Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Fitoterapia: sistema tegumentar 1. Melissa officinalis Nomes populares: melissa, erva-cidreira Parte utilizada: folhas Constituintes químicos: ● Óleos essenciais (até 0,5%): citral, citronelal, citronelol, linalol, geraniol, alfa-terpineol, cariofilenol, farnesol, germacraneno, ocimenos, alfa-copaeno e cânfora. ● Sesquiterpenos; ● Triterpenos: ácido ursólico e oleanólico; ● Ácidos: rosmarínico, cafeico, clorogênico, elágico, ferúlico e succínico; ● Taninos (4%); ● Flavonoides: luteolol, ramnocitrosídeo, apigenina, quercitrosídeo e kaempferol; ● Outros: resinas e fitosteróis (daucosterol). Ações terapêuticas: antiviral (herpes simples) e cicatrizante (uso tópico). Modo de usar: Forma Uso Posologia Tintura oral - 2–6 mL, 1–3 x/dia - 1–3 gotas/kg/dia Infusão oral - 0,5 g em 150 mL, 2–3 x/dia - Uso pediátrico: 5 mL/kg/dia, 2–3 x/dia Droga vegetal em cápsulas oral 250 mg, 1–3 x/dia Gel e creme* tópico aplicar na área afetada 3–4 x/dia *Podem conter 1–2% de extrato seco ou até 20% de tintura de Melissa officinalis. Evidências: ASTANI, Akram; HEIDARY NAVID, Mojdeh; SCHNITZLER, Paul. Attachment and Penetration of Acyclovir‐resistant Herpes Simplex Virus are Inhibited by Melissa officinalis Extract. Phytotherapy Research, v. 28, n. 10, p. 1547-1552, 2014. GEUENICH, Silvia et al. Aqueous extracts from peppermint, sage and lemon balm leaves display potent anti-HIV-1 activity by increasing the virion density. Retrovirology, v. 5, n. 1, p. 1-16, 2008. Interações medicamentosas: Pode, em doses elevadas, potencializar a atividade dos medicamentos antitireoidianos, ou inibir a ação dos hormônios tireoidianos sintéticos. Efeitos colaterais e toxicidade: ● Em doses elevadas, pode provocar hipertireoidismo ● A absorção de mais de 2 g do óleo essencial provoca entorpecimento, bradicardia, hipotensão arterial e depressão respiratória. ● O uso em doses mais elevadas pode provocar edema nos membros inferiores, especialmente tornozelos. ------------------------------------------------- 2. Casearia sylvestris Nomes populares: guaçatonga, erva-de-lagarto e chá-de-bugre. Parte utilizada: folhas Constituintes químicos: ● Taninos; ● Flavonóides; ● Saponinas; ● Antocianosídeos; ● Óleos essenciais: elemeno, copaeno, cariofileno, humuleno, germacreno-D, biciclogermacreno, cadineno espatulenol; ● Outros: resinas, pigmentos e terpenos Ações terapêuticas: cicatrizante Evidências: CURY, Viviane Goreth Costa. Eficácia terapêutica da Casearia sylvestris sobre herpes labial e perspectiva de uso em saúde coletiva. 2005. 67f. Dissertação (mestrado profissional) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Piracicaba, SP. Modo de usar: Forma Uso Posologia Infusão oral 2–4 g em 150 mL, 2–3 x/dia ou 0,5 g em 150 mL, 2–3 x/dia Tintura oral Uso oral: 1–3 gotas/kg/dia, 2–3 x/dia Creme ou gel a 10%* tópico passar nas lesões 3–4 x/dia. * O gel pode ser preparado em associação com Melissa officinalis a 10%. Efeitos colaterais e toxicidade: ● Pode tornar a urina viscosa, rica em sedimento e odor característico. Em dose mais elevada do que a recomendada pode causar náuseas, após algum tempo de uso. Interações medicamentosas: ● Por ser antagonista da vitamina K, o uso prolongado pode provocar hemorragias, além de potencializar a ação dos anticoagulantes, dificultando o controle das dosagens. ------------------------------------------------- 3. Curcuma longa: Nomes populares: açafrão-da-terra, falso açafrão e cúrcuma Parte utilizada: rizomas Constituintes químicos: ● Curcuminoides ou corantes: curcuminas I e III, dicafeilmetano, dihidrocurcumina, desmetoxi-curcumina, caferuilmetano, carotenoides e ciclocurcumina; ● Óleos essenciais: cineol, borneol, limoneno, d-sabineno, ácido caprílico, eugenol, curcumenol, felandreno, curcumenona, linalol, zingibereno, bisabolano, guayano, germacrano e alfa - atlantona; ● Saponinas; ● Vitaminas: carotenóides, tiamina, riboflavina, niacina e vitamina C. Ações terapêuticas: antiinflamatória ● doenças inflamatórias crônicas da pele, como a psoríase e acne ● tratamento de dermatites e urticária. Possui alto poder cicatrizante, podendo também ser usada em úlceras crônicas na forma de banhos ou de cremes Modo de usar: Forma Uso Posologia Droga vegetal oral 1 cápsula de 350–400 mg ou 1 colher de café do pó, 1–2 x/dia Decocção oral 1,5 g em 150 mL, 2 x/dia ou 0,5 g em 150 mL, 2–3 x/dia Tintura oral 0,1–1,5 mL (como antidispéptico) ou 1–3 mL (como anti-inflamatório), 3 x/dia Extrato fluido oral 10–30 gotas, 3x/dia Extrato seco oral 80–160 mg/dia (extrato etanólico 13-25:1 com etanol a 96%), em 2–4 x/dia, ou 100–120 mg/dia (extrato etanólico 5,5-6,5:1 com etanol a 50%), em 2 x/dia Extrato seco etílico (75 a 85% de curcuminoi des) oral 1 cápsula de 670 mg, 3 x/dia após as refeições Evidências: VAUGHN, Alexandra R.; BRANUM, Amy; SIVAMANI, Raja K. Effects of turmeric (Curcuma longa) on skin health: a systematic review of the clinical evidence. Phytotherapy Research, v. 30, n. 8, p. 1243-1264, 2016. ZAMAN, S. U.; AKHTAR, Naveed. Effect of turmeric (Curcuma longa Zingiberaceae) extract cream on human skin sebum secretion. Tropical Journal of Pharmaceutical Research, v. 12, n. 5, p. 665-669, 2013. CARRION-GUTIERREZ, Miguel et al. Effects of Curcuma extract and visible light on adults with plaque psoriasis. European Journal of Dermatology, v. 25, n. 3, p. 240-246, 2015. Interações medicamentosas: ● Evitar uso concomitante com anticoagulantes e anti-inflamatórios, pois podem aumentar o risco de sangramentos. ● Pode diminuir a ação de imunossupressores, quando usados concomitantemente. Efeitos colaterais e toxicidade: ● Contraindicado nos casos de obstrução das vias biliares. Em doses elevadas pode aumentar a secreção gástrica e agravar quadros de doença péptica. ------------------------------------------------- 4. Cocos nucifera: Nomes populares: coco-da-baía e coqueiro comum. Parte utilizada: mesocarpo do fruto verde. Constituintes químicos: ● Ácidos graxos livres (3 a 5%), ● Óleos graxos (45 a 50% de ácido láurico, 13 a 20% de ácido mirístico, 7 a 10% ácido palmítico, 5 a 10% de ácido caprílico) ● Delta-lactonas de ácidos graxos 5-hidroxilados (particularmente delta-octalactona). ● Flavonoides: presentes em grande quantidade nos frutos Principais indicações terapêuticas: herpes zoster Modo de usar: Forma Uso Posologia Tintura oral 1–3 gotas/kg/dia, em 3 x/dia, diluídas em água Decocção a 5% oral 10 mL/kg/dia, em 3–4 x/dia Evidências: DEBMANDAL, Manisha; MANDAL, Shyamapada. Coconut (Cocos nucifera L.: Arecaceae): in health promotion and disease prevention. Asian Pacific Journal of tropical medicine, v. 4, n. 3, p. 241-247, 2011. ESQUENAZI, Daniele et al. Antimicrobial and antiviral activities of polyphenolics from Cocos nucifera Linn. (Palmae) husk fiber extract. Research in microbiology, v. 153, n. 10, p. 647-652, 2002. ------------------------------------------------- 5. Echinacea purpurea: Nomes populares: equinácea Parte utilizada: planta inteira Constituintes químicos: ● Glicosídeos do ácido fenilcarbônico: equinaceína, cinarina e equinacosídeo. ● Alquilamidas; ● Derivados do ácido chicórico ● Alcalóides pirrolizidínicos ● Polissacarídeos e poliacetilenos ● Equinolona, betaína, fitoesteróis ● Óleos essenciais (1%): (humuleno, burnilacetato, germacreno D, cariofileno, campferol) ● Isobutilamidas ● Vitaminas: tiamina, riboflavina, A, C, E ● Ácidos orgânicos: verbascólico, clorogênico e derivados, cafeoil-etílico ● Ácidos graxos; ● Flavonóides: quercetina e rutina ● Taninos. Principais indicações terapêuticas: alergias em geral. Ações terapêuticas: antisséptica e cicatrizante. Modo de usar: Forma Uso Posologia Tintura oral 1–3 gotas/kg/dia, em 3 x/dia Infusão oral 0,5 g em 150 mL, 2–3 x/dia Decocção (raízes) oral 0,5 g em 150 mL, 2–3 x/dia Droga vegetal (raízes) oral 2 cápsulas, 3 x/dia Extrato seco oral 250 mg, 1–3 x/dia Evidências: YU, Deqiang et al. Anti-inflammatory effectsof essential oil in Echinacea purpurea L. Pak J Pharm Sci, v. 26, n. 2, p. 403-8, 2013. OLÁH, Attila et al. Echinacea purpurea-derived alkylamides exhibit potent anti-inflammatory effects and alleviate clinical symptoms of atopic eczema. Journal of dermatological science, v. 88, n. 1, p. 67-77, 2017. Interações medicamentosas: ● interage com hormônios anabolizantes e esteróides, amiodarona, metotrexato, corticoides e outros imunossupressores. Efeitos colaterais e toxicidade: ● Doses elevadas podem causar náuseas, vertigens, irritação da faringe, hepatite e asma. Evitar uso por período maior que 60 dias, pois pode favorecer o aparecimento de nódulos subcutâneos dolorosos. ------------------------------------------------- 6. Arctium lappa: Nomes populares: Bardana e orelha-de-gigante. Parte utilizada: Folhas ou raízes. Constituintes químicos: ● Ácidos orgânicos; ● Fitosteróis: estigmasterol e b-sitosterol; ● Polifenóis: ácido cafeico, clorogênico, isoclorogênico e arctiína; ● Taninos; ● Mucilagens; ● Resinas; ● Ácidos graxos; ● Sais minerais: sais de potássio, enxofre, cálcio e ferro; ● Óleos essenciais: arctiol, arctinol, arctinal e arctinona; ● Inulina; ● Outros: guaianolídeo, lapina, trachelosídeo, lactonas sesquiterpênicas (arctiopicrina ou germacranolido), fitohemaglutinina, compostos poliacetilênicos (polienos e poliinos) e vitaminas (C e B). Principais indicações terapêuticas: ● dermatoses e picadas de insetos (folhas) ● anti-inflamatória, anti-histamínica, emoliente, cicatrizante, antisséptica, antiviral (herpes simples). Evidências: KNIPPING, Karen et al. In Vitro and in vivo anti-allergic effects of Arctium lappa L. Experimental biology and medicine, v. 233, n. 11, p. 1469-1477, 2008. SOHN, Eun-Hwa et al. Anti-allergic and anti-inflammatory effects of butanol extract from Arctium Lappa L. Clinical and molecular allergy, v. 9, n. 1, p. 1-11, 2011. Modo de usar: Forma Uso Posologia Decocção das raízes oral 2,5 g em 150 mL, 2–3 x/dia Infusão das folhas oral 0,5 g em 150 mL, 2–3 x/dia Tintura oral 8–12 mL, 3 x/dia Interações medicamentosas: ● Potencializa o efeito de medicamentos hipoglicemiantes orais e insulina Efeitos colaterais e toxicidade: ● Pode causar irritação ocular em alguns indivíduos. Há relatos de alguns casos de hipersensibilização cutânea (dermatite de contato) com o uso externo prolongado. ● Doses elevadas podem causar diarreia, convulsões e dilatação pupilar ------------------------------------------------- 7. Centella asiatica: Nome popular: centelha Parte utilizada: partes aéreas. Constituintes químicos: ● Triterpenos: ácido asiático, ácido madecássico; ● Derivados triterpênicos: asiaticosídeo, madecassosídeo. Principal indicação terapêutica: ● adiposites (celulites). Ações terapêuticas: cicatrizante de fissuras da pele, regulador da produção de colágeno, anti-inflamatória, analgésica nas queimaduras, antisséptica e antipruriginosa. Modo de usar: Forma Uso Posologia Tintura oral 1–3 gotas/kg/dia, em 2–3 x/dia Extrato oral 36 a 144 mg de derivados triterpênicos totais expressos em asiaticosídeo Infusão oral 0,5 g em 150 mL, 2–3 x/dia Creme ou gel a 10% tópico aplicação do creme pela manhã ou duas vezes ao dia após a limpeza da pele.* *Alguns cremes desta erva também contêm retinol, substância que o torna mais sensível à luz do sol. Caso haja essa substância na formulação, o creme deve ser usado apenas durante a noite. Evidências: LIU, Mei et al. Madecassoside isolated from Centella asiatica herbs facilitates burn wound healing in mice. Planta Medica, v. 74, n. 08, p. 809-815, 2008. PARK, Ju Ho et al. Anti-inflammatory effect of titrated extract of Centella asiatica in phthalic anhydride-induced allergic dermatitis animal model. International journal of molecular sciences, v. 18, n. 4, p. 738, 2017. Interações medicamentosas: ● O uso desta planta em altas doses pode potencializar o efeito de hipoglicemiantes e hipolipemiantes. O uso concomitante desta planta com anti-inflamatórios e corticoides interfere negativamente no seu papel de reparador tecidual. Efeitos colaterais e toxicidade: ● Em superdosagem pode provocar náuseas, vômitos, irritação gástrica, hipotensão arterial, depressão do sistema nervoso central, sonolência, sedação e cefaleias. Pode causar fotossensibilização cutânea. Evitar em casos de hipercolesterolemia familiar grave, pois pode aumentar os níveis de colesterol no início do tratamento. ------------------------------------------------- 8. Achillea millefolium: Nome popular: mil em rama e mil folhas. Parte utilizada: folhas e sumidades floridas. Constituintes químicos: ● Óleos essenciais: azulenos (20-50%), ß-pineno, cariofileno, 1,8-cineol, traços de tuiona, pineno, limoneno, canfeno, sabineno, linalol, terpinen-4-ol, alcanfor, mentol, eugenol, camazuleno e derivados do guaianolídeos ● Flavonoides; ● Ácido cafeico; ● Lactonas sesquiterpênicas: leucodina, deacetilmatricina e dihidro- partenolídeo; ● Aquileína (betonicina); ● Coleína; ● Taninos; ● Traços do heterosídeo cianogênico prunasosídeo; ● Esteróis: fitosterol (beta-sitosterol); ● Minerais e vitaminas (C); ● Glicosídeos amargos; ● Outros: aminoácidos; ácidos graxos; betaína; traços de cumarinas; compostos nitrogenados e fenólicos. Principais indicações terapêuticas: processos inflamatórios Evidências: AKKOL, Esra Küpeli et al. Evaluation of the wound healing potential of Achillea biebersteinii Afan.(Asteraceae) by in vivo excision and incision models. Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine, v. 2011, 2011. KHOSRA, F. et al. Enhanced cutaneous wound healing by the leaf extract of Achillea eriophora DC using the in vitro scratch assay. Journal of Sciences, Islamic Republic of Iran, v. 28, n. 4, p. 305-312, 2017. Modo de usar: Forma Uso Posologia Tintura oral 5 mL, 3 x/dia, entre as refeições ou 2–4 mL, 3–4 x/dia Infusão oral 1–2 g em 150 mL, 3–4 x/dia Infusão externo em bochechos, gargarejos, compressas ou banhos de assento Interações medicamentosas: ● Pode potencializar a ação de anticoagulantes e hipotensores. Efeitos colaterais e toxicidade: ● Aumenta a secreção de suco gástrico. Pode causar dermatite, pela presença de lactonas sesquiterpênicas ● Doses elevadas podem provocar náuseas, vertigens, cefaleias e diminuir o limiar convulsivo Deve-se usar no máximo por 2 ou 3 meses, com intervalos mínimos de 15 dias. ------------------------------------------------- 9. Calendula officinalis: Nome popular: calêndula e mal-me-quer. Parte utilizada: flores Constituintes químicos: ● Flavonoides; ● Terpenos; ● Óleos essenciais (0,2%): geranil acetona, mentona e isomentona, carvona, alfa e beta-ionona, flavoxantina, xantofila, crisantemaxantina, aurocromo, mutacromo, flavocromo, lupeol, pedunculata e dihidroactinidiólico; ● Princípios amargos (calendina ou calendeno); ● Saponinas (6%); ● Outros: resinas; mucilagens; ácidos orgânicos; ● Nas flores: ○ Calendulosídeos A, D, D2, F, ácido oleanólico, vitaminas, minerais (principalmente Ca e Si), ésteres colesterínicos, matérias corantes, taninos, polissacarídeos (galactanas:ramon-arabino-galac tanos), pectinas, ácidos fenil carboxílicos, ácido málico, álcoois triterpênicos (faradiol, taraxasterol, arnidiol, lupol), gomas (calendulina), esteróis (sitosterol, estigmasterol, isofucosterol, campesterol), ácido salicílico, cumarinase alantoína; ○ Carotenóides: calendulina, caroteno, licopeno, rubixantina e violaxantina. Principais indicações terapêuticas: processos inflamatórios da pele e mucosas. Ações terapêuticas: antisséptica, antiacne e anti-inflamatória. Evidências: PARENTE, Leila Maria Leal et al. Wound healing and anti-inflammatory effect in animal models of Calendula officinalis L. growing in Brazil. Evidence-based complementary and alternative medicine, v. 2012. SILVA, Dina et al. Anti-Inflammatory Activity of Calendula officinalis L. Flower Extract. Cosmetics, v. 8, n. 2, p. 31, 2021. Modo de usar: Forma Uso Posologia Tintura a 20% externo diluir 1 parteda tintura em 3 partes de água e aplicar sobre a pele por meio de compressa, 2–4 x/dia, removendo após 30–60 minutos ------------------------------------------------- 10. Copaifera langsdorffii: Nome popular: copaíba e pau-d’óleo. Parte utilizada: óleo fixo Constituintes químicos: ● Óleos voláteis ● Sesquiterpenos (mais de 50%) ● Diterpenos: ácido caurenóico ● Ácidos terpênicos ● Cariofileno Principais indicações terapêuticas: processos inflamatórios em geral Ações terapêuticas: antiinflamatória, antisséptica, secativa, cicatrizante e anti fúngica. Modo de usar: Forma Uso Posologia Tintura oral 1–3 gotas/kg/dia, em 2–3 x/dia Creme e gel externo aplicar na área afetada, 3x ao dia Evidências: ESTEVÃO, Lígia Reis Moura et al. Effects of the topical administration of copaiba oil ointment (Copaifera langsdorffii) in skin flaps viability of rats. Acta cirúrgica brasileira, v. 28, p. 863-869, 2013. GUSHIKEN, Lucas Fernando Sérgio et al. Skin wound healing potential and mechanisms of the hydroalcoholic extract of leaves and oleoresin of Copaifera langsdorffii Desf. Kuntze in rats. Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine, v. 2017, 2017. Efeitos colaterais e toxicidade: ● Pode provocar problemas gástricos por intolerância ou sensibilidade individual. Alguns casos de hipersensibilidade foram descritos na literatura, sendo necessária a suspensão do uso (RICHARD, 2001). ● A superdosagem pode provocar náuseas, vômitos, diarréia, cólicas intestinais e exantemas. ------------------------------------------------- 11. Lippia origanoides: Nome popular: Alecrim pimenta, alecrim-de-tabuleiro e estrepa-cavalo. Parte utilizada: folhas Constituintes químicos: ● Óleos essenciais (2-5%): timol, carvacrol, cineol, terpineol, lapachenol, felandrenos, cariofilenos, p-cimenomirceno… ● Flavonóides: (luteolina 7-O-b-D-glicosídio) e flavona (circimaritina); ● Quinonas; ● Ácido vanílico; ● Fitosteróis. Principais indicações terapêuticas: processos infecciosos de pele e mucosas. Ações terapêuticas: antisséptica e antifúngica. Evidências: BETANCUR-GALVIS, Liliana et al . Antifungal, cytotoxic and chemical analyses of essential oils of Lippia origanoides H.B.K grown in Colombia. Rev. Univ. Ind. Santander. Salud, Bucaramanga , v. 43, n. 2, p. 141-148, Aug. 2011 . PINTO, Cristiana da Purificacao et al. Antimicrobial activity of Lippia species from the Brazilian semiarid region traditionally used as antiseptic and anti-infective agents. Evidence-Based Complementary and Alternative Medicine, v. 2013, 2013. Modo de usar: Forma Uso Posologia Tintura externo aplicar 10 mL da tintura diluída em 75 mL de água, com auxílio de algodão, 3 x/dia; ou fazer bochechos ou gargarejos com 10 mL da tintura diluída em 75 mL de água, 3 x/dia Infusão externo 2–3 g em 150mL, fazer bochechos e/ou gargarejos, 2–3 x/dia Gel a 10% externo aplicar nas áreas afetadas, 1–3 x/dia Sabonete líquido externo aplicar na área afetada, deixando o sabonete em contato por 10 minutos. Lavar com água corrente ------------------------------------------------- 12. Caesalpinia ferrea: Nome popular: Pau ferro e jucá.. Parte utilizada: Cascas e frutos sem sementes. Constituintes químicos: ● Ácidos graxos: linoleico, palmítico, esteárico e elídico. ● Terpenóides ● Compostos fenólicos: taninos condensados e hidrolisáveis, chalconas, cumarinas, flavonoides, saponinas, esteróides. ● Polissacarídeos Principais indicações terapêuticas: processos inflamatórios em geral Ações terapêuticas: cicatrizante Evidências: OLIVEIRA, A. F. et al. Avaliação da atividade cicatrizante do jucá (Caesalpinia ferrea Mart. ex Tul. var. ferrea) em lesões cutâneas de caprinos. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 12, p. 302-310, 2010. FERREIRA, Magda Rhayanny Assunção; SOARES, Luiz Alberto Lira. Libidibia ferrea (Mart. ex Tul.) LP Queiroz: a review of the biological activities and phytochemical composition. Journal of Medicinal Plants Research, v. 9, n. 5, p. 140-150, 2015. Modo de usar: Forma Uso Posologia Gel com extrato glicólico do fruto a 5% externo aplicar no local afetado, até 3 x/dia Decocção externo 0,5 g em 150mL, fazer bochechos, gargarejos ou banhos, 2–3 x/dia Pomada ou creme com tintura das cascas e frutos a 10% externo aplicar na área afetada, 2–3 x/dia ------------------------------------------------- 13. Aloe vera: Nome popular: Babosa Parte utilizada: Parênquima da folha fresca (gel mucilaginoso) Antes da colheita, deixar a planta por 7 dias sem irrigação, e ao colher escolher as folhas mais antigas. Constituintes químicos: ● Barbaloína; ● Aleosona; ● Ácido crisofânico; ● Derivados antracênicos livres ● Polissacarídeos: manose, ramnose, galactose e glucomananos; ● Sais minerais (K, Na, Cl, Ca, Mn, Mg, Cu, P e Fe); ● Vitaminas (A, B1, B2, B6, C e E); ● Outros: aminoácidos Principais indicações terapêuticas: queimadura térmica de 1º e 2º grau. Ações terapêuticas: ● ação anti-inflamatória e analgésica para uso local (traumas, bursites, picadas de insetos), ● antiséptica, antifúngica, antiviral (principalmente herpes) ● cicatrizante, umectante, emoliente ● promove proliferação neovascular e o crescimento tissular; pode ser usado na psoríase, em eczemas e na erisipela. ● cicatrizantes nas ulcerações do diabético. Evidências: AKHOONDINASAB, Mohammad Reza; AKHOONDINASAB, Motahhare; SABERI, Mohsen. Comparison of healing effect of aloe vera extract and silver sulfadiazine in burn injuries in experimental rat model. World journal of plastic surgery, v. 3, n. 1, p. 29, 2014. WEST, Dennis P.; ZHU, Ya Fen. Evaluation of aloe vera gel gloves in the treatment of dry skin associated with occupational exposure. American Journal of Infection Control, v. 31, n. 1, p. 40-42, 2003. Modo de usar: Forma Uso Posologia Gel ou pomada a 10% externo aplicar nas áreas afetadas, 1–3 x/dia Efeitos colaterais e toxicidade: ● Pode retardar a cicatrização das feridas profundas. ● Em caso de intoxicação ou superdosagem, o tratamento deve ser realizado com carvão ativado após lavagem gástrica, e bicarbonato de sódio, além de suporte hidroeletrolítico.
Compartilhar