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QUESTÃO 1 (1,0 PONTO) Segundo Kelsen, no texto O Direito como uma técnica social específica, o princípio de recompensa e punição – o princípio da retribuição – fundamental para a vida social, consiste em associar a conduta de acordo com a ordem estabelecida e a conduta contrária à ordem, respectivamente, com uma promessa de vantagem e uma ameaça. Nesse sentido, a motivação específica empregada pela ordem social para induzir os indivíduos a se comportarem conforme o desejado relaciona-se diretamente com o conceito de: a) Ética. b) Direito natural. c) Justiça. d) Sanção. e) Estado. QUESTÃO 2 (1,0 PONTO) Assinale a alternativa correta quanto ao entendimento do jusnaturalismo acerca da relação entre Direito e moral: a) Há uma relação de separação entre Direito e moral, não tendo o conceito de Direito qualquer elemento de moralidade. b) Há uma relação de separação entre Direito e moral, não se admitindo a ideia de princípios morais ou de justiça universais. c) Há uma relação de vinculação entre Direito e moral, sendo as normas morais hierarquicamente superiores às normas do Direito positivo. d) Há uma relação de vinculação entre Direito e moral, sendo as normas o Direito positivo hierarquicamente superiores às normas morais. e) Há uma relação de vinculação entre Direito e moral, sendo que esta última se fundamenta nas normas de Direito positivo. QUESTÃO 3 (2,0 PONTOS) Em seu uso comum, de acordo com Tércio Sampaio Ferraz Júnior, o termo “direito” é sintaticamente impreciso, pois pode ser ligado a verbos (meus direitos não valem), a substantivos (o Direito é uma ciência), a adjetivos (este Direito é injusto), além de poder ser usado como substantivo (o Direito brasileiro prevê...), como adjetivo (não se trata de um homem direito) e como advérbio (ele não agiu direito). Do ponto de vista semântico, o termo “direito” é igualmente impreciso. De um lado, tal termo é vago, porque tem vários significados. O mencionado autor traz como exemplo a seguinte frase: direito é uma ciência que estuda o direito no sentido de direito objetivo e no sentido de direito subjetivo. Por outro lado, tal termo é vago, já que, no seu uso comum, é impossível determinar uniformemente as propriedades ou características que devem estar presentes em todos INSTRUÇÕES Esta avaliação deve ser respondida pelo(a) aluno(a) e devolvida em formato PDF; A postagem da avaliação deve ser feita no TEAMS, na aba “Trabalhos da Disciplina”; O prazo limite para a postagem é até 05/10/2021, às 15h40min; A avaliação é constituída de 05 (cinco) questões. Não serão aceitos os envios feitos em desacordo com estas orientações. BOA PROVA! Nota dos trabalhos: CURSO: Direito PROFESSOR(A): Bruno Cunha Weyne DISCIPLINA: Introdução ao Estudo do Direito ALUNO(A): Karen Katleen Serra Pessoa Nota da Prova: Nota Final: _______________ TURMA: 2003 DATA: 04/10/2021 TURNO: Vespertino Assinatura Prof(ª).: AV1 COMPOSIÇÃO DA AV1 TRABALHO DE PESQUISA (VALOR 3,0 PONTOS) + PROVA (VALOR 7,0 PONTOS) os casos em que é utilizado (FERRAZ JÚNIOR, Tercio Sampaio. Introdução ao estudo do direito: técnica, decisão, dominação. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2003, p. 37-38). A partir da leitura do texto acima e do conteúdo estudado em classe, explique o que se entende por: a) direito objetivo e b) direito subjetivo. Em sua resposta, apresente também duas frases contendo a palavra “direito”, cada uma para exemplificar o emprego desses dois sentidos da palavra “direito”. R: A)Direito Objetivo O direito objetivo são as normas jurídicas, as leis, que devem ser obedecidas rigorosamente por todos os homens que vivem na sociedade que adota essas leis. Ou seja, é o conjunto de normas que o estado mantem em vigor. É aquele proclamado como ordenamento jurídico, e portanto, fora do sujeito de direito. Essas normas vêm através de sua fonte formal: a lei. O direito objetivo é a lei, é a previsão abstrata e genérica de fatos e as reações possíveis que são permitidas caso esses fatos ocorram. Na frase “o direito que protege a noção de consumo” a palavra direito vem como um direito objetivo. b) Direito Subjetivo o direito subjetivo é o poder de requerer que o direito objetivo funcione. É o direito de acionar o estado juiz (é o único momento em que somos proativos), ou seja, pode ser definido como a capacidade que o homem tem de agir em defesa de seus interesses, invocando o cumprimento de normas jurídicas existentes na sociedade onde estiver, todas as vezes que, de alguma forma, essas regras jurídicas venham ao encontro de seus objetivos e possam protegê-lo. O direito subjetivo é o direito de alguém a exigir algo, é uma pretensão de alguém, e todo direito subjetivo é garantido pelo direito objetivo. Na frase “o direito de alguém manifestar seu pensamento” a palavra direito vem como um direito subjetivo. QUESTÃO 4 (1,5 PONTO) Segundo Hans Kelsen, a função de toda ordem social é regular a conduta recíproca dos indivíduos – induzi-los a certa conduta positiva ou negativa, a certa ação ou abstenção de ação. Para o indivíduo, a ordem surge como um complexo de regras que determinam como ele deve conduzir-se em relação a outros indivíduos. Tais regras são chamadas de normas. Podem-se distinguir distintos tipos de ordens sociais segundo a maneira pela qual se consegue a conduta socialmente desejada. Assim, por exemplo, as ordens jurídica, moral e religiosa perseguem, em parte, os mesmos objetivos (como a proibição do roubo e do assassinato), porém utilizando meios distintos (trecho adaptado de KELSEN, Hans. O que é justiça? 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 225-232). A partir do trecho acima e do que foi estudado em sala de aula, explique a diferença entre Direito e moral no que diz respeito ao uso da força (coerção) e ao tipo de sanção que cada um utiliza em suas normas. R: Direito, é o conjunto de normativas as quais tem como finalidade, regular e organizar a vida na Sociedade de maneira obrigatória, prescrevendo sanções no caso de sua violação. O Direito, apesar de ter suas características distintas tem ligação com os ditames da Moral, porque o mesmo pode também estar inserido no âmbito da Moral. Moral, por sua vez, é um conjunto de regras que são cumpridas sem que haja a necessidade de coação. Qualquer indivíduo que cumpre tais regras e age sempre com consciência desse ato, automaticamente está enquadrado às regras dos ditames da moral. Nem sempre a ideia de que tudo que é direito é moral será válida, até por que o Direito pode tutelar o que é amoral e até o que é imoral. Como exemplo do que pode ser amoral (nem moral e nem imoral), podemos citar a legislação de trânsito, que não afetaria em nada a moral; o que é imoral (vai contra a moral), podemos citar a divisão idêntica de bens entre sócios, por mais diligente que seja um e ocioso o outro. Podemos fazer uma distinção resumida entre Direito e Moral dizendo que, Direito é um conjunto de regras que só são seguidas por que as mesmas são coagentes, isto é, são cumpridas apenas por que existem penas para o caso de seus descumprimentos; já a Moral é a vivência de boa conduta de forma espontânea, sem que haja algum tipo de coação. De forma geral, Direito e Moral são duas determinantes de condutas socialmente corretas que apesar de terem características e forma de imposições distintas, de alguma maneira estarão sempre juntas. QUESTÃO 5 (1,5 PONTO) “A discussão em torno da relação entre Direito e moral é uma das mais antigas e das mais relevantes da Filosofia do Direito, já que constitui o principal problema na polêmica acerca do conceito de Direito, assim como envolve a própria questão da legitimidade do Direito, Para Robert Alexy, duas posições fundamentais sobre essa relação podem ser identificadas: a positivista e a não positivista. Ele afirma que todas as teorias positivistas defendem a tese da separação,ao passo que todas as teorias não positivistas defendem a tese da vinculação entre Direito e moral” (trecho adaptado de WEYNE, Bruno Cunha. Relações entre direito e moral: vinculação, separação e as contribuições de Habermas e Nino. Revista Jurídica da FA7, Fortaleza, v. 8, n. 1, p. 215-232, abril 2011). A partir do texto acima e do conteúdo estudado em sala de aula, indique e explique as duas teses que caracterizam o jusnaturalismo, destacando, ainda, as suas principais diferenças em relação ao positivismo jurídico. R: Direito, é o conjunto de normativas as quais tem como finalidade, regular e organizar a vida na Sociedade de maneira obrigatória, prescrevendo sanções no caso de sua violação. O Direito, apesar de ter suas características distintas tem ligação com os ditames da Moral, porque o mesmo pode também estar inserido no âmbito da Moral. Moral, por sua vez, é um conjunto de regras que são cumpridas sem que haja a necessidade de coação. Qualquer indivíduo que cumpre tais regras e age sempre com consciência desse ato, automaticamente está enquadrado às regras dos ditames da moral. Nem sempre a ideia de que tudo que é direito é moral será válida, até por que o Direito pode tutelar o que é amoral e até o que é imoral. Como exemplo do que pode ser amoral (nem moral e nem imoral), podemos citar a legislação de trânsito, que não afetaria em nada a moral; o que é imoral (vai contra a moral), podemos citar a divisão idêntica de bens entre sócios, por mais diligente que seja um e ocioso o outro. Podemos fazer uma distinção resumida entre Direito e Moral dizendo que, Direito é um conjunto de regras que só são seguidas por que as mesmas são coagentes, isto é, são cumpridas apenas por que existem penas para o caso de seus descumprimentos; já a Moral é a vivência de boa conduta de forma espontânea, sem que haja algum tipo de coação. De forma geral, Direito e Moral são duas determinantes de condutas socialmente corretas que apesar de terem características e forma de imposições distintas, de alguma maneira estarão sempre juntas. QUESTÃO 1 (1,0 PONTO) QUESTÃO 2 (1,0 PONTO) QUESTÃO 3 (2,0 PONTOS) QUESTÃO 4 (1,5 PONTO) QUESTÃO 5 (1,5 PONTO)