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Conteúdo Digital - Tema 01 - Credito Digital - Organização do Estado

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DESCRIÇÃO
A organização do Estado e a repartição de competências entre os entes federativos como pilares
do Estado Federal.
PROPÓSITO
Compreender a estrutura do Estado brasileiro é importante para sua formação como profissional e
cidadão, além de contribuir para a consolidação de nossa jovem democracia.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos a Constituição Federal para entender os
termos específicos da área.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Reconhecer o federalismo, com suas espécies, características e sua relação com o Estado
Federal
MÓDULO 2
Analisar o sistema de repartição de competências, com suas técnicas e seus princípios
definidores
MÓDULO 3
Identificar os princípios constitucionais da Administração Pública
INTRODUÇÃO
A federação, como forma de Estado Moderno que combina distribuição do poder entre um
governo central e diversos governos periféricos regulada por uma Constituição, é uma obra do
século XVIII. Mais precisamente, trata-se de fórmula criada pelos norte-americanos.
Desde então, essa forma de organização estatal difundiu-se em escala mundial. De fato, os
séculos XIX e XX conheceram uma proliferação sem precedentes de Estados Federais (África do
Sul, Alemanha, Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Bósnia e Herzegovina, Brasil, Canadá,
Comores, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Etiópia, Índia, Malásia, México, Micronésia, Nepal,
Nigéria, Paquistão etc.). Atualmente, o federalismo encontra expressão em 25 Estados dos 192
reconhecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), que é entidade intergovernamental
criada para promover a cooperação internacional.
Desde 1889, o Brasil também tem adotado essa forma federativa de Estado, caracterizada pela
descentralização política, autonomia dos entes federados (União, Estados, Distrito Federal e
Municípios) e existência de uma Constituição. Essas diferentes entidades políticas autônomas
formam, por meio de um vínculo indissolúvel, um Estado soberano. Por conta disso, não há um
direito de secessão em um Estado federado (ato de abandono dos integrantes da federação para
fundar um novo país).
A partir desse modelo federativo, a Constituição Federal brasileira, de 1988, instituiu um sistema
de repartição de competências vertical e horizontal entre os entes, utilizando o critério da
preponderância de interesses: à União competem matérias de interesse geral ou nacional (CRFB,
art. 21); aos Estados-membros competem os temas de interesse regional (CRFB, art. 25, §1º);
aos municípios competem os assuntos de interesse local (CRFB, art. 30, I); ao Distrito Federal
compete a temática de interesse regional e local (CRFB, art. 32, § 1º).
Dentro dessa organização do Estado, a Administração Pública brasileira foi estruturada com base
nos princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Esses são os assuntos que iremos explorar em nossos módulos.
MÓDULO 1
 Reconhecer o federalismo, com suas espécies, características e sua relação com o
Estado Federal
CONCEITOS
FEDERALISMO
Embora tidos, por vezes, como sinônimos, os conceitos de federalismo e federação tecnicamente
são distintos.
FEDERALISMO
Segundo Ronald Watts (2008, p. 8), o federalismo é uma ideia normativa que se refere à defesa
de um governo de várias camadas que combina elementos de unidade e diversidade,
preservando e promovendo identidades distintas dentro de uma união política maior.

FEDERAÇÃO
A federação é um termo descritivo que se refere a um sistema político que incorpora essa ideia,
compondo o governo central (federal) e as unidades constituintes regionais de governos
(estaduais e/ou municipais), sendo que cada ordem desse governo possui poderes específicos
delegados a ela por uma Constituição que não é unilateralmente alterável.
 ATENÇÃO
Não podemos confundir: enquanto a federação é uma forma de Estado adotada no Brasil, o
federalismo é a ideia, a teoria, o estudo, que fundamenta a criação dessas federações.
No vídeo a seguir, falaremos sobre as diferentes espécies de federalismo.
PRINCÍPIO FEDERATIVO
O princípio federativo é previsto nas Constituições de uma grande variedade de países,
apresentando um desenvolvimento distinto em virtude de peculiaridades históricas e políticas
próprias de cada nação. É um dos assuntos mais instigantes do Direito constitucional, não
apenas por ser originário de um dos monumentos do constitucionalismo moderno – a Constituição
americana, de 1787 –, mas por se encontrar em permanente evolução e aperfeiçoamento,
especialmente em relação às repartições de competências entre as entidades federadas.
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PRINCÍPIO FEDERATIVO
Tal princípio federativo caracteriza o Estado Federal, identificado como uma aliança de
estados, que renunciam à sua independência, mas não à sua autonomia, em prol dos
interesses comuns previstos na celebração de um pacto de união denominado Constituição
Federal.
Adotada no Brasil desde 1891, a federação é a forma de Estado nascida na república, com o
Decreto nº 1, de 15 de novembro de 1889, cuja consolidação se deu na Constituição de 1891 em
seu art. 1º.
Fonte:Shutterstock
 Constituição de 1891. Fonte: Domínio público / Acervo Arquivo Nacional
As Constituições posteriores mantiveram a forma federativa de Estado, porém a de 1988 elevou o
número de entes federativos, com inclusão do município, passando a adotar um sistema com três
níveis políticos e administrativos: federal, estadual e municipal.
Fonte:Shutterstock
 Capa da Constituição do Brasil, de 1988. Fonte: Domínio público / Acervo Arquivo Nacional
MUNICÍPIOS
O Brasil é o único Estado federado em que os municípios possuem um alto grau de
autonomia, não se subordinando aos Estados-membros nem à União.
A FEDERAÇÃO BRASILEIRA É COMPOSTA PELA
UNIÃO, PELOS ESTADOS, PELO DISTRITO
FEDERAL E PELOS MUNICÍPIOS, MEDIANTE UM
VÍNCULO INDISSOLÚVEL, NÃO SENDO
PERMITIDO, PORTANTO, O DIREITO DE
SECESSÃO. ORA, O ARTIGO 1º DA
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CONSTITUIÇÃO É CLARO AO AFIRMAR QUE A
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SERÁ
“FORMADA PELA UNIÃO INDISSOLÚVEL DOS
ESTADOS E MUNICÍPIOS E DO DISTRITO
FEDERAL”.
DIREITO DE SECESSÃO
O direito de secessão seria a prerrogativa de se retirar da federação.
 ATENÇÃO
A tentativa de secessão pode ocasionar, inclusive, uma intervenção federal, na forma do art. 34, I,
da CRFB/88.
Além disso, a federação brasileira recebe proteção especial no art. 60, § 4º, I, que a considera
cláusula pétrea, de maneira que não pode ser abolida por meio de reformas constitucionais. Isto
é, não é possível, por meio de uma emenda constitucional, alterar a forma de Estado da
federação no Brasil. A única maneira, juridicamente possível, seria mediante uma nova
Constituição.
SOBERANIA E AUTONOMIA
A distinção entre soberania e autonomia é indispensável quando estudamos a federação, forma
de organização do Estado adotada pelo Brasil.
SOBERANIA
Soberania é o atributo que se dá ao poder do Estado em razão de ser ele juridicamente ilimitado.
Um Estado não deve obediência jurídica a nenhum outro Estado. Isso o coloca, pois, em um lugar
de coordenação com os demais integrantes da cena internacional e de superioridade dentro do
seu próprio território. O poder inerente na soberania não admite limitação externa. Conquanto
existam distinções quanto ao poderio político, econômico e militar, juridicamente todos os Estados
são iguais: um não possui poder sobre o outro além daquele exercido por meio do consenso.

AUTONOMIA
Autonomia é a margem de discrição que uma pessoa possui para decidir sobre os seus negócios,
mas sempre delimitada pelo próprio Direito. Trata-se de uma margem de liberdade, na forma da
lei, e é um fenômeno existente na esferainterna dos Estados, distinguindo o quociente de
liberdade que cada pessoa jurídica de direito interno possui. Também pode ser política, quando a
subdivisão interna tem o poder de fazer leis, ou administrativa, quando o novo centro tem
liberdade somente para executar, cumprir as ordens do poder central. Como se observa, só
haverá autonomia se existir mais de um centro de competências e decisões.
NO BRASIL, UNIÃO, ESTADOS E DISTRITO
FEDERAL SÃO AUTÔNOMOS. JÁ A SOBERANIA É
ATRIBUTO EXCLUSIVO DA REPÚBLICA
FEDERATIVA DO BRASIL, QUE É REPRESENTADA
INTERNACIONALMENTE PELA UNIÃO.
QUAL É A DIFERENÇA ENTRE FORMA DE
ESTADO E FORMA DE GOVERNO?
A forma de Estado é o modo pelo qual o Estado organiza o povo e o território e estrutura o seu
poder relativamente a outros poderes de igual natureza, que a ele ficarão coordenados ou
subordinados. Como exemplo, temos o estado unitário, as federações e as confederações. Veja
cada um deles a seguir:
ESTADO UNITÁRIO
FEDERAÇÃO
CONFEDERAÇÃO
ESTADO UNITÁRIO
1) Unitário puro: há uma centralização do poder.
2) Unitário descentralizado administrativamente: as decisões políticas são centralizadas, mas as
execuções dessas decisões políticas são delegadas.
3) Unitário descentralizado administrativamente e politicamente: aqui há uma descentralização
administrativa das decisões políticas tomadas, mas as entidades são dotadas de autonomia para
execução das decisões tomadas pelo governo central. Diante disso, podem decidir, no caso
concreto, o que é mais conveniente ou oportuno fazer. No estado unitário, apesar de poder haver
a descentralização, poderá regredir à centralização, o que não ocorre na federação.
FEDERAÇÃO
Nesse modelo, ocorre a descentralização do poder, mediante a distribuição de parcelas de
administração política entre os entes federados que são autônomos e se reúnem por um vínculo
https://stecine.azureedge.net/repositorio/organizacao_do_estado/index.html#collapse-steps1
https://stecine.azureedge.net/repositorio/organizacao_do_estado/index.html#collapse-steps1
https://stecine.azureedge.net/repositorio/organizacao_do_estado/index.html#collapse-steps2
https://stecine.azureedge.net/repositorio/organizacao_do_estado/index.html#collapse-steps2
https://stecine.azureedge.net/repositorio/organizacao_do_estado/index.html#collapse-steps3
https://stecine.azureedge.net/repositorio/organizacao_do_estado/index.html#collapse-steps3
indissolúvel para formação de um estado soberano, com previsão na Constituição, não se
admitindo o direito de secessão. Ex.: CRFB/88.
CONFEDERAÇÃO
Tem características distintas em relação à federação. A primeira delas é a soberania. Enquanto a
federação origina da união de estados autônomos com o objetivo de compor uma unidade
soberana, a confederação define-se por ser a união de estados soberanos. Nesse modelo, os
estados que se reúnem não abrem mão de sua soberania, podendo a qualquer momento sair da
confederação, ou seja, admite-se o direito de secessão. Outra diferença é que a confederação
nasce a partir de um tratado internacional, pois os estados são soberanos.
A forma de governo é o conjunto de instituições políticas por meio das quais um Estado se
organiza a fim de exercer o seu poder sobre a sociedade, bem como as relações entre
governantes e governados. São basicamente duas as formas de governo:
REPÚBLICA
Suas características básicas são:
I) eletividade dos governantes;
II) temporalidade do exercício do poder;
III) representatividade popular;
IV) responsabilidade do governante, que inclusive deve prestar contas.
MONARQUIA
Suas características são:
I) hereditariedade do governo;
II) vitaliciedade no governo;
III) inexistência de representação popular, pois quem coloca o governante lá é o seu sangue.
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O BRASIL ADOTA COMO FORMA DE ESTADO A
FEDERAÇÃO E COMO FORMA DE GOVERNO A
REPÚBLICA.
O QUE É SISTEMA DE GOVERNO E REGIME DE
GOVERNO?
No sistema de governo, há uma preocupação de como se dá a relação entre os poderes
Executivo e Legislativo.
SISTEMA PRESIDENCIALISTA
SISTEMA PARLAMENTARISTA
SISTEMA PRESIDENCIALISTA
Há uma maior independência entre o Poder Executivo e o Legislativo. É característica do
presidencialismo: o presidente da república acumula as funções de chefe de estado (na esfera
internacional) e chefe de governo (na esfera interna), além de ser o chefe da administração
pública federal. O governante tem um mandato com prazo certo.
SISTEMA PARLAMENTARISTA
Há uma colaboração entre o Executivo e o Legislativo. O chefe do Executivo, que é chefe do
Estado, escolhe o primeiro-ministro, que exercerá a função de chefe de governo, permanecendo
na chefia enquanto obtiver a maioria parlamentar, pois depende do apoio do parlamento.
https://stecine.azureedge.net/repositorio/organizacao_do_estado/index.html#collapppse-steps1
https://stecine.azureedge.net/repositorio/organizacao_do_estado/index.html#collapppse-steps1
https://stecine.azureedge.net/repositorio/organizacao_do_estado/index.html#collapppse-steps2
https://stecine.azureedge.net/repositorio/organizacao_do_estado/index.html#collapppse-steps2
O regime de governo é o modo como um governo comporta-se no poder, e se divide
basicamente em dois:
autor/shutterstock
REGIME DEMOCRÁTICO
Há participação popular.
autor/shutterstock
REGIME AUTOCRÁTICO
Não há participação popular.
O BRASIL ADOTA A REPÚBLICA COMO SISTEMA
DE GOVERNO E A DEMOCRACIA COMO REGIME
DE GOVERNO.
CARACTERÍSTICAS COMUNS A TODA
FEDERAÇÃO
Apesar de cada estado federativo apresentar características peculiares, inerentes às suas
realidades locais, encontramos alguns pontos em comum, que podem ser assim esquematizados:
• Descentralização política.
• Constituição rígida como base jurídica.
• Inexistência do direito de secessão (ou o princípio da indissolubilidade do vínculo federativo),
lembrando que a forma federativa de Estado é cláusula pétrea (art. 60, § 4º, I, CRFB/88).
• Soberania do Estado Federal.
• Auto-organização dos Estados-membros: por meio da elaboração de suas Constituições
estaduais.
• Órgão representativo dos Estados-membros: no Brasil, o Senado Federal.
• Guardião da Constituição: no Direito brasileiro, o Supremo Tribunal Federal (STF).
• Mínimo de dois níveis de governo, um com jurisdição sobre todo país e o outro com jurisdição
regional.
Fonte:Shutterstock
 Mapa político do Brasil. Fonte: Wikimedia
ESPÉCIES DE FEDERALISMO
QUANTO À ORIGEM
FEDERALISMO POR AGREGAÇÃO
Esse tipo de federalismo nasce quando Estados soberanos renunciam a uma parcela de sua
soberania para instituir um ente único, passando a ser autônomos. O Estado Federal passa a ser
soberano e os Estados-membros autônomos. É o que ocorreu com os EUA, que surgiram a partir
da reunião das 13 colônias norte-americanas.
A federação norte-americana surgiu de um movimento centrípeto, o poder foi dos estados
periféricos para o centro.
FEDERALISMO POR DESAGREGAÇÃO OU SEGREGAÇÃO
Nessa espécie de federalismo, o poder central (Estado Unitário) é repartido para outros entes. Foi
o que aconteceu no Brasil, onde um Estado Unitário repartiu sua competência com outros entes,
e esse movimento foi centrífugo (saiu do centro).
QUANTO À REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIA
FEDERALISMO DUALISTA OU DUAL
Nesse modelo, há uma relação de coordenação entre a União e os estados, atrelada por meio de
uma repartição horizontal de competências. Não há hierarquia entre a União e os Estados-
membros; estão situados no mesmo plano e cada um tem suas normas próprias (competências
determinadas pela CRFB); há um equilíbrio entre eles. Foi adotado pelos EUA até a crise de
1929.
FEDERALISMO COOPERATIVO
Almeja-se o meio-termo entre o federalismo dualista e o federalismo por integração. Há uma
repartição horizontal de competências, mas algumas delas ficam sob a tutela da União. É o caso
da Federação Alemã, dos EUA e do Brasil (pós-CRFB/88).
QUANTO AO TRATAMENTO DOS ENTES
FEDERATIVOS
FEDERALISMO SIMÉTRICOÉ aquele que permite a identificação das características dominantes, frequentemente encontradas
nos outros estados. Há uma simetria entre a federação e as demais federações existentes (outros
países). Podem ser destacadas algumas características:
• Possibilidade de intervenção federal nos Estados-membros.
• Poder Judiciário dual, ou seja, há um Poder Judiciário estadual e um Poder Judiciário federal.
• Poder constituinte originário com sede na União e poder constituinte decorrente com sede nos
Estados-membros, em relação à Constituição estadual é poder constituinte.
• Organização bicameral do Poder Legislativo (na esfera federal).
FEDERALISMO COOPERATIVO
É aquele no qual há um rompimento com as linhas tradicionais definidoras do federalismo
simétrico, em razão do funcionamento do sistema federal. Há uma realidade heterogênea entre os
entes federados.
Uma prova da assimetria do federalismo brasileiro é a possibilidade de concessões de incentivos
tributários regionais com a finalidade de promover o equilíbrio entre os entes das diferentes
regiões do país.
O BRASIL ADOTOU O FEDERALISMO
ASSIMÉTRICO, A EXEMPLO DA BÉLGICA E DO
CANADÁ.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1) (COSEAC - 2019 - UFF - ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO) CELSO
RIBEIRO BASTOS PONTUA QUE “FOI A FORMA MAIS IMAGINOSA JÁ
INVENTADA PELO HOMEM PARA PERMITIR A CONJUGAÇÃO DAS
VANTAGENS DA AUTONOMIA POLÍTICA COM AQUELAS OUTRAS
DEFLUENTES DA EXISTÊNCIA DE UM PODER CENTRAL”, AO ABORDAR A
FORMA DE ESTADO ADOTADA PELO BRASIL, QUE É A:
A) Confederativa
B) Republicana
C) Federativa
D) Democrática
2) QUANTO ÀS ESPÉCIES DE FEDERALISMO, O BRASIL ADOTOU UM
MODELO DE:
A) Federalismo por agregação, federalismo cooperativo e federalismo simétrico.
B) Federalismo por desagregação, federalismo dual e federalismo assimétrico.
C) Federalismo por agregação, federalismo dual e federalismo assimétrico.
D) Federalismo por desagregação, federalismo cooperativo e federalismo assimétrico.
GABARITO
1) (COSEAC - 2019 - UFF - Assistente em Administração) Celso Ribeiro Bastos pontua que
“foi a forma mais imaginosa já inventada pelo homem para permitir a conjugação das
vantagens da autonomia política com aquelas outras defluentes da existência de um poder
central”, ao abordar a forma de Estado adotada pelo Brasil, que é a:
A alternativa "C " está correta.
O Brasil tem adotada a forma federativa de Estado desde 1889. A Constituição Federal de 1988
deixa claro, inclusive, que a forma federativa de Estado é clausula pétrea, que não pode ser
abolida por meio de reformas constitucionais, como é o caso de emenda constitucional (art. 60,
§4º, I, da CRFB/88)..
2) Quanto às espécies de federalismo, o Brasil adotou um modelo de:
A alternativa "D " está correta.
O Brasil adota um modelo de federalismo cooperativo, pois há uma repartição horizontal de
competências. Quanto à origem, é marcado por um federalismo de desagregação, uma vez que
tínhamos um Estado Unitário que repartiu sua competência com outros entes criando um Estado
Federal. E possuímos ainda um federalismo assimétrico, em razão das desigualdades regionais.
MÓDULO 2
 Analisar o sistema de repartição de competências, com suas técnicas e seus princípios
definidores
CONCEITOS
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
É adotada, em maior parte das Constituições do mundo, uma técnica pela qual o constituinte
distribui, com base na natureza e no tipo histórico de federação, as atribuições de cada unidade
federativa, preservando-lhes a autonomia política no âmbito do Estado Federal. Aplica-se, então,
o princípio da predominância do interesse.
O PRINCÍPIO DA PREDOMINÂNCIA DO
INTERESSE TEM A FINALIDADE DE NORTEAR A
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS DAS
ENTIDADES POLÍTICAS, TOMANDO COMO
REFERÊNCIA A NATUREZA DO INTERESSE
AFETO A CADA UMA DELAS.
Assim, à União competem as matérias de interesse geral ou nacional (CRFB, art. 21); aos
Estados-membros competem os temas de interesse regional (CRFB, art. 25, §1º); aos municípios
competem os assuntos de interesse local (CRFB, art. 30, I); ao Distrito Federal compete a
temática de interesse regional e local (CRFB, art. 32, § 1º).
 ATENÇÃO
Porém, há casos em que esse princípio não restringe as competências entre os entes federados.
Isso ocorre porque há assuntos que tanto são pertinentes ao interesse local, como do país inteiro,
por exemplo, a hipótese da transposição do rio São Francisco, da devastação da floresta
Amazônica, da seca no Nordeste etc.
MODELO DE REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
A repartição de competências pode ser vista sob as seguintes vertentes:
autor/shutterstock
MODELO HORIZONTAL
Não há concorrência entre os entes federativos, ou seja, cada um exerce suas competências nos
limites fixados pela Constituição. Também não há relação de subordinação ou hierarquia entre
esses entes.
autor/shutterstock
MODELO VERTICAL
A União outorga a diferentes entes federativos a competência para atuar na mesma matéria,
porém há uma subordinação, eis que irão atuar sobre a mesma matéria em um chamado
condomínio legislativo. Isto é, a União irá legislar sobre as normas gerais e os estados irão legislar
sobre as normas específicas, as quais não podem contrariar as normas gerais. Sob esse ponto de
vista, é possível verificar uma relação de subordinação, e há uma repartição vertical da
competência. Ex.: competência legislativa concorrente.
NO BRASIL, PREDOMINA, NA CRFB/88, O
MODELO HORIZONTAL DE REPARTIÇÃO DE
COMPETÊNCIA. ESSA COMPETÊNCIA POSSUI
ESPÉCIES, PODENDO SER LEGISLATIVA E
ADMINISTRATIVA. ANTES DE SEGUIR NOSSO
ESTUDO, É IMPORTANTE CONHECER AS
CARACTERÍSTICAS DE CADA ENTE FEDERATIVO.
ENTES FEDERATIVOS
A CRFB/88 estabelece que a organização político-administrativa da república compreende a
União, os estados, o Distrito Federal e os municípios, todos autônomos. Os territórios federais não
têm autonomia, sendo uma descentralização da União, mera autarquia federal.
UNIÃO
A União é a pessoa jurídica de direito público interno. A pessoa jurídica de direito público externo
é a República Federativa do Brasil. Todavia, a União representa a República Federativa do Brasil
(art. 18 da CRFB/88). Portanto, cabe à União exercer as prerrogativas da república nas relações
internacionais. E essas prerrogativas são de atribuições exclusivas da União.
DE ACORDO COM O ART. 18, § 1º, A CAPITAL
FEDERAL É BRASÍLIA.
A UNIÃO TEM TANTO COMPETÊNCIA NÃO
LEGISLATIVA – ADMINISTRATIVA OU MATERIAL –,
COMO COMPETÊNCIA LEGISLATIVA PARA FAZER
LEIS.
DO PONTO DE VISTA INTERNO, DA MESMA
FORMA QUE OS ESTADOS, O DISTRITO FEDERAL
E OS MUNICÍPIOS, A UNIÃO É UM ENTE
AUTÔNOMO.
A Constituição Federal estabelece, em seu artigo 19, algumas proibições à União, aos estados,
ao Distrito Federal e aos municípios, como, estabelecer cultos religiosos ou Igrejas, subvencioná-
los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de
dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público; recusar
fé aos documentos públicos; criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.
COMPETÊNCIA NÃO LEGISLATIVA
(ADMINISTRATIVA OU MATERIAL) DA UNIÃO
A competência não legislativa (administrativa ou material) da União pode ser assim
esquematizada:
EXCLUSIVA DA UNIÃO
Prevista no art. 21, e não pode ser atribuída a qualquer outro ente federativo.
O art. 21 estabelece que compete exclusivamente à União:
Manter relações com os Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais: é
quem representa a República Federativa do Brasil.
Declarar a guerra e celebrar a paz.
Assegurar a defesa nacional.
Permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo
território nacional ou nele permaneçam temporariamente.
Decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal.
Autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico.
Emitir moeda, entre outros.
COMUM (CUMULATIVA, ADMINISTRATIVA OU PARALELA)
Prevista noart. 23, é comum aos quatro entes federativos, quais sejam, a União, os estados, o
Distrito Federal e os municípios. Em relação à competência comum, de maneira bastante
interessante, o art. 23, parágrafo único, estabelece que as leis complementares fixarão as normas
para a cooperação entre a União e os estados, o Distrito Federal e os municípios, tendo em vista
o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.
EXEMPLO
A Lei Complementar nº 140/2011, que regulamentou os incisos III, VI e VII do art. 23. Não havendo
definição da cooperação nos termos da lei complementar, eventual conflito de políticas
governamentais deverá ser dirimido levando-se em consideração o critério da preponderância de
interesses: os mais amplos devem prevalecer sobre os mais restritos.
Cabe destacar algumas condutas no exercício dessa competência comum prevista no art. 23: I -
zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o
patrimônio público; II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas
portadoras de deficiência; III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico,
artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; IV -
impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor
histórico, artístico ou cultural; entre outros.
Em 2020, na ADI 6341, o STF entendeu que os prefeitos e os governadores também podem
adotar medidas de combate ao coronavírus (quarentena, isolamento social etc.) considerando que
são providências relacionadas com a proteção da saúde, sendo, portanto, matéria que é de
competência comum da União, dos estados, do DF e dos municípios, na forma do art. 23, II, da
CF/88.
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA DA UNIÃO
A competência legislativa da União pode ser assim definida:
PRIVATIVA
Todas as matérias previstas no art. 22. Apesar de ser competência privativa, a União, por meio de
lei complementar, poderá autorizar os estados (e o DF) a legislarem sobre questões específicas
das matérias previstas no referido art. 22. Deixamos claro: somente por lei complementar e
apenas questões específicas.
Como exemplos dessa competência privativa legislativa prevista no art. 22, podemos citar: I -
direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do
trabalho; II - desapropriação; III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em
tempo de guerra; IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão; V - serviço
postal; VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais; VII - política de
crédito, câmbio, seguros e transferência de valores; VIII - comércio exterior e interestadual; IX -
diretrizes da política nacional de transportes; X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial,
marítima, aérea e aeroespacial; XI - trânsito e transporte; entre outros.
Vale lembrar que, segundo a súmula vinculante 2 do STF: “É inconstitucional a lei ou o ato
normativo estadual ou distrital que disponha sobre sistemas de consórcios e sorteios, inclusive
bingos e loterias”.
Sobre a situação disposta na súmula, o Supremo Tribunal Federal entendeu que a expressão
“sistema de sorteios”, constante do art. 22, XX, da CRFB/88, alcança os jogos de azar, as loterias
e similares, dando interpretação que veda a edição de legislação estadual sobre a matéria, em
razão da competência privativa da União, estando a atividade dos bingos abrangida no preceito
veiculado citado, que é categórico ao estipular a competência da União para legislar sobre os
sorteios. Dessa forma, caso haja a aprovação de lei ou ato normativo estadual ou distrital sobre a
matéria, haveria vício de inconstitucionalidade, em razão de a matéria ser privativa da União.
NOTA
A súmula vinculante é um mecanismo constitucional de uniformização da jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal que possui força normativa sobre os órgãos do Poder Judiciário, bem
como sobre toda a administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e
municipal.
CONCORRENTE
O art. 24 define as matérias de competência concorrente da União, dos estados e do Distrito
Federal, como direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; orçamento;
juntas comerciais; custas dos serviços forenses; produção e consumo; entre outros (sugerimos
que leia integralmente o art. 24). Em relação a essas matérias, a competência da União limitar-
se-á a estabelecer as normas gerais, cabendo aos estados editar as normas específicas.
Em caso de inércia da União, inexistindo uma lei federal sobre a norma geral, os estados e o
Distrito Federal poderão suplementar a União e legislar, também, sobre as normas gerais,
exercendo a competência legislativa plena. Se a União resolver legislar sobre a norma geral, a
norma geral que o estado (ou o Distrito Federal) havia elaborado terá a sua eficácia suspensa, no
ponto em que for contrária à nova lei federal sobre a norma geral. Caso não sejam conflitantes,
passam a conviver, perfeitamente, a norma geral federal e a estadual (ou a distrital).
Observe-se que se trata de suspensão da eficácia e não revogação, pois, caso a norma geral
federal que suspendeu a eficácia da norma geral estadual seja revogada por outra norma geral
federal, que, por seu turno, não contrarie a norma geral feita pelo estado, esta última voltará a
produzir efeitos (lembre-se de que a norma geral estadual apenas teve a sua eficácia suspensa).
ESTADOS-MEMBROS
Os estados federados são autônomos em decorrência de sua capacidade de auto-organização,
autogoverno, autoadministração e autolegislação. Trata-se de autonomia, e não soberania, na
medida em que a soberania é um dos fundamentos da República Federativa do Brasil.
Vejamos:
AUTO-ORGANIZAÇÃO
AUTOGOVERNO
AUTOADMINISTRAÇÃO E AUTOLEGISLAÇÃO
AUTO-ORGANIZAÇÃO
De acordo com o art. 25, caput, os estados se organizarão e serão regulados pelas leis e
Constituições que adotarem, observando-se, sempre, as regras e os preceitos estabelecidos na
CRFB (trata-se de poder constituinte derivado decorrente).
AUTOGOVERNO
Os arts. 27, 28 e 125 estabelecem as regras para a estruturação dos “Poderes”: Legislativo:
Assembleia Legislativa; Executivo: governador do estado; Judiciário: tribunais e juízes.
AUTOADMINISTRAÇÃO E AUTOLEGISLAÇÃO
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Arts. 18 e 25 a 28 – regras de competências legislativas e não legislativas.
Para a criação de novos Estados-membros, o art. 18, § 3º, estabelece a necessidade de
plebiscito e de lei complementar do Congresso Nacional, pelo processo de fusão, cisão ou
desmembramento.
 ATENÇÃO
Os Estados-membros têm tanto competência não legislativa como legislativa.
COMPETÊNCIA NÃO LEGISLATIVA
(ADMINISTRATIVA OU MATERIAL) DOS ESTADOS-
MEMBROS
COMUM (CUMULATIVA, CONCORRENTE,
ADMINISTRATIVA OU PARALELA)
RESIDUAL
(REMANESCENTE OU RESERVADA)
COMUM (CUMULATIVA, CONCORRENTE,
ADMINISTRATIVA OU PARALELA)
Trata-se de competência não legislativa comum aos quatro entes federativos, quais sejam, a
União, os estados, o Distrito Federal e os municípios; e descrita no art. 23.
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RESIDUAL (REMANESCENTE OU RESERVADA)
São reservadas aos estados as competências administrativas que não lhe sejam vedadas, ou a
competência que sobrar (eventual resíduo), após a enumeração dos outros entes federativos (art.
25, § 1º).
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA DOS ESTADOS-
MEMBROS
Como a terminologia indica, trata-se de competências, constitucionalmente definidas, para
elaborar leis. Elas foram assim definidas para os Estados-membros:
EXPRESSA
RESIDUAL (REMANESCENTE OU RESERVADA)
DELEGADA PELA UNIÃO
CONCORRENTE
SUPLEMENTAR
EXPRESSA
Art. 25, caput → qual seja, a capacidade de auto-organização dos Estados-membros, que se
regerão pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios da CRFB/88.
RESIDUAL (REMANESCENTE OU RESERVADA)
Art. 25, § 1º → toda competência que não for vedada está reservada aos Estados-membros.
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DELEGADA PELA UNIÃO
Art. 22, parágrafo único → a União poderá autorizar os estados a legislarem sobre questões
específicas das matérias de sua competência privativa prevista no art. 22 e incisos. Tal
autorização, conforme já alertamos, dar-se-á por meio de lei complementar.
CONCORRENTE
Art. 24 → a concorrência para legislar dar-se-á entre a União, os estados e o Distrito Federal,
cabendo à União legislar sobre as normas gerais e aos estados, sobre as normas específicas.
SUPLEMENTAR
Art. 24, §§ 1º ao 4º → no âmbito da legislação concorrente, como vimos, a União limita-se a
estabelecer as normas gerais, e os estados, as normas específicas. No entanto, em caso de
inércia legislativa da União, os estados poderão suplementá-la, regulamentando as regras gerais
sobre o assunto, sendo que, na superveniência de lei federal sobre a norma geral, a aludida
norma estadual geral (suplementar) terá a sua eficácia suspensa, no que for contrária à lei federal
sobre as normas gerais editada posteriormente.
OUTRAS COMPETÊNCIAS
EXPLORAÇÃO DE GÁS CANALIZADO
CRIAÇÃO DE REGIÕES METROPOLITANAS
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EXPLORAÇÃO DE GÁS CANALIZADO
Compete aos estados a exploração diretamente, ou mediante concessão, na forma da lei, vedada
a edição de medida provisória para a sua regulamentação.
CRIAÇÃO DE REGIÕES METROPOLITANAS
A criação de regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por
agrupamentos de municípios limítrofes (art. 25, §3º), as quais devem ser criadas por lei
complementar com o objetivo de planejar e executar funções públicas de interesse comum.
No vídeo a seguir, falaremos mais sobre as competências dos Estados.
MUNICÍPIOS
No Direito estrangeiro, o município é comumente subordinado ao Direito estadual, embora seja,
em alguns casos, assegurado um conteúdo mínimo da autonomia municipal.
No Brasil, em trajetória histórica peculiar, o município possui existência jurídica desde a colônia,
antecede à província e teve sua autonomia crescentemente reconhecida, atingindo o ápice na
Constituição de 1988.
Os municípios têm capacidade de auto-organização, autogoverno, autoadministração e
autolegislação.
AUTO-ORGANIZAÇÃO
AUTOGOVERNO
AUTOADMINISTRAÇÃO E AUTOLEGISLAÇÃO
AUTO-ORGANIZAÇÃO
Art. 29, caput – os municípios organizam-se por meio de lei orgânica, votada em dois turnos,
com o interstício mínimo de 10 dias, e aprovada por 2/3 dos membros da Câmara Municipal,
que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos na Constituição Federal, na Constituição
do respectivo Estado e o preceituado nos incisos I a XIV do art. 29 da CRFB/88.
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AUTOGOVERNO
Elegem, diretamente, o prefeito, vice-prefeito e os vereadores (confira incisos do art. 29).
AUTOADMINISTRAÇÃO E AUTOLEGISLAÇÃO
Art. 30 – regras de competência que serão oportunamente estudadas. O STF, ao destacar a
essência da autonomia municipal, estabeleceu que a autoadministração implica capacidade
decisória quanto aos interesses locais, sem delegação ou aprovação hierárquica (ADI 1.842).
 ATENÇÃO
Os municípios não possuem Constituição, mas sim lei orgânica.
Como dissemos, trata-se de autonomia, e não de soberania, uma vez que a soberania é um
dos fundamentos da República Federativa do Brasil. Internamente, os entes federativos são
autônomos, na medida de sua competência, constitucionalmente definida, delimitada e
assegurada.
A CRIAÇÃO, A INCORPORAÇÃO, A FUSÃO E O
DESMEMBRAMENTO DE MUNICÍPIOS, FAR-SE-ÃO
POR LEI ESTADUAL, DENTRO DO PERÍODO
DETERMINADO POR LEI COMPLEMENTAR
FEDERAL, E DEPENDERÃO DE CONSULTA
PRÉVIA, MEDIANTE PLEBISCITO, ÀS
POPULAÇÕES DOS MUNICÍPIOS ENVOLVIDOS,
APÓS DIVULGAÇÃO DOS ESTUDOS DE
VIABILIDADE MUNICIPAL, APRESENTADOS E
PUBLICADOS NA FORMA DA LEI (ART. 18, §4º, DA
CRFB/88).
COMPETÊNCIAS NÃO LEGISLATIVAS
(ADMINISTRATIVAS OU MATERIAIS) DOS
MUNICÍPIOS
As competências não legislativas (administrativas ou materiais) dos municípios podem ser assim
definidas:
COMUM (CUMULATIVA, CONCORRENTE,
ADMINISTRATIVA OU PARALELA)
PRIVATIVA (ENUMERADA)
COMUM (CUMULATIVA, CONCORRENTE,
ADMINISTRATIVA OU PARALELA)
Trata-se de competência não legislativa comum aos quatro entes federativos, nos termos do art.
23.
PRIVATIVA (ENUMERADA)
Art. 30, III a IX.
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 SAIBAMAIS
Segundo a súmula vinculante 38, “é competente o município para fixar o horário de
funcionamento de estabelecimento comercial”.
COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS DOS MUNICÍPIOS
As competências legislativas dos municípios podem ser assim definidas:
EXPRESSA
INTERESSE LOCAL
SUPLEMENTAR
PLANO DIRETOR
EXPRESSA
Art. 29, caput – o município auto-organiza-se por meio de lei orgânica, votada em dois turnos, com
o interstício mínimo de 10 dias, e aprovada por 2/3 dos membros da Câmara Municipal, que a
promulgará, atendidos os princípios estabelecidos na Constituição Federal e na Constituição do
respectivo estado.
INTERESSE LOCAL
Art. 30, I – o município pode legislar sobre as peculiaridades e necessidades ínsitas à localidade,
como, por exemplo, ao disciplinar sobre o tempo de espera na fila em bancos.
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SUPLEMENTAR
Art. 30, II – estabelece competir aos municípios suplementar a legislação federal e a estadual no
que couber e à luz do interesse local.
PLANO DIRETOR
Art. 182, § 1º – o plano diretor deverá ser aprovado pela Câmara Municipal, sendo obrigatório
para cidades com mais de 20.000 habitantes. Serve como instrumento básico da política de
desenvolvimento e de expansão urbana.
Deixamos claro que a competência dos municípios se limitará a suplementar a legislação federal
e a estadual existentes no que couber e sempre à luz do interesse local.
 SAIBA MAIS
Segundo a Súmula vinculante 49 do STF: “Ofende o princípio da livre concorrência a lei municipal
que impede a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área.”
PARA O STF, A LIVRE CONCORRÊNCIA É UM
PRINCÍPIO PROTEGIDO PELA CRFB/88, EM SEU
ART. 170, IV; E O MUNICÍPIO, AO PROIBIR QUE UM
ESTABELECIMENTO COMERCIAL SE INSTALE, EM
DETERMINADA ÁREA DA CIDADE, PELO SIMPLES
FATO DE JÁ EXISTIR OUTRO ALI EM
FUNCIONAMENTO, IMPEDE A LIVRE
CONCORRÊNCIA, SENDO TAL MEDIDA UMA
AFRONTA AO PRÓPRIO PRINCÍPIO DA ISONOMIA,
NÃO TRAZENDO NENHUM BENEFÍCIO PARA O
ORDENAMENTO URBANO NEM PARA A
POPULAÇÃO LOCAL.
DISTRITO FEDERAL
O Distrito Federal (DF) é uma unidade federada autônoma, visto que possui capacidade de auto-
organização, autogoverno, autoadministração e autolegislação:
AUTO-ORGANIZAÇÃO
AUTOGOVERNO
AUTOADMINISTRAÇÃO E AUTOLEGISLAÇÃO
AUTO-ORGANIZAÇÃO
Art. 32, caput – estabelece que o DF se regerá por lei orgânica, votada em dois turnos com
interstício mínimo de dez dias e aprovada por 2/3 da Câmara Legislativa, que a promulgará,
atendidos os princípios estabelecidos na Constituição Federal.
AUTOGOVERNO
Art. 32, §§ 2º e 3º – eleição de governador e vice-governador e dos deputados distritais.
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AUTOADMINISTRAÇÃO E AUTOLEGISLAÇÃO
Regras de competências legislativas e não legislativas, que serão estudadas a seguir.
Algumas outras regras devem também ser lembradas:
Impossibilidade de divisão do Distrito Federal em municípios.
Autonomia parcialmente tutelada pela União: CRFB art. 21, XIII e XIV, e art. 22.
Em relação às chamadas competências do DF, este possui as competências reservadas aos
estados e as competências reservadas aos municípios. Nem todas as competências dos estados
foram outorgadas ao DF, como é o caso em que compete à União organizar e manter o Poder
Judiciário, a Defensoria Pública, o Ministério Público, a Polícia Civil, a Polícia Militar e o Corpo de
Bombeiros Militar do Distrito Federal.
Fonte:Shutterstock
O PODER JUDICIÁRIO DO DF É O PODER DA
UNIÃO. CABE RESSALTAR QUE A POLÍCIA CIVIL,
A POLÍCIA MILITAR E O CORPO DE BOMBEIROS
MILITAR DO DISTRITO FEDERAL SÃO
SUBORDINADOS AO GOVERNO DO DISTRITO
FEDERAL, MAS SERÃO ORGANIZADOS E
MANTIDOS PELA UNIÃO.
O DF possui as seguintes competências:
COMPETÊNCIA NÃO LEGISLATIVA
(ADMINISTRATIVA OU MATERIAL) DO DF
Comum (cumulativa ou paralela)
Trata-se de competência não legislativa comum aos quatro entes federativos, quais sejam, a
União, os estados, o Distrito Federal e os municípios, prevista no art. 23 da CRFB/88.
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA DO DF
No tocante à competência legislativa, o art. 32, § 1º, estabelece que ao Distrito Federal são
atribuídas as competências legislativas reservadas aos estados e municípios. Assim, tudo o que
foi dito a respeito dos estados aplica-se ao DF, bem como o que foi dito sobre os municípios no
tocante à competência para legislar também a ele se aplica.
TERRITÓRIOS FEDERAIS
Apesar de terem personalidade, os territórios não são dotados de autonomia política. Trata-se
de mera descentralização administrativo-territorial da União, qual seja, uma autarquia que,
conforme expressamente previsto no art. 18, § 2º, integra a União.
 SAIBA MAIS
Antes da CRFB/88 existiam 3 territórios federais: a) Roraima e Amapá foram transformados em
estados (art. 14, caput, ADCT); b) Fernando de Noronha foi extinto, sendo a sua área
reincorporada ao Estado de Pernambuco (art. 15, ADCT).
APESAR DE NÃO EXISTIREM, PODEM SER
CRIADOS TERRITÓRIOS FEDERAIS NO BRASIL,
NA FORMA DO ART. 18, §§ 2º E 3º, CRFB/88,
MEDIANTE LEI COMPLEMENTAR.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1) SOBRE A REPARTIÇÃO E DEFINIÇÃO DA COMPETÊNCIA LEGISLATIVA E
ADMINISTRATIVA OPERADA PELA CONSTITUIÇÃO, É CORRETO AFIRMAR:
A) É competência dos Estados a emissão de moeda.
B) Compete à União legislar privativamente sobre o Direito penal.
C) Os estados possuem competência para sobre matéria de interesse local.
D) Os territórios são entes federativos.
2) (FCC - 2009 - TRT - 7ª REGIÃO (CE) - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA
JUDICIÁRIA - EXECUÇÃO DE MANDADOS) AS COMPETÊNCIAS DO
DISTRITO FEDERAL PARA A PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS SÃO:
A) Aquelas fixadas em Lei Complementar de iniciativa da União.
B) As mesmas reservadas para os municípios, apenas.
C) As mesmas reservadas para os Estados-membros e municípios.
D) As mesmas reservadas para os Estados-membros, apenas.
GABARITO
1) Sobre a repartição e definição da competência legislativa e administrativa operada pela
Constituição, é correto afirmar:
A alternativa "B " está correta.
Segundo o art. 22, I, da CRFB/88, compete privativamente à União legislar sobre o Direito penal.
2) (FCC - 2009 - TRT - 7ª Região (CE) - Analista Judiciário - Área Judiciária - Execução de
Mandados) As competências do Distrito Federal para a prestação dos serviços públicos
são:
A alternativa "C " está correta.
A questão está correta porque o DF cumula as competências que cabem tanto aos estados
quanto aos municípios. Assim, o DF presta os serviços públicos reservados aos estados e
municípios. Como exemplo, compete ao DF a exploração direta, ou mediante concessão de
serviços locais de gás canalizado (art. 25, § CF), competência esta dos entes federados, bem
como compete aos municípios organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessãoou
permissão, os serviços públicos de interesse local, incluindo o de transporte coletivo (art. 30, V,
CF).
MÓDULO 3
 Identificar os princípios constitucionais da Administração Pública
CONCEITOS
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Não há apenas um conceito de Administração Pública, razão pela qual haverá o conceito a
depender do enfoque: material e formal.
Sob o enfoque material (objetivo), conceitua-se a Administração Pública como um conjunto de
funções ou atividades de natureza essencialmente administrativa, consistentes em realizar
concreta, direta e imediatamente os fins constitucionalmente conferidos ao Estado. Nesse
sentido, a Administração Pública é a própria função administrativa atribuída, predominantemente,
ao Poder Executivo.
A doutrina apresenta quatro hipóteses da Administração Pública em sentido material:
POLÍCIA ADMINISTRATIVA
FOMENTO DA INICIATIVA PRIVADA
INTERVENÇÃO
SERVIÇO PÚBLICO
POLÍCIA ADMINISTRATIVA
Trata-se das restrições de atividades privadas em benefício do interesse público. É a atividade em
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sentido material. A atividade da polícia administrativa é fiscalizar, por exemplo, os
estabelecimentos comerciais, orientando os comerciantes sobre o risco de expor à venda
produtos deteriorados ou impróprios para o consumo.
FOMENTO DA INICIATIVA PRIVADA
É o incentivo à iniciativa privada, a fim de que possa orientar a maneira pela qual essa iniciativa irá
atuar. Por exemplo, podemos destacar a possibilidade de financiamento oferecida pela
Administração Pública, sob condições especiais, para a construção de hotéis e outras obras
ligadas ao desenvolvimento do turismo; para a organização e o funcionamento de indústrias
relacionadas com a construção civil.
INTERVENÇÃO
Compreende a intervenção na propriedade privada, como ocorre, por exemplo, nas
desapropriações por interesse social ou por necessidade pública; e a intervenção no domínio
econômico para fins de regular as atividades estatais de disciplina, a normatização e fiscalização
dos agentes econômicos, como é o caso da criação das agências reguladoras (Anvisa, ANS, Anac
etc.).
SERVIÇO PÚBLICO
Confere utilidades à população em geral. Serviço público é a Administração Pública em sentido
material. A própria Constituição Federal é rica em exemplos de serviços públicos, em especial os
previstos no artigo 21, como o serviço postal e correio aéreo nacional (inciso X), os serviços de
telecomunicações (inciso XI), os serviços e as instalações de energia elétrica e o aproveitamento
energético.
 ATENÇÃO
Há apenas uma exceção no sentido de que a intervenção não configurará Administração Pública
em sentido material, que será a hipótese em que o Estado age diretamente no domínio
econômico, como é o caso de atividade bancária (ex.: Banco do Brasil).
Sob o enfoque formal (subjetivo), a Administração Pública não seria o quê, mas quem é. Trata-se
de um conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas que o nosso ordenamento jurídico identifica
como Administração Pública, não importando a atividade que estes órgãos estejam exercendo.
O Direito brasileiro adota o critério formal de Administração Pública, pois a preocupação aqui é
com quem estão tratando.
Esses órgãos poderão ser integrantes da administração direta (desconcentração), mas também
poderão ser entidades da administração indireta (descentralização), como são as autarquias, as
fundações, as sociedades de economia mista e as empresas públicas.
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Os princípios de uma ciência são as proposições básicas que condicionam todas as
estruturações subsequentes. Em outras palavras, são as ideias fundamentais ou os alicerces de
determinada ciência. Muitas vezes, os princípios podem afastar a aplicação de regras, em
reconhecimento contemporâneo à extrema valorização dos princípios no sistema jurídico atual.
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A DOUTRINA JURÍDICA CONTEMPORÂNEA
RECONHECE, NOS PRINCÍPIOS JURÍDICOS,
FUNÇÕES MUITO MAIS RELEVANTES DO QUE A
MERA VALIA NA OMISSÃO DA LEI (ART. 4° DA
LINDB). OS PRINCÍPIOS ORIENTAM A
ELABORAÇÃO, A INTERPRETAÇÃO E A
APLICAÇÃO DAS NORMAS DE DIREITO.
POSSUEM, POR SI PRÓPRIOS, FORÇA
NORMATIVA.
A Constituição Federal, em seu art. 37, trata expressamente dos princípios que orientam a
Administração Pública: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
 DICA
Dica mnemônica: LIMPE
Legalidade
Impessoalidade
Moralidade
Publicidade
Eficiência
Vamos estudá-los!
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
A primeira observação a ser realizada refere-se à importância desse princípio para um Estado
Democrático de Direito como o nosso.
Ele traduz uma das mais expressivas conquistas da humanidade, isto é, possibilitar que as
divergências, os conflitos, as tensões se resolvam não pelo primado da força, mas pelo império da
lei.
Nesse cenário é que se justifica sua presença na Constituição de todos os países, não sendo
outra a realidade disposta em todos os textos constitucionais brasileiros.
Com base para o Estado Democrático de Direito, está sua inclusão no título relativo aos direitos
fundamentais, mais precisamente no art. 5º, II, que traz a fórmula por demais conhecida, mas que
se pede vênia para reproduzir em razão de sua pertinência: “Art. 5º (...) II — ninguém será
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.”
Fonte:Shutterstock
 Fonte: Valery Evlakhov / Shutterstock
Cuida-se, como se observa, de uma regra primordial, porque está a revelar que a imposição de
comportamentos unilaterais pelo Poder Público apenas será permitida se tiver respaldo em lei,
impedindo, dessa maneira, a legitimação de atitudes arbitrárias por parte dos detentores desse
poder.
Em outras palavras, essa regra constitui, simultaneamente, uma proteção para o direito dos
administrados e uma limitação, uma fronteira para a atuação do Poder Público.
Assim, se é verdade que, por força dos interesses que representa, pode a Administração impor
unilateralmente comportamentos, não é menos verdade que essa imposição só será permitida se
tiver respaldo em lei.
Por isso, o princípio da legalidade, sob a ótica da Administração, estabelece que a Administração
só pode agir se houver uma determinação legal ou uma autorização legal.
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A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NÃO PODE ATUAR
CONTRARIAMENTE À LEI TAMPOUCO ALÉM DA
LEI, POIS SÓ ATUA SEGUNDO A LEI.
Portanto, teremos uma ilegalidade, quer quando o ato administrativo for editado sem a existência
de lei anterior, quer quando inovar em relação a ela.
 EXEMPLO
Para melhor visualização, cite-se a impossibilidade de um edital de concurso estabelecer
exigências para os candidatos que não tenham previsão anterior na lei que disciplina a carreira.
Não se trata de uma conclusão gratuita: advém da expressa disposição contida na Constituição
Federal, em seu art. 37, II, em especial quando deixa consignado que a investidura em cargos e
empregos públicos depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e
títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo, na forma prevista em lei.
PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE
O princípio da impessoalidade da Administração possui uma dupla finalidade:
ATUAÇÃOADMINISTRATIVA VOLTADA PARA O INTERESSE PÚBLICO
A atuação da Administração Pública deve sempre visar ao interesse público.
VEDA A PROMOÇÃO PESSOAL DO ADMINISTRADOR
Quem atua é o Estado, e não o governante.
Essa vedação quanto ao administrador encontra previsão no art. 37, §1º, que estabelece que a
publicidade dos atos, dos programas, das obras, dos serviços e das campanhas dos órgãos
públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dessa publicidade não
podem constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades
ou servidores públicos.
 EXEMPLO
Qualquer atitude tomada pelo administrador, durante o desenvolvimento do concurso, que vise ao
favorecimento gratuito de pessoas determinadas, deve ser imediatamente fulminada por agressão
ao princípio ora comentado.
Do mesmo modo exige-se, como regra geral, para a viabilização de contratação de serviços, a
abertura de certame licitatório visando à escolha da proposta mais vantajosa para o interesse
público, respeitados os termos previstos no edital.
PRINCÍPIO DA MORALIDADE
O conceito da previsão do princípio da moralidade na CRFB/88 é a ideia de tornar jurídica a
moral.
A exigência de atuação ética passa a ganhar contorno no mundo do dever ser, vindo a ser uma
norma jurídica. Com isso, o ato imoral também passa a ser um ato ilegal, podendo inclusive ser
anulado pelo Poder Judiciário.
 EXEMPLO
Isso é facilmente percebido na ação popular, em que, segundo a CRFB/88, qualquer cidadão é
parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de
entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ficando o autor, salvo
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência. Ou seja, se o ato
ofender a moralidade administrativa, não estará dentro do mérito administrativo, podendo ser
reconhecida a nulidade do ato.
O §4º, do art. 37, trata de maneira qualificada sobre a moralidade administrativa, isto é, os atos de
improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função
pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas
em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
O STF decidiu a questão sobre o nepotismo, que é violador do princípio da moralidade. Para o
STF, a Constituição veda o nepotismo, inclusive o nepotismo cruzado.
 ATENÇÃO
A própria CRFB/88 veda o nepotismo quando consagra o princípio da moralidade, que é uma
norma. Essa decisão do STF levou à edição da súmula vinculante 13, que diz que a nomeação de
cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau,
inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo
de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança
ou, ainda, de função gratificada na Administração Pública direta e indireta em qualquer dos
poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste
mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal (nepotismo cruzado).
Neste vídeo, falaremos sobre o conteúdo jurídico da moralidade administrativa.
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
O princípio da publicidade pode ser definido como o dever de divulgação oficial dos atos
administrativos (art. 2º, parágrafo único, V, da Lei nº 9.784/99).
Tal princípio encarta-se em um contexto geral de livre acesso dos indivíduos a informações de seu
interesse e de transparência na atuação administrativa.
Esse princípio possui duas vertentes:
PUBLICAÇÃO EM ÓRGÃO OFICIAL
Essa exigência funciona como requisito para que os atos administrativos possam ter efeitos:
sendo ato interno ou externo da administração.
TRANSPARÊNCIA
A atuação da Administração Pública deve ser transparente. Neste caso, há controle da
administração pelos administrados, pois a coisa é pública.
Essa obrigação é oriunda da natureza dos interesses que representa quando atua, consolidada
também pelo conceito de “República” (res publica, coisa pública), cuja previsão consta do art. 1º
da CRFB/88.
 ATENÇÃO
O artigo 5º, inciso XXXIII, da CF, que reconhece a todos o direito de receber dos órgãos públicos
as informações do seu interesse particular ou coletivo ou geral. No entanto, os órgãos públicos
poderão obstar esse acesso quando o sigilo for imprescindível à segurança da sociedade e do
Estado.
Vale ainda citar que o inciso X, do mesmo artigo, dispõe que são invioláveis a intimidade, a vida
privada, a honra e a imagem das pessoas. Tal dispositivo, inegavelmente, também constitui
limitação à publicidade dos atos.
Havendo recusa indevida da publicidade dos atos administrativos, pode ser o caso do mandado
de segurança ou do habeas data.
HABEAS DATA
Habeas data é um remédio constitucional, previsto no artigo 5º, inciso LXXII, destinado a
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assegurar que um cidadão tenha acesso a dados e informações pessoais que estejam sob
posse do Estado brasileiro, ou de entidades privadas que tenham informações de caráter
público.
Com efeito, tratando-se de informações personalíssimas, a negativa administrativa abre
oportunidade à propositura de habeas data nos termos do art. 5º, LXXII, da CF.
SE AS INFORMAÇÕES FOREM, NO ENTANTO, TÃO
SOMENTE DE INTERESSE PARTICULAR OU
COLETIVO, SOLICITADAS COM BASE NO INCISO
XXXIII, SUA NEGATIVA ABRE ENSEJO À
PROPOSITURA DE MANDADO DE SEGURANÇA,
EM CARÁTER RESIDUAL.
PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA
A Emenda Constitucional 19 acrescentou o princípio da eficiência ao caput do art. 37.
O princípio da eficiência é uma consequência do modelo denominado de administração gerencial,
que vai se opor ao sistema burocrático.
A ideia é fazer com que a administração se aproxime ao máximo e, na medida do possível, da
ideia ou dos princípios, que orientam o setor privado, desburocratizando sua atuação.
São características da ideia de administração gerencial:
RESULTADOS E METAS DA ADMINISTRAÇÃO
A ideia de administração gerencial está diretamente ligada à ideia de resultado.
AMPLIAÇÃO DA AUTONOMIA DOS ENTES FEDERATIVOS
Para obter resultados, é possível aumentar as autonomias das instituições. A partir daí, surge o
controle finalístico, ficando para trás a ideia de controle da atividade meio, que é típico do sistema
burocrático. Essa burocracia fomenta a corrupção.
 EXEMPLO
Podemos citar a previsão constitucional, inserida pela EC 19, do contrato de gestão: a autonomia
gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e das entidades da administração direta e indireta
poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder
público, que tenha por objeto fixar uma meta de desempenho para o órgão ou à entidade (parte
do §8º do art. 37).
 EXEMPLO
Outro exemplo é o aumento do prazo de duração do estágio probatório para os servidores
públicos de dois para três anos, conforme a previsão estabelecida no art. 41, caput, da CRFB/88,
buscando, com isso, um controle mais duradouro da eficiência de tais servidores.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1) A NOSSA CONSTITUIÇÃO (CFRB/88), EM ESPECIAL O SEU ART. 37,
ESTABELECE QUE A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA DE
QUALQUER DOS PODERES DA UNIÃO, DOS ESTADOS, DO DISTRITO
FEDERAL E DOS MUNICÍPIOS OBEDECERÁ AOS SEGUINTES PRINCÍPIOS:
A) Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência.
B) Liberdade de Expressão, de Moradia, de Ir e Vir, ao Pagamento.
C) Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Paciência.
D) Legalidade, Impessoalidade, Publicidade e Eficiência e Liberdade de Moradia.
2) O PRINCÍPIO ADMINISTRATIVO CONSTITUCIONAL EXPRESSO QUE
DISPÕE QUE TODA E QUALQUER ATIVIDADE ADMINISTRATIVA DEVE SER
AUTORIZADA POR LEI (NÃO O SENDO, A ATIVIDADE É ILÍCITA) É O
PRINCÍPIO DA:
A) Moralidade
B) Legalidade
C) Mediunidade
D) Procrastinação
GABARITO
1) Anossa Constituição (CFRB/88), em especial o seu art. 37, estabelece que a
Administração Pública direta e indireta de qualquer dos poderes da União, dos estados, do
Distrito Federal e dos municípios obedecerá aos seguintes princípios:
A alternativa "A " está correta.
Os princípios da Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência estão previstos
no art. 37, caput, da Constituição Federal.
2) O princípio administrativo constitucional expresso que dispõe que toda e qualquer
atividade administrativa deve ser autorizada por lei (não o sendo, a atividade é ilícita) é o
princípio da:
A alternativa "B " está correta.
O princípio da legalidade traz a ideia que a Administração Pública só poderá fazer aquilo que a lei
permite.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Desde 1889, o Brasil é um Estado Federal composto por unidades autônomas, unidas pelo pacto
federativo da Constituição e sem direito a separação. A Federação Brasileira foi formada por
segregação, ou seja, havia um Estado unitário que se descentralizou, criando várias unidades
autônomas. Além disso, adotamos um federalismo assimétrico e cooperativo.
Esse federalismo cooperativo desencadeou um sistema vertical e horizontal de repartição de
competências no Brasil, baseado no critério da preponderância de interesses: à União competem
matérias de interesse geral ou nacional (CRFB, art. 21); aos Estados-membros competem os
temas de interesse regional (CRFB, art. 25, §1º); aos municípios competem os assuntos de
interesse local (CRFB, art. 30, I); ao Distrito Federal compete a temática de interesse regional e
local (CRFB, art. 32, § 1º).
Dentro da organização do Estado, cumpre advertir que os princípios da Administração Pública
estudados configuram normas fundamentais que deverão ser cumpridas quando no exercício de
atividades administrativas. A relação de princípios, prevista no art. 37, da CF, surge, contudo,
apenas como um conjunto de normas mínimas que deve ser seguido pelo administrador, mas que
longe está de esgotar o tema. Assim, as Constituições estaduais e as leis orgânicas municipais
podem ampliar o rol desses princípios.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de direito constitucional. São Paulo: Celso Bastos Editora,
2002.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 33. ed. São Paulo: Forense, 2020.
MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de direito constitucional. 12
ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 35. ed. rev., ampl. e atual. São Paulo: Atlas,
2019.
PAULO, Vicente; ALEXANDRINO, Marcelo. Direito constitucional descomplicado. 19. ed. rev. e
atual. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2020.
WATTS, Ronald. Comparing federal systems. Montreal: Institute of intergovernamental
Relations, 2008.
ZIMMERMANN, Augusto. Teoria geral do federalismo democrático. 2. ed. Rio de Janeiro:
Lumen Juris, 2006.
SILVA, José Afonso. Curso de direito constitucional positivo. ed., rev., atual. São Paulo:
Malheiros Editores, 2019.
EXPLORE+
Para aprofundar seu conhecimento sobre federalismo, leia a obra O federalista, de Alexander
Hamilton. O livro retrata o surgimento do federalismo norte-americano, fonte de inspiração para a
criação de inúmeras federações ao redor do mundo, inclusive a brasileira.
Assista ao filme O patriota, que retrata a guerra civil nos EUA.
CONTEUDISTA
Thiago Aleluia Ferreira de Oliveira
 CURRÍCULO LATTES
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