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Auxiliar de Laboratório - Módulo I (1)

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1 
 
 
 
2 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
O PROFISSIONAL DE AUXILIAR DE LABORATÓRIO ........................................................................... 3 
OS PROFISSIONAIS DE LABORATÓRIO ................................................................................................. 5 
CONCEITOS BÁSICOS DE QUÍMICA ........................................................................................................ 7 
VIDRARIAS E EQUIPAMENTOS UTILIZADOS EM LABORATÓRIOS .............................................. 10 
PREPARO DE SOLUÇÕES (Cálculo, Medições e Reagentes) ............................................................ 35 
TITULAÇÃO ................................................................................................................................................... 36 
A CROMATOGRAFIA .................................................................................................................................. 41 
ESPECTROFOTOMETRIA ......................................................................................................................... 48 
TÉCNICAS DE COLETA DE MATERIAIS BIOLÓGICOS EM LABORATÓRIO ................................. 54 
CULTURA CELULAR ................................................................................................................................... 58 
MICROSCOPIA ............................................................................................................................................. 62 
COMO MANUSEAR O MICROSCÓPIO ................................................................................................... 68 
BIOQUÍMICA CLÍNICA ................................................................................................................................ 70 
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................. 73 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
O PROFISSIONAL DE AUXILIAR DE LABORATÓRIO 
 
Os auxiliares de laboratório trabalham em laboratórios científicos e médicos, preparando 
experimentos, processando amostras e limpando os experimentos. Um auxiliar de 
laboratório trabalha auxiliando pesquisadores e cientistas durante testes e análises 
clínicas. 
Antes de um experimento ser feito, os assistentes de laboratório processam amostras e 
preparam a montagem experimental apropriada. Depois disso, eles limpam e mantêm o 
laboratório e os equipamentos em boas condições. Esse profissional pode trabalhar em 
laboratórios médicos e se especializar em áreas específicas de assistência de laboratório, 
como flebotomia (coleta de amostras de sangue) ou histologia (corte e tingimento de 
amostras de tecido). 
 
 
 
Área de atuação 
Um auxiliar de laboratório é responsável pela instalação de equipamentos e suprimentos 
de laboratório, além de preparar e processar as amostras de pacientes. Os assistentes de 
laboratório devem saber como lidar adequadamente com os espécimes, de acordo com 
os protocolos estabelecidos e seguir qualquer regulamentação relacionada ao tipo de 
amostra. 
 
Área de atuação de Auxiliar de Laboratório 
 O profissional irá auxiliar nas atividades de criação, alimentação, limpeza, higiene, 
controle, medicação e trato dos animais e plantas, bem como a manutenção e 
 
 
4 
conservação de biotério e laboratório; 
 Auxiliar na coleta e no preparo de amostras, matéria-prima, soluções, reagentes e 
outros para serem utilizados conforme instruções; 
 Efetuar a montagem e desmontagem de equipamentos simples de laboratório, sob 
orientação; 
 
 
 
 Transportar, preparar, limpar, esterilizar materiais, instrumentos e aparelhos, bem 
como desinfectar utensílios, pias, bancadas e outros; 
 Efetuar controle e zelar pela preservação das amostras, materiais, matérias-primas, 
equipamentos e outros, conforme orientação; 
 Desenvolver atividades em linha de produção de medicamentos ou assemelhados; 
 Embalar e rotular materiais, conforme determinação; 
 Registrar e arquivar resultados de exames, experimentos e outros; 
 Auxiliar na manutenção de animais e plantas destinados às aulas práticas e 
pesquisas; 
 Auxiliar na realização de testes clínicos, microbiológicos, químicos, físico-químicos, 
parasitológicos e anátomo-patológicos; 
 Auxiliar na separação de materiais biológicos; 
 Realizar a pesagem, mistura e filtração de materiais, sob orientação; 
 Controlar o estoque de vidrarias e materiais de consumo necessários ao laboratório; 
 Participar de programa de treinamento, quando convocado; 
 Executar tarefas pertinentes à área de atuação, utilizando equipamentos e 
programas de informática; 
 Executar outras tarefas compatíveis com as exigências para o exercício da função. 
 
 
5 
 
OS PROFISSIONAIS DE LABORATÓRIO 
 
Técnico de laboratório 
O técnico de laboratório é a pessoa que realiza o trabalho de coleta dos materiais 
biológicos que vão para análise. Esse profissional precisa contar com conhecimentos 
científicos, para, por exemplo, ser capaz de diagnosticar uma doença de origem 
parasitária. 
Saber realizar exames diferenciados e específicos, a fim de atender a demanda médica, é 
fundamental. Esse cargo é responsável por alguns procedimentos, como análises 
microscópicas, testes laboratoriais, e também operação e calibração dos equipamentos 
em uso. 
Além da técnica para realizar a coleta, é importante que quem está nessa função tenha 
habilidades para tratar o paciente e uma boa relação interpessoal, principalmente por 
atuar num momento que traz tensão para a maioria das pessoas. 
 
 
 
Auxiliar de laboratório 
O auxiliar de laboratório trabalha no auxílio das análises, facilitando os processos e 
garantindo que tudo esteja devidamente em ordem para que nenhuma falha, ou falta, 
ocorra. Como o nome sugere, ele está presente para ajudar na execução dos serviços. 
Algumas tarefas, como auxílio na limpeza e esterilização das bancadas de trabalho e 
equipamentos, além de preparação de materiais, recebendo, preparando e distribuindo-
os, estão dentro da rotina desse profissional. 
 
 
 
6 
Diretor técnico 
Para chegar ao nível de diretoria técnica em um laboratório de análises clínicas, a pessoa 
tem que ser habilitada como farmacêutico generalista ou farmacêutico bioquímico. A 
assistência desse profissional é imprescindível em todo o tempo de funcionamento do 
laboratório. 
Deve-se lembrar que é o diretor que responde por toda a área técnica do laboratório. Por 
isso, estar nesse patamar significa ter um “limite de carga”, ou seja, esse profissional não 
pode ser responsável por dezenas de postos de coleta ou por diversos laboratórios. Pode-
se consultar a Resolução da Anvisa sobre as especificidades acerca das normas 
vigentes. 
 
Profissional farmacêutico 
A formação de farmacêutico dá a propriedade sobre as substâncias do organismo e seus 
respectivos impactos. Ao trabalhar em um laboratório, cabe a ele analisar os materiais 
biológicos (como sangue, urina e fezes), a fim de identificar quais foram os 
agentes causadores de doenças, diagnosticando-as por meio dessa análise. 
 
 
 
Bioquímico 
O bioquímico, pelo seu grau de conhecimento, está apto a realizar pesquisas e análises 
acerca de processos biológicos em geral. No caso do laboratório, esse conhecimento 
sobre os organismos vivos é muito útil. 
Amostras de caráter mais restrito, bem como o sangue, a urina, as secreções em geral, o 
sêmen ou o próprio DNA, são de responsabilidade do bioquímico, que, por meio da 
análise que faz delas, pode emitir laudos. 
 
 
7 
Ao pesquisar uma doença, o bioquímico não se atém apenas ao diagnóstico, mas 
também à prevenção e à cura, testando princípios ativos de medicamentos e 
documentando. Todo o serviço do laboratório, apontando a diagnose, envolve o êxito 
desse profissional. 
 
Para obter o melhor resultadoConhecer a função dos profissionais de laboratório colabora com o corte de custos, além 
de beneficiar a boa gestão de estoque, já que, desse modo, a administração do negócio 
conta com pessoas capacitadas orientando as melhores ações dentro de cada atuação. 
 
CONCEITOS BÁSICOS DE QUÍMICA 
 
Os conceitos básicos de química são importantes para introduzir os estudos dessa 
ciência, como os conceitos de matéria, energia, substância, corpo, objeto e sistema. 
Química: é a ciência que estuda a matéria, suas transformações e as energias envolvidas 
nesses processos. Ela trabalha em três níveis principais: 
 Microscópico: Quando a química interpreta fenômenos em que há o 
reordenamento dos átomos, que são os constituintes básicos de toda a matéria e 
que são invisíveis aos nossos olhos. 
 Macroscópico: Quando a química interpreta objetos ou fenômenos grandes e 
visíveis. 
 Simbólico: Quando a química interpreta e reconhece fenômenos químicos através 
de símbolos, fórmulas e equações matemáticas. 
 
 
 
 
 
8 
Matéria: apesar de não ser um conceito tão fácil de ser definido, a maioria dos autores 
concorda que matéria no estudo de química é tudo aquilo que ocupa lugar no espaço, 
apresentando volume e massa. Exemplo: uma árvore, o ar, a água, as nuvens, o nosso 
próprio corpo, a terra, tudo isso são exemplos de matéria. 
Massa: é uma propriedade geral da matéria que indica a quantidade de matéria que existe 
em um corpo e que tem como unidade-padrão o quilograma. Para medir essa propriedade 
são utilizadas as balanças. 
Volume: também é uma propriedade geral da matéria que indica a extensão de espaço 
ocupado por um corpo, sendo que sua unidade-padrão é o metro cúbico (m³). O volume 
de um material pode ser medido através de diferentes aparelhos que são graduados, 
como a proveta, a pipeta, a bureta e outros menos precisos. 
Corpo: é uma porção limitada da matéria. Por exemplo, conforme dito, uma árvore é uma 
matéria; assim, quando cortamos toras de madeira, temos que essas toras podem ser 
designadas como corpos ou como matéria também. 
Objeto: é um corpo produzido para utilização do homem. Se as toras de madeira 
mencionadas no item anterior forem transformadas em algum móvel, como uma mesa, 
surge um objeto. 
 
 
Exemplos de conceitos de Química – matéria, corpo e objeto 
 
Energia: é a medida da capacidade de realizar um trabalho. Existem vários tipos de 
energia, dependendo do tipo de trabalho realizado. Por exemplo, a energia que um corpo 
adquire quando está em movimento é a energia cinética. A energia que o corpo armazena 
é a energia potencial. A energia mecânica é toda forma de energia relacionada com o 
movimento de corpos ou com a capacidade de colocá-los em movimento ou de deformá-
los. A energia química é baseada na força de atração e repulsão nas ligações químicas, 
presente na formação da matéria. As trocas de calor são energias térmicas. A condução 
 
 
9 
de eletricidade é uma energia elétrica, e a energia na forma de luz é a energia luminosa. 
Substância pura ou simplesmente substância: as substâncias são os materiais que 
possuem todas as propriedades físicas bem definidas, determinadas e praticamente 
constantes, ou seja, são formadas por um único tipo de componente (átomos, moléculas 
ou aglomerados iônicos). 
Substância simples: é a substância formada por um único tipo de elemento químico. 
Exemplos: gás oxigênio (O2), gás hidrogênio (H2), ferro (Fe), gás hélio (He), alumínio (Al) 
etc. 
Substância composta ou composto: é a substância formada por mais de um elemento 
químico. Exemplos: água (H2O), álcool etílico ou etanol (C2H5OH), amônia (NH3) etc. 
Misturas: quando se tem em um mesmo sistema mais de uma substância. As misturas 
não apresentam as propriedades, como os pontos de fusão e ebulição, bem como a 
densidade, constantes como ocorre com as substâncias. 
Mistura homogênea: é a mistura que apresenta uma única fase, ou seja, aspecto 
totalmente uniforme. Exemplo: mistura de água e álcool. 
Mistura heterogênea: é a mistura que apresenta mais de uma fase. Exemplo: água e óleo. 
Sistema: é o que está sendo submetido à observação. As regiões ao redor do sistema são 
chamadas de vizinhança. 
 
 
Sistema é o que está em observação 
 
 Sistema homogêneo: apresenta uma única fase. Pode ser composto por uma 
substância pura ou por uma mistura homogênea. 
 Sistema heterogêneo: apresenta mais de uma fase. Pode ser composto de uma 
substância pura em diferentes estados físicos, como um copo com água e gelo, ou 
por uma mistura heterogênea. 
Fenômeno: qualquer transformação sofrida pela matéria. 
 Fenômenos físicos: são aqueles em que a constituição do material não muda. 
 
 
10 
Exemplo: amassar um papel. 
 Fenômenos químicos: são aqueles em que a constituição do material muda. 
Exemplo: queimar um papel. 
 
VIDRARIAS E EQUIPAMENTOS UTILIZADOS EM LABORATÓRIOS 
 
Os laboratórios de química possuem diversos equipamentos, vidrarias, aparelhos e 
dispositivos que permitem a realização de inúmeras atividades com maior precisão e 
segurança. A seguir, os nomes dos principais materiais utilizados no laboratório e suas 
respectivas funções. 
 
Vidrarias de laboratório 
Esses materiais são feitos de vidro cristal ou temperado e podem variar de tamanho, 
capacidade suportada e função. Por isso, cada vidraria recebe uma aplicação específica. 
 
Balão de fundo chato 
Utilizado no preparo de soluções, reações com desprendimento de gases ou aquecimento 
de líquidos. Por suportar elevadas temperaturas, sua maior aplicação é em sistemas de 
aquecimento sob refluxo em separações por meio de destilação. 
 
 
 
 
 
11 
Balão de fundo redondo 
Utilizado em processos de destilação, na separação de componentes de uma mistura ou 
eliminação de impurezas. O material no interior do balão de fundo redondo é aquecido 
geralmente quando o recipiente é inserido em uma manta de aquecimento. 
 
 
 
Balão de destilação 
Utilizado para aquecimento de uma mistura e separação dos compostos mais voláteis, 
que saem pelo tubo lateral. Após a evaporação, o componente separado é condensado 
em um equipamento chamado de condensador. 
 
 
 
 
Balão volumétrico 
 
 
12 
Utilizado no preparo de soluções ou diluições com maior precisão por causa da presença 
de um traço aferidor em seu gargalo. Por ser uma vidraria volumétrica, o aquecimento 
pode causar distorção no vidro e, assim, alterar a calibração. 
 
 
 
Béquer ou Becker 
Utilizado para medir volume de líquidos ou misturas, com pouca precisão, pois possui 
uma graduação em seu corpo. Pode ser levado ao aquecimento e, por isso, é útil para 
dissolver substâncias ou realizar reações em experimentos. 
 
 
 
 
Erlenmeyer 
 
 
13 
É utilizado principalmente para preparar soluções e armazená-las. Por causa do seu 
formato, que evita o derramamento de líquido durante seu manuseio, é empregado em 
titulações para acomodar a solução titulada. Esse recipiente de laboratório recebeu o 
nome de Erlenmeyer em homenagem ao seu criador, o químico alemão Emil Erlenmeyer. 
 
 
 
Tubos de ensaio 
Utilizados para reações onde os reagentes estão em pequenas quantidades. Quando um 
experimento envolvendo um tubo de ensaio necessita de aquecimento, o bico de Bunsen 
pode ser utilizado e sua chama colocada em contato direto com o tubo. 
 
 
Bureta 
 
 
14 
Utilizada para realizar titulações e medir o volume de líquido que está sendo escoado. 
Para a dosagem do líquido, essa vidraria é utilizada na vertical, posicionada acima de um 
béquer ou erlenmeyer e fixada ao suporte universal através de garras. 
 
 
 
Bastão de vidro 
Utilizado para homogeneizar ou agitar soluções em atividades rotineiras de laboratório. É 
também utilizado para auxiliar na transferência de líquidos de um recipiente para outro, 
direcionando o líquido para que não haja respingos. 
 
 
Condensador 
 
 
15 
Quando o vaporpassa pelo condensador, ocorre a troca de calor com a água fria que 
circula pelas paredes da vidraria e assim o material é condensado. 
 
 
Utilizado para resfriar gases separados no processo de destilação e torná-los líquidos. 
 
Coluna de fracionamento 
Utilizada na destilação em pequena escala para separação dos componentes de uma 
mistura de líquidos miscíveis (que se homogeneízam), mas com diferentes pontos de 
ebulição. O composto mais volátil, ou seja, que possui o menor ponto de ebulição é 
separado primeiro na coluna e quando chega ao condensador retorna ao estado líquido. 
 
 
Dessecador 
 
 
16 
Utilizado para remover a umidade dos materiais pela presença de agentes secantes, 
como a sílica em gel. A sua tampa permite uma vedação hermética (impede entrada e 
saída de ar) e assim é criada uma atmosfera controlada que evita a contaminação do 
material. 
 
 
 
Funil de bromo 
Também conhecido como funil de decantação, é utilizado para separar líquidos imiscíveis 
pela ação da gravidade. Em uma mistura heterogênea, o componente mais denso se 
localiza na parte inferior do funil e pode ser separado ao abrir a torneira e drená-lo para 
outro recipiente. 
 
 
Funil de vidro 
 
 
17 
É utilizado em conjunto com o papel de filtro para reter sólidos que não estão dissolvidos 
em um líquido. A mistura passa pelo funil e o líquido é recuperado em outro recipiente. Já 
os componentes sólidos ficam no meio filtrante apoiado no funil. 
 
 
 
Kitassato 
É utilizado juntamente com o funil de Büchner e o papel de filtro para realizar filtrações a 
vácuo. A saída lateral na vidraria é útil para acoplar uma máquina que suga o ar do 
recipiente, fazendo com que a separação ocorra de maneira mais rápida. 
 
 
Placa de Petri 
 
 
18 
Por se tratar de um recipiente com tampa, é utilizado para cultivar micro-organismos, 
como as bactérias. Nesse processo, são reunidos nutrientes, sais e aminoácidos para 
promover o crescimento. Esse material recebeu o nome em homenagem ao seu criador, o 
alemão Julius Richard Petri. 
 
 
 
Pipeta graduada 
Utilizada para medir volumes variáveis de líquidos ou soluções com maior precisão e 
auxiliar na transferência para outros recipientes. O material é aspirado para dentro da 
pipeta com a utilização de um pipetador ou pera de sucção e esse instrumento também é 
utilizado para liberar o líquido. O volume que foi transferido é conhecido através da leitura 
de volume inicial e final na pipeta. 
 
 
Pipeta volumétrica 
 
 
19 
Utilizada para medir e transferir um volume fixo de líquido ou solução. Por isso, é mais 
precisa do que a pipeta graduada. As pipetas volumétricas são calibradas para conter um 
volume específico de material e realizar uma transferência rigorosa. 
 
 
 
Proveta 
Utilizada para medir e transferir volumes de líquidos e soluções, já que o corpo cilíndrico 
da vidraria possui marcações que identificam o volume do material que está em seu 
interior. Entretanto, esse não é um instrumento de muita precisão, sendo usado para 
atividades que não necessitam de rigor nas medidas. 
 
 
Vidro de relógio 
 
 
20 
Utilizado para comportar pouca quantidade de amostra para pesagem, cobrir recipientes e 
evaporações em pequena escala. 
 
 
 
Equipamentos de laboratório 
Os equipamentos utilizados, além de serem constituídos de diferentes materiais, possuem 
aplicações específicas, podendo funcionar sozinhos ou em conjunto com outros materiais. 
 
Chapa aquecedora/Agitador 
Utilizada para aquecer substâncias de maneira uniforme em um recipiente colocado na 
plataforma metálica. Também tem a função de agitador para homogeneizar soluções 
enquanto aquece. Nesse equipamento, o controle de temperatura e de agitação do 
material pode ser feito manualmente. 
 
 
Barra magnética ou peixinho 
 
 
21 
Esse equipamento é inserido em soluções que estão no agitador magnético para serem 
homogeneizadas. O campo magnético criado por um ímã faz com que o peixinho gire 
dentro da solução. 
 
 
 
Almofariz e pistilo 
Utilizados para trituração de pequenas amostras sólidas e também para misturar 
componentes, amassar ou pulverizar. Normalmente, o material para fabricação desses 
utensílios é a porcelana. A amostra é colocada no almofariz, uma espécie de tigela, e com 
o pistilo, também chamado de pilão ou mão do almofariz, realiza-se a moagem. 
 
 
Anel ou argola 
 
 
22 
Esse equipamento metálico é usado para segurar vidrarias que precisam ser utilizadas na 
vertical. Uma de suas extremidades é fixada ao suporte universal e a outra extremidade, 
com formato de anel, é utilizada para sustentar o funil de bromo durante a realização da 
decantação. 
 
 
 
Balança de precisão 
Utilizada para medir a massa de materiais no laboratório com rigor para realização de 
análises químicas. Os vidros que envolvem a região onde a amostra é colocada são úteis 
para que correntes de ar não interfiram no valor da pesagem. 
 
 
Bico de Bunsen 
 
 
23 
Utilizado para aquecer substâncias, esterilizar objetos e realizar testes que necessitem de 
chama. Trata-se de um queimador a gás, na parte inferior do equipamento há uma válvula 
para regular a saída de combustível e, assim, ajustar a chama. 
 
 
 
Deionizador de água 
Utilizado para remover íons na água, como cálcio (Ca2+) e magnésio (Mg2+), através da 
troca iônica. Esse equipamento é composto por uma coluna de troca iônica preenchida 
com resinas catiônica e aniônica. Essas resinas liberam íons H+ e OH- enquanto que os 
íons presentes na água são fixados na coluna. 
 
 
Destilador de água 
 
 
24 
Utilizado para purificar a água, remover íons, impurezas e contaminantes que podem 
atrapalhar as análises químicas. Dentro do equipamento a água evapora e o vapor gerado 
é direcionado para outro compartimento onde será condensado e voltará a ser líquido 
novamente. 
 
 
 
Cabine de fluxo laminar 
Utilizada para promover a recirculação do ar, e as lâmpadas UV em seu interior criam um 
ambiente estéril e biologicamente seguro. Esse equipamento é útil para manipulação com 
segurança de amostras biológicas evitando a contaminação. 
 
 
Capela de exaustão 
 
 
25 
Utilizada como barreira física para manipular materiais perigosos e eliminar os gases 
desprendidos. Trata-se de um equipamento de proteção coletiva indispensável em um 
laboratório químico, pois absorve os vapores liberados, por exemplo, em uma reação 
química e mantém reagentes perigosos isolados do ambiente. 
 
 
 
Cadinho 
Trata-se de um equipamento de porcelana utilizado para aquecimento e fusão de sólidos, 
já que possui características refratárias e suporta elevadas temperaturas. Pela sua 
resistência ao calor, pode ser exposto diretamente à chama do bico de Bunsen, com a 
utilização de um suporte adequado. 
 
 
Cápsula de porcelana 
 
 
26 
Também chamada de cápsula de evaporação, é utilizada para concentrar soluções, 
calcinar materiais e evaporar compostos. Por ser feita de porcelana refratária, o 
aquecimento da substância pode ser feito com a chama de um bico de Bunsen, areia 
aquecida e, em alguns casos, em uma mufla. 
 
 
 
Cromatógrafo 
Realiza separações e identifica os componentes de uma mistura através da afinidade 
química utilizando a técnica de cromatografia. O cromatógrafo funciona acoplado a um 
detector, que apresenta os dados referentes aos compostos separados na coluna 
cromatográfica. 
 
 
Espectrofotômetro 
 
 
27 
Utilizado para identificar e determinar a concentração dos componentes de uma amostra 
através da absorção de luz. O tipo de sinal gerado pela amostra é captado por um 
detector e o resultado são espectros que fornecem uma medida relativa da intensidade de 
luz absorvida. 
 
 
 
Estante para tubo de ensaio 
Utilizada para armazenar tubos de ensaio e como suporte para mantê-los em local fixo 
durante a utilização. Por causa doformato em U dos tubos de ensaio, a extremidade 
arredondada faz com que seja sempre necessário um suporte para mantê-lo na vertical. 
 
 
Espátula 
 
 
28 
Esse equipamento fabricado em aço inox é útil para manipular e transferir pequenas 
quantidades de materiais sólidos de um recipiente para outro. Por possuir resistência 
química, resistência ao desgaste e à corrosão, a espátula é amplamente utilizada em 
laboratório para manipulação de produtos químicos. 
 
 
 
Estufa 
Utilizada para secar e eliminar micro-organismos, por meio do calor, permitindo que 
materiais de laboratório sejam esterilizados. Uma estufa comum trabalha em uma faixa de 
temperatura de 15 ºC acima da temperatura do local e pode chegar até 200 ºC. 
 
 
Funil de Büchner 
 
 
29 
É um equipamento produzido em porcelana e as várias perfurações em seu interior 
permitem a passagem de um líquido. Sua utilização é feita em conjunto com o kitassato 
para separar sólidos durante uma filtração a vácuo. 
 
 
 
Pissete ou Pisseta 
Utilizada para armazenar líquidos, como a água destilada ou desmineralizada, e facilitar o 
manuseio na execução do trabalho. Com uma pisseta, é possível lavar materiais e 
transferir líquidos com facilidade. 
 
 
Pinça metálica 
 
 
30 
Utilizada para manusear pequenos objetos sem que haja contato direto. Isso é 
extremamente útil para pegar equipamentos aquecidos e evitar queimaduras. A 
extremidade que terá contato com o material a ser manuseado possui clivagens para 
aumentar o atrito e evitar que escorregue. 
 
 
 
Pipeta Pasteur 
Utilizada para transferir pequenas quantidades de líquidos através do gotejamento. É 
diferente das pipetas graduada e volumétrica por não possuir um volume determinado. 
Esse equipamento foi criado pelo químico francês Louis Pasteur e, por isso, recebeu o 
nome em sua homenagem. 
 
 
Pera de sucção 
 
 
31 
Utilizada para succionar líquidos para o interior das pipetas e liberá-los em um recipiente, 
de forma que o usuário não tenha contato com a substância. Chamada também de 
pipetador de três vias, esse equipamento é feito de borracha e facilita a entrada do líquido 
na pipeta por criar uma pressão diferente da atmosfera. 
 
 
 
Manta aquecedora 
Utilizada para aquecimento uniforme e controlado de materiais durante uma análise 
química. Seu uso é indicado para manipulação de substâncias inflamáveis, já que não 
gera faíscas que seriam uma fonte de ignição para uma explosão. 
 
 
Mufla 
 
 
32 
Utilizada para calcinar amostras e remover os compostos voláteis já que trabalha com 
elevadas temperaturas. Trata-se de uma câmara revestida internamente com material 
refratário e pode alcançar temperaturas acima de 1000 ºC. 
 
 
 
Papel de filtro 
Utilizado para reter materiais sólidos que não foram dissolvidos no líquido que passa por 
ele. O tipo de papel de filtro é escolhido de acordo com sua porosidade e afeta, 
consequente, a velocidade da filtração. 
 
 
pHmetro 
 
 
33 
Utilizado para medir o pH (potencial hidrogeniônico) em amostras através da 
condutividade. Os milivolts detectados no aparelho são transformados para escala de pH, 
que varia de 0 a 14. São utilizadas soluções padrões para calibrar o aparelho e minimizar 
os erros de leitura. 
 
 
 
Suporte universal 
É um equipamento utilizado para promover a sustentação de materiais que são utilizados 
na vertical. Garras ou pinças são fixadas à haste metálica para realizar experimentos que 
necessitem de vidrarias, como tubos de ensaio e bureta. 
 
 
Tela de amianto 
 
 
34 
Utilizada para sustentar o recipiente com a amostra durante o aquecimento e promover 
uma distribuição de calor uniforme. Geralmente, é colocada em cima de um tripé de ferro 
e aquecida com um bico de Bunsen ou aquecedor elétrico. 
 
 
 
Termômetro 
Utilizado para medir ou acompanhar a temperatura de líquidos os soluções durante um 
experimento. O termômetro é feito em vidro e o líquido que preenche o seu interior é o 
mercúrio. Para ser utilizado, ele deve ser mergulhado na substância. 
 
 
Tripé de ferro 
 
 
35 
Esse equipamento é feito de metal e as três hastes de sustentação ligadas por um aro 
permitem que a tela de amianto seja utilizada durante aquecimento de amostras. 
 
 
 
PREPARO DE SOLUÇÕES (Cálculo, Medições e Reagentes) 
 
O uso de soluções com composições e concentrações específicas é de suma importância 
na prática laboratorista, principalmente no que se refere à prática de atividades 
relacionadas à área química. 
Conceitua-se solução como sendo a mistura unifásica ou homogênea de mais de um 
componente e, na dissolução de uma substância em outra, a que se dissolve é o soluto e 
o meio de dissolução é o solvente. As soluções são obtidas para qualquer um dos três 
estados da matéria: sólido, líquido ou gasoso. 
Qualquer mistura gasosa é uma solução, porque qualquer mistura de gases é 
homogênea. Soluções em estado sólido são conhecidas como as ligas metálicas. 
Entretanto, a maioria das soluções existe no estado líquido, sendo constituídas pela 
dissolução de outro líquido, sólido ou mesmo um gás em uma substância líquida. Se esta 
solução, em que as substâncias se diluem for a água, tem-se uma solução aquosa. 
Uma solução diluída é aquela que apresenta proporções relativamente pequenas de 
soluto, enquanto uma solução concentrada apresenta proporção relativamente maior. Já a 
concentração de uma solução se refere à quantidade de soluto presente em dado volume 
de solução, e é expressa mais comumente em molaridade (expressa o número de moles 
de soluto presente em dado volume de solução em litros), molalidade (relaciona o número 
 
 
36 
de moles de soluto à massa, em quilogramas, do solvente) e normalidade (expressa a 
relação entre o número de equivalente-grama do soluto e o volume de solução em litros). 
Contudo, existem ainda outros métodos para definir a concentração de uma solução. 
O preparo de uma solução exige atenção a alguns passos, quais sejam: o cálculo da 
quantidade de soluto a ser utilizada, a medição desse soluto, a sua diluição no meio 
solvente e homogeneização, seguida de armazenagem. 
Para o preparo das soluções, os materiais mais frequentemente utilizados são: a balança, 
balões volumétricos ou béqueres (itens nos quais se processa a diluição), espátula para 
manipular o reagente e provetas para medição do solvente. 
 
 
 
Os reagentes a serem utilizados irão depender da natureza das soluções preparadas. É 
consenso que na rotina laboratorial não podem faltar soluções-tampão, soluções ácidas e 
básicas, soluções salinas, solução fisiológica e corantes. Assim, para o preparo destas 
soluções os reagentes mais utilizados são: água destilada (dependendo do grau de 
esterilidade requerido da solução, deve-se utilizar água deionizada), hidróxido de sódio, 
ácido cítrico, cloreto de sódio, álcool, ácido acético, ácido clorídrico, fosfato de sódio 
monobásico, fosfato de sódio bifásico e os corantes a serem diluídos. 
 
TITULAÇÃO 
 
A titulação é um procedimento laboratorial utilizado para determinar a concentração em 
quantidade de matéria (ou concentração em mol/L) de uma solução que contém um ácido 
ou uma base. 
 
 
37 
Durante a titulação, sempre ocorre uma mistura de soluções contendo solutos diferentes 
com ocorrência de reação química. Como as soluções misturadas apresentam sempre um 
ácido e uma base, logo, a reação química que ocorre é uma neutralização. 
O processo para determinar a concentração molar de uma solução desconhecida durante 
a titulação depende dos seguintes fatores: 
 Conhecer a concentração molar da solução que será misturada à desconhecida; 
 Conhecer o volume da solução de concentração desconhecida; 
 Conhecer o volume da solução de concentração conhecida. 
 
 
 
Fórmula utilizada em uma titulação 
Como na titulação ocorre uma neutralização (igualdade entre o número de mol do ácidoe 
o da base), pode-se utilizar a seguinte fórmula para determinar a concentração molar da 
solução desconhecida: 
na = nb 
Ma.Va = Mb.Vb 
Onde: 
a = ácido 
b = base 
n = número de mols 
M = molaridade 
 
 
38 
V = volume 
 
 
Equipamentos necessários para realizar uma titulação 
 Bureta: equipamento utilizado para medir o volume da solução de concentração 
conhecida; 
 
 Erlenmeyer: equipamento utilizado para receber a solução de concentração 
desconhecida; 
 
 Suporte universal: equipamento no qual a garra é fixada; 
 
 Garra: equipamento utilizado para prender a bureta; 
 
 
 
39 
 
 
 Agitador magnético: equipamento utilizado para agitar a solução presente no 
erlenmeyer. 
 
Etapas de uma titulação 
 1ª Etapa: fixar a bureta no suporte universal por meio da utilização da garra; 
 2ª Etapa: posicionar o erlenmeyer sobre o agitador magnético; 
 3ª Etapa: adicionar um determinado volume, no interior do erlenmeyer, da solução 
de concentração desconhecida. Por exemplo: adicionar 10ml da solução no 
erlenmeyer; 
 4ª Etapa: adicionar fenolftaleína (indicador de pH) na solução presente no 
erlenmeyer. Se a solução que estiver no erlenmeyer for ácida, ao adicionar a 
fenolftaleína, a solução permanecerá com a cor inalterada, porém, se a solução for 
básica, ficará com a coloração rosa avermelhado. 
 
 
 
40 
 
Fenolftaleína adicionada a uma solução de característica básica. 
 5ª Etapa: adicionar uma barra magnética no interior do erlenmeyer. Em seguida, 
ligar o agitador magnético para que o líquido no interior do erlenmeyer passa ser 
agitado; 
 6ª Etapa: adicionar no interior da bureta, até a sua capacidade máxima, um volume 
de uma solução de concentração conhecida, ou seja, se a bureta for de 50ml, 
adicionar 50ml dessa solução. 
 7ª Etapa: abrir a válvula da bureta e permitir que o líquido de seu interior caia no 
erlenmeyer. 
 
Observações realizadas durante a titulação 
A partir do momento que a bureta é aberta sobre o erlenmeyer, começa a ocorrer a 
reação de neutralização, ou seja, o ácido reage com a base, formando sal e água 
gradativamente. 
À medida que a reação de neutralização vai ocorrendo com a mistura, a coloração da 
solução presente no erlenmeyer também vai mudando gradativamente, o que é 
denominado como ponto de viragem, da seguinte forma: 
 Se estava incolor, começa a ficar rosa avermelhado, 
 Se estava rosa avermelhado, começa a ficar incolor. 
 
 
41 
 
Representação do ponto de viragem em uma titulação. 
Quando a solução presente no erlenmeyer muda totalmente de cor, ou seja, atingiu o 
ponto de viragem, termina-se a titulação. Nesse momento, basta verificar na bureta o 
volume utilizado da solução de concentração conhecida que ali estava. 
A partir da soma entre o volume da solução de concentração conhecida, que foi 
determinado na bureta, e volume da solução desconhecida, que estava o erlenmeyer, se 
tem a condição de determinar sua concentração molar. 
 
A CROMATOGRAFIA 
 
Inventada pelo botânico russo Mikhail Tsvet (1872-1919), a cromatografia é um processo 
no qual uma mistura química transportada por um líquido ou gás é separada em 
componentes como resultado da distribuição diferencial dos solutos à medida que eles 
fluem ao redor ou sobre uma fase estacionária líquida ou sólida. 
 
 
 
42 
 
 
É um método para separar os constituintes de uma solução (gás ou líquido), explorando 
as diferentes propriedades de ligação de diferentes moléculas. Utilizada na análise 
qualitativa e quantitativa de substâncias biológicas e químicas, esta técnica emprega duas 
substâncias imiscíveis (não misturáveis). Uma substância (um gás ou líquido, chamado de 
fase móvel) transporta a solução que está sendo analisada através da outra substância 
(um líquido ou sólido, chamado fase estacionária). A fase estacionária absorve ou impede 
diferentes componentes da solução em diferentes graus e, assim, faz com que sua 
separação seja diferente. 
 
Técnica 
A cromatografia é uma das técnicas de separação laboratorial mais populares. O nome 
originou-se das palavras gregas “chroma” (cor) e “graphein” (escrever). A cromatografia 
foi usada pela primeira vez como método científico, em 1903, onde Tsvet aplicou para 
separar pigmentos coloridos de plantas. 
A cromatografia também é uma das primeiras técnicas de análise química que as crianças 
aprendem na escola, como pode ser demonstrado em um formato mais simples usando 
papel e tinta. 
 
Noções básicas de cromatografia 
A cromatografia líquida envolve vários componentes: uma fase estacionária (sorvente), 
uma fase móvel (solvente) e um analito (amostra). O analito é transportado com o fluxo da 
fase móvel através da fase estacionária e interage com ele. Se o analito é uma mistura 
dos componentes, cada componente interage com a fase estacionária de uma maneira 
 
 
43 
diferente e assim avança através de uma fase estacionária a uma velocidade diferente. A 
interação com a fase estacionária determina a retenção de cada componente. 
A fase estacionária pode ser empacotada em uma coluna (cromatografia em coluna) ou 
revestida como uma camada fina em um suporte sólido (cromatografia em camada fina). 
Dependendo do tamanho da coluna, a cromatografia pode ser realizada em escala 
analítica (para analisar a mistura) ou escala preparativa (para purificar um componente da 
mistura). O papel também pode ser usado como fase estacionária (cromatografia em 
papel). 
Diversos tipos de sorventes podem ser usados como a fase estacionária (também às 
vezes chamada de leito cromatográfico). As propriedades da fase estacionária, 
juntamente com as propriedades da fase móvel em movimento, determinam o tipo de 
separação cromatográfica. Existem vários tipos possíveis de interação entre os 
componentes do analito e a fase estacionária, que podem ser usados para separação, 
como absorção, troca iônica, afinidade, etc., e todos usados em diferentes tipos de 
cromatografia. 
 
O que é Cromatografia? 
A Cromatografia é um processo que pode ser usado para isolar os vários componentes de 
uma mistura. Há um número de diferentes tipos em uso, incluindo cromatografia de 
permeação de gás, líquido, papel e gel, e este processo pode ficar bastante envolvido, 
especialmente com misturas complexas. 
É também uma adição extremamente útil para uma variedade de campos, incluindo 
ciências puras e aplicadas, forense e atletismo, entre outros. O processo baseia-se no 
fato de que diferentes moléculas se comportarão de diferentes maneiras quando forem 
dissolvidas em um solvente e se moverem através de um meio absorvente. Em um 
exemplo muito simples, alguém poderia pegar tinta e fazer uma marca em um pedaço de 
papel. O papel poderia ser mergulhado na água e a ação capilar da água puxaria a tinta 
através do papel. Conforme a tinta se movia, seus ingredientes se separavam, revelando 
um padrão distinto que poderia ser usado para determinar os componentes da tinta. 
Na cromatografia preparativa, os pesquisadores separam componentes individuais de um 
composto para uso em laboratório ou em pesquisa. Esse processo pode ser 
extremamente preciso: usando essa técnica, por exemplo, os cientistas podem isolar dois 
filamentos de DNA que diferem apenas por algumas poucas informações. 
Na cromatografia analítica, o objetivo é descobrir o que está em uma amostra. O teste de 
drogas baseia-se nesta técnica para isolar substâncias ilícitas em amostras de urina e 
sangue, por exemplo. 
 
 
 
44 
 
A cromatografia analítica é usada em testes de drogas 
 
 
Cromatografia é realizada em amostras de urina usadas para testes de drogas 
 
 
45 
 
 
É importante escolher o solvente ou fluido transportador correto para dissolver a amostra 
e selecionar um meio sólido apropriado para passar a amostra. Escolhas inadequadas 
podem resultar em resultados confusos ou imprecisos, e o procedimento requer 
habilidadessubstanciais por parte do operador para garantir que ele retorne dados úteis. 
O resultado de uma sessão é um cromatógrafo, uma impressão que fornece informações 
sobre a substância que está sendo analisada. A impressão geralmente assume a forma 
de um gráfico com uma série de valas e picos. Cada pico representa uma substância 
presente na amostra e as concentrações dessas substâncias podem ser determinadas 
observando a altura e a largura do pico. 
Máquinas de cromatografia computadorizada geram tais impressões automaticamente 
conforme os dados são produzidos, e eles também podem ser feitos manualmente. 
 
Química de Cromatografia 
A cromatografia tem inúmeras aplicações em campos biológicos e químicos. É 
amplamente utilizado em pesquisas bioquímicas para a separação e identificação de 
compostos químicos de origem biológica. Na indústria de petróleo, a técnica é empregada 
para analisar misturas complexas de hidrocarbonetos. 
Como método de separação, a cromatografia tem várias vantagens sobre as técnicas 
 
 
46 
mais antigas (cristalização, extração por solvente e destilação, por exemplo). 
É capaz de separar todos os componentes de uma mistura química multicomponente sem 
requerer um extenso conhecimento prévio da identidade, número ou quantidades relativas 
das substâncias presentes. É versátil porque pode lidar com espécies moleculares que 
variam em tamanho, desde vírus compostos de milhões de átomos até a menor de todas 
as moléculas (hidrogênio, que contém apenas dois). Além disso, pode ser usado com 
grandes ou pequenas quantidades de material. Algumas formas de cromatografia podem 
detectar substâncias presentes no nível do atograma (10-18 gramas), tornando o método 
uma excelente técnica analítica de traços amplamente utilizada na detecção de pesticidas 
clorados em materiais biológicos e no meio ambiente, na ciência forense e na detecção 
de drogas terapêuticas e abusadas. Seu poder de resolução é inigualável entre os 
métodos de separação. 
 
 
 
O que é cromatografia gasosa? 
A cromatografia gasosa é uma técnica analítica usada para coletar informações sobre os 
componentes químicos de uma amostra de gás. Nem todas as amostras são receptivas a 
este tipo de análise, o que requer o aquecimento da amostra para vaporizá-la. Alguns 
podem degradar sob essas condições e podem produzir resultados imprecisos ou 
incompletos. Nos casos em que é apropriado usar essa técnica, vários passes podem ser 
necessários para reunir todos os dados necessários, dependendo da amostra e do motivo 
do teste. 
Neste procedimento, um químico injeta uma pequena quantidade de uma amostra em 
uma porta que rapidamente a aquece, além do ponto de ebulição da mistura. O 
cromatógrafo a gás bombeia um gás inerte através da amostra, empurrando-o para uma 
coluna. Conforme se move pela coluna, os componentes se separam porque se movem 
 
 
47 
em taxas diferentes quando são vaporizados. Isso permite que eles passem por um 
detector em momentos diferentes. 
O detector dispara um gravador para observar a presença de gases específicos. Alguns 
detectores usados em cromatografia gasosa são sensíveis a um composto específico e 
não reagem a outros, permitindo que os cientistas determinem se um determinado 
produto químico está em uma amostra e em que concentração. Outros têm um 
mecanismo de ação mais amplo e podem notar a presença de vários produtos químicos 
em um único teste. 
 
A cromatografia gasosa não é infalível, pois é possível que os produtos químicos se 
escondam atrás de traços um do outro, e outra passagem pode ser necessária para 
esclarecer os componentes de uma mistura e suas concentrações. 
Um uso para cromatografia gasosa é em testes de pureza. Também pode ajudar as 
pessoas a determinar as concentrações de diferentes compostos em uma amostra mista. 
Alguns químicos usam-no para identificação de amostras desconhecidas. 
Este processo é frequentemente apresentado em programas de televisão forenses, onde 
normalmente leva segundos e produz resultados muito precisos. Nos laboratórios de 
química, a cromatografia a gás pode levar uma hora ou mais para a primeira passagem, e 
mais testes podem ser necessários para coletar todas as informações necessárias. Este 
processo deve ser rigorosamente controlado para produzir os resultados mais confiáveis e 
efetivos. 
O controle de temperatura é fundamental para manter a amostra dentro da faixa correta, e 
o equipamento precisa ser calibrado e limpo entre as amostras. Muitos laboratórios 
fornecem um manual com instruções detalhadas sobre políticas e procedimentos para 
garantir que o teste seja consistente e que todo o pessoal saiba como lidar com o 
equipamento. No caso de uma disputa ou dúvida sobre uma amostra, o laboratório pode 
 
 
48 
enviar a amostra para outra instalação para verificação ou solicitar uma visita de um 
técnico para confirmar se o cromatógrafo a gás está calibrado e funcionando 
corretamente. 
 
Cromatografia utilizada em impressões digitais genética 
 
ESPECTROFOTOMETRIA 
 
Análise da concentração de soluções 
A espectrofotometria é um método utilizado para medir o quanto uma substância química 
absorve a luz, medindo a intensidade quando um feixe de luz passa através da solução 
da amostra. 
O princípio básico é que cada composto absorve ou transmite luz em uma certa amplitude 
de comprimento de onda. Assim, a medida também pode ser usada para medir a 
quantidade de uma substância química conhecida. 
A espectrofotometria é muito utilizada nas áreas de biologia, físico-química, indústria e em 
diversos laboratórios, incluindo de análises clínicas. 
 
Conceitos da espectrofotometria 
O conhecimento da absorção de luz pela mat ria a forma mais usual de determinar a 
concentração de compostos presentes em solução. Todo composto químico absorve, 
transmite ou reflete luz (radiação eletromagnética) em uma certa amplitude de 
comprimento de onda. 
Por meio da espectrofotometria é realizada a medição da intensidade da luz em 
comprimentos de onda, sendo que os componentes de uma solução podem ser 
 
 
49 
identificados por seus espectros característicos ao ultravioleta, visível ou infravermelho. 
A técnica utiliza a propriedade das soluções de absorver ou transmitir a luz para 
quantificar reações. Na prática, a quantidade de luz absorvida ou transmitida é 
proporcional à concentração da substância em solução. Como uma impressão digital, 
saber exatamente a cor absorvida permite identificar e quantificar materiais diferentes. 
 uanto mais concentrada for a solu ão, maior ser a a sor ão de lu . or outro lado, a 
cor da solu ão determinada pela cor da lu transmitida. 
 
 
 
Transmitância 
Exprime a fração da energia luminosa que consegue atravessar uma determinada 
espessura de um material, sem ser absorvida. Ou seja, a capacidade de transmitir a luz. 
 
Absorbância 
 prime a fra ão da energia luminosa ue a sorvida por uma determinada espessura 
de um material. Ou seja, a capacidade de absorver a luz. a sor ncia de uma solu ão 
est relacionada com a transmit ncia. Quando a absorbância de uma solução aumenta, a 
 
 
50 
transmitância diminui. 
Transmitância e absorbância tendem a ser grandezas complementares. Assim, sua soma 
(para a mesma energia e comprimento de onda incidente) apro imadamente igual a , 
ou . e da lu a sorvida, então transmitida. 
 
Cores em espectrofotometria 
 lu uma forma de radia ão eletromagn tica ue possui caracter sticas de onda e de 
partícula (fóton). Os diferentes elementos absorvem energia em comprimentos de onda 
específicos. 
A cor de uma solução está relacionada ao comprimento de onda complementar ao 
apresentado. Portanto, uma solução aparece como branca porque transmite luzes de 
todas as cores. Quando a sorve lu es de todas as cores, a solu ão preta. inalmente, a 
solu ão verde uando a sorve lu vermelha e transmite luverde (amarelo + azul), 
denominada de cor complementar. 
As radiações eletromagnéticas com comprimento de onda entre 380 e 780nm 
(nanômetros) são visíveis ao olho humano. Abaixo de 380nm é denominada ultravioleta 
(UV) e acima de 780nm correspondem à zona infravermelha. 
 
 
 
51 
 
Relação entre comprimento de onda e as características de cor: 
 
Comprimento de onda Cor absorvida Cor complementar 
abaixo de 380 nm ultravioleta 
 
380 a 435 nm 
 
violeta 
 
verde-amarelado 
435 a 480 nm 
 
azul 
 
amarelo 
480 a 490 nm 
 
azul-esverdeado 
 
laranja 
490 a 500 nm 
 
verde-azulado 
 
vermelho 
500 a 560 nm 
 
verde 
 
púrpura 
 
 
52 
560 a 580 nm 
 
verde-amarelado 
 
violeta 
580 a 595 nm 
 
amarelo 
 
azul 
595 a 650 nm 
 
laranja 
 
azul-esverdeado 
650 a 780 nm 
 
vermelho 
 
verde-azulado 
acima de 780 nm infravermelho 
 
 
Princípio do espectrofotômetro 
 espectrofot metro o e uipamento utili ado para determinar os valores de 
transmit ncia (lu transmitida) e a sor ncia (lu a sorvida) de uma solu ão em um ou 
mais comprimentos de onda. 
Ele mede a quantidade de fótons (a intensidade da luz) absorvida depois de passar pela 
amostra. A quantidade de uma substância química conhecida (concentração) também 
pode ser determinada. 
 
Componentes do espectrofotômetro 
 lguns componentes são comuns a todos os espectrofot metros. lu , fornecida por uma 
l mpada, fracionada pelo prisma (monocromador) nos comprimentos de onda que a 
compõem (luzes monocromáticas). 
O comprimento de onda selecionado dirigido para a solu ão contida em uma cu eta. 
 arte da lu a sorvida e parte transmitida. redu ão da intensidade luminosa 
medida pelo detector (célula fotelétrica) porque o sinal elétrico de saída do detector 
depende da intensidade da luz que incidiu sobre ele. 
 sinal el trico lido como uma a sor ncia e proporcional concentra ão da 
substância absorvente existente na cubeta. Sendo, (a) fonte de luz, (b) colimador, (c) 
prisma ou rede de difração, (d) fenda seletora (e) cubeta contendo solução, (f) detector, 
(g) leitor. 
 
 
 
 
 
53 
 
 
Cubetas para espectrofotometria 
A cubeta, também chamada de célula, é o recipiente que contém a amostra, utilizada para 
permitir a leitura óptica. As cubetas de espectrofotômetro são fabricadas em uma 
variedade de materiais para suportar diferentes padr es de comprimento de onda e 
re uisitos do caminho ptico. As cubetas podem ser de quartzo ou vidro (reutilizáveis) e 
ainda de acrílico (descartável), sendo empregadas dependendo de qual é a faixa o 
espectro a ser analisada. 
A de quartzo é usada para a região ultravioleta do espectro, já o vidro é usado para a 
faixa visível e a cubeta de acrílico, para ensaios rápidos e menos exigentes. É preciso ter 
cuidado ao manusear as cubetas, mesmo uma ligeira impressão digital pode interferir nos 
resultados. É muito importante não tocar na superfície óptica da cubeta, pois óleos da 
pele, partículas de tecidos de limpeza, poeira e outros contaminantes podem afetar as 
leituras. A utilização e limpeza corretas são a base de qualquer análise 
espectrofotométrica, ajudando a evitar erros de medição. 
As cubetas não devem ser secadas por a uecimento em uma estufa ou chama por ue 
isso pode provocar danos f sicos e ou mudar o caminho ptico. 
 
 
 
 
54 
Cubetas Kasvi 
 
Cubeta 2 faces escuras 
 
Cubeta em Quartzo 
 
Cubeta em vidro Óptico 
 
Cubeta descartável 
 
Padrão branco em espectrofotometria 
Quando um feixe de luz monocromática atravessa uma cubeta de espectrofotômetro, 
parte da luz sofre refração, reflexão, absorção pelos reagentes e outras interações 
indesejáveis. 
Para eliminar tais interfer ncias, deve-se erar o aparelho com uma solu ão ue 
denominada “ ranco”. ranco deve conter todos os constituintes do sistema, e ceto a 
amostra a ser estudada. A cada conjunto de determinações, bem como após alterar o 
comprimento de onda, o aparelho deve ser sempre zerado e calibrado com o tubo que 
contém o branco. 
 
TÉCNICAS DE COLETA DE MATERIAIS BIOLÓGICOS EM 
LABORATÓRIO 
 
O processo de realização de exames clínicos laboratoriais inicia-se com o pedido do 
médico e termina somente com a interpretação dos resultados obtidos nos exames. 
Nesse entremeio, contudo, tem-se a atuação da figura do auxiliar de laboratório, no que 
concerne à coleta das amostras de material biológico a serem analisadas, o preparo das 
amostras (fase pré-analítica), a realização dos testes e exames (fase analítica), a análise 
dos resultados obtidos nos testes e exames, a liberação destes resultados e a preparação 
dos laudos (fase pós-analítica). 
 
 
55 
 
 
Todo o processo de coleta e análise de materiais biológicos deve ser obrigatoriamente 
precedido da lavagem correta das mãos e uso de luvas. É importante lembrar também 
que após o término do procedimento, a lavagem das mãos é imprescindível. 
O sangue, um dos tipos de materiais biológicos mais comuns em análises, é formado por 
duas fases: os elementos figurados (células e plaquetas) e o plasma (fase líquida do 
sangue, na qual os elementos figurados se mantêm em suspensão). Os elementos 
figurados do sangue são representados pelos eritrócitos, os leucócitos (neutrófilos, 
eosinófilos, basófilos, linfócitos e os monócitos) e as plaquetas. 
 
 
 
O sangue, quando retirado dos vasos sanguíneos, coagula. Daí a importância de se 
utilizar substâncias conhecidas como anticoagulantes. Dependendo da análise, o exame 
poderá ser realizado no sangue total (hemograma), no plasma ou no soro (porção do 
plasma obtida quando os elementos de coagulação sanguínea não estão mais presentes). 
Quando o teste tiver que ser realizado no soro, este deverá ser obtido por meio de coleta 
em tubo sem anticoagulante, uma vez que é de interesse que, para este tipo de exame, 
ocorra o processo de coagulação sanguínea. Já para se obter o plasma, é de interesse 
que não ocorra a coagulação; portanto, a coleta deve ser realizada em tubo contendo 
anticoagulante. Assim, após a coleta do sangue, em tubo apropriado, deve-se fazer o 
 
 
56 
procedimento de homogeneização por inversão, de 5 a 8 vezes, a fim de misturar o 
sangue colhido ao anticoagulante, evitando, portanto, a coagulação e a hemólise 
sanguínea. 
Assim, após a homogeneização da amostra, o plasma e o soro sofrerão processo de 
centrifugação. O sangue total utilizado em análises não costuma ser centrifugado, 
justamente, porque o objetivo é ter todos os elementos do sangue presentes e não 
separá-los. 
A coleta de material microbiológico objetiva a identificação de agentes infecciosos e o 
perfil de sensibilidade a antimicrobianos. A coleta deve ser realizada em um sítio ou local 
do corpo representativo do processo infeccioso a ser investigado. Assim, é recomendável, 
por exemplo, a remoção de crostas de feridas, já que as melhores amostras 
microbiológicas se encontram abaixo da mesma. 
Quando se trata da coleta sanguínea, a higiene das mãos é fundamental e os 
instrumentos utilizados devem ser estéreis e os frascos de boca larga, para evitar ao 
máximo a contaminação com micro-organismos que não sejam representativos do 
processo infeccioso. O tempo máximo entre o processo de coleta e o início das análises é 
típico para cada material. 
 
 
 
No que se refere às fontes de obtenção e métodos de análise destes materiais biológicos 
com fins de investigação microbiológica, têm-se as seguintes recomendações: 
 
 
57 
 Hemocultura: coleta de sangue, em que são utilizados frascos com meio de cultura 
com aspiração à vácuo; útil para hemocultura de leveduras, fungos ou bactérias. 
 Secreção de ferida cutânea ou cirúrgica, abscesso ou fístula: o material deve ser 
coletado, preferencialmente, após lavagem da lesão com soro fisiológico; a coleta 
pode ser feita por aspiração da secreção ali presente ou do líquido não drenado 
(pormeio de seringa e agulha estéreis) ou ainda com swab. 
 
 
 
 Fragmento de tecido: em se tratando de feridas ou lesões cutâneas é 
recomendado o cultivo de pequeno fragmento do tecido (biópsia), mas ainda 
poderá ser utilizado o swab. 
 Urocultura: a urina na bexiga é estéril; entretanto, dependendo do modo de coleta, 
pode ocorrer sua contaminação com a microbiota uretral. Para tentar minimizar 
essa contaminação, o modo mais recomendado de se realizar a coleta é por meio 
da coleta de urina de jato médio. 
 
 
 
 
 
58 
 Líquor: a punção para obtenção do líquor é feito na coluna lombar e exige 
condições estritas de assepsia; a recomendação é que a coleta já seja realizada no 
próprio meio de cultura; além disso, o líquor não deve ser armazenado sob 
refrigeração, uma vez que algumas bactérias não resistem a temperaturas muito 
baixas. 
 Fezes: devem ser coletadas, preferencialmente, no início na fase aguda da 
doença, quando os agentes infecciosos costumam estar presentes em maior 
número. Havendo porções mucosas ou sanguinolentas nas fezes, deve-se dar 
preferência à coleta das mesmas. 
 
 
 
CULTURA CELULAR 
 
A cultura celular compreende um conjunto de técnicas que envolve a distribuição e 
isolamento de células em um ambiente artificial (in vitro) com o objetivo de estudar a sua 
fisiologia e bioquímica. 
O termo cultura significa manter vivo e crescer em um meio apropriado que simula as 
condições naturais. Dessa forma, um grupo particular de células pode ser cultivado em 
grandes quantidades para estudar suas atividades, diferenciações e proliferações. 
Todas as coisas vivas (ou organismos) são compostas por células: pequenas unidades 
delimitadas por membranas, preenchidas com uma solução aquosa concentrada de 
compostos e dotadas de uma capacidade extraordinária de criar cópias delas mesmas. 
Organismos superiores, como nós, são comunidades de células originadas por 
crescimento e divisão de uma única célula fundadora. 
Uma célula é então a unidade básica estrutural, funcional e biológica de todos os seres 
vivos. Para entender um organismo ou tecido, é importante entender como funcionam 
 
 
59 
suas células. 
Nesse sentido, a cultura de células se tornou um método valioso para estudar seus 
mecanismos de operações, sendo empregada em diversas áreas, principalmente na 
biotecnologia e medicina. Sua aplicação compreende desde pesquisas sobre o câncer até 
a fabricação de vacinas, produção de proteína recombinante, seleção e melhoria de 
medicamentos, terapia genética, biologia de células-tronco e tecnologia de fertilização in 
vitro. 
 
 
 
Isolamento de células e seu crescimento em cultura 
 maioria dos procedimentos io u micos re uer ue grandes uantidades de c lulas 
sejam rompidas fisicamente para se ter acesso aos seus componentes. e a amostra 
um pedaço de tecido, populações de células diferentes estarão misturadas. Para obter o 
máximo de informa es poss veis, foram desenvolvidas maneiras para dissociar as 
c lulas dos tecidos e separ -las de acordo com o tipo. 
As células cultivadas em meio de cultura fornecem uma população homogênea de células 
das quais o material pode ser extraído, sendo apropriadas para se trabalhar no 
laboratório. 
A maioria das células vegetais e animais pode sobreviver, multiplicar-se e até mesmo 
expressar propriedades diferenciadas em um frasco de cultura. As células podem ser 
observadas continuamente ao microscópio ou analisadas bioquimicamente, e os efeitos 
de adicionar ou remover moléculas específicas, como hormônios ou fatores de 
crescimento, podem ser estudados de forma sistemática. 
 
 
 
60 
 
Cultura celular primária 
As células retiradas de animais ou vegetais e cultivadas diretamente constituem as 
culturas primárias. Essas células possuem as características do tecido de origem e 
podem crescer em cultura por um determinado período de tempo. Em geral, as células 
das culturas primárias morrem após certo número de divisão celular. 
 
Cultura celular secundária 
As células secundárias derivam de subculturas de células primárias. Essa subcultura 
refere-se à transferência de células de um frasco de cultura para outro, que pode ser 
realizada repetidas vezes. Periodicamente, é necess rio fornecer nutrientes frescos e 
espa o. ssas c lulas fre uentemente apresentam v rias das propriedades 
correspondentes sua origem. 
 
Linhagem Celular Contínua 
São células que ainda não perderam as características do tecido de origem, mas 
possuem alta proliferação. Esse tipo de célula é chamada de linhagem celular contínua, 
pois pode dividir-se indefinidamente. Muito utilizada em pesquisas, uma vez que pode ser 
mantida em cultura por um grande período de tempo e ainda guarda grande parte das 
características do tecido original. 
 
 
61 
k 
Células transformadas 
Quando as características da célula são modificadas, elas deixam de ser geneticamente e 
morfologicamente semelhantes ao tecido original e por isso são chamadas de células 
transformadas. As células transformadas também podem ser obtidas diretamente de 
tecidos já modificados, como é o caso de tecidos tumorais. 
 
Técnica básica de cultivo celular 
As condições de cultura variam amplamente para cada tipo de célula. Entretanto, o 
ambiente artificial em que as células são cultivadas invariavelmente consiste em um 
frasco adequado contendo um substrato ou meio que fornece os nutrientes essenciais 
(aminoácidos, carboidratos, vitaminas, minerais), fatores de crescimento, hormônios e 
gases (oxigênio, gás carbônico) e controle o físico-químico (pH, pressão osmótica, 
temperatura). 
As células que requerem uma ligação para crescimento e dependem de ancoragem 
podem ser cultivadas fixas a um substrato sólido ou semi-sólido, chamadas de cultura 
aderente ou monocamada. Já as células que não necessitam de fixação podem ser 
cultivadas flutuando na cultura, são chamadas de cultura em suspensão. 
Além disso, as culturas de células são normalmente fornecidas como culturas puras, 
contendo apenas uma única linhagem. Ou seja, está em contraste com ambientes 
naturais onde uma diversidade de microrganismos está geralmente presente. Para isso, é 
importante trabalhar num ambiente livre de contaminação e com produtos que forneçam 
as melhores condições de crescimento e reprodução celular. 
 
Praticidade no cultivo de células 
O Clipmax é um frasco de cultura celular da linha TPP com lâmina removível que permite 
 
 
62 
a utilização direta no microscópio. Após o cultivo celular no frasco, a câmara pode ser 
facilmente separada da lâmina. As células são, então, fixadas, coradas, cobertas com a 
lamínula e podem ser usadas diretamente para visualização ao microscópio. Essa 
inovação traz muito mais praticidade e agilidade para os laboratórios que trabalham com 
análise celular. 
 
Características 
 Lâmina para microscópio com material de plástico com alta transparência; 
 Adequado para colorações e especialmente para técnicas de imunofluorescência; 
 Resistente a solventes (acetona, etanol e xileno); 
 Área de superfície de crescimento ativada para células delicadas; 
 F cil remo ão do meio, com apenas um “clique” e sem a necessidade de nenhum 
outro instrumento; 
 Tampa com filtro para uma troca de gás eficiente com o mínimo de evaporação 
possível; 
 Proteção de abertura inicial; 
 Empilhável. 
 
MICROSCOPIA 
 
Microscopia é o campo técnico do uso de microscópios para visualizar amostras e objetos 
que não podem ser vistos a olho nu (objetos que não estão dentro da faixa de resolução 
do olho normal). Existem três ramos bem conhecidos da microscopia: microscopia óptica, 
 
 
63 
eletrônica e de sonda de varredura. 
 
 
 
O que é microscopia 
Microscopia é uma disciplina científica que envolve objetos de ampliação que não podem 
ser vistos a olho nu. O objetivo desse ramo das ciências é tornar esses objetos visíveis 
paraestudo, permitindo que os pesquisadores aprendam mais sobre eles e como eles 
funcionam. Existem vários tipos diferentes de microscopia e inúmeras aplicações para 
isso. A biologia, em particular, depende muito da microscopia para coletar informações, e 
essa ferramenta científica é usada diariamente em todo o mundo, desde os laboratórios 
de ciências do ensino médio até os Centros de Controle de Doenças. 
As raízes da microscopia estão nos anos 1600, quando cientistas e engenheiros 
começaram a desenvolver lentes capazes de ampliação significativa, permitindo que as 
pessoas vissem coisas que antes eram invisíveis. Uma explosão de interesse ocorreu 
 uando os pes uisadores come aram a documentar as “c lulas animais”, tam m 
conhecidas como microorganismos, em tudo, desde água potável até saliva. A 
constatação de que um mundo em miniatura existia sem o conhecimento dos seres 
humanos levou os pesquisadores a refinar suas lentes e técnicas de microscopia para 
obter melhor ampliação e maior resolução de imagem. 
A microscopia óptica, que envolve o uso de luz visível, foi a primeira forma a ser 
introdu ida. Às ve es, tam m conhecida como “microscopia de lu ”. Muitas pessoas 
que frequentaram uma aula de ciências o usaram para observar organismos sob um 
microscópio. 
Com a microscopia eletrônica, uma invenção do século XX, os cientistas escaneiam um 
objeto com um feixe de elétrons. Esse tipo produz excelente ampliação, mas o 
equipamento é caro e as amostras devem ser preparadas com muita precisão para obter 
resultados úteis. 
Outra técnica, a microscopia de varredura, utiliza uma sonda manual para coletar 
 
 
64 
informações sobre um objeto sob investigação. Pode ser mais versátil que a microscopia 
eletrônica, com vários tipos de sonda disponíveis para diferentes aplicações. 
Em todos os casos, olhar para a amostra é apenas o começo. Um pesquisador pode 
preparar o espécime manchando-o ou submetendo-o a reações químicas para aprender 
mais sobre ele, como fazem os biólogos quando submetem bactérias desconhecidas a 
uma coloração de Gram. 
 
 
 
Os microscópios também podem ser usados para ajudar os pesquisadores com 
dissecções e outras tarefas nas quais desejam investigar o funcionamento interno de um 
organismo. 
Os microscópios ópticos podem ser muito acessíveis e podem ser excelentes ferramentas 
de aprendizado para pessoas interessadas nas ciências. Os cientistas iniciantes 
geralmente apreciam muito o presente de um microscópio para explorar o mundo ao seu 
redor, e também podem gostar de trabalhar com acessórios como câmeras de 
microscópio. 
 
Microscópios 
Microscópios são dispositivos usados para ampliar objetos pequenos. Eles vêm em uma 
ampla gama de formas e tamanhos e usam muitos tipos de fontes de iluminação (luz, 
elétrons, íons, raios-x e até sondas mecânicas) e sinais para produzir uma imagem. Um 
microscópio pode ser tão simples quanto uma lupa de mão ou tão complexo quanto um 
instrumento de pesquisa multimilionário. 
Os microscopistas exploram as relações entre estruturas e propriedades para uma grande 
variedade de materiais, variando de macio a muito duro, de materiais inanimados a 
organismos vivos, a fim de entender melhor seu comportamento. 
A microscopia óptica e a eletrônica envolvem a difração, reflexão ou refração da radiação 
eletromagnética/feixes de elétrons interagindo com a amostra e a coleta subsequente 
 
 
65 
dessa radiação dispersa ou de outro sinal para criar uma imagem. 
Este processo pode ser realizado por irradiação de campo amplo da amostra (por 
exemplo, microscopia de luz padrão e microscopia eletrônica de transmissão) ou por 
varredura de um feixe fino sobre a amostra (por exemplo, microscopia confocal de 
varredura a laser e microscopia eletrônica de varredura). A microscopia da sonda de 
varredura envolve a interação de uma sonda de varredura com a superfície do objeto de 
interesse. 
O desenvolvimento da microscopia revolucionou a biologia e continua sendo uma técnica 
essencial nas ciências da vida e da física. 
 
Quais são os diferentes tipos de microscópios? 
Os microscópios são usados nas salas de aula e em avaliações importantes em 
laboratórios médicos e outras microtecnologias. 
Os diferentes tipos são projetados para esses diferentes usos e, portanto, variam com 
base em sua resolução, ampliação, profundidade de campo, campo de visão, método de 
iluminação, grau de automação e tipo de imagem que produzem. Existem essencialmente 
três categorias de microscópio: elétron, confocal e composto. 
Microscópios eletrônicos são dispositivos de ampliação extremamente sofisticados. Eles 
são usados na arqueologia, na medicina e na geologia para examinar superfícies e 
camadas de objetos, como órgãos e rochas. 
Em vez de usar a luz, esses dispositivos apontam um fluxo de elétrons para a amostra e 
os computadores conectados analisam como os elétrons são espalhados pelo material. A 
amostra deve ser suspensa dentro de uma câmara de vácuo. Com os microscópios 
eletrônicos de transmissão, um cientista visualiza fatias bidimensionais do objeto em 
diferentes profundidades. Com instrumentos tão poderosos, tanto o grau de ampliação 
quanto a resolução ou nitidez da imagem são muito altos. 
 
 
 
66 
 
 
Os microscópios eletrônicos de varredura são um pouco diferentes, pois digitalizam uma 
amostra banhada a ouro para fornecer uma visão 3D da superfície de um objeto. Essa 
visão é em preto e branco, mas oferece uma imagem incrível, por exemplo, de glóbulos 
brancos e plaquetas sanguíneas detalhadas. 
 
 
 
 
 
67 
Um microscópio confocal é um passo abaixo dos tipos anteriores. Ele usa um feixe de 
laser para iluminar uma amostra, cuja imagem é aprimorada digitalmente para 
visualização em um monitor de computador. A amostra geralmente é tingida de uma cor 
brilhante, para que o laser produza uma imagem mais contrastante. Ele é montado em 
uma lâmina de vidro, como na biologia do ensino médio. Esses dispositivos são 
controlados automaticamente e os espelhos motorizados ajudam no foco automático. 
Os tipos mais simples são encontrados em salas de aula em todo o mundo: microscópios 
compostos. Eles são totalmente operados à mão e usam a luz ambiente comum do sol ou 
uma lâmpada para iluminar a amostra. Tudo o que um usuário deseja ver é montado entre 
dois slides de vidro e preso sob a lente principal, e ele usa um mostrador para focar a 
imagem. Essas ferramentas usam uma série simples de lentes e espelhos para aumentar 
a imagem até uma ocular, como um telescópio. 
Microscópios compostos são usados principalmente em biologia. Eles fornecem uma fatia 
bidimensional de um objeto, mas podem atingir uma ampliação alta o suficiente para ver 
partes de células eucarióticas, um fio de cabelo ou espuma de lagoa. Infelizmente, eles 
não possuem uma excelente resolução, portanto a imagem pode ficar tremida. 
Os microscópios estereoscópicos, como o nome indica, fornecem uma imagem em 3D de 
itens divididos em partes, como tecido muscular ou um órgão. Nesse caso, a ampliação é 
baixa, portanto o visualizador não consegue distinguir células separadas, mas a resolução 
é muito melhorada. 
Os historiadores creditam a invenção do microscópio composto ao fabricante holandês de 
óculos Zacharias Janssen, por volta do ano de 1590. O microscópio composto usa lentes 
e luz para ampliar a imagem e também é chamado de microscópio óptico ou de luz 
(versus um microscópio eletrônico). O microscópio óptico mais simples é a lupa e é boa 
até cerca de dez vezes (10x). O microscópio composto possui dois sistemas de lentes 
para maior ampliação: a lente ocular em que se olha; e a lente objetiva, ou a lente mais 
próxima ao objeto. 
 
Componentes de um microscópio 
O microscópio é um equipamento muito utilizado em diversos laboratórios e inúmeros 
tipos de pesquisas. Apesar de existirem variações de marcas e tamanhos, geralmente 
possuem osmesmos componentes e sua manipulação é muito parecida. 
Os principais componentes são a base, a lente ocular, a lente objetiva e a platina. É 
necessário aprender a identificar as suas várias partes e entender as suas funções para 
operá-lo adequadamente. Quando se conhecem os procedimentos básicos de operação e 
sua estrutura, manuseando corretamente, poderá maximizar todos os recursos do 
microscópio, além de prolongar sua vida útil. 
 
 
68 
Componentes de um Microscópio 
 
Provavelmente, pessoas diferentes utilizarão o mesmo equipamento, muitas vezes para 
análises distintas. Assim, é importante que ele sempre fique em seu ajuste inicial, para 
que o próximo usuário inicie seu trabalho no ajuste padrão, facilitando a rotina. 
 
Como manusear o microscópio 
1. Selecionar a objetiva de menor aumento e baixar a platina completamente. Se o 
microscópio foi utilizado corretamente anteriormente, deve estar nesta posição. 
2. Colocar a lâmina com o objeto a ser visualizado sobre a platina e travar com a 
pinça. 
3. Começar a visualização com a 
objetiva de menor aumento. 
4. Realização do enfoque: 
a. Aproximar o máximo 
possível a lente do 
objeto a ser visualizado 
através do ajuste 
macrométrico. Esse 
deve ser feito sem olhar 
 
 
69 
diretamente pela ocular, para evitar possíveis danos ao objeto ou a própria 
lente. 
b. Olhando através da ocular, começar a aproximar a amostra da objetiva até 
que consiga ter uma visualização nítida, com o ajuste micrométrico realizar o 
enfoque fino. 
5. Mudar para objetiva seguinte. A imagem deve estar quase focada. Se for 
necessário, girar o micrométrico para melhorar o enfoque fino. Se, ao trocar de 
objetiva, o objeto sumir completamente, é preferível voltar a objetiva anterior e 
refazer os passos do item 3. A objetiva de 40x enfoca muito próximo da amostra e 
com isso pode vir a causar acidentes: como contaminar a lente com a amostra em 
análise se negligenciado as precauções anteriores ou manchar a lente com o óleo 
de imersão se a objetiva de 100x já foi utilizada. 
6. Utilizar a objetiva com óleo de imersão: 
a. Abaixar totalmente a platina. 
b. Subir totalmente o condensador para visualizar o círculo de luz que indica a 
zona que irá visualizar e onde irá colocar o óleo de imersão. 
c. Girar o revolver até a objetiva de imersão, deixando entre a objetiva de 40x 
e 100x. 
d. Colocar uma gota de óleo de imersão sobre o círculo de luz. 
e. Terminar de girar o revolver, suavemente, até a objetiva de imersão (100x). 
f. Olhando diretamente na objetiva, subir a platina lentamente até que a gota 
de óleo toque a lente. Neste momento é possível notar a gota cobrindo a 
lente. 
g. Com auxilio do ajuste micrométrico, enfocar a amostra cuidadosamente. A 
distância de trabalho entre a objetiva e a lâmina é mínimo, menor que a 
distância da objetiva de 40x, por isso o risco de acidente é muito grande. 
h. Uma vez colocado o óleo de imersão sobre a amostra, não pode retornar a 
objetiva de 40x, pois a lente pode vir a ficar manchada. Portanto, se desejar 
focar outra área, é necessário abaixar a platina e repetir o processo desde o 
passo 3. 
i. Uma vez finalizada a visualização da amostra, deve-se abaixar a platina e 
colocar o revolver na posição da menor objetiva. Neste momento, já se pode 
retirar a lâmina da platina. Nunca retirar a lâmina com a objetiva de imersão 
em posição de observação. 
j. Limpar a objetiva com cuidado e fazendo uso de um papel especial para 
limpeza óptica. 
k. 
 
 
 
70 
BIOQUÍMICA CLÍNICA 
 
A bioquímica clínica é uma área que 
tem como principal objetivo a 
determinação de parâmetros 
bioquímicos e sua utilização no 
diagnóstico, tratamento, monitorização 
ou prevenção de alguma determinada 
doença. 
Os laboratórios de bioquímica permitem 
efetuar testes urgentes, é processado 
rapidamente, pois o resultado é de 
extrema importância para o atendimento 
de pacientes em estado grave e que necessitam com urgência de diagnóstico e 
tratamento. Alguns testes que podem ser realizados em laboratório são: 
 Exame de rotina de urina; 
 Bacterioscopia e urocultura; 
 Teste de gravidez na urina; 
 Toxicologia e análise forense; 
 Dosagens bioquímicas, tais como sódio e potássio; 
 Dosagem de Ácido Vanil-Mandelíco. 
 
 
Existem vários laboratórios especializados em análises mais complexas e sofisticadas, 
entre eles, a investigação de certos hormônios, de proteínas específicas, de drogas e de 
DNA. Alguns exames podem ser efetuados fora do laboratório, como é o caso da glicose, 
em que sua concentração tem que ser vigiada no doente diabético. 
 
O que é bioquímica? 
A bioquímica é a parte da biologia que se preocupa com os processos químicos que 
ocorrem nos organismos vivos. Sendo responsável pelo estudo das estruturas, da 
organização e das transformações moleculares que ocorrem na célula. 
A bioquímica é considerada uma área interdisciplinar da ciência. A astronomia, a 
geologia, a química e a física são excelentes chaves para auxiliar os bioquímicos. O 
principal foco da bioquímica é o estudo de biomoléculas, os principais compostos 
estudados são: 
 Proteínas; 
 
 
71 
 Aminoácidos; 
 Ácidos nucléicos; 
 Lipídios; 
 Carboidratos. 
 
 
 
As proteínas são macromoléculas ou polímeros de aminoácidos. Os aminoácidos são 
monômeros formados por nitrogênio, hidrogênio e carbono que sofrem polimerização para 
dar origem as proteínas. Já os ácidos nucléicos são compostos unidos por ligação 
covalente divididos em DNA e RNA. 
Os lipídios são compostos apolares representados pelos ácidos graxos, gorduras e óleos, 
sendo responsáveis pela solubilização de proteínas e outros compostos fundamentais 
para a vida. Os carboidratos são biomoléculas formadas pela polimerização de açúcares, 
são essenciais para o armazenamento da energia necessária para os processos 
biológicos. 
 
Qual é a importância da bioquímica clínica? 
A bioquímica é o principal ponto de contato com as outras ciências biológicas, a base da 
bioquímica é esclarecer as transformações que ocorrem dentro da célula viva. O 
bioquímico precisa conhecer a estrutura química das substâncias que compõem a matéria 
prima, e sua distribuição dentro do corpo e da própria célula. 
Os laboratórios de bioquímica clínica devem contar com um ambiente bem organizado e 
que possua programas de alta qualidade, pois isso irá garantir resultados mais 
abrangentes e confiáveis. 
O progresso da eletrônica permitiu a fabricação de equipamentos sofisticados e sensíveis, 
que permitiram agilidade e confiabilidade na liberação dos resultados. Este avanço 
proporcionou diagnósticos mais precisos e rápidos para a medicina clínica. 
 
 
 
72 
 
 
Descoberta da estrutura do DNA e RNA 
O DNA foi descoberto pelo bioquímico alemão Johann Friedrich Miescher, a descoberta 
aconteceu por meio da análise do núcleo de células vindas dos glóbulos brancos. O DNA 
é fundamental na formação e no funcionamento do ser vivo, é composto por quatro 
paredes distintas que vão se repetindo em diferentes sequências. Sendo que cada 
nucleotídeo é um açúcar ligado com um fosfato e uma base de nitrogênio. 
O RNA apresenta poucas diferenças em relação ao DNA, porém existem algumas 
características que diferenciam eles. O RNA tem apenas um filamento, já o DNA tem dois. 
Nas células procariontes o DNA e o RNA estão no citoplasma. Nas células eucariontes o 
RNA é encontrado no núcleo e no citoplasma, já o DNA é encontrado somente no núcleo. 
O RNA é a sigla para ácido ribonucléico, sendo responsável pela síntese de proteínas da 
célula, são na maioria das vezes formados em cadeia simples, que podem ser dobrados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
73 
REFERÊNCIAS 
 
https://www.todamateria.com.br/materiais-laboratorio/ 
 
https://brasilescola.uol.com.br/quimica/conceitos-basicos-
quimica.htm#:~:text=Os%20conceitos%20b%C3%A1sicos%20de%20Qu%C3%ADmica,%2C%20corpo%2C%2

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