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SISTEMAS OPERACIONAIS

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SISTEMAS OPERACIONAIS
Objetivos
· Reconhecer os conceitos que abordam os sistemas operacionais. 
· Conceituar e especificar os sistemas operacionais para aplicações corporativas. 
· Conhecer os sistemas operacionais de redes. 
· Compreender os objetivos e princípios de proteção em um sistema operacional corporativo. 
Desafio 
Para facilitar a aprendizagem sobre os sistemas operacionais corporativos, leia "LINUX VERSUS MICROSOFT: AS NOVAS TENDÊNCIAS NO MERCADO DE SISTEMAS OPERACIONAIS". Em seguida, faça uma pesquisa rápida sobre o uso dos sistemas operacionais Linux e Windows no ambiente corporativo e responda: Qual é o mais usado nas grandes corporações? Quais os serviços mais eficientes que cada um oferece para o ambiente corporativo? Quais as práticas de segurança nos dois sistemas? 
Conteúdo 
Revisão 
Um sistema operacional (SO), de forma básica, pode ser compreendido como um programa capaz de controlar os recursos de um dispositivo e fornecer uma estrutura para o funcionamento de outros aplicativos. Assim, é o SO que define e gerencia o uso da memória, do processador, do sistema de arquivos e de outros componentes e recursos digitais. Ele é o primeiro programa a ser executado pelos dispositivos, enquanto os outros programas, aplicativos e utilitários são usados na base do SO. 
As funções de um SO são: inicializar o computador, oferecer rotinas de controle, gerência e interação das tarefas eletrônicas, gerenciar os aplicativos, memórias, disco e componentes de entrada e saída, garantir a integridade do sistema e criar a comunicação entre o usuário e o dispositivo. A seguinte figura mostra como o sistema operacional funciona como interconexão entre o hardware e os aplicativos de usuário. 
Figura 1 – Sistema operacional no dispositivo
Fonte: Elaborada pelo autor, 2020. 
Os sistemas operacionais podem ser classificados de acordo com a velocidade, com os recursos que utilizam, com os aplicativos que suportam, com o tamanho, com o acesso à rede, com o licenciamento, gerenciamento de tarefas, etc. Os tipos de classificação de sistemas operacionais mais comuns são o monotarefa, multitarefa e multiprocessado, baseados no gerenciamento de processos; monousuário e multiusuários, quanto ao número de usuários que usam o sistema ao mesmo tempo; e os sistemas operacionais proprietários, gratuitos e livres, de acordo como o tipo de licenciamento. Ainda tem outros tipos, como, por exemplo, de rede, desktop, servidor e embarcado. Conheça a especificação de cada um:
· Monotarefa: como o próprio nome diz, executa-se apenas um processo por vez, como o MS-DOS. 
· Multitarefa: simula uma simultaneidade na execução das tarefas. 
· Multiprocessado: interliga dois ou mais processadores físicos ou lógicos para processar as tarefas. 
· Monousuário: o dispositivo pode ser usado por um usuário de cada vez. 
· Multiusuário: vários usuários podem fazer uso do dispositivo ao mesmo tempo, usando terminais ou conexões remotas diferentes, como no uso dos servidores. 
· Proprietário: SO que não possui código-fonte liberado e precisa pagar uma licença para o uso do sistema, como acontece com o Windows e o MacOS. 
· Gratuito: SO o código-fonte não é liberado, mas tem distribuição de uso, não é paga. 
· Livre ou Open Source: SO com código-fonte liberado para acesso, cópia e alteração e a distribuição de uso gratuita, como algumas versões do Linux. 
· Rede: apresenta suporte às operações de rede, disponibilizando compartilhamento de rede para dispositivos diversos, como impressoras ou outros computadores. 
· Desktop: sistema operacional voltado para os computadores de uso doméstico e corporativo em atividades comuns. 
· Servidor: permite a gestão de uma grande quantidade de recursos, estabelecendo os limites de uso para cada grupo de usuários e aplicativos. 
· Embarcado: sistema operacional usado em um hardware com recursos de processamento e armazenamento. 
Ainda podem ser classificados quanto à aplicação em rede, sendo cliente ou servidor. O cliente possui um sistema operacional de desktop e o servidor faz uso de um sistema operacional de servidor, que gerencia os recursos enviados para o cliente. 
Os sistemas operacionais mais comuns são os da geração Windows, que é proprietário, multiusuário, e têm versões tanto para clientes quanto para servidores corporativos. Outro sistema operacional bastante usual, principalmente no meio corporativo para servidores e data centers, é o Linux, com vários tipos de versões e distribuições disponíveis no mercado. Tem-se também o Android, sistema mais comum dos dispositivos móveis, baseado no Linux. 
Leia mais em: Visão Geral dos Sistemas Operacionais.
Sistemas operacionais corporativos
As aplicações corporativas são programas robustos que processam e armazenam dados importantes de uma empresa. Pode-se dizer que são aplicações de alta durabilidade, que comportam uma grande quantidade de registros durante a sua execução e, por isso, precisam de um sistema operacional que seja capaz de suportar o grande fluxo de informação e serviços acessados simultaneamente. 
Muitas dessas aplicações precisam ficar em operação initerruptamente, por exemplo, os serviços de e-mail e Internet, ou os serviços de armazenamento web e computação em nuvem. Outras precisam ter facilidade de migração nas atualizações ou comunicar com outras aplicações da corporação. 
Para disponibilizar tais aplicações e serviços é preciso ter uma máquina com hardwares próprios de uso intenso, em um ambiente adequado, com refrigeração e segurança, e um sistema operacional capaz de armazenar e processar os dados, registros e informações no tempo de suas solicitações. 
Dessa forma, os sistemas operacionais corporativos são programas que precisam manter um bom desempenho do processamento para garantir a execução e a interrupção dos recursos nas aplicações empresariais. Ou seja, precisa ter agilidade e bom tempo de resposta para a solicitação do usuário, sem erros ou latência; precisa garantir a eficiência dos recursos, suportando e controlando a carga de pedidos; precisa ter escalabilidade, onde é possível acrescentar hardwares e novas aplicações sem alterar o funcionamento dos recursos; e precisa manter o banco de dados de cada aplicação em fácil acesso para migrar quando necessário.  Os sistemas operacionais mais comuns para trabalhar com essa demanda corporativa são os sistemas do tipo servidor. 
Vale lembrar que, mesmo tratando-se de um ambiente corporativo, não é necessário que os sistemas e aplicações empresariais sejam grandes, apenas precisam ser robustos o suficiente para processar a quantidade de dados e agregar valor ao negócio. 
Veja alguns exemplos de uso de sistemas operacionais de servidores para aplicações corporativas: 
· Considerando um e-commerce simples, onde várias pessoas farão acesso ao site da empresa ao mesmo tempo: O sistema precisa ser capaz de lidar com um grande volume de usuários e acessos aos seus recursos, além de proporcionar um site simples, que atenda a todos os tipos de navegadores e de velocidades de transmissão da internet. Assim, o sistema operacional servidor desta corporação precisa prover basicamente dois recursos: um banco de dados para armazenar as informações de cada cliente e a comunicação com uma aplicação de controle de estoque. 
· Considerando uma empresa que precisa fazer registro de gastos de sua organização: Os gastos precisam ser armazenados e disponibilizados para cálculo de reembolso e impostos, inclusão na folha de pagamento e para gerar relatórios do setor financeiro. Dessa forma, o sistema operacional corporativo deve abranger um banco de dados, com poucas tabelas, sendo flexível para manipulação desses dados conforme necessário ao negócio da empresa.
Observação: 
 Esses exemplos foram adaptados do livro "Padrões de arquitetura de aplicações corporativas", de Martin Fowler. 
Fowler, 2009. (Adaptado) 
Estrutura
Nas redes corporativas existem muitos recursos que precisam ser usados e distribuídos para os dispositivos. O sistema operacional controla a utilização desses recursos namáquina e, em alguns casos, solicita ou distribui os recursos por uma rede. Para isso, usa a estrutura cliente- servidor, peer to peer e máquinas virtuais como arquiteturas dos sistemas operacionais.
Cliente-servidor
A arquitetura cliente servidor é uma estrutura de sistemas onde, em uma rede de computadores, algumas máquinas usam um sistema operacional fornecedor de recursos, distribuindo serviços a outros dispositivos. O SO que presta o serviço é chamado de servidor, enquanto o sistema que solicita o recurso é chamado de cliente. Dessa forma, esta arquitetura funciona com o compartilhamento de aplicações, trabalhadas sob a forma de serviços, onde os servidores disponibilizam recursos em rede para as máquinas clientes fazerem acesso, de acordo com a necessidade.
A máquina cliente não faz nenhum compartilhamento de recursos com o servidor, somente solicita a função disponível necessária para o seu funcionamento em rede ou para a inicialização do trabalho do usuário. Assim, vale ressaltar que a comunicação entre o cliente e o servidor é iniciada pelo cliente. O sistema operacional servidor fica sempre disponível, aguardando as solicitações da rede. 
Nesta arquitetura, o processamento das requisições é dividido em ações diferenciadas, onde o servidor é responsável pela manutenção das funções e o cliente é quem recebe os dados dos serviços e as informações da rede. Por isso, a máquina cliente faz o envio da requisição de uma função para o servidor, que processa e responde ao resultado dessa requisição. 
A Figura 2 mostra uma parte da estrutura da arquitetura de cliente e servidor em uma rede dentro de uma corporação.
Figura 2 – Arquitetura cliente e servidor 
Fonte: Elaborada pelo autor, 2020. 
Os serviços gerados pelos servidores são funções que só eles podem oferecer, essenciais aos dispositivos clientes para ingressarem ou desenvolverem trabalhos na rede. Os serviços mais comuns, oferecidos em rede pelo SO servidor são:
· Armazenamento de arquivos: o servidor é usado para gerenciar pastas compartilhadas, possibilitando que vários usuários tenham acesso ao mesmo conteúdo de arquivos, que fica disponível para acesso interrupto na máquina que gera esse serviço. 
· Banco de dados: armazena dados de forma estruturada para serem gerenciados e manipulados por outras aplicações. 
· Impressão: controla a permissão de uso das impressoras em rede. 
· Monitoramento de redes: o servidor gerencia os recursos e dispositivos da rede. 
· Criptografia:  gera proteção das informações nas comunicações em rede. 
· E-mail: armazena, disponibiliza e envia mensagens eletrônicas aos usuários de uma rede ou entre redes. 
· Firewall: aplica as regras da política de segurança nos dispositivos conectados em rede. 
· Nuvem: o servidor é remoto, acessado via Internet, e permite o armazenamento de informações, assim como a disponibilização de aplicações usadas na rede. 
· Proxy:  separa a rede interna da internet, gerando endereço de IP próprio e fazendo o encaminhamento das informações solicitadas de acordo com a regras estabelecidas pelo firewall da rede. 
· E outros, como DNS, DHCP e WEB, que também estudaremos. 
 Assista ao vídeo "Arquitetura cliente-servidor".
Peer to peer
A arquitetura peer to peer permite que cada dispositivo trabalhe como servidor e cliente ao mesmo tempo, fazendo requisições de recursos e, também, disponibilizando serviços a outros dispositivos. Cada dispositivo é considerado um 'peer' e todos eles compartilham recursos entre si sem precisarem de um servidor central intermediando. 
Dessa forma, não há controle dos recursos disponibilizados, mas um compartilhamento de dados de forma distribuída, onde todos os dispositivos são clientes e servidores de dados. Por isso, é uma arquitetura muito comum para algumas aplicações corporativas, por exemplo, no meio científico e acadêmico para a comunicação on-line, usando a internet para disponibilizar e compartilhar informações entre vários dispositivos ao mesmo tempo. 
Veja, na seguinte figura, uma representação de rede usando uma aplicação com arquitetura peer to peer.
Figura 3 – Arquitetura peer to peer
Fonte: Elaborada pelo autor, 2020. 
Aplicações como Skype são exemplos de uso de arquitetura peer to peer.
Máquinas virtuais
A máquina virtual é uma arquitetura aplicável a sistemas operacionais que usam a virtualização para execução de suas operações. Essa funcionalidade permite que as aplicações sejam disponibilizadas de forma virtual, gerando a descentralização, melhor desempenho dos serviços e economia do armazenamento e dos custos, principalmente em equipamentos.
A máquina virtual funciona utilizando parte dos recursos disponíveis do hardware, mas não é instalada diretamente nele. Trata-se de uma emulação, com IP de rede e sistema operacional próprio, que pode solicitar ou disponibilizar serviços, compartilhando os recursos de armazenamento, processamento e memória com o sistema operacional nativo. Dessa forma, o servidor de virtualização permite que vários sistemas operacionais diferentes possam ser executados em uma única máquina física.
Esta arquitetura é frequentemente usada para comparar o desempenho de serviços em sistemas operacionais diferentes. E, por se tratar de um sistema isolado do sistema nativo da máquina, é um modelo confiável. Nas corporações, é usada para evitar interrupções na rede, pois a falha de um serviço virtualizado não prejudica as outras aplicações da máquina.  Veja, na seguinte figura, como é a organização dessa arquitetura.
Figura 4 – Arquitetura de máquinas virtuais
Fonte: Elaborada pelo autpr, 2020. 
Observação: 
Alguns exemplos de sistemas operacionais de máquinas virtuais são: Xen e VMWare ou Virtual Box e Microsoft Virtual PC, dependendo do objetivo de uso na empresa. 
Para saber mais sobre arquitetura de máquinas virtuais, assista ao vídeo "CONFIGURANDO E INSTALANDO MÁQUINAS VIRTUAIS COM O HYPER-V DO WINDOWS 10!".
Segurança
Ao se tratar de segurança, é mais fácil identificar as práticas necessárias de proteção quando se tem uma ideia clara do que deve ser protegido em um ambiente operacional. Ou seja, é possível preservar a integridade de um sistema operacional, importante para as máquinas servidoras de rede manterem seus serviços em execução de forma correta e sempre disponível, assim como é possível também garantir a proteção das informações empresariais, relevantes para as máquinas clientes de uma rede.
Dessa forma, a segurança de um sistema operacional tem como objetivo gerenciar o uso dos recursos de memória, processamento e armazenamento dos programas e aplicações, isolar ou corrigir falhas que comprometem as tarefas operacionais e também limitar o acesso aos processos internos do SO, para evitar falhas e indisponibilidade do sistema.  
Sendo o sistema operacional um conjunto de processos e serviços disponibilizados para uso da máquina, cada um dos recursos dos programas instalados deve ter permissão do SO para acessar os processos internos. Isso ajuda a combater alguns vírus de computador que se camuflam nos recursos dos programas para fazerem uso indevido do sistema operacional. Por isso, controlar o acesso de alguns serviços às operações é uma das formas de manter seu bom desempenho e funcionamento.
Alguns dos possíveis riscos que podem comprometer um sistema operacional são: 
· Perda de algum arquivo, seja arquivo essencial para o funcionamento do sistema ou importante para o usuário. 
· Procedimentos de inserção de dados errados, que podem comprometer a execução das operações ou aplicações no sistema. 
· Falha de energia elétrica ou em algum equipamento do computador, que pode deixar os dados indisponíveis. 
· Acesso não autorizado, que pode ocasionar roubo de dados ou alteração de dados. 
· Vírus, que pode comprometer o funcionamento dos programas instalados e do próprio sistema operacional. 
Para evitar os riscos citados e garantir a segurança dos dados do sistema operacional, algumas medidas devem ser consideradas: 
· A implementação de firewalls, para identificar e gerenciar as portas de conexão coma internet e barrar pacotes suspeitos. 
· O uso de antivírus, fazendo varredura constante, procurando vírus e arquivos danificados. 
· A implementação de uma política de segurança para a máquina, bloqueando acesso aos arquivos de instalação do sistema, ou a execução automática de programas. 
· A avaliação de vulnerabilidades, verificando o uso da memória e processamento de alguns programas, as senhas de controle de usuários e e-mails, os acessos à internet, etc. 
· Autenticação de usuário, colocando senhas para o acesso dos programas que fazem alteração no sistema. 
· Os backups, fazendo cópias de segurança dos arquivos. 
· Promover a manutenção constante do SO e do hardware. 
· Manter o sistema operacional, programas e antivírus sempre atualizados. 
· Desativar recursos e serviços que não são usados. 
Veja mais atitudes práticas de segurança de um sistema operacional acessando as técnicas de proteção sugeridas pela IBM.
Finalizando a Unidade 
Nesta Unidade, vimos que o sistema operacional é um software que gerencia o hardware de um dispositivo fornecendo a interface para as aplicações e a comunicação dos programas com o hardware. No caso das aplicações corporativas, devemos relembrar que elas são robustas, fazem maior uso do processamento do SO e precisam dos seus serviços disponíveis e protegidos. 
Assim, fizemos uma breve revisão dos conceitos que envolvem os sistemas operacionais e as aplicações corporativas. Vale lembrar que, quando se trata de sistemas operacionais no meio corporativo, eles precisam ser tão robustos quanto as aplicações que serão usadas neles e, ainda assim, obter uma alta performance no seu desempenho.
Também estudamos, resumidamente, sobre as arquiteturas cliente e servidor, peer to peer e máquinas virtuais, que são as estruturas mais comuns encontradas nos serviços corporativos. Além disso, citamos algumas práticas de segurança que ajudam garantir a proteção dos programas e processos de um SO. Afinal, um bom sistema operacional trabalha com eficiência e com o mínimo de falhas possível, principalmente os corporativos, assegurando a integridade dos dados das aplicações e dos usuários e a disponibilidade dos serviços.
Vale lembrar que o SO se baseia em processos e o gerenciamento desses processos garante a operação correta dos serviços. Por isso, obter um bom sistema operacional corporativo assegura a alta qualidade no funcionamento das aplicações, assim como na proteção dos dados e das operações do sistema.
ADMINISTRAÇÃO DE SERVIÇOS PARA A INTERNET
Objetivos
· Conhecer sobre redes de computadores. 
· Entender os conceitos e uso de servidores. 
· Descrever os serviços essenciais de um servidor. 
· Reconhecer os tipos de redes. 
· Entender a interconexão de servidores. 
· Descrever os serviços para a Internet. 
Estrutura de redes
É imprescindível que uma rede de computadores tenha um bom funcionamento para garantir que não ocorra perda de dados durante as transmissões. Por isso, ao se tratar de estrutura de redes, é preciso assegurar detalhes importantes para obter o desempenho esperado. Ou seja, deve-se atentar à topologia a ser usada, à quantidade de equipamentos que a rede precisa, à garantia de redundância, ao diagnóstico de falhas, etc. Tudo isso é necessário para dispor de uma estrutura que seja adequada à empresa e evite um futuro retrabalho de planejamento ou implementação. 
Quando a estrutura é de uma rede corporativa, precisa-se pensar em todo o sistema de transmissão de dados, que repassa as informações entre o grande número de dispositivos interconectados tanto internamente quanto externamente. É preciso, também, lidar com as novas tecnologias, gerar prioridades de demanda e de serviços e estabelecer manutenção na rede, com o objetivo de aumentar a produtividade e a eficiência do negócio empresarial. Ainda mais se essa rede corporativa for provedora de serviços para Internet, onde o recurso deve permanecer sempre disponível, ininterrupto, redundante e seguro. 
Quanto à estruturação, primeiramente, é válido considerar a própria infraestrutura física, ou seja, a implantação da rede deve estar de acordo com o ambiente corporativo. É importante documentar onde fica cada equipamento e, principalmente, por onde passa a estrutura cabeada. 
Depois, é preciso ter a noção da capacidade da rede e garantir espaços extras, tanto fisicamente quanto logicamente, para futuras expansões e acréscimo de dispositivos. Da mesma forma, deve-se estruturar os servidores de acordo com o tipo e a quantidade de serviços usados para os negócios da empresa. 
Além disso, é importante garantir uma estrutura de rede sem falhas e sem imprevistos, para que a transmissão dos dados seja feita com eficiência, evitando que algum serviço fique indisponível por erros de configuração, manutenção ou cabeamento. Por isso, a estrutura de rede deve ser monitorada o tempo todo, assegurando a estabilidade e a execução das medidas de segurança.
A estrutura de uma rede pode ser determinada pela sua abrangência, ou seja, pelo ambiente geográfico que ela utiliza em sua transferência de dados. As mais utilizadas nas empresas e organizações são as LANs, MANs e WANs.
· As LANs são as redes locais que conectam dispositivos de uma pequena região, disponibilizando alta transmissão de dados e poucos erros. 
· As MANs são as redes de região metropolitana que podem cobrir a comunicação de uma cidade. 
· As WANs são redes de longa distância que fazem a interconexão de várias redes locais. 
Veja, na seguinte figura, as estruturas de rede de acordo com a abrangência.
Figura 1 – Abrangência de redes
Fonte: Comer, 2015. 
Quanto à estrutura de transmissão de dados, a rede pode ser:
· Simplex, com sentido único. 
· Half duplex, com sentido duplo, porém fazendo a transmissão de cada lado separadamente. 
· Full duplex, com a transmissão acontecendo dos dois lados ao mesmo tempo, chamada de full duplex. 
· Síncrona, quando os equipamentos fazem a transmissão de forma sequencial e predeterminada. 
· Assíncrona, onde uma transmissão começa quando a outra termina. 
· Unicast, quando as mensagens são enviadas a um único destinatário. 
· Broadcast, quando as mensagens são enviadas a todos os dispositivos da rede ao mesmo tempo. 
· Multicast, quando as mensagens são enviadas apenas a um grupo específico de elementos da rede. 
Em relação à conexão dos elementos da rede, ou seja, à sua topologia física, a configuração pode ser dos seguintes tipos:
· Barramento, conexão em formato linear e sequencial, que dificulta a expansão da rede e compromete a sua eficiência, pois um único cabo inoperante desconecta toda a rede. 
· Anel, onde os computadores são conectados formando um anel, com a transmissão feita passando de dispositivo para dispositivo, possuindo a mesma desvantagem da topologia de barramento. 
· Estrela, onde a conexão é feita por um ponto central, que pode ser um switch, um Hub ou roteador. 
· Árvore, onde a estrutura é formada por várias topologias estrelas conectadas entre si. 
Observação: 
As redes também podem ser classificadas da seguinte forma: 
Intranet: rede interna pessoal ou empresarial. 
Extranet: rede com acesso remoto.  
Internet: interconexão de redes privadas. 
Servidores básicos
Os servidores são fundamentais para a estrutura de redes, pois seus sistemas operacionais fornecem plataformas para o uso das aplicações de serviços internos e externos. Os mais comuns e usados no ambiente corporativo são os servidores Linux e Windows. Ambos apresentam desenvolvimento e tecnologia capazes de suportar as aplicações corporativas necessárias às organizações.
Alguns serviços são essenciais para o funcionamento de uma estrutura de rede empresarial. Os servidores dessas funções são configurados para distribuir acessos básicos comuns à rede, como DNS, DHCP, HTTP, FTP, IMAP e POP.
Servidor DNS
O servidor DNS é responsável em identificar e traduzir os endereços IP para os seus nomes de domínio, que podem ser nomes de computadores de uma rede interna ou nomes de sites da Internet. Também fazem a tradução inversa,ou seja, transforma os nomes em endereços IP.
Os endereços IP são os pontos de identificação da rede para obter a comunicação entre os dispositivos. Todos esses dispositivos recebem um endereçamento assim que ingressam em uma rede, seja privada ou na internet. Da mesma forma, todo dispositivo é nomeado pelo administrador de acordo com o seu uso na estrutura interna, com o objetivo de facilitar a identificação para os usuários em seus acessos. Com as páginas na Internet acontece da mesma forma: cada site tem sua identificação numeral, para a comunicação da rede, e seu nome, para facilitar a busca e acesso do usuário. O servidor DNS faz a associação entre os nomes e o endereço de cada dispositivo ou site, fazendo a correspondência de um para o outro. Ou seja, recebe o nome pela solicitação do usuário e repassa o endereço para o servidor responsável por aquela requisição; recebe o IP de resposta do servidor e traduz para o nome ao passar para o usuário.
Observação: 
O servidor DNS funciona como um sistema de busca do IP correspondente ao domínio e redirecionamento da informação encontrada, fazendo tradução inversa. 
Para saber mais sobre o funcionamento básico do servidor DNS, assista ao vídeo "[Básico-3] Como Funciona o DNS".
Servidor DHCP
Em uma rede, cada dispositivo precisa ter um endereço IP único para identificação na comunicação de dados. O servidor DHCP faz a distribuição desses endereços IP automaticamente para todos os componentes que se conectam à rede, estabelecendo uma organização, de tal forma que cada dispositivo receba endereços diferenciados entre si. 
O servidor DHCP implementa uma estratégia de alocação de endereços por conexão e gerencia todos os endereços da rede, configurando as máquinas que receberão sempre o mesmo endereço de acordo com as configurações preestabelecidas pelo administrador e as máquinas que receberão endereços aleatórios, de acordo com a ordem de conexão e a disponibilidade da faixa de endereços.  
Servidor HTTP
O HTTP é um protocolo de rede que distribui informações em uma troca de cliente e servidor pela internet. Ou seja, é um conjunto de regras de comunicação entre dois dispositivos, onde o dispositivo cliente faz a solicitação de uma URL qualquer na internet e o dispositivo servidor responde, enviando a página solicitada ou uma mensagem de erro. Sendo assim, o servidor HTTP é quem verifica e responde a essas solicitações. 
Observação: 
Cliente HTTP é qualquer dispositivo que, por meio de um navegador, faz a requisição de visualizar ou recuperar um documento em rede. Costuma armazenar em cache as páginas recentes visitadas.
Servidor HTTP é o dispositivo que permite as publicações em rede dos documentos que os usuários solicitam, recebendo e disponibilizando o serviço requisitado.  
URL, Uniform Resource Locator, é o endereço digital que indica a localização de uma página na internet.
O servidor HTTP processa as requisições por meio do protocolo HTTP. Trata-se de um sistema computacional ou software que aguarda solicitações da rede para responder com as especificações da requisição. Dessa forma, o servidor HTTP é responsável em fornecer todo o conteúdo que é acessado na internet pelos navegadores. 
A seguinte figura mostra a comunicação do servidor HTTP com um usuário cliente, usando o protocolo HTTP.
Figura 2 – Servidor HTTP
Fonte: Elaborada pelo autor, 2020. 
A requisição é o método que determina a solicitação do cliente. A resposta dessa requisição é uma mensagem que transmite os status da requisição, ou seja, se ela foi feita com sucesso, levando o documento web solicitado para o cliente, ou se ocorreu erro, especificando o tipo de erro ocorrido. As respostas de erro são:
· Erro 301: remoção permanente do documento solicitado para outra URL, ou seja, o endereço requisitado não será mais utilizado. 
· Erro 302: remoção temporária do documento solicitado para outra URL. 
· Erro 401: a página que requer autenticação e usuário, ou seja, é preciso ter autorização para acessar a URL solicitada. 
· Erro 403: a página é recusada para o acesso solicitado. 
· Erro 404: a URL solicitada não é encontrada pelo servidor. 
· Erro 500: erro interno do servidor, quando ele não consegue processar a requisição. 
· Erro 502: problema na conexão entre o cliente e servidor. 
· Erro 503: o servidor está indisponível. 
As respostas cuja requisição foi bem-sucedida possuem o status 200. E as respostas com status 100 são para informações de comunicação.
Servidor FTP
O FTP é um protocolo que permite a troca de arquivos por meio da rede. Essa troca é feita entre um dispositivo cliente e outro servidor, com softwares diferenciados para uso de cada um deles. O servidor FTP hospeda os arquivos e os disponibiliza para download para os usuários autenticados pelo servidor, enquanto o cliente faz a solicitação de acesso a esses arquivos. 
O servidor FTP faz o armazenamento e compartilhamento de um grande volume de dados, facilitando o gerenciamento das informações e a transferência desses dados via rede interna ou pela internet. Pode ser considerado como um banco de dados simplificado, com organização dos arquivos em diretórios, facilitando enviar e baixar arquivos.
Veja, na seguinte figura, a transferência de arquivos com um servidor FTP.
Figura 3 – Servidor FTP
Fonte: Elaborada pelo autor, 2020. 
Pelo FTP é que se envia arquivos (fotos, vídeos e códigos) para a web.  
Servidor SMTP
O SMTP é um protocolo que faz a transferência de e-mails, padronizando as informações de identificação e o caminho da mensagem. O servidor SMTP é responsável em receber os e-mails enviados e encaminhar aos seus destinatários. 
Quando o servidor SMTP recebe as informações do e-mail, faz o envio dessas informações para um servidor POP ou IMAP que redireciona à caixa de e-mail do destinatário, de acordo com a especificação do endereço de e-mail. Assim, o servidor SMTP faz a intermediação do envio da mensagem, verificando as informações de envio e garantindo a entrega no menor tempo possível.
A seguinte figura mostra o funcionamento de um servidor SMTP.
Figura 4 - Servidor SMTP
Fonte: Elaborada pelo autor, 2020. 
Servidor POP
POP é um protocolo usado para baixar as mensagens de e-mail de um servidor de envio para uma caixa de entrada instalada no computador do usuário destinatário, permitindo que as mensagens possam ser lidas também sem conexão com a internet. Assim, o servidor POP não trabalha com sincronização de servidores, mas faz o acesso, de tempos em tempos, no servidor de envio SMTP e baixa as mensagens para a caixa de entrada. 
O servidor POP não armazena as mensagens que foram enviadas ao destinatário, já que ele transfere essas mensagens para outro local, gerando a possiblidade de um acesso off-line. Então, a leitura dos e-mails só poderá ser feita no computador onde essas mensagens foram baixadas, evitando o acesso on-line de outros dispositivos. Por isso, trata-se de um servidor muito usado nas organizações que possuem domínio e e-mail empresarial, onde o e-mail de negócios é usado para assuntos estritamente profissionais, garantindo a segurança dessas informações que ficam restritas aos computadores da organização.
O servidor IMAP armazena as mensagens on-line, disponibilizando-as ao destinatário até que ele mesmo faça a exclusão dos e-mails.
Interconexão de redes
Como já mencionado, as redes de computadores têm diversos tipos de configuração e diferentes características, onde cada uma delas usa as tecnologias mais adequadas às suas necessidades. Dessa forma, é comum encontrar redes diferentes umas das outras, inclusive dentro de uma única organização, sendo as instalações e configurações feitas de acordo com o ambiente empresarial.
Sabendo, então, que as redes LAN são diferentes entre si, para que ocorra uma comunicação entre elas, é preciso ter um serviço único de comunicação que permita a troca de informações entre tecnologias diferentes. Para isso, a solução é usar equipamentos e softwares que uniformizem a transmissão de dados e permitam a interconexão de seus dispositivos.
O uso deprotocolos com linguagem universal permite a interação entres os componentes interligados. Afinal, os protocolos são responsáveis pela comunicação de redes, além de garantir a segurança dos dados em transmissão. Por isso, é essencial ter componentes que façam uso desses protocolos para a interconexão das redes. 
É válido lembrar que os componentes de uma rede são: 
· Servidores, que, como já vimos, são dispositivos que disponibilizam os serviços de aplicação na rede. 
· Dispositivos de interconexão, que são os roteadores, switches, bridges, hubs, modens e access point. 
· Meios de transmissão, ou seja, os cabos, no caso da rede cabeada, ou o ar, no caso da rede sem fio. 
· Máquinas clientes, que são os dispositivos usados para o acesso a serviços disponibilizados pelos servidores da rede. 
· Protocolos de comunicação, que determinam a linguagem entre os dispositivos da rede. 
Observação: 
Cada elemento que interliga as redes LAN ou WAN tem atuação e objetivos diferentes de conexão.
Nas redes LAN, os dispositivos usados para a interconexão são: roteadores, hubs, switches, bridges e repetidores.
Nas redes WAN, os dispositivos que conectam as grandes áreas são: roteadores, servidores de comunicação e modens.  
A interconexão de redes vincula os diversos dispositivos para compartilhamento de dados e serviços. É importante destacar que, ao se conectar redes diferentes, é preciso ter um gateway que permite que essa comunicação externa seja uniforme, como se fossem a mesma rede, enquanto internamente mantém suas particularidades.
Repetidor: 
Amplifica os sinais elétricos, retransmitindo a comunicação de uma rede por uma extensão maior. É usado para melhorar a transmissão de uma mesma rede, replicando o sinal, ou para alcançar uma pequena área além da rede, ainda no mesmo ambiente. É importante considerar que os repetidores geram um pequeno retardo na transmissão do sinal e diminuem o desempenho da rede.
As seguintes figuras mostram o uso do repetidor em rede.
Figura 5 – Repetidor cabeado
Fonte: Elaborada pelo autor, 2020. 
Figura 6 – Repetidor Wireless
Fonte: Kurose, 2010. (Adaptado) 
Observação: 
Os repetidores wireless replicam o sinal Wi-Fi por ambientes mais distantes. Podem ser, por exemplo, antenas, retransmitindo um sinal de internet; access point, usados em ambientes corporativos, pois permitem configurações avançadas; ou um pequeno aparelho para repetir o sinal wireless dentro de uma rede doméstica.  
Hub
Interliga dispositivos de pequenas redes e controla o tráfego de dados desses aparelhos. Seu maior objetivo é aumentar a quantidade de conexões de uma rede cabeada, possibilitando o acréscimo de mais dispositivos. Não faz ligação da rede com a internet e pode causar lentidão na transmissão, caso a rede tenha uma alta taxa de comunicação de dados.
A seguinte figura mostra parte de uma rede usando o hub.
Figura 7 – HUB
Fonte: Elaborada pelo autor, 2020. 
 Bridge (ou Pontes)
Interliga sub-redes, aumentando o desempenho da rede, pois não sobrecarregada o tráfego. Tem a capacidade de evitar a saturação da transmissão, evitando também a colisão de pacotes, pois examina o pacote e o envia para o endereço específico do dispositivo. Mas, é importante saber que a bridge só interliga redes de uma mesma arquitetura. 
A bridge pode fazer conexão de cascateamento, onde os dispositivos são interligados sequencialmente de tal forma que o tráfego passa por todos os elementos até chegar no seu destino; ou conexão de backbone, onde os dispositivos são ligados por um único cabo, distribuindo a transmissão. A seguinte figura apresenta dois exemplos de bridge em rede.
Figura 8 – Bridge
Fonte: Elaborada pelo autor, 2020. 
Switch
Permite a transmissão de dados de vários dispositivos ao mesmo tempo. Trabalha como uma ponte de múltiplas portas com alta capacidade de transmissão, suportando diversas interfaces. O switch faz a segmentação de rede e pode interligar tecnologias diferentes. Ele cria canais de comunicação para evitar a perda do pacote na rede. 
Os switches podem ser gerenciáveis, quando permitem a configuração de parâmetros de monitoramento e segurança de rede, ou não gerenciáveis, quando não permitem ajustes de parâmetros ou de outra configuração específica. A seguinte figura mostra o uso de switch na rede.
Figura 9 – Switch
Fonte: Elaborada pelo autor, 2020. 
Roteador 
Dispositivo de nível avançado que recebe e envia pacotes em uma rede ou entre redes. Consegue uniformizar redes de arquiteturas e tecnologias diferentes, trabalhando com protocolos de roteamentos para determinar a melhor rota de transmissão de dados. Os roteadores são fundamentais para as conexões nas redes WANs. Veja, na seguinte figura, o uso de roteador entre redes.
Figura 10 – Roteador
Fonte: Elaborada pelo autor, 2020. 
Gateway
Promove a compatibilidade das diferentes estruturas entre duas redes. Para isso, o gateway possui um conjunto de protocolos baseado no modelo OSI e outro conjunto de protocolos baseados em sua própria arquitetura, permitindo assim a conversão de dados entre diferentes sistemas, promovendo a comunicação entre eles. O gateway também organiza o tráfico de dados entre o dispositivo cliente e a internet. A seguinte figura exemplifica o uso do gateway.
Figura 11 – Gateway
Fonte: Elaborada pelo autor, 2020. 
Roteadores, modem e firewalls também podem ser Gateways. 
Modem
Faz a conexão de dados de um provedor de internet com alguma rede. Ou seja, converte os pacotes de dados com sinais analógicos para sinais digitais para que possam ser usados em uma rede de computadores. Da mesma forma, traduz sinais digitais de um dispositivo de rede para sinais analógicos de transmissão. O modem é o dispositivo que transmite a internet para a rede doméstica ou empresarial. A seguinte figura exemplifica o uso do modem em uma rede.
Figura 12 – Modem 
Fonte: Elaborada pelo autor, 2020. 
Observação: 
As redes são baseadas nos padrões de comunicação de telecomunicação que definem técnicas e equipamentos para o tráfego de dados de longa distância em meios eletrônicos.
Para saber mais sobre interconexão de redes, assista ao vídeo "Comunicação de dados-aula 10 - Interconexão de redes locais".
Serviços para a Internet
O uso da internet nas organizações melhora o relacionamento do grupo empresarial com seus clientes e seus fornecedores. Afinal, tanto usar quanto oferecer serviços on-line faz com que o serviço ou produto oferecido ganhe visibilidade, interatividade, marketing e alcance um público amplo e variado. 
A internet, então, conecta a empresa com o cliente, que procura informações fáceis, alternativas sem esforço e de interação rápida. Assim, as atividades de comunicação, processos, marketing, vendas e gestão podem ser todas concentradas na internet, sendo a própria organização uma empresa fornecedora de alguns serviços e também consumidora de outros.
A internet funciona como uma grande rede que conecta outras redes ou sistemas autônomos. Não se trata de uma empresa, mas de um ambiente de transmissão de dados que funciona com regras de comunicação. Pode-se dizer que ela é um sistema resultante de uma interconexão entre redes. 
Para que a comunicação entre essas redes funcione bem, a internet executa tarefas simples de transmissão de dados, enquanto as tarefas mais pesadas ficam a cargo do dispositivo que faz a interconexão de cada rede. Dessa forma, todo sistema de comunicação é implementado nos equipamentos finais de cada rede, enquanto os roteadores da internet apenas transmitem os dados de acordo com o caminho já calculado. 
Observação: 
Os sistemas autônomos (AS) são um conjunto de dispositivos interligados ou um grupo de interconexão de redes, cada uma com seu gateway, que obedecem a uma mesma estrutura de roteamento, gestão e regras de tráfego de dados.
A arquitetura comum da internet é representada na seguinte figura.
Figura 13 – Arquitetura da Internet
Fonte: Kurose, 2010. (Adaptado) 
Os roteadores da internet fazem a comunicação ficar contínua, suportando todos os tipos de tarefas e diversidades da rede. Essas tarefassão as requisições de clientes e as respostas dos servidores, disponibilizando o acesso a serviços, como o fluxo de dados em tempo real, no caso de transmissões de conversas telefônicas, ou o acesso a sites e e-mails, entre outros.
Os serviços para a internet são um conjunto de serviços remotos que podem ser de acesso, de conteúdo e de infraestrutura. 
· Os serviços de acesso são oferecidos pelas organizações provedoras de internet. Trata-se de um serviço de conexão à internet permitindo, assim, o uso de outras ferramentas disponibilizadas pelos servidores de internet, como acesso a sites, e-mails, computação em nuvem, etc. 
· Os serviços de conteúdo são aqueles que disponibilizam informações e notícias que podem ser acessadas por qualquer usuário da internet. Trata-se de blogs, sites jornalísticos, revistas on-line e qualquer outro site que cria ou fornece informação para compartilhamento. 
· Os serviços de infraestrutura são aqueles que disponibilizam recursos físicos e virtuais para criação, manutenção, armazenamento, gerenciamento e segurança. Ou seja, são serviços de montagem e hospedagem de sites, monitoramento virtual, banco de dados e computação em nuvens. 
Observação: 
Os principais e mais utilizados serviços da internet são os serviços web, com disponibilização e transferência de informações, imagens e vídeos por meio do HTTP E FTP, e os serviços de e-mail.
Qualquer computador conectado à internet pode se comunicar com outro computador, de outra rede qualquer. Por isso, a internet interconecta as redes em uma grande rede global, gratuita, sem controle centralizado.
Finalizando a Unidade 
As redes de computadores são estruturas físicas e lógicas que conectam dispositivos para compartilhar informações e serviços. Cada rede oferece vários tipos de recursos para os seus funcionários, como acesso à internet, compartilhamento de arquivos, serviços de impressão, resolução de nomes, distribuição de endereços, webmail empresarial e outros. As redes também oferecem recursos vinculados ao negócio empresarial, disponibilizando o acesso via internet, onde podem ser serviços educacionais, de venda de produtos, monitoramento, de telefonia, hospedagem de sites, etc. 
Abordamos, nesta Unidade, a especificação e definição de estruturas, servidores, serviços e uso da internet, principalmente em redes corporativas, identificação a forma de interconexão dos dispositivos, citando a importância e uso de cada um deles em uma rede.
Além disso, revisamos os conceitos básicos da estruturação de rede e descrevemos os servidores fundamentais para a implementação de uma rede interna, como o DNS e DHCP. Destacamos, também, os serviços essenciais para o uso da internet, como o serviço de web, com os servidores HTTP e FTP, e o serviço de e-mail. Especificamos a interconexão de redes e os tipos de serviços para a internet, facilitando o entendimento de uma instalação e configuração de servidores.
Dica do Professor 
Leia mais em:
COMER, Douglas E. (2015). Interligação De Redes Com TCP/IP Princípios, Protocolos E Arquitetura. 
Leia também "SISTEMAS OPERACIONAIS DE REDE", de Mário Augusto Lafetá Velloso.
Saiba Mais 
Buscando integrar as importantes discussões apresentadas, leia "PROTOCOLOS E SERVIÇOS DE REDES" de Renan Osório Rios.
INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO - WINDOWS
Objetivos
· Conhecer sobre a instalação de um servidor Windows. 
· Reconhecer os recursos de rede disponíveis neste SO. 
· Entender a instalação dos serviços de rede básicos no Windows Server. 
· Aprender a configurar e controlar serviços como DNS, DHCP e E-mail no SO Windows. 
· Entender a instalação e configuração de contas de usuários usando o Servidor Windows.
Desafio 
Para facilitar a compreensão da instalação e configuração de servidores Windows, assista às videoaulas “Windows Server 2012 R2 - Aula 01 - “Windows Server 2012 R2 - Aula 02”. A cada nova informação sobre a configuração do servidor, faça uma pesquisa sobre o assunto. Usando um software de virtualização, reproduza a instalação do servidor com os seus serviços. 
Conteúdo 
Servidor Windows
O Windows server é um sistema operacional servidor desenvolvido pela empresa Microsoft, que oferece aplicações de recursos próprios de rede, podendo ou não ser instalados. Algum desses recursos são:
· Servidor de arquivos, com várias funções para manipulação e configuração de pastas compartilhadas. 
· Servidor de impressão, com funções de compartilhamento de dispositivos de rede. 
· Servidor de banco de dados, com a função de SQL Server, disponível para instalação e configuração de acordo com a liberação da licença. 
· Controlador de domínio, com funções para o controle de contas de usuários, como separação de grupos, nomes de computadores, controle de senhas, política de segurança, regras de uso, etc. É o recurso mais importante do Windows Server. 
· Servidor de acesso remoto. 
· Servidor de virtualização. 
· Além dos servidores DNS, DHCP, E-mail e Web, este último usando a aplicação IIS, que abordaremos nas próximas sessões. 
Para a instalação do sistema operacional proprietário Windows Server é preciso ler e aceitar os termos da licença, escolher a partição de instalação e esperar a instalação se completar sozinha. Após o final da instalação e o reinício do sistema, a primeira tela de configuração será a atribuição da senha do usuário administrador do servidor. É válido lembrar que a senha precisa garantir os requisitos de complexidade das regras da política de segurança já predefinidas no servidor Windows. Essas regras podem ser alteradas na configuração dos recursos.
O sistema operacional Windows Server possui várias versões, nomeadas de acordo com a data do seu lançamento: Windows Server 2003, Windows Server 2008, Windows Server 2012, Windows Server 2016 e Windows Server 2019. A cada nova versão, há o acréscimo de novos recursos para a rede e melhorias na segurança. A Figura 1 apresenta algumas telas da interface gráfica de instalação do Windows Server.
Figura 1 - Instalação Windows
Fonte: Elaborada pelo autor, 2020. 
As primeiras configurações a serem feitas no servidor após a instalação são: a escolha da versão do protocolo TCP/IP, a determinação de um IP fixo para servidor e a nomeação da máquina. Depois, pela aplicação Gerenciador de Servidor ou Server Manager, disponível na tela inicial, é possível fazer a configuração dos recursos de rede, que também são configurados pela interface gráfica.
Para saber mais sobre a instalação do Windows Server, assista ao vídeo "Windows Server 2016 - Instalação passo a passo".
Serviços – DNS e DHCP
O primeiro serviço a ser instalado no servidor é a o DNS que, no servidor Windows, possui uma configuração fácil, simples e intuitiva. Deve-se acessar o Server Manager e escolher a opção de adicionar recurso, abrindo assim uma lista de funções para instalação e configuração. 
Ao escolher o DNS server, o sistema operacional Windows automaticamente mostra os recursos que serão instalados para complementar essa função. O Windows também dá a opção de instalar mais recursos junto ao servidor, porém, essas funções não são necessárias para o funcionamento do DNS, sendo apenas acréscimos para instalação de outras tarefas específicas. Após a escolha dos recursos, a instalação será completada pelo sistema. 
Observação: 
As versões mais novas do Windows Server podem não ter pacote de tradução para o português. Assim, todas os nomes de opções apresentadas aqui estarão na linguagem original do sistema, ou seja, em inglês.
Antes de configurar o servidor como servidor DNS, é recomendável fazer a configuração do endereço IP do servidor, nas configurações de rede, lembrando de adicionar o IP do próprio servidor na identificação de DNS.
Ao acessar, pela primeira vez, algumas opções do servidor Windows é necessário aceitar os termos de licença de uso, característica comum aos programas e softwares proprietários.
Para configurar o serviço, é preciso acessar novamente o Server Manager e entrar na opção de DNS, que estará disponível após a instalação. Assim, têm-se a zona diretae a zona inversa para serem configuradas. A zona direta contém os registros da tradução dos nomes para o endereço IP e a zona inversa contém os registros da tradução inversa. 
Os registros da zona direta podem ser de nome ou host, designados como A; de e-mail, designado como MX; de localização, sendo usado pelo Active Directory, designado como SRV; do próprio servidor DNS, designado como NA; de controle e réplica de dados, designado como SOA; e de apelido para os registros de nomes, designado com CNAME. Os registros da zona inversa são de ponteiros, que apontam para os registros de nomes da zona direta, designados como PTR.
Primeiro passo da configuração é criar o namespace, opção disponível acessando a opção nova zona, na zona direta e, depois, na zona inversa. A primeira zona a ser criada é a primária, que contém as informações do domínio. As zonas secundárias são cópias das zonas primárias, contendo as atualizações das especificações dos registros. A zona integrada ao Active Directory é criada após a instalação desse serviço para as contas de usuários. As seguintes figuras apresentam esse processo.
Figura 2 - Configuração do DNS
Fonte: Elaborada pelo autor, 2020. 
Assista ao vídeo " Windows Server 2016 - Instalando e Configurando DNS".
O caminho para a instalação e configuração do DHCP é o mesmo para o DNS. No gerenciamento do serviço, o primeiro passo é a criação de um escopo, que irá delimitar o endereçamento da rede. Ou seja, nesse escopo é preciso determinar a faixa de endereços IP que serão distribuídos para os dispositivos da rede. Durante a criação do escopo, pode-se separar uma faixa de endereços IP excluídos, isto é, que não serão distribuídos automaticamente na rede, mas usados como IP fixo para os outros servidores e dispositivos da rede. Veja, na seguinte figura, algumas telas de configuração do DHCP.
Figura 3 - Configuração do DHCP
Fonte: Elaborada pelo autor, 2020. 
Observação: 
Após a configuração do DHCP, é preciso autorizar o serviço para que ele comece a funcionar.
Assista ao vídeo "Windows Server 2016 - Instalando e Configurando DHCP".
É possível fazer a instalação do serviço DNS e DHCP usando comandos no Windows PowerShell. Porém, essa forma de instalação não é usual para servidores Windows.
Serviços – Web e de E-mail
O servidor de web nativo do Windows Server é o IIS. Ele contempla os serviços de HTTP e FTP. A instalação desse servidor é feita pelo Server Manager, adicionando uma função ou recurso, no mesmo caminho da instalação do DNS e DHCP. 
Após selecionar a função Web Server (IIS) é preciso escolher as aplicações complementares que serão instaladas com o IIS. Para conhecer o funcionamento de cada uma delas, basta acessar a documentação da Microsoft. É preciso escolher também os serviços que irão ser oferecidos no IIS, caso a rede precise de funções além da instalação padrão. O servidor web padrão oferece apenas o serviço básico de HTTP.  Por isso, é preciso selecionar a função de FTP para instalar também essa função. Além deles, há muitos outros serviços disponíveis, como o HTTP Redirection, para o redirecionamento de páginas; o Tracing, para o monitoramento do tráfego; o Logging Tools, para o diagnóstico da rede; o Application Development, para compatibilidade com outras tecnologias; dentre outros. Veja as imagens de instalação do Web Server IIS.
Figura 4 - Instalação do ISS
Fonte: Elaborada pelo autor, 2020. 
Depois de acrescentar as aplicações e serviços complementares, a instalação se completa sozinha e os servidores HTTP e FTP terão sido instalados. Para configurar um site de conteúdo com o HTTP ou uma página de transferência de arquivos com o FTP, é preciso acessar a aplicação Internet Information Services (IIS) e abrir a opção de adicionar site ou criar FTP site.
Para configurar um novo site HTTP, aparece uma janela de configuração de informações, com o nome e endereço. Depois de criar a página, pode configurá-la e acrescentar as informações de conteúdo, mas, para que ela seja visível na web, é preciso voltar ao servidor DNS e configurar a interpretação do nome. Assim, na zona direta do DNS, cria-se uma nova zona primária com o nome da página. Depois, cria-se um registro de nome, do tipo A, com o nome e IP do servidor, e outro registro, do tipo CNAME, com o endereço HTTP. Dessa forma, o servidor DNS fará a tradução do nome da página e o servidor web conseguirá mostrar o conteúdo. 
Assista ao vídeo "Instalando o IIS 8 e subindo um website no Windows Server 2012 R2".
Quanto ao servidor FTP, aparece uma janela para a configuração do nome da pasta de arquivos, do endereço de acesso e do grupo de domínio com permissão para acesso. Após o preenchimento dessas informações, os usuários que fazem parte do grupo de domínio especificado terão acesso aos arquivos em um ambiente FTP, quando acessarem o IP do servidor no navegador de internet, ou quando usarem uma aplicação remota para envio de arquivos à pasta de arquivos do servidor. 
Clique aqui e assista ao tutorial de configuração do FTP no Windows.
No caso de um servidor de e-mail, a Microsoft tem o serviço Exchange, que oferece e-mails corporativos. O Exchange tem alto desempenho e oferece um software cliente de caixa de entrada para os usuários da rede. A instalação do servidor é a mais complicada dos serviços Windows, pois exige a preparação de pré-requisitos do sistema para garantir o bom funcionamento dos seus serviços. Ou seja:
· Quanto mais nova a versão do Exchange, mais nova deve ser também a versão do Windows Server. 
· O computador precisa ser um controlador de domínio, ou seja, o servidor que oferece o serviço de controle de usuários do sistema, com instalação do Active Directory. 
· O usuário de instalação deve ser administrador geral do sistema, com todos os níveis de permissões possíveis. 
· As instalações do servidor devem estar todas atualizadas. 
· A plataforma de desenvolvimento de aplicações do Windows, o NET Framework, deve estar previamente instalada. 
· A plataforma de gerenciamento de criação de aplicativos da Microsoft, o Unified Communications Managed API, deve estar previamente instalada. 
Com esses requisitos verificados, a instalação pode ser executada. Como não é um serviço nativo do servidor, será preciso executar uma mídia com a instalação do software. Também é necessário ter conexão com a internet, pois, já no início da instalação, é solicitado um download de atualização. 
A partir daí todo o processo de instalação é intuitivo e desenvolvido sozinho. Caso os pré-requisitos tenham sido devidamente seguidos, a instalação ocorrerá sem erros. Quanto à configuração, é simples e baseada no Active Directory, selecionando o usuário cadastrado e associando a ele uma caixa de e-mail. 
Observação: 
Para saber mais sobre instalação do Exchange no Windows, assista aos seguintes vídeos: 
Exchange Server 2013 - Pré-Requisitos e Instalação passo a passo.
Instalando Microsoft Exchange Server 2013 passo a passo
Contas de usuário
O servidor responsável pelas contas de usuário no Windows Server é o Active Directory (AD), uma aplicação nativa do Windows bastante utilizada no ambiente corporativo, promovendo integração de controle de usuários com todos os outros serviços de rede do Windows. O AD controla todo o domínio da rede e armazena os dados dos usuários, grupos de domínio e computadores, gerenciando acessos e permitindo a implementação de políticas de segurança no uso de dispositivos e serviços da rede. 
A instalação é feita por meio do Server Manager e disponibiliza a opção de transformar o servidor em um controlador de domínio, de tal forma que Active Directory adiciona uma nova 'floresta' na rede que mapeia os serviços, dispositivos e usuários. As outras opções de instalação são para usar o AD como membro de outro domínio já existente. Como pré-requisito, o DNS precisa estar instalado no servidor e, caso não esteja, ocorrerá uma solicitação para instalar o serviço de DNS antes de concluir o processo de instalação do AD. 
A configuração desse servidor é a adição dos usuários e computadores derede; a manipulação dos grupos de domínios, para gerenciar quem tem acesso aos computadores, aplicações e serviços; a configuração das diretrizes, determinando um padrão do que estará disponível em cada grupo de máquinas e do que é liberado para cada grupo de usuários; e a atribuição da administração do domínio da rede. 
Assista ao vídeo "Windows Server 2016 - Instalando e Configurando Active Directory".
Finalizando a Unidade 
O uso dos servidores Windows em corporações é bastante usual, pois disponibiliza uma configuração simples para os serviços de rede e estruturas robustas para o funcionamento das aplicações. Dessa forma, nesta Unidade, estudamos a usabilidade do ambiente Windows no serviço de rede, destacando os passos de sua instalação e configuração.
O Windows Server integra os serviços em um controle de domínio capaz de oferecer um bom desempenho para o funcionamento da comunicação da rede e transmissão de dados. Possui um gerenciamento único que oferece os serviços essenciais com todas as funções e recursos necessários para a rede. Assim, estudamos, também, a instalação e a configuração dos serviços de resolução de nomes, distribuição de endereços IP, de disponibilização de páginas web, tanto HTTP quanto FTP, e de controle de contas de usuário, que são gerenciadas pela aplicação nativa Server Manager. 
De acordo com o que foi estudado, é válido considerar que o Windows oferece recursos para redes empresariais e servidores específicos para aplicações corporativas, como o servidor de e-mail Exchange e servidor Web IIS, que também são usados em data centers. Assim, sendo um servidor usual, tem suas vantagens e desvantagens, que devem ser consideradas junto aos objetivos da corporação para a escolha de sua implementação. 
Dica do Professor 
Leia mais em:
THOMPSON, Marco Aurélio (2017). Microsoft Windows Server 2016 - Fundamentos.
Leia também o "GUIA DE OPERAÇÕES DO MICROSOFT IIS SERVER PARA WINDOWS", disponibilizado pela Arcserve®, para aprofundar mais no uso do IIS Server e seus serviços de domínio.
Buscando integrar as importantes discussões apresentadas, leia o artigo  "SEGURANÇA PARA SERVIDORES WINDOWS", que aborda conceitos e técnicas de segurança para a instalação do Windows Server.
INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO - LINUX
Objetivos
· Conhecer a instalação de um servidor Linux. 
· Identificar os recursos de rede disponíveis neste sistema. 
· Compreender a instalação dos serviços de rede básicos no Linux Server. 
· Aprender a configurar e controlar serviços como DNS, DHCP e E-mail no servidor Linux. 
· Entender a instalação e configuração de contas de usuários usando o Servidor Linux. 
Desafio 
Para facilitar a aprendizagem sobre a instalação e configuração de servidores Linux, assista ao tutorial de instalação "O MANUAL DO ADMINISTRADOR DEBIAN". Usando um software de virtualização, reproduza a instalação do servidor Linux de qualquer distribuição, configurando os seus serviços de rede. Faça um tutorial dessa instalação. 
Conteúdo 
Servidor Linux
O Linux sempre foi usado para gerar serviços de compartilhamento de conexão e de arquivos. Com o passar dos anos, o sistema foi melhorando e aumentando a distribuição de serviços, pois, tendo vários colaboradores para aperfeiçoar seu código livre, inovou seus recursos obtendo uma base estável para ambientes corporativos. Assim, garantindo um alto desempenho da rede, liberdade para manutenção do sistema e redução de custos empresariais, as corporações têm adotado servidores Linux para o gerenciamento dos recursos e funções da rede.
É comum encontrar servidores Linux para data centers, sendo usados nos serviços oferecidos na Internet, como banco de dados, pois seu alto desempenho operacional atende os requisitos demandados pelas corporações, tanto para os sistemas de redes internas ou para serviços para a Internet. 
As distribuições mais comuns do sistema operacional Linux para servidor são: Ubuntu Server, que é de fácil configuração; Red Hat Enterprise Linux, que é considerado a distribuição Linux de maior destaque pela estabilidade e suporte oferecido; CentOS, derivado do Red Hat, mas sem oferecer suporte; e Debian, que é rigoroso nos requisitos de segurança do sistema.
As instalações dos serviços do servidor Linux podem ser feitas com ou sem interface gráfica. Usando a interface gráfica de usuário, o processo é pouco mais intuitivo, bem semelhante à instalação do Windows, seguindo os passos e solicitações mostrados nas telas de instalação. Instalando sem interface gráfica, é preciso conhecer os comandos. 
A instalação do sistema operacional é simples e rápida, precisando apenas configurar algumas informações no processo: 
· O idioma de operação do servidor. 
· O nome de identificação do computador. 
· O nome do usuário, o login e a senha. 
· A habilitação da criptografia da pasta pessoal. 
· O fuso horário. 
· A partição de disco. 
· A configuração da rede. 
· As atualizações do sistema. 
· O serviço de rede que deseja instalar no servidor. 
· A instalação do GRUB, o software que gerencia a inicialização do sistema, fornecendo uma interface gráfica para configuração. 
A instalação de qualquer distribuição do servidor Linux segue estas etapas. Veja, na seguinte figura, algumas das telas geradas na instalação de um Ubuntu Server.
Figura 1 - Instalação Servidor Linux
Fonte: Elaborada pelo autor, 2020. 
Após a instalação, o acesso ao sistema é feito com o login e a senha usando a tela de comandos, já que o servidor não tem interface gráfica na instalação padrão. Se o serviço Shell não foi instalado durante o processo de instalação do servidor Linux, deve-se configurá-lo da seguinte forma, usando um terminal de comandos: 
· sudo apt-get install openssh-server -> Para a instalação do SSH. 
· sudo nano /etc/ssh/sshd_config -> Para a edição das suas configurações. 
· sudo service ssh restart -> Para reiniciar o serviço. 
Observação: 
O recurso open SSH permite o uso do Shell como terminal de comandos, gerando um acesso virtual do servidor onde é possível inserir as linhas de comando de configurações e instalações. Assim, é possível fazer acesso remoto ao servidor, usando o comando ssh usuario@ip-computador -p numerodaporta, identificando o usuário, IP do computador e a porta lógica para acesso, que, por padrão é 22, mas pode ser alterada nas configurações do SSH.
Na interface gráfica, o aplicativo Shell é o interpretador de comando da plataforma Linux, usado para as instalações e configurações dos serviços. Trata-se de uma interface de comunicação que, por meio de linhas de comando, faz a interação entre o usuário e o sistema operacional.
Se a rede não tiver sido configurada na instalação do servidor, a configuração pode ser feita usando os seguintes comandos no terminal:
· cd /etc/netplan -> Para entrar no diretório que contém o arquivo de configuração da rede. 
· sudo nano 50-cloud-init.yaml -> Arquivo de configuração padrão de rede. 
Observação: 
Assista aos vídeos: 
· INSTALAÇÃO e Configuração do Ubuntu Server 18.04 LTS.                                             
· Como configurar IP estático no Ubuntu Server Linux 18.04 com netplan. 
Antes de instalar os serviços de configuração do servidor Linux é recomendável atualizar os pacotes do servidor com o comando:
sudo apt update 
Serviços – DNS e DHCP
Os serviços de DNS e DHCP também podem ser instalados no processo de instalação do servidor Linux ou usando os comandos específicos no terminal.
Para o DNS, os comandos são:
· nano /etc/network/interfaces -> Adicionar configurações da placa de rede do DNS usando: 
· auto nomeInterface 
· allow-hotplug nomeInterface 
· iface nomeInterface inet static 
· address endereçoIP 
· netmask endereçoMascara 
· network endereçoRede 
· broadcast endereçoBroadcast 
· gateway endereçoGateway 
· nano /etc/hosts -> Colocar o domínio com o IP e o nome do servidor de domínio. 
· nano /etc/resolv.conf -> Configurar o nameserver 
· sudo apt-get install bind9 -> Instalar os pacotes do serviço de DNS. 
· /etc/init.d/bind9 restart -> Iniciar o serviço deDNS. 
· cd /etc/bind -> Entrar no diretório de configuração. 
· nano named.conf.local -> Configurar as zonas de DNS: 
· //Zona Direta 
· zone "domínio.com" { 
· type master; 
· file "/etc/bind/db. domínio.com"; 
· }; 
· //Zona Reversa 
· zone "IPdaRede.in-iddr.arpa" { 
· type master; 
· file "/etc/bind/db.FinaldoIPdaRede"; 
Assista aos vídeos:
· Servidor DNS - Instalação e configurações gerais de rede no Ubuntu - 01 
· Servidor DNS - Criação das Zonas e Testes com clientes - Linux Ubuntu - 02
Para o DHCP, os comandos são:
· sudo apt-get install-dhcp-server -> Instalar o serviço DHCP. 
· Sudo nano /etc/network/interfaces -> Configurar a interface de rede: 
· auto <interface> 
· iface <interface> inet static 
· address EndereçoIntreface 
· netmask MascaraInterface 
· sudo nano /etc/default/isc-dhcp-server -> Para adicionar a interface de DHCP. 
· sudo nano /etc/dhcp/dhcpd.conf -> Para configurar o DHCP. Abaixo tem-se um exemplo de como pode ser configurado, considerando a rede 192.168.0.0: 
· default-lease-time 600;                                                   
· max-lease-time 7200;                                                       
· option subnet-mask 255.255.255.0;                                 
· option broadcast-address 192.168.0.255;                        
· option routers 192.168.1.254;                                           
· option domain-name-servers 192.168.0.1, 8.8.8.8;         
· subnet 192.168.0.0 netmask 255.255.255.0 { 
· range 192.168.0.10 192.168.0.100;                            
· } 
· sudo service isc-dhcp-server restart -> Para reiniciar o serviço DCHP. 
Assista ao vídeo "Servidor DHCP no Linux 01 - Instalação e Configuração de um Escopo".
Serviços – Web e de E-mail
O servidor web Linux padrão é o HTTP Apache, o servidor web mais utilizado nos serviços para a Internet. Assim, para instalar o pacote do Apache, que já vem disponível nos repositórios da maioria das distribuições Linux, têm-se os seguintes comandos:
· sudo apt install apache2 -> Instalar o Apache. 
· sudo systemctl status apache2 -> Verificar se o serviço inicializou, ou seja, se foi ativado. 
· apt-get install phpmyadmin -> Instalar o servidor de banco de dados para armazenar os dados (arquivos de programação, textos, imagens e vídeos) dos sites. 
Observação: 
Para garantir a ativação do Apache, é preciso liberar no Firewall o acesso às portas lógicas padrões do serviço web, ou seja, as portas 80 (HTTP) e 443 (SSL). 
Assista ao vídeo "Instalando Servidor Web Linux - Apache, PHP, MySQL, phpMyAdmin (LAMP) – Ubuntu".
Para a instalação do FTP, é preciso instalar o pacote VSFTPD, com os seguintes comandos:
· sudo apt-get install vsftpd -> Para instalar o servidor FTP. 
· systemctl start vsftpd -> Para iniciar o serviço. 
· systemctl enable vsftpd -> Para ativar o FTP. 
Observação: 
É válido lembrar que o FTP, mesmo depois de instalado, fica desativado no sistema, por isso é preciso iniciar e ativar o serviço para ser usado no sistema.
É preciso liberar no Firewall o acesso às portas lógicas padrões do serviço FTP, ou seja, as portas 20 e 21.
·  sudo nano /etc/vsftpd.conf -> Para configurar o FTP, desabilitando o login anônimo, permitindo o login local, habilitando os comandos do sistema, habilitando o download e upload de arquivos, as portas lógicas, a permissão e negação de login de usuários, dentre outras configurações. 
Assista ao vídeo "Servidor web com Ubuntu #4 - Instalando servidor FTP com VSFTPD". 
Quanto ao servidor de e-mail, o Postfix é o serviço padrão da distribuição Ubuntu, incluído nos repositórios de instalação do servidor. Assim, os comandos para a instalação de configuração desse serviço são:
· sudo apt install postfix -> Instalar o servidor de e-mail, configurando o nome do servidor, a configuração do pacote de serviço oferecido e outras configurações básicas deste servidor. 
· sudo dpkg-reconfigure postfix -> Permite o reajuste das configurações do serviço, solicitadas durante o processo de instalação. 
Observação: 
É preciso liberar o serviço FTP no Firewall.
É importante fazer o ajuste do DNS, configurando uma nova zona e adicionando as informações do domínio de e-mail.
Depois das configurações, é só adicionar o usuário ao grupo de e-mail, configurando a senha e fazendo o teste na máquina cliente. 
Assista ao vídeo "E-mail - Instalação e configuração básica do Postfix".
Contas de usuário
O servidor de controle de contas de usuário do Linux é o sistema chamado Samba, controlando a autenticação de usuário, compartilhamento de pastas e impressoras na rede. Para instalação e configuração do pacote Samba, usam-se os comandos:
· sudo apt-get install samba -> Instalar o Samba. 
· sudo /etc/samba/smb.conf -> Configurar o serviço, identificando o nome que o servidor terá na rede e modo de acesso dos usuários aos diretórios, podendo alterar o nome do compartilhamento da pasta, identificar o caminho e alterar as permissões de uso da pasta. 
Assista ao vídeo "Configuração Servidor Samba Básico Linux Ubuntu".
O pacote Samba é um serviço mais simples de controle de usuários, quando comparado ao Active Directory, do Windows. A instalação e administração é mais fácil, mas as funções são limitadas e básicas. O AD trabalha com um controle de rede maior, organizando estruturas de domínios diferenciados para melhor gerenciamento dos dispositivos, usuários, arquivos, sites, regras de uso, etc. O Samba, em contrapartida, foca no controle de acesso de usuários. 
Observação: 
O Samba 4 é uma versão que possibilita o gerenciamento de uma estrutura mais complexa de rede, sendo um pouco mais semelhante ao AD. 
Assista ao vídeo "Comparativo entre Active Directory VS SAMBA4". 
Finalizando a Unidade 
A vantagem de usar servidores com sistema operacional Linux nas empresas é, sem dúvida, devido à performance de seu funcionamento. É um sistema leve e estável, e não exige muitos gastos com equipamentos e licenças. Então, para alguns serviços de Internet, o Linux torna-se a melhor opção de uso.
Nesta Unidade, estudamos a instalação de um sistema servidor Linux, mostrando os principais comandos de configuração dos seus serviços e a facilidade de manipular essas configurações. Vimos que, diferente do Windows, os serviços de Web e E-mail são facilmente estruturados, oferecendo uma plataforma leve e confiável, motivos que levam esses serviços serem mais utilizados neste servidor.
Trata-se de um servidor que exige treinamento e experiência em comandos Linux, pois sua configuração é feita por meio de programação direta no sistema, usando um terminal próprio. E, para cada distribuição, há algumas variações nos comandos. Assim, vimos nesta Unidade, comandos para o Ubuntu Server, que é de fácil configuração, com muitos tutoriais disponíveis sobre suas instalações e bem-aceito para a administração de serviços para a Internet no ambiente empresarial.

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