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Intertextualidade em Monte Castelo

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Disciplina: Análise Textual
Professor: Ulisses
Tema da aula: Intertextualidade, hipertexto e hipotexto
Monte Castelo
 Renato Russo
“Ainda que eu falasse a língua dos homens/ e falasse a língua dos anjos,/ sem amor eu nada seria./ É só o amor, é só o amor/ que conhece o que é verdade./ O amor é bom, não quer o mal,/ não sente inveja ou se envaidece./ Amor é fogo que arde sem se ver,/ é ferida que dói e não se sente, é um contentamento descontente,/ é dor que desatina sem doer./ Ainda que eu falasse a língua dos homens/ e falasse a língua dos anjos,/ sem amor eu nada seria./ É um não querer mais que bem querer,/ é solitário andar por entre a gente,/ é um não contentar-se de contente,/ é cuidar que se ganha em se perder,/ é um estar-se preso por vontade,/ é servir a quem vence o vencedor,/ é ter com quem nos mata lealdade,/ tão contrário a si é mesmo o amor./ Estou acordado e todos dormem, todos dormem, todos dormem./ Agora vejo em parte,/ mas então veremos face a face./ É só o amor, é só o amor/ que conhece o que é verdade./ Ainda que eu falasse a língua dos homens/ e falasse a língua dos anjos,/ sem amor eu nada seria.”
Carta do apóstolo Paulo (na Grécia, século I), para os Coríntios: “Se eu falar as línguas dos homens e dos anjos e não tiver caridade, não sou nada.”
Estrofe dum soneto de Luís de Camões (em Portugal, século XVI): “Amor é fogo que arde sem se ver/ é ferida que dói e não se sente/ é um contentamento descontente/ é dor que desatina sem doer.”
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Hipertexto: Monte Castelo
Hipotextos: 
Carta do apóstolo Paulo para os Coríntios
Soneto de Luís de Camões
�
Teresinha de Jesus*
Teresinha de Jesus
de uma queda foi ao chão;
acudiu três cavalheiros,
todos três chapéu na mão.
O primeiro foi seu pai;
o segundo, seu irmão;
o terceiro foi aquele 
que a Teresa deu a mão.
Quanta laranja espalhada,
quanto limão pelo chão,
quanto sangue derramado
dentro do seu coração.
______________________
* Cantiga de roda do folclore brasileiro.
Teresinha
	Chico Buarque de Holanda
O primeiro me chegou
Como quem vem do florista
Trouxe um bicho de pelúcia 
Trouxe um broche de ametista
Me contou suas viagens
E as vantagens que ele tinha
Me mostrou o seu relógio
Me chamava de rainha
Me encontrou tão desarmada
Que tocou meu coração
Mas não me negava nada
E, assustada, eu disse não
O segundo me chegou
Como quem chega do bar
Trouxe um litro de aguardente
Tão amarga de tragar
Indagou o meu passado
E cheirou minha comida
Vasculhou minha gaveta
Me chamava de perdida
Me encontrou tão desarmada
Que arranhou meu coração
Mas não me entregava nada
E, assustada, eu disse não
O terceiro me chegou
Como quem chega do nada
Ele não me trouxe nada
Também nada perguntou
Mal sei como ele se chama
Mas entendo o que ele quer
Se deitou na minha cama
E me chama de mulher
Foi chegando sorrateiro
E antes que eu dissesse não
Se instalou feito um posseiro
Dentro do meu coração
�
___________________________________
Hipertexto: Teresinha, de Chico Buarque
Hipotexto: Teresinha de Jesus

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