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Noções de Direito Administrativo para Agente da Polícia Federal

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Aula 04
Noções de Direito Administrativo p/ PF - Agente ? 2014 - Com videoaulas
Professor: Daniel Mesquita
Direito Administrativo p/ Agente da Polícia 
Federal. Teoria e exercícios comentados. 
Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 
 
 
 
Prof. Daniel Mesquita www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 79 
Twitter: @danielmqt danielmesquita@estrategiaconcursos.com.br Facebook: Daniel Mesquita 
AULA 04: Agentes Públicos. 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO À AULA 04 2 
2. BASE CONSTITUCIONAL E LEGAL 2 
3. CLASSIFICAÇÃO DE AGENTES PÚBLICOS 3 
A. AGENTES POLÍTICOS 4 
B. SERVIDORES PÚBLICOS 5 
C. MILITARES 7 
D. PARTICULARES EM COLABORAÇÃO COM O PODER PÚBLICO 8 
4. FUNÇÕES, CARGOS E EMPREGOS PÚBLICOS 11 
A. CRIAÇÃO DE CARGOS 14 
B. ACESSIBILIDADE A BRASILEIROS E ESTRANGEIROS 16 
C. EXIGÊNCIA DE CONCURSO PÚBLICO 19 
D. CARGOS EM COMISSÃO E FUNÇÕES DE CONFIANÇA 26 
E. CONTRATAÇÃO POR TEMPO DETERMINADO 30 
F. DIREITO DE ASSOCIAÇÃO SINDICAL E DIREITO DE GREVE 31 
G. REMUNERAÇÃO DOS AGENTES PÚBLICOS 32 
H. SERVIDORES EM EXERCÍCIO DE MANDATOS ELETIVOS 42 
I. DA ACUMULAÇÃO 44 
5. REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS 47 
A. ESTABILIDADE, ESTÁGIO PROBATÓRIO E PERDA DO CARGO 48 
B. FORMAS DE PROVIMENTO DOS CARGOS PÚBLICOS 51 
C. VACÂNCIA 61 
D. REMOÇÃO 62 
E. REDISTRIBUIÇÃO 62 
F. SUBSTITUIÇÃO 63 
6. RESUMO DA AULA 64 
7. QUESTÕES 71 
Direito Administrativo p/ Agente da Polícia 
Federal. Teoria e exercícios comentados. 
Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 
 
 
 
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8. REFERÊNCIAS 78 
 
 
 
1. Introdução à aula 04 
 
Bem vindos à nossa aula 04 de Direito Administrativo, do curso 
preparatório para o concurso de Agente da Polícia Federal. Nesta aula 
04, abordaremos a matéria “3 Regime jurídico dos servidores públicos 
civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais (Lei nº 
8.112/1990): Das disposições preliminares; Do provimento (originário e 
derivado), vacância, remoção, redistribuição e substituição. Estágio 
Probatório.”. 
Não se esqueça que, ao final, você terá um resumo da aula e as 
questões tratadas ao longo dela. Use esses pontos da aula na véspera 
da prova! 
Chega de papo, vamos à luta! 
 
 
2. Base constitucional e legal 
 
 O art. 37 da Constituição Federal contém algumas das mais 
importantes disposições constitucionais aplicáveis à administração 
pública em geral, em todas as esferas de governo. No art. 38, CF, estão 
previstas regras aplicáveis ao servidor público da administração direta, 
autárquica e fundacional que esteja no exercício de mandato eletivo. O 
art. 39, CF, traz regras especificamente aplicáveis aos servidores 
Direito Administrativo p/ Agente da Polícia 
Federal. Teoria e exercícios comentados. 
Prof. Daniel Mesquita ʹ Aula 04 
 
 
 
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públicos estatutários. No art. 40, CF, está disciplinado o regime 
previdenciário desses servidores públicos (Regime Próprio de 
Previdência Social – RPPS). Por fim, o art. 42, CF, trata dos militares. 
 A Lei nº 8.112/90 dispõe sobre o regime jurídico dos servidores 
públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas 
federais. 
 
3. Classificação de agentes públicos 
 
Antes de adentrarmos no estudo da Lei nº 8.112/90, 
destacaremos a principal classificação de agentes públicos adotada. 
Trata-se da apresentada por Maria Sylvia Zanella Di Pietro. Para ela, os 
agentes públicos dividem-se em 4 categorias: 
1. agentes políticos; 
2. servidores públicos; 
3. militares; e 
4. particulares em colaboração com o Poder Público. 
 
 
1. (CESPE - 2013 - ANS - Técnico Administrativo) Agente público é 
aquele que exerce emprego ou função pública mediante remuneração. 
Veja o conceito dado por Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo 
“Agente público é toda pessoa física que exerça, ainda que 
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, 
designação, contratação ou qualquer forma de investidura ou vínculo, 
mandato, cargo, emprego ou função pública.”. 
Diante desta definição o gabarito está errado. 
Questão de 
concurso 
 
Direito Administrativo p/ Agente da Polícia 
Federal. Teoria e exercícios comentados. 
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a. Agentes políticos 
 Para Celso Antônio Bandeira de Mello: “agentes políticos são os 
titulares dos cargos estruturais à organização política do País, 
ou seja, são os ocupantes dos cargos que compõem o arcabouço 
constitucional do Estado e, portanto, o esquema fundamental do 
poder. Sua função é a de formadores da vontade superior do Estado.” 
(Curso de Direito Administrativo, 2008). 
 Suas principais características são: 
1. Competência prevista na própria Constituição Federal; 
2. Não sujeição às regras comuns aplicáveis aos servidores 
públicos em geral; 
3. Normalmente, a investidura em seus cargos é por meio de 
eleição, nomeação ou designação; 
4. Não são hierarquizados, salvo os auxiliares imediatos dos 
Chefes dos Executivos, sujeitando-se somente às regras 
constitucionais. 
 Para você que vai fazer esse concurso, é IMPORTANTE saber que 
atualmente há uma tendência a considerar os membros da Magistratura 
(juízes e desembargadores) e do Ministério Público (promotores e 
procuradores de justiça) como agentes políticos. 
 
 
2. (CESPE - 2013 - MS - Administrador) Senadores, deputados e 
vereadores são considerados agentes políticos. 
Vimos que: agentes políticos são os titulares dos cargos 
estruturais à organização política do País, ou seja, são os 
ocupantes dos cargos que compõem o arcabouço constitucional do 
Questões de 
concurso 
 
Direito Administrativo p/ Agente da Polícia 
Federal. Teoria e exercícios comentados. 
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Estado e, portanto, o esquema fundamental do poder. Sua função é 
a de formadores da vontade superior do Estado.” 
Resposta: certo. 
 
3. (CESPE - 2013 - MS - Analista Administrativo) Os magistrados, 
agentes políticos investidos para o exercício de atribuições 
constitucionais, têm plena liberdade funcional no desempenho de suas 
funções, bem como prerrogativas próprias e legislações específicas. 
Jurisprudência pura do STF, veja o julgado: 
"A autoridade judiciária não tem responsabilidade civil pelos atos 
jurisdicionais praticados. Os magistrados enquadram-se na espécie 
agente político, investidos para o exercício de atribuições 
constitucionais, sendo dotados de plena liberdade funcional no 
desempenho de suas funções, com prerrogativas próprias e legislação 
específica. " (RE 228.977, Rel. Min. Néri da Silveira, julgamento em 5-
3-2002, Segunda Turma, DJ de 12-4-2002.) 
Resposta: certo. 
 
b. Servidores públicos 
 Em sentido amplo, englobam as pessoas físicas que prestam 
serviços ao Estado e às entidades da Administração Indireta, com 
vínculo empregatício e mediante remuneração paga pelos cofres 
públicos. 
 Subdividem-se em: 
1. SERVIDORES ESTATUTÁRIOS: sujeitos ao regime 
estatutário (= regime disposto em lei especial para disciplinar os 
servidores de determinado ente público) e ocupantes de cargos 
públicos; 
Direito Administrativo p/ Agente da Polícia 
Federal. Teoria e exercícios comentados. 
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2. EMPREGADOS PÚBLICOS: contratados sob o regime da 
legislação trabalhista (CLT) e ocupantes de emprego público; 
3. SERVIDORES TEMPORÁRIOS: contratados por tempo 
determinado, sem a necessidade de concurso público, para 
atender à necessidade temporária de excepcional interesse 
público. Exercem função, sem estarem vinculados a cargo ou 
emprego público. 
ATENÇÃO!!! A Constituição exige a adoção, por parte de 
cada ente da Federação, de um só regime jurídico (regime 
jurídico único) aplicável a todos os servidores integrantes de 
sua administração direta, autarquias e fundações públicas. 
 CUIDADO!Os servidores das empresas públicas, sociedades de 
economia mista e fundações privadas regem-se pela legislação 
trabalhista. 
No caso dos empregados públicos, não podem Estados e 
Municípios derrogar outras normas da legislação trabalhista, já que não 
têm competência para legislar sobre Direito do Trabalho, reservada 
privativamente à União (art. 22, I, CF). 
 Aos servidores temporários aplica-se regime jurídico especial a 
ser disciplinado em lei de cada unidade da federação. 
 
 
 
4. (CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados – Analista) Laura 
foi contratada pelo poder público federal, por tempo determinado, para 
atender à necessidade temporária de excepcional interesse público, sem 
ter sido submetida a prévio concurso público. Nessa situação, a 
contratação é válida, já que o concurso público não é indispensável para 
a investidura e para o exercício da função pública. 
Questões de 
concurso 
 
Direito Administrativo p/ Agente da Polícia 
Federal. Teoria e exercícios comentados. 
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Como acabamos de ver, os servidores temporários são 
contratados por tempo determinado para atender à necessidade 
temporária de excepcional interesse público. Exercem função, sem 
estarem vinculados a cargo ou emprego público. Nesse caso, dispensa-
se o concurso público. 
Gabarito: Certo. 
 
5. (CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista Ministerial) A 
Constituição Federal determina a obrigatoriedade de a União, os 
estados, o Distrito Federal e os municípios instituírem, no âmbito de sua 
competência, regime jurídico único e planos de carreira para os 
servidores da administração direta e de todas as entidades da 
administração indireta. 
Não foi à toa que eu chamei a sua atenção para esse ponto da 
aula. A Constituição exige a adoção, por parte de cada ente da 
Federação, de um só regime jurídico (regime jurídico único) aplicável a 
todos os servidores integrantes de sua administração direta, autarquias 
e fundações públicas. E ainda disse: CUIDADO!Os servidores das 
empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações privadas 
regem-se pela legislação trabalhista e você se lembra que essas 
estatais compõem a administração indireta. 
 Gabarito: Errado. 
 
c. Militares 
 Abrangem as pessoas físicas que prestam serviços às Forças 
Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica) e às Polícias Militares e 
Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, DF e dos Territórios, com 
vínculo estatutário sujeito a regime jurídico próprio, mediante 
remuneração paga pelos cofres públicos. Eram considerados servidores 
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públicos até a EC nº 18/98, sendo excluídos da categoria, só lhes 
aplicando as normas referentes aos servidores públicos quando houver 
previsão expressa nesse sentido. 
 
d. Particulares em colaboração com o Poder Público 
 Englobam as pessoas físicas que prestam serviços ao Estado, sem 
vínculo empregatício, com ou sem remuneração. 
 Dividem-se em: 
1.DELEGADOS DO PODER PÚBLICO: exercem função pública, em 
seu próprio nome, sem vínculo empregatício, porém sob 
fiscalização do Poder Público. A remuneração que recebem não é 
paga pelos cofres públicos, mas pelos terceiros usuários do 
serviço. Exemplos: os que exercem serviços notariais e de 
registro, os leiloeiros, tradutores e intérpretes públicos. 
2. REQUISITADOS, NOMEADOS OU DESIGNADOS PARA O 
EXERCÍCIO DE FUNÇÕES PÚBLICAS RELEVANTES: não têm 
vínculo empregatício e, em geral, não recebem remuneração. 
Exemplos: jurados, convocados para prestação de serviço militar 
ou eleitoral, comissários de menores, integrantes de comissões, 
grupos de trabalho, mesários etc. 
3. GESTORES DE NEGÓCIO: assumem, espontaneamente, 
determinada função pública em momento de emergência, como 
epidemia, incêndio, enchente, etc. 
 Para sistematizar, apresentamos o esquema da classificação de Di 
Pietro. ABRA O OLHO, e tenha esse quadro sempre em mente! 
 
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Agentes políticos 
 
Titulares dos cargos estruturais à organização 
política do País (Ex.: Presidente, Senadores, 
Governadores, Deputados etc). 
Servidores 
públicos 
 
Servidores ESTATUTÁRIOS: regime estatutário e 
ocupantes de cargos públicos (Ex.: você ao passar 
neste concurso) 
EMPREGADOS PÚBLICOS: regime trabalhista e 
ocupantes de emprego público (Ex.: carteiro dos 
Correios); 
SERVIDORES TEMPORÁRIOS: contratados por 
tempo determinado para atender à necessidade 
temporária de excepcional interesse público (Ex.: 
enfermeiro contratado para fazer frente a um surto 
de dengue). 
Militares 
 
Prestam serviços às Forças Armadas (Marinha, 
Exército e Aeronáutica) e às Polícias Militares e 
Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, DF e 
dos Territórios, com vínculo estatutário e regime 
jurídico próprio (Ex.: soldado do Exército e da PM). 
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Particulares em 
colaboração com 
o Poder Público 
 
DELEGADOS DO PODER PÚBLICO: exercem função 
pública, em seu próprio nome, sem vínculo 
empregatício, porém sob fiscalização do Poder 
Público (Ex.: donos de cartórios). 
REQUISITADOS, NOMEADOS OU DESIGNADOS 
PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÕES PÚBLICAS 
RELEVANTES: não têm vínculo empregatício e, em 
geral, não recebem remuneração (Ex.: jurado do 
Tribunal do Júri). 
GESTORES DE NEGÓCIO: assumem, 
espontaneamente, determinada função pública em 
momento de emergência (Ex.: cidadão que se 
prontifica a catalogar donativos para vítimas de 
enchentes). 
 
 
 
 
6. (CESPE - 2009 - ANATEL - Analista Administrativo - Direito) 
Os jurados das sessões de tribunal do júri e os mesários convocados 
para os serviços eleitorais nas eleições são classificados pela doutrina 
majoritária do direito administrativo como agentes particulares 
colaboradores que, embora sejam particulares, executam certas 
funções especiais que podem ser qualificadas como públicas. 
Quem leu com atenção a aula já ganhou esse ponto! Jurados e 
mesários são agentes particulares colaboradores e tem múnus públicos; 
no entanto, não recebem remuneração. 
Resposta: Certo. 
 
Questão de 
concurso 
 
Direito Administrativo p/ Agente da Polícia 
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7. (CESPE - 2013 - ANS - Técnico Administrativo) Os 
ocupantes de cargo ou função em comissão são considerados agentes 
honoríficos. 
Os agentes honoríficos são aqueles cidadãos que por razão da sua 
notória capacidade profissional ou intelectual presta temporariamente, 
prestam determinados serviços, colaborando com o Estado, mas não 
possuem vínculo com o mesmo. Exemplo: jurados, os mesários 
eleitorais, os comissários de menores 
Gabarito: Errado. 
 
4. Funções, cargos e empregos públicos 
 
Qual seria a distinção entre cargo, emprego e função pública? 
1. CARGO PÚBLICO: conjunto de atribuições e responsabilidades 
previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas 
a um servidor, criando com este um vínculo estatutário. 
Acessível a todos os brasileiros, criado por lei, com 
denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, 
para provimento em caráter efetivo ou em comissão. 
Aquele que ocupa o cargo público é chamado de funcionário 
público. 
2. EMPREGO PÚBLICO: também é uma unidade de atribuições, 
distinguindo-se do cargo pelo tipo de vínculo que liga o 
servidor ao Estado. O ocupante de emprego público tem um 
vínculo contratual. 
3. FUNÇÃO PÚBLICA: é o conjunto de atribuições às quais não 
corresponde um cargo ou emprego (conceito residual). 
Abrange 2 tipos de situação: função exercida por servidores 
Direito Administrativo p/ Agente da Polícia 
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contratados temporariamente, para a qual não se exige, 
necessariamente, concurso público, e função de natureza 
permanente, correspondentes a chefia, direção, 
assessoramento (função de confiança, de livre provimento e 
exoneração). 
ATENÇÃO PARA AS OBSERVAÇÕES: 
OBS1) As funções de confiança, exercidas exclusivamente por 
servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, 
a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, 
condições e percentuaismínimos previstos em lei, destinam-se 
apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento. 
OBS2) No art. 37, II, da Constituição Federal, o constituinte só 
exigiu concurso público para a investidura em cargo ou 
emprego. Nos casos de função, essa exigência não existe. 
 Confira os seguintes dispositivos constitucionais: 
 
 
 
 
 
 
 
IMPORTANTE OBSERVAR que os tribunais brasileiros já 
sedimentaram o entendimento de que não existe direito adquirido à 
manutenção do regime jurídico do servidor público; o regime 
jurídico pode ser alterado unilateralmente pelo poder público, com a 
simples alteração da lei de regência. 
 
37. II - a investidura em cargo ou emprego público depende de 
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, 
de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na 
forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em 
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; 
(...) 
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores 
ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem 
preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e 
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às 
atribuições de direção, chefia e assessoramento; 
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8. (CESPE - 2011 - TRE-ES - Analista Judiciário - Área 
Administrativa - Específicos) Cargo público é o conjunto de atribuições e 
responsabilidades que, previstas na estrutura organizacional, devem ser 
cometidas a um servidor. 
CARGO PÚBLICO: conjunto de atribuições e responsabilidades 
previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um 
servidor, criando com este um vínculo estatutário. Acessível a todos 
os brasileiros, criado por lei, com denominação própria e vencimento 
pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em 
comissão. Aquele que ocupa o cargo público é chamado de 
funcionário público 
Resposta:Certo. 
 
9. (CESPE - 2013 - IBAMA - Analista Administrativo) A 
investidura no cargo público ocorre com a nomeação, sendo de trinta 
dias o prazo para o nomeado tomar posse. 
Alunos, atenção aos detalhes! Veremos esse ponto mais adiante, 
mas saiba desde já que a investidura no cargo ocorre com a posse e 
não com a nomeação. O prazo está correto, é de 30 dias, nos termos da 
Lei nº 8.112/90. 
Gabarito: Errado 
 
10. (CESPE - 2013 - MPU - Analista - Direito) São requisitos 
para a investidura em cargo público, entre outros, a idade mínima de 
dezoito anos e a aptidão física e mental, podendo as atribuições do 
cargo justificar a exigência de outros requisitos estabelecidos em lei. 
Questão de 
concurso 
 
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É isso mesmo, o artigo 5º da Lei n. 8.112/90, que será abordada 
a fundo logo logo, nos ensina quais são os requisitos mínimos para a 
investidura. Não esqueça do parágrafo 1º: 
Art. 5º- São requisitos básicos para investidura em cargo público: 
I - a nacionalidade brasileira; 
II - o gozo dos direitos políticos; 
III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais; 
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; 
V - a idade mínima de dezoito anos; 
VI - aptidão física e mental. 
 § 1o As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros 
requisitos estabelecidos em lei. 
Gabarito: Certo. 
 
11. (CESPE - 2013 - TC-DF - Procurador) A promoção constitui 
investidura derivada, enquanto a nomeação traduz investidura 
originária do servidor público. 
Meus caros, saiba desde já que a única forma de provimento 
originário é a nomeação, qualquer outra é derivada. 
 Gabarito: Certo. 
 
a. Criação de cargos 
 E como se dá a criação, transformação e extinção de cargos, 
empregos e funções públicas? 
No âmbito federal, isso ocorre por meio de lei, da competência do 
Congresso Nacional. A iniciativa dessa lei é privativa do Presidente da 
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República, quando se tratar de cargos, funções ou empregos públicos 
na administração federal direta e autárquica. 
 De acordo com o princípio do paralelismo, o STF considera que os 
Estados devem seguir o mesmo modelo. Portanto, nos Estados-
membros, o Governador tem a iniciativa do projeto de lei e a 
Assembleia Legislativa tem a competência de editá-la. 
 No caso específico de cargo ou função pública que estejam 
vagos, a extinção pode ser feita mediante decreto do próprio Chefe 
do Executivo (não precisa edição de lei pelo Legislativo). 
 Além disso, nos termos do art. 84, VI, da Constituição, o 
Presidente também pode dispor, mediante decreto, acerca da 
organização e funcionamento da administração federal, quando não 
implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos 
públicos. 
ATENÇÃO!!! A extinção de função ou cargo público preenchido 
somente poderá ser efetivada mediante lei; caso o cargo esteja 
vago, a competência para sua extinçãoé privativa do Chefe do 
Poder Executivo, mediante decreto autônomo. 
 
 
12. (CESPE - 2011 - TCU - Auditor Federal de Controle Externo) 
Apesar do princípio da legalidade, que norteia toda a administração 
pública, o presidente da República pode dispor, por meio de decreto, 
sobre a organização e o funcionamento da administração federal se isso 
não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos 
públicos. 
Compete privativamente ao Presidente da República, a organização 
e funcionamento da administração federal, quando não implicar 
Questão de 
concurso 
 
Direito Administrativo p/ Agente da Polícia 
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aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos, 
segundo o artigo 84, VI, da Constituição Federal. Item certo. 
 
13. (CESPE - 2013 - ANS - Técnico Administrativo) A extinção de 
cargo público preenchido somente pode ser efetivada mediante lei. No 
entanto, nos casos de cargo vago, essa extinção pode ser efetivada 
mediante decreto autônomo. 
Conforme a CF/88 a criação, transformação ou extinção de cargos 
será por lei. Mas é competência privativa do Presidente da República 
dispor, mediante decreto, sobre a extinção de funções ou cargos 
públicos, quando vagos. 
Gabarito: Certo. 
 
b. Acessibilidade a brasileiros e estrangeiros 
 De acordo com o art. 37, I, da Constituição Federal, os cargos, 
empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que 
preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos 
estrangeiros, na forma da lei. 
 Os referidos requisitos estabelecidos em lei devem, 
obrigatoriamente, mostrar-se necessários ao adequado desempenho da 
função pública correspondente. Além disso, é vedado o 
estabelecimento de exigências ou condições pelos editais de concursos 
públicos que não possuam amparo legal. OBS: a EC nº 45/2004 
estabeleceu duas hipóteses novas de requisitos constitucionais 
especificamente para o acesso aos cargos de juiz e de membro 
do Ministério Público, tanto estaduais quanto federais. A 
referida emenda passou a exigir do bacharel em direito, em 
ambos os casos, no mínimo 3 anos de atividade jurídica, além da 
aprovação em concurso público de provas e títulos. 
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 No caso dos brasileiros, natos ou naturalizados, basta o 
atendimento aos requisitos da lei para que se tenha a possibilidade de 
acesso aos cargos, empregos e funções públicas. Já para os 
estrangeiros, é necessária a edição de lei que estabeleça as condições 
de ingresso; por exemplo, o art. 5º, §3º, da Lei nº 8.112/90 prevê que 
as universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica 
federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e 
cientistas estrangeiros. 
 Muito importante lembrar que existem cargos privativos de 
brasileiro nato, a saber: Presidente e Vice-Presidente da República, 
Presidente da Câmara dos Deputados, Presidente do Senado Federal, 
Ministro do STF, carreira diplomática, oficial das forças armadas e 
Ministro de Estado da Defesa (art.12, §3º, CF). 
 Esse tópico não pode ser encerrado sem a seguinte transcrição da 
Lei nº 8.112/90, que trata da contratação de professores estrangeiros: 
 
 
 
 
 
 
14. (CESPE - 2013 - TCE-RS - Oficial de Controle Externo) 
Professor estrangeiro que resida no Brasil e pretenda ocupar cargo 
público em universidade federal somente poderá atuar como professor 
visitante, visto que a investidura em cargo público é restrita a 
brasileiros natos ou naturalizados. 
A disposição constitucional que guiará nosso raciocínio para 
essa questão é o artigo 37, I. Os cargos públicos são acessíveis tanto a 
Art. 5º (...) 
§ 3o As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica 
federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e 
cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos 
desta Lei. 
 
Questões de 
concurso 
 
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brasileiros que preencham os requisitos quanto a estrangeiros, na 
forma da lei. Veja que a questão do estrangeiro na maioria das vezes é 
fonte de dúvidas, mas agora, você já gravou o dispositivo constitucional 
que permite a investidura. 
Além disso, a Lei 8.112 prevê expressamente a 
possibilidade de as Universidades e instituições de pesquisa proverem 
seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros. 
Portanto o gabarito é: Errado. 
 
15. (CESPE - 2013 - MPU - Técnico - Tecnologia da Informação 
e Comunicação) A Constituição Federal de 1988 (CF) não restringe o 
acesso aos cargos públicos a brasileiros que gozam de direitos políticos, 
admitindo que cargos, empregos e funções públicas sejam preenchidos 
por estrangeiros, na forma da lei. 
De acordo com o art. 37, I, da Constituição Federal, os cargos, 
empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que 
preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos 
estrangeiros, na forma da lei. 
Gabarito: Certo. 
 
16. (CESPE - 2013 - MI - Analista Técnico - Administrativo) A 
ausência de previsão de acesso de estrangeiros a cargos públicos 
coaduna-se com a política de soberania do Estado brasileiro, que 
restringe as funções públicas aos brasileiros que gozam de direitos 
políticos. 
De acordo com o art. 37, I, da Constituição Federal, os cargos, 
empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que 
preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos 
estrangeiros, na forma da lei, ou seja, há sim previsão de acesso a 
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estrangeiros a cargos públicos na legislação brasileira (art. 5º, § 3º, da 
Lei n. 8.112/90). 
Resposta: Errado. 
 
c. Exigência de concurso público 
 A investidura em cargo ou emprego público depende de 
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, 
de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na 
forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em 
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração (art. 37, II, 
da Constituição). 
 Esse dispositivo é aplicável à administração direta e indireta, 
inclusive para o preenchimento de empregos nas empresas 
públicas e sociedades de economia mista, pessoas jurídicas de 
direito privado integrantes da administração indireta. 
 Ao falar em concurso público, a Constituição Federal está exigindo 
procedimento aberto a todos os interessados, ficando vedados os 
chamados concursos internos, só abertos a quem já pertence ao quadro 
de pessoal da Administração Pública. Além disso, deve-se propiciar igual 
oportunidade de acesso a cargos e empregos públicos a todos os que 
atendam aos requisitos estabelecidos de forma geral e abstrata em lei. 
 CUIDADO COM AS EXCEÇÕES, MEUS CAROS!!! 
Para os cargos em comissão e para a contratação por tempo 
determinado (contratos temporários) para atender a necessidade 
temporária de excepcional interesse público,dispensa-se o concurso 
público. Também a nomeação dos membros dos Tribunais não 
necessita ser precedida de concurso público. 
Nos vídeos você tem mais detalhes sobre o concurso público. 
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17. (CESPE - 2013 - Telebrás - Técnico em Gestão de 
Telecomunicações – Assistente Administrativo) A forma de ingresso 
para exercer qualquer cargo, emprego ou função pública é por meio de 
concurso público, conforme legislação vigente. 
Sabemos que o ingresso em cargos, empregos ou funções 
públicas é dispensado caso o cargo seja em comissão, declarado em lei 
de livre nomeação e exoneração. Assim, não é “qualquer cargo” que 
exige concurso. Cuidado com as expressões: “sempre”, “nunca”, 
“qualquer”, “nenhum” etc. 
Resposta: Errado. 
 
18. (CESPE - 2009 - SECONT-ES - Auditor do Estado – 
Tecnologia da Informação) Em hipóteses excepcionais e plenamente 
justificadas, é possível o preenchimento de cargos públicos 
permanentes mediante contrato administrativo. 
Pessoal, sendo cargo público permanente, o preenchimento 
depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de 
provas e títulos. 
Resposta: Errado. 
 
19. (CESPE - 2013 - Telebrás - Técnico em Gestão de 
Telecomunicações – Assistente Administrativo) A contratação 
temporária é regulamentada como possível desde que seja feita para 
atender a interesse público de caráter excepcional. 
Questões de 
concurso 
 
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Justamente o que contei a vocês, meus caros. A contratação 
temporária ou por prazo determinado é possível para atender a 
necessidades excepcionais, passageiras e prol do interesse público e 
nesse caso, complementando a questão, dispensa concurso público. 
Resposta: Certo. 
 
20. (CESPE - 2013 - MS – Administrador) A aprovação em 
concurso público é condição necessária para que o servidor público seja 
investido em cargo ou função pública. 
De acordo com a CF/88 a investidura em cargo ou emprego 
público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou 
de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do 
cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações 
para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e 
exoneração. 
Para cargo em comissão não precisa de concurso! 
Gabarito: Errado 
 
 Continuando, importante perceber que o concurso público deverá 
ser de provas ou de provas e títulos, ficando, assim, proibida a 
realização de contratações para cargos ou empregos efetivos com base 
em análise exclusiva de títulos ou currículos ou quaisquer outros 
procedimentos que não incluam a realização de provas. 
 Segundo a Súmula nº 686 do STF, só por lei se pode sujeitar a 
exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público. 
 No caso de constatar a ocorrência de irregularidade na realização 
de um concurso em quaisquer de suas fases, a administração deve se 
valer de seu poder de autotutela e invalidar o concurso público. Nesse 
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caso, a hipótese é de anulação, quando se constata alguma ilegalidade 
insanável em alguma etapa do certame. 
 Nos termos do art. 37, II, da Constituição, o prazo de validade 
do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por 
igual período. A prorrogação fica a critério da Administração, 
inexistindo, para os candidatos aprovados, direito subjetivo a essa 
prorrogação. 
 Esse prazo é contado da homologação do concurso, que é o ato 
administrativo mediante o qual a autoridade competente certifica que o 
procedimento do concurso foi válida e regularmente concluído. 
 NÃO SE ESQUEÇA DISSO JAMAIS: 
A orientação atual do STF é que a aprovação em concurso 
público dentro do número de vagas fixado no edital cria para o 
candidato direito adquirido à nomeação e não mera expectativa 
de direito, obedecida, evidentemente, a ordem de classificação. 
Entretanto, a administração tem direito de efetuar 
parceladamente as nomeações, dentro do prazo de validade do 
concurso. 
O STJ foi ainda mais longe: se o edital não fixar o número 
de vagas, ou seja, se o concurso for apenas para o “cadastro de 
reserva”, o primeiro colocado no concurso tem direito à 
nomeação, pois se presume que há uma vaga disponível (AgRg 
no RMS 33.426-RS). 
Veja ainda o que disse o STJ: 
O candidato aprovado fora das vagas previstas originariamente no 
edital, mas classificado até o limite das vagas surgidas durante o 
prazo de validade do concurso, possui direito líquido e certo à 
nomeação se o edital dispuser que serão providas, além das vagas 
oferecidas, as outras que vierem a existir durante sua validade. 
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MAS ATENÇÃO!!! 
Recentemente o STJ julgou no sentido de que, “ainda que sejam 
criados novos cargos durante a validade do concurso, a Administração 
Pública não poderá ser compelida a nomear candidato aprovado 
fora do número de vagas oferecidas no edital de abertura do certame 
na hipótese em que inexista dotação orçamentária específica” 
(RMS 37.700-RO, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 
4/4/2013). 
Portanto, existe uma condição para que o candidato aprovado fora 
do número de vagas seja nomeado para cargos novos criados durante a 
validade do concurso: Deve haver dotação orçamentária específica! 
 Há, ainda, a imposição do art. 37, IV, da Constituição Federal: 
 
 
 
 
 Em resumo, a Constituição estabelece prioridade para a 
nomeação de aprovados em um concurso anterior ainda dentro do 
prazo de validade sobre os aprovados no novo concurso para o mesmo 
cargo ou emprego. 
Para resguardar a aplicação desse dispositivo constitucional, a Lei 
nº 8.112/90 proíbe a abertura de concurso público para determinado 
cargo ou emprego enquanto ainda esteja dentro do prazo de validade 
um concurso anterior realizado pela mesma administração. 
 
 
 
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, 
aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos 
será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir 
cargo ou emprego, na carreira; 
 
Art. 12 (...) § 2o Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato 
aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado. 
 
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E se um candidato passou em 1º lugar, mas a administração 
convocou o 3º da lista? 
O 1º lugar tem direito adquirido à nomeação se a administração 
nomear antes dele outro candidato que haja obtido colocação inferior no 
certame. 
O art. 37, §2º, da Constituição Federal, estabelece que a não 
observância da exigência de concursopúblico, respeitado seu prazo de 
validade, implicará na nulidade do ato e na punição da autoridade 
responsável. 
 ATENÇÃO!!!! 
 Em virtude da exigência constitucional de aprovação em concurso 
público específico para cada cargo, o servidor público desviado de 
suas funções não pode ser reenquadrado, mas tem direito ao 
recebimento, como indenização, da diferença remuneratória entre os 
vencimentos do cargo efetivo e os daquele exercido de fato. 
 Também não se admite a transposição de cargos públicos, ou 
seja, a mudança das funções de um servidor de determinada carreira 
para as funções de outra carreira, seja mediante ato administrativo seja 
mediante lei, sob pena de se violar a regra do concurso público. 
 Quanto aos portadores de deficiências, o art. 37, VIII, da 
Constituição Federal, dispõe que a lei reservará percentual dos cargos e 
empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá 
os critérios de sua admissão. 
 A Lei nº 8.112/90 prevê esse percentual da seguinte forma, em 
seu art. 5º: 
 
 
 
 § 2o Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se 
inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas 
atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; 
para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das 
vagas oferecidas no concurso. 
 
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 Veja que a lei autoriza a reserva de até 20% das vagas aos 
portadores de necessidades especiais. 
 Para a Súmula nº 377 do STF, o portador de visão monocular tem 
direito de concorrer, em concurso público, às vagas reservadas aos 
deficientes. 
 
 
21. (CESPE - 2013 - MJ - Analista Técnico – Administrativo) 
Segundo entendimento firmado pelo STJ, o candidato aprovado fora das 
vagas previstas originariamente no edital, mas classificado até o limite 
das vagas surgidas durante o prazo de validade do concurso, possui 
direito líquido e certo à nomeação se o edital dispuser que serão 
providas, além das vagas oferecidas, as outras que vierem a existir 
durante a validade do certame. 
Foi justamente isso que mencionamos acima: No entendimento do 
STJ: o candidato aprovado fora das vagas previstas originariamente no 
edital, mas classificado até o limite das vagas surgidas durante o prazo 
de validade do concurso, possui direito líquido e certo à nomeação se 
o edital dispuser que serão providas, além das vagas oferecidas, as 
outras que vierem a existir durante sua validade. CUIDADO se a 
questão falar da “dotação orçamentária específica” – essa 
obrigatoriedade de nomeação não vai existir se não houver essa 
dotação. 
Gabarito: Certo. 
 
22. (CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista Ministerial)Tanto a 
investidura em cargo como em emprego público exige aprovação prévia 
em concurso público, mas a nomeação para cargos em comissão e 
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funções de confiança, assim como a contratação para serviços 
temporários, prescinde dessa exigência. 
Meu caro, se você ficou com dúvida nessa questão, acredito que 
seja quanto ao português, especificamente a palavra “prescinde”, que 
significa dispensar, não precisar. Pois falamos em aula quanto à 
obrigatoriedade do concurso, a investidura em cargo ou emprego 
público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou 
de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do 
cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações 
para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e 
exoneração. Para os cargos em comissão e para a contratação por 
tempo determinado (contratos temporários) para atender a 
necessidade temporária de excepcional interesse público, dispensa-se 
o concurso público. 
Gabarito: Certo. 
 
23. (CESPE - 2012 - TC-DF - Auditor de Controle Externo) Os 
candidatos inscritos em concurso público não têm direito adquirido à 
realização do certame. 
O candidato não tem direito a realização do certame, uma vez que 
a Administração pode anular ou revogar o procedimento do concurso se 
verificar qualquer problema ou se constatar que os cargos não 
necessitam ser preenchidos naquele momento. 
Gabarito: Certo 
 
d. Cargos em comissão e funções de confiança 
 Segundo o art. 37, V, da Constituição Federal, as funções de 
confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo 
efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores 
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de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em 
lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e 
assessoramento. 
 Existe cargo sem função, professor? E função sem cargo? 
Não existe cargo sem função, uma vez que todo cargo encerra um 
conjunto de atribuições. Entretanto, podem existir funções sem um 
cargo específico correspondente, como é o caso das funções de 
confiança ou aquelas oferecidas aos que foram contratados 
temporariamente. 
 Os cargos em comissão são declarados em lei como de livre 
nomeação e exoneração. 
E o que significa isso? 
Significa que, em regra, qualquer pessoa, mesmo que não seja 
servidor público efetivoem nenhum Poder ou esfera da Federação, 
pode ser nomeada para exercer um cargo em comissão. Entretanto, 
alguns dos cargos em comissão deverão ser preenchidos por servidores 
de carreira (concursados), nos casos, condições e percentuais mínimos 
previstos em lei. 
 No caso de função de confiança, como vimos, a designação para o 
seu exercício deve recair, obrigatoriamente, sobre servidor ocupante 
de cargo efetivo. 
ATENÇÃO!!! Não se adquire, em nenhuma hipótese, estabilidade 
em decorrência do exercício de cargo comissionado, não importa 
durante quanto tempo o servidor o exerça. 
Além disso, acargo de cargo em comissão e a dispensa de função 
de confiança dar-se-áa juízo da autoridade competente (= não é preciso 
a abertura de procedimento administrativo ou sequer demotivação) ou 
a pedido do próprio servidor (art. 35). 
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Quanto ao nepotismo, destaca-se o que preceitua a Súmula 
Vinculante nº 13: 
 
 
 
 
 
 
OBS: Relembre alguns aspectos dessa súmula mencionados na 
nossa aula sobre os princípios da Administração. 
Ainda com relação aos cargos em comissão, não podemos deixar 
de mencionar o disposto no art. 9º da Lei nº 8.112/90: 
 
 
 
 
 
 
 
Veja que, se um servidor ocupante de cargo em comissão for 
nomeado para ter exercício interinamente em outro cargo de confiança, 
sem prejuízo das atribuições do que atualmente ocupa, ele deverá optar 
pela remuneração de um dos dois cargos. 
Por fim, a Lei nº 8.112/90 prevê uma importante obrigação 
àqueles que ocupam cargo em comissão ou função de confiança: eles se 
submetem ao regime de integral dedicação ao serviço, podendo ser 
“A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linhareta, 
colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade 
nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo 
de direção, chefia ou assessoramento, para o e ercício de cargo em 
comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na 
Administração Pública direta e indireta, em qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios, compreendido 
o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.” 
 
Art. 9o A nomeação far-se-á: 
(...) 
II - em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos de 
confiança vagos. 
Parágrafo único. O servidor ocupante de cargo em comissão ou de 
natureza especial poderá ser nomeado para ter exercício, interinamente, 
em outro cargo de confiança, sem prejuízo das atribuições do que 
atualmente ocupa, hipótese em que deverá optar pela remuneração de 
um deles durante o período da interinidade. 
 
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convocado sempre que houver interesse da Administração (art. 19, § 
1º). 
 
 
24. (CESPE - 2011 - TRE-ES - Técnico Judiciário) Ainda que 
interinamente, é vedado ao servidor público exercer mais de um cargo 
em comissão. 
Obviamente o item está errado, conforme o parágrafo único do art. 
9º, acima transcrito. 
 
25. (CESPE – 2013 – TRT10ª região- Técnico Judiciário) Os 
servidores ocupantes de cargo em comissão, declarado em lei de livre 
nomeação e exoneração, desde que não ocupem também cargo efetivo, 
submetem-se ao regime geral de previdência social. 
O Art. 40, § 13 dispõe que: Ao servidor ocupante, exclusivamente, 
de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração 
bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se 
o regime geral de previdência social. 
Chamamos atenção para o fato de que o regime próprio de 
previdência dos servidores públicos, no âmbito das pessoas federativas, 
abrange tão só os ocupantes de cargos EFETIVOS, ou seja, não alcança 
os que ocupem, EXCLUSIVAMENTE, cargos em comissão ou 
temporários, que estarão ligados ao Regime GERAL de Previdência 
Social. 
Item Correto! 
 
Questão de 
concurso 
 
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e. Contratação por tempo determinado 
 De acordo com o art. 37, IX, da Constituição Federal, “a lei 
estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para 
atender a necessidade temporária de excepcional interesse público”. 
 Nessa situação, o pessoal não ocupa cargo público e não se trata 
do “contrato de trabalho” propriamente dito, previsto na CLT. 
Então, qual seria o regime jurídico dos contratados por tempo 
determinado? 
O regime jurídico dos agentes públicos contratados por tempo 
determinado não é trabalhista e sim estatutário. Diante dessa 
constatação, o STF firmou a orientação de que as lides entre o Poder 
Público contratante e os agentes públicos temporários não são da 
competência da Justiça do Trabalho e sim da Justiça Comum, federal ou 
estadual, conforme o caso. 
É justamente por isso que o STJ entende que os servidores 
contratados em caráter temporário têm direito à gratificação de 
insalubridade/periculosidade percebida pelos servidores ocupantes de 
cargo efetivo que desenvolvem suas atividades no mesmo setor 
considerado insalubre (RMS 24.495-SC). 
 E qual o regime de previdência desses contratados? 
O regime de previdência social a que estão sujeitos os agentes 
públicos contratados por tempo determinado é o regime geral (RGPS). 
 O STF tem afirmado que o inciso IX do art. 37 da Constituição 
Federal deve ser interpretado restritivamente, porque configura exceção 
à regra geral que estabelece o concurso público como meio idôneo à 
admissão de pessoal no serviço público. 
 Por fim, apresentamos os 4 requisitos cumulativos para que se 
considere legítima a contratação temporária, em todos os níveis da 
Federação: 
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1. Os casos excepcionados devem estar previstos em lei; 
2. O prazo de contratação deve ser predeterminado; 
3. A necessidade deve ser temporária; 
4. O interesse público deve ser excepcional. 
Se ausente um desses requisitos, a contratação será ilegal. 
Nos vídeos você tem mais detalhes sobre a contratação 
temporária. 
 
 
26. (CESPE - 2010 - MPU - Técnico de Informática) Na 
administração pública, admite-se a contratação, sem concurso público e 
por tempo determinado, de servidores temporários para atender à 
necessidade passageira de excepcional interesse público, sendo que 
esse tipo de servidor exerce função sem estar vinculado a cargo ou 
emprego público. 
Exatamente de acordo com o que vocês viram em aula. É 
praticamente a letra do artigo 37, IX, da CF. 
Resposta: Certo. 
 
f. Direito de associação sindical e direito de greve 
 O art. 37, VI, da Constituição Federal garante ao servidor público 
civil o direito à livre associação sindical. 
 O inciso VII do art. 37 da Constituição Federal concede aos 
servidores públicos o direito de greve, nos termos e limites definidos em 
lei específica. 
 A lei regulamentadora do direito de greve dos servidores públicos, 
requerida pela Constituição, até hoje não foi editada. 
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E o que aconteceu, diante dessa inércia? 
O STF determinou a aplicação temporária ao setor público, no que 
couber, da lei de greve vigente no setor privado, até que o 
Congresso Nacional adite a mencionada lei regulamentadora. 
 Com relação à greve dos empregados públicos, aplica-se a 
regência da CLT. 
 ATENÇÃO!!! A sindicalização e a greve são vedadas aos 
militares. 
 
 
 
27. (CESPE - 2012 - TC-DF - Auditor de Controle Externo) O 
direito à livre associação sindical é aplicável ao servidor público civil, 
mas não abrange o servidor militar, já que existe norma constitucional 
expressa que veda aos militares a sindicalização e a greve. 
O art. 37, VI, da Constituição Federal garante ao servidor público 
civil o direito à livre associação sindical. E não se esqueça: A 
sindicalização e a greve são vedadas aos militares. 
Gabarito: Certo. 
 
g. Remuneração dos agentes públicos 
 Prezados alunos, se vocês quiserem eleger um tópico desta aula 
para estudar muito e revisar dois minutos antes da prova, eu sugiro que 
você escolha este! Hoje todo mundo quer saber quanto o servidor 
público ganha, porque ganha, se pode ganhar... 
 Por isso, meus caros, OLHO ABERTO PARA OS PRÓXIMOS 
PARÁGRAFOS!!! 
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Vale, inicialmente a leitura do art. 37, X, da CF: 
 
 
 
ATENÇÃO!!! Observe que o sistema remuneratóriodos agentes 
públicos é composto por três distintas categorias jurídicas, a saber: 
1. SUBSÍDIO: retribuição fixada em parcela única, vedado o 
acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, 
verba de representação ou outra espécie remuneratória. É 
modalidade de remuneração (em sentido amplo) de aplicação: 
{ Obrigatória: para os agentes políticos (ex: chefes do 
Poder Executivo, deputados, senadores, vereadores, ministros 
de Estado, secretários estaduais e municipais, membros da 
magistratura, membros do Ministério Público, ministros dos 
tribunais de contas, etc) e para alguns servidores públicos 
(servidores das carreiras pertencentes à AGU, à Defensoria 
Pública, à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, às 
procuradorias dos estados e do DF e os servidores da Polícia 
Federal, Polícia Ferroviária Federal, polícias civis, polícias 
militares e corpos de bombeiros militares); 
{ Facultativa: para os servidores públicos organizados em 
carreira, desde que assim disponham as leis federais, 
estaduais, municipais ou do DF, conforme a carreira de que se 
trate. 
2. VENCIMENTO BÁSICO: é a retribuição pecuniária básica, 
estabelecido em lei. Pode ser menor que o salário mínimo. 
3. REMUNERAÇÃO: conjunto das retribuições (sinônimo de 
“vencimentos”). Não pode ser menor que o salário mínimo. 
Composto pelo vencimento básico do cargo e mais as 
X a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 
4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, 
observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral 
anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices; 
 
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vantagens pecuniárias de caráter permanente estabelecidas 
em lei. Pagos aos servidores públicos submetidos a regime 
jurídico estatutário. 
 
 
 
4.SALÁRIO: contraprestação pecuniária paga aos empregados 
públicos, admitidos sob o regime jurídico trabalhista, contratual, 
sujeitos predominantemente à CLT. 
Para concluir nosso estudo sobre remuneração, vale ressaltar 
aqui que os vencimentos pagos aos servidores dos três Poderes 
obedece ao princípio da isonomia, o que significa que não poderão ser 
diferentes entre si. De acordo com o artigo 37, XIII da CF, os 
vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não 
poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo. 
Nos vídeos você tem mais detalhes sobre o sistema 
remuneratório do servidor público, inclusive com o entendimento dos 
tribunais sobre os mais diversos aspectos desse tema. 
 
 
28. (CESPE - 2013 - MI - Assistente Técnico Administrativo) Os 
vencimentos dos servidores públicos podem ser objeto de arresto, 
sequestro e penhora para pagamento de dívidas comerciais. 
Você estudará isso quando formos tratar da Lei n. 8.112/90, mas 
saiba desde já que, pelo artigo 48 da Lei em estudo, “o vencimento, a 
remuneração e o provento não serão objeto de arresto, sequestro ou 
penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos resultante de 
remuneração = vencimento básico + vantagens 
pecuniárias 
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decisão judicial”. Como a questão se refere a dívidas comerciais, o item 
está errado. 
29. (CESPE - 2009 - MDS - Agente Administrativo) Os vencimentos 
dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário podem ser 
superiores aos pagos pelo Poder Executivo. 
Conforme conversamos, essa é uma vedação constitucional. 
Resposta: Errado. 
 
30. (CESPE - 2011 - TRE-ES - Técnico Judiciário)O vencimento, a 
remuneração e o provento de um servidor somente podem ser objeto 
de penhora nos casos de indenização ao erário e prestação alimentícia 
que resultem de decisão judicial. 
A Lei 8.112 coloca que o vencimento, a remuneração e o 
provento não serão objeto de arresto, seqüestro ou 
penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos resultante de 
decisão judicial. Gabarito: errado. 
CUIDADO! MUITA CALMA NESSA HORA! 
Isso não quer dizer que o servidor não possa sofrer desconto em 
folha. A lei é clara no sentido de autorizar o desconto sobre a 
remuneração ou provento nos casos de imposição legal, mandado 
judicial, autorização do servidor a favor de terceiros (art. 45 da 
Lei nº 8.112/90) e reposições ao erário (art. 46). 
Além disso, o servidor pode autorizar a consignação em folha de 
pagamento a favor de terceiros. Veja o disposto no parágrafo único do 
art. 45: 
 
 
 
Parágrafo único. Mediante autorização do servidor, poderá haver 
consignação em folha de pagamento a favor de terceiros, a critério da 
administração e com reposição de custos, na forma definida em 
regulamento. 
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Esse dispositivo foi regulamentado pelo Decreto nº 6.386/2008 
que determina que a soma mensal das consignações facultativas de 
cada consignado não excederá a trinta por cento da respectiva 
remuneração, excluído do cálculo o valor pago a título de contribuição 
para serviços de saúde patrocinados por órgãos ou entidades públicas, 
(art. 8º). 
Há ainda a hipótese de desconto em folha do servidor para 
promover reposições e indenizações ao erário. Nesse caso, a 
regulamentação é feita pelo art. 46 da Lei nº 8.112/90. Confira: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Viu quantas informações agregamos à sua aula por causa de uma 
questão? 
Vamos em frente, com os aspectos gerais da remuneração do 
servidor público. 
Exige-se lei ordinária específica para que se fixe ou altere a 
remuneração (em sentido amplo) dos servidores públicos. Ou seja, cada 
alteração de remuneração de qualquer cargo deverá ser feita por meio 
de edição de uma lei ordinária que somente trate deste assunto. A 
iniciativa privativa das leis que fixem ou alterem remunerações 
dependerá do cargo a que a lei se refira. 
Art. 46. As reposições e indenizações ao erário, atualizadas até 30 de 
junho de 1994, serão previamente comunicadas ao servidor ativo, 
aposentado ou ao pensionista, para pagamento, no prazo máximo de 
trinta dias, podendo ser parceladas, a pedido do interessado. 
§ 1o O valor de cada parcela não poderá ser inferior ao correspondente a 
dez por cento da remuneração, provento ou pensão. 
§ 2o Quando o pagamento indevido houver ocorrido no mês anterior ao 
do processamento da folha, a reposição será feita imediatamente, em 
uma única parcela. 
§ 3o Na hipótese de valores recebidos em decorrência de cumprimento a 
decisão liminar, a tutela antecipada ou a sentença que venha a ser 
revogada ou rescindida, serão eles atualizados até a data da reposição. 
 
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No âmbito da administração direta e indireta (“servidores do 
Executivo”), a iniciativa é do Chefe do Poder Executivo. 
Os servidores têm direito à revisão geral anual. O que seria 
isso, professor? 
Essa revisão geral anual tem como objetivo atualizar as 
remunerações de modo aacompanhar a evolução do poder aquisitivo 
da remuneração do servidor. A revisão geral, diferentemente das 
reestruturações de carreiras, deve estender-se a todos os servidores 
públicos (civis), sejam ou não ocupantes de cargos pertencentes a 
carreiras que tenham sido reestruturadas. 
Essa revisão anual constitui direito dos servidores, o que não 
impede revisões outras, feitas com o objetivo de reestruturar ou 
conceder melhorias a carreiras determinadas, por outras razões que 
não a de atualização do poder aquisitivo dos vencimentos e subsídios. 
Quanto ao teto das remunerações e subsídios, o art. 37, XI, 
da Constituição Federal, prevê: 
“XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e 
empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos 
membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes 
políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos 
cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer 
outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, 
dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, 
nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito 
Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder 
Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do 
Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, 
limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do 
subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal 
Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos 
membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores 
Públicos;” 
 
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O teto abrange tanto os que continuam sob o regime 
remuneratório como os que passarem para o regime de subsídio. 
Engloba os servidores públicos ocupantes de cargos, funções e 
empregos públicos, o que significa que o teto independe do regime 
jurídico, estatutário ou trabalhista, a que se submete o servidor. 
O teto alcança os servidores da Administração Direta, autárquica 
e fundacional. 
ATENÇÃO!!! Quanto às empresas públicas, sociedades de 
economia mista e subsidiárias, somente são alcançadas pelo teto se 
receberem recursos da União, dos Estados, do DF ou dos 
Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em 
geral (ex: os empregados da Petrobrás não se sujeitam ao teto, pois a 
empresa não recebe recursos da União). 
O teto atinge os proventos dos aposentados e a pensão devida 
aos dependentes do servidor falecido. 
Os limites incluem todas as espécies remuneratórias e todas as 
parcelas integrantes do valor total percebido, incluídas as vantagens 
pessoais ou quaisquer outras, excetuadas as parcelas de caráter 
indenizatório previstas em lei. Abrangem os valores resultantes de 
acumulação de remunerações ou subsídios, ou de remunerações ou 
subsídios com proventos, pensões ou qualquer outra espécie 
remuneratória, seja ou não lícita a acumulação. O servidor que esteja 
em regime de acumulação está sujeito a um teto único que abrange a 
soma da dupla retribuição pecuniária. 
Como se vê, a aplicação da regra do teto é ampla! 
Atualmente, há um teto geral, que é o subsídio dos ministros do 
STF, e outros limites nos estados, Distrito Federal e municípios, que 
podem ser inferiores ou, no máximo, iguais ao subsídio dos ministros do 
STF. Nos municípios, o teto é o subsídio percebido pelo Prefeito; nos 
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estados e no DF, há um limite diferenciado por Poder, correspondendo 
ao subsídio mensal do Governador para o Poder Executivo, ao subsídio 
dos deputados estaduais ou distritais no Poder Legislativo e ao subsídio 
dos desembargadores do TJ, no âmbito do Poder Judiciário. 
Fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu 
âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, 
como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do 
respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e 
cinco centésimos por cento (90,25%) do subsídio mensal dos Ministros 
do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste 
parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos 
Vereadores. 
 IMPORTANTE você levar pra prova a redação dos seguintes incisos 
do art. 37 da Constituição: 
 
 
 
Como se vê, os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do 
Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder 
Executivo. É evidente que o comando somente pode se referir a 
cargos assemelhados nos três Poderes. 
 Além disso, é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer 
espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do 
serviço público. 
 Vinculação = critérios (fórmulas) automáticos de reajustamento 
da remuneração. 
 Equiparar = afirmar em uma lei que um determinado cargo terá 
remuneração igual à de um outro cargo. 
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder 
Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo; 
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies 
remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço 
público; 
 
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 Essas vedações (reajuste automático de vencimentos) existem 
porque a Administração Pública precisa de previsão orçamentária para 
pagar seus servidores. 
 Por isso, a Súmula nº 681 do STF e a Súmula Vinculante nº 4 
assim dispõem: 
 
 
 
 
 
 Ainda quanto à remuneração, a Constituição afirma que os 
acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão 
computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos 
ulteriores (art. 37, XIV, CF). Isso quer dizer que o cálculo cumulativo de 
uma vantagem sobre outra é vedado, qualquer que seja o título ou 
fundamento sob os quais sejam pagas. 
 Outro IMPORTANTE aspecto da remuneração dos agentes 
públicos, analisamos a irredutibilidade de vencimentos, já 
mencionada acima. 
Segundo o art. 37, XV, da Constituição Federal, o subsídio e os 
vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são 
irredutíveis, ressalvadas algumas situações. 
 O STF já decidiu que o preceito em foco aplica-se não só aos 
cargos efetivos, mas também aos cargos em comissão. 
 Destacamos algumas exceções ao referido dispositivo: 
1. Redução de vencimentos decorrente da vedação da incidência 
de acréscimos sobre outras parcelas, incorporadas ou não, ao 
vencimento básico. 
Súmula nº 681 É inconstitucional a vinculação do reajuste de 
vencimentos de servidores estaduais ou municipais a índices federais 
de correção monetária. 
 
Súmula Vinculante 4 Salvo nos casos previstos na Constituição, o 
salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de 
cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser 
substituído por decisão judicial. 
 
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2. Redução da parcela dos subsídios ou vencimentos que 
excederem o teto de remuneração. 
3. A irredutibilidade não impede a criação ou a majoração de 
tributos incidentes sobre os vencimentos ou os subsídios, ou 
sobre os correspondentes proventos de aposentadoria ou de 
pensão. 
Por último, é preciso enfatizar que a jurisprudência do STF afirma 
que essa irredutibilidade dos vencimentos e subsídios é nominal (= o 
valor numeral do que o servidor recebe), inexistindo garantia de 
irredutibilidade real (= valor real de compra) de vencimentos ou 
subsídios. 
Não podemos encerrar este tópico sem as seguintes Súmulas do 
STF: 
 
 
 
 
 
 
 
Para encerrar, destacamos uma recente súmula do TCU: 
 
 
 
 
Não perca o nosso vídeo sobre esse tema! 
Súmula Vinculante 6Não viola a Constituição o estabelecimento de 
remuneração inferior ao salário mínimo para as praças prestadoras de 
serviço militar inicial. 
Súmula Vinculante 15 O cálculo de gratificações e outras vantagens do 
servidor público não incide sobre o abono utilizado para se atingir o 
salário mínimo. 
STF Súmula nº 339 Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função 
legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob 
fundamento de isonomia. 
 
Súmula/TCU nº 279: “As rubricas referentes a sentenças judiciais, 
enquanto subsistir fundamento para o seu pagamento, devem ser pagas 
em valores nominais, sujeitas exclusivamente aos reajustes gerais do 
funcionalismo, salvo se a sentença judicial dispuser de outra forma” (TC-
015.301/2009-4, Acórdão nº 1.559/2012-Plenário). 
 
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31. (CESPE - 2011 - STM - Analista Judiciário) A remuneração 
de servidor público pode ser fixada ou alterada apenas mediante lei 
específica. 
O artigo 37, X, da CF, nos fala que a remuneração dos servidores 
públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão 
ser fixados ou alterados por lei específica. Item correto. 
 
h. Servidores em exercício de mandatos eletivos 
 Para estudar esse ponto, indispensável a leitura do art. 38 da 
Constituição Federal: 
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, 
no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: 
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará 
afastado de seu cargo, emprego ou função; 
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou 
função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração; 
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de 
horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem 
prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, 
será aplicada a norma do inciso anterior; 
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato 
eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, 
exceto para promoção por merecimento; 
V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os 
valores serão determinados como se no exercício estivesse. 
 
Como se vê, o dispositivo elenca 3 situações específicas 
relacionadas à acumulação de cargos e remunerações de servidores 
públicos das Administrações Diretas, autarquias e fundações públicas, 
eleitos para o exercício de mandatos nos Poderes Executivo ou 
Legislativo: 
Questão de 
concurso 
 
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1. Servidor público eleito para QUALQUER CARGO, do Executivo 
ou do Legislativo, federal, estadual ou distrital (Presidente 
da República, governador de estado ou do DF, senador, 
deputado federal, deputado estadual ou distrital): 
afastamento obrigatório do seu cargo, efetivo ou em 
comissão, função ou emprego público. A remuneração 
percebida será, obrigatoriamente, a do cargo eletivo. 
2. Servidor público eleito para PREFEITO: afastamento 
obrigatório de seu cargo, emprego ou função pública. Nesse 
caso, o servidor poderá optar entre a remuneração do cargo 
de prefeito e a remuneração do cargo, emprego ou função de 
que foi afastado. 
3. Servidor público eleito para VEREADOR: faculdade de 
acumulação do exercício da vereança com o de seu cargo, 
função ou emprego público, caso haja compatibilidade de 
horários. Na hipótese de acumulação, o servidor receberá as 
duas remunerações, a de vereador e a de seu outro cargo, 
emprego ou função pública, obedecidos os limites 
constitucionais. OBS: não existindo compatibilidade de 
horários, o servidor será afastado de seu cargo, 
exercendo apenas o de vereador; poderá, entretanto, 
optar entre a remuneração de vereador e a remuneração 
do cargo, emprego ou função de que foi afastado. 
A Lei nº 8.112/90 repete as disposições constitucionais, 
complementando a regulamentação do tema com os seguintes 
dispositivos: 
 
 
 
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i. Da acumulação 
A regra geral é a vedação à acumulação. Assim, somente nas 
hipóteses expressamente previstas no texto constitucional será ela 
lícita, mesmo assim, quando houver compatibilidade de horários. 
Vejamos o dispositivo constitucional que trata do tema: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A vedação só existe quando ambos os cargos, empregos ou 
funções forem remunerados. As exceções somente admitem 
doiscargos, empregos ou funções, inexistindo qualquer hipótese de 
tríplice acumulação, a não ser que uma das funções não seja 
remunerada. 
 A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e 
abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de 
Art. 94. 
(...) 
§ 1o No caso de afastamento do cargo, o servidor contribuirá para a 
seguridade social como se em exercício estivesse. 
§ 2o O servidor investido em mandato eletivo ou classista não poderá ser 
removido ou redistribuído de ofício para localidade diversa daquela onde 
exerce o mandato. 
 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, 
exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em 
qualquer caso o disposto no inciso XI: 
a) a de dois cargos de professor; 
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; 
c) a de dois cargos privativos de médico; 
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de 
saúde, com profissões regulamentadas; 
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economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou 
indiretamente, pelo poder público. 
 Quando houver compatibilidade de horários, é possível 
acumular: 
1. Dois cargos de PROFESSOR; 
2. Um cargo de PROFESSOR

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