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Mioto_etal_2015_Nocoes_Basicas_de_Geoprocessamento

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Camila Leonardo Mioto
José Renato Silva de Oliveira
Leandro Bonfietti Marini
Paulo Henrique da Costa
Roberto Macedo Gamarra
José Marcato Júnior
Antonio Conceição Paranhos Filho
Campo Grande, MS - 2015
NOÇÕES BÁSICAS DE 
GEOPROCESSAMENTO PARA 
ANÁLISES AMBIENTAIS
PRESIDENTE DA REPÚBLICA 
Dilma Rousseff 
MINISTRO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO 
Renato Janine Ribeiro
SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - CAPES 
Jean Marc Mutizg
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
REITORA 
Célia Maria Silva Correa Oliveira
VICE-REITOR 
João Ricardo Filgueiras Tognini
COORDENADORA DE EDUCAÇÃO ABERTA E A DISTÂNCIA - UFMS
COORDENADORA DA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL - UFMS 
Angela Maria Zanon
COORDENADOR ADJUNTO DA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL - UFMS 
Rodrigo Juliano Oliveira
COORDENADORA DO CURSO DE GEOGRAFIA (MODALIDADE A DISTÂNCIA)
Icléia Albuquerque de Vargas
CÂMARA EDITORIAL
SÉRIE
Angela Maria Zanon
Cláudio Cesar da Silva
Elaine de Moraes Santos
Carla Busato Zandavalli M. Araujo
Refael Monteiro dos Santos
Ester Tartarotti
Obra aprovada pelo Conselho Editorial da UFMS - Resolução nº 06/2015
CONSELHO EDITORIAL UFMS
Jeovan de Carvalho Figueiredo (Presidente)
Carmen de Jesus Samúdio
Celina Aparecida Garcia de Souza Nascimento
Claudete Cameschi de Souza
Edgar Aparecido da Costa
Edgar Cézar Nolasco
Elcia Esnarriaga de Arruda
Gilberto Maia
Maria Rita Marques
Maria Tereza Ferreira Duenhas Monreal
Rosana Cristina Zanelatto Santos
Sonia Regina Jurado
Ynes da Silva Felix
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Coordenadoria de Biblioteca Central – UFMS, Campo Grande, MS, Brasil)
N758 Noções básicas de geoprocessamento para análises ambientais / Camila
Leonardo Mioto ... [et al.]. – Campo Grande, MS : Ed. UFMS, 2015.
152 p. : il. color. ; 30 cm.
ISBN 978-85-7613-498-5
Material de apoio às atividades didáticas do curso de Licenciatura em
Geografia/CEAD/UFMS.
1. Sistemas de informação. 2. Sensoriamento remoto. 3. Ecossistemas
– Administração. I. Mioto, Camila Leonardo.
CDD (22) 910.285
JVD CDD (22) 526.982
APRESENTAÇÃO
Várias são as ferramentas utilizadas no auxílio aos proces-
sos de avaliação ambiental. As geotecnologias, também conhe-
cidas por geoprocessamento, são um exemplo. Seu emprego em 
análises ambientais vem aumentando com o passar do tempo, 
principalmente por auxiliarem na tomada de decisão e por 
integrarem dados de diversas fontes, revelando-se excelentes 
alternativas para a relação custo-benefício. 
Seu uso já é comum no controle de áreas degradadas, pro-
teção ambiental, monitoramento da qualidade da água e do ar 
de diversos locais. Assim, estudos dessa natureza oferecem su-
porte para a formação de medidas de intervenção, recuperação 
e prevenção de danos ambientais, sendo importantes aliados 
na tomada de decisões e ferramentas para a preservação dos 
recursos naturais. 
Nesse sentido, elaborou-se essa apostila com o intuito de 
introduzir a utilização de ferramentas de geoprocessamento 
para alunos que pretendem atuar nas áreas da Geografia, En-
genharias e afins, servindo assim como material didático para 
os mesmos, familiarizando-os com essa ciência cada vez mais 
utilizada.
É interessante destacar que este é um material complemen-
tar, que proporciona aos alunos a oportunidade de se apron-
fundar no tema.
Além disto, todos os SIGs (sistemas de informações ge-
ográficas) e demais materiais utilizados nestes exercícios são 
disponibilizados de forma gratuita na Internet, não sendo, 
portanto, necessários gastos com a compra de licenças para 
utilização dos mesmos. 
Sobre os autores
CAMILA LEONARDO MIOTO
Possui graduação em Engenharia Ambiental pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (2012) 
e mestrado em Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos pela UFMS/PGTA (2014). Tem experiência nas 
áreas de Geoprocessamento, Sensoriamento Remoto e Sistemas de Informações Geográfica, 
atuando principalmente nos seguintes temas: cobertura do solo, análise e planejamento ambiental, 
processamento digital de imagens de satélite e análise multitemporal. Atualmente, 
desenvolve pesquisa no Pantanal.
LEANDRO BONFIETTI MARINI
Cursando Bacharelado em Geografia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS. 
Atualmente é estagiário do Laboratório de Geoprocessamento para Aplicações Ambientais - LabGIS, 
onde desenvolve seu projeto de Iniciação Científica. Tem experiência em Geoprocessamento, 
Sensoriamento Remoto e posicionamento GNSS. Atua nas seguintes linhas de pesquisa: 
Geotecnologias, Geomorfologia, Pantanal.
ROBERTO MACEDO GAMARRA
Graduação em Ciências Biológicas Bacharelado (2004), Licenciatura (2005), mestrado (2008) 
e doutorado (2013) em Ecologia e Conservação e técnico de laboratório, 
todos pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. 
Tem experiência em Geoprocessamento e Ecologia da Paisagem.
PAULO HENRIQUE DA COSTA
Bacharel em Geografia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul- Campo Grande (2014). 
Tem experiência na área de Geoprocessamento para aplicações ambientais utilizando 
softwares livres e Iniciação científica em estudos fronteiriços. Efetuou estagiário do NUGEO 
(Núcleo de Geoprocessamento e Sensoreamento Remoto) do Ministério Público Estadual de 
Mato Grosso do Sul (2014). Atualmente é Mestrando do Programa de Pós-Graduação em 
Geografia da universidade Federal de Minas Gerais.
JOSE RENATO SILVA DE OLIVEIRA
Cursando Bacharelado em Geografia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS. 
Atualmente é estagiário no Laboratório de Geoprocessamento para Aplicações Ambientais - LabGIS 
onde desenvolve seu projeto de Iniciação Científica. Atua como monitor das disciplinas Geoprocessamento 
e Sensoriamento Remoto e Fotointerpretação do curso de Bacharelado em Geografia. 
Atua nas seguintes linhas de pesquisa: Pantanal, Geomorfologia, Geotecnologias. 
Possui noções básicas em posicionamento GNSS/RTK.
JOSÉ MARCATO JUNIOR
Possui graduação em Engenharia Cartográfica pela Universidade Estadual Paulista 
Júlio de Mesquita Filho (2008), mestrado e doutorado em Ciências Cartográficas pela Universidade Estadual 
Paulista Júlio de Mesquita Filho. Atualmente é Professor assistente na Universidade Federal de 
Mato Grosso do Sul. Tem experiência na área de Geociências, atuando principalmente nos seguintes temas: 
calibração de sistemas de visão omnidirecional, correção geométrica de imagens orbitais, 
geração de produtos cartográficos e análise espacial de dados geográficos.
ANTONIO CONCEIÇÃO PARANHOS FILHO
É Professor Associado da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Graduado em Geologia 
pela Universidade Federal do Paraná (1991), possui mestrado (1996) e doutorado (2000) 
em Geologia Ambiental pela UFPR - Foi Bolsista CAPES de Doutorado Sanduíche na Universidade de Siena 
(Itália - em Sistemas de Informação Geográfica e Cartografia Digital). Desenvolveu seu estágio de 
Pós-Doutorado no Instituto de Geociências da USP (2011 - bolsista PDS-CNPq). É orientador de 
Mestrado e Doutorado. Tem atuado como Consultor ad hoc para o CNPq, CAPES, FAPs 
e várias revistas científicas. Possui experiência em Geotecnologias aplicadas às Geociências, 
à Saúde e ao Meio Ambiente, com ênfase em Geologia Ambiental.
SUMÁRIO
UNIDADE I
Georreferenciamento de carta topográfica 
e de imagem Landsat no QGIS
1. Download de imagens de satélite 9
1.1. Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) 9
1.2. Global Land Cover Facility (GLCF) 15
1.3. EarthExplorer – Landsat 8 19
2. Download do arquivo vetorial dos limites dos 
municípios do Estado de Mato Grosso do Sul 22
3. Download do arquivo vetorial das 
bacias hidrográficas localizadas em Campo Grande 23
4. Pré-Processamento das imagens de
satélite do INPE e do GLCF 24
4.1 Composição de imagem de satélite 
(adquirida pelo site do INPE) no QGIS 24
4.2 Composição de imagem de satélite 
(adquirida pelo site do GCLF)no QGIS 28
5. Verificação do deslocamento das imagens
Landsat disponibilizadas pelo INPE 30
6. Abrindo arquivo vetorial no QGIS 31
7. Recortando a área de interesse 37
8. Georreferenciamento de imagens do satélite Landsat 41
8.1. Coletando os pontos de controle 43
8.2. Gerando a imagem georreferenciada 45
9. Georreferenciamento de carta topográfica
a partir de pontos coletados 46
9.1. Configurando o Georreferenciamento 47
9.2. Coletando os pontos de controle 48
9.3. Gerando a carta georreferenciada 49
10. Georreferenciamento de imagem
a partir de pontos coletados 50
10.1. Configurando o georreferenciamento 50
10.2. Coletando os GCPs 51
10.3. Gerando a imagem georreferenciada 53
UNIDADE II
Classificação de imagens no Spring
1. Criando e configurando o Projeto 57
1.1 Abrindo o SPRING 5.2.1 57
1.2 Criação do banco de dados 58
1.3 Criação do projeto 59
1.4 Criação do modelo de dados 61
2. Abrindo a imagem Landsat no projeto 62
2.1 Composição falsa-cor da imagem Landsat 64
2.2 Aplicando o realce na imagem Landsat 65
3. Abrindo o arquivo vetorial no Spring 67
4. Segmentação da área de estudo para posterior classificação 71
5. Iniciando a classificação da imagem Landsat 74
6. Obtenção das amostras de treinamento 76
7. Finalizando o processo de classificação 78
8. Elaboração do modelo de dados temáticos 79
9. Elaboração do mapeamento temático da cobertura do solo 80
10. Cálculo da área em hectares para as classes temáticas 83
11. Exportar arquivo matricial da classificação para vetorial 84
12. Editando o arquivo vetorial da classificação no QGIS 85
12.1. Abrindo e modificando a simbologia 
dos polígonos da classificação 85
12.2. Editando polígonos da classificação 88
13. Cobertura do solo da área de interesse 91
13.1 Recorte da área de interesse 91
13.2 União dos polígonos de mesma classe 93
13.3 Recalculando a área das classes de cobertura do solo 94
14. Compositor de impressão 94
UNIDADE III
Delimitação de bacia hidrográfica no gvSIG
1. Download do modelo digital de elevação 105
1.1. Download do modelo digital de 
elevação do site da CGIAR-CSI 105
2. Recorte da área de interesse do MDE 107
3. Abrindo o modelo digital de elevação escolhido no gvSIG 109
4. Extração das curvas de nível do MDE 113
5. Rasterização das cuvas de nível 115
6. Preenchimento das células sem dados 
(geração do modelo numérico de terreno - MNT) 117
7. Eliminação da depressão 118
8. Geração do plano de informação de acúmulo de fluxo 120
9. Geração da rede de drenagem 122
10. Delimitação da bacia hidrográfica a partir de um exutório 124
11. Vetorialização dos dados gerados 126
12. Recorte da drenagem da bacia 128
13. Cálculo da área e perímetro da 
bacia hidrográfica delimitada 130
UNIDADE IV
Vetorialização utilizando QGIS
1. Introdução 135
2. Vetorializando um conjunto de feições 135
UNIDADE V
Elaboração de carta de declividade no QGIS
1. Definindo a área de estudo 143
1.1 Recortando a área de estudo 143
1.2 Reprojetando o arquivo raster 144
2. Extraindo as curvas de nível 145
3. Gerando o mapa de declividade 146
4. Reclassificando a carta de declividade 148
5. Calculando a área de cada classe de declividade 151
Referências Bibliográficas 153
Unidade I
GEORREFERENCIAMENTO 
DE CARTA TOPOGRÁFICA 
E DE IMAGEM LANDSAT 
NO QGIS
NOÇÕES BÁSICAS DE 
GEOPROCESSAMENTO PARA 
ANÁLISES AMBIENTAIS
EaD • UFMS 9
Georreferenciamento de carta topográfica 
e de imagem Landsat no QGIS
Unidade I
GEORREFERENCIAMENTO DE CARTA TOPOGRÁFICA
E DE IMAGEM LANDSAT NO QGIS
1. Download de imagens de satélite
Para a realização dos módulos 1 e 2 será utilizada como área 
de estudo a região urbana de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. 
Assim, para auxiliar na identificação desta área, iremos utilizar o 
arquivo vetorial correspondente ao limite municipal de Campo 
Grande (adquirido através do site do IBGE – www.ibge.gov.br) e 
o arquivo vetorial correspondente às bacias hidrográficas locali-
zadas na área urbana do município (adquirido através do site da 
Semadur - http://www.pmcg.ms.gov.br/SEMADUR).
1.1. Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
No site do INPE (www.inpe.br) são disponibilizadas imagens 
dos satélites Landsat (Landsat Remote Sensing Satelite), CBERS 
(China-Brazil Earth Resources Satetllite) e ResourceSat-1 gratuita-
mente, além de diversas informações a respeito do uso de imagens 
de satélite, assim como dos satélites disponíveis.
Para a obtenção das imagens é necessário que o usuário acesse 
o catálogo de imagens no canto esquerdo do site (Figura 1.1).
Figura 1.1 - Acesso ao catálogo de imagens do INPE.
Selecionando a opção Catálogo de imagens uma nova janela 
irá se abrir (Figura 1.2). No canto esquerdo da tela são observados 
vários parâmetros que serão solicitados para que o usuário defina 
qual tipo de imagem necessita.
Atenção: Antes de selecionar os parâmetros é necessário que 
o usuário faça um cadastro no site (Figura 1.2).
EaD • UFMS10
GEOGRAFIA - NOÇÕES BÁSICAS DE 
GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISES AMBIENTAIS
Figura 1.2 - Acesso ao cadastro do catálogo de imagens.
Preencha o cadastro e clique em Registrar para confirmar. 
Aparecerá a frase dizendo que o cadastro foi realizado com sucesso, 
clique em Ok. Com o cadastro feito, o usuário irá fazer seu login. 
Para isso clique em Entrar (Figura 1.3).
Figura 1.3 - Fazendo login no site.
Com o login feito, o próximo 
passo é selecionar o tipo de ima-
gem a ser adquirida. Assim, no 
canto esquerdo da tela, clique 
em Satélite e selecione o satélite 
de interesse. Neste caso, sele-
cione o Landsat 5 (Figura 1.4).
Figura 1.4 - Selecionando o satélite de interesse.
EaD • UFMS 11
Georreferenciamento de carta topográfica 
e de imagem Landsat no QGIS
Selecionado o tipo de satélite, 
são realizados os seguintes 
passos (Figura 1.5):
• Escolha TM no campo Ins-
trumento.
• Preencha os campos País - 
Brasil, Município – Campo 
Grande e Estado – Mato Gros-
so do Sul.
• Os outros campos não preci-
sam ser preenchidos.
• Caso já se saiba os valores 
dos campos Órbita e Ponto, 
pode-se realizar a pesquisa 
diretamente (ver arquivo com 
grades Landsat).
• Clique em Executar.
Figura 1.5 - Selecionando os parâmetros da imagem de satélite.
Ao executar o processo aparecerá o link Campo Grande(MS)-
-(Brasil). Clique nele (Figura 1.6).
Figura 1.6 - Clicar no link Campo Grande (MS)-Brasil
Clicando no link, aparecerá uma nova configuração da janela 
(Figura 1.7). A localização do município é apresentada por uma 
seta azul (círculo vermelho) e o limite da cena da imagem de sa-
télite com linhas em amarelo. A identificação da imagem é obtida 
por um símbolo azul com a descrição da órbita-ponto logo abaixo 
(círculo amarelo). No caso da imagem de Campo Grande, a órbita-
-ponto é 225/74. Para visualizar a imagem, clique nesse símbolo.
EaD • UFMS12
GEOGRAFIA - NOÇÕES BÁSICAS DE 
GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISES AMBIENTAIS
Figura 1.7 - Janela mostrando o município selecionado e a imagem 
de interesse.
Após clicar no símbolo 225/74, uma nova janela irá surgir. 
Nela, são apresentadas todas as imagens disponíveis dentro dos 
parâmetros que o usuário escolheu. Em cada imagem consta a 
data de obtenção da imagem e o carrinho para se fazer o pedido 
(Figura 1.8). Para visualizar a imagem em proporções maiores, 
basta clicar sobre o símbolo ao lado do carrinho. Neste caso, a 
imagem selecionada será a datada de 2011-09-22 (Figura 1.9). 
Note que a data das imagens segue a sequência ANO-MÊS-DIA 
(aaaa-mm-dd).
Figura 1.8 - Imagens 225/74 disponíveis no catálogo.
EaD • UFMS 13
Georreferenciamento de carta topográfica 
e de imagem Landsat no QGIS
Figura 1.9 - Visualização da imagem ampliada com as informações 
relacionadas.
 No canto inferior da tela, clique na opção Colocar no Car-
rinho e, em seguida, clique em Fechar. Ao fechar, volta-se para 
a tela que apresenta as imagens disponíveis (Figura I.8). Vá até o 
ícone Carrinho e clique em Prosseguir (Figura 1.10).
Figura 1.10 - Prosseguimento do pedido da imagem de satélite.
 Selecione FecharPedido para que o site do INPE envie para 
o email cadastrado o link para o usuário realizar o download da 
imagem (Figura 1.11).
EaD • UFMS14
GEOGRAFIA - NOÇÕES BÁSICAS DE 
GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISES AMBIENTAIS
Figura 1.11 - Finalização do pedido da imagem de satélite.
O site mostrará uma mensagem com o número do pedido e 
irá perguntar se deseja fazer uma nova pesquisa ou então logoff, 
para sair do site (Figura 1.12).
Figura 1.12 - Mensagem com o número do pedido.
O usuário deverá acessar o email cadastrado no site para con-
ferir a mensagem do remetente Atus-INPE com as informações do 
pedido. Serão recebidas duas mensagens, na primeira serão apre-
sentadas apenas as informações do pedido. Já na segunda constará 
o link para a realização do download da imagem (Figura 1.13).
Figura 1.13 - Mensagem de email com o link para fazer o download 
da imagem.
Ao clicar no link, aparecerá uma nova janela com os links para 
fazer o download de cada banda da imagem de satélite. O usuário 
deverá fazer o download de cada uma das bandas, as quais estão no 
formato .WinRAR, sendo portanto necessário um descompactador 
EaD • UFMS 15
Georreferenciamento de carta topográfica 
e de imagem Landsat no QGIS
(Winrar, WinZip) instalado no computador para descompactar as 
imagens (Figura 1.14).
Dica: Para auxiliar na organização, na hora de salvar a ima-
gem, crie uma pasta com o seguinte formato: orbita_ponto_da-
tadepassagem. No caso da imagem de Campo Grande, a pasta 
seria renomeada da seguinte forma: 225_74_20110922. Assim, a 
pasta fica identificada com as informações básicas da imagem 
de satélite. 
Figura 1.14 - Processo de obtenção das bandas que compõem a 
imagem.
1.2. Global Land Cover Facility (GLCF)
O site do GLCF (http://glcfapp.glcf.umd.edu/) é da Universida-
de de Maryland nos Estados Unidos e é um projeto de disponibili-
zação de imagens de satélite e de radar para todo o globo terrestre. 
Nesse site são disponibilizadas imagens de vários satélites, como 
Landsat, MODIS, e modelos digitais de elevação, como o SRTM.
É interessante destacar que essas imagens, assim como as 
imagens do INPE, são gratuitas, porém têm direitos autorais. Elas 
podem ser utilizadas, mas a fonte dos dados deve ser preservada. 
Podem-se vender produtos gerados a partir dessas imagens, mas 
elas em si não podem ser vendidas.
EaD • UFMS16
GEOGRAFIA - NOÇÕES BÁSICAS DE 
GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISES AMBIENTAIS
Para a análise deste estudo serão utilizadas apenas imagens 
Landsat como referência para a correção geométrica da imagem 
Landsat adquirida do site do INPE. Essas imagens são utilizadas, 
pois já são ortocorrigidas, possuindo assim boa acurácia. Para fazer 
o download das imagens de interesse, clique em ESDI, na coluna à 
direita (Figura 1.2.1).
Figura 1.2.1 - Entrada do site do GLCF para fazer o download das 
imagens de referência.
Ao clicar em ESDI, uma nova configuração da janela se abrirá, 
onde serão disponibilizados três tipos de pesquisa: Map Search, 
Path/Row Search e Product Search. Selecione a opção Path/Row 
Search (Figura 1.2.2).
Figura 1.2.2 - Seleção do tipo de pesquisa a ser utilizada.
Na janela que se abrirá, digite 225 no campo Start Path, 
referindo-se à órbita da imagem, e digite 074 no campo End Row, 
EaD • UFMS 17
Georreferenciamento de carta topográfica 
e de imagem Landsat no QGIS
relacionado ao ponto da imagem. Em seguida, clique em Submit 
Query, solicitando as imagens. É importante recordar que essa 
é a mesma órbita-ponto selecionada para adquirir a imagem do 
INPE. Os outros campos não precisam ser preenchidos (Figura 
1.2.3).
Figura 1.2.3 - Seleção da órbita-ponto de interesse.
Ao clicar em Submit Query, será apresentada a quantidade de 
cenas encontradas para a imagem escolhida. Clique em Preview 
and Download no canto inferior do site (Figura 1.2.4).
Figura 1.2.4 - Selecionar Preview and Download para visualizar 
as imagens disponíveis no site.
Na janela seguinte, aparecerá um quadro com todas as ima-
gens encontradas para a órbita-ponto solicitada. Neste quadro, 
EaD • UFMS18
GEOGRAFIA - NOÇÕES BÁSICAS DE 
GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISES AMBIENTAIS
são informados os parâmetros, como formato, características da 
correção geométrica, e a data de cada imagem.
Para selecionar a imagem escolhida, clique sobre a linha que 
consta a imagem com a seguinte especificação: Ortho GLS. Neste 
caso, seleciona-se a imagem datada de 2005-04-14, satélite Landsat 
5, sensor TM. Na parte superior da janela é possível visualizar a 
imagem selecionada. Clique em Download (Figura 1.2.5).
Figura 1.2.5 - Selecionar a imagem de referência para download.
Em seguida, se abrirá uma nova janela do navegador da in-
ternet, contendo os links para fazer o download de todas as bandas 
da imagem escolhida (Figura 1.2.6). Neste momento, aplica-se o 
mesmo procedimento realizado para adquirir as imagens do INPE. 
Sugere-se que a pasta onde serão armazenadas as bandas receba 
o nome de 225_74_20050414_referencia.
Figura 1.2.6 - Salvando a imagem de referência.
EaD • UFMS 19
Georreferenciamento de carta topográfica 
e de imagem Landsat no QGIS
1.3. EarthExplorer – Landsat 8
No site do USGS (http://earthexplorer.usgs.gov/) são dispo-
nibilizadas imagens do satélite Landsat 8 (Landsat Remote Sensing 
Satelite) gratuitamente, além de diversas informações a respeito do 
uso de imagens de satélite (Figura 1.3.1).
Figura 1.3.1 - Página inicial do site do USGS.
Para a obtenção das imagens é necessário que o usuário faça 
um cadastro para login. Assim, clique na opção Register no canto 
superior direito da página (Figura 1.3.2).
Figura 1.3.2 - Clique na opção Register.
Agora, inicia-se o cadastro. Digite um nome de usuário e 
senha e clique em Continue (Figura 1.3.3). 
EaD • UFMS20
GEOGRAFIA - NOÇÕES BÁSICAS DE 
GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISES AMBIENTAIS
Figura 1.3.3 - Área de preenchimento do nome de usuário e senha.
Faça o cadastro preenchendo os dados solicitados sempre 
clicando em Continue ao final de cada página. Por fim, aparecerá 
uma mensagem dizendo que será encaminhado um e-mail para a 
validação do cadastro (Figura 1.3.4).
Figura 1.3.4 - Mensagem ao final do cadastro.
 Abra seu e-mail. Caso não tenha recebido nada olhe a caixa 
de spam. Clique no link do e-mail recebido. Ele abrirá uma janela 
onde deverão ser colocados os dados de login e senha (Figura 1.3.5).
Figura 1.3.5 - Digite seu nome de usuário e clique em Confirm 
Resgistration.
Uma janela confirmando seu cadastro aparecerá. Clique em 
Home depois em Login na janela seguinte. Então, preencha seus 
dados de login e senha para acessar o site com seu usuário e clique 
em Sign in.
EaD • UFMS 21
Georreferenciamento de carta topográfica 
e de imagem Landsat no QGIS
Figura 1.3.6 - Janela para preenchimento do nome do usuário e 
senha.
Agora, podemos escolher as imagens desejadas para download. 
Clique na opção Path/Row no canto superior esquerdo (Figura 
1.3.7).
Figura 1.3.7 - Clique na opção Path/Row.
A identificação da imagem é obtida através da órbita-ponto. 
No caso, usaremos como exemplo uma imagem de Campo Gran-
de, cuja órbita-ponto é 225/74. Digite 225 no campo Path e 74 no 
campo Row (Figura 1.3.8).
Figura 1.3.8 - Digite a orbita-ponto desejada.
EaD • UFMS22
GEOGRAFIA - NOÇÕES BÁSICAS DE 
GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISES AMBIENTAIS
Em seguida clique na opção 
Data Sets, uma nova aba abri-
rá. Clique no símbolo de + no 
item Landsat Arquive e depois 
marque a opção L8 OLI /TIRS, 
selecionando depois a opção 
Results (Figura 1.3.9).
Abrirá uma nova janela com 
as imagens do satélite L8 dis-
poníveis no canto esquerdo. 
Observe as datas e a presença 
de nuvens. Como exemplo, 
vamos fazer o download da 
imagem com a nomenclatura 
LC82250742014129LGN00, de 
09 de maio de 2014. Clique no 
ícone Download Options (Fi-
gura 1.3.10)
Figura 1.3.9 - Escolha o satélite 
L8 e clique em Results.
Figura 1.3.10 - Download da imagem Landsat 8 escolhida.
Uma nova janela abrirá com as opções para odownload da 
imagem. Selecione a opção que contém o formato GEOTIFF. Nes-
te caso, o nome será Level 1 GeoTIFF Data Product (861.9 MB). 
Depois de concluído o download, teremos o arquivo compactado 
das bandas da imagem. Basta descompactá-lo.
2. Download do arquivo vetorial dos limites 
dos municípios do Estado de Mato Grosso do Sul
Para começar o trabalho iremos limitar a nossa área, que será 
o limite político administrativo de Campo Grande – MS. Acesse o 
site do IBGE (http://www.ibge.gov.br/home/) e clique no campo 
Download. Outra janela irá se abrir, nela clique em Geociências. 
Na página seguinte, clique em malhas_digitais > município_2013 
> ms.zip (Figura 2.1).
EaD • UFMS 23
Georreferenciamento de carta topográfica 
e de imagem Landsat no QGIS
Figura 2.1 - Os arquivos adquiridos estão em formato Shapefile.
O arquivo 50MUE250GC_SIR.shp contém a malha municipal 
de todo o Estado de Mato Grosso do Sul. Para facilitar a identifica-
ção do mesmo, substitua o nome do arquivo por municípios_ms, 
sendo assim teremos que fazer outro arquivo com apenas o limite 
de Campo Grande. 
3. Download do arquivo vetorial das 
bacias hidrográficas localizadas em Campo Grande
Para a aquisição do arquivo vetorial que contém o limite das 
bacias hidrográficas localizadas no Município de Campo Grande, 
siga até o site da SEMADUR (http://www.pmcg.ms.gov.br/SEMA-
DUR). Em Institucional selecione GIG – Grupo de Informática e 
Geoprocessamento (Figura 3.1).
Figura 3.1 - Site da SEMADUR.
EaD • UFMS24
GEOGRAFIA - NOÇÕES BÁSICAS DE 
GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISES AMBIENTAIS
Ao clicar nessa opção, logo será disponibilizada a opção 
Arquivos vetoriais do Município de Campo Grande, selecione-
-a. Ao fazer isso, alguns arquivos vetoriais do município serão 
disponibilizados, como as Curvas de Nível Intermediárias da 
Área Urbana, Planejamento Urbano, e Meio Ambiente. Selecio-
ne Meio Ambiente > Download. Para facilitar a identificação, 
sugerimos que seja feita a renomeação do arquivo para sema-
dur_meio_ambiente.
4. Pré-Processamento das 
imagens de satélite do INPE e do GLCF
4.1 Composição de imagem de satélite 
(adquirida pelo site do INPE) no QGIS
Com as bandas da imagem do satélite Landsat adquiridas 
pelo site do INPE, será realizada a composição da mesma, ou seja, 
a união de todas essas bandas em um único arquivo. Dessa forma, 
será possível visualizar a imagem de satélite com as cores caracte-
rísticas de cada banda espectral. Clique em Raster > Miscelânea > 
Mosaico. Surgirá uma nova janela (Figura 4.1.1).
Figura 4.1.1 - Local onde será realizada a união das bandas que 
compõem a imagem Landsat.
Em Arquivos de entrada encontre o diretório onde estão 
salvas as bandas. Selecione as 6 bandas (1, 2, 3, 4, 5 e 7) no formato 
.TIFF e clique em Abrir (Figura 4.1.2). Não será selecionada a banda 
EaD • UFMS 25
Georreferenciamento de carta topográfica 
e de imagem Landsat no QGIS
6 do satélite Landsat por ela ser a banda termal, com resolução 
espacial de 120 metros.
Figura 4.1.2 - Selecione as bandas que irão compor a imagem.
Em Arquivo de saída selecione o local onde deseja salvar o 
novo arquivo. Neste momento é importante selecionar o formato 
e o nome do arquivo a ser salvo. Assim, sugere-se o seguinte ter-
mo: 225_074_20110922 e o formato .TIF. Clique em Gravar (Figura 
4.1.3).
Figura 4.1.3 - Selecione o local, o nome e o formato do arquivo a 
ser salvo.
EaD • UFMS26
GEOGRAFIA - NOÇÕES BÁSICAS DE 
GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISES AMBIENTAIS
Ao clicar em Gravar 
volta-se à tela inicial. 
Selecione a opção Ca-
mada Acumulada e 
Carregar na tela ao 
concluir. Clique em 
Ok (Figura 4.1.4).
Ao se finalizar o pro-
cesso, surgirá uma 
nova janela (Figura 
4.1.5). Clique em Ok, 
Ok e Fechar.
Figura 4.1.4 - Finalizando o processo de união das bandas que 
compõem a imagem.
 
Figura 4.1.5 - Processo de união das bandas finalizado.
 Ao clicar com o botão direito sobre o layer da imagem selecio-
ne a opção Propriedades. Uma nova janela se abrirá Propriedades 
da camada, onde podem ser vistas algumas das propriedades da 
imagem, como, por exemplo, o sistema de coordenadas em que 
ela se encontra (Figura 4.1.6).
EaD • UFMS 27
Georreferenciamento de carta topográfica 
e de imagem Landsat no QGIS
Figura 4.1.6 - Visualização de algumas das propriedades da ima-
gem gerada.
 Nessa mesma janela, clique em Estilo e selecione a seguinte 
combinação de bandas: banda 4 para o campo Banda Vermelha, 
banda 5 para o campo Banda Verde e banda 3 para o campo Banda 
Azul. No campo Melhorar contraste selecione a opção Estender 
para MinMax, selecione a opção Média +/- Desvio Padrão e colo-
que o valor 2,00. Em Extensão clique em Total e Carregar. Clique 
em Aplicar e, por fim, em Ok (Figura 4.1.7).
Figura 4.1.7 - Seleção da combinação de bandas e cores para a 
composição da imagem em RGB.
 Para melhorar a visualização, clique em Propriedades da 
Camada > Transparência > clique no ícone e insira o valor 0 
(zero) em cada uma das bandas. Clique em Aplicar e Ok (Figura 
4.1.8). Ao fazer isso, a faixa preta que estava ao redor da imagem 
desaparece.
EaD • UFMS28
GEOGRAFIA - NOÇÕES BÁSICAS DE 
GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISES AMBIENTAIS
Figura 4.1.8 - Melhorando a visualização da imagem.
4.2 Composição de imagem de satélite 
(adquirida pelo site do GCLF) no QGIS
Para a realização da composição da imagem adquirida através 
do site do GLCF são realizados os mesmos procedimentos para 
a composição da imagem Landsat adquirida no site do INPE. 
Inicialmente, as imagens são carregas no QGIS seguindo os pro-
cedimentos apresentados nas Figuras 4.1.1 a 4.1.5.
 A única diferença está relacionada ao fato de que as imagens 
do GLCF estão todas projetadas para o hemisfério norte (Figura 
4.2.1). Assim, é necessário reprojetá-las para o hemisfério sul.
Figura 4.2.1 - As imagens adquiridas pelo site do GLCF vêm pro-
jetadas para o hemisfério norte.
EaD • UFMS 29
Georreferenciamento de carta topográfica 
e de imagem Landsat no QGIS
Para isso, clique com o botão direito no layer da imagem de 
referência e selecione a opção Salvar como.... Na opção Salvar como 
selecione o diretório onde será salva a imagem reprojetada, sugere-
-se utilizar a nomenclatura 225_74_20050414_referencia_repr. Em 
SRC selecione Mudar e selecione a opção WSG 84 / UTM zone 
21S ou o código EPSG: 32721. Clique em Ok > Ok (Figura 4.2.2). 
Uma nova janela irá se abrir, a qual mostrará a porcentagem do 
andamento do processo.
 
Figura 4.2.2 - Processo de reprojeção da imagem GLCF.
 
 Para abrir a imagem reprojetada no QGIS, clique no 
ícone Adicionar camada raster e selecione a imagem 
225_74_20050414_referencia_repro. Clique em Abrir (Figura 
4.2.3).
EaD • UFMS30
GEOGRAFIA - NOÇÕES BÁSICAS DE 
GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISES AMBIENTAIS
Figura 4.2.3 - Adicionando a imagem GLCF no QGIS.
 Do mesmo modo feito na imagem do INPE, é necessário re-
alizar a composição de bandas. Assim, clique com o botão direito 
sobre o layer da imagem do GLCF, selecione Propriedades > Estilo, 
utilize a seguinte combinação de bandas: banda 4 para o campo 
Banda Vermelha, banda 5 para o campo Banda Verde e banda 3 
para o campo Banda Azul. 
 No campo Melhorar contraste selecione a opção Estender 
para MinMax, selecione a opção Média +/- Desvio Padrão e colo-
que o valor 2,00. Em Extensão clique em Total e Carregar. Clique 
em Aplicar e, por fim, em Ok.
 Para retirar a faixa preta ao redor da cena, clique em Proprie-
dades da Camada > Transparência > clique no ícone e insira o 
valor 0 (zero) em cada uma das bandas. Clique em Aplicar e Ok.
5. Verificação do deslocamento 
das imagens Landsat disponibilizadas pelo INPE
 É muito importante que seja observado o deslocamento de 
uma determinada imagem de satélite, pois desse modo verifica-
-se a necessidade da correção geométrica da mesma. O usuário 
pode observar essa diferença ao comparar a mesma imagem com 
a imagem adquirida do site do GLCF, a qual apresenta acurácia 
posicional.
Para a realizaçãodesta etapa, deve-se escolher um local, como 
um rio ou uma estrada que consta na imagem de satélite adquirida. 
EaD • UFMS 31
Georreferenciamento de carta topográfica 
e de imagem Landsat no QGIS
Esses tipos de feições são facilmente identificados nas imagens de 
satélite e por isso facilitará a identificação do deslocamento.
 O primeiro passo é abrir as duas imagens no programa. Neste 
caso, abra primeiramente a imagem do GLCF (225_74_20050414_
referencia_repro), já georreferenciada, e a imagem do INPE 
(225_074_20110922). Em seguida, com o botão direito do mouse cli-
que no layer da imagem do INPE e selecione a opção Propriedades 
> Transparência. Em Transparência global mude a porcentagem 
para 40% e clique em Aplicar. Observe o quanto o alvo de obser-
vação, neste caso, o rio, está deslocado na imagem atrás (INPE) 
em relação à imagem sobreposta (GLCF) (Figura 5.1).
Figura 5.1 - Conferência do deslocamento da imagem não geor-
referenciada.
6. Abrindo arquivo vetorial no QGIS
Para abrir um arquivo vetorial, geralmente na extensão sha-
pefile (.SHP) basta clicar no ícone Adicionar camada vetorial > 
Conjunto de dados > Buscar. Vá até o diretório onde estão salvos os 
arquivos municípios_MS > municípios_MS > Abrir (Figura 6.1). 
Figura 6.1 - Abrindo camada vetorial.
EaD • UFMS32
GEOGRAFIA - NOÇÕES BÁSICAS DE 
GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISES AMBIENTAIS
Automaticamente, será aberta uma nova janela com o vetor 
que corresponde aos limites territoriais dos municípios do Estado 
de Mato Grosso do Sul (Figura 6.2).
Figura 6.2 - Vetor “municipios_MS.shp”aberto no QGIS.
 Para visualizar a Tabela de atributos do vetor aberto, clique 
no ícone Abrir tabela de atributos (Figura 6.3).
Figura 6.3 - Tabela de atributos do vetor “municípios_MS.shp”aberto 
no QGIS.
 Para editar a visualização do vetor, basta dar duplo clique 
sobre o quadrado colorido do vetor. Ou então, clique com o botão 
direito do mouse no layer e clique em Propriedades. Assim, a janela 
Propriedades da camada irá se abrir (Figura 6.4).
EaD • UFMS 33
Georreferenciamento de carta topográfica 
e de imagem Landsat no QGIS
Figura 6.4 - Propriedades do vetor “municípios_MS.shp”aberto 
no QGIS.
Para modificar a cor do vetor, na opção Camadas Símbolo 
selecione Preenchimento simples (Figura 6.5). Em Estilo do 
preenchimento escolha a opção Sem pincel > Aplicar > Ok 
(Figura 6.6).
Figura 6.5 - Edição do estilo do vetor.
EaD • UFMS34
GEOGRAFIA - NOÇÕES BÁSICAS DE 
GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISES AMBIENTAIS
Figura 6.6 - Seleção do tipo de preenchimento do vetor.
 
 Na sequência, o vetor será visualizado somente com as bor-
das pretas, sem o preenchimento que apresentava (Figura 6.7).
Figura 6.7 - Apresentação do vetor sem o preenchimento.
 Para identificar um filtro nos atributos do vetor, clique na 
Tabela de Atributos. Aqui é possível que o usuário escolha o tipo 
de informação que ele deseja visualizar. Neste caso, pretende-se 
visualizar o limite municipal de Campo Grande. Assim clique 
em Mostrar todas as feições > Filtrar coluna > NM_MUNICP 
(Figura 6.8).
EaD • UFMS 35
Georreferenciamento de carta topográfica 
e de imagem Landsat no QGIS
Figura 6.8 - Selecionando o município de interesse.
 Conforme a Figura 6.9, preencha o retângulo com o nome 
do município que deseja visualizar. Neste caso, digite CAMPO 
GRANDE > Aplicar. Note que apenas o layer do município de 
Campo Grande ficará aparente.
Figura 6.9 - Selecionando a área de interesse.
 Ao selecionar este layer, o mesmo será automaticamente 
indicado na visualização do QGIS (Figura 6.10).
EaD • UFMS36
GEOGRAFIA - NOÇÕES BÁSICAS DE 
GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISES AMBIENTAIS
Figura 6.10 - Exemplo da seleção de uma feição no QGIS.
 Para exportar o vetor do limite territorial do Município de 
Campo Grande, recém filtrado do vetor que abrange o limite ter-
ritorial de todos os municípios do Estado de Mato Grosso do Sul, 
clique com o botão direito do mouse no layer do vetor e selecione 
a opção Salvar seleção como... (Figura 6.11).
Figura 6.11 - Exportação do vetor no QGIS.
EaD • UFMS 37
Georreferenciamento de carta topográfica 
e de imagem Landsat no QGIS
Na opção For-
mato selecione Ar-
quivo shape ESRI. 
Em Salvar como 
escolha o diretório 
onde irá salvar seu 
arquivo vetorial, su-
gere-se salvá-lo com 
a seguinte nomencla-
tura: campo_gran-
de. Em SRC escolha 
a opção SRC sele-
cionado > Buscar > 
WGS 84 / UTM zone 
21 S > Ok e selecio-
ne a opção Adicio-
nar aquivo salvo ao 
mapa (Figura 6.12). 
Ao finalizar o pro-
cesso, o novo vetor 
criado aparecerá na 
tela do QGIS.
Figura 6.12 - Exportação do vetor no QGIS.
7. Recortando a área de interesse
Para o recorte da área de interesse, abra as duas imagens já 
compostas e reprojetadas (225_074_20110922 e 225_74_20050414_
referencia_repro) e o vetor campo_grande recém salvo. Para 
visualizar o local onde o vetor está, clique com o botão direito do 
mouse sobre o layer do vetor e selecione Aproximar a camada à sua 
extensão ou simplesmente clique no ícone (Figura 7.1). 
Ao fazer isso, aparecerá a localização do vetor de interesse 
(Figura 7.2).
Note que, para cobrir todo o limite territorial do Município de 
Campo Grande, são necessárias duas cenas Landsat. Entretanto, 
para este trabalho será utilizada apenas uma cena com a órbita-
-ponto 225-74, onde se localiza a área urbana do município.
EaD • UFMS38
GEOGRAFIA - NOÇÕES BÁSICAS DE 
GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISES AMBIENTAIS
Figura 7.1 - Zoom na área de interesse para recorte da imagem 
de satélite.
Figura 7.2 - Zoom na área de interesse para recorte da imagem de 
satélite.
 Para auxiliar no recorte da área de estudo, abra o vetor 
BaciasHidrograficas no programa. Basta ir até o diretório SE-
MADUR_MEIO_AMBIENTE > MeioAmbiente > BaciasHidro-
graficas.shp. Ao clicar em abrir aparecerão os vetores das bacias 
hidrográficas que cortam a área urbana de Campo Grande (Figura 
VII.3). 
EaD • UFMS 39
Georreferenciamento de carta topográfica 
e de imagem Landsat no QGIS
Figura 7.3 - Bacias hidrográficas que cortam a área urbana de 
Campo Grande.
Para recortar a área de interesse, clique em Raster > Extração 
> Cortador (Figura 7.4).
Por conseguinte, uma nova janela se abrirá. Em Arquivo de 
entrada selecione a imagem de referência (GLCF) e em Arquivo 
de saída selecione o nome e o local onde será salvo a imagem de 
referencia recortada, sugerimos a nomenclatura 225_74_20050414_
referencia_rec (Figura 7.5).
Figura 7.4 - Recortando a área de interesse.
EaD • UFMS40
GEOGRAFIA - NOÇÕES BÁSICAS DE 
GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISES AMBIENTAIS
Figura 7.5 - Recortando a área de interesse.
 Com o cursor de seleção de recorte ativado, selecione uma 
área que abrange toda a área de estudo, no caso, as bacias hidro-
gráficas que cortam a área urbana de Campo Grande. Dê um clique 
no ponto inicial, segure o clique e arraste o mouse até o retângulo 
de seleção marcar toda a área de interesse. Para encerrar a seleção 
da área, solte o clique e dê Ok (Figura 7.6). Ao terminar o processo, 
a imagem recortada poderá ser visualizada na tela do programa. 
Realize o mesmo procedimento para recortar a imagem adquirida 
do site do INPE.
Figura 7.6 - Recortando a área de interesse.
 Observe que as imagens recortadas aparecem no programa 
com uma cor diferente. Isso acontece, porque ainda não foi aplicada 
a composição de bandas RGB e o realce (Figura 7.7). 
EaD • UFMS 41
Georreferenciamento de carta topográfica 
e de imagem Landsat no QGIS
Figura 7.7 - Recorte das imagens do INPE e do GLCF.
8. Georreferenciamento 
de imagens do satélite Landsat
Em razão à curvatura terrestre e ao relevo, o intervalo 
de amostragem por toda a imagem não é uniforme. Devido 
à órbita próxima ao eixo polar (e não exatamente polar) do 
satélite, as linhas de amostragem não são exatamente leste/
oeste. Além disto, devido à rotação terrestre, as feições orto-
gonais do terreno não o são sobre a imagem (fazendo com que 
a orientação da imagem não seja norte-sul).Estas distorções 
podem ser modelizadas e sistematicamente corrigidas, parte 
deste erro é corrigido pelas agências distribuidoras das ima-
gens (Paranhos Filho et al., 2008).
Para transformar a imagem geometricamente, exatamente de 
acordo com os mapas e layers de dados SIG, deve ser aplicada a 
projeção a um sistema de coordenadas de carta, para tanto são ne-
cessários pontos de controle ao solo (Ground Control Points - GCPs) 
com coordenadas conhecidas. A correção geométrica envolve a 
aplicação de uma grade (grid) corrigida (com um sistema de coor-
denadas de terreno) sobre a imagem (distorcida), reposicionando-
-a (por reamostragem), pixel a pixel de acordo com este grid de 
referência, armazenando as novas informações de posicionamento 
geográfico (Figura 8.1).
EaD • UFMS42
GEOGRAFIA - NOÇÕES BÁSICAS DE 
GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISES AMBIENTAIS
Figura 8.1 - O georreferenciamento impõe um sistema de coorde-
nadas aos pixels, reamostrando-os e corrigindo geometricamente 
a imagem (Paranhos Filho, 2000).
 Agora vamos realizar o georreferenciamento da imagem 
adquirida pelo site do INPE através da utilização da imagem de 
referência do GLCF. Abra o QGIS. Clique em Adicionar camada 
raster, no ícone , siga até o diretório onde está salva a imagem 
do GLCF, selecione-a e clique em Abrir. Em seguida, faça a com-
posição falsa-cor, neste caso a RGB 453 conforme Figura 4.1.7, pois 
este artifício permite que se tornem visualizáveis e interpretáveis 
faixas do espectro eletromagnético que não são visíveis ao olho 
humano (Paranhos Filho et al., 2008).
Clique em Complementos > Gerenciar Complementos, para 
habilitarmos a ferramenta. Em Filtrar por digite georre para faci-
litar a busca. Surgirá o complemento Georreferenciador GDAL, 
habilite-o. Com o georreferenciador habilitado, siga até a barra de 
complementos e clique no ícone ou através do menu Comple-
mentos > Georreferenciador.
 Na aba superior do programa, siga Raster > Georreferen-
ciador > Georreferenciador. Será aberta uma caixa de diálogo, 
clique em Abrir > Raster e selecione a imagem adquirida do 
INPE que deseja georreferenciar. Note que ela estará disponível 
na parte superior da tela Georreferenciador. No menu Opções 
clique em Propriedades do raster e configure a imagem, apli-
cando a composição falsa-cor RGB 453 e ajustando o seu realce 
(Figura 8.2).
EaD • UFMS 43
Georreferenciamento de carta topográfica 
e de imagem Landsat no QGIS
Figura 8.2 - Tela da ferramenta Georreferenciador.
8.1. Coletando os pontos de controle
Como a imagem usada nesse exercício é apenas um recorte, 
serão utilizados 25 pontos de controle para correção a geométrica.
Para a coleta dos pontos de controle, serão utilizadas as 
ferramentas de Adicionar ponto de controle, ícone , Excluir 
um ponto de controle, ícone , e Mover um ponto de controle, 
ícone .
Utilize as ferramentas de visualização para identificar o 
primeiro ponto de controle. Ao identificá-lo, clique em Adicio-
nar ponto, ícone , e clique no local desejado. Ao fazer isso, 
surgirá a janela Entre as coordenadas do mapa, onde é possível 
preencher manualmente com as coordenadas caso você as tenha 
ou então utilizar as coordenadas de uma imagem de referência, 
como é o nosso caso. Assim, clique em A partir do mapa na tela 
(Figura 8.1.1). 
Figura 8.1.1 - Tela A partir do mapa na tela.
EaD • UFMS44
GEOGRAFIA - NOÇÕES BÁSICAS DE 
GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISES AMBIENTAIS
Ao fazer isso, a janela Entre as coordenadas do mapa irá 
minimizar-se, retornando assim para a aba principal do QGIS onde 
está a imagem GLCF de base. Nesta imagem, clique exatamente no 
mesmo local onde foi posicionado o ponto na imagem adquirida 
do INPE (Figura 8.1.2).
Figura 8.1.2 - Coleta dos pontos, na esquerda o ponto na imagem 
GLCF de referência, na direita a imagem há ser georreferenciada.
 Após coletar os 6 primeiros pontos de controle, clique em 
Opções > Configurações de transformação, ícone . Na tela 
que se abrirá, em Tipo de Transformação escolha a opção Poli-
nomial 2 e em Método de amostragem selecione Vizinho mais 
próximo. No campo Raster de saída selecione a pasta onde será 
salva a imagem georreferenciada, sugerimos a utilização do nome 
225_74_20110922_rec_geo, e no campo SRC de destino selecione 
a projeção WGS 84 / UTM zone 21S. 
 Habilite a opção Acertar a resolução de saída para o valor 
30,0, que é o tamanho do pixel da imagem, e habilite Carregar no 
QGIS quando concluído para que a imagem seja automaticamente 
carregada após sua correção (Figura 8.1.3).
Figura 8.1.3 - Configurando a ferramenta de georreferenciamento.
EaD • UFMS 45
Georreferenciamento de carta topográfica 
e de imagem Landsat no QGIS
Definido os parâmetros de transformação, colete o restante 
dos pontos. Lembre-se de distribuir homogeneamente os pontos 
na imagem para uma melhor correção geométrica da mesma (Fi-
gura 8.1.4). 
Figura 8.1.4 - Distribuição dos pontos de controle na imagem.
Fique atento no RMS (Erro Médio Quadrático), o qual só será 
amostrado após a configuração dos parâmetros de transformação e 
terá de ser inferior a um pixel. Se por acaso o RMS for maior que um 
pixel, atente para a disposição dos pontos de controle (Figura 8.1.5).
Figura 8.1.5 - Amostra do Erro Médio Quadrático abaixo de um 
pixel.
8.2. Gerando a imagem georreferenciada
Após registrar seus pontos de controle, recomendamos que 
salve o arquivo GCP (.points), no ícone , contendo a relação des-
ses pontos entre os pixels da imagem e as coordenadas inseridas. 
Isto lhe poupará tempo e mão de obra caso ocorra algum problema 
no processamento ou o programa feche inesperadamente. Bastando 
a você carregar novamente a imagem e importar o arquivo quem 
contém os pontos selecionando o mesmo ícone.
Após salvar os pontos e estar satisfeito com a precisão da 
correção (RMS), concluiremos o georreferenciamento. Assim, 
clique em Arquivo > Iniciar o georreferenciamento, ícone . A 
imagem corrigida geometricamente é gerada e automaticamente 
carregada na janela do QGIS.
Com a imagem georreferenciada sobreposta à imagem de 
referência, aplique a composição falsa-cor RGB 453 e transparên-
cia de 40%. Dê zoom em uma estrada ou algum objeto fácil de ser 
EaD • UFMS46
GEOGRAFIA - NOÇÕES BÁSICAS DE 
GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISES AMBIENTAIS
identificado e veja se as imagens se sobrepõem de maneira correta 
(Figura 8.2.1).
Figura 8.2.1.1 - Imagem georreferenciada com 40% de transparên-
cia, sobrepondo à imagem de referência.
Note que não se percebe que as duas imagens estão sobre-
postas. Isso significa que o georreferenciamento foi satisfatório.
9. Georreferenciamento de 
carta topográfica a partir de pontos coletados
O conceito de georreferenciamento é tornar as coordenadas 
de uma determinada imagem conhecidas, utilizando um sistema 
de referência pré-existente, ou seja, é atribuir a variável espacial a 
esta imagem. O processo de georreferenciamento utilizando sis-
temas de informações geográficas é o passo mais importante do 
geoprocessamento. Isto porque é onde tudo começa. Um erro no 
georreferenciamento põe a perder todo um projeto. Lembre-se 
que quando se trabalha com geoprocessamento, na variável es-
pacial, representada pelas coordenadas, estão implícitos os con-
ceitos de precisão e acurácia. Portanto, muito cuidado ao georre-
ferenciar uma imagem. É muito importante ter paciência, tempo 
disponível e coordenação motora. 
Para georreferenciar uma carta ou imagem deve-se escolher 
pontos de controle ao solo (Ground Control Points – GCPs) homo-
geneamente distribuídos na carta ou imagem. Estes pontos de 
controle são locais com coordenadas conhecidas e perfeitamente 
identificáveis na imagem que se quer corrigir. Como as cartas já 
vêm corrigidas geometricamente (foram feitas com ortofotos e 
controle de campo), é necessário corrigir apenas a distorção do 
EaD • UFMS 47
Georreferenciamento de carta topográfica 
e de imagem Landsat no QGIS
papel e do escâner. O georreferenciamento que será feito, além deatribuir um sistema de coordenadas de terreno a imagem, também 
realiza a sua correção geométrica.
Para uma carta como as do DSG, na escala 1:100.000, 13 pon-
tos bastam para a correção (Paranhos Filho, 2000). Deve-se, po-
rém, estar atento que o erro de georreferenciamento esteja dentro 
do aceitável para a escala de trabalho. 
Para este trabalho será utilizado um recorte da carta topo-
gráfica de Palmeiras, a ser georreferenciada e uma tabela com os 
9 (nove) pontos de controle, coletados a partir da grade de coor-
denadas da carta em questão (Projeção UTM, esferóide Interna-
tional 1909, datum Córrego Alegre, Zona 21, hemisfério Sul). Tais 
pontos serão atribuídos no Sistema de Correção Geométrica.
9.1. Configurando o Georreferenciamento
Como o nosso georreferenciador já está habilitado, siga até a 
barra de complementos e clique no ícone , ou através do menu 
Complementos > Georreferenciador. Será aberta uma caixa de 
diálogo, onde na caixa superior será exibida a imagem ou carta a 
ser corrigida e na caixa inferior a tabela com os pontos de contro-
le. Clique em Abrir Raster, ícone , para abrirmos a carta que 
desejamos georreferenciar.
O próximo passo é configurar o Georreferenciador. Clique 
em Opções > Configura o Georreferenciador. Surgirá uma janela 
como a abaixo (Figura 9.1.1). Habilite a opção Mostrar IDs, escolha 
em Unidades Residuais a opção Pixels ou Unidades do mapa. Se 
desejar, habilite Mostrar a janela do Georreferenciador ancorada 
para que a janela do georreferenciador seja mostrada junto com a 
janela de mapa do QGIS. Clique em Ok.
Figura 9.1.1 - Configurando o georreferenciador.
EaD • UFMS48
GEOGRAFIA - NOÇÕES BÁSICAS DE 
GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISES AMBIENTAIS
9.2. Coletando os pontos de controle
Os pontos de controle que serão utilizados no georreferenci-
mento da carta são apresentados na Figura 9.2.1 e na Tabela 9.2.1. 
Para a coleta dos pontos de controle, serão utilizadas as ferramen-
tas de Adicionar ponto de controle, ícone , Excluir um ponto 
de controle, ícone , e Mover um ponto de controle, ícone .
Tabela 9.2.1 - Recorte da carta topográfica Palmeiras (DSG, 1982) 
com os pontos de controle para o georreferenciamento.
CARTA X Y
Ponto 0 700000 7758000
Ponto 1 680000 7758000
Ponto 2 680000 7750000
Ponto 3 700000 7750000
Ponto 4 696000 7756000
Ponto 5 684000 7756000
Ponto 6 684000 7752000
Ponto 7 696000 7752000
Ponto 8 690000 7754000
O próximo passo é iniciar o georreferenciamento. Utilize as 
ferramentas de visualização para identificar o primeiro ponto 
de controle, clique em Adicionar ponto e clique sobre o local do 
ponto na carta. Surgirá uma janela para entrar manualmente com 
as coordenadas ou para que as coordenadas sejam obtidas a partir 
do mapa na tela. Insira as coordenadas conhecidas nos campos X 
e Y. Clique em OK (Figura 9.2.2).
Figura 9.2.1 - Recorte da carta topográfica Palmeiras (DSG, 1982) 
com os pontos de controle para o georreferenciamento.
EaD • UFMS 49
Georreferenciamento de carta topográfica 
e de imagem Landsat no QGIS
Figura 9.2.2 - Coletando os pontos de controle.
Escolha em Tipo de Transformação a opção Polinomial 2, e 
em Método de amostragem a opção Vizinho mais próximo. Em 
Raster de saída escolha a mesma pasta de destino para o novo 
arquivo raster e dê o um nome para o arquivo que será salvo. 
Em SRC de destino selecione Córrego Alegre / UTM Zone 21S. 
Habilite a opção Acertar a resolução de saída para 12,7 que é o 
tamanho do pixel da carta, e habilite Carregar no QGIS quando 
concluído para que a imagem seja automaticamente carregada 
após sua correção (Figura 9.2.3).
Figura 9.2.3 - Configurando os parâmetros de transformação do 
georreferenciamento da Carta Topográfica.
OBS: Fique atento ao RMS (Erro Médio Quadrático). Ele 
tem de ser inferior a um pixel. Se por acaso o RMS for maior que 
um pixel, atente para a precisão da disposição dos pontos de con-
trole ou verifique se as coordenadas de terreno foram digitadas 
corretamente.
EaD • UFMS50
GEOGRAFIA - NOÇÕES BÁSICAS DE 
GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISES AMBIENTAIS
9.3. Gerando a carta georreferenciada
Após registrar seus pontos de controle, recomendamos que 
salve o arquivo GCP (.points), no ícone , contendo a relação des-
ses pontos entre os pixels da imagem e as coordenadas inseridas. 
Isto lhe poupará tempo e mão de obra caso ocorra algum problema 
no processamento ou o programa feche inesperadamente. Bastando 
a você carregar novamente a imagem e importar o arquivo que 
contém os pontos selecionando o ícone .
Após salvar os pontos e estar satisfeito com a precisão da 
correção, vamos concluir o georreferenciamento. Assim, clique 
em Arquivo > Iniciar o georreferenciamento, ou então clique no 
ícone . A imagem corrigida geometricamente é gerada e auto-
maticamente carregada na janela do QGIS (Figura 9.3.1).
Figura 9.3.1 - Carta Georreferenciada.
10. Georreferenciamento de 
imagem a partir de pontos coletados
10.1. Configurando o georreferenciamento
As etapas do georreferenciamento da imagem são muito 
parecidas com da carta topográfica. Como o nosso georreferen-
ciador já esta habilitado, siga até a barra de complementos e 
clique no ícone , ou através do menu Complementos > Geor-
referenciador.
Será aberta uma caixa de diálogo, onde na caixa superior 
será exibida a imagem a ser corrigida e na parte inferior a tabela 
com os pontos de controle. Clique em Abrir Raster, ou selecione o 
ícone , para abrirmos a imagem que desejamos georreferenciar.
Para configurar o georreferenciador, clique em Opções > 
Configurar o Georreferenciador. Habilite Mostrar IDs, escolha 
EaD • UFMS 51
Georreferenciamento de carta topográfica 
e de imagem Landsat no QGIS
as Unidades residuais como Pixels ou Unidades do mapa. Se 
desejar, habilite Mostrar a janela do Georreferenciador ancorada 
para que a janela do georreferenciador seja mostrada junto com a 
janela de mapa do QGIS.
No menu Opções, clique em Propriedades do raster para 
configurar a imagem raster, fazendo sua composição e ajustando 
o seu realce. A aba Propriedades da camada – Raster irá se abrir. 
Clique em Estilo e faça a composição falsa-cor RGB 453. Em Me-
lhorar contraste escolha Estender para MinMax. Em Carregar 
valores de min/max habilite Média +/- Desvio Padrão x e coloque 
2,0. Em Precisão selecione Real (mais lento), e clique em Carregar. 
Ao concluir clique em Aplicar e depois OK (Figura 10.1.1).
Figura 10.1.1 - Configurando a camada raster do georreferencia-
mento.
10.2. Coletando os GCPs
A imagem que será usada no exercício é um recorte de uma 
imagem, assim 11 pontos de controle deverão bastar. Como 
no caso da carta topográfica, deve-se estar atento para que o 
erro de georreferenciamento esteja dentro do aceitável para a 
escala de trabalho. Nas páginas seguintes são apresentadas a 
tabela com as coordenadas dos GCPs (Tabela 10.2.1) e a imagem 
(Figura 10.2.1).
EaD • UFMS52
GEOGRAFIA - NOÇÕES BÁSICAS DE 
GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISES AMBIENTAIS
Tabela 10.2.1 - Pontos de controle para o georreferenciamento da 
imagem Landsat (Projeção UTM, esferoide International 1909, 
datum horizontal Córrego Alegre, zona 21, hemisfério Sul)
IMAGEM X Y
Ponto 00 689111,5 7755190,0
Ponto 01 682956,0 7755212,5
Ponto 02 683046,0 7750652,5
Ponto 03 689406,0 7751260,0
Ponto 04 684253,5 7754792,5
Ponto 05 688573,5 7753862,5
Ponto 06 684613,5 7754012,5
Ponto 07 686106,0 7751252,5
Ponto 08 687889,5 7752640,0
Ponto 09 683323,5 7752602,5
Ponto 10 686949,0 7754980,0
Figura 10.2.1 - Recorte da imagem Landsat, composição falsa-cor 
RGB 453, com os pontos de controle para georreferenciamento.
Utilize as ferramentas de visualização para identificar o 
primeiro ponto de controle, clique em Adicionar ponto e clique 
sobre a imagem no local de um ponto conhecido. Surgirá uma 
janela para entrar manualmente com as coordenadas ou para 
que as coordenadas sejam obtidas a partir do mapa na tela. Insira 
as coordenadas conhecidas nos campos X e Y – observe que é 
o mesmo procedimento realizado no georreferenciamentoda 
CARTA TOPOGRÁFICA. Após coletar no mínimo 6 pontos de 
controle clique em Opções > Configurações de transformação, 
ícone .
Escolha como Tipo de Transformação a opção Polinomial 
2 em Método de amostragem selecione Vizinho mais próximo. 
EaD • UFMS 53
Georreferenciamento de carta topográfica 
e de imagem Landsat no QGIS
Escolha a mesma pasta de destino para salvar o novo arquivo 
Raster e dê o um nome para o arquivo que você saiba que se 
trata do arquivo georreferenciado. Escolha o SRC de destino 
como Córrego Alegre / UTM Zone 21S. Habilite a opção Acer-
tar a resolução de saída para 30,0, que é o tamanho do pixel da 
imagem, e habilite Carregar no QGIS quando concluído para 
que a imagem seja automaticamente carregada após sua correção 
(Figura 10.2.2).
 
Figura 10.2.2 - Configurando os parâmetros de transformação do 
georreferenciamento da Imagem.
Fique atento ao RMS (Erro Médio Quadrático). Ele só será 
amostrado após a configuração dos parâmetros de transformação 
e terá de ser inferior a um pixel. Se por acaso o RMS for maior 
que um pixel, atente para a precisão da disposição dos pontos de 
controle ou verifique se as coordenadas de terreno foram digitadas 
corretamente.
10.3. Gerando a imagem georreferenciada
Após registrar os 11 pontos de controle, recomendamos que 
salve o arquivo GCP (.points), a partir do ícone . Após salvar 
os pontos e estar satisfeito com a precisão da correção (RMS) va-
mos concluir o georreferenciamento. Assim, clique em Arquivo > 
Iniciar o georreferenciamento ou clique no ícone . A imagem 
corrigida geometricamente é gerada e automaticamente carregada 
na janela do QGIS.
Unidade II
CLASSIFICAÇÃO DE 
IMAGENS NO SPRING
NOÇÕES BÁSICAS DE 
GEOPROCESSAMENTO PARA 
ANÁLISES AMBIENTAIS
EaD • UFMS 57
Georreferenciamento de carta topográfica 
e de imagem Landsat no QGISEaD • UFMS 57Classificação de imagens no Spring
1. Criando e configurando o Projeto
1.1 Abrindo o SPRING 5.2.1
Para iniciar o Spring dê duplo clique no ícone do programa. 
Ao fazer isso, duas novas janelas se abrirão. Na tela inicial, No-
vidades Spring 5.2, são disponibilizadas algumas informações 
referentes ao programa (Figura 1.1.1). E na tela posterior, tem-se 
a janela principal do Spring (Figura 1.1.2).
Figura 1.1.1 - Tela inicial do Spring.
Figura 1.1.2 - Tela principal do Spring.
Unidade II
CLASSIFICAÇÃO DE IMAGENS NO SPRING
EaD • UFMS58
GEOGRAFIA - NOÇÕES BÁSICAS DE 
GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISES AMBIENTAIS EaD • UFMS58
GEOGRAFIA - NOÇÕES BÁSICAS DE 
GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISES AMBIENTAIS
1.2 Criação do banco de dados 
Para a criação do banco de dados geográficos, onde serão 
armazenadas todas as informações constantes no trabalho a ser 
realizado, clique em Arquivo > Banco de dados (Figura 1.2.1). 
Figura 1.2.1 - Selecionando banco de dados.
Na janela Ban-
do de Dados, no 
campo Diretório, se-
lecione o local onde 
o mesmo será salvo. 
Crie uma pasta com 
o nome classifica-
cao_spring_landsat. 
Na caixa Nome com-
plete com o nome 
campo_grande e em 
Gerenciador deixe 
selecionado o tipo 
de banco de dados 
SQLite. Clique em 
Criar e Ativar (Figu-
ra 1.2.2).
Figura 1.2.2 - Criando o bando de dados.
EaD • UFMS 59
Georreferenciamento de carta topográfica 
e de imagem Landsat no QGISEaD • UFMS 59Classificação de imagens no Spring
1.3 Criação do projeto
Para a criação de um 
projeto, o qual é um sub-
diretório onde serão ar-
mazenados os arquivos de 
dados, clique em Arquivo 
> Projeto > Projeto (Figura 
1.3.1). É interessante des-
tacar que um banco de da-
dos geográficos pode con-
ter mais de um projeto.
Na janela Projetos, 
em Nome digite o nome 
do projeto, no caso, clas-
sificacao_225_74. No cam-
po Projeção selecione em 
Sistemas a opção UTM 
e em Modelos da Terra 
selecione Datum-> ITRF 
(WGS84), em Zona colo-
que o valor 21, clique em 
Executar (Figura 1.3.2).
Figura 1.3.1 - Criando o projeto.
Figura 1.3.2 - Configurando os parâmetros do projeto.
 
Para a continuação do processo de criação do projeto é ne-
cessário estabelecer o limite geográfico da área em estudo (campo 
Retângulo Envolvente). Assim, definem-se dois pontos em coor-
denadas planas ou geográficas, os quais devem ser diagonalmen-
te opostos, de modo que o primeiro seja o inferior esquerdo e o 
segundo, o superior direito, conforme Figura 1.3.3.
EaD • UFMS60
GEOGRAFIA - NOÇÕES BÁSICAS DE 
GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISES AMBIENTAIS EaD • UFMS60
GEOGRAFIA - NOÇÕES BÁSICAS DE 
GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISES AMBIENTAIS
Figura 1.3.3 - Definindo os pontos do retângulo envolvente.
 
 Para este estudo, selecione a opção Coordenadas Planas e 
insira os valores apresentados na Tabela 1.3.1.
Tabela 1.3.1 - Valores a serem informados no campo Retângulo 
Envolvente.
X1: 675312 X2: 810886
Y1: 7690738 Y2: 7781763
Figura1.3.4 - onfigurando os parâmetros 
do projeto.
Após inserir os 
valores, selecione em 
Hemisfério a opção 
S nos dois campos. 
Clique em Criar > 
Ativar (Figura 1.3.4).
Ao clicar em 
Ativar, a janela Pro-
jetos fecha-se au-
tomaticamente e a 
nova visualização 
do programa é vista 
na Figura 1.3.5. Ob-
serve que na barra 
de título do progra-
ma tem-se o nome 
do banco de dados 
([campo_grande]) e 
do projeto ([classifi-
cacao_225_74]).
EaD • UFMS 61
Georreferenciamento de carta topográfica 
e de imagem Landsat no QGISEaD • UFMS 61Classificação de imagens no Spring
Figura 1.3.5 - Criação do projeto concluída.
1.4 Criação do modelo de dados
Para se visualizar os dados espaciais no banco de dados, 
é necessário criar os modelos de dados, especificando-se as 
categorias e classes dos dados e dos atributos que serão pro-
cessados.
No Spring é possível trabalhar com cinco modelos de dados. 
Cada categoria representa um tipo de dado. Quando for criar a 
nova categoria, atente-se para qual tipo de dado se está trabalhan-
do. Exemplo, para trabalhar com um modelo digital de elevação 
dentro do Spring, serão utilizados os modelos de dados pertencente 
à CAT_MNT.
Os dados cadastrais e rede são dados que trabalham orienta-
dos a objetos, sendo utilizados bastante em cadastros municipais, 
onde se tem mais de uma informação atribuído ao mesmo objeto. 
 Assim, em Modelo de dados, no ícone , selecione a opção 
CAT_Imagem e no campo Nome digite CAT_225_74. Clique em 
Criar > Executar > Fechar (Figura I.4.1). Note que ao selecionar 
a opção Criar, a categoria CAT_225_74 aparece junto às demais 
categorias.
EaD • UFMS62
GEOGRAFIA - NOÇÕES BÁSICAS DE 
GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISES AMBIENTAIS EaD • UFMS62
GEOGRAFIA - NOÇÕES BÁSICAS DE 
GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISES AMBIENTAIS
Figura 1.4.1 - Criação do modelo de dados
2. Abrindo a imagem Landsat no projeto
Para im-
portar a ima-
gem Landsat 
que será clas-
sificada neste 
trabalho, siga 
até Arquivo 
> Importar > 
Importar Da-
dos Vetoriais 
e Matriciais 
(Figura 2.1).
Figura 2.1 - Importando a imagem Landsat que será classificada 
neste trabalho.
 
 Na janela que se abrirá, no campo Dados > Arquivo siga até 
o diretório onde está salva a imagem Landsat georreferenciada, 
225_74_20110922_rec_geo (Figura 2.2).
EaD • UFMS 63
Georreferenciamento de carta topográfica 
e de imagem Landsat no QGISEaD • UFMS 63Classificação de imagens no Spring
Figura 2.2 - Importando a imagem Landsat que será classificada.
Ao terminar o processo siga até a aba Saída e em Categoria 
selecione a categoria CAT_225_74, clique em Executar. No cam-
po PI preencha com landsat_225_74, clique em Executar (Figura 
2.3). Ao clicar em Executar, aparecerá uma janela mostrando a 
porcentagem do processamento do procedimento. Terminando, 
selecione a opção Fechar.
Figura 2.3 - Importando a imagem Landsat que será classificada.
EaD • UFMS64
GEOGRAFIA - NOÇÕES BÁSICAS DE 
GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISES AMBIENTAIS EaD • UFMS64
GEOGRAFIA - NOÇÕES BÁSICAS DE 
GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISES AMBIENTAIS
Ao finalizar o 
processo, a categoria 
criada aparecerá na 
tela principal do Spring 
(Figura 2.4). O próximo 
passo é demonstrar osprocedimentos para 
visualizar as imagens 
das bandas espectrais 
do satélite Landsat na 
composição falsa-cor.
Figura 2.4 - Categoria de imagens apresentada na tela principal 
do Spring.
2.1 Composição falsa-cor da imagem Landsat
Para a visualização da imagem Landsat na composição falsa-
-cor RGB 453, selecione o layer correspondente à banda 4, no caso, 
landsat_225_74_4, e na parte inferior do Spring, marque a caixa 
representativa da letra R. Por conseguinte, selecione o layer da 
banda 5 (landsat_225_74_5) e marque a caixa representativa da 
letra G. E por fim, selecione o layer da banda 3 (landsat_225_74_3) 
e marque a caixa representativa da letra B (Figura 2.1.1). 
 A combinação entre as bandas escolhidas neste estudo per-
mite a diferenciação dos alvos terrestres, como a vegetação e os 
corpos d’água, com maior clareza, facilitando a identificação dos 
mesmos e o processo de classificação.
 Com o objetivo de facilitar ainda mais a identificação dos 
principais alvos terrestres, aplica-se o realce individualmente em 
cada uma das bandas utilizadas na composição falsa-cor.
 Note que ao se fazer isso, a imagem é apresentada na tela 
ativa do Spring (Figura 2.1.2).
EaD • UFMS 65
Georreferenciamento de carta topográfica 
e de imagem Landsat no QGISEaD • UFMS 65Classificação de imagens no Spring
Figura 2.1.1 - Composição falsa-cor da imagem Landsat.
 
Figura 2.1.2 - Imagem Landsat que será classificada.
2.2 Aplicando o realce na imagem Landsat
Para aplicar o realce, siga Imagem > Contraste. Em Operação 
selecione a opção Linear. Na caixa de diálogo (onde é visualiza-
do o histograma), clique com o botão esquerdo do mouse sobre o 
EaD • UFMS66
GEOGRAFIA - NOÇÕES BÁSICAS DE 
GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISES AMBIENTAIS EaD • UFMS66
GEOGRAFIA - NOÇÕES BÁSICAS DE 
GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISES AMBIENTAIS
ínicio da curva do histograma e depois clique com o botão direito 
do mouse no final da curva do histograma. Note que um outro 
histograma pode ser visualizado na caixa de diálogo (Figura 2.2.1).
Figura 2.2.1 - Aplicando o contraste no canal vermelho.
Ao lado do campo Nível de Entrada, clique na opção Apli-
car. No campo Salvar Imagem > Nome preencha com o termo r e 
clique em Salvar. Repita isso para as outras duas bandas. Assim, 
para selecionar o canal verde, siga até Canal e selecione a opção 
Verde (G), repetindo o processo realizado no canal vermelho 
(Figura 2.2.2). Por fim, faça o mesmo procedimento com o canal 
azul (Figura 2.2.3). Ao clicar em Fechar, uma nova janela aparecerá 
questionando se deseja manter o contraste aplicado, clique em Sim.
Figura 2.2.2 - Aplicando o contraste no canal verde.
EaD • UFMS 67
Georreferenciamento de carta topográfica 
e de imagem Landsat no QGISEaD • UFMS 67Classificação de imagens no Spring
Figura 2.2.3 - Aplicando o contraste no canal azul.
Depois de todo esse processo, a imagem aparecerá colorida 
como mostra a Figura 2.2.4.
Figura 2.2.4 - Imagem Landsat com o contraste aplicado.
3. Abrindo o arquivo vetorial no Spring
Para auxiliar na identificação da área que será classificada, 
no caso, a Bacia Hidrográfica do Rio Gameleira que corta a região 
sul de Campo Grande, iremos importar para a tela principal do 
EaD • UFMS68
GEOGRAFIA - NOÇÕES BÁSICAS DE 
GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISES AMBIENTAIS EaD • UFMS68
GEOGRAFIA - NOÇÕES BÁSICAS DE 
GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISES AMBIENTAIS
Spring o arquivo vetorial das bacias hidrográficas que cortam o 
Município de Campo Grande. Do mesmo modo que para a im-
portação da imagem Landsat, é necessária a criação de uma nova 
categoria, neste caso, uma categoria temática.
Assim, clique no ícone Modelo de Dados, selecione a 
opção CAT_Tematico e em Nome preencha com CAT_bacias. 
Clique em Criar > Executar > Fechar (Figura 3.1).
Novamente siga Arquivo > Importar > Importar Dados Ve-
toriais e Matriciais. Na aba Dados, em Arquivo siga até o diretó-
rio onde os arquivos vetoriais estão salvos. Em Saída > Categoria 
selecione a categoria criada para este arquivo (CAT_bacias) e em 
PI preencha com bacias_hidrograficas. Clique em Executar (Fi-
gura 3.2).
Figura 3.1 - Criando modelo de dados temático.
Figura 3.2 - Importando arquivo vetorial.
EaD • UFMS 69
Georreferenciamento de carta topográfica 
e de imagem Landsat no QGISEaD • UFMS 69Classificação de imagens no Spring
 Note que a nova categoria e o arquivo vetorial são inseri-
dos na tela principal do Spring. Para visualizá-lo, selecione-o e na 
parte inferior do Spring, selecione a caixa representativa Linhas 
(Figura 3.3).
Figura 3.3 - Abrindo o arquivo vetorial.
A Figura 3.4 
apresenta os polígo-
nos das bacias hi-
drográficas sobre a 
imagem Landsat na 
composição falsa-
-cor RGB 453. Note 
que a simbologia 
utilizada dificulta 
a visualização dos 
polígonos. Assim, 
com o objetivo de 
facilitar a visuali-
zação dos mesmos, 
sugerimos trocar-
mos sua simbolo-
gia.
Figura 3.4 - Polígono das bacias hidrográ-
ficas sobre a imagem Landsat.
 
EaD • UFMS70
GEOGRAFIA - NOÇÕES BÁSICAS DE 
GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISES AMBIENTAIS EaD • UFMS70
GEOGRAFIA - NOÇÕES BÁSICAS DE 
GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISES AMBIENTAIS
 Com o layer bacias_hidrograficas selecionado siga Temático 
> Edição Vetorial. Uma nova configuração do Spring aparecerá. 
Clique no ícone Visual, siga até a aba Linhas e em cor, selecione 
a cor preta, selecione em Largura o valor 2 e clique em Executar > 
Fechar (Figura 3.5). Note que, após esse processo, o polígono ba-
cias_hidrograficas é apresentado em preto (Figura 3.6). Para sair da 
janela de edição vetorial selecione o ícone , Sair Edição Vetorial. 
Figura 3.5 - Modificando a simbologia do vetor.
Figura 3.6 - Modificação da simbologia do polígono das bacias 
hidrográficas.
EaD • UFMS 71
Georreferenciamento de carta topográfica 
e de imagem Landsat no QGISEaD • UFMS 71Classificação de imagens no Spring
4. Segmentação da área de 
estudo para posterior classificação
A segmentação é um processo automático que consiste em 
subdividir numa imagem as regiões homogêneas, considerando 
algumas de suas características que melhor representam as fei-
ções presentes na cena, como por exemplo o nível de cinza dos 
pixels, textura e contraste (Oliveira, 2002; Woodcok et al., 1994). 
No caso do Spring, o algoritmo de segmentação utilizado baseia-
-se no método que depende da definição de duas variáveis, grau 
de similaridade e o tamanho mínimo para o estabelecimento de 
uma região.
Os parâmetros de entrada do segmentador são o limiar de 
similaridade e o tamanho mínimo de área. Cada região possui 
um atributo numérico que a caracteriza. Todo pixel vizinho a esta 
região é um candidato em potencial a pertencer à mesma, desde 
que a diferença do valor do atributo deste pixel e da região seja 
inferior ao limiar de similaridade estipulado. O atributo área, que 
é definido em função da escala pretendida, limita o tamanho mí-
nimo, em número de pixels, que uma região deve ter na imagem 
segmentada (Oliveira, 2002).
Assim, para iniciar o processo de segmentação da imagem 
Landsat, na aba superior do Spring selecione Imagem > Segmen-
tação (Figura 4.1).
Na janela Segmentação > Método selecione a opção Cresci-
mento de Regiões. No campo Bandas selecione as bandas 3, 4 e 5.
No campo Similaridade digite o valor 10 (dez) e em Área 
(pixels), o valor 5 (cinco). Na caixa Banda de Exclusão deixe sele-
cionado Nenhuma. Observação: para cada caso serão utilizados 
valores diferentes para os campos de similaridade e área (pixel). 
Para se chegar ao valor ideal é necessária a realização de vários 
testes, modificando esses valores até encontrar a segmentação que 
melhor se ajuste à imagem que será segmentada.
Em Nome do PI coloque o nome do arquivo de segmentação 
que será gerado, sugerimos que o nome contenha os valores dos 
parâmetros de similaridade e área (pixels). Assim, preencha com 
225_74_10_5 (Figura 4.2).
EaD • UFMS72
GEOGRAFIA - NOÇÕES BÁSICAS DE 
GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISES AMBIENTAIS EaD • UFMS72
GEOGRAFIA- NOÇÕES BÁSICAS DE 
GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISES AMBIENTAIS
Figura 4.1 - Selecionando a fer-
ramenta de segmentação.
Figura 4.2 - Selecionando os pa-
râmetros para a segmentação.
Para selecionar a 
área que será segmenta-
da clique em Retângulo 
Envolvente e uma nova 
janela se abrirá. Em Cur-
sor selecione a opção 
Sim e na tela principal 
do Spring, onde se en-
contra a imagem Land-
sat, determine a área de 
estudo dando um clique 
no ponto inicial, arras-
tando o mouse e, ao cobrir 
toda a área desejada, dê 
novamente outro clique. 
Selecione as opções Ad-
quirir > Executar (Figura 
4.3). Ao voltar à janela 
Segmentação, selecione 
a opção Executar.
Figura 4.3 - Selecionando a área de 
interesse
EaD • UFMS 73
Georreferenciamento de carta topográfica 
e de imagem Landsat no QGISEaD • UFMS 73Classificação de imagens no Spring
Ao finalizar o processo de segmentação, aparecerá uma tela 
relatando que o processo foi realizado de modo normal. Clique em 
Ok. Ao fazer isso, a tela auxiliar do Spring se abrirá, apresentando 
a segmentação realizada (Figura 4.4).
Figura 4.4 - Tela auxiliar do Spring apresentando a segmentação 
realizada.
Ao fechar a 
tela auxiliar, note que 
o layer da segmenta-
ção aparecerá junto à 
categoria da imagem 
Landsat (Figura 4.5). 
Para que o mesmo se 
torne visível, selecio-
ne na caixa inferior 
do Spring, a caixa 
representativa Rotu-
lada (Figura 4.6).
Figura 4.5 -Layer de segmentação 
apresentado na tela ativa do Spring.
EaD • UFMS74
GEOGRAFIA - NOÇÕES BÁSICAS DE 
GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISES AMBIENTAIS EaD • UFMS74
GEOGRAFIA - NOÇÕES BÁSICAS DE 
GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISES AMBIENTAIS
Figura 4.6 - Visualização dos polígonos da segmentação sobre a 
imagem Landsat.
5. Iniciando a classificação da imagem Landsat
Nessa etapa são esco-
lhidas as imagens que servi-
rão de base para a criação de 
um novo atributo, que será 
a imagem classificada. Com 
o layer da segmentação sele-
cionado (225_74_10_5), siga 
até Imagem > Classificação 
(Figura 5.1).
Na tela Classifica-
ção, clique em Contexto 
> Criar, o que fará que a 
janela Criação de Contexto 
apareça. Quando se define 
contexto, está definindo um 
nome para o atributo que 
guardará as informações 
da classificação. Em Nome 
preencha com o termo clas-
sificacao_225_74_10_5 e 
selecione em Tipo de Aná-
lise > Regiões. Na caixa 
Bandas, selecione as ban-
das 3, 4 e 5 e em Imagens 
Sementadas selecione a 
categoria correspondente 
à segmentação da imagem, 
[CAT_225_74_10_5]. Clique 
em Executar (Figura 5.2).
Figura 5.1 - Selecionando a ferra-
menta Classificação.
EaD • UFMS 75
Georreferenciamento de carta topográfica 
e de imagem Landsat no QGISEaD • UFMS 75Classificação de imagens no Spring
Figura 5.2 - Selecionando os parâmetros para a classificação da 
imagem.
Ao clicar em Executar, a tela Criação de Contexto se fechará, 
voltando à tela anterior Classificação. Selecione em Contexto o 
arquivo gerado, isso fará com que na caixa Bandas sejam visuali-
zadas as bandas selecionadas para a classificação. Selecione a opção 
Extração de Atributos das Regiões, essa seleção fará com que uma 
janela apareça mostrando o andamento do processo e, quando 
o mesmo terminar, as opções Treinamento, Classificação, Pós-
-Classificação e Mapeamento se tornarão disponíveis (Figura 5.3). 
Figura 5.3 - Procedimentos para a classificação da imagem.
O próximo passo a ser realizado é a obtenção das áreas de 
treinamento, as quais se prestam a informar ao sistema quais são 
as classes a serem identificadas durante o processo de classificação.
EaD • UFMS76
GEOGRAFIA - NOÇÕES BÁSICAS DE 
GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISES AMBIENTAIS EaD • UFMS76
GEOGRAFIA - NOÇÕES BÁSICAS DE 
GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISES AMBIENTAIS
6. Obtenção das amostras de treinamento 
Na tela Classificação se-
lecione a opção Treinamento. 
Ao selecioná-la, a janela Treina-
mento se tornará visível (Figura 
6.1). É nesta etapa que serão 
adquiridas as amostras, de cada 
classe de cobertura do solo, que 
serão fornecidas para o sistema.
Como auxílio à identifi-
cação dos principais alvos da 
cobertura do solo, como vege-
tação, recursos hídricos, utilize 
o material de apoio intitulado 
areas_de_treinamento, o qual 
disponibiliza as 16 classes pro-
postas por Paranhos Filho (2000).
Figura 6.1 - Passos para a sele-
ção de amostras de cada classe 
de cobertura do solo.
 
No campo Nome, são colocados os nomes referentes às áre-
as de treinamento. Em Cor é possível escolher a simbologia do 
polígono que representará cada classe. Para dar início à coleta das 
áreas de treinamento, sugerimos que se siga a ordem das classes 
disponibilizadas no material de apoio. Pode acontecer de não serem 
reconhecidas todas essas 16 classes na área de estudo, o que não 
vem a ser um problema.
Assim, começamos com a 
classe Lat1 que representa o pri-
meiro tipo de latossolo exposto. 
No campo Nome preencha com 
lat1 e em Cor escolha a cor que 
preferir, neste caso escolhemos 
a cor azul, posteriormente cli-
que em Criar. Ao se fazer isso, 
em Temas aparecerá a classe 
criada (Figura 6.2).
Figura 6.2 - Passos para a sele-
ção de amostras de cada classe 
de cobertura do solo.
EaD • UFMS 77
Georreferenciamento de carta topográfica 
e de imagem Landsat no QGISEaD • UFMS 77Classificação de imagens no Spring
 Agora, basta identificar as amostras da classe lat1, selecio-
nando os polígonos correspondentes a essa área de treinamento. 
Selecione o ícone e na tela principal do Spring, selecione o 
polígono correspondente à classe lat1, conforme exemplificado na 
Figura 6.3. Note que ao selecionar o polígono, a sua simbologia 
passará a ser azul.
Figura 6.3 - Seleção das áreas correspondentes à classe lat1.
Figura 6.4 - Selecionando as áre-
as de interesse da classe lat1.
Ao selecionar o polígo-
no clique, na janela Treina-
mento, a opção Adquirir. Ao 
fazer isso, note que no campo 
Amostras, a amostra selecio-
nada aparecerá, informando 
o número de pixels da amos-
tra coletada (Figura 6.4).
Lembre-se de salvar 
esse procedimento clicando 
na opção Salvar na parte 
inferior da janela Treina-
mento.
Faça isso para as outras 
15 amostras disponibilizadas 
no material de apoio. Ao ter-
minar de coletar as amostras, 
salve novamente e clique em 
Fechar.
Ao fazer isso, volte 
para a tela Classificação e 
selecione Classificação.
EaD • UFMS78
GEOGRAFIA - NOÇÕES BÁSICAS DE 
GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISES AMBIENTAIS EaD • UFMS78
GEOGRAFIA - NOÇÕES BÁSICAS DE 
GEOPROCESSAMENTO PARA ANÁLISES AMBIENTAIS
7. Finalizando o processo de classificação
Nesta etapa é criada 
uma nova imagem, que 
contém os dados da classi-
ficação. Pode-se criar mais 
de uma imagem, mudando 
os valores de limiar de acei-
tação e/ou tipo de classifi-
cador.
Ao selecionar Classifi-
cação, abre-se a janela Clas-
sificação de Imagens. Em 
Tipo do Classificador sele-
cione a opção Bhattacharya 
e, em Limiar de Aceitação, 
selecione o valor 99,9%. No 
campo Nome, preencha com 
class_225_74_10_5. Clique 
em Executar (Figura 7.1).
Figura 7.1 - Selecionando os parâ-
metros para a classificação.
Ao fazer isso, aparecerá uma janela apresentando a porcenta-
gem do andamento do procedimento. Após terminar o processo, 
selecione em Ok e feche a janela de Classificação. Note que o 
arquivo da classificação será aberto na tela auxiliar do Spring, 
feche-a (Figura 7.2).
Figura 7.2 - Classificação visualizada na tela auxiliar do Spring.
EaD • UFMS 79
Georreferenciamento de carta topográfica 
e de imagem Landsat no QGISEaD • UFMS 79Classificação de imagens no Spring
Ao voltar na tela inicial do programa, selecione o layer da 
classificação, class_225_74_10_5, e na parte inferior do Spring 
selecione a opção Classificadada (Figura 7.3).
Figura 7.3 - Visualização da classificação na tela principal do 
programa.
 
 Para relembrar a simbologia de cada classe de treinamento, 
selecione o ícone e depois, na janela Legenda, o layer da clas-
sificação, class_225_74_10_5 (Figura 7.4).
Figura 7.4

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