Buscar

Resenha da Palestra Como as árvores falam entre si

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIGRAN CAPITAL 
 
 
 
ANDRESSA MACHADO DA SILVA – RGM 091.1106 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESENHA CRÍTICA DA PALESTRA “COMO AS ÁRVORES 
CONVERSAM ENTRE SI?” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campo Grande 
2021 
 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIGRAN CAPITAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANDRESSA MACHADO DA SILVA – RGM 091.1106 
 
 
 
RESENHA CRÍTICA DA PALESTRA “COMO AS ÁRVORES 
CONVERSAM ENTRE SI?” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado na Disciplina de 
Metodologia Científica do Curso de 
Psicologia. 
 
Professora Nilce Lucchese. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campo Grande 
2021
3 
 
A cientista e professora de Ecologia Florestal na Universidade da Colúmbia 
Britânica (Canadá), Suzanne Simard, é uma pioneira nos estudos de inteligência e 
comunicação no reino vegetal. A paixão da Suzanne por árvores começou na infância, 
quando ela ia para a floresta com o seu avô que, apesar de ser um lenhador, cortava 
seletivamente o cedro nos bosques e lhe ensinava sobre a magnitude da natureza. 
Na sua palestra “Como as árvores conversam entre si?”, proferida em junho de 
2016 no evento TEDSummit, ela explana em aproximadamente dezoito minutos mais de 
trinta anos de pesquisas científicas nas florestas do Canadá. 
O pontapé inicial para o que se tornaria o trabalho de uma vida aconteceu quando 
ainda era criança em um passeio na floresta com o seu avô e o cão de estimação da família. 
Neste dia, ela conta, que o cão caiu em uma fossa sanitária na floresta e o seu avô correu 
com uma pá para resgatá-lo; conforme o chão da floresta ia sendo descoberto e as raízes 
das árvores sendo expostas, ela ficou fascinada com todo esse universo – de raízes 
interligadas – que ia se abrindo diante dos seus olhos. 
Anos mais tarde ela se torna estudante e inicia a pesquisa que dá nome à palestra. 
Ela já sabia que os cientistas haviam descoberto no laboratório in vitro que a raiz da muda 
de um pinheiro poderia transmitir carbono para outra muda e ficou intrigada se isso 
poderia ocorrer em florestas reais. 
Nessa linha, o objetivo da pesquisa da Suzanne era descobrir se as árvores de uma 
floresta se comunicavam e, em caso positivo, como que essa comunicação ocorreria. De 
forma mais específica, o experimento deveria confirmar uma suspeita que ela tinha, de 
que a bétula e o abeto se conectariam na rede subterrânea, mas não o cedro. 
O primeiro passo foi, portanto, cultivar as mudas das três espécies de interesse: 
bétula papilífera, abeto de Douglas e cedro vermelho do Oeste. Foram cultivadas oitenta 
(80) mudas. 
Como a pesquisa não tinha financiamento, as próximas etapas do trabalho 
ocorreram de forma relativamente arcaica: os sacos plásticos, fita adesiva, telas, 
cronometro, traje de proteção e respirador foram comprados em uma loja de departamento 
local; os itens de alta tecnologia, tais como o contador Geiger, o contador de cintilação, 
4 
 
espectrômetro de massa, microscópios, bem como seringas com dióxido de carbono 
gasoso contendo o carbono-14 (um gás radiativo) e alguns frascos de alta pressão com o 
gás dióxido de carbono formado por carbono-13 (um isótopo estável), foram empréstimos 
da Universidade onde a Suzanne estudava. 
Com todo o material em mãos, a próxima etapa foi iniciar os trabalhos in loco. O 
ponto de partida foi posicionar as árvores lado a lado e colocar os sacos plásticos por cima 
dessas mudas cultivadas, formando uma espécie de estufa, e injetar dentro dos sacos o 
isótopo rastreador de dióxido de carbono – na bétula ela injetou carbono-14, enquanto no 
saco do abeto ela injetou o carbono-13. 
Um fato curioso contado na palestra é que quando ela estava caminhando para a 
octogésima árvore apareceram ursos e os trabalhos tiveram que ser interrompidos por 
aproximadamente uma hora, o que seria tempo suficiente para as árvores absorverem o 
CO2 e, pela fotossíntese, transformá-lo em açúcar, enviando-o às raízes e transportando 
o carbono por baixo da terra às árvores vizinhas. 
Decorrido esse tempo e com os ursos devidamente longe, a Suzanne foi até a 
primeira bétula e retirou o saco. Passou o contador Geiger sobre suas folhas e ele apitou 
um barulho indicando que a muda havia absorvido o carbono-14. 
Na sequência, retirou o saco da árvore abeto e obteve o apito do contador Geiger, 
ou seja, essa era a indicação de que as duas árvores estavam trocando carbonos entre si. 
Por fim, foi até o cedro, passou o contador Geiger sobre as folhas, mas o mesmo não 
apitou. 
Nas palavras da Suzanne: 
Era o som da bétula conversando com o abeto. A bétula 
perguntava: "Ei, posso ajudá-lo?" E o abeto respondia: "Sim, pode 
me emprestar um pouco do seu carbono? Porque alguém colocou 
uma tela em cima de mim". [...] O cedro estava em seu próprio 
mundo. Não estava conectado à rede que interligava a bétula e o 
abeto. 
5 
 
Ao longo do decorrer da pesquisa, constatou-se que o abeto e a bétula trocavam 
carbono entre si conforme a necessidade de cada muda, confirmando que as duas espécies 
eram interdependentes. 
Constatou-se, ainda, que não era apenas carbono que as plantas trocavam no 
mundo subterrâneo, mas também outros minerais, como nitrogênio, fósforo, H2O, isto é, 
uma verdadeira rede de informações. De forma macro, as florestas se comportam como 
um único organismo, não apenas como competidoras, mas como colaboradoras. 
Avançando um pouco nas descobertas, a principal rede de comunicação entre 
árvores e plantas está no chamado “micélio”, que é um fungo vegetal que forma uma rede 
conectando as raízes do reino vegetal. 
Farei um adendo em relação a essa temática para um documentário chamado 
“Fungos Fantásticos”, atualmente disponível para exibição na plataforma de streaming 
Netflix. De forma didática o documentário explica que a rede micelial é o maior 
organismo da floresta, onde as pontas do micélio tocam as pontas das raízes das plantas e 
árvores e esse tecido conjuntivo se expande como uma rodovia por quilômetros de 
distância. 
As árvores, plantas e fungos trocam entre si não apenas carbono e nutrientes, como 
informações de defesa e ataques. Retornando à palestra, a Suzanne compara o micélio à 
rede de internet, com nódulos e conexões. 
Em um desdobramento da pesquisa inicial, foi realizado um experimento em que 
se cultivou árvores da mesma família com estranhos e a descoberta foi de que as árvores 
da mesma espécie se colonizam com redes de trocas mais densas, como se fosse a proteção 
de uma mãe à um filho. 
E essa troca é fundamental não apenas para o dia a dia das árvores e plantas, mas 
também funciona como uma passagem de informações de sabedoria das árvores-mães 
(árvores-núcleo) para as subespécies, analogamente como acontece no conhecimento de 
senso-comum da comunidade humana. 
6 
 
A conclusão da pesquisa é, portanto, de que sim, as árvores conversam entre si. E 
que a multiplicidade e diversidade de espécies, genótipos e estruturas na floresta é 
importante para a sobrevivência da mesma, de forma fortalecida. 
O desmatamento constante e a substituição por mata secundária de poucas espécies 
podem ruir todo um sistema florestal, desdobrando-se em crises hídricas, aumento do 
efeito estufa, surtos de insetos, entre outras perturbações que afetam não só o reino vegetal 
como a espécie humana. Então ao invés de enfraquecermos as nossas florestas, o 
importante é preservar as florestas primárias, reduzindo o desmatamento. E não apenas, 
ao cortar as árvores, é preciso preservar as árvores-mães e os micélios. 
Por fim, a Suzanne encerra a palestra lembrando do ponto inicial descoberto na 
pesquisa, de que as florestas não são só um conjunto de árvores competindo entre si; elas 
são altamente colaboradoras e, destarte, tem uma inteligência autorregenerativa. 
Como mencionamos no início do texto,foram anos de pesquisas e descobertas 
condensadas em um curto discurso. Ainda assim, a Suzanne consegue transmitir com 
clareza o ponto chave da sua pesquisa e o que devemos aprender com ela, que é a 
importância da conservação das florestas (nativas) à medida que elas não são apenas 
árvores e plantas avulsas e isoladas em um espaço de terra, mas sim um organismo vivo 
interconectado. 
Um dos pontos da pesquisa que não ficou muito claro para quem é leigo no assunto 
foi respeito da participação do cedro e a sua não comunicação com as duas outras espécies, 
mas não considero isso um ponto que prejudica a mensagem final da palestrante. 
 
 
 
 
 
 
7 
 
Referências Bibliográficas 
 
ABOUT SUZANNE. 2021. Disponível em <https://suzannesimard.com/about/>. Acesso em 
08 Set 2021. 
 
FUNGOS FANTÁSTICOS. Netflix, 2021. Disponível em 
<https://www.netflix.com/br/title/81183477>. Acesso em 01 Set 2021. 
 
SIMARD, Suzanne. How do Trees Talk to Each Other. TED, 2016. Disponível em 
<https://www.ted.com/talks/suzanne_simard_how_trees_talk_to_each_other>. Acesso em 
25 Ago 2021. 
 
 
https://suzannesimard.com/about/
https://www.netflix.com/br/title/81183477
https://www.ted.com/talks/suzanne_simard_how_trees_talk_to_each_other

Continue navegando