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AP1 Geografia na Educação 2

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES 
FACULDADE DE EDUCAÇÃO 
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB 
Curso de Licenciatura em Pedagogia – modalidade EAD 
AVALIAÇÃO PRESENCIAL 1 – 2021.2 
 
DATA LIMITE DE ENTREGA – 09/10 ATÉ ÀS 12h 
 
Disciplina: Geografia na Educação 2 
Coordenador: Lincoln Tavares Silva 
Aluno(a): Maria de Fatima Matheus Domingos da Silva Matr.: 19212080399 
Polo: Paracambi 
 
 
1ª Questão) - Leia a reportagem a seguir e relacione-a ao que se pede na questão 
(total - 4,0 ptos): 
O flagelo do rio Paraná, que enfrenta sua pior seca em 70 anos 
O segundo curso hídrico mais extenso da América do Sul padece diante de uma baixa 
histórica no nível da água. Em seu delta, no leste da Argentina, pântanos são 
ameaçados pela seca e pelos incêndios —muitas vezes propositais, feitos em meio a 
uma disputa por terra causada pela pecuária. Em 2020, mais de 300.000 hectares de 
pastagens e florestas foram queimados na área, devastando a fauna e a flora nativas. 
Em 2021, com as águas em nível mais baixo nos últimos 77 anos, o risco ao 
ecossistema é ainda maior; um bioma fundamental e que tem papel enquanto reserva 
de água doce e também para filtrá-la e evitar inundações. 
Em reportagem fotográfica, feita entre 2018 e 2021, o EL PAÍS percorreu o trecho final 
do Paraná para mostrar as consequências desse desastre natural —e quais os efeitos 
causados nas comunidades que dependem dos pântanos para sobreviver. 
Como a devastação no Cerrado afeta a quantidade de água que corre na sua 
torneira 
ANA CAROLINA CRISOSTOMO 
16 JUL 2021 - 14:57 BRT 
 
 
Bioma, que concentra 5% da biodiversidade do planeta e funciona como uma 
enorme caixa d’água que irriga quase metade do Brasil, agora sofre com um ritmo 
de desmatamento avassalador. 
Pouca gente sabe, mas a soja, em termos de área ocupada, responde por 80% da 
agricultura do Cerrado. Aproximadamente 50% da produção desse grão está 
concentrada no bioma. Ou seja: são mais de 18 milhões de hectares ocupados com 
uma única espécie nessa savana, que é a mais biodiversa do mundo. 
Aproximadamente 5% da biodiversidade do planeta estão concentrados no bioma, 
com uma alta taxa de endemismo, de cerca de 40%. Não precisa ser especialista em 
conservação para perceber que a expansão de uma única cultura sobre o Cerrado 
coloca essa riqueza natural em risco. O que talvez nem todos tenham percebido é que 
uma riqueza subterrânea também está ameaçada pelo avanço do agronegócio desor- 
denado. 
O Cerrado, que se estende por 2 milhões de quilômetros quadrados no Brasil, Para- 
guai e Bolívia, é uma região com alta concentração de águas, com nascentes, rios e 
reservas subterrâneas. Por isso, funciona como uma enorme caixa d’água, que irriga 
40% do território nacional através de importantes bacias hidrográficas que, por sua 
vez, abastecem rios nas demais regiões do país. Sua topografia elevada facilita o 
escoamento dessas águas. 
Para se ter uma ideia, essa região é o berço de nada menos do que oito das 12 prin- 
cipais bacias hidrográficas do país. São elas: Amazônica, Tocantins-Araguaia, Atlân- 
tico Nordeste Oriental, Bacia do Parnaíba, São Francisco, Atlântico Leste, Paraná e 
Paraguai. 
Apostar apenas no agronegócio de escala industrial como única opção econômica 
para a região transforma o perfil da paisagem, reduzindo nascentes, assoreando rios 
e comprometendo o meio ambiente. Resultado: perspectiva de crises hídricas cada 
vez mais sérias e intensas no nosso país. E o sinal amarelo já foi dado: hoje restam 
apenas 50% da vegetação nativa do bioma. 
Vejamos o exemplo da pequena Cristalina, em Goiás, um dos berços do sistema que 
leva água para 60 milhões de brasileiros, pois é cortada por mais de 200 rios e riachos 
que desembocam no Rio Paranaíba que, por sua vez, ajuda a formar o Rio Paraná. 
O Rio Paraná com seus afluentes forma uma enorme bacia de drenagem que abrange 
cinco estados do país (São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e o Dis- 
trito Federal), parte da região central da América do Sul, norte da Argentina e sudeste 
da Bolívia. Além disso, é o que possui maior capacidade de produção e demanda de 
energia do país. 
O que se observa nos últimos anos é a redução da vazão de água nessa importante 
bacia ―parte por causa do período de estiagem, mas também por algo que pode ser 
evitado: o desmatamento. Cristalina e os municípios vizinhos, perto de Brasília, per- 
deram, entre 1985 e 2019, 33% de sua extensão na microbacia Paranaíba 3, segundo 
o MapBiomas (que faz o mapeamento dos biomas). Em toda a bacia do Paraná foram 
dizimados 4,2 milhões de hectares de mata nativa no mesmo período. 
Diante da grave crise hídrica que afeta o Brasil e pode comprometer o abastecimento 
tanto de energia elétrica, como de água potável, é urgente que o país olhe com mais 
atenção para o Cerrado. Afinal, à medida que a interferência de grandes empreendi- 
mentos de maneira desordenada avança sobre esse bioma, além do inestimável pre- 
juízo com a perda de animais e plantas, vamos comprometendo toda bacia hidrográ- 
fica do Brasil e de regiões vizinhas do Paraguai e da Bolívia. 
Como se não bastasse o prejuízo claro às nascentes e aos rios, o Cerrado sofre com 
os incêndios ―e sofre mais até do que a Amazônia, pois metade de sua vegetação 
nativa já foi destruída. Dados do WWF-Brasil revelam que, apenas em maio, o número 
de queimadas sem planejamento e de desmatamento na região ultrapassou todos os 
recordes dos últimos anos. 
O ritmo de desmatamento é avassalador e cresceu 16,9% em junho deste ano e 6,3% 
no acumulado do primeiro semestre, em comparação com 2020. A área natural per- 
dida em junho foi de 511 km2. Nos primeiros seis meses do ano, foram devastados 
2.638 km2 de mata nativa―um aumento de mais de 20% com relação ao mesmo 
período do ano passado. 
Se olharmos detidamente para a importância desse bioma, considerando seu valor 
além das bacias hidrográficas, percebemos que essa é a savana mais biodiversa do 
mundo. Além disso, a destruição da paisagem do Cerrado pode favorecer os focos de 
incêndio em reservas naturais como o Pantanal, por exemplo ―a maior planície ala- 
gada do mundo. Com o impacto no Cerrado, os níveis de água no Pantanal são afe- 
tados e deixam essa área mais vulnerável a pegar fogo. E o desmatamento avançando 
sobre uma área tipicamente seca traz ainda mais insegurança hídrica. Tudo porque 
as raízes profundas da vegetação desse bioma funcionam como captadoras da água 
da chuva e abastecem os reservatórios subterrâneos. Com o desmatamento, inter- 
rompemos esse ciclo. 
No meio desse cenário tão desafiador de incêndios e exploração intensiva, iniciativas 
como o Projeto Ceres (iniciais de Cerrado Resiliente) surgem como um sopro de es- 
perança. Ao unir recursos robustos da União Europeia (serão 5,5 milhões de euros) e 
de organizações não governamentais do Brasil e Paraguai, como ISPN, WWF-Brasil 
e WWF-Paraguai, com coordenação do WWF-Holanda, a iniciativa pretende atuar 
com os diversos atores, como pequenos e médios produtores, entre outros, para bus- 
car soluções mais sustentáveis de produção e uso dos recursos naturais, além de 
valorizar sua sociobiodiversidade. 
O projeto vai concentrar recursos humanos e financeiros para encontrar, testar e ala- 
vancar soluções entre modelos e escalas que possam ser replicados em outros terri- 
tórios pelo mundo. Na prática, vai unir as populações locais, guardiãs de segredos da 
terra e do cultivo de riquezas naturais como o buriti, o mel do Cerrado, o babaçu e o 
baru, entre outras, para fortalecer a conservação desse bioma. 
Como o Cerrado sul-americano tem extrema importância para o equilíbrio hídrico do 
continente e, consequentemente, do planeta, os investimentos da União Europeia 
nessa região estão em consonância com as três áreas que foram eleitas como priori- 
dade para receber recursos nos próximos anos: alimentação, biodiversidade e clima. 
Ao mesmo tempo que é tãoimportante, esse bioma também apresenta vários desafios 
do ponto de vista da conservação porque exige diferentes soluções para que seu de- 
senvolvimento seja inclusivo, de baixo carbono e sustentável. O projeto vai interagir 
com as comunidades locais e pequenos proprietários rurais para incluir modelos de 
produção para itens que hoje têm pouca visibilidade, mas são riquezas de alto poder 
comercial e de preservação do bioma. 
Segundo o Censo Agropecuário Brasileiro de 2006, pequenos proprietários rurais de- 
têm 69% das propriedades no Cerrado brasileiro. Oficialmente, existem ainda 83 co- 
munidades indígenas na região e 667 comunidades tradicionais. Mas levantamento 
feito por organizações da sociedade civil, como a Tô no Mapa, mostram que há 3,5 
vezes mais povos, comunidades tradicionais e agricultores familiares (PCTAFs) na 
região do que mostram os dados oficiais. A Tô no Mapa mapeou mais 1711 comuni- 
dades através de dados bibliográficos (65), parcerias (198) e oficinas (1448). Esses 
pequenos grupos são fundamentais para a segurança alimentar, pois respondem pela 
produção dos principais produtos alimentícios da dieta básica das pessoas, que vai 
além da proteína animal produzida pelas grandes monoculturas e pecuária. 
O projeto não deixará de atuar nem mesmo com os produtores rurais da região que 
detém 70% da produção agrícola nacional e que respondem por 44% das exporta- 
ções. Eles têm um papel estratégico como promotores da recuperação de áreas de- 
gradadas, para onde podem direcionar sua produção, assegurando que a expansão 
agropecuária se dê sem a conversão de novas áreas naturais do bioma. 
Na prática, será um grande laboratório socioambiental, identificando e testando solu- 
ções com potencial de serem disseminadas para outras localidades. A proposta é dei- 
xar um legado permanente de valorização e respeito ao bioma e a seus produtos, 
fazendo com que o Brasil e o mundo conheçam e valorizem essa região que fornece 
água superficial, subterrânea e atmosférica para grande parte da América do Sul. É 
um projeto ambicioso, sem dúvida, e desafiador. Mas quando o tema é conservação, 
toda ação importa e faz a diferença. 
Ana Carolina Crisostomo é analista de Conservação do WWF-Brasil e facilitadora 
regional do projeto Ceres, é especialista em conservação e desenvolvimento socio- 
ambiental. 
Fonte: Disponível em: https://brasil.elpais.com/noticias/crisis-hidrica/; 
https://brasil.elpais.com/opiniao/2021-07-16/como-a-devastacao-no-cerrado-afeta-a- 
quantidade-de-agua-que-corre-na-sua-torneira.html, acesso em 27 de agosto de 2021. 
 
 
 
Após as leituras das reportagens e dos temas trabalhados nas aulas sobre o 
papel da conjunção sociedade-natureza na formação do território brasileiro, 
assim como da organização do espaço agrário e da questão agrária, do Brasil 
regional e do Brasil globalizado, aponte e relacione o que se pede nos itens a 
seguir: 
 
a) Identifique o BIOMA tratado como central na reportagem e apresente duas 
características que o diferenciam dos demais biomas brasileiros (2 ptos). 
 
R: Biomas são espaços terrestres bem amplos que se caracterizam por tipos 
fisionômicos de vegetações que se assemelham. O tema central na 
reportagem é o bioma Cerrado, considerado o segundo maior da América do 
Sul, conhecido como savana brasileira, que da ocupação de um quarto do 
território brasileiro reduziu a trinta e três por cento da área de origem. Apesar 
de ser possuidor de uma das formações vegetais com maior biodiversidade e 
de grande potencial aquífero é o segundo no Brasil que está mais ameaçado. 
Tem um clima predominatemente tropical sazonal, onde ocorrem chuvas e 
secas, tendo suas árvores de portes pequenos e esparsas e seus troncos são 
retorcidos, gramíneas e arbustos, que é a característica de sua vegetação, 
tendo sua localização no Nordeste do Paraguai, especificamente no leste da 
Bolívia e uma extensa parte no Brasil Central. Está limitado pelo bioma 
Amazônia ao norte, pela Caatintinga ao Nordeste, pelo Pantanal ao Sudoeste 
e pela Mata Atlântica pelo Sudeste, sendo caracterizado como o único bioma 
que tem tantos contatos biogeográficos na Amaerica do Sul. É uma região de 
altitudes que variam de 0 a 1800 metros, abrangendo diferentes bacias 
hidrográficas, possuidor de características que o diferenciam do bioma 
Caatinga e Amazônia. Diferente dele a Caatinga tem um clima semi-árido com 
vegetação de arbustos de médio portes, de folhas que são adaptadas para o 
período da seca e galhos retorcidos, sendo os cactos seus característicos. Já 
o da Amazônia é considerado o maior do Brasil com a maior diversidade 
biológica do mundo, onde sua densa vegetação é caracterizada pela Foresta 
Amazônica, tendo árvores de porte grande, clima quente e úmido. 
Abrangendo os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Roraima, parte da 
Rondônia, Mato Grosso, Maranhão e Tocantins. 
 
 
 
b) Apresente dois trechos da reportagem que permitam exemplificar a 
importância da preservação do cerrado na promoção do equilíbrio 
socioambiental no Brasil e na América do Sul (1 pto). 
 
R: Primeiro trecho: ―O Cerrado, que se estende por 2 milhões de quilômetros 
quadrados no Brasil, Paraguai e Bolívia, é uma região com alta concentração 
de águas, com nascentes, rios e reservas subterrâneas. Por isso, funciona 
como uma enorme caixa d’água, que irriga 40% do território nacional através 
de importantes bacias hidrográficas que, por sua vez, abastecem rios nas 
demais regiões do país. Sua topografia elevada facilita o escoamento dessas 
águas.‖ 
Segundo trecho: ―Diante da grave crise hídrica que afeta o Brasil e pode 
comprometer o abastecimento tanto de energia elétrica, como de água 
potável, é urgente que o país olhe com mais atenção para o Cerrado. Afinal, à 
medida que a interferência de grandes empreendimentos de maneira 
desordenada avança sobre esse bioma, além do inestimável prejuízo com a 
perda de animais e plantas, vamos comprometendo toda bacia hidrográfica do 
Brasil e de regiões vizinhas do Paraguai e da Bolívia.‖ 
 
 
c) Indique dois impactos, um de ordem social e outro de ordem econômica, 
decorrentes da devastação e degradação das áreas do cerrado, 
apontando suas causas (1 pto). 
 
R: O cerrado tem sido um dos ecossistemas mais ameaçados do nosso planeta, 
onde a devastação e degradação vêm ocorrendo de forma impactante. Para termos 
uma noção só no biênio 2013-2015 o Brasil destruiu 18.962 Km quadrados de 
Cerrado, que já perdeu cinquenta por cento de sua área de origem. Sua destruição 
consequentemente trará extinsão de espécies. O cultivo da soja e sua expansão é 
considerada a principal cultura agrícola na associação do desmantamento. Sua 
devastação e degradação frequente alterarão no regime de chuvas nestas áreas 
causando impactos profundos na produtividade da atividade agropecuária. No âmbito 
de ordem social internacional, os gases emitidos de efeito estufa que decorrem do 
processo de conversão do bioma vão acarretar em não cumprimento dos 
compromissos internacionais que o Brasil têm com as Convenções do Clima e de 
Biodiversidade. Os impactos ambientais sofridos pelo Cerrado são erosão de solos, 
assoreamento dos rios, poluição das águas, invasão de reservas indígenas dentre 
muitos outros. A proteção dessas áreas é de extrema urgência dentro de um esforço 
coletivo e multissetorial para que seu desenvolvimento dentro de uma economia 
diversificada unida à proteção desses ecossistemas não estejam ameaçadas, onde 
faz-se necessário a implementação de propostas que contribuam para a valorização 
e o respeito ao Bioma e seus produtos. Como o agronegócio de escala industrial é a 
única opção econômica para a região, as mudanças dráticas na paisagem vêm 
ocorrendo, na redução de nascentes, assoreamento de rios e consequênte com o 
meio ambiente, o que causa impacto não só de ordem socia, mas também de ordem 
econômica dentro de uma incidência de crises hídricascada vez mais intensas em 
nosso país, uma crise que comprometerá os fornecimentos de energia elétrica e de 
água potável, pois como vimos só cinquenta por cento deste Bioma é nativa. A morte 
dos animais e das plantas é outro grande impacto, que compromete toda a bacia 
hidrográfica do Brasil e de regiões vizinhas paraguaias e bolivianas. A alteração dos 
níveis de água no Pantanal é acarretada pelo impacto do Cerrado, onde suas áreas 
acabam por sofrer grandes incêndios. 
 
2ª Questão) 
Sobre a questão social e econômica em nosso país, relacionada à produção de 
energia e às matrizes de sua extração, com base na leitura do material didático de 
nossas aulas e da reportagem contextualizada a seguir, apresente suas respostas 
ao que se pede (4,0 pontos). 
 
Crise hídrica e fantasma do racionamento revelam o preço do 
negacionismo. 
 
por RFI 1 DE SETEMBRO DE 2021 - 12:15 
 
Mais preocupado com a reeleição, Bolsonaro hesitou até o limite para reconhecer a 
crise e incitar os brasileiros a economizarem energia. No momento em que o Brasil 
enfrenta altas consecutivas dos preços da energia elétrica e o risco de faltar luz nos 
próximos meses, especialistas no setor repetem: eu avisei. Há mais de 10 anos, o 
problema da dependência do país das hidrelétricas é conhecido, mas ignorado. 
 
Pelo contrário, o descontrole do desmatamento acelera uma das consequências mais 
palpáveis das mudanças climáticas no Brasil, a redução do regime de chuvas – 
cruciais para a geração da energia. O clima está se tornando mais seco nas regiões 
que, até pouco tempo atrás, eram garantia de usinas rodando a pleno vapor, inclusive 
no Sudeste. 
 
O professor de planejamento energético da UFRJ Roberto Schaeffer já alertava há 
muito tempo sobre os riscos. ―Em 2007, a gente já falava: Brasil, cuidado. Essas novas 
hidrelétricas não vão gerar a energia que estão prometendo, porque elas estão 
baseadas em históricos de pluviosidade e de rios que os estudos que o Brasil tem 
feito, projetando o futuro, mostram que não irão se repetir. 
 
Há uma tendência de a região Norte se tornar mais seca, do Norte e do Nordeste 
saírem de uma situação se semiárido para se tornar um deserto‖, afirma Schaeffer, 
que é membro do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da 
ONU). ―A gente já chamava atenção para o fato de que as hidrelétricas, com o passar 
do tempo, se tornariam menos confiáveis e teríamos que preparar o sistema elétrico 
brasileiro para isso.‖. 
 
A seca histórica no país, a mais grave em pelo menos 91 anos, leva os reservatórios 
do Sudeste e do Centro-Oeste a operarem com 23% da capacidade de 
armazenamento – o nível mais baixo em 20 anos, quando o país sofreu um grave 
racionamento de energia. As previsões não são nada animadoras – a estiagem deve 
fazer com que as hidrelétricas operem com apenas 10% da capacidade em novembro. 
 
―Ficamos muito reféns do clima e com as mudanças climáticas, a imprevisibilidade é 
gigantesca – tanto que essa crise de agora também está ocorrendo não só no Brasil, 
como no Chile, na Califórnia‖, comenta Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de 
Infraestrutura (CBIE). 
 
―O que os estudos mais recentes mostram é que o que realmente custa dinheiro é não 
fazer nada. Faltar energia elétrica no Brasil neste ano custa mais do que qualquer 
plano possível de controle de desmatamento‖, complementa Schaeffer. 
Fonte: Adaptada de https://www.cartacapital.com.br/politica/crise-hidrica-e-fantasma- 
do-racionamento-revelam-o-preco-do-negacionismo/. Acesso em 03 de setembro de 
2021. 
 
 E AGORA RESPONDA: 
a) Qual a matriz energética predominante em nosso país? Cite fatores 
geográficos que contribuíram para o estabelecimento deste padrão 
predominante de produção da matriz energética em nosso país? (1,0 pto) 
R: A matriz energética predominante no Brasil é a energia hidráulica, seu uso 
é causador de grandes impactos socioambientais, pois a instalação das 
usinas hidrelétricas acabam por modificar não só o meio ambiente, mas 
também o ciclo biológico dos rios e a vida das famílias que residem nessas 
proximidades de instalações. O uso irracional por conta dos interesses 
humanos geram relação de desiquilíbrio. O processo se dá ao aproveitamento 
das quedas de água dos rios por essas usinas hidrelétricas, que movimentam 
suas turbinas ativando o gerador que é responsável por transformar a 
hidráulica em elétrica. Por não serem bem distribuídos os recursos hídricos 
que o nosso país possui acabam não sendo melhor utilizados. O que permite 
a predominância desta matriz é o regime pluvial, um fator geográfico 
proveniente das águas das chuvas, sendo ela a de custo mais barato dos que 
as das termoelétricas, que se dão pela queima de combustíveis fósseis, 
constituem fontes renováveis que não poluem a atmosfera. 
b) Quais elementos retratados na reportagem demonstram a preocupação em 
relação ao escasseamento da fonte energética geradora da matriz explicitada 
na resposta anterior? (1,0 pto) 
R: É desde o capitalismo industrial que há o interesse nacional e internacional pelos 
recursos minerais existentes no Brasil, onde as estratégias de exploração e de 
utilização sempre se transformam, e com isso ocorrem a alteração dos solos e 
impactos na biodiversidade aquática dos rios que são utilizados para geração de 
energia, nas construções de usinas hidrelétricas que geram fatores preocupantes 
quanto ao uso irracional dos recursos naturais, onde a construção de uma barragem 
pode cobrir áreas de florestas, causando um processo de putrefação que, por 
consequência consome o oxigênio da água e produz gás sulfídrico, que é tóxico e 
prejudica os organismos vivos, onde a barragem pode diminuir a vazão dos rios, que 
gera, num curto prazo, a salinização das águas, comprometendo o abastecimento de 
água potável e destruindo os ecossistemas. A exploração de tais recursos é 
inevitável nos tempos atuais, mas devem ser feitos com a consciência de se não 
provocar desatres ecológicos, destrutores do meio ambiente e consequênte fim do 
planeta, podendo-se utilizar os conhecimentos científicos, em estudos que permitam 
escolhas acertadas observando as vantagens e desvantagens relativas ao que se 
custará ambiental e socialmente, que levam a evitar muitos prejuízos pensando na 
sociedade. 
 
 
 
 
http://www.cartacapital.com.br/politica/crise-hidrica-e-fantasma-
http://www.cartacapital.com.br/politica/crise-hidrica-e-fantasma-
c) Na dificuldade de produção de energia, com base na escassez da matriz 
energética predominante em nosso país, aponte pelo menos duas 
alternativas que têm sido utilizadas pelo Estado, visando o atender ao 
abastecimento e quais implicações econômicas ou ambientais estas 
utilizações têm acarretado? (2,0 ptos) 
R: Uma das alternativas utilizadas pelo Estado em nosso país para de atender ao 
abastecimento para a produção de energia é a busca de novas fontes de energias 
renováveis. Para entendermos um pouco é necessário explicar que temos dois tipos de 
fontes de energias: as renováveis e as não-renováveis. As renováveis são o vento, as 
ondas do mar, as marés, água, o sol dentre outras, as quais têm a capacidade de uma 
recuperação natural. Já as não-renováveis, não possuem essa possibilidade de 
recuperação, como por exemplo o petróleo, o carvão mineral e o gás natural. Dentre 
poucos países o país está dentre aqueles que se destacam na experiência do uso de 
fontes de energias não-poluentes e que se renovam na natureza, as quais são energia 
solar, da eólica (vento) e do biodiesel. Temos em nosso território duas Usinas 
nucleares em Angra dos Reis que produzem pouca quantidade e dispendiosa de 
energia, sendo limpa, não-poluente isso quando não há acidentes. Nas centrais 
nucleares o processo da fissão nuclear que causa uma explosão que libera a radiação 
é controlado, que é o princípio da bomba atômica. Temos o uso do lixo atômico como 
matéria-prima para os centros nucleares,como uma boa solução para se resolver 
problemas da utilização da energia nuclear, onde o material radioativo que sobra do 
processo da queima ainda hoje é depositado em contêineres e mantidos em piscinas e 
que permanecem radioativos por muitas centenas de milhares de anos. 
 
 
3ª Questão) 
 
Com base nas leituras sobre o processo de industrialização no Brasil e nas 
reportagens a seguir, apresente suas respostas: 
 
IEDI na Imprensa - Indústria brasileira vai de 9ª para 14ª no mundo e 
perderá mais posições - Publicado em: 19/09/2021 
 
O Estado de São Paulo 
 
No pós-pandemia, fábricas voltam a regiões desenvolvidas, e País perde ainda mais 
importância na cadeia de p produção global 
 
Cristiane Barbieri 
 
Nos últimos 15 anos, a indústria brasileira foi da 9.ª posição, entre as maiores do 
mundo, para a 14.ª No mesmo período, a participação do País na manufatura global 
caiu quase pela metade: de 2,2% para 1,3%, segundo o Estabelecimento de Estudos 
para o Desenvolvimento Industrial (IEDI). 
 
Entre outros problemas, duas crises fortes e sequenciais – a de 2015/2016 (do go- 
verno Dilma) e a de 2020 (da pandemia) –, ceifaram empregos, lançamentos, inova- 
ção e investimentos, que de tão pequenos foram incapazes de repor a depreciação 
das fábricas. Com menos força, o valor que adicionam à economia encolheu 1,5% ano 
após ano, entre 2005 e 2020. 
Parte considerável dos países emergentes foi na direção oposta, como mostra o am- 
plo estudo do IEDI. Agora, o pós-pandemia tende a agravar a situação, com as nações 
desenvolvidas trabalhando para levar a indústria de volta a seus territórios. 
 
―Em poucos meses, a pandemia criou um pandemônio em toda a cadeia global de 
produção, logística e comércio‖, diz Glauco Arbix, coordenador da área de humanida- 
des do Centro de Inteligência Artificial da USP. ―As grandes economias perceberam a 
importância de ter fábricas perto do consumidor, para depender menos da logística 
globalizada.‖ 
 
A resposta das grandes potências, diz Rafael Cagnin, economista do IEDI, foi rápida. 
A estruturação dos planos de Biden, nos EUA, o de recuperação da União Europeia e 
o quinquenal de crescimento da China, com ações práticas, detalhadas – e um volume 
gigantesco de dinheiro –, reforçou o dinamismo econômico do hemisfério Norte, que 
tende a ganhar musculatura e a dar um novo salto. 
 
―Longe geograficamente desse eixo econômico dinâmico, todo o restante do mundo é 
coadjuvante, inclusive o Brasil e a América Latina‖, diz Cagnin. ―Nessa nova realidade, 
ser um mercado potencial não basta: é preciso concretizar e tornar realidade a pro- 
messa.‖ 
 
O fechamento de fábricas de multinacionais no País em plena pandemia é um dos 
sinais dessa mudança de eixo e dessa espécie de ―cansaço‖ – e o reposicionamento 
das cadeias globais. Para ficar em alguns exemplos, encerraram linhas de montagem 
no Brasil Ford, Mercedes-Benz, LG e Sony. 
 
―A pandemia só reforçou um movimento dos últimos dez anos, de recalibragem do 
processo tecnológico, que é a essência da indústria 4.0, com a modernização de todas 
as atividades econômicas‖, diz Cagnin. 
 
Com a mudança estrutural, dizem os especialistas, o risco é a manufatura brasileira 
passar de pequena para totalmente irrelevante. Ao se tornar ainda mais suscetível às 
instabilidades das commodities, o País tende a manter o crescimento pífio e a criar 
vagas mal remuneradas. ―Não menos honrosos, os empregos de baixa qualificação 
têm salários condizentes com o que produzem‖, diz Arbix. ―Essa situação condena o 
Brasil a ser um País de renda média – e à profunda desigualdade.‖ 
 
Básico 
 
Apesar de parte dos fabricantes locais tentarem acompanhar a indústria 4.0, nem tudo 
depende da iniciativa privada. Como em várias outras frentes, faltam políticas de Es- 
tado que deem condições para a execução de estratégias. ―Qual o sentido de colocar 
sensores, robôs e inteligência artificial na produção, se a internet ou a energia caem 
quando chove?‖, afirma Cagnin. ―Como é possível avançar em direção à sustentabili- 
dade, se é preciso ligar um gerador movido a óleo com a ameaça de falta de energia?‖ 
 
Na prática, além da falta de infraestrutura, a agenda do governo voltada à inovação, 
produtividade, competitividade e integração internacional também tem tido pouca efe- 
tividade. ―A Câmara Indústria 4.0, por exemplo, não teve ações efetivas de impacto‖, 
diz Cagnin. ―O programa Brasil Mais, para melhorar a produtividade de micro, peque- 
nas e médias empresas, é tímido e não deslancha.‖ 
 
O ambiente de negócios e a redução do custo Brasil continuam travados. Também 
não há uma estratégia clara e ordenada para a integração internacional. ―Esses pro- 
gramas sempre têm muito marketing, mas poderiam oferecer alguma ajuda‖, diz Arbix. 
―Mas com o governo em situação de paralisia e preocupado com a reeleição, o aparato 
público é desmobilizado e o setor empresarial, que cresceu sob as asas do Estado, 
mas tem muitos obstáculos, sofre.‖ 
 
Se deixa de ajudar por um lado, o governo prejudica até mesmo em uma das áreas 
na qual o setor produtivo nacional se modernizou: o financiamento privado. Com a 
mudança de direcionamento dos recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento 
Econômico e Social (BNDES), que reduziu empréstimos a grandes grupos, as empre- 
sas tiveram de aprender a captar recursos no mercado. 
 
―Foi um aprendizado, possível quando os juros entraram no lugar e o BNDES saiu: 
muitas empresas passaram a entender o mercado de dívidas, quem são os agentes, 
os procedimentos e critérios econômico-financeiros a serem considerados‖, afirma 
Cagnin. ―Não é algo que acontece da noite para o dia, principalmente quando a pan- 
demia joga areia no processo.‖ 
 
Após seis anos de ambiente adverso, quando as empresas começaram a avançar, a 
volatilidade causada pelos ruídos políticos e o maior risco fiscal, ameaça esse cami- 
nho. Um banqueiro de investimentos, que pede para não ser identificado, enxerga o 
próximo ano com empresas fazendo menos ofertas de ações e emitindo mais títulos 
de dívida, mas sem crescimento da demanda por recursos, por conta de uma alta do 
PIB quase nula. Além disso, com a Selic e os riscos mais altos, o dinheiro fica mais 
caro. 
 
―É uma trajetória de fôlego curto porque o setor financeiro, para investir e liberar cré- 
dito, precisa ter garantia de retorno e previsibilidade – nada que esteja no radar‖, diz 
Arbix. ―O Brasil tem exceções, mas suas empresas têm pouco músculo e não conse- 
guem quebrar esse ciclo perverso sozinhas, para a recuperação da confiança.‖ 
 
EDI na Imprensa - A indústria brasileira perde espaço 
Publicado em: 23/09/2021 
O Estado de São Paulo 
Indústria nacional parece mal conseguir enfrentar o presente e não demonstra estar 
preparada para os novos desafios 
 
Editorial Econômico 
 
A indústria de transformação vem perdendo espaço na economia brasileira, fenômeno 
observado em outros países, mas vem encolhendo também na comparação com a do 
resto do mundo, o que é um mau sinal no presente e um alerta para o futuro. Nos 
últimos anos, como mostrou reportagem do Estado (19/9), a indústria brasileira caiu 
da 9.ª posição entre as maiores do mundo para a 14.ª. No período, a participação do 
Brasil na manufatura global caiu de 2,2% para 1,3%, de acordo com o Instituto de 
Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI). 
 
O futuro parece pouco promissor. Mudanças que já ocorriam nas cadeias globais de 
produção, das quais o Brasil vinha se afastando, foram aceleradas na pandemia e 
países mais preparados conseguiram se reposicionar de maneira ainda mais compe- 
titiva no cenário mundial. A indústria brasileira parece mal conseguir enfrentar o pre- 
sente e não demonstra estar preparada para os novos desafios. 
 
Governos dos principais países deram resposta rápida aos novos problemas. Os pla- 
nos do governo Biden nos Estados Unidos, os programas de recuperação da União 
Europeia e a revisão do plano quinquenal da China são citados pelo economistado 
Iedi Rafael Cagnin para mostrar a capacidade desses países de reagir a situações de 
emergência. 
 
No Brasil, ao contrário, o encerramento de atividades de fábricas de empresas multi- 
nacionais instaladas há muito tempo no País mostrou que a disponibilidade de um 
mercado interno volumoso e com grande potencial não é mais o bastante para o de- 
senvolvimento industrial. A reorganização das cadeias de produção visando à eficiên- 
cia e à redução de custos, a velocidade da modernização dos processos produtivos, 
a integração entre diferentes setores ligados à produção, distribuição, marketing e co- 
mercialização, características da nova indústria mundial, parecem distantes do País. 
 
As políticas públicas mostram-se incapazes de evitar a ampliação dessa distância. 
Não se trata mais, obviamente, de escolher segmentos a serem beneficiados, como 
se fez com frequência no passado. É preciso, porém, que o setor público tenha políti- 
cas que não prejudiquem o crescimento. De que adianta ter robôs, inteligência artificial 
e outros recursos se a internet não é confiável e veloz o suficiente e a energia cai? 
Outros exemplos poderiam ser lembrados. 
 
Fonte: Adaptada de: 
https://iedi.org.br/artigos/imprensa/2021/iedi_na_imprensa_20210919_industria_brasileira_v 
ai_de_9a_para_14a_no_mundo_e_perdera_mais_posicoes.html; 
https://iedi.org.br/artigos/imprensa/2021/iedi_na_imprensa_20210923_a_industria_brasileira 
_perde_espaco.html. Acesso em 23 de setembro de 2021. 
 
 
EM SUA RESPOSTA: 
a) Explique em que bases se deu o avanço do processo de industrialização 
no Brasil no Século XX, indicando dois aspectos geográficos e sociais 
que permitiram ao país se estabelecer como uma das maiores nações 
industriais do mundo (1,0 pto). 
R: O início da concentração do processo industrial brasileiro deu-se na região 
Sudeste, em especial em São Paulo, e atuamente declina-se nas áreas 
antigas industriais e crescem em novas regiões. O ―coração econômico‖ do 
país está concentrado em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Em 
São Paulo, nas primeiras décadas do século XX, a sua economia estava 
centrada na exportação cafeeira, por isso transforma-se no polo principal do 
país, com arranque industrial, onde fatores contribuíram muito para essa 
condição tais como a localização geográfica, que era estratégica, já que 
localizava-se no nó de ligação entre o leque de ferrovias que se abria para o 
oeste cafeeiro e o porto de Santos; era também o centro dos negócios de 
exportação e importação e das atividades bancárias; a chegada dos 
imigrantes, o que gerou uma classe operária e também um mercado 
consumidor numeroso; o crescimento econômico do interior com o café, que 
resultou na abertura de mercado consumidor para os produtos industriais que 
começaram a ser fabricados. Além disso, São Paulo possuía condições 
favoráveis de energia elétrica, transportes, mercado consumidor, mão-de-obra 
qualificada e fez parte do planejamento governamental, na década de 1950, 
como área ideal para se criar um grande polo de desenvolvimento, o que, 
posteriormente, se irradiaria para outras regiões brasileiras. Surgiram centros 
industriais de grande porte na vizinhança com as linhas férreas ao serem 
substituídas pelos eixos rodoviários, o que se move para um elevamento 
industrial inicial que se dá com o governo de Juscelino Kubitschek, que 
trouxe grandes montadoras automobilísticas e com elas as chamadas 
indústrias-satélites – autopeças, metalúrgicas, químicas e outras, que 
passaram a formar o maior aglomerado industrial da América Latina. Já o 
crescimento industrial no Rio de Janeiro foi impulsionado por fatores 
históricos bem diferentes dos da cidade São Paulinas, ambas tiveram suas 
relações mantidas, estimulando a expansão industrial para o Vale do Paraíba. 
a indústria se expandiu para os municípios vizinhos situados no eixo da Via 
Dutra, em direção ao Vale do Paraíba e a São Paulo. Após a segunda Guerra 
o fornecimento de água e energia elétrica contribuiu para a indústria. Com o 
declínio da atividade mineradora, a elite mineira passou a direcionar seus 
investimentos para a indústria, tendo a concessão de incentivos do governo 
do estado para atrair investimentos industriais privados, lembrando que a 
cidade de Belo Horizonte foi fundada como cidade planejada em 1987, para 
abrigar funcionários públicos que formam um mercado consumido, o que 
resulta na industrialização dos arredores da cidade, com indústrias 
metalúrgicas e químicas. Assim, a região produtora e exportadora de bens 
industriais para abastecer as demais regiões do país, as quais transformaram-
se nos seus mercados consumidores e, ao mesmo tempo, em fornecedores 
de matérias-primas necessárias foi a região Sudeste. 
 
b) Explique como nos primeiros 15 anos deste século (XXI) pode ocorrer 
uma desconcentração da indústria em nosso país. (1,0 pto) 
R: Até os dias atuais na região Sudeste há o predomínio industrial, havendo 
uma lentidão do que nas demais regiões, o que indicia o início do processo de 
desconcentração desta atividade no Brasil, processo este que se inicia com a 
política oficial de distribuição industrial, incentivada pelo governo na região 
Nordestina. No Centro-Oeste e na Amazônia são instalados a Zona Franca de 
Manaus, os projetos industriais integrados de mineração e agropecuária. com 
a intenção de o governo brasileiro a acentuada concentração espacial que 
estava atraindo movimentos migratórios e causando aumento das tensões 
sociais principalmente nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, o que era 
um problema. Outro fator que é considerado responsável pela 
desconcentração industrial é, na década de 1990, a então abertura da 
economia brasileira à entrada de empresas transnacionais. A indústria de 
transformação vem perdendo espaço na economia brasileira, pois uma nova 
forma de produção e organização socioespacial, a qual modifica a localização 
industrial, estão permitindo a sua instalação em áreas mais distantes das 
antigas aglomerações urbanas é a revolução tecnológica, que vem ocorrendo 
no campo da eletrônica, da comunicação e dos transportes, e que apontam 
para a preocupação com o setor industrial do Brasil em âmbito nacional e 
internacional. A Oferta de condições para a execução de estratégias para que 
parte dos fabricantes locais tentem acompanhar a indústria 4.0 é de extrema 
importância dentro das políticas de Estado, pois nas últimas décadas, a 
cidade de São Paulo tem sido palco de um nítido processo dessa dispersão 
industrial. No Brasil este processo acompanha uma desconcentração de 
capital, já que boa parte das indústrias que se instalam em áreas periféricas 
são, na verdade filiais de empresas localizadas no Centro-Sul ou no exterior. 
Na realidade, O Brasil não investe em tecnologias e sistema de energia, como 
é pontuado por Cagnin. Conclui-se que há no Brasil uma relativa 
desconcentração industrial, iniciando um processo de descentralização, já 
que a atividade industrial ainda não alcançou um grau de crescimento que 
possibilite uma total dispersão, como acontece nos países desenvolvidos. 
 
 
Referências: 
Disponível em: <https://graduacao.cederj.edu.br/ava/course/view.php?id=491> Acesso em 04 
de out. de 2021. 
Disponível em: <https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/fontes-energia-brasil.htm> 
Acesso em 04 de out. de 2021. 
Disponível em: < 
https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/areas_prioritarias/cerrado/manifestodocerrado/> 
Acesso em 05 de out. de 2021. 
Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/biomas-brasileiros/> Acesso em 05 de out. 
de 2021. 
 
https://graduacao.cederj.edu.br/ava/course/view.php?id=491
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/fontes-energia-brasil.htm
https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/areas_prioritarias/cerrado/manifestodocerrado/
https://www.todamateria.com.br/biomas-brasileiros/

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