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Trabalho Avaliativo Ambientes Extremos 2021-02 FISIOLOGIA

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ADAPTAÇÕES FISIOLÓGICAS EM AMBIENTES EXTREMOS 
 
Ambientes Extremos: Ambientes com características físicas que impõem modificações agudas na 
harmonia fisiológica orgânica, que se traduzem em alterações de parâmetros biológicos quantificáveis. 
 
O exercício na altitude vem ganhando popularidade nas últimas décadas, através do ecoturismo ou 
esportes de escalada e corridas de aventura. A altitude entra como cenário de ambiente extremo, gerando 
adaptações fisiológicas. Para isso, são necessários alguns cuidados e orientações para manutenção de 
saúde e de desempenho. 
 
 
1. Resposta Fisiológica à Exposição a Ambientes Extremos – Grandes Altitudes 
• Sistema Cardiorrespiratório; 
• Efeitos gerais a Exposição aguda à altitude; 
• Aclimatação à altitude. 
 
2. Resposta Fisiológica à Exposição a Ambientes Extremos - Variações Térmicas 
• Sistema Termorregulador no Homem; 
• Adaptações fisiológicas em ambientes extremos, altas temperaturas “Calor”; 
• Hipertermia 
• Adaptações fisiológicas em ambientes extremos, baixas temperaturas “Frio”; 
• Hipotermia. 
3. Assista ao vídeo que segue no link abaixo, escolha um participante da Maratona Da Selva 
(Planeta Extremo), faça um relatório com o perfil do participante, pontue os momentos mais 
extremos durante a prova em relação a fatores fisiológicos e psicológicos. 
https://www.youtube.com/watch?v=r-dngBoL_8A&t=192s 
Fale o que conseguiu observar sobre: 
• Identificação: Nome ou características gerais do participante 
• Motivação; 
CURSO: Fisioterapia 
Trabalho Avaliativo do 2° Bimestre 2021/2 
Disciplina: Fisiologia do Exercício 
Professor(a): Vagner Souza Amorim 
 
Período: Turma: 
Data de entrega 
19/11/2021 
IMPORTANTE: 
• Postar no Portal no trabalho avaliativo do 2º bimestre; 
Tema: Adaptações Fisiológicas em Ambientes Extremos Nota: 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=r-dngBoL_8A&t=192s
 
 
 
 
 
 
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• Condicionamento físico; 
• Condição Psicológica; 
• Preparação e cuidados tomados durante a prova; 
• Dificuldades encontradas durante a prova. 
 
 
 
 
 
 
 
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FACULDADE CAPIXABA DE NOVA VENÉCIA - MULTIVIX 
HALANA AGUILAR VANDERLEY 
CURSO DE FISIOTERAPIA 
2° PERÍODO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BRASIL 
2021 
 
 
 
 
 
 
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HALANA AGUILAR VANDERLEY 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADAPTAÇÕES FISIOLÓGICAS A AMBIENTES EXTREMOS 
 
 
Trabalho desenvolvido para obtenção de 
nota parcial na matéria de Fisiologia do 
Exercício sob orientação do Professor 
Vagner Souza de Amorim. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BRASIL 
2021 
 
 
 
 
 
 
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1 RESPOSTA FISIOLÓGICA À EXPOSIÇÃO A AMBIENTES EXTREMOS – 
GRANDES ALTITUDES 
 
A menor PO2 na altitude desencadeia diversas respostas fisiológicas no ser 
humano para ele suportar o ambiente hipóxico dessa região. Quanto maior a altitude, 
mais intenso é o estresse no indivíduo. A literatura classifica a altitude em baixa (até 
1200 m), em média (1300 a 2400 m), em elevada (2500 a 4300 m), em muito elevada 
(4400 a 5500 m) e em extrema (5600 a 8850 m). 
Um dos ajustes fisiológicos imediatos acontecidos na altitude é a hiperventilação, 
ela ocorre para compensar a menor PO2. A menor PO2 arterial estimula o sistema 
quimiorreceptor, que é composto por pequenos corpúsculos aórticos e carotídeos 
situados ao lado das artérias aorta e carotídea que se localizam no peito e pescoço. 
Esses corpúsculos possuem grande vascularização arterial e suas células neurais 
receptoras avisam a falta de O2 no sangue. Quando os corpúsculos aórticos e 
carotídeos são estimulados, seus receptores levam sinais pelos nervos vago e 
glossofaríngeo para o bulbo raquidiano. 
Os efeitos vão se variar, dependendo da altitude e individualidade biológica. Uma 
adaptação vai depender da altitude, se for média pode ser uma adaptação parcial a 
altitudes elevadas, sabendo que a ocorrência de hiperventilação a exposição aguda 
na altitude, aumentando o débito cardíaco em exercício submáximo e em repouso. 
Tempos prolongados à altitude proporcionam ajustes que ocorrem de maneira mais 
tardia, para melhorar a tolerância à hipóxia, como um equilíbrio ácido-básico dos 
líquidos corporais, um aumento no número de hemácias e maior concentração de 
hemoglobina. 
O tempo ideal para uma aclimatação estável, numa média geral, fica em 15 dias 
para uma altitude de 2.500m, a partir daí, cada elevação de 610m necessita de uma 
semana adicional para uma aclimatação total. As adaptações produzidas pela 
aclimatação dissipam-se em cerca de 20 dias após retorno ao nível do mar. Temos 
auxílios dos hormônios de adrenalina e noradrenalina que facilitam a adaptação a um 
ambiente de baixa quantidade de oxigênio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2 RESPOSTA FISIOLÓGICA À EXPOSIÇÃO A AMBIENTES EXTREMOS - 
VARIAÇÕES TÉRMICAS 
 
O corpo humano está constantemente produzindo calor através de fontes 
endógenas e recebendo calor do meio externo. A maior parte da energia produzida 
pelo corpo é perdida em forma de calor e uma pequena parcela é utilizada para 
realizar trabalho. Sob uma variedade de condições físicas e ambientais, o equilíbrio 
entre a produção e a perda do calor, que é resultante da ação dos centros 
termorreguladores, mantém a temperatura corporal em níveis estáveis, ou seja, em 
torno dos 37ºC. Na maioria dessas situações, o organismo não precisa acionar ações 
termorreguladoras excepcionais para manter em equilíbrio sua temperatura central. 
Entretanto, quando o corpo é exposto a situações térmicas excedentes de calor ou de 
frio, que ultrapassam os limites de conforto térmico, essas ações são acionadas para 
que se mantenha o calor interno estável, evitando alterações funcionais prejudiciais 
ao organismo. 
O corpo humano é termicamente dividido em um núcleo central quente e uma 
camada externa mais fria. Nem todas as partes possuem a mesma temperatura e nem 
são afetadas pelos mesmos fatores. A temperatura corporal central, ou seja, a 
temperatura dos tecidos profundos do corpo permanece praticamente constante, com 
variação fisiológica de aproximadamente 0,6 ºC, salvo em casos de doenças febris. 
O meio ambiente influencia na temperatura da camada externa, por isto esta não 
é regulada dentro de limites estreitos como acontece com a temperatura interna do 
corpo. A temperatura da pele é afetada por respostas termorreguladoras, como o fluxo 
sanguíneo cutâneo e a secreção de suor, a temperatura dos tecidos subjacentes e 
fatores ambientais, como temperatura e movimentação do ar e radiação térmica. 
Extremos de temperatura lesam, diretamente, os tecidos. A configuração e a 
estrutura geral das moléculas protéicas são alteradas em altas temperaturas, ainda 
que a sequência de aminoácidos não se altere. Esta alteração da estrutura protéica é 
denominada desnaturação. Ela inativa as proteínas da célula, lesando-a ou matando-
a. A lesão ocorre em altas temperaturas, acima de cerca de 45 ºC; este também 
constitui o ponto em que o aquecimento da pele se torna doloroso. 
Já os efeitos imediatos da exposição ao frio extremo traduzem-se no aumento 
da Pressão Arterial sanguínea Sistólica (PAS) e Diastólica (PAD) e na estimulação do 
 
 
 
 
 
 
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sistema nervoso simpático, responsável pela existência de vasoconstrição periférica 
que diminui a circulação do sangue à superfície da pele, passando esta a realizar-se 
essencialmente nos órgãos vitais, salvaguardando o seu funcionamento. Para além 
disso, tanto a temperatura interna corporal como a temperatura da pele diminuem, 
registando-se também um decréscimo na performance muscular, da destreza de 
movimentos e um aumento na fadiga. Do ponto de vistacognitivo sobre o efeito da 
exposição repetida ao frio (10 ºC) no desempenho cognitivo concluíram que condições 
ambientais semelhantes favorecem situações de distração e, consequentemente, a 
ocorrência de acidentes. A exposição continuada poderá resultar em lesões corporais 
e patologias tais como a hipotermia, úlceras por frio, pé-de-imersão (também 
designado por pé de trincheira), frieiras e doença de Raynaud. 
 
 
3 ANÁLISE DE ATLETA DA MARATONA DA SELVA 
 
PARTICIPANTE: Pedro Veras 
NACIONALIDADE: Venezuelano 
CARACTERÍSTICAS GERAIS: Branco, altura média. 
MOTIVAÇÃO: Possuía uma síndrome chamada Wolff-Parkinson-White, uma doença 
que provoca arritmia cardíaca, e homenagear a esposa que não desistiu de ser mãe 
após 4 tentativas, e a filha do casal de nome Vitória. 
CONDICIONAMENTO FÍSICO: O participante havia sido operado duas vezes para 
cuidar da doença e após suas cirurgias virou maratonista, portanto, estava 
condicionado fisicamente para o percurso. Durante a prova, o mesmo sofreu um 
acidente onde foi perfurado por um galho de árvore precisando de ajuda de alguns 
participantes para chegar no ponto de apoio, lá foi suturado com 8 pontos e mesmo 
assim seguiu o percurso para completar a prova. 
CONDICIONAMENTO PSICOLÓGICO: O participante demonstrou muita força 
mental para atingir seus objetivos, uma vez que era aniversário de sua filha durante a 
prova, além de superar uma lesão para poder completar a prova. 
PREPARAÇÃO E CUIDADOS TOMADOS DURANTE A PROVA: Inicialmente o 
maior cuidado dos atletas é com os pés, parte do corpo mais utilizada durante provas 
de maratona, e que fica exposto a grande atrito, além das dificuldades que o terreno 
 
 
 
 
 
 
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de uma floresta propõe aos atletas. Outro ponto importante é que por se tratar de uma 
floresta ainda mais a Amazônica, há uma grande umidade no ar, e aliado ao calor 
extremo, pode causar desidratação. Além disso, o cansaço extremo pode causar 
alucinações e desorientação. Dessa maneira, os participantes devem estar sempre 
em contato com as equipes de resgate e entenderem seus limites. Cuidados como 
olhar onde pisar e saber dosar a energia gasta é de suma importância para a 
sobrevivência. 
DIFICULDADES ENCONTRADAS DURANTE A PROVA: Além do cansaço físico e 
mental, uma prova de maratona na selva traz ainda outros tipos de dificuldades como 
escoriações leves ou profundas, medo de animais selvagens, além de alguns ataques 
de insetos, desidratação, infecções causadas pela umidade excessiva do local, entre 
outros.

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