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DIREITO CONSTITUCIONAL AULA 6 - PEÇAS PROCESSUAIS PROFª FLAVIA BAHIA Caso Hipótetico Andrea dos Santos é brasileira, viúva, mãe de três filhos, servidora pública e exerce a função de arquivista no Tribunal de Justiça do Estado da Alegria, recebendo como remuneração, até o quinto dia útil do mês seguinte ao trabalhado, o valor correspondente a um salário mínimo. Um de seus filhos, João, estudante de Cinema cursando o terceiro período em uma universidade pública, ao ver todo o empenho e esforço de sua mãe, constatou que o salário mínimo recebido por ela não é capaz de atender às suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, o que fica evidente se consideradas as condições em que vivem. Conversando com o seu professor de Direito Constitucional, João descobriu que há uma omissão legislativa parcial do poder público, na medida em que há lei regulamentadora do art. 7º, IV c/c art. 39, § 3º,da CRFB/88, porém, tal legislação não consegue atender a todo o elencado no dispositivo constitucional, estando, portanto, sua mãe, impossibilitada de exercer o seu Direito Fundamental plenamente, em razão da falta de um piso geral de remuneração digna e, mesmo após tentativa administrativa, o pedido feito por Andrea dos Santos foi negado pelo Poder Público sob a alegação de inexistência da aludida omissão legislativa parcial. Em face dessa situação hipotética, considerando que a insuficiência do valor correspondente ao salário mínimo configura um claro descumprimento, ainda que parcial, do disposto no art. 7º, IV, da CRFB/88,na qualidade de advogado contratado por Andrea dos Santos, redija a petição inicial da ação constitucional cabível para a defesa dos interesses de sua cliente. 14. Peça Processual XXV Exame Em matéria jornalística amplamente divulgada pela mídia, o prefeito do município Alfa, situado no estado Beta, é acusado pela imprensa local de negligenciar a saúde pública, deixando de realizar os investimentos constitucionais obrigatórios nos estabelecimentos médico-hospitalares situados na região. Com o objetivo de tirar proveito da situação para se auto promover, o prefeito elabora a seguinte estratégia: após obter expressa aprovação do Secretário Municipal do Meio Ambiente, em procedimento administrativo formalmente instaurado, às custas do erário e sob o subterfúgio de publicidade institucional, providencia a instalação de um grande painel de publicidade (outdoor) na encosta de um dos morros da cidade, o que era vedado pela legislação ambiental federal. Trata-se de área de proteção ambiental e notório ponto turístico, tendo ampla visibilidade. No outdoor, são elencadas todas as ações e investimentos da prefeitura relacionados à área da saúde durante a gestão do atual prefeito. Logo após a conclusão das obras, ambientalistas filiados a uma Organização Não Governamental (ONG) de proteção ao meio ambiente comparecem ao local e detectam, dentre outras consequências prejudiciais, que a iluminação usada no outdoor durante o período noturno traria resultados nocivos à biodiversidade, ameaçando a sobrevivência de espécies animais notívagas da região. Essa nocividade se tornaria irreversível caso a iluminação viesse a ser utilizada por algumas semanas. Carlos, maior de idade, brasileiro nato no pleno gozo de seus direitos políticos, morador do Município Alfa, fica estarrecido ao tomar ciência do fato e indignado com a inércia das autoridades locais competentes. Diante disso, comparece a um escritório de advocacia indagando se poderia, devidamente representado em juízo por advogado(a) legalmente habilitado(a), adotar pessoalmente alguma providência judicial diante das irregularidades apontadas. Com base no caso concreto apresentado acima, utilizando o instrumento constitucional adequado, redija a petição inicial da medida judicial cabível. (Valor: 5,00) Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação. 5 PASSOS PASSO 1 – RESUMO DO CASO PASSO 2 – LEGITIMIDADE ATIVA PASSO 3 – LEGITIMIDADE PASSIVA PASSO 4 – ESCOLHA DA AÇÃO PASSO 5 – ÓRGÃO COMPETENTE EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ... VARA DE FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA ALFA. (5 linhas) Carlos, nacionalidade, estado civil (ou existência de união estável), profissão, portador do RG n°... e do CPF n° ..., endereço eletrônico ..., portador do título de eleitor n° ..., residente e domiciliado..., nesta cidade, por seu advogado infra- assinado, conforme procuração anexa, com escritório ..., endereço que indica para os fins do art. 77, V, do CPC, com fundamento nos termos do art. 5º, LXXIII da CRFB/88 e da Lei nº 4717/65, vem ajuizar AÇÃO POPULAR em face do Prefeito do Município Alfa, do Município Alfa e do Secretário Municipal do Meio Ambiente, com endereços... I – SÍNTESE DOS FATOS Em matéria jornalística divulgada pela imprensa, o prefeito do município Alfa, situado no estado Beta, foi acusado de negligenciar a saúde pública, deixando de realizar os investimentos constitucionais obrigatórios nos estabelecimentos médico-hospitalares situados na região. Visando tirar proveito da situação, se autopromovendo, o prefeito, de forma estratégica, após obter expressa aprovação do Secretário Municipal do Meio Ambiente, em procedimento administrativo, providenciou a instalação de um grande outdoor na encosta de um dos morros da cidade, o que era vedado pela legislação ambiental federal, em área de proteção ambiental e notório ponto turístico, onde elencou todas as ações e investimentos da prefeitura relacionados à área da saúde durante a sua gestão. Ambientalistas filiados a uma Organização Não Governamental de proteção ao meio ambiente detectaram, dentre outras consequências prejudiciais, que a iluminação usada no outdoor durante o período noturno traria resultados nocivos à biodiversidade, ameaçando a sobrevivência de espécies animais notívagas da região, e tal nocividade se tornaria irreversível caso a iluminação viesse a ser utilizada por algumas semanas, o que justifica o ajuizamento da presente ação popular. II – LEGITIMIDADE ATIVA O autor gosta de participar ativamente da defesa da Administração Pública e está em dia com seus direitos políticos, conforme documentação anexa, portanto, satisfaz plenamente o requisito da cidadania, presente no art. 1º, § 3º da lei 4717/65. III – LEGITIMIDADE PASSIVA O polo passivo da Ação Popular é formado por um litisconsórcio passivo necessário, conforme estabelece os arts. 1º e 6º da lei 4717/65, daí porque todas as autoridades envolvidas e indicadas acima devem responder a presente ação. O Prefeito do Município Alfa foi o responsável pela expedição do ato, já o Secretário do Meio Ambiente aquiesceu com a construção e instalação do outdoor em área de proteção ambiental e o Município Alfa, ao qual são atribuídos os atos praticados por seus agentes, na forma do Art. 6º da Lei Federal nº 4.717/65. IV - TUTELA DE URGÊNCIA A tutela de urgência na Ação Popular está presente no art. 5º, § 4º, da Lei 4.717/65. Para muitos doutrinadores, trata-se de uma verdadeira tutela cautelar. A probabilidade do direito é comprovada mediante os fatos e documentos que acompanham a presente. Já o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo é evidente, tendo em vista o risco de dano irreversível à biodiversidade em decorrência da iluminação inapropriada, devendo haver a imediata desativação da iluminação e/ou remoção do outdoor. V – FUNDAMENTOS JURÍDICOS O art. 5º, LXXIII, da CRFB/88 prevê que qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural. Areferida ação também se encontra regulamentada na Lei 4717/65 e é um importante instrumento em defesa dos direitos difusos. Da análise do caso em tela, conclui-se que houve ofensa aos princípios da moralidade e impessoalidade, tendo sido violado o disposto no art. 37, caput, da CRFB/88. No que tange à moralidade, se espera que a Administração Pública atenda aos ditames da conduta ética, honesta, exigindo a observância de padrões éticos, de boa-fé, de lealdade, de regras que assegurem a boa administração, estando ligada ao conceito de bom administrador. Quanto à impessoalidade, esta busca impedir os atos administrativos que visem os interesses de agentes ou até mesmo de terceiros, buscando limites estabelecidos à vontade da lei, a um comando geral e abstrato. De acordo com o § 1º do art. 37 da CRFB/88: “A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.” Ademais, há que se ressaltar que o ato é nulo por ser ilegal, tendo sido editado em contrariedade com a legislação federal vigente, e praticado em nítido desvio de finalidade (conforme alíneas ‘c’ e ‘e’ do art. 2º da Lei 4.717/65), uma vez que, a pretexto de informar a população sobre supostos gastos com a saúde pública, o prefeito se valeu de ato lesivo ao meio ambiente, afrontando, ainda, o disposto no art. 225 da CRFB/88. VI – DOS PEDIDOS Diante de todo o exposto, requer-se: a) a concessão da tutela de urgência para determinar a desativação da iluminação e/ou remoção do outdoor, nos termos do art. 5º, § 4º, da Lei nº 4.717/65; b) que seja julgado procedente o pedido para que seja declarada a nulidade do ato que autorizou a instalação do outdoor, em razão dos vícios de ilegalidade e de desvio de finalidade e a condenação ao ressarcimento financeiro ao erário e reparação dos danos ambientais causados, segundo o art. 11, da Lei 4717/65; c) a citação dos Réus nos endereços acima indicados, de acordo com o art. 7º, I, a, da Lei 4717/65; d) a intimação do Representante do Ministério Público, conforme o art. 7º, I, a, da Lei 4717/65; e) a condenação dos Réus em custas e em honorários advocatícios, na forma do art. 12, da Lei 4717/65; f) a produção de todos os meios de provas em direito admitidas, de acordo com o art. 319, VI, do CPC; g) a juntada de documentos, segundo o art. 320, do CPC. Em cumprimento ao art. 319, VII, do CPC, o autor opta pela realização da audiência de conciliação ou de mediação. Valor da causa de acordo com o art. 291 do CPC/15. Ou: Valor da causa de acordo com o art. 319 do CPC/15. Termos em que, pede deferimento Local... e data... Advogado... OAB n.º ... ATIVIDADE COMPLEMENTAR 15. Peça do XXVIII Exame A sociedade empresária K, concessionária do serviço de manutenção de uma estrada municipal, na qual deveria realizar investimentos sendo remunerada com o valor do pedágio pago pelos usuários do serviço, decidiu ampliar suas instalações de apoio. Após amplos estudos, foi identificado o local que melhor atenderia às suas necessidades. Ato contínuo, os equipamentos foram alugados e foi providenciado o cerco do local com tapumes. De imediato, foi fixada a placa, assinada por engenheiro responsável, indicando a natureza da obra a ser realizada e a data do seu início, o que ocorreria trinta dias depois, prazo necessário para a conclusão dos preparativos. João da Silva, usuário da rodovia e candidato ao cargo de deputado estadual no processo eleitoral que estava em curso, ficou surpreso com a iniciativa da sociedade empresária K, pois era público e notório que o local escolhido era uma área de preservação ambiental permanente do Município Alfa. Considerando esse dado, formulou requerimento, dirigido à concessionária, solicitando que a obra não fosse realizada. A sociedade empresária K indeferiu o requerimento, sob o argumento de que o local escolhido fora aprovado pelo Município, que concedeu a respectiva licença, assinada pelo prefeito Pedro dos Santos, permitindo o início das obras. O local, ademais, era o que traria maiores benefícios aos usuários. João da Silva, irresignado com esse estado de coisas, contratou seus serviços, como advogado(a). Ele afirmou que quer propor uma ação judicial para que seja declarada a nulidade da licença concedida e impedida a iminente realização das obras no local escolhido, que abriga diversas espécies raras da flora e da fauna silvestre. Levando em consideração as informações expostas, elabore a medida judicial adequada, com todos os fundamentos jurídicos que confiram sustentação à pretensão. (Valor: 5,00) Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação. HABEAS CORPUS Art. 5º, LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder; 1.Histórico, natureza jurídica e conceito 2. A doutrina brasileira do habeas corpus 3. Base Legal: art. 5º, LXVIII e art. 647 e seguintes do CPP. 4. Espécies – HC preventivo: para evitar a consumação da lesão à liberdade de locomoção, hipótese na qual é concedido o “salvo-conduto”; – HC repressivo, suspensivo ou liberatório: é utilizado com o propósito de liberar o paciente quando já consumada a coação ilegal ou abusiva ou a violência à sua liberdade de locomoção. O pedido é o alvará de soltura. 5. Legitimidade Ativa – Princípio da Universalidade. 6. O paciente 7. Polo Passivo 8. Habeas Corpus e Prisão do Militar Art. 142 § 2º Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares. 9. Tutela de Urgência? Sempre. Natureza principiológica. Arts. 649 e 660, §2º do CPP 10. Gratuidade. Art. 5º, LXXVII, da CRFB/88. 11. Competência. Súmula 690 Compete originariamente ao Supremo Tribunal Federal o julgamento de "habeas corpus" contra decisão de Turma Recursal de Juizados Especiais Criminais. (CANCELADA) Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente: d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o habeas data contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal; (...) i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando o coator ou o paciente for autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância; Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: I - processar e julgar, originariamente: c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas na alínea "a", ou quando o coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais: I - processar e julgar, originariamente: d) os habeas corpus, quando a autoridade coatora for juiz federal; Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: VII - os habeas corpus, em matéria criminal de sua competência ou quando o constrangimento provier de autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra jurisdição; 12. Súmulas do STF Súmula 693: “Não cabe "habeas corpus" contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em cursopor infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada.” Súmula 694: “Não cabe "habeas corpus" contra a imposição da pena de exclusão de militar ou de perda de patente ou de função pública.” Súmula 695: “Não cabe "habeas corpus" quando já extinta a pena privativa de liberdade” 13. Habeas Corpus e CPI 14. Caso Hipotético Mário de Tal, brasileiro, solteiro, empresário, residente e domiciliado no Município X, é convocado como testemunha para depor na Comissão Parlamentar de Inquérito Mista aberta pelas Casas do Congresso Nacional para apurar irregularidades envolvendo o desvio de verbas federais referente à compra de ambulâncias para os hospitais vinculados ao Sistema Único de Saúde. Mário procura o seu escritório de advocacia para que possa elaborar a peça cabível para: garantir o direito de ser assistido por seu Advogado e de com este comunicar-se durante o curso de seu depoimento perante a referida Comissão Parlamentar de Inquérito e, b) também o direito de exercer o privilégio constitucional contra a autoincriminação. Observe, na redação da peça processual adequada: a) competência do Juízo; b) legitimidade ativa e passiva; c) fundamentos de mérito constitucionais e legais vinculados; d) os requisitos formais da peça. EXM°. SR. MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (5 linhas) MÁRIO DE TAL, brasileiro,solteiro, empresário, portador do RG nº... e do CPF n°..., endereço eletrônico ..., residente e domiciliado..., nesta cidade, por seu advogado infra-assinado, conforme procuração anexa..., com escritório ..., endereço que indica para os fins do art. 77, V, do CPC, com fundamento no art. 5º, LXVIII, da CRFB/88 e no art. 647 do CPP e ss., vem impetrar o presente HABEAS CORPUS em favor da própria liberdade, que está na iminência de sofrer violência por ato do Presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito Mista, pelos motivos que a seguir expõe. I – DOS FATOS O impetrante foi convocado por uma CPMI – Comissão Parlamentar Mista de Inquérito – aberta pela Câmara dos Deputados e Senado Federal, para prestar depoimento, na qualidade de testemunha e tal Comissão foi inaugurada com o objetivo de apurar irregularidades no que tange ao desvio de verbas federais destinadas a compra de ambulâncias para hospitais vinculados ao SUS – Sistema Único de Saúde. Mário deve ter garantido o direito de ser assistido por seu advogado, bem como o de poder se comunicar com aquele enquanto prestar depoimento perante a Comissão e, ainda, o direito de exercer o privilégio constitucional contra a auto incriminação. Por esses motivos, se faz necessária a propositura do presente Habeas Corpus preventivo, a fim de evitar a consumação da lesão. II – DA TUTELA DE URGÊNCIA O fundamento da tutela de urgência em sede de Habeas Corpus é extraído dos arts. 649 e 660, §2º do CPP e, segundo a jurisprudência, possui natureza cautelar. Demonstrar a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. III – DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS De acordo com o art. 5º, LXVIII, da CRFB/88 será concedido habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. O remédio também é respaldado pela legislação processual penal, a partir do art. 647. O art. 5º, XV, da CRFB/88, por sua vez, trata da liberdade de locomoção, que pode ser assegurada preventivamente em razão da iminência de violência ao direito, dispondo que é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens. Do art. 58, § 3º, da CRFB/88, extraímos que as comissões parlamentares de inquérito, que possuem poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, podem encaminhar ao Ministério Público as suas conclusões, a fim de que este venha a promover a responsabilidade civil ou criminal dos infratores. Dessa forma, tendo em vista a possibilidade de culminação em condenação em ação penal futura, verifica- se que há ameaça indireta à liberdade de locomoção do investigado – o que justifica a impetração do presente Habeas Corpus Preventivo. É competente o Supremo Tribunal Federal para julgar o presente remédio, pois a autoridade coatora é o Presidente da CPMI mista, conforme prevê o disposto no art. 102, I, “i”, da CRFB/88. IV – DOS PEDIDOS Pelo exposto, requer a V. Exa. que: a) Determine a notificação da autoridade coatora, o Presidente da Comissão, na forma do art. 662, do CPP; b) Conceda o pedido liminar para determinar a expedição do salvo conduto, de acordo com o art. 660, §2º, do CPP, confirmando posteriormente a concessão do presente remédio, consoante o art. 660, §4º, do CPP ; c) Junte os documentos anexos, segundo o art. 320, do CPC; d) Intime o representante do Ministério Público. Valor da causa de acordo com o art. 291 do CPC/15. Ou: Valor da causa de acordo com o art. 319 do CPC/15. Termos em que, pede deferimento Local... e data... Advogado... OAB n.º ... 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