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CET-FAESA - FACULDADE DE TECNOLOGIA FAESA DARLIELI O. VICENTE DE MORAIS JOÃO GUILHERME VIEIRA JUAN CASSIO BRAGA BATISTA LUCIENE GOMES QUARESMA CRIPTOMOEDAS: IMPACTOS NA ECONOMIA GLOBAL E SUA RELAÇÃO COM O COMÉRCIO INTERNACIONAL VITÓRIA 2019 DARLIELI O. VICENTE DE MORAIS JOÃO GUILHERME VIEIRA JUAN CASSIO BRAGA BATISTA LUCIENE GOMES QUARESMA CRIPTOMOEDAS: IMPACTOS NA ECONOMIA GLOBAL E SUA RELAÇÃO COM O COMÉRCIO INTERNACIONAL Trabalho apresentado como requisito para obtenção de nota na disciplina Projeto Integrador IV do 4° Módulo. Orientador: Prof. Leonardo Rocha. VITÓRIA 2019 1 SUMÁRIO RESUMO …………………………………………....………………………….………… 3 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 4 2. REFERENCIAL TEÓRICO ………………………………………………….………... 5 2.1. Moedas virtuais .......................................................................................................... 5 2.2. Bitcoin ……………………………………………………………………………… 6 2.3. Blockchain …………………………………………………………………………. 7 2.4. Criptomoedas no Comércio Exterior ………………………………………………. 8 2.5. Problemas e riscos no uso das criptomoedas ………………………………………. 9 2.6. Tratamento jurídico e tributário das criptomoedas ……………………….............. 10 3. METODOLOGIA …………………………………………………………………….. 12 4. ANÁLISE DOS RESULTADOS ……………………………....……………………... 13 5. DISCUSSÃO ……………………..…………………………………………………... 15 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ………..……………………………………………….. 16 REFERÊNCIAS ………………………………………………………………………… 17 2 CRIPTOMOEDAS: IMPACTOS NA ECONOMIA GLOBAL E SUA RELAÇÃO COM O COMÉRCIO INTERNACIONAL RESUMO O tema abordado está direcionado à análise do fenômeno tecnológico das criptomoedas e sua influência na economia global e na jurisdição de cada país, especialmente com relação à sua utilização no comércio exterior. Este artigo visa demonstrar a importância de se familiarizar e compreender como a tecnologia blockchain vem rompendo paradigmas econômicos e sociais, à medida que a popularização das criptomoedas aumenta diante de um cenário de instabilidade econômica, divergências estatais, hiperinflação e até escassez da moeda corrente em alguns países. Entusiasmando investidores com suas possibilidades e alarmando governos com seus efeitos econômicos. Palavras-chave: Blockchain; comércio exterior; criptomoedas; economia global; jurisdição. 3 1. INTRODUÇÃO O conceito de “moeda” já existe desde a antiguidade, por meio de troca de produtos e metais preciosos (escambos e permutações) para a realização de transações financeiras, e se desenvolveu com o passar do tempo até tomar a forma de moeda fiduciária que conhecemos atualmente, sendo o papel-moeda o mais utilizado. O Estado por sua vez, assumiu o controle de regulamentar e gerir o modo de utilização e os agentes corretos para a distribuição e movimentação desses objetos. Por isso, de um modo geral, a moeda é centralizada, ou seja, é emitida e controlada pelo banco central de cada país e seu valor advém da confiança da população neste órgão, que pode variar ou manter-se constante. Antes de entrarmos na discussão sobre este criptoativo se faz necessária uma breve pincelada sobre o cenário atual da economia mundial, no qual muitos países vivem numa constante instabilidade política, sofrendo com oscilações desordenadas de juros, hiperinflação, divergências diplomáticas dentre outros problemas agravantes, fazendo com que algumas economias entrem em colapso e por vezes levando a população de alguns países a perder a racionalidade humana e se atacar em cadeia, como temos visto ocorrer na Venezuela, hoje o maior exemplo de crise estatal. Um país onde a inflação beira os 70%, em que um quilo de carne chega a custar oito vezes o valor do salário mínimo. Fatores estes, passivos de incredulidade tendo em vista tamanha desvalorização do Bolívar Venezuelano. Ademais, mesmo em um país com esse nível de repressão, ainda podemos encontrar investimentos em bitcoins, fato que pode ser explicado também porque o atual chefe de estado boliviano Nicolás Maduro ordenou o controle da quantidade de dinheiro em circulação ao limitar saques e transferências. Mister salientar que o Brasil, apesar de ser a nona economia do mundo, ainda encontra grandes barreiras de enfrentamento no que tange este modelo financeiro, com propostas apresentadas à Câmara solicitando o veto à circulação de criptomoedas alegando-se a falta de regulamentação das mesmas. Porém, esta é justamente uma de suas principais características, uma vez que elas não encontram barreiras tarifárias, tornando-se uma linguagem mundial de aproximação entre mercados para transações comerciais. O FMI, recentemente, reconheceu a criptomoeda como reserva de valor, sendo assim, é reconhecido como o processo de um resultado de produção de mão de obra, capital, bens e serviços. Este reconhecimento traz ainda mais segurança nas transações, bem como a aceitação dos Estados em relação à entrada deste tipo de moeda no país. Atualmente, a Geórgia e o Japão lideram o ranking de transações efetuadas através de bitcoins. As criptomoedas descentralizadas foram projetadas com o objetivo de trazer segurança e simplicidade para as transações financeiras, aparecendo pela primeira vez no final da década passada. Assim, elas surgiram como um novo e revolucionário conceito de moeda que funciona sem a intervenção de governos ou de instituições particulares. São moedas virtuais que se utilizam da criptografia para a validação de transações e controle de emissão de novas unidades de moeda sem a necessidade de bancos centrais, o que consequentemente significa a ausência de tarifações e recolhimentos de impostos absurdos, que acabam ocasionando uma perda significativa do valor investido. Desenvolvida originalmente por um pseudônimo denominado Satoshi Nakamoto (que até o presente momento não se tem certeza sobre qual é sua identidade), o Bitcoin tornou-se o ativo com a maior aceitação e valor comercial deste segmento, abrindo caminho para o surgimento das milhares de altcoins (criptomoedas alternativas) existentes atualmente. No final de 2018, já era possível contabilizar mais de cinco mil criptomoedas existentes. 4 Sendo o resultado da evolução da economia com o desenvolvimento da informática, esse novo ativo financeiro utiliza-se de complexos cálculos matemáticos em uma ampla rede de computadores especializados, denominada blockchain, para criar códigos criptografados que são enviados entre os usuários. Mas como o seu controle é feito, visto que não há uma entidade específica para realizá-lo assim como no modelo tradicional de moeda fiduciária? Que influência ou importância pode ter o surgimento desse tipo de inovação para a sociedade e especificamente no setor econômico e financeiro? Quais são as vantagens e os possíveis riscos de se investir neste segmento? Até onde vai a regulamentação deste novo tipo de ativo considerando que ele foi projetado sob a premissa da descentralização econômica, ou seja, que foi planejado para operar sem a necessidade de uma entidade específica para controlá-lo? Levando em consideração estas e outras possíveis dúvidas pertinentes ao assunto, este artigo objetiva trazer informações sobre a criação das criptomoedas descentralizadas, definir suas particularidades, explicar o funcionamento da tecnologia que permite a geração deste ativo financeiro, compreender a visão jurídica direcionada para tal, verificar a possibilidade de tributação das operações realizadas com criptomoedas e quais seriam os tributos incididos sobre estas operações caso a tributação seja, de fato, possível e definir uma visão específica das criptomoedas descentralizadas especialmente no que diz respeito ao início de sua utilização nas relações comerciais internacionais. Por fim, iremos propor ainda algumas possíveis medidas de apoio para que o uso das criptomoedas esteja alinhado com os objetivos da sociedade e do Direito Internacional, visando um padrão regulatório entre todos os países, para que assim, não haja possibilidadede uma interferência brusca na economia global. 2. REFERENCIAL TEÓRICO O ganhador do Prêmio Nobel de Economia em 2001 e ex-economista-chefe do Banco Mundial, Joseph Stiglitz, de 74 anos, detém um posicionamento negativo quanto a utilização do bitcoin, para ele a criptomoeda serviria uma porta de fuga para atividades ilícitas uma vez que não detém a mesma transparência dos bancos. Mas se isso acontecesse, acredita o economista, o Bitcoin “simplesmente entraria em colapso”. Em contrapartida, André Lara Resende, economista que ajudou a criar o do plano Real, detém uma posição de defesa sobre a criação das mesmas; “A criação de uma moeda digital do Banco Central, baseada nos chamados sistemas de Distributed Ledger Technology, ou DLT, dos quais o blockchain do bitcoin foi o precursor, substituiria a moeda papel com enormes vantagens.” (LARA RESENDE, 2019) Baseando e respeitando a opinião dos ilustres economistas, bem como de inúmeros outros especialistas que divergiram quanto ao potencial e risco deste criptoativo, buscamos mostrar os pontos mais ambíguos deste debate. 2.1. Moedas virtuais Definida pelo Banco Central Europeu como “uma representação digital de valor que não tenha sido emitida por um banco central ou uma autoridade pública, nem esteja necessariamente ligada a uma moeda fiduciária, mas que é aceita por pessoas singulares ou coletivas como meio de pagamento e possa ser transferida, armazenada ou comercializada por meio eletrônico”, logo, moedas virtuais são utilizadas como ativo financeiro em algumas transações realizadas virtualmente e por não serem consideradas oficialmente como dinheiro nem controladas por bancos ou governos, elas não desvalorizam ou sofrem com a inflação. 5 Apesar disso, possuem cotação assim como o dinheiro tradicional e podem ser trocadas pelo mesmo em caixas automáticos e vice-versa. Por possuir denominação própria e unidade diversa, e não ser um sistema de armazenamento eletrônico de moeda corrente de um país específico (como o Real, do Brasil) não deve ser confundida com moeda eletrônica, que está prevista na Lei 12.865 de 2013 (Art. 6º, Item VI) como “recursos armazenados em dispositivo ou sistema eletrônico que permitem ao usuário final efetuar transação de pagamento”. Ao contrário do que muitos creem, o termo apenas define um segmento de ativo financeiro que pode variar entre a “Moeda Digital”, que geralmente é centralizada, ou “criptomoeda”, um tipo de moeda digital descentralizada e criptografada. Portanto é correto afirmar que: toda moeda digital é uma moeda virtual, mas nem toda moeda virtual é, necessariamente, uma moeda digital. A similaridade das moedas digitais com o sistema centralizado da moeda fiduciária se limita ao fato de que, apesar de não ter equivalente físico e não ser produzida e controlada por um banco ou governo, possui uma entidade ou computador central que a produz e controla. Porém as entidades que a emitem são reguladas pela autoridade monetária do país, assim os próprios usuários destes ativos é que garantem a sua credibilidade dentro do mercado em que atuam. 2.2. Bitcoin O conceito de criptomoeda descentralizada surgiu em 2008 junto com a publicação do documento de Satoshi Nakamoto, que descreve o funcionamento da tecnologia geratriz do primeiro ativo desse segmento, o Bitcoin (BTC). Essa tecnologia, conhecida como blockchain, permite o funcionamento deste sistema descentralizado, utilizando-se de sequências matemáticas complexas em uma grande rede de computadores superpotentes para criar códigos criptografados, que são a própria moeda criada. Esse processo é conhecido como “mineração”, sendo que cada um dos computadores que geram os códigos é um “minerador” “A rede registra data e hora das transações transformando-as em um rastro dentro de uma corrente contínua codificada de prova de trabalho, formando um registro que não pode ser alterado sem que a prova de trabalho seja refeita. A corrente mais longa serve não somente como prova da sequência dos eventos testemunhados, mas também prova de que eles vieram de um conjunto maior de poder de CPU.” (NAKAMOTO, 2008) Entrando no mérito do controle de emissão deste ativo, podemos identificar que há um limite na quantidade de unidades de Bitcoin que poderão estar em circulação. Isso significa dizer que já é sabido, desde a sua concepção, qual será o máximo de Bitcoins que um dia existirão. Bem diferente do sistema financeiro tradicional, onde os bancos centrais podem imprimir dinheiro “infinitamente”. A cada 4 anos, em média 210 mil blocos, a recompensa concedida aos mineradores de Bitcoin por anexar um bloco à blockchain, é dividida ao meio. O halving do Bitcoin foi criado por Satoshi Nakamoto para manter a sua inflação. O último halving aconteceu em 9 de Julho de 2016 no bloco nº 420.000. O bloco nº 419.999 ainda tinha uma recompensa de 25Bitcoin, mas a partir do bloco nº 420.000 os mineradores passaram a receber 12,5 Bitcoins por bloco minerado. E assim permanecerá com a mesma proporção e intervalo de tempo até essa recompensa por bloco minerado não mais existir. A quantidade de criptomoedas existentes é limitada a 21 milhões, isto significa que não existe possibilidade inflacionária no seguimento 6 Conforme essas novas moedas são criadas significa que a oferta de moeda aumenta em um montante projetado, e isso não aumenta a inflação. A teoria é que se a oferta de dinheiro cresce na mesma proporção que o número de pessoas que o utiliza, os preços permanecem estáveis. Se não crescer tão rápido quanto a demanda, haverá deflação e os primeiros a comprarem a criptomoeda verão seu valor subir. As moedas precisam ser alocadas originalmente de alguma forma, e uma taxa fixa se parece com a fórmula mais adequada. Também é importante destacar que existem alguns defeitos e limitações envolvidos no uso do Bitcoin. Ele é um ativo extremamente volátil como poderemos observar nos gráficos que serão apresentados posteriormente neste artigo. Infelizmente, também pode acabar sendo utilizado para fins criminosos como sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. Outro fator delimitante é o relativo tempo de espera para que haja a confirmação da transação: teoricamente, dez minutos para a confirmação de um bloco, e “certeza” somente após seis ou mais confirmações, ou seja, 1 hora para existir segurança na confirmação o que pode inviabilizar microtransações. 2.3. Blockchain O blockchain geralmente está relacionado ao Bitcoin, pois foi assim que essa tecnologia surgiu, e apenas mais tarde, também direcionou seu enfoque para outras aplicações. O blockchain (cadeia de blocos, em tradução livre) funciona como um banco de dados integrados e descentralizados, em resumo ele se assemelha a um livro contábil digital, registrando todas as transações efetuadas no próprio sistema, sendo assim, as informações são armazenadas em bancos de dados acessíveis. “Consiste em um sistema eletrônico peer-to-peer, ou seja, não há intermediários (middleman) nas transações realizadas. Isso confere maior fluidez e rapidez em operações internacionais, cujas operações podem levar dias, o que por si só é uma vantagem em um mundo globalizado, sem considerar a máxima “tempo é dinheiro”. (KIRITSCHENKO, 2018) Cada bloco gerado no blockchain carrega um hash (garantia de integridade dos dados), uma sequência de letras e números. Esse hash é um tipo de criptografia que armazena todo o conteúdo do bloco que está sendo utilizado e as informações do bloco anterior. Dessa forma, juntando todos os blocos pode-se obter informações da cadeia inteira, fazendo com que uma fraude seja quase impossível de ser realizada através de uma invasão simples, já que toda transação deve ser validada pela maioria, ou seja, 51%. Qualquer alteração efetuada em um bloco é permanente, sendo assim o rastreamento é facilitado. As informações registradas nele são confiáveis, imutáveis e transparentes desde que a maioria da rede se mantenha honesta.Isso faz com que o blockchain esteja na mira de órgãos governamentais para ser utilizado na validaçãoe certificação de documentos e contratos, fazendo com que a tecnologia se coloque como uma futura alternativa aos cartórios tradicionais, reduzindo custos e burocracia com a quebra do intermediário. 2.4. Criptomoedas no Comércio Exterior “A agilidade e a segurança das informações têm sido o grande atrativo oferecido pelo blockchain e pelas criptomoedas para as corporações que aderem a esta como a principal forma de realizar as transações comerciais internacionais.” 7 (CAVALCANTI, 2019). Para melhor compreendermos, simplificaremos o funcionamento do fluxo monetário e documental de uma operação de comércio exterior: Primeiramente, o importador seleciona a mercadoria desejada e realiza uma cotação de proposta para o exportador, posteriormente, o exportador emite a fatura Proforma. Caso a proposta seja aceita, o importador assina e a devolve, realizando a vinculação entre as partes. Antes mesmo do embarque da mercadoria, é necessário solicitar a Licença de Importação (LI), junto ao órgão público concedente. Se a mercadoria não for proibida e preencher determinados requisitos, o órgão anuente deferirá a LI, assim que o importador autorizar o exportador realizar o embarque da mercadoria. Neste ponto, o exportador celebrará um contrato de transporte com o transportador e embarcará a mercadoria no veículo previsto. O transportador, por sua vez, realizará a formalização da entrega da mercadoria, emitindo o conhecimento de carga e entregando-o ao exportador. O transportador dirige-se ao Brasil e realiza a entrega da mercadoria na Zona Primária do terminal de cargas. A carga será descarregada e passará a ficar sob a custódia do depositário. Simultaneamente ao passo anterior, o exportador enviará a documentação para o importador, após obter a garantia de pagamento por parte do importador, utilizando-se de uma instituição bancária do exterior. Quando o banco do exterior envia a documentação para o banco brasileiro, este condiciona a entrega da documentação mediante a realização do pagamento ou aceite de letra de câmbio. Caso o pagamento seja realizado à vista, o banco brasileiro aciona o importador para que este efetue o pagamento. Caso deseje realizar a prazo, o banco brasileiro deixará o importador ciente para o aceite na letra de câmbio. Após o importador efetuar o pagamento, este receberá toda a documentação necessária para registrar a DI e retirar a mercadoria na alfândega. O banco, então, disponibiliza o valor recebido, em moeda estrangeira, para o banco exterior. O banco exterior, por sua vez, disponibiliza o valor recebido, em moeda estrangeira, ao exportador. Após recebida a documentação, o importador já estará apto para registrar a Declaração de Importação e anexar os documentos instrutivos na DI. A Receita Federal Brasileira realizará a conferência aduaneira e, estando tudo de acordo, desembaraçará a carga. Depois de desembaraçada, a mercadoria poderá ser retirada pelo importador junto ao depositário ao realizar o pagamento das taxas de armazenagem. Todas as etapas citadas anteriormente envolvem, de forma direta ou indireta, a emissão de documentos e a realização de pagamentos para que o processo seja finalizado. Todo este trabalho pode ser simplificado e compor a cadeia de armazenamento do blockchain. Da mesma maneira, as transações financeiras podem ser elaboradas por meio de criptomoedas. Ao realizar as operações financeiras com alguma criptomoeda, as vantagens, como a utilização de exchanges – espécie de casa de câmbio virtual – facilitam tanto os processos de importação quanto os de exportação por ter uma operação praticamente instantânea, quando comparada às casas de câmbio tradicionais. Diferentemente do fluxo cambial internacional, as operações com criptomoedas não dependem dos horários de funcionamento dos mercados financeiros, pois podem ocorrer a qualquer momento e em qualquer local, o que permite maior agilidade para o trâmite da transação. O blockchain está transformando o Comércio Exterior de diversas formas, permitindo melhorias como a redução de crimes cibernéticos, métodos de prevenção à lavagem de dinheiro, redução de agentes intermediários e trazendo novas práticas que geram sustentabilidade. Além da agilidade das criptomoedas, por estas fazerem parte do blockchain, todos os dados transacionais realizados nas operações de Comércio Exterior serão armazenados na cadeia de informações, que complementará as informações da operação. Esse método de comercialização permite que muitos agentes 8 intermediários sejam eliminados tornando os processos de importação e exportação mais fluídos e integrados. Como resultado, a redução de custos e tempo despendido, tem atraído cada vez mais a atenção dos stakeholders do mercado de Comércio Exterior. Porém, no Brasil, os orgãos responsáveis pelo comércio exterior sequer cogitaram trabalhar o tema, pois não se verfica em nenhum campo da Declaração Única de Exportação (DU-E) e nem da Declaração de Importação (DI) a possibilidade de se informar uma criptomoeda como meio de pagamento. 2.5. Problemas e riscos no uso das criptomoedas Vamos iniciar fazendo a análise de um problema comum, como um roubo qualquer. Suponhamos que alguém faça a transferência de um determinado valor em criptomoedas para um outro indivíduo. Quem está realizando a transferência terá que copiar o endereço da carteira do recebedor com precisão, mas um malware age substituindo o endereço da carteira e faz com que o endereço errado acabe sendo colado na área de transferência. Nem todo usuário está atento à ponto de perceber uma fraude como essa em tempo hábil, especialmente se o endereço é uma mistura longa de caracteres. Além disso, temos o phishing. Por meio de malwares que se passam por um serviço de e-money, usuários podem ser levados a carregar suas criptocarteiras em um site de phishing, fornecendo assim, sua senha. Obviamente, usuários de sistemas de pagamento tradicionais também podem ter problema com cibecriminosos, contudo, em sistemas tradicionais há a chance de se cancelar a transação junto à instituição financeira, já no caso das criptomoedas, você não tem a quem recorrer, uma vez que a transação foi efetivada ela não poderá mais ser desfeita. O que acontece na Blockchain, fica na Blockchain. “Há ainda mais um típico problema na utilização de criptomoedas: perda ou roubo da carteira. A maioria dos usuários armazenam suas criptomoedas em arquivos-carteira em seus computadores, portanto, podem ser roubados por meio de malwares ou perdidos em caso de falha no disco rígido. Usuários mais avançados fazem cópias de suas senhas e adquirem carteiras na forma de hardware USB, mas ainda são minoria. A situação com dinheiro eletrônico “centralizado” está melhor no presente, raros são os bancos que não requerem autenticação de dois fatores e confirmação de transações por SMS, com tokens de uso único. Contudo, os princípios operacionais específicos das criptomoedas tornam mais provável a ocorrência desses tipos de problemas. Além disso, os mesmos princípios são responsáveis por seus riscos inerentes.” (MALANOV, 2017) 2.6. Tratamento jurídico e tributário das criptomoedas Como dito, foi publicado em 2008 um documento pelo pseudônimo Satoshi Nakamoto (que até então, é desconhecido se trata-se de uma pessoa ou entidade) que descreve o funcionamento do blockchain e assim lança o Bitcoin, a primeira criptomoeda descentralizada que, como o nome já diz, se diferencia do sistema de moeda fiduciária não necessitando de uma uma instituição central para geri-lo. 9 Com a considerável elevação de valor do bitcoin em 2017, saindo de 5 mil para até 60 mil reais, várias outras criptomoedas foram criadas (denominadas altcoins) e junto com elas surgiu uma preocupação em seus investidores devido a sua instabilidade dentro do mercado. Outra questão que veio à tona com o aumento da sua popularidade foi o formato da sua regulamentação e reconhecimento dentro do setor financeiro. A definição jurídica de moeda no Brasil é aquela apresentada na Constituição/88 no Art. 21, inciso VII,onde diz que “compete à União a emissão de moeda” e que somente o Banco Central (Bacen) realizará essas emissões. Emitir uma moeda, significa editar e pôr em circulação a moeda nacional, ou seja, “no ordenamento jurídico brasileiro, moeda é aquela instituída por imposição da lei”, como determina a Lei 8.880 de 1994. Por não haver regulamentação específica para o caso das criptomoedas descentralizadas, se faz necessário a utilização do que já existe determinado na constituição no que se refere a aquisição de bens e serviços. Partindo da definição de moeda dentro da constituição brasileira, pode-se dizer que a aquisição de bens ou serviços utilizando criptomoedas, segue o conceito de “troca ou permuta”, o que caracteriza um negócio jurídico realizado por meio de contrato e tem sua prática regulamentada no Art. 533, CC/2002. Segundo Gonçalves (2012, p.705) “o contrato é uma espécie de negócio jurídico que depende, para a sua formação, da participação de pelo menos duas partes”. São fontes de obrigação em que uma das partes é devedora e a outra credora, tendo a credora direito de exigir que o contrato se cumpra como acordado e a devedora a obrigação de cumpri-lo e entende-se como “troca ou permuta” o contrato em que as partes envolvidas se obrigam a transferir entre si o domínio de um bem ou serviço em troca de outro considerado de igual valor. No que concerne ao tributário, há uma grande preocupação referente à delimitação da natureza jurídica das moedas virtuais e à orientação para a sua tributação adequada. A RFB (Receita Federal Brasileira) define as moedas virtuais como ativos financeiros e estabelece que, no caso de posse, a pessoa física informe este como “Outros Bens” na ficha de Bens e Direitos da DIRPF (Declaração do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física), convertendo a criptomoeda adquirida para o seu valor equivalente em reais. Os eventuais ganhos de capital pela alienação ou troca para moeda corrente, devem ser tributados pelas alíquotas progressivas de 15% a 22,5%, dependendo do valor do ganho. Entretanto, as orientações dadas pela RFB não abordam o tratamento tributário que deveria ser aplicado à “mineração” das criptomoedas. Sendo assim, a RFB acaba por ser menos abrangente nas orientações quanto a declaração e tributação das criptomoedas, ao contrário dos órgão que fazem essa regulamentação em outros países, como o serviço de receita do Governo Federal dos Estados Unidos (IRS - Internal Revenue Service), que se manifestou quanto às moedas virtuais definindo que “devem ser tratadas como propriedade, não se qualificando como moeda estrangeira para fins fiscais; o recebimento de um pagamento em moeda virtual deve ser oferecido à tributação como qualquer outro pagamento feito com bens; e a remuneração da atividade de produção de moedas virtuais (tal como a mineração) se qualifica como rendimento de trabalho autônomo e deve ser assim tributada. Além disso, se o contribuinte vender ou trocar moedas virtuais, pode haver ganhos de capital tributáveis;”. A Corte Europeia de Justiça concluiu que “a troca de criptomoedas deve receber o mesmo tratamento fiscal que a troca de moedas estrangeiras, o que reforça a qualificação 10 desses mecanismos como equivalentes de dinheiro. Nesse sentido, os fiscos do Reino Unido e da Alemanha reconheceram que as moedas virtuais são uma forma de dinheiro privado e que seus criadores e usuários devem ser propriamente tributados” (Colucci, Fernando; Miyake, Alina. São Paulo, 2017). Apesar dessa consideração das criptomoedas como equivalente do dinheiro real, ainda não não há governo que as reconheça assim em sua constituição. Contudo, essas iniciativas mostram que a tentativa dos governos de se encaixar as moedas virtuais dentro da constituição e definir os tributos a serem tarifados sobre estas, é algo que difere de um país para o outro, assim a interpretação desse ativo financeiro varia de acordo com a legislação já existente e a fomentação de novas leis nas quais este se encaixe. No Brasil foi proposto o projeto de lei nº 2.303/2015 que visa regulamentar as criptomoedas no Brasil (nele chamadas de "moedas virtuais") incluindo-as no conceito de "arranjos de pagamento" sob a supervisão do Banco Central. Todavia o Banco Central brasileiro entende que a regulamentação das criptomoedas não se faz necessária até o presente momento (Comunicado nº 31.379, de 16 de novembro de 2017). Afinal, não identificou ainda nenhum risco relevante para a estrutura do Sistema Financeiro Nacional, que delas possa decorrer. 3. METODOLOGIA O método de pesquisa utilizado é o bibliográfico-documental. Método adotado na pesquisa para sustentar o tipo de coleta de dados apoiado por autores de metodologia de pesquisa, bem como a descrição do objeto de estudo com detalhes e a descrição da abordagem e forma de coleta. 11 4. ANÁLISE DOS RESULTADOS Para analisar os resultados obtidos por uma criptomoeda em determinado período, algumas plataformas envolvidas no mercado, como a CoinMarket, dispõem de dois formatos de gráfico para demonstrar os movimentos e oscilações das criptomoedas no mercado financeiro. Esses gráficos são o Gráfico Linear (imagem 1) e o Gráfico de “Vela”(imagen 2; imagem 3). O Gráfico Linear demonstra de forma objetiva às transações financeiras de uma criptomoeda demonstrando suas oscilações de valor no mercado. Faz uma apresentação, também simplificada, da capitalização de mercado e do volume de transações de uma moeda realizadas no período estipulado. Já o Gráfico de “Vela” é uma ferramenta usada para análises de mercado mais avançadas, pois demonstra de maneira mais detalhada às transações de uma criptomoeda realizadas no período estipulado (podendo este ser definido para mostrar às transações, movimentos e oscilações da moeda por minuto, horas, dias, etc.), porcentagem de mudança, último preço, histórico, entre outros dados. (Imagem 1, Gráfico Linear. Fonte: https://coinmarketcap.com/currencies/bitcoin/#charts) 12 https://coinmarketcap.com/currencies/bitcoin/#charts (Fonte: https://www.binance.com/en/trade/BTC_USDT) (Fonte: https://www.binance.com/en/trade/ETH_USDT) Os dados apresentados nestes gráficos permitem aos investidores realizarem análises do mercado financeiro de criptomoedas que os permitem criar projeções de resultados. Mesmo sendo “um tanto quanto” especulativas, essas projeções os auxiliam nas tomadas de decisão em relação aos seus investimentos e, na maioria das vezes, os impedem de sofrerem grandes perdas de capital. Com as altas oscilações de preço no mercado financeiro de criptomoedas, esses métodos, por mais incertos e especulativos que sejam, são extremamente necessários para a manutenção dos investidores nesse mercado. 5. DISCUSSÃO As criptomoedas sofreram uma significativa desvalorização em 2017/2018. No início do ano de 2017 os bitcoins foram ganhando maior fama e com isso houve uma superlotação no mercado, logo em seguida a moeda foi perdendo cada vez mais o seu valor agregado, sendo assim houve uma grande desvalorização da mesma. Em janeiro de 2017, o bitcoin valia R$ 3 mil no mercado brasileiro. No final do ano, quando a euforia atraiu milhões de investidores, sua cotação se aproximou dos R$ 65 mil. Em todo o ano de 2018, o bitcoin acumulou perdas 13 https://www.binance.com/en/trade/BTC_USDT https://www.binance.com/en/trade/ETH_USDT de 73% após autoridades americanas passarem a investigar supostas fraudes e irregularidades do setor. A segunda maior moeda por valor de mercado, o Ethereum, também sofreu uma queda. Depois de perder 4,66% em 24 horas, a moeda estava sendo negociada por cerca de US$ 181,86. Os ganhos semanais e mensais do Ether permanecem em território positivo, em cerca de 3,91% e 0,83%, respectivamente. Agora em 2019 as principais criptomoedas estão conseguindo manter com uma estabilidade, na casa dos 10.200 dólares. É importante ver quais são suas variáveis até o final do ano, mesmo assim alguns especialistas fazem previsões que indicam que uma queda na média de cinco dígitos antes de um novo quadrode alta poder acontecer ainda neste ano. Desta forma, as expectativas com relação ao que acontecerá com as criptomoedas em curto prazo continuam bastante altas. 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Sem dúvidas as criptomoedas são uma tecnologia inovadora que apresenta diversas benfeitorias à sociedade, em principalmente no que se refere às transferências de ativos sem a necessidade de um mediador. Porém é comum que hajam dúvidas em relação à novidade, principalmente no âmbito jurídico. Pois apesar de no mundo fático as criptomoedas serem consideradas como moeda virtual, estas não se encaixam como moeda no entendimento jurídico sendo categorizado como objeto usado em contrato de troca ou permuta. Portanto se não é moeda ficam dúvidas em relação à segurança jurídica dos negócios feitos com criptomoedas. Por este mesmo motivo não se tem uma definição específica para este ativo dentro do setor financeiro, o que dificulta a sua declaração. Conclui-se então que as criptomoedas devem ser enquadradas nos institutos jurídicos já existentes, até que haja uma regulamentação específica para as mesmas, sendo necessário um estudo aprimorado para se investir neste seguimento, dado à alta volatilidade inerente ao seu mercado. 14 REFERÊNCIAS ● · ABREU, Miguel Tadeu Bertanha de. Criptomoeda e a sua possível Tributação. Disponível em: <https://migueltbertanha.jusbrasil.com.br/artigos/584984956/criptomoeda-e-a-sua-pos siv el-tributacao?ref=topic_feed>. Acesso em: 15 de out. de 2019. ● · BRASIL. Art. 21, inc. VII da Constituição Federal, 1988. Disponível em: <https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10721130/inciso-vii-do-artigo-21-da-constituic ao-federal-de-1988>. Acesso em: 14 de out. de 2019. ● · BRASIL. LEI Nº 9.069, DE 29 DE JUNHO DE 1995. Diário Oficial [da União], Brasília, DF, 174º da Independência e 107º da República, 29 de junho de 1995, Seção 1, pág. 9621. 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