Buscar

D. administrativo-aula 10

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
RESUMO – AULA 10 
(Este material destina-se EXCLUSIVAMENTE ao acompanhamento em sala de aula, 
para melhor compreensão é necessária a utilização do texto constitucional, 
a legislação em vigor, além da doutrina indicada e da jurisprudência.) 
 
SERVIÇOS PÚBLICOS 
 
Base jurídica: Art. 175, CF/88 
 Lei 8987/95 
 
Conceito: É toda atividade desenvolvida pela administração pública, 
submetida ao tratamento do direito público com o objetivo de atingir os 
interesses da coletividade em geral. 
 O serviço público pode ser executado por terceiros, mas a 
titularidade pertence sempre a administração pública e é intransferível. 
 Os instrumentos normativos (lei) deverão delimitar quais são as 
atividades que deverão ser nomeadas como serviços públicos. 
Ex. Art. 25, §2º da CF. 
§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os 
serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida 
provisória para a sua regulamentação. 
 
Art. 30. Compete aos Municípios: 
... 
V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os 
serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter 
essencial; 
 
 - Conforme o Art. 175 da C.F.1988 é atribuído ao Poder Público a 
titularidade dos Serviços Públicos: 
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de 
concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos. 
Parágrafo único. A lei disporá sobre: 
I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o 
caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de 
caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão; 
II - os direitos dos usuários; 
III - política tarifária; 
IV - a obrigação de manter serviço adequado. 
 
 - O Serviço Público pode ser prestado de forma DIRETA ou 
INDIRETA. 
 - Consoante o Art. 21 (CF/88), incisos XI e XII verificamos as 
possibilidades de autorização, concessão ou permissão dos serviços 
públicos. A regra é a concessão ou permissão, mas é possível a autorização. 
Ex. Autorização para o serviço de transporte público de táxi. 
2 
 
• Atenção: a delegação de um serviço público não transfere a sua 
titularidade. Quando a atividade é delegada ao particular, temos 
prestação indireta de serviço público do Estado. 
 
 - É relevante também destacarmos que alguns serviços públicos 
podem ser desenvolvidos pelos particulares, setor privado, sem estar 
submetido ao regime de concessão. Tais atividades podem ser observadas 
nos direitos sociais (art. 193 da CF/88). Esses serviços exercidos diretamente 
pelo setor privado, caracteriza-se “serviço privado”. A titularidade desses 
serviços não é exclusiva do poder público. 
Ex. Art. 209. O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições: 
I - cumprimento das normas gerais da educação nacional; 
II - autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público. 
 
 - A C.F./1988 destaca a educação é facultada à livre iniciativa, 
por exemplo. Nestes casos, o Poder Público exercerá o controle, o Poder de 
Polícia, etc. Ademais, nesta situação não teremos um serviço público 
prestado indiretamente, mas sim, um serviço privado, regido pelo regime de 
direito próprio. 
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: 
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de 
idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram 
acesso na idade própria; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 
2009) (Vide Emenda Constitucional nº 59, de 2009) 
II - progressiva universalização do ensino médio gratuito; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 14, de 1996) 
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, 
preferencialmente na rede regular de ensino; 
IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de 
idade; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) 
 
 
• **ATENÇÃO: Ver a Lei 8987/95 
• CDC e Lei 8987/95 Conflito aparente entre o CDC e a Lei n. 8.987/95: 
O conflito já se encontra pacificado na doutrina e jurisprudência, pela 
aplicação do critério da especialidade, haja vista que a Lei 8987/95 
busca disciplinar relação especial de consumo (usuário de serviço 
público). Sendo assim, o CDC não se aplica irrestritamente aos serviços 
públicos, mas apenas de forma subsidiária. 
 
• IMPORTANTE: 
• Lei 8987/95 Art. 6o: 
Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço adequado ao pleno atendimento 
dos usuários, conforme estabelecido nesta Lei, nas normas pertinentes e no respectivo contrato. 
 § 1o Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiência, 
segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas. 
 § 2o A atualidade compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua 
conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc59.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc59.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc59.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc14.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc14.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc53.htm#art1
3 
 
 § 3o Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de emergência 
ou após prévio aviso, quando: 
 I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e, 
 II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade. 
 PRINCÍPIOS DA CONTINUIDADE E DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO-
FINANCEIRO também importam nas relações jurídicas dos serviços públicos 
prestados. (art. 6º, § 3º, II da Lei 8987/95) 
 
Princípios aplicáveis: (Art. 6º,§ 1º da Lei 8987/95) 
Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade, 
continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na 
sua prestação e modicidade das tarifas. 
 
1. Continuidade: o serviço público, em regra, não pode ser interrompido, a 
não ser em situações especiais. 
 
*Atenção: 
 Lei 8987/95 
Art. 39. O contrato de concessão poderá ser rescindido por iniciativa da 
concessionária, no caso de descumprimento das normas contratuais pelo 
poder concedente, mediante ação judicial especialmente intentada para esse 
fim. 
Parágrafo único. Na hipótese prevista no caput deste artigo, os serviços 
prestados pela concessionária não poderão ser interrompidos ou 
paralisados, até a decisão judicial transitada em julgado. 
 
 
2. Generalidade: De acordo com este princípio todos os usuários que 
satisfaçam as condições legais fazem jus à prestação do serviço, sem 
qualquer discriminação, privilégio, ou abusos de qualquer ordem. O serviço 
público deve ser estendido ao maior número possível de interessados, sendo 
que todos devem ser tratados isonomicamente. Este princípio é conhecido 
como princípio da impessoalidade ou universalidade. 
 
3. Eficiência: deve o Estado prestar seus serviços com a maior eficiência 
possível. A eficiência reclama que o Poder Público se atualize com os novos 
processos tecnológicos, de modo que a execução seja mais proveitosa com 
o menos dispêndio. 
 
4. Modicidade: os serviços públicos devem ser prestados a preços módicos 
e razoáveis. Sua fixação deverá considerar a capacidade econômica do 
usuário e as exigências do mercado, de maneira a evitar que o usuário deixe 
de utilizá-lo em razão de ausência de condições financeiras,sendo, por esta 
razão, excluído do universo de beneficiários do serviço público. 
 
5. Cortesia: o destinatário do serviço público deve ser tratado com cortesia e 
urbanidade. Frise-se que o serviço prestado é decorrente de um dever do 
4 
 
Poder Público, ou de quem lhe faça as vezes, devidamente pago, de forma 
direta ou indireta pelo usuário/contribuinte, que tem o direito ao serviço. 
 
FORMAS DE EXECUÇÃO (SERVIÇO PÚBLICO): 
 
1) DIRETA: Realizada pela própria administração através de seus órgãos. 
Nesta forma de execução o serviço público pode ser desconcentrado, 
ocorrendo a troca de órgãos na execução, mas na mesma estrutura 
administrativa. 
2) INDIRETA: Realizada pela administração pública por meio de outorga 
(entidades da administração pública indireta) , delegação para 
particulares por meio de concessão, permissão ou autorização. 
 
* ATENÇÃO: 
INSTRUMENTOS PARA EXECUÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO: 
1. OUTORGA: Entidades da Administração Pública Indireta 
2. DELEGAÇÃO: Entidades privadas não integrantes da Adm. Pública. 
 
EXEMPLO: 
OUTORGA: AUTARQUIA, EMPRESA PÚBLICA etc. 
 
DELEGAÇÃO: EMPRESAS PRIVADAS CONCESSIONÁRIAS ou PERMISSIONÁRIAS. 
 
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA 
 
QUADRO GERAL ELUCIDATIVO 
 ADMINISTRAÇÃO 
 PÚBLICA 
 
 
 DIRETA INDIRETA 
 
 
 
 * UNIÃO * AUTARQUIAS 
 * ESTADOS * FUNDAÇÕES PÚBLICAS 
 * DISTRITO FEDERAL *EMPRESAS PÚBLICAS 
 * MUNICÍPIOS *SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA 
 
 
 
Art. 21(CF/88) ... 
XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os 
serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização 
dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais; 
 
XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão: 
a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens; 
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos 
cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais 
hidroenergéticos; 
5 
 
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária; 
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e 
fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território; 
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros; 
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres; 
 
 
CONCEITOS RELEVANTES: 
 
I - AUTORIZAÇÃO: É um ato administrativo que possibilita ao particular 
(pessoa física ou jurídica) a realização de algo do seu interesse particular, ou, 
ainda para usar um bem público. 
Ato discricionário (facultativo), precário e unilateral. 
Interesse predominantemente privado. 
Ex.: Bancas de jornais. 
 
Exercício de Fixação: 
Supondo que a Prefeitura tenha autorizado o comércio ambulante ao redor 
de determinada praça pública, podendo funcionar das 17 às 23 horas de 
segunda à sexta-feira. Acontece que 30 dias após a Prefeitura revogou a 
Autorização e os comerciantes questionaram o prejuízo. A Prefeitura deverá 
indenizar os comerciantes? 
 
II – PERMISSÃO: É um ato administrativo com a forma de contrato de adesão, 
permite ao particular (pessoa física ou jurídica) o exercício de alguma 
atividade no interesse da coletividade. 
 Art. 2º, inciso IV (Lei 8987/95)- permissão de serviço público: a delegação, a título 
precário, mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder 
concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, 
por sua conta e risco. 
Formalização: Contrato de adesão. 
Art. 40. (Lei 8987/95)- A permissão de serviço público será formalizada 
mediante contrato de adesão, que observará os termos desta Lei, das 
demais normas pertinentes e do edital de licitação, inclusive quanto à 
precariedade e à revogabilidade unilateral do contrato pelo poder 
concedente. 
 Parágrafo único. Aplica-se às permissões o disposto nesta Lei. 
Ato discricionário (facultativo), precário e unilateral, mas com licitação. 
Pode ser revogado a qualquer tempo, sem indenização (prazo 
determinado). 
Permissão para uso de bem público e delegação de serviço público. 
 
* Há divergências doutrinárias sobre a Permissão ser um ato ou 
contrato. A Lei 8987/95 define como contrato de adesão. 
 
III – CONCESSÃO: É um contrato para execução de um serviço público, 
mediante tarifa. 
6 
 
• Pessoa jurídica ou Consórcio. 
• Prazo determinado, cabe indenização. 
 
ATENÇÃO: 
 
1. Há também entendimentos no sentido de reconhecer a Administração 
Pública decorrente dos Serviços Públicos prestados por 
concessionárias e permissionárias. 
2. Art. 175 (CF/88): Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou 
sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a 
prestação de serviços públicos (ver também a Lei 8987/95). 
3. Concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo 
poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à 
pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para 
seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado; 
4. Concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: 
a construção, total ou parcial, conservação, reforma, ampliação ou 
melhoramento de quaisquer obras de interesse público, delegada pelo poder 
concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa 
jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para a sua 
realização, por sua conta e risco, de forma que o investimento da 
concessionária seja remunerado e amortizado mediante a exploração do 
serviço ou da obra por prazo determinado; 
5. Permissão de serviço público: a delegação, a título precário, mediante 
licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à 
pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, 
por sua conta e risco. Formalizada por meio de contrato de adesão (Art. 40 
da Lei 8987/95) 
6. Art. 223 (CF/88): Compete ao Poder Executivo outorgar e renovar 
concessão, permissão e autorização para o serviço de radiodifusão sonora e 
de sons e imagens, observado o princípio da complementaridade dos 
sistemas privado, público e estatal. 
... § 5º O prazo da concessão ou permissão será de dez anos para as 
emissoras de rádio e de quinze para as de televisão. 
 
• PARCERIA PÚBLICO PRIVADA (P.P.P.) – REGULAMENTAÇÃO : LEI 
11079/04: 
• Art. 10. A contratação de parceria público-privada será precedida de licitação 
na modalidade de concorrência. 
• A P.P.P. é um contrato administrativo de concessão e pode ser patrocinada 
ou administrativa. 
Art. 2º (Lei 11079/04) Parceria público-privada é o contrato administrativo 
de concessão, na modalidade patrocinada ou administrativa. 
§ 1º Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras 
públicas de que trata a Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8987cons.htm
7 
 
envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários contraprestação 
pecuniária do parceiro público ao parceiro privado. 
§ 2º Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que 
a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva 
execução de obra ou fornecimento e instalação de bens. 
§ 3º Não constitui parceria público-privada a concessão comum, assim 
entendida a concessão de serviços públicos ou de obras públicasde que trata 
a Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando não envolver 
contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado. 
 
• O contrato deverá ser de 5 até 35 anos. 
Art. 5º (Lei 11079/04) As cláusulas dos contratos de parceria público-privada atenderão ao 
disposto no art. 23 da Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, no que couber, devendo 
também prever: 
I – o prazo de vigência do contrato, compatível com a amortização dos investimentos 
realizados, não inferior a 5 (cinco), nem superior a 35 (trinta e cinco) anos, incluindo 
eventual prorrogação; 
• Na Parceria Público-Privada o pagamento pode ser direto do Poder Público 
(administrativa) ou tarifas e recursos públicos (patrocinada). 
A licitação é na modalidade de CONCORRÊNCIA e o julgamento MENOR 
PREÇO, MELHOR TÉCNICA ou MELHOR TÉCNICA E PREÇO. 
 
*Atenção: 
Modalidade de licitação: 
Art. 10. (Lei 11079/04) A contratação de parceria público-privada será precedida 
de licitação na modalidade de concorrência, estando a abertura do processo 
licitatório condicionada a:... 
 
Tipos de Licitação (modalidade de julgamento) 
Art. 12 (Lei 11079/04) 
II – o julgamento poderá adotar como critérios, além dos previstos nos incisos 
I e V do art. 15 da Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, os seguintes: 
a) menor valor da contraprestação a ser paga pela Administração Pública; 
b) melhor proposta em razão da combinação do critério da alínea a com o de 
melhor técnica, de acordo com os pesos estabelecidos no edital; 
 
 
DA SOCIEDADE DE PROPÓSITO ESPECÍFICO (S.P.E.) - ( ART. 9º, Lei 11079/04) 
 Art. 9o Antes da celebração do contrato, deverá ser constituída sociedade de 
propósito específico, incumbida de implantar e gerir o objeto da parceria. 
 § 1o A transferência do controle da sociedade de propósito específico estará 
condicionada à autorização expressa da Administração Pública, nos termos do edital e do 
contrato, observado o disposto no parágrafo único do art. 27 da Lei no 8.987, de 13 de 
fevereiro de 1995. 
 § 2o A sociedade de propósito específico poderá assumir a forma de companhia 
aberta, com valores mobiliários admitidos a negociação no mercado. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8987cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8987cons.htm#art23
https://www.licitacao.net/tipos_de_licitacao.asp#menor_preco
https://www.licitacao.net/tipos_de_licitacao.asp#menor_preco
https://www.licitacao.net/tipos_de_licitacao.asp#melhor_tecnica
https://www.licitacao.net/tipos_de_licitacao.asp#melhor_tecnica_e_preco
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8987cons.htm#art15i
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8987cons.htm#art15i
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8987cons.htm#art15v
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8987cons.htm#art27p
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8987cons.htm#art27p
8 
 
 § 3o A sociedade de propósito específico deverá obedecer a padrões de governança 
corporativa e adotar contabilidade e demonstrações financeiras padronizadas, conforme 
regulamento. 
 § 4o Fica vedado à Administração Pública ser titular da maioria do capital votante das 
sociedades de que trata este Capítulo. 
 § 5o A vedação prevista no § 4o deste artigo não se aplica à eventual aquisição da 
maioria do capital votante da sociedade de propósito específico por instituição financeira 
controlada pelo Poder Público em caso de inadimplemento de contratos de financiamento. 
 
 
• CONSÓRCIOS PÚBLICOS E CONVÊNIOS: 
 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL: 
Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão 
por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre 
os entes federados, autorizando a gestão associada de serviços públicos, 
bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e 
bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos. 
 
A associação pública criada por meio de consórcio público, conforme Art. 1º, 
§ 1º, da Lei n. 11.107/2005 c/c Art. 41 do Código Civil, possui personalidade 
jurídica de direito público e, portanto, admite que lhe seja outorgado o Poder 
de Polícia. 
O Art. 4º, XI, c, da Lei n. 11.107/2005, admite a autorização da delegação dos 
serviços do consórcio. 
 
Lei n. 11.107/2005 
Art. 1o 
 Esta Lei dispõe sobre normas gerais para a União, os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios contratarem consórcios públicos para a 
realização de objetivos de interesse comum e dá outras providências. 
 § 1o O consórcio público constituirá associação pública ou pessoa 
jurídica de direito privado. 
 § 2o A União somente participará de consórcios públicos em que 
também façam parte todos os Estados em cujos territórios estejam situados 
os Municípios consorciados. 
 § 3o Os consórcios públicos, na área de saúde, deverão obedecer aos 
princípios, diretrizes e normas que regulam o Sistema Único de Saúde – 
SUS. 
 
• Os consórcios públicos poderão emitir documentos de cobrança e 
exercer atividades de arrecadação de tarifas e outros preços públicos 
pela prestação de serviços ou pelo uso ou outorga de uso de bens 
públicos por eles administrados ou, mediante autorização específica, 
pelo ente da Federação consorciado. 
9 
 
• Os consórcios públicos poderão outorgar concessão, permissão ou 
autorização de obras ou serviços públicos mediante autorização 
prevista no contrato de consórcio público, que deverá indicar de forma 
específica o objeto da concessão, permissão ou autorização e as 
condições a que deverá atender, observada a legislação de normas 
gerais em vigor. 
 
SETORES DA SOCIEDADE 
PRIMEIRO SETOR: 
É o próprio Estado, reunindo as entidades que integram a Administração Pública 
Direta e Indireta. 
 
SEGUNDO SETOR: 
É a iniciativa privada, as indústrias, o agronegócio, o comércio e os serviços em 
geral. 
 
TERCEIRO SETOR: 
É o setor social ou “Sistema S”. 
 
Terceiro Setor” ou Setor “S”: Ainda que não integrantes da Administração 
Pública, desempenham atividades em parceria e relevantes para o Poder Público, 
São exemplos deste setor “S”: as Organizações Sociais (OS), Serviços Sociais 
Autônomos, as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP). 
• As Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP’s) estam 
aptas a formalizar “termos de parceria” com o Poder Público e são 
qualificações jurídicas conferidas pelo Poder Público, por ato administrativo, 
às pessoas privadas sem fins lucrativos e que desempenham determinadas 
atividades de caráter social, atividades estas que, por serem de relevante 
interesse social, são fomentadas pelo Estado. A partir de tal qualificação, tais 
entidades integram o que a doutrina chama de “Terceiro Setor”, isto é, uma 
nova forma de organização da Administração Pública por meio da 
formalização de parcerias com a iniciativa privada para o exercício de 
atividades de relevância social. 
• Dispensam a licitação formal nos termos da Lei n. 8666/93. Entretanto, a 
Administração Pública não pode deixar de observar os princípios do art. 37 
da CRFB/88 na escolha da entidade para o desempenho de certa atividade 
pública. 
• O entendimento que tem prevalecido na jurisprudência é no sentido de ser 
realizado procedimento licitatório simplificado a fim de garantir a observância 
dos princípios da Administração Pública, como forma de restringir a 
subjetividade na escolha da OSCIP a formalizar o “termo de parceria”. 
• Sendo assim, como as ideias de “mútua colaboração” e a ausência de 
“contraposição de interesses” são inerentes a tais ajustes, o “termo de 
parceria” tem sido considerado pela doutrina e pela jurisprudência como 
espécies de convênios e não como contratos, tendo em vista a comunhão de 
10 
 
interesses do Poder Público e das entidades privadas na consecução de tais 
atividades. 
• No tocante a contratação de pessoal as OSCIP’s não se submetem às regras 
de concurso público, nos termos do art. 37, II, da CRFB. 
 
Ex.: OSCIP, O.S.,Senai, Sesc, etc. 
 
 
BIBLIOGRAFIA: 
 
1. Meirelles, Hely L. – Curso de Direito Administrativo – Ed. Malheiros. 
2. Knoplock, Gustavo M. – Manual de Direito Administrativo – Ed. Campus. 
3. Di Pietro, Maria S. Z. – Direito Administrativo – Ed. Atlas. 
4. Mello, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo – Ed. Malheiros. 
5. Oliveira, Rafael Carvalho Rezende - Curso de Direito Administrativo – Ed. Método. 
6. Nohara, Irene Patrícia – Direito Administrativo – Ed. Saraiva – 7ªEd. /2017 
7. Marinela Fernanda - Direito Administrativo – Ed. Impetus – 7ªEd. / 2013 
8. Carvalho Filho, José dos Santos, Manual de Dir. Administrativo – 31ª Ed. – Ed. Gen/Atlas 
 
INTERNET: 
1. www.stf.jus.br 
2. www.planalto.gov.br 
 
 
 
http://www.stf.jus.br/
http://www.planalto.gov.br/

Continue navegando