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Procedimento sumaríssimo do CPP

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Procedimento Sumaríssimo 
 ▪ Previsão legal: Art. 98, I da CRFB/1988, no Art. 394, §1°, III do CPP e é regulamentado 
pela lei 9.099/1995. 
 ▪ Cabimento: este procedimento terá cabimento para julgamento das ações de menor 
potencial ofensivo, ou seja, as contravenções penais e os crimes com pena máxima em 
abstrato não superior a 2 anos (Art. 60 e 61 da lei 9.099/95). 
 
Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido por juízes 
togados ou togados e leigos, tem competência para a 
conciliação, o julgamento e a execução das infrações 
penais de menor potencial ofensivo, respeitadas as 
regras de conexão e continência. 
Parágrafo único. Na reunião de processos, perante o 
juízo comum ou o tribunal do júri, decorrentes da 
aplicação das regras de conexão e continência, 
observar-se-ão os institutos da transação penal e da 
composição dos danos civis. 
Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor 
potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as 
contravenções penais e os crimes a que a lei comine 
pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou 
não com multa. 
 
 
 ▪ Atos do Procedimento: 
 
 
 
 
 
 
 A.1- Conciliação 
 
A - Audiência Preliminar A.2 – Transação Penal 
 
 A.3 – Oferecimento da Denúncia ou Queixa 
 
 
 
 
 
 B.1 – Suspensão condicional do processo 
B – AIJ B.2 – Resposta preliminar 
 B.3 – Rejeição ou recebimento da Denúncia ou Queixa 
 B.4 – Oitiva da vítima 
 B.5 - Oitiva das testemunhas arroladas pela acusação 
 B.6 – Oitiva das testemunhas arroladas pela defesa 
 B.7 - Interrogatório 
 B.8 – Alegações Finais 
 B.9 - Sentença 
 
 A) Audiência preliminar: conciliação; transação penal; e oferecimento da 
denúncia ou queixa. 
 A.1) Conciliação: esta importa na composição dos danos civis (Art. 74, 
caput, da lei 9.099/95. a conciliação homologada nos crimes de ação penal pública 
condicionada à representação e nos crimes de ação penal privada importam em renúncia 
ao direito de queixa e de representação, fazendo, com isso, extinguir a punibilidade do 
autor do fato e ficando ele sem antecedentes criminais (Art. 74, § único, da lei 9.099/95). 
 Obs.: nos crimes de ação penal pública incondicionada a conciliação é meramente 
antecipação de perdas e danos, devendo o procedimento prosseguir. 
 A.2) Transação penal: esta consiste na proposta de aplicação antecipada 
de medida restritiva de direitos ou outra. Cumprida a transação, extingue-se a 
punibilidade do autor do fato, ficando ele sem antecedentes criminais (Art. 74 da lei 
9.099/95). 
 a.2.1) Requisitos: os requisitos para a proposta da transação penal podem 
ser observados por uma análise a contrário sensu do § 2° do Art. 76 da lei 9.099/95. São 
eles: não ter o autor do fato 
 I – recebido condenação por crime a pena privativa de liberdade 
com trânsito em julgado; 
 II – se beneficiado com outra transação penal em um período 
anterior de 5 anos. 
 Além desses requisitos objetivos, devem ser observados também os requisitos 
subjetivos referentes aos antecedentes, à conduta social e a personalidade do agente. 
 a.2.2) Natureza Jurídica: alguns autores entendem que a transação penal 
é uma faculdade do MP porque o legislador, no Art. 76 da lei 9.099/95, utilizou a palavra 
‘poderá’. Porém, predomina o entendimento de que a transação penal é um direito 
subjetivo do autor do fato, devendo o MP fazer a proposta para todos que preencherem 
os requisitos. 
 a.2.3) Titularidade: alguns autores entendem que a proposta da transação 
penal é um ato que cabe ao MP, mas, se ele não o propor, o juiz poderá fazer a proposta. 
Outros autores entendem que a transação penal é um ato privativo do MP nas ações penais 
públicas, mas poderia ser oferecido pelo querelante nas ações penais privadas. Predomina 
 
 
o entendimento de que a transação penal é um ato privativo do MP e só cabe nas ações 
penais. 
 a.2.4) Não cumprimento da Transação Penal: alguns autores entendem 
que não cumprida a transação penal, o juiz poderá converter a medida restritiva de direitos 
em pena privativa em pena privativa de liberdade. Entretanto, o STF já se manifestou 
contrário a referida conversão, haja vista entender esta suprema corte que tal posição 
feriria o princípio do devido processo legal. Dessa maneira, não cumprida as obrigações 
da transação penal, cabe ao MP oferecer a denúncia. 
 A.3) Oferecimento da denúncia ou queixa: a denúncia ou queixa deveriam 
ser oferecidos de forma oral (Art. 77, Caput e § 3° da lei 9.099/95). Porém, se elas forem 
apresentadas por escrito não haverá nulidade, pois não acarreta prejuízo e, no 
procedimento sumaríssimo, não será declarada nulidade se não houver prejuízo (Art. 65, 
§1° da lei 9.099/95). Oferecida a denúncia ou queixa, o réu será citado e cientificado do 
dia e da hora da AIJ (Art. 78 da lei 9.099/95). 
 Obs.: No procedimento sumaríssimo, a citação deverá ser pessoal. Caso o autor 
do fato não seja encontrado para ser citado, o juiz deverá encaminhar os autos para a vara 
criminal comum, onde será possível realizar as citações por edital ou por hora certa (Art. 
66, § único da lei 9.099/95). 
 
 B) Audiência de Instrução de Julgamento: 
 1) Suspensão condicional do processo (sursis Processual): esta tem 
cabimento para os crimes com pena mínima em abstrato igual ou inferior a 1 ano, da 
competência ou não do JECrim (Art. 89 da lei 9.099/95). O processo ficará suspenso de 
2 a 4 anos, se não houver revogação do beneficio, ao final extingue-se a punibilidade do 
autor do fato, ficando ele sem antecedentes criminais. 
 1 - I) Requisitos: os requisitos para o sursis processual podem ser 
encontrados no Art. 89 da lei 9.099/95, quais sejam: 
 I – o réu não pode estar sendo processado ou ter sido condenado por outro 
crime; 
 II – observar a culpabilidade; os antecedentes; e a conduta social do réu. 
 
 1 - II) Natureza Jurídica: mutatis mutandi, as mesmas posições da 
transação penal, ou seja, alguns autores entendem que o sursis processual é uma 
faculdade do MP porque o legislador, no Art. 77 da lei 9.099/95, utilizou a palavra 
‘poderá’. Porém, predomina o entendimento de que é um direito subjetivo do autor do 
fato, devendo o MP fazer a proposta para todos que preencherem os requisitos. 
 1 - III) Titularidade: mutatis mutandi, as mesmas posições da transação 
penal, ou seja, alguns autores entendem que a proposta é um ato que cabe ao MP, mas, se 
ele não o propor, o juiz poderá fazer a proposta. Outros autores entendem que é um ato 
privativo do MP nas ações penais públicas, mas poderia ser oferecido pelo querelante nas 
ações penais privadas. Predomina o entendimento de que a transação penal é um ato 
privativo do MP e só cabe nas ações penais públicas. 
 1 - IV) Não Cumprimento: nas hipóteses em que o réu não cumprir as 
obrigações impostas pelo juiz ao conceder o sursis processual, como, por exemplo, o 
comparecimento periódico em juízo, o processo que estava suspenso voltar a correr. 
 Obs.: Nas hipóteses da transação penal e da suspensão condicional do processo, 
se estiverem presentes os requisitos e o MP não oferecer a proposta, caso o juiz discorde, 
deverá aplicar subsidiariamente o Art. 28 do CPP, remetendo os autos para o procurador-
geral (Sumula 669 do STF). 
 2) Resposta Previa: não sendo o caso o sursi processual, ojuiz dará a 
palavra à defesa a fim de apresentar a resposta previa do Art. 81 da lei 9.099/95. A defesa 
deverá dizer a matéria objetivando a rejeição da denúncia ou queixa, bem como as 
nulidades que por ventura tenham ocorrido. 
 3) Recebimento ou Rejeição da Denúncia ou Queixa: trata-se de decisão 
interlocutória simples, devendo o juiz fundamentar essa decisão e é irrecorrível, podendo 
ser impugnada pelo recurso de apelação (Art. 82 da lei 9.099/95). 
 4) Oitiva da vítima: trata-se das declarações do ofendido; 
 5) Oitiva das testemunhas: no procedimento sumaríssimo (JECRIM), 
primeiro ouve-se as testemunhas arroladas pela acusação e depois as testemunhas 
arroladas pela defesa. A lei 9.099/95, na parte que trata do JECRIM, não estabelece um 
número máximo de testemunhas. Alguns autores sustentam que o número máximo de 
testemunhas seria de 8 para cada parte, conforme o rito ordinário. Já outros autores 
sustentam que o máximo seria de 5 testemunhas, conforme o rito sumário. Há um terceiro 
posicionamento que entende que deve-se aplicar subsidiariamente o previsto no JECRIM 
e Art. 34 da lei 9.099/95, com o máximo de 3 testemunhas. 
 6) Interrogatório: 
 7) Alegações finais: a lei 9.099/95, não estabelece o tempo que cada parte 
possui de tempo para as alegações finais, mas aplica-se subsidiariamente a regra 
estabelecida no CPP, qual seja, a de 20 min prorrogáveis por mais 10 min. 
 8) Sentença: no JECRIM a sentença dispensa a elaboração de relatório 
(Art. 81, § 3° da lei 9.099/95). 
 9) Recurso: este no JECRIM tem nome de “apelação” e pode ser utilizado 
para impugnar sentenças condenatórias e absolutórias, bem como a decisão que rejeita a 
denúncia ou queixa.

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