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5 PEÇA PJ3

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Prévia do material em texto

CASO 1 –PRECEPTOR –MARCELO BAREATO-PJ III-N1 
Sofia, alta funcionária da empresa “ATR”, no centro de São Paulo, Capital,recebe 
normalmente cantadas de seu superior hierárquico, João. Temendo por seu 
emprego, Sofia nunca efetuou nenhuma reclamação. Em 20.01.2021, contudo, 
João, prevalecendo-se de sua condição na empresa, chamou Sofia em sua sala. 
Quando ela na sala ingressou, João trancou a porta, exigindo favores sexuais. 
Visivelmente alterado, João gritou com Sofia, dizendo que se ela não 
concordasse com o ato sexual, ele iria demiti-la. Outros funcionários, escutando 
os gritos de Sofia, foram imediatamente em seu socorro, abrindo a sala de João 
com a chave mestra, encontrando Sofia aos prantos. João, naquele momento, 
saiu rapidamente da sala. No dia seguinte, tratou de pedir desculpas a Sofia, 
dizendo haver bebido demais na véspera, e que tudo não teria passado de um 
mal-entendido. Todavia, Sofia revoltada com tudo que lhe ocorrera, empenhou 
esforços no sentido de conhecer e cobrar seus direitos. 
QUESTÃO: como advogado de Sofia, redija a peça mais adequada para atender 
seus interesses. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ILUSTRÍSSIMO SENHOR DOUTOR DELEGADO DE POLICIA TITULAR DO 
DISTRITO POLICIAL DA COMARCA DE SÃO PAULO ESTADO DE SÃO 
PAULO 
 
 
 Sofia, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., CPF..., RG..., 
residente e domiciliada no na Rua..., lt..., bairro..., em São Paulo, estado de 
São Paulo, vem respeitosamente a presença deste juízo, o que faz por 
intermédio do MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO para 
ajuizar a presente ação de: 
 
REPRESENTAÇÃO CRIMINAL 
 Em face de João, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., CPF..., 
RG..., residente e domiciliada no na Rua..., lt..., bairro..., em São Paulo, estado 
de São Paulo, pelos fatos e motivos que seguem: 
AUTORIA DELITIVA E NEXO CAUSAL 
 Sofia, alta funcionária da empresa “ATR”, no centro de São Paulo, 
Capital, recebe normalmente cantadas de seu superior hierárquico, João. 
Temendo por seu emprego, Sofia nunca efetuou nenhuma reclamação. 
 Em 20.01.2021, contudo, João, prevalecendo-se de sua condição na 
empresa, chamou Sofia em sua sala. Quando ela na sala ingressou, João 
trancou a porta, exigindo favores sexuais. Visivelmente alterado, João gritou 
com Sofia, dizendo que se ela não concordasse com o ato sexual, ele iria 
demiti-la. Outros funcionários, escutando os gritos de Sofia, foram 
imediatamente em seu socorro, abrindo a sala de João com a chave mestra, 
encontrando Sofia aos prantos. João, naquele momento, saiu rapidamente da 
sala. 
MATERIALIDADE 
 
 A presente ação visa a efetivação da proteção constitucional com a 
condenação criminal resultante da materialidade e da autoria do imputado 
evidenciado pela descrição das ações praticadas pelo mesmo. 
TIPICIDADE 
 Neste tópico nós atemos ao que está previsto no Código Penal.nos 
seguintes termos: 
 Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou 
favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior 
hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou 
função. Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos. 
 Cabe ressalvar, que o depoimento da vítima e das testemunhas no 
Boletim de Ocorrência e demais documentos que se encontram devidamente 
anexados, configura prova suficiente no que tange a autoria e a materialidade. 
 Diante de tais fatos, requer-se a condenação do réu tendo como base, 
nos ditames legais disposto no artigo 216-A do Código Penal. 
DOS PEDIDOS 
1. Isso posto, vem a ofendida representar com base nos dispositivos legais já 
mencionados, requerer seja instaurado o Inquérito Policial pela autoridade 
competente. 
2. A oitiva das testemunhas adiante arroladas. 
3. A produção de todas as provas em direito admitidas: 
4. Finalmente, digne-se a Vossa Excelência, determinar em decorrência do 
meio criminoso utilizado pelo o acusado, pela propositura da ação penal. a fim 
de que sejam aplicadas ao acusado as penas cominadas no artigo 216-A, do 
Código Penal. 
 Nestes termos, 
 Pede deferimento. 
 
Local..., data 
 
ADVAGADO, OAB N°... 
CASO 2–PRECEPTOR –MARCELO BAREATO-PJ III-N1 
Anselmo, promotor de justiça, ofereceu denúncia contra Idelfonso, empresário, 
descrevendo infração penal tipificada como receptação ocorrida em outubro de 
2020. Contudo, ao fazê-lo, esqueceu-se de apresentar rol de testemunhas, 
além de narrar fato equivocado, fazendo inserir circunstâncias totalmente 
distorcidas da realidade, não oferecendo, outrossim, a qualificação do 
indiciado. O Magistrado, ao tomar conhecimento do teor da denúncia, rejeitou-
a, expondo os motivos para tal. O promotor de justiça recorreu da decisão, 
expondo os motivos de seu inconformismo, reiterando que a ação penal deve 
ser recebida, para, ao final da instrução probatória, ser o réu condenado pelo 
crime que cometeu. Você como advogado de Idelfonso, foi intimado para 
tomar ciência da decisão do Juiz, bem como do recurso interposto pelo 
promotor de justiça. 
QUESTÃO: assim, proponha a peça processual que julgar correta para a 
defesa de Idelfonso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AO DOUTO JUÍZO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA XXXX ESTADO 
XXXX 
 
AUTOS Nº: XXXXXXXXX 
Autor: MINISTÉRIO PÚBLICO 
Réu: IDELFONSO 
 
 IDELFONSO, já devidamente qualificado nos autos do processo em 
epigrafe, através de seu procurador ao final subscrito, vem respeitosamente e 
tempestivamente, perante esse juízo, com fulcro no Art. 588. do Código de 
Processo Penal Brasileiro, oferecer: 
CONTRARRAZÕES EM RECURSO EM SENTIDO ESTRITO 
 Não se conformando com o recurso interposto pelo órgão do Ministério 
Público do Estado XXX, contra a respeitável decisão proferida em favor do 
recorrido, onde rejeitou o pleito da denúncia, considerando-a inepta e sem 
justa causa e, aguardando, ao final, se dignem Vossas Excelências em mantê 
la, pelas razões a seguir aduzidas. 
Termos que, 
Aguarda deferimento. 
Local, data 
 
ADVOGADO/OAB 
 
 
 
 
AO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO XXXXXXX 
Autos Nº: xXXXXXXXXXXXX 
Recorrente: XXXXXXXXXX 
Recorrido: XXXXXXX 
COLENDA TURMA 
DOUTO JULGADORES 
NOBRES PROCURADORES 
 
 
I- DOS FATOS: 
 
 Anselmo, promotor de justiça, ofereceu denúncia contra Idelfonso, 
empresário, descrevendo infração penal tipificada como receptação ocorrida 
em outubro de 2020. Contudo, ao fazê-lo, esqueceu-se de apresentar rol de 
testemunhas, além de narrar fato equivocado, fazendo inserir circunstâncias 
totalmente distorcidas da realidade, não oferecendo, outrossim, a qualificação 
do indiciado. O Magistrado, ao tomar conhecimento do teor da denúncia, 
rejeitou-a, expondo os motivos para tal. O promotor de justiça recorreu da 
decisão, expondo os motivos de seu inconformismo, reiterando que a ação 
penal deve ser recebida, para, ao final da instrução probatória, ser o réu 
condenado pelo crime que supostamente cometeu. 
 
II- DO DIREITO: 
 Segundo o artigo 40 do Código de Processo Penal: 
Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, 
com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou 
esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do 
crime e, quando necessário, o rol das testemunhas. 
 De acordo também com o artigo 396, I do Código de Processo Penal: 
Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: 
I - for manifestamente inepta 
 
 Não há dúvidas da inépcia da denúncia, isso por que não qualificação 
do réu, não há também provas da autoria dos fatos, isso por que o Ministério 
Público não apresentou nenhum meio probatório. 
 Por essa razão é justa a rejeição da denúncia e deve ser mantida. 
 
III- DOS PEDIDOS: 
 Diante do exposto, requer a Vossas Excelências que o recurso 
interposto pelo Ministério Público não seja conhecido, e se conhecido não seja 
provido. 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
LOCAL,DATA 
 
ADVOGADO 
OAB N° XX 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CASO 3–PRECEPTOR –MARCELO BAREATO-PJ III-N1 
Policial civil ingressou as 19h e 30min, sem mandado judicial, na residência de 
Nicomedes e nela apreendeu documento público que submetido à perícia 
constatou-se falso. O documento fora apreendido no quarto do filho do agente, 
adolescente de 15 anos incompletos. Por esse motivo Nicomedes foi denunciado 
como incurso nas sanções do artigo 297, caput, do Código Penal. A denúncia foi 
recebida pelo juiz que determinou a citação de Nicomedes para apresentar a peça 
processual pertinente a sua defesa. De posse da peça em questão, onde o 
Acusado alegou a entrada ilícita na residência, assim como não ser o autor do 
fato, entendeu por bem o magistrado dar continuidade ao feito alegando que a 
matéria trazida pela defesa deve ser discutida em regular audiência de instrução e 
julgamento, a qual já está designada para o próximo dia 28 de outubro do 
corrente ano. 
QUESTÃO: como advogado de Nicomedes, redija a peça compatível com o 
momento processual e cabível a defesa de seu cliente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HABEAS CORPUS COM PEDIDO DE LIMINAR 
IMPETRANTE: 
PACIENTE: NICOMEDES 
LOCAL ONDE ENCONTRA-SE RECOLHIDO: XX 
RECOLHIDO DESDE:XX 
CRIME: ARTIGO 297 CAPUT, DO CÓDIGO PENAL. 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO 
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO xx 
 
 
Rayara, brasileira, solteira, advogada, OAB/XX nº XX, com 
endereço profissional situado à ___, fone ___, E-mail ___, vem, com respeito 
e acatamento à presença de Vossa Excelência, com fulcro nos 
artigos 647 e 648 do Código de Processo Penal e artigo 5º, 
inciso LXVIII da Constituição Federal, impetrar a presente ordem de 
 HABEAS CORPUS 
em favor de NICOMEDES , atualmente recolhido na Casa de 
Custódia de xxx Apontando como autoridade coatora o Juiz de Direito ___ 
lotado na ___ª VARA CRIMINAL DE CURITIBA, pelos fatos e fundamentos a 
seguir aduzidos. 
 
SÍNTESE DOS FATOS 
 
Os policiais civis, adentraram as 19h e 30min, sem o mandado 
judicial, na residência do paciente e nela apreendeu documento público que 
submetido à perícia que constatou-se falso. O documento fora apreendido no 
quarto do filho do agente, adolescente de 15 anos incompletos. Por esse 
motivo Nicomedes foi denunciado como incurso nas sanções do artigo 297, 
caput, do Código Penal. 
A denúncia foi recebida pelo douto juízo que determinou a citação 
do paciente para apresentar a peça processual pertinente a sua defesa. 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612072/artigo-647-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612028/artigo-648-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028351/c%C3%B3digo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10727821/inciso-lxviii-do-artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
Alegou-se em defesa de mérito que houve entrada ilícita na residência, assim 
alude também que o paciente não e o autor do fato, e mesmo assim entendeu 
o magistrado em dar continuidade ao feito alegando que a matéria trazida 
pela defesa deve ser discutida em regular audiência de instrução e 
julgamento, a qual foi designada para o próximo dia 28 de maio do corrente 
ano. 
DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS 
 
Inicialmente, há que se consignar que é pacífico o entendimento 
doutrinário e jurisprudencial no sentido de que o agente que pratica as 
condutas de falsificar e de usar o documento falsificado deve responder por 
apenas um delito, em razão do princípio da consunção. Assim explica Rogério 
Greco: 
"Caso o agente que falsificou o documento venha, 
efetivamente, fazer uso dele, não poderíamos, in casu, 
cogitar de concurso entre os crimes de falsificação de 
documento público e uso de documento falso, pois que 
nessa hipótese devemos aplicar a regra relativa ao 
antefato impunível, ou seja, o crime-meio (falsificação de 
documento), deverá ser absorvido pelo crime-fim (uso de 
documento público falso) (DIREITO PENAL 
COMENTADO, 2012, p. 879)." 
Assim, o entendimento pacificado pela jurisprudência do STF é de 
que se o mesmo sujeito falsifica e, em seguida, usa o documento falsificado 
responde apenas pela falsificação. Nessa linha, têm-se o seguinte julgado: 
"HABEAS CORPUS. CONDENAÇÃO DE PACIENTE, 
COMO INCURSO NOS CRIMES DE FALSIDADE 
DOCUMENTAL E USO DE DOCUMENTO FALSO, EM 
CONCURSO MATERIAL (CÓDIGO PENAL, 
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984002/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
ARTS. 297, PAR-2., 304 E 51). O USO DO 
DOCUMENTO FALSO, PELO PRÓPRIO AUTOR DA 
FALSIFICAÇÃO, CONFIGURA UM SÓ CRIME: O DO 
ART-297 DO DIPLOMA PENAL. CONCESSÃO PARCIAL 
DO HABEAS CORPUS, PARA EXCLUIR A 
CONDENAÇÃO PELO DELITO DE USO DO 
DOCUMENTO FALSO, PERMANECENDO, TÃO SÓ, A 
PENA RELATIVA A INFRAÇÃO DO ART-297, PAR-2., 
DO CÓDIGO PENAL. TENDO EM CONTA QUE A 
SENTENÇA FIXOU AS PENAS, NO MINIMO LEGAL, DE 
CADA TIPO, REDUZ-SE, NO CASO, A PENA IMPOSTA 
PARA DOIS ANOS DE RECLUSÃO, PODENDO, EM 
CONSEQUENCIA, SER CONSIDERADA, NA 
EXECUÇÃO, EVENTUAL CONCESSÃO DO SURSIS 
(HC nº 60.716⁄RJ, Relator o Ministro Néri da Silveira, DJ 
de 2⁄12⁄1983)." 
De acordo com o art. 27 do CP, os menores de 18 anos não gozam 
de plena capacidade de entendimento que lhes permita imputar a prática de 
um fato típico e ilícito: 
“Art. 27. Os menores de 18 (dezoito) anos são 
penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas 
estabelecidas na legislação especial.”. 
Nesse sentido, o Egrégio Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro tem 
entendido o seguinte: 
"HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO PENAL. 
RETIFICAÇÕES NO LEVANTAMENTO DE PENAS. 
INIMPUTABILIDADE PENAL DO PACIENTE. MENOR 
DE IDADE À ÉPOCA DOS FATOS. NULIDADE DA 
AÇÃO PENAL RECONHECIDA. Ao analisar detidamente 
os autos do processo, verifica-se que merece ser 
acolhida a tese sustentada pela defesa, pois tendo o 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10600423/artigo-297-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10600359/par%C3%A1grafo-2-artigo-297-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10599626/artigo-304-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10633698/artigo-51-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10600423/artigo-297-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10600359/par%C3%A1grafo-2-artigo-297-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984002/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10637112/artigo-27-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984002/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
paciente nascido em 19/07/1995 e sendo o crime 
praticado em 11/05/2013, conclui-se que o agente era 
menor de idade, à época dos fatos, não havendo como 
responsabilizá-lo criminalmente, tal como ocorreu, sendo 
nula, portanto, a ação penal. Pelo exposto, reconhece-se 
a nulidade da condenação referente à ação penal nº 
0158678-57.2013.8.19.0001, determinando a elaboração 
de novo cálculo de pena em favor do paciente junto ao 
Juízo da Vara de Execuções Penais, com expedição de 
ofício ao juízo da condenação. ORDEM CONCEDIDA 
(TJ-RJ - HC: 00357527220168190000 RIO DE JANEIRO 
CAPITAL VARA DE EXEC PENAIS, Relator: JOAQUIM 
DOMINGOS DE ALMEIDA NETO, Data de Julgamento: 
30/08/2016, SÉTIMA CÂMARA CRIMINAL, Data de 
Publicação:02/09/2016)." 
Desta feita, restando comprovada a fragilidade da acusação, não há 
de se falar em crime cometido pelo requerido, considerando que este era 
menor de idade à época dos fatos, não havendo como responsabilizá-lo 
criminalmente. 
DA PROVA OBTIDA EM INVASÃO DE DOMICÍLIO SEM MANDADO 
Legitimar um ato a partir do seu resultado não se amolda aos 
princípios do Estado Democrático de Direito. Assim, provas obtidas a partir de 
invasões a domicílio são nulas, mesmo se confirmada a ocorrência de um 
crime na residência violada. O entendimento é da 5ª Câmara Criminal do 
Tribunal de Justiça de Santa Catarina. O colegiado concedeu Habeas Corpus 
para trancar ação penal contra um homem preso em flagrante, com posterior 
conversão em preventiva, por tráfico de drogas. 
No caso concreto, o paciente teve sua residência invadida. As 
autoridades policiais disseram que o rapaz informou espontaneamente que 
tinha drogas em sua casa e autorizou a entrada dos agentes. A defesa do 
homem, feita pelos advogados Adriano Galvão Dias Resende, Guilherme 
Silva Araújo, Jhonatan Morais Barbosa e Rafael Roxo Reinisch, 
contestou a versão, argumentando que a porta da residência foi arrombada 
sem mandado e sem justificativa para ação. 
Como a polícia só forneceu imagens de quando já estava dentro do 
domicílio, o TJ-SC entendeu que não ficou devidamente comprovado que 
houve autorização para entrada. Também considerou que o fato de drogas 
terem sido encontradas não valida as provas obtidas. 
"A entrada na casa, tampouco, poderá ser legitimada apenas 
porque, no local, foram apreendidas drogas. Afinal, a legitimação de um ato a 
partir do resultado obtido não se amolda aos princípios do Estado Democrático 
de Direito. A confirmação do crime não excepciona a regra de que a violação 
do domicílio deve estar motivada em fundadas suspeitas, as quais configuram 
pressupostos da legalidade do flagrante, em casos dessa natureza", afirmou 
em seu voto o desembargador Antônio Zoldan da Veiga, relator do caso. 
O magistrado também se valeu de recente precedente da 6ª Turma 
do Superior Tribunal de Justiça, que decidiu em 2 de março deste ano que os 
agentes policiais, caso precisem entrar em uma residência para investigar a 
ocorrência de eventual crime, sem que tenham mandado judicial para isso, 
devem registrar a autorização do morador em vídeo e áudio. 
"Compete aos policiais a demonstração de que a entrada na 
residência foi autorizada pelo morador, o que, no caso em análise, poderia ser 
facilmente feito, uma vez que a guarnição estava equipada com câmera, que, 
curiosamente, somente foi ligada após toda a abordagem ter sido realizada, 
sendo usada apenas no momento em que o paciente já estava algemado, para 
coletar suas declarações", prosseguiu o relator. 
Com isso, o TJ-SC reconheceu a ilegalidade do flagrante, declarou a 
nulidade das provas colhidas e, como consequência, trancou a ação penal, 
determinando que o paciente seja colocado em liberdade imediatamente. 
https://www.conjur.com.br/2021-mar-03/policiais-gravar-autorizacao-morador-entrar-casa
https://www.conjur.com.br/2021-mar-03/policiais-gravar-autorizacao-morador-entrar-casa
"É clara a ilegalidade do flagrante, tendo em vista que, ao contrário 
do que relataram os policiais que realizaram a prisão, a entrada na casa não foi 
autorizada pelo nosso cliente, nem mesmo feita uma abordagem prévia em 
ambiente externo à residência que justificasse o ingresso", disse Adriano 
Galvão, um dos responsáveis pela defesa do paciente. 
DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS 
 
Ante todo o exposto, não se encontrando presentes os requisitos 
necessários à manutenção da acusação, requer: 
a) Seja rejeitada de plano a denúncia, com fulcro no art. 395 e 
incisos do CPP, eis que objetiva a denúncia imputar responsabilidade penal 
sob conduta atípica e/ou inexistentes as condições para o exercício da ação; 
b) O recebimento da presente defesa, com a consequente 
absolvição sumária do requerente, com base nos argumentos acima expostos, 
nos moldes do art. 397, III do CPP; 
c) Seja julgada totalmente improcedente a denúncia;Protesta provar 
o alegado por todos meios de provas, documental, testemunha e demais 
meios de prova em direito admitidos. 
 
Termos em que,Pede deferimento. 
Data 
 
 
 
 
 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10642160/artigo-395-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028351/c%C3%B3digo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641837/artigo-397-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641724/inciso-iii-do-artigo-397-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028351/c%C3%B3digo-processo-penal-decreto-lei-3689-41
CASO 4–PRECEPTOR –MARCELO BAREATO-PJ III-N1 
 
Pedro foi acusado de roubo qualificado por denúncia do Promotor de 
Justiça da comarca, no dia 1º de julho de 2019. Dela constou que ele subtraiu 
importância em dinheiro de Antônio, utilizando-se de um revólver de brinquedo. 
Arrolou, para serem ouvidos, a vítima e dois policiais militares. O juiz resolveu 
ouvi-lo preliminarmente no dia 5 de setembro de 2019, sem a presença de 
defensor, ocasião em que confessou, com detalhes, a prática delituosa, 
descrevendo a vítima e afirmando que o dinheiro fora utilizado na compra de 
drogas. Afirmou, ainda, que havia sido internado várias vezes para tratamento. 
O defensor nomeado arrolou três testemunhas na defesa escrita. 
 A vítima, ao ser ouvida em outubro de 2019 em audiência una 
designada pelo juízo, confirmou o fato e afirmou que não viu o rosto do autor 
do crime porque estava encoberto e, por isso, não tinha condições de 
reconhecê-lo. Os dois policiais afirmaram que ouviram a vítima gritando que 
havia sido roubada, mas nada encontraram; contudo, no dia seguinte, houve, 
no mesmo local, outro roubo, sendo o acusado preso quando estava fugindo e, 
por isso, ligaram o fato com o do dia anterior; o acusado, por estar visivelmente 
“drogado”, não teve condições de esclarecer o fato. 
 As testemunhas de defesa nada disseram sobre o fato; confirmaram 
que o acusado tinha problemas com drogas e, por isso, era sempre internado. 
Sem diligências requeridas pelas partes e sem novo interrogatório, o Promotor 
de Justiça, em sede de memoriais, pediu a condenação, alegando que a 
materialidade estava provada e que a confissão do acusado, pelos informes 
que continha, mostrava ser ele o autor do crime. Quanto às penas, entendeu 
que poderiam ser aplicadas nos patamares mínimos. Intimado o acusado para 
os fins do artigo 403, § 3º do CPP, seus pais resolveram contratar um 
advogado para defendê-lo. 
QUESTÃO: como advogado, apresente a peça adequada, com 
todos os argumentos e pedidos cabíveis na defesa do acusado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 00 VARA 
CRIMINAL DA COMARCA DE ___ 
 
 
 
 
 
 
Processo nº000000 
 
 
 
X , já devidamente qualificado nos autos do processo em 
epígrafe, vem, por meio de seu advogado (procuração anexada), apresentar 
MEMORIAIS ESCRITOS, com base no Art. 403, §3º do CPP e demais 
legislação aplicável à espécie, nos autos do processo que lhe move a Justiça 
Pública, pelos fatos e fundamentos a seguir aduzidos: 
 
I- DOS FATOS 
O acusado está sendo processado por roubo qualificado, por 
supostamente, ter, com uso de arma de brinquedo, subtraído o bem da 
vítima a denúncia foi recebida pelo Promotor de Justiça da comarca, em 1º 
de julho de 2019. 
Na mesma constou que ele subtraiu importância em dinheiro de 
Antônio, utilizando-se de um revólver de brinquedo. Arrolou, para serem 
ouvidos, a vítima e dois policiais militares. O juiz resolveu asssim ouvi-lo 
preliminarmente no dia 5 de setembro de 2019, sem a presença de defensor, 
ocasião em que confessou, com detalhes, a prática delituosa, descrevendo a 
vítima e afirmandoque o dinheiro fora utilizado na compra de drogas. 
Afirmou, ainda, que havia sido internado várias vezes para tratamento. 
 
Foi nomeada três testemunhas na defesa escrita. Uma das 
testemunhas afirmou que não viu o rosto do autor do crime porque estava 
encoberto e, por isso, não tinha condições de reconhecê-lo. Os dois policiais 
afirmaram que ouviram a vítima gritando que havia sido roubada, mas nada 
encontraram; contudo, no dia seguinte, houve, no mesmo local, outro roubo, 
sendo o acusado preso quando estava fugindo e, por isso, ligaram o fato com 
o do dia anterior; o acusado, por estar visivelmente “drogado”, não teve 
condições de esclarecer o fato. 
As mesmas testemunhas em sede de defesa nada disseram sobre o 
fato; confirmaram que o acusado tinha problemas com drogas e, por isso, era 
sempre internado. Sem diligências requeridas pelas partes e sem novo 
interrogatório, o Promotor de Justiça, em sede de memoriais, pediu a 
condenação, alegando que a materialidade estava provada e que a confissão 
do acusado, pelos informes que continha, mostrava ser ele o autor do crime. 
Quanto às penas, entendeu que poderiam ser aplicadas nos patamares 
mínimos. Intimado o acusado para os fins do artigo 403, § 3º do CPP. 
 
II - DAS PRELIMINARES 
 
 1 DA NULIDADE DA AUDIÊNCIA 
 
Exclência, a ordem do interrogatório do acusado e oitiva da vítima e 
das testemunhas, descrita no Art. 400, caput, do CPP, foi desrespeitada, já 
que o réu foi o primeiro a ser interrogado, e não o último, como deveria ser. 
 
Tal fato acarreta graves prejuízos ao acusado, tendo em vista que ele 
não pôde se defender de todos os fatos que a ele estavam sendo imputados. 
Isso, por si só, viola o princípio do contraditório e, principalmente, o da ampla 
defesa, devendo toda a audiência ser declarada nula, nos termos do Art. 5º, 
LV da Constituição Federal e do Art. 564, IV. 
 
2 DA NULIDADE DO INTERROGATÓRIO E DA CONFISSÃO 
 
 
Caso Vossa ExcelÊncia, não entenda em anular a audiência, requer-
se a declaração da nulidade do interrogatório do réu, tendo em vista ter sido 
ele interrogado sem o seu defensor. 
 
Isso porque, de acordo com o Art. 185, caput e a Art. 261 ambos do 
CPP, deve o acusado ser interrogado na presença do seu defensor. Sem 
dúvida, tal fato viola, mais uma vez, o princípio da ampla defesa que garante 
ao réu, entre outros aspectos, o direito irrenunciável à defesa técnica. 
Portanto, deve o interrogatório, de acordo com o Art. 564, III, c, ser declarado 
nulo. 
 
 
Ademais, a confissão obtida neste interrogatório, a qual serviu de 
fundamento o pedido de condenação do Ministério Público deve ser 
desentranhada do processo, pois se trata de uma prova ilícita (Art. 157, CPP), 
já que produzida sem a presença do advogado do réu, sendo inadmissível 
nos presentes autos, conforme o Art. 5º, LVI da Constituição Federal. 
 
 
III – DO MÉRITO 
 
Caso Vossa Excelência, não entenda em acolher as nulidades 
requeridas, requer-se que, no mérito, seja o acusado absolvido por 
insuficiência de prova da condenação, nos termos do Art. 386, VII. 
 
Isso porque a vítima não reconheceu o réu e os policiais, em seu 
depoimento, disseram “(...) que ouviram a vítima gritando que havia sido 
roubada, mas nada encontraram; contudo, no dia seguinte, houve, no mesmo 
local, outro roubo, sendo o acusado preso quando estava fugindo e, por isso, 
ligaram o fato com o do dia anterior”; 
 
Ora, Excelência, percebe-se que houve presunção de culpa, o que é 
proibido terminantemente no processo penal. Cabe ressaltar que o acusado, 
por estar visivelmente “drogado”, não teve condições de esclarecer o fato e 
nem de roubar qualquer pessoa. 
 
Saliente-se, inclusive, que o réu, por várias vezes, já esteve internado 
por conta das drogas, sendo um depende químico e necessitando, portanto, 
de proteção do Estado, podendo, inclusive, ser 
absolvido com base no Art. 45 da Lei 11.343/06, por se tratar de pessoa 
inimputável, tendo a sua culpabilidade excluída, portanto. 
 
IV – DA DESCLASSIFICAÇÃO 
 
Por fim, Excelência, a despeito dos argumentos anteriores, se, ainda 
assim, Vossa Excelência, insistir na condenação do acusado, requer-se a 
desclassificação do delito de roubo qualificado, para roubo simples. 
 
Tal pedido se dá, porque o roubo supostamente praticado ocorreu com 
arma de brinquedo, e esta não enseja a qualificado do Art.157, §2º, I, do CP, 
pois a Súmula 174 do STJ tendo sido cancelada. 
 
 
V – DO PEDIDO 
 
Diante do exposto, requer que Vossa Excelência, se digne do 
seguinte: 
 
a) Declarar nula a audiência, por inversão da ordem do Art. 400 do CPP 
ou, subdiarimente do interrogatório do acusado, por ter sido este 
ouvido sem seu defensor, determinando ainda o desentranhamento da 
confissão por ele feita, nos termos do Art.157
 do CPP. 
 
b) Caso assim não entenda, que absolva o acusado por insufiência de 
prova para a condenação, nos termos do Art. 386, VII do CPP. 
 
c) Por fim, se não entender em conformidade com os pedidos anteriores, 
pede-se a desclassificação do roubo qualificado para roubo simples, 
condenando o acusado no mínimo legal. 
 
Nestes Termos,Pede Deferimento. 
Local/data 
 
 
ADVOGADO -OAB 
 
 
 
 
CASO 5 - UNIVERSO 
 
O juiz, ao proferir sentença condenando João por furto qualificado admitiu 
expressamente, na fundamentação, que se tratava de caso de aplicação do 
privilégio previsto no § 2º, do art. 155, do Código Penal, porque o prejuízo da 
vítima fora apenas de R$ 100,00 (cem reais), devendo, em face de sua 
primariedade e bons antecedentes, ser condenado à pena mínima. Na parte 
dispositiva, fixou como pena a de reclusão de 2 (dois) anos, substituindo-a por 
uma pena restritiva de direito e multa, fixando regime inicial aberto. 
QUESTÃO: diante do inconformismo de João com a condenação e tendo por 
base a destituição do Advogado anterior, como seu novo Advogado, redija a 
peça processual adequada em sua defesa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXCELENTISSÍMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ... VARA 
CRIMINAL DA COMARCA... ESTADO... 
 
AUTOS N° .... 
 
 
 JOÃO, já devidamente qualificado nos autos em epigrafe, que lhe move 
a Justiça Pública, por suposta infração exposto no artigo 155, §2, do Código 
Penal, por seu advogado que a esta subscreve, vem respeitosamente à 
presença de Vossa Excelência inconformado com a sentença de folhas que o 
condenou a pena de reclusão de 02 (dois) anos substituindo-a por pena de 
direito e multa, em regime inicial aberto, apresentar em tempo os 
 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, 
 
com fundamento no artigo 382 do Código de Processo Penal, ante os fatos e 
fundamentos a seguir exposto: 
DOS FATOS 
 
 O juiz ao proferir a sentença condenou o embargante por furto 
qualificado. na fundamentação, que se tratava de caso de aplicação do 
privilégio previsto no artigo 155, § 2º do Código Penal, porque o prejuízo do 
embargado era de R$ 100,00 (cem. reais), devendo, em face de sua 
primariedade e bons antecedentes, ser condenado à pena mínima. 
 Na parte dispositiva, fixou como pena a de reclusão de 02 (dois) anos, 
substituindo-a por uma pena de restritiva de direito e multa, fixando regime 
inicial aberto. 
 
DO DIREITO 
 
 A defesa, segura do conhecimento de Vossa Excelência, vem aduzir os 
argumentos baseados no artigo 382 do CPP que nos assegura: 
Art. 382. Qualquer das partes poderá no prazo de 2 (dois) dias, pedir ao juiz 
que declare a senterica, sempre que nela houver obscuridade, ambiguidade, 
contradição ou omissão. 
 Há contrariedade entre a parte dispositiva e a fundamentação. 
 O magistrado deve ajustar a parte dispositiva a fundamentação. 
Aplicando fundamentação, aplicando o §2º do artigo 155 do Código Penal. 
 Embora, com isso, a pena venha a ser alterada, boal parte da doutrina 
admite, nos casos de contrariedade, essa possibilidade. 
 Ainda, que haja entendimento contrário à admissibilidade de privilegio no 
furto qualificado,há também orientação diversa, e, no caso, de qualquer forma, 
o juiz havia admitido a aplicação do artigo 155 $2, do Código Penal na 
fundamentação. 
Art. 155-Subtrair, para si ou para outrem, coisa Pena-reclusão, de 1 (um) a 4 
(quatro) anos, e alheia móvel: 
§-A pena aumenta-se de um terço, se o crime 
é praticado durante o repouso noturno. 
§2 Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode 
substitui a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, 
ou aplicar somente a pena de multa. 
§ 3°-Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha 
valor económico. 
 
DO PEDIDO 
 
 Diante do exposto e, tratando-se de evidente erro, que seja aplicado o 
disposto no artigo 155 $2° do Código de Penal, requer sejam recebidos os 
presentes embargos e, ao final julgado, para se declarar sentença embargada, 
a fim de que seja corrigido o equivoco que nela se contém, como medida de 
Justiça. 
Termos em que, espera deferimento. 
Local..., data ... 
Advogado... OAB..

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