MORCEGOS

Prévia do material em texto

Prisma Solutions Controle de Vetores e Pragas Urbanas
Morcegos
Conhecendo os Morcegos
Os morcegos são mamíferos da Ordem Chiroptera, sendo seus únicos representantes, e estão distribuídos em duas
Subordens, Megachiroptera e Microchiroptera, sendo que, no Brasil, não há representantes da primeira Subordem. No
Brasil, a Ordem Chiroptera é a segunda em maior número de espécies entre os mamíferos, apresentando 164 espécies
distribuídas em 56 gêneros.
Esses animais de hábitos noturnos possuem audição bastante aguçada e utilizam ecolocalização para a captura de
presas. Muitos utilizam também o som para se comunicarem ou como sinal de alerta, sendo que alguns dos sons
emitidos são inaudíveis pela espécie humana. Podem viver solitários ou em grupos. Eles são os únicos mamíferos que
possuem a capacidade de voo verdadeiro, e o que lhes permitem esse voo é a presença de uma asa membranosa,
sustentada por longos membros anteriores, assim como o 2º e 5º dedos. Essa membrana estende-se pelos membros
posteriores e, em alguns casos, pela cauda. Também apresentam em seus pés garras afiadas e curvas, as quais eles
utilizam para pendurar-se de cabeça para baixo enquanto dormem durante o dia.
São mamíferos de pequeno porte, os maiores indivíduos pertencem a uma família de morcegos gigantes e podem
apresentar até 1,7 metros de envergadura e pesar cerca de 1,2 kg. Apresentam geralmente olhos pequenos, grandes
orelhas e dentes afiados.
Os morcegos possuem algumas características comuns a outros mamíferos, como o corpo coberto por pelos, sendo que
a densidade desses pelos varia conforme a espécie, bem como a coloração, que varia, geralmente, entre o
marrom e o pardo acinzentado.
Habitat
Normalmente os morcegos descansam em lugares escuros como cavernas, buracos de árvores e sótãos, mas há alguns que
dormem em árvores ou rochas. Na maioria das vezes são lugares escuros e silenciosos.
Reprodução
O desenvolvimento embrionário dos morcegos ocorre no interior do corpo da fêmea, sendo esses mamíferos placentários,
apresentando uma gestação de 2 a 7 meses, dependendo da espécie. Os ciclos reprodutivos estão relacionados à
disponibilidade de alimento, e a fêmea dá origem, geralmente, a um filhote por gestação. Logo após nascer, algumas mães
costumam carregar seus filhotes em voos de atividade noturna.
Alimentação 
Os morcegos apresentam hábitos alimentares bastante variados, podendo alimentar-se de frutos, sendo denominados
frugívoros; pequenos vertebrados (como anfíbios e aves), carnívoros; insetos, insetívoros; peixes, piscívoros; flores, néctar
e pólen, nectarívoros; sangue, hematófagos, entre outros hábitos.
Alguns morcegos podem também utilizar mais de um tipo de alimento para complementar sua dieta, sem falar nos
onívoros, que apresentam uma dieta bem mais variada que os demais. A maioria é insetívora, e, embora os hematófagos
causem medo, tendo sido criados, inclusive, diversos mitos a respeito deles, esses animais limitam-se a três espécies
apenas.
Ciclo de Vida
Um morcego recém-nascido agarra-se à pele da mãe e é transportado, embora logo se torne grande
demais para isto. Seria difícil para um adulto carregar mais de uma cria, portanto normalmente
nasce apenas uma. Os morcegos frequentemente formam colônias-berçário, com muitas fêmeas
dando à luz na mesma área, seja uma caverna, um oco de árvore ou uma cavidade numa
construção.
Embora a habilidade de voar seja congênita, imediatamente após o nascimento as asas ainda são
pequenas demais para voar. Os jovens morcegos da ordem Microchiroptera se tornam
independentes com a idade de seis a oito semanas, os da ordem Megachiroptera não antes dos
quatro meses. Com a idade de dois anos os morcegos estão sexualmente maduros. A expectativa de
vida do morcego vai de quatro a trinta anos, variando muito conforme a espécie.
Principais espécies de Morcegos
Morcego-Vampiro: 
O Desmodus rotundussolo, também conhecido como morcego-vampiro, é uma espécie originária do México, Brasil, Chile e
Argentina. Diferentemente do morcego-da-fruta, se alimenta de sangue de outros mamíferos, fazendo um corte de cerca de 7
milímetros em suas presas para obtê-lo. Como consequência, as presas podem sofrer infecções, parasitações e também contrair
doenças como a raiva. Em algumas ocasiões, pode se alimentar de sangue humano. Contudo, os porcos são presas preferenciais
desses animais. A alimentação é realizada por meio de uma pequena incisão superficial feita na pele das presas, com auxílio dos
dentes incisivos extremamente afiados. Através da incisão, o morcego se alimenta por meio de lambedura do sangue liberado pela
ferida, o qual não coagula devido à ação de enzimas anticoagulantes presentes na saliva do morcego.
Esta espécie se difere das outras por possuir uma cauda curta, medir aproximadamente 20 centímetros e pesar 30 gramas. Seu
corpo robusto é coberto por pelos curtos e macios, com coloração variando de acastanhada a cinzenta, apresentando a região
ventral mais clara que a região dorsal. Notam-se características morfológicas relacionadas ao seu hábito alimentar hematófago,
como focinho maciço, rostro (projeção da face) reduzido, dentes caninos e incisivos grandes e afiados e lábio inferior fendido.
Observa-se ausência de cauda e membrana reduzida entre as patas traseiras. Nesta espécie, o macho costuma ser menor que as
fêmeas.
São animais de hábito gregários, formando colônias com cerca de 20 a 100 indivíduos machos e fêmeas, podendo chegar até
2000 animais, dependendo da oferta de alimento e das condições climáticas da área onde vivem. Nas colônias observa-se o
comportamento social de limpeza e partilha de alimento. Reproduzem-se durante todo o ano, havendo indícios de que a maior
incidência de nascimentos de filhotes ocorra nos meses mais quentes e úmidos. A gestação dura cerca de 7 meses, produzindo
apenas um filhote por vez.
Principais espécies de Morcegos
Morcego Egípcio da Fruta: 
(Rousettus aegyptiacus) é uma espécie de morcego existente em África e no Oriente Médio. Pertencente à família Pteropodidae, composta por vários
géneros de mega-morcegos. Isto é, morcegos de grandes dimensões. Atualmente reconhecem-se seis sub-espécies de morcegos.
 
Comparativamente com outros morcegos nesta família, o morcego-egípcio-da-fruta é relativamente pequeno. Um
indivíduo adulto tem uma envergadura de 60 cm e um comprimento de corpo de
cerca de 15 cm. Pode pesar cerca de 160 g. Possui uma coloração castanho-claro
e asas castanho-escuro. As suas orelhas são pontiagudas e grandes. O focinho é
alongado, semelhante à de um cão e tem olhos escuros. Alimentam-se
principalmente de tâmaras e outras frutas durante a noite (frugívoro). Escolhem
especialmente fruta que não esteja madura ou danificada por insetos ou fungos.
Assim conseguem sobreviver em ambientes onde não exista fruta madura
disponível.
 
Os machos são relativamente maiores que as fêmeas. O período de gestação é cerca de 115-120 dias. 
Normalmente, as fêmeas dão à luz a uma cria, mas é comum nascerem gêmeos. As crias indefesas
ficam com as progenitoras até serem capazes de ficarem agarradas sozinhas,
enquanto estas vão procurar alimento. As progenitoras tomam conta das suas até
cerca dos 3 meses de idade. Após este tempo, elas começam a caçar sozinhas e
tornam-se mais independentes. Geralmente, as crias ficam na mesma colônia que
os progenitores para o resto das suas vidas.
Controle Químico
 
Não é correto matar os morcegos, os morcegos hematófagos auxiliam no controle das populações de
vertebrados. O controle químico de morcegos é feito através de expurgação, utilizando um termonebulizador
com óleo mineral. Também vedando entradas e retirando resto de alimentos para que eles não voltem ao local.
 
Produtos
Cipermetrina, Extrato de Citronela e Óleo Mineral.
 
Orientações
Use o termonebulizador com óleo mineral para expurgar os morcegos do local 
(abra uma saída para que eles consigam passar)
Em caso de fezes, é importante fazer uma limpeza:antes de começá-la, aplique calda 
química a base de 20 litros de água para 100 ml de cipermetrina. E com óleo 
(Extrato de citronela) umedeça bem os resíduos de fezes.
Após certificar-se de que as fezes estão bem úmidas, faça a remoção manual por meio 
de espátula e pincel, depois coloque os resíduos em sacolas plásticas pretas.
Após ter removido todos os morcegos do local, faça uma esterilização geral por meio 
de dedetização bem concentrada ou por meio de sanitização.
Dicas
Vede com telas e barreiras físicas (como massa, madeira, passarinheiras ou espuma expansiva) todos os acessos por onde
os morcegos possam passar;
Coloque lâmpadas de luz fria, porém que tenham uma boa iluminação nos pontos escuros (caso não tenha visto nenhum
acesso durante a vedação do local);
Use os equipamentos certos durante todo o processo pois as fezes podem transmitir doenças, ou até o próprio morcego
em caso de mordida
Controle Biológico
Os morcegos fazem parte da fauna silvestre brasileira, sendo protegidos pela lei ambiental. Desempenham importante
papel na cadeia ecológica, polinizando as plantas, dispersando sementes, controlando populações de insetos.
O trabalho de manejo de morcegos consiste na adoção de métodos para a expulsão dos morcegos presentes no ambiente
de abrigo e a providência de medidas que evitem seu retorno ao local, como explicado no Controle Químico.
Na natureza, os predados dos morcegos são corujas, gaviões, morcegos carnívoros e a ave anu-branco. Os gaviões
capturam os morcegos durante o forrageio (momento em que o animal sai para procurar alimentos próximos da terra) ou
nos abrigos em que ambas espécies dividem.
Marsupiais neotropicais, como gambás e cuícas da família Didelphidae, também costumam predar morcegos. Cobras
também são importantes predadores de morcegos.