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3 Evolução e seu papel na terra

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Evolução e seu papel na terra
· INTRODUÇÃO:
Para alcançar o nível de evolução no qual encontra o planeta hoje, foi preciso milhões de anos para que esse se configurasse e pudesse oferecer condições para o desenvolvimento da vida.
Ao longo de sua formação o planeta já possuiu diferentes características em consistência e principalmente em temperatura, houve períodos com temperaturas extremamente elevadas, e supostamente o planeta passou por processo de glaciação.
· Fixismo:
O fixismo foi proposto inicialmente na Grécia Antiga por filósofos como Aristóteles e Platão, e defendia a ideia de que as espécies eram imutáveis ao longo do tempo, permanecendo as mesmas desde o momento da criação até os dias atuais. 
Esse pensamento perdurou até ser contestado a partir do século XIX com a proposta e avanço da teoria da evolução de Charles Darwin e Alfred Russel Wallace.
O fixismo pode ser definido então como uma corrente de pensamento que propõe que as espécies são imutáveis.
O fixismo também foi defendido através da teoria da geração espontânea proposta inicialmente por Aristóteles, que sugeria o aparecimento de espécies a partir de matéria inanimada. Também foi proposta por Georges Cuvier a teoria do Catastrofismo, uma teoria fixista que defendia que eventos geológicos catastróficos seriam responsáveis pela extinção de diferentes espécies. 
· DOUTRINA FILOSÓFICA ACEITA NO SÉCULO XVIIII
CRIACIONISMO: Deus é o criador de todas as espécies.
ESPONTANEÍSMO: os seres vivos se originam de matéria inerte em condições especiais.
CATASTROFISMO: evolução por meio de catástrofes causadas por intervenção divina.
· Evoluçao:
O Evolucionismo é uma teoria elaborada e desenvolvida por diversos cientistas para explicar as alterações sofridas pelas diversas espécies de seres vivos ao longo do tempo, em sua relação com o meio ambiente onde elas habitam.
Darwin elaborou a partir de uma pesquisa realizada em várias partes do mundo, após uma viagem de circum-navegação. Nessa viagem, ele pôde perceber como diversas espécies aparentadas possuíam características distintas, dependendo do local em que eram encontradas e pôde perceber também que entre espécies extintas e espécies presentes no meio ambiente havia características comuns. 
Isso o levou a afirmar que havia um caráter mutável entre as espécies, e não uma característica imutável como antes era comum entender (fixismo). 
As espécies não existem da mesma forma ao longo do tempo, elas evoluem. Durante a evolução, elas transmitem geneticamente essas mudanças às gerações posteriores.
· LAMARCKISMO:
Essas ideias foram fundamentais para o conhecimento da evolução. Porém, atualmente, não são mais aceitas.
Defendia que os seres vivos se originavam de outros seres vivo se cada espécie ocupava um lugar na “escala natural”
Lamarck baseou sua teoria em duas leis principais: a lei do uso e desuso e a lei da transmissão dos caracteres adquiridos.
· Lei do Uso e Desuso:
Um exemplo clássico da lei do uso e desuso é sobre o pescoço das girafas. Elas teriam a necessidade de alcançar folhas mais altas nas árvores. Para isso, esticavam mais o pescoço, desenvolvendo a musculatura, levando ao seu aumento.
· Lei da Transmissão dos Caracteres Adquiridos:
Lamarck acreditava que as características adquiridas eram transmitidas de geração em geração, tornando as espécies mais adaptadas ao ambiente.
Por exemplo, as girafas que aumentavam o pescoço com a necessidade de buscar folhas cada vez mais altas nas árvores, passavam essas características para os descendentes.
Assim, ao longo de sucessivas gerações, as girafas "pescoçudas" se tornavam mais adaptadas ao ambiente.
· CRÍTICAS AO LAMARCKISMO
A lei do uso e desuso NÃO É TOTALMENTE verdadeira em todas situações e os órgãos desenvolvidos pelo uso sofrem regressão quando deixam de ser usados
As características adquiridas ao longo da vida por um ser vivo afetam apenas a sua parte somática, e NÃO O MATERIAL GENÉTICO, ou seja, não são transmitidas à sua descendência.
· DARWINISMO:
A teoria da evolução defende que todas as espécies descendem de ancestrais comuns que ao longo do tempo geológico foram sofrendo alterações.
Essas modificações são imperceptíveis de uma geração para outra, porém, ao longo do tempo, quando somadas e acumuladas, tornam-se perceptíveis e justificam as diferenças entre as novas espécies assim originadas.
A teoria da evolução proposta por Darwin tem como ideia básica a seleção natural, observada na natureza. As pequenas variações casuais que aparecem nos organismos fazem com que suas probabilidades de sobrevivência e reprodução sejam distintas.
Ou seja, uma determinada característica, quando presente num organismo, pode fazer com que ele se adapte mais facilmente no ambiente e seja mais bem sucedido do que outro, da mesma espécie, que não possua aquela característica. Dessa forma, o ambiente atua como selecionador das características mais favoráveis, em detrimento de outras.
Os organismos que possuem as características mais “favoráveis” têm mais possibilidades de sobrevivência que os outros e maior oportunidade de reprodução. Assim, as características “favoráveis” serão transmitidas aos seus descendentes.
· Comparação das teorias de Lamarck e Darwin:
LAMARCKISMO– o esforço conduziu ao crescimento dos pescoços e esta crescimento dos pescoços e esta característica foi passada à descendência.
DARWINISMO– As girafas de pescoço mais comprido conseguiram alimentar-se melhor do que as outras e, sobrevivendo e deixando mais descendentes.
· Princípios básicos da teoria da evolução de Darwin:
Os princípios básicos da teoria de Darwin podem ser resumidas da seguinte maneira:
-Indivíduos de uma mesma espécie não são idênticos e apresentam variações entre as suas características;
-Organismos com variações favoráveis ás condições do ambiente em que vivem têm mais chances de sobreviverem em relação aos indivíduos que não possuem essas características;
-Os indivíduos com características mais vantajosas também têm mais chances de deixar descendentes;
-Todo organismo tem capacidade de reprodução. Apesar disso, apenas alguns de seus descendentes chegam à idade adulta;
-Assim, ao longo das gerações, a atuação da seleção natural sobre os indivíduos mantém ou melhora o grau de adaptação deles ao meio em que vivem.
· Teoria Sintética da Evolução:
De 1900 até cerca de 1920, os adeptos da genética mendeliana acreditavam que apenas as mutações eram responsáveis pela evolução e que a seleção natural não tinha importância nesse processo.
Depois disso vários cientistas começaram a conciliar as ideias sobre seleção natural com os fatos da Genética, o que culminou com a formulação da Teoria sintética da evolução, às vezes chamada também de Neodarwinismo.
Conforme Darwin já havia proposto, essa teoria considera a população como a unidade evolutiva. Uma população pode ser definida como um grupamento de indivíduos da mesma espécie que ocorrem em uma mesma área geográfica, em um mesmo intervalo de tempo.
Cada população apresenta determinado conjunto gênico, que pode ser alterado de acordo com fatores evolutivos. O conjunto gênico de uma população é o conjunto de todos os genes presentes nessa população. Assim, quanto maior for o conjunto gênico da população, maior será a variabilidade genética.
· Os principais fatores evolutivos que atuam sobre o conjunto gênico da população podem ser reunidos em duas categorias:
-fatores que tendem a aumentar a variabilidade genética da população – mutação e permutação;
-fatores que atuam sobre a variabilidade genética já estabelecida – migração, deriva genética e seleção natural.
-fatores que atuam sobre a adaptação – deriva genética e isolamento reprodutivo.

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