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DescolonizaçãoDescolonização As consequências da 2º Guerra Mundial foram: bipolarização mundial entre Eua e Urss; e o fortalecimento nos processos de independência nas colônias afro-asiáticas. A assinatura da Carta de São Francisco consolidou a criação da ONU e inspirou a proclamação do direito dos povos de se autogovernar. A Conferência de Bandung foi a reunião de 29 países africanos e asiáticos, em 1955, na Indonésia, onde estabeleceram acordos de ajuda mútua e decidiram o não- alinhamento as duas superpotências. O Primeiro Mundo era composto dos países capitalistas; o Segundo Mundo, dos países socialistas e o Terceiro Mundo foi uma expressão criada pelo demógrafo francês Alfred Sauvy para nomear países não-alinhados, recém emancipados e subdesenvolvidos. Descolonização na ÁfricaDescolonização na África Os conflitos internos na África ocorreram devido as fronteiras estabelecidas segundo os critérios políticos europeus. Os africanos queriam a formação de novos países, resgatar o orgulho africano e unificar a África. Pan-africanismo é uma ideologia que defende a união dos povos africanos contra a discriminação racial e os problemas sociais enfrentados pelo continente. Negritude é um movimento literário criado na França em 1930, que tem como base a exaltação da cultura negra em países africanos colonizados pelos franceses. Descolonização na ArgéliaDescolonização na Argélia A guerra pela independência da Argélia começou em 1954, com ataques da FLN, apoiada pela Urss, que tinha o objetivo de realizar uma reforma agrária, já que a maior parte das terras pertencia a colonos franceses. O Parlamento francês enviou 500 mil soldados que usaram técnicas de tortura para obter confissões e informações. Com a descoberta do petróleo no Saara argelino, a França intensificou a ação. A Guerra da Argélia só teve fim quando Charles de Gaulle assumiu o poder da França e realizou um plebiscito em 1961 visando o fim da guerra. A França reconheceu a independência da Argélia em 1962. Descolonização na Angola, Guiné-Bissau eDescolonização na Angola, Guiné-Bissau e MoçambiqueMoçambique O movimento libertário começou na Angola (1961), depois em Guiné- Bissau (1963) e por último em Moçambique (1964). Os custos da manutenção do exército português fez com que Portugal sofresse uma crise econômica, o que levou em 1974 a realização da Revolução dos Cravos, que foi um levante de jovens oficiais portugueses que juntamente com a população derrubou a ditadura fascista estabelecida por Salazar. Isso fez com que Angola, Guiné-Bissau e Moçambique declarassem sua independência. Descolonização na ÍndiaDescolonização na Índia A figura mais importante no processo de emancipação na Índia foi Mahatma Gandhi, que defendia o fim dos embates religiosos entre hindus e mulçumanos em nome da independência da Índia. Ele pregava a não-violência, uma independência pacífica, o boicote às leis, ao governo e aos produtos britânicos e promoveu greves de fome. Após longas negociações, a Índia se tornou independente em 1947. Isso não foi o suficiente para acabar com os conflitos entre hindus e mulçumanos, fazendo com que Gandhi fosse assassinado e o território fosse dividido em Índia (para hindus) e Paquistão (para muçulmanos). No mesmo ano, eles disputaram a Caxemira, que inicialmente passou a pertencer a Índia, depois a ONU a dividiu igualmente entre as duas, mas só em 2019 a Caxemira passou a ser diretamente administrada pela Índia. Depois da emancipação, a Índia integrou a Comunidade Britânica e o primeiro- ministro Nehru realizou uma reforma agrária, nacionalizou bancos e promoveu o desenvolvimento industrial. Descolonização na ChinaDescolonização na China Em 1912, o Kuomintang, liderado por Sun Yat-Sen, deu um golpe no imperador e proclamou a República Chinesa. Com a morte de Yat-Sen, Chiang Kai-Shek assume o poder e passa a perseguir o PCC, levando a um grande massacre em 1927, em Xangai. A Longa Marcha foi o percurso feito pelos comunistas chineses, liderados por Mao Tsé-Tung pelas zonas rurais da China que divulgaram o comunismo e mobilizaram os camponeses. A Revolução Chinesa se iniciou em 1949, quando Mao assumiu o poder, implantou um governo socialista e proclamou a República Popular da China. Ele nacionalizou empresas, realizou uma reforma agrária e coletivizou terras, mas em 1958, Mao rompeu as relações com a Urss e lançou o projeto Grande Salto Adiante, que visava o rápido desenvolvimento industrial, agrícola e de infraestrutura. Sem o planejamento adequado, o projeto foi um fracasso. Com o fracasso do Grande Salto Adiante, Mao inicia uma Revolução Cultural, onde proibiu qualquer livro, imagem, estátua ou ideia que não fosse condizente com o socialismo chinês. Além disso, templos budistas foram destruídos, livros queimados, oposicionistas foram perseguidos e os preceitos de O Livro Vermelho foram difundidos. O Livro Vermelho era uma coletânea de ideias e frases de Mao sobre a sua visão do socialismo. As medidas estabelecidas foram fiscalizadas pela Guarda Vermelha, um grupo de estudantes que viajava a China fiscalizando as casas, escolas e fábricas e denunciando as que não seguissem o Maoísmo. Revolução Chinesa e Revolução CulturalRevolução Chinesa e Revolução Cultural China após Era MaoChina após Era Mao Após a Era Mao, o governo que se destacou foi o de Deng Xiaoping, que priorizou a estabilização da economia chinesa. Ele adotou práticas capitalistas, deu fim as propriedades coletivas e abriu o mercado a indústrias estrangeiras. O Protesto na Praça da Paz Celestial ocorreu quando uma multidão de estudantes saiu nas ruas exigindo a liberdade de manifestação e o fim da corrupção e dos privilégios de altos funcionários. A resposta do governo foi de extrema violência com uso de armas e tanques que avançaram sobre a multidão. Descolonização da IndochinaDescolonização da Indochina Em 1945, grupos nacionalistas e socialistas expulsaram os japoneses do território, com destaque para o Viet Minh. Depois, em 1954, expulsaram os franceses, possibilitando a criação de Laos, Camboja e Vietnã. O norte do Vietnã era socialista e apoiado pela China e Urss, enquanto o sul, era capitalista e apoiado pela França e Eua. No sul, houve uma grande perseguição ao grupo Viet Minh, fazendo com que em 1959 iniciasse a Guerra do Vietnã. Os Eua enviaram tropas para o sul com o objetivo de evitar o avanço comunista no Extremo Oriente, mas as tropas comunistas aproveitaram o terreno acidentado e as florestas tropicais para usar técnicas de guerrilhas desconhecidas pelos Eua, fazendo com que eles sofressem uma baixa e fossem derrotados. Guerra da CoreiaGuerra da Coreia No final da 2º Guerra Mundial, os japoneses foram expulsos e a Península da Coreia passou a ser ocupada por soviéticos no norte e estadunidenses no sul; ao marco divisório da região dava-se o nome Paralelo 38. Em 1950, as tropas da Coreia do Norte invadem a Coreia do Sul em uma tentativa falha de unificar o território, mas há a intervenção imediata de Harry Truman. Após o conflito, houve a manutenção da divisão da região em Norte e Sul que existe até hoje.
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