determinados períodos de tempo.
04 No que se refere ao tipo de fontes factíveis de serem serializadas, existe certamente uma grande variedade de fontes que pode se prestar aos usos seriais, em que pese a primazia que desempenharam nos primeiros tempos as fontes cartoriais, administrativas, comerciais, paroquiais, testamentárias e outras como os documentos de censo.
HISTÓRIA QUANTITATIVA
- Neste momento, será oportuno apontar alguns vícios que podem ser decorrentes de um mau uso, ou de um uso limitado, da História Quantitativa:
VÍCIO 1 Quando a História Quantitativa se resume à mera exposição de quantidades ou de informações numéricas, fatalmente se transforma em uma história descritiva, não problematizada, o que vem a ser a contrapartida, para o caso da história narrativa, daquela modalidade historiográfica do século XIX que ficou conhecida como História Pactua.
VÍCIO 2 Assim como é passível de crítica o historiador simplesmente narrar os fatos, de maneira não problematizada, como se o importante fosse a mera descrição "dos fatos que aconteceram", é igualmente passível de críticas descrever simplesmente os dados econômicos de certa sociedade.
FATORES EXÓGENOS
- Explicações exclusivamente exógenas, como fica evidente na própria designação que estamos evocando, seriam aquelas que propõem como fatores de esclarecimento para a História Econômica apenas os fatores exógenos - isto é, externos à realidade examinada.
- Epidemias, guerras, fatores meteorológicos - eis aqui um conjunto de fatores, todos externos à economia, que são evocados pelas teorias exógenas de modo a explicar as flutuações econômicas. Seriam estas excitações e motivações externas que acionariam o processo de transformação econômica, ou mesmo presidiriam seus ritmos e encaminhamentos.
FATORES ENDÓGENOS
- Correspondem àquelas que buscam esclarecer certo desenvolvimento histórico relacionado å economia exclusivamente no âmbito dos próprios fatores econômicos envolvidos no sistema examinado.
Política e sociedade – História Política e as diversas formas de poder
- Quando o historiador dedica-se a examinar em primeiro plano o poder nas suas múltiplas relações com a vida social e com a História, quando começa a examinar as diversas maneiras como os homens estabelecem pressões recíprocas, bem como os domínios e resistências de uns sobre os outros – seja no âmbito das relações e confrontos entre grandes grupos sociais, estados ou instituições, seja no âmbito das relações e confrontos entre os indivíduos – é neste momento que se delineia o que poderemos chamar de História Política.
- Para além desses objetos já tradicionais que se referem às relações entre as grandes unidades políticas e aos modos de organização dessas macrounidades políticas que são os Estados e as Instituições, passavam a adquirir especial destaque, no repertório de interesses dos historiadores políticos, as relações políticas entre grupos sociais de vários tipos.
- Começaram mesmo a despertar um interesse análogo também as relações interindividuais, os micropoderes, as relações de poder no interior da família, os relacionamentos intergrupais, assim como o campo das representações políticas, dos símbolos, dos mitos políticos, do teatro do poder, ou do discurso.
	Cultura e sociedade – História Cultural e História das Mentalidades
- “Cultura" corresponde a um conceito extremamente polissêmico (um conceito que apresenta diversos sentidos) e, ainda o século XX, trouxe-lhe novas redefinições e abordagens em relação ao que se pensava no século XIX como um âmbito cultural digno de ser investigado pelos historiadores.
- Orientando-se em geral por uma noção bastante restrita de "cultura", os historiadores do século XIX costumavam a passar ao largo das manifestações culturaisde todos os tipos de cultura popular. Além disso, também ignoravam que qualquer objeto material produzido pelo homem fosse também parte da cultura da cultura material, mais especificamente.
- Passou-se também a avaliar a Cultura também como processo comunicativo, e não como a totalidade dos bens culturais produzidos pelo homem. Este aspecto, para o qual confluíram as contribuições advindas das teorias semióticas da cultura, representou um passo decisivo.
- As noções que se acoplam mais habitualmente à de "cultura" para constituir um universo de abrangência da História Cultural são as de "linguagem" (ou comunicação), "representações", e de "práticas" (práticas culturais realizadas entre os seres humanos e na sua relação com o mundo, o que em última instância inclui tanto as práticas discursivas como as práticas não discursivas).
Micro-História e outras abordagens disponíveis ao historiador contemporâneo
- Trabalhar com um conjunto amplo de documentos do mesmo tipo, procurando enxergar sistematicamente neste conjunto as permanências, variações e evoluções que surgem na série, em concomitância com a indicação da passagem do tempo, é o que podemos definir como o âmago desta abordagem que é a História Serial.
- Ter consciência sobre o período histórico que estará sendo examinado – seja um período mais longo ou um período mais curto – é fundamental para o historiador, tanto para viabilizar a pesquisa, como pelo simples fato de que todos os processos que podem ser examinados pelos historiadores se desenvolvem no tempo, ou em um recorte de tempo que pode e deve ser muito bem especificado.

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