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Esse material foi elaborado com muito carinho e cuidado, 
a partir de estudos das obras de alguns dos autores mais 
conhecidos da educação, fontes confiáveis e sites oficiais do 
Governo Brasileiro. 
 Se você está vendo essa mensagem, é por que adquiriu e 
confiou no meu trabalho, desde já, fico extremamente grata. 
 Trata-se de um e-book de resumos sobre os assuntos de 
conhecimentos pedagógicos mais cobrados pelas bancas nos 
concursos para professores de Educação Infantil ou Ensino 
Fundamental series iniciais. Com mais de 30 mapas mentais 
que facilitarão a compreensão e a fixação dos conteúdos 
abordados, além de contribuir para a sua preparação na 
busca da tão sonhada aprovação. 
Bons estudos! 
 
Recomendações 
 Não se limite apenas ao que será abordado neste material, 
busque conhecimento através de outros meios fontes 
também. O conteúdo desse e-book servirá como um norte 
a você na horas dos estudos. 
 
 Não compartilhe este material com outras pessoas, você 
adquiriu, fará parte da sua preparação. 
 
 Estou à disposição para dicas, dúvidas e feedbacks, no 
contato: 
- Email: conteudos.pedagogicos13@gmail.com 
- Instagram: @conteudos.pedagogicos. 
Apostila elaborada por Cláudia Macêdo, 
Pedagoga, Pós-graduanda em 
Alfabetização e Letramento, 
concurseira e administradora do IG 
@conteudos.pedagogicos. 
Sumário 
1. História da educação no Brasil .......................................................................................... 1 
2. Didática e organização do ensino ................................................................................... 6 
3. Tendências Pedagógicas ...................................................................................................... 11 
4. Planejamento educacional ................................................................................................. 16 
5. Avaliação da aprendizagem ............................................................................................. 19 
6. Gestão democrática ............................................................................................................. 25 
7. Projeto Político Pedagógico – PPP ............................................................................... 30 
8. Currículo escolar ................................................................................................................... 34 
9. Função social da escola ..................................................................................................... 39 
10. O papel do professor .......................................................................................................... 41 
11. Formação continuada ........................................................................................................ 44 
12. Relação família x escola ................................................................................................... 47 
13. Relação professor x aluno .............................................................................................. 49 
14. Lúdico na aprendizagem ................................................................................................... 51 
15. Pilares da educação ........................................................................................................... 54 
16. Interdisciplinaridade .......................................................................................................... 56 
17. Educação Especial e Educação Inclusiva ................................................................ 59 
18. Alfabetização e letramento ........................................................................................... 66 
19. Educação de Jovens e Adultos – EJA ......................................................................... 75 
20. TICs na Educação ................................................................................................................ 78 
21. Bibliografia .............................................................................................................................. 83 
História da educação no Brasil 
 “ �tuvias a eivcaçãp e tvat uepsjat op cpouexup hjtuósjcp en rve 
surgiram, para observar a concomitância entre suas crises e as do sistema 
social, não significa, porém, que essa sincronia deva ser entendida como 
simples paralelismo entre fatos da educação e fatos políticos e sociais. Na 
verdade, as questões de educação são engendradas nas reações que se 
estabelecem entre as pessoas nos diversos segmentos da comunidade. A 
educação não é, portanto, um fenômeno neutro, mas sofre efeitos do jogo do 
qpies, qps etuas ie faup eowpmwjia oa qpmíujca.” ({saoha, 2006, q..24) 
Fases da educação no Brasil 
Período colonial ou jesuítico (1549-1759): Os primeiros jesuítas chegaram ao 
território brasileiro em março de 1549. Nesse período começou uma forte 
atuação ia “cpnqaohja ie �etvt” rve ujoha cpnp njttãp qspqagas a fé csjtuã, 
e com isso trouxeram também os primeiros ideais de ensino e escola, esse 
movimentos foi liderado por Padre Manoel da Nóbrega. 15 dias após a chegada 
edificaram a primeira escola elementar brasileira em Salvador, tendo como 
mestre o Irmão Vicente Rodrigues que foi o primeiro professor nos moldes 
europeus em terras brasileiras. 
 Os estudos iniciais foram direcionados aos indígenas, justamente pela 
intenção de propagar a fé que confessavam, apesar de ser um trabalho de 
ipvusjoaçãp fpj csjaip p ipcvneoup “Qaujp Suvijpsvn” cpn a neua ie usazes, 
além da moral, os costumes e a religiosidade européia, os preceitos básicos 
pedagógicos que os jesuítas deviam usar em todo o território, para normatizar a 
educação. Todos os jesuítas deviam seguir os mesmos métodos ao dar a aula 
sobre fé cristã. 
 Uma nova ruptura marcou a historia da educação no Brasil em 1759: A 
expulsão dos jesuítas por Marquês de Pombal. Se existia algo bem estruturado, 
em termos de educação, o que se viu a seguir foi o mais absoluto caos. 
 No momento da expulsão os jesuítas tinham 25 residências, 36 missões e 
17 colégios e seminários menores e escolas de primeiras letras instaladas em 
todas as cidades onde havia casas da Companhia de Jesus. Essa foi uma 
ruptura histórica num processo já implantado e consolidado como modelo 
educacional. 
Período pombalino (1760 – 1808): Os jesuítas foram expulsos em razão de 
radicais diferenças de objetivos com os interesses da Corte. Enquanto os 
jesuítas preocupavam-se com o proselitismo e o noviciado, Pombal pensava em 
reerguer Portugal da decadência que se encontrava diante de outras potências 
européias da época. Além disso, Lisboa passou um terremoto que destruiu parte 
significativa da cidade e precisava ser reerguida. 
 O reflexo disso tudo nas aulas foi que passariam a seguir preceitos das 
“}asuat ségjat” rve usazjan pt cpoueúipt rve iewesjan tes etuviaipt. Nette 
período também foi instituído o estado laico e o ensino publico. Tudo isso pode 
parecer democrático, porém, negros e mulheres não tinham acesso à educação, 
enquanto homens brancos, estudavam nas escolas religiosas ou iam estudar na 
Europa. 
 Quando Portugal percebeu que a educação no Brasil estava estagnada, 
cpnp tpmvçãp jotujuvjv p “tvbtíijp mjuesásjp” qasa naovueoçãp ipt eotjopt 
primário e médio. Esse subsidio era uma taxação, ou um imposto sobre alguns 
produtos. Os professores eram mal preparados, quase não recebiam, e eram 
nomeados por indicação. 
 Como resultado, no princípio do séc. XIX, a educação no Brasil estava 
reduzida a praticamente nada. 
 
1
Período Joanino (Chegada da família Real no Brasil 1808-1821): No ano de 1808 
a família real chega ao Brasil, como estratégia de fugir dos conflitos bélicos 
que estavam ocorrendo na Europa em que Portugal via a família real sendo 
ameaçada. 
 Ainda não existia um sistema educacional verdadeiro no Brasil, o que 
tinham eram iniciativas isoladas religiosas mas que não eram sistematizadasao 
ponto de chamar de sistema educacional. 
 Dom João VI, para atender suas necessidades, tomou diversas atitudes que 
melhoraram alguns aspectos da cultura brasileira. Abriu academias militares, 
jardim botânico, biblioteca real e museu real, apesar dessas melhorias a 
educação ainda não era tão valorizada, sua importância era secundária. 
Período Imperial (1822-1888): Dom João VI volta a Portugal em 1821. Em 1822 
seu filho Dom Pedro I proclama a independência do Brasil e, em 1824 outorga 
a primeira constituição brasileira, que instituía a liberdade de ensino sem 
restrições, com a intenção de uma instrução primária e gratuita a todos os 
cidadãos. 
 Em 1827 foi criado um projeto de lei que perdurou até 1846 que exigia e 
garantia a criação de escolas de primeiras letras em todas as cidades e 
vilarejos do Brasil, propunha ainda a escola para meninas. 
 Em 1834, um ato adicional alterou a constituição, onde ficou a cargo das 
províncias um ensino elementar, secundário e de formação dos professores, a 
cargo do poder central ficou apenas o ensino superior.. Graças a isso em 1835 
surge a primeira Escola Normal do país, em Niterói, essas escolas focavam no 
aspecto da formação de professores e capacitação para a educação básica, 
pois acreditava-se que os professores da época não tinham preparação para a 
prática docente. Essas instituições inseriram a mulher no ensino superior. 
Outras fundação marcante dessa época foi o Colégio Dom Pedro II em 1837. 
 
Primeira república (1889-1930): A república proclamada adotou o modelo 
político americano baseado no sistema presidencialista. Na organização escolar 
percebe-se a influencia da filosofia positivista 
 O ensino secundário era apenas um preparatório para se ingressar no 
ensino superior. 
 Embora seja comum hoje em dia uma faixa etária para cada série, 
oarvema éqpca uvip esa “kvoup e njtuvsaip” joieqeoieoue ia jiaie, qpsen, a 
partir da primeira republica houve a divisão em séries de acordo com a idade 
chanaip ie “eotjop tesjaip”. 
 As décadas de 1920 a 1930 wjsan tvsgjs p npwjneoup “etcpmaopwjtua”, a 
Escola Nova vinha de uma inspiração liberal democrática, teve grande 
influencia no Brasil pois houveram reformas educacionais inspiradas nestes 
preceitos. 
 O ideal da escola nova era o de libertar o aluno da tutela do adulto para o 
colocar sob a tutela da sua consciência moral. 
Era Vargas (1930-1945): Em 1930 foi criado o ministério dos negócios, da 
educação e da saúde publica. O escolanovismo continuou a ganhar força 
centrada na valorização de jogos e exercício, ou seja, atividades que 
favorecessem a motricidade e a percepção do estudante. 
 Em 1932 um grupo de educadores lança a nação o Manifesto os Pioneiros 
da Educação Nova, redigido por Fernando de Azevedo e assinado por outros 
conceituados educadores da época. 
 Em 1934 a nova constituição dispõe, pela primeira vez, que a educação é 
um direito de todos, devendo ser ministrada pela família e pelos poderes 
públicos enfatizando o ensino pré vocacional e profissional. 
2
 As conquistas do movimento renovador, influenciando a constituição de 
1934, foram enfraquecidas na nova constituição de 1937 que refletia tendências 
fascistas. Esse período marcou uma distinção entre o trabalho intelectual, para 
as classes favorecidas, e o trabalho manual, enfatizando o ensino profissional 
para as classes mais desfavorecidas. 
 Em 1942, por iniciativa de Gustavo Capanema, são reformados alguns ramos 
do ensino. Estas reformas receberam o nome de Leis Orgânicas do Ensino, e 
são compostas por decretos-lei que criam o Serviço Nacional de Aprendizagem 
Industrial – SENAI, valorizando o ensino profissionalizante. 
Republica Populista (1946-1963): Em 1946 o Brasil passou a ter uma nova 
constituição de cunho liberal e democrático. Esta nova constituição, na área da 
educação, determina a obrigatoriedade de se cumprir o ensino primário e dá 
competência à União para legislar sobre diretrizes e bases da educação 
nacional. Além disso, a nova constituição fez voltar o preceito de que a 
educação é direito de todos, inspirada nos princípios proclamados pelos 
Pioneiros, no Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, nos primeiros anos da 
década de 30. 
 Nesse período também iniciou os primeiros trabalhos de Paulo Freire com 
alfabetização, desenvolvendo um método que partia dos saberes do estudante 
para esse processo. Essa didática propunha alfabetizar em 40 horas adultos 
analfabetos; Em 1962 é criado o Conselho Federal de Educação, que substitui o 
Conselho Nacional de Educação e os Conselhos Estaduais de Educação e, ainda 
em 1962 e criado o Plano Nacional de Educação e o Programa Nacional de 
Alfabetização, pelo MEC, inspirado no método Freiriano. 
Era Militar (1964-1985): Em 1964 o Brasil assinou um acordo com os Estados 
Unidos fazendo com que o Brasil passasse a ter um caráter e uma formação 
muito mais tecnicista. 
 Em 1969 a disciplina educação moral e cívica passou a ser obrigatória em 
todos os níveis de ensino. Neste período deu-se a grande expansão das 
Universidades no |satjm. �, qasa acabas cpn pt “exceieouet” (arvemet rve 
tiravam notas suficientes para serem aprovados, mas não conseguiam vaga 
para estudar), foi criado o vestibular classificatório. 
 Em 1967, para erradicar o analfabetismo foi criado o Movimento Brasileiro 
de Alfabetização – MOBRAL. Esse movimento preocupava-se tão somente em 
fazer seus alunos aprender a ler e escrever sem se preocupar com a sua 
formação. Os técnicos do MOBRAL afirmavam que o método empregado era 
fundamentado no aproveitamento das experiências significativas da clientela. 
 Na era militar a disciplina de filosofia foi extinta dos currículos, enquanto 
as de historia e geografia estavam unidas na disciplina de estudos sociais no 
ensino primário. 
 Em meados de 1985, o ensino profissionalizante deixou de ser obrigatório. 
Retomada Democrática (1986 aos dias atuais): A educação teve um grande 
destaque na constituição de 1988. Em 1990 foi organizado o Saeb – Sistema 
de avaliação da educação básica, que é composto por duas avaliações: a ANEB 
e a ANRESC, conhecida como prova Brasil. As duas são realizadas a cada 2 
anos com foco em português e matemática e questionários socioeconômicos. 
 Em 1996 foi criado a última versão da Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação e também o FUNDEF, garantindo verbas para o Ensino Fundamental 
sendo substituído depois pelo FUNDEB, que garantiu que estados e municípios 
deviam reservar um percentual para serem gastos com educação e destes 60% 
com pagamentos de professores. Além de tudo isso, foram criados também os 
Parâmetros Curriculares Nacionais, Exame Nacional do Ensino Médio, 
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, Diretrizes Curriculares 
Nacionais, Plano nacional de educação, Base Nacional Comum Curricular, 
documentos estes criados na busca por uma educação de mais qualidade. 
3
História da educação 
no Brasil 
Período Colonial (1549-1759) 
- Atuação forte dos jesuítas da companhia de Jesus. 
- Pe. Manoel da Nóbrega coordenou a primeira missão. 
- Estudos iniciais dirigidos aos indígena com o objetivo 
de difundir a fé cristã. 
– Procedimentos pedagógicos orientados pelo Ratio 
Studiorium. 
 
Período Pombalino (1760-1808) 
- Expulsão dos jesuítas. 
- Instituído o estado laico. 
– Aulas seguiam os preceitos das cartas régias. 
– Negros e mulher não tinham acesso à educação. 
– Subsídio literário (imposto). 
– Educação estagnada. 
Período Joanino (chegada da família real 1808-1821) 
- Não existia sistema educacional. 
– D. João VI abriu academias militares, jardim 
botânico, biblioteca real, e museu real. 
– A educação continuou tendo importânciasecundária. 
– Ainda não tinha universidades no Brasil. 
Período Imperial (1822-1888) 
- A constituição de 1824 manteve o princípio da liberdade de ensino. 
– Instrução primária gratuita a todos os cidadãos. 
– 1ª lei elementar em 1827, determinando a jmplantação ie “escolas ie 
primeiras letras em todas as cidades e vilarejos do Brasil. 
– Em 1824, ato adicional havendo reforma no ensino para formação de 
professores sob responsabilidade de cada província. 
– 1ª Escola Normal, em Niterói, focada na capacitação para a educação básica. 
Parte 1 
Início 
4
História da educação 
no Brasil Parte 2 
Primeira república (1889-1930) 
- Seguindo o modelo americano 
de presidencialismo. 
- Influência do positivismo na 
educação. 
– O ensino secundário preparava 
para o superior. 
– Turmas “mjsturaias” 
independente da idade do 
alunos. 
– Surgimento do escolanovismo 
com inspiração liberal 
democrática. 
Era Vargas (1930-1945) 
- Criado o Ministério dos Negócios, da Educação e Saúde Publica. 
– Escolanovismo ganhou força, com foco em desenvolver a motricidade e a 
percepção do aluno, e estimular o interesse da criança. 
– Nova constituição dispondo que educação é direito de todos. 
– Na déc. de 20 existiam universidades como a do RG e a de MG. Em 1934, 
surgiu a USP. 
– Criação do SENAI em 1942 (ensino profissionalizante) 
– Trabalho intelectual (ricos) Trabalho manual (pobres). 
República populista (1946-1963) 
- Nova constituição de cunho 
liberal democrático implanta- 
do a gratuidade para o ensino 
primário e na sequência dos 
estudos para que comprovasse 
a baixa renda. 
– Primeiras discussões sobre 
LDB. 
– Primeiras experiências de 
Paulo Freire com seu método 
de alfabetização. 
– Criado o Conselho Federal 
de Educação, Plano Nacional 
de Educação e Programa de 
alfabetização. 
Era Militar (1964-1985) 
- Criação do MOBRAL. 
– Filosofia retirada do currículo, história e 
geografia dentro da disciplina de estudos 
sociais. 
– Escola Normal foi extinta. 
– Ensino profissionalizante deixou de ser 
obrigatório. 
– Formação baseada na tendência 
tecnicista. 
Retomada Democrática (1986 até hoje) 
- Educação com grande destaque na Constituição Federal de 1988. 
– Criado o SAEB em 1990 e em 1995 a Criação do Conselho Nacional de Educação – CNE. 
– Lei de Diretrizes e Bases da Educação em 1996. 
– FUNDEF organizado pelo lei 9.424/96, substituído posteriormente pelo FUNDEB, para que os 
Estados e municípios apliquem parte das suas receitas na educação. 
– Publicados os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs em 1998 
– Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM criado em 1998, que depois passou a ser utilizado 
como vestibular. 
– Diretrizes Curriculares Nacionais – DCNs criadas em 2012 
– Base Nacional Comum Curricular – BNCC criada em 2016 
5
Didática e organização do 
Ensino 
 A didática (Origem do grego: Techné didaktiké), estuda o processo de 
ensino no seu conjunto, isto é, a atividade do professor e dos alunos visando o 
desenvolvimento das capacidades cognoscitivas e operativas destes mediante a 
assimilação consciente e ativa de conhecimentos e habilidades. 
 Essa parte da pedagogia se ocupada dos métodos e técnicas de ensino 
destinados a colocar em prática as diretrizes da teoria pedagógica. 
 O educador Jan Amos Komenský (Comenius) é reconhecido como pai da 
didática moderna e um dos maiores educadores do séc. XVIII. 
 Os elementos da ação didática são: 
 O professor 
 O aluno 
 A disciplina 
 O contexto da aprendizagem 
 As estratégias metodológicas 
 O grande desafio da didática na atualidade é superar a uma dimensão 
técnica, propondo alterações na maneira de agir e pensar do docente. 
 A didática aborda a arte do ensino, provendo as bases para que os 
professores possam trabalhar as situações de aprendizado em sala de aula. 
 (Gatti, 2010) Apresenta 4 grupos de concepções associadas aos estudos 
em educação, enquanto campos de investigação que tem por objeto ações 
educacionais, considerando essas ações no campo da sua localização nas 
realidades social e escolar. 
1- Perspectiva técnico-instrumental: A educação é encarada como conjunto de 
métodos, técnicas e procedimentos para o ensino, portanto, na didática, existem 
ordenações de organização e gestão. 
2- Perspectiva lógico-cognitiva: Tem como foco as teorizações sobre questões 
associadas ao ensino das disciplinas. 
3- O ponto de vista do sujeito que aprende: Investiga os processos de 
apropriação dos saberes e se apóia basicamente na proposta epistemológica 
genética ou teoria psicogenética propostas por Jean Piaget, ou nas referências 
de Vygotsky. 
4- Pensar as ações educativas: Criar conceitos fecundos na relação teoria-
prática e produzir conjuntos instrumentais ancorados em uma reflexão sobre 
suas utilizações e suas finalidades, em contextos complexamente considerados. 
 Esta posição expressa a idéia de que o conhecimento em educação 
nasce da prática e com a prática deve a ela retornar. 
A didática e o Currículo 
 No começo, a didática e currículo se desenvolveram de forma paralela, 
sem a interferência de uma no campo da outra, referindo-se cada uma a 
conteúdos, sujeitos e finalidades diferentes. A partir dos anos 60 foi que o 
currículo começou a formar parte do campo da didática, alternando-se sua 
incumbência segundo predominava uma forma ou outra de entender a 
educação e a didática. 
 O eofprve cvssjcvmas há ie anqmjas p “rve”, p “qpsrve”, p “qasa rve” e, 
em que condições há que levar-se a cabo o ensino, mas sempre colocando no 
centro o aluno. 
6
Para que serve a didática? 
 “ { ijiáujca exqsetta vna qsáujca qeiagógjca rve iecpsse ia semaçãp 
básica do sistema capitalista num momento histórico determinado. Portanto, as 
formas como as classes sociais se relacionam vão se materializar em técnicas, 
processos, tecnologias, inclusive processos pedagógicos que se realizam através 
ie vna cesua semaçãp qeiagógjca.” (Masujot, 1998, q. 23) 
 Para ensinar, é necessário que o professor pesquise o assunto a ser 
retratado, se atualizando diante dos conteúdos propostos em sala de aula. A 
didática colocada em prática serve de base para um conjunto de mudanças 
significativas que requerem profissionais não só inventivos, mas que tenham 
olhos abertos para a realidade da qual fazem parte. 
 A didática serve como instrumento de inspiração e criatividade, fazendo-o 
compreender o processo de ensino em suas múltiplas determinações, para 
articulá-lo à lógica, aos interesses e necessidades da maioria da clientela 
presente nas escolas hoje, propondo também reflexões sobre a prática e 
formas de organização voltados aos interesses da atual organização da escola, 
suas políticas implícitas na seleção de conteúdos, objetivos, métodos, técnicas, 
recursos e avaliação para o ensino, conforme o Projeto Político Pedagógico de 
cada escola. 
 O objetivo fundamental da didática e ocupar-se das estratégias de 
ensino, das questões práticas relativas à metodologia e das estratégiasde 
aprendizagem. 
Metodologias de ensino 
 A metodologia constitui o estudo dos métodos, é o conjunto das ações de 
investigação das diversas ciências. 
 A metodologia pode ser compreendida no âmbito geral considerando os 
diversos métodos: Os tradicionais, os ativos, da descoberta e da solução de 
problemas. 
 Os métodos de ensino são as ações do professor por intermédio das suas 
atividades com os estudantes, procurando atingir os objetivos do trabalho 
docente, considerando um contexto específico. 
Métodos individualizados de ensino 
- Aula expositiva : Apresentação oral de um tema estruturado. Por ser dialógica, 
a mensagem do professor é simples pretexto para desencadear a participação, 
pesquisa, discussão e debate. 
- Estudo dirigido: A proposta é fazer com que os estudantes estudem a partir 
de um roteiro elaborado pelo professor. 
- Centro de interesse: Percebe a educação como manutenção e conservação da 
vida. Seguido por alguns princípios como auto-educação. 
Métodos socializados de ensino 
- Uso de jogos: Atividade física ou mental, organizada por um sistema de 
regras, é natural do ser humano inserindo-se na ludicidade humana e 
estimulando-a 
- Dramatização: Representação pelos estudantes de um fato ou fenômeno, de 
forma espontânea ou planejada. 
- Trabalho em grupo: Oportunidade para o dialogo, a troca de idéias e 
informações. 
- Estudo de caso: Apresentação de uma situação real aos estudantes dentro do 
assunto estudado, para que analisem e proponham soluções. 
7
- Estudo do meio: Essa técnica permite o estudo de forma direta, tem o 
objetivo de facilitar a construção do conhecimento e permitir a troca de idéias 
e informações. 
Métodos socioindividualizados de ensino 
Método da descoberta: Propõe aos estudantes uma situação de experiência e 
observação para que formulem por si conceitos e princípios. 
Método da solução de problemas: Propõe ao estudante uma situação 
problemática para que ele crie uma situação satisfatória. 
Métodos de projetos: Desenvolve o raciocínio aplicada à vida real, buscando 
soluções e integração do pensamento, sentimento e ação dos educandos a 
partir da realidade, a globalização do ensino. 
Unidades temáticas: Organização e desenvolvimento do ensino por meio de 
unidades amplas, significativas e globalizadas de conhecimentos. 
Metodologias ativas de aprendizagem 
 As metodologias ativas propõem um protagonismo maior do aluno, ou 
seja, eme qasujcjqa aujwaneoue iette qspcettp, fvocjpoaoip ie vna mógjca “fpsa 
ip usaijcjpoam”, etta neupipmpgja qspnpwe najt avupopnja op amvop e cpmabpsa 
para uma aprendizagem mais rápida e eficaz. 
Algumas dessas abordagens de ensino são: 
- Problematização: Após uma exploração do conteúdo de forma tradicional e 
expositiva, os alunos são desafiados a resolver um problema colaborando entre 
si para encontrar uma solução. 
- Aprendizagem baseada em projetos: Nessa abordagem o aluno também 
recebe uma espécie de desafio a ser solucionado, a partir dos recursos que 
considerar necessários. Essa abordagem é considerada um dos métodos mais 
adequados para a preparação dos alunos como futuros profissionais. 
- Sala de aula invertida: Essa abordagem inverte a forma pela qual os alunos 
terão contato com os conteúdos, em comparação ao método mais tradicional. 
Muito mais voltada para a autonomia e liberdade, essa abordagem se volta para 
a absorção dos conteúdos em outros espaços, como a própria casa, por 
exemplo, substituindo a monotonia das aulas expositivas. 
- Aprendizagem em times: Esse tipo de abordagem gira em torno da formação 
de grupos que serão orientados pelo professor dentro da atividade proposta. A 
proposta é o compartilhamento, seja de idéias, hipóteses ou conteúdos, para 
que, partindo de pontos de vista distintos, se possa ter uma visão ampla da 
atividade, assim como maiores possibilidades de aprendizagem. 
Também temos como metodologias ativas: O Ensino Híbrido, Gamificação, 
Aprendizagem entre pares, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8
 
Didática 
É a arte do ensino. Jan Amos Komenský 
(Comenius) 
“Paj ia ijiátjca” 
Elementos da ação didática: 
O professor, O aluno, A disciplina, O 
contexto e Os métodos. 
É um instrumento para entender o processo de 
ensino, para articulá-lo à lógica, interesses e 
necessidades da clientela. 
Do grego Techné didaktiké, estuda o 
processo de ensino no seu conjunto. 
Se ocupa dos métodos e técnicas de 
ensino 
4 campos de investigação das ações 
educacionais: (Gatti,2010) 
1- Perspectiva técnico instrumental 
2- Perspectiva lógico-coginitiva 
3- O ponto de vista do sujeito que aprende. 
4- Pensar as ações educativas 
O currículo começou a 
fazer parte da didática, a 
partir dos anos 60, com 
enfoque de ampliar o 
ensino, e colocar o aluno 
como o centro. 
 
Serve de base para um conjunto de mudanças 
significativas que requerem profissionais atentos 
à realidade da qual o contexto escolar faz parte. 
9
Métodos 
de ensino 
Conjunto de ações de investigação das 
diversas ciências. 
Ação do professor para atingir os 
objetivos da docência. 
Métodos individualizados: 
- Aula expositiva. 
– Estudo dirigido. 
– Centro de interesse. 
Métodos Socializados: 
- Uso de jogos. 
– Dramatização. 
– Trabalho em grupo. 
– Estudo de caso. 
– Estudo do meio. 
Metodologias ativas: 
Propõem um protagonismo maior do 
aluno. É “fora io traijcjonal”. 
Promove a autonomia e uma 
aprendizagem rápida e eficaz. 
 
Tipos: 
- Problematização. 
– Aprendizagem baseada em projetos. 
– Sala de aula invertida. 
– Aprendizagem em times. 
– Ensino hibrido. 
– Gamificação. 
– Aprendizagem em pares. 
Métodos socioindividualizados: 
- Método da descoberta. 
– Solução de problemas. 
– Método de projetos. 
– Unidades temáticas. 
10
Tendências pedagógicas 
 “A prática escolar consiste na concretização das condições que asseguram 
a realização do trabalho docente. Tais condições não se reduzem ao 
estritamente "pedagógico", já que a escola cumpre funções que lhe são dadas 
pela sociedade concreta que, por sua vez, apresenta-se como constituída por 
classes sociais com interesses antagônicos. A prática escolar assim, tem atrás 
de si condicionantes sociopolíticos que configuram diferentes concepções de 
homem e de sociedade e, consequentemente, diferentes pressupostos sobre o 
papel da escola, aprendizagem, relações professor-aluno, técnicas pedagógicas 
etc. Fica claro que o modo como os professores realizam sou trabalho, 
selecionam e organizam o conteúdo das matérias, ou escolhem técnicas de 
ensino e avaliação tem a ver com pressupostos teórico-metodológicos, explícita 
ou implicitamente”. (LIBÂNEO, Livro: Democratização da escola publica) 
 As tendências pedagógicas surgiram a partir dos diferentes pensamentos 
filosóficos. Os autores em geral, classificam as tendências em dois grupos: as 
de cunho liberal e as de cunho progressista, vejamos: 
Tendências liberais 
 “A pedagogia liberal defende a proposta de que a escola tem por função 
preparar os educandos para o desempenho de papéis sociais, atendendo às 
suas aptidões individuais. Para que isto ocorra, os indivíduos precisam aprender 
a adaptar-se aos valores e às normas que normatizam a sociedade de classes, 
através do desenvolvimento da cultura individual.” (LIBÂNEO, 1986). 
 Apesar de passar a impressão de algo livre, não tem nada a ver com isso. 
A pedagogia liberal sustenta a idéia de que o aluno deve ser preparado para 
viver em harmonia com as normas do tipo de sociedade que Libâneo destacou 
no parágrafo acima. As tendências liberais são: 
- Tradicional: Sendo a primeira instituída no Brasil,essa tendência tem o 
professor como autoridade maior, onde os alunos são apenas receptores, onde 
aprendem por meio seu próprio esforço. Muitas vezes são utilizados meios 
como a apresentação de objetos, ilustrações, exemplos, mas o meio principal é 
a palavra, a explicação oral. 
 “ O professor é a figura central do processo educativo. Ele se apresenta 
como o detentor da autoridade, exigindo dos estudantes uma atitude receptiva, 
passiva, controlando opressivamente os processos de comunicação na sala de 
aula. As ações do ensino estão centradas em aulas expositivas e transmissão 
oral dos conteúdos pelo docente, atendendo a uma sequência predefinida e a 
um rigoroso e inflexível controle do tempo.” (LUCKESI, 1994). 
Exemplos de autores: Comenius, Emile Durkheim 
- Renovadora progressista: Foi a segunda a aparecer no cenário da educação 
brasileira. Essa vertente centraliza-se no aluno, o professor é apenas um 
facilitador. 
 “O qspcettp ie eotjop qspcvsa pfeseces cpoijçõet fawpsáwejt ap 
avupieteowpmwjneoup ip ijtceoue e etujnvmas a tva cvsjptjiaie” (S{V�{N�, 
1985). 
 O professor deve organizar e coordenar as situações de aprendizagem, 
procurando adaptar permanentemente as suas ações às características 
individuais dos discentes. {t neupipmpgjat vujmjzaiat tãp qps nejp ip “aqseoies 
fazeoip”., e uanbén vujmjzan qetrvjta e tpmvçãp ie qspbmenat. 
Exemplos de autores: Piaget, Decroly, Montessori, Dewey. 
- Renovadora não-diretiva: Assume como princípio norteador de valorização do 
indivíduo enquanto um ser livre, ativo e social. O centro da atividade escolar 
não pode ser caracterizado enquanto ensino no professor, ou mesmo nos 
conteúdos disciplinares. 
11
 Nessa tendência, os métodos comuns são dispensados, o educador é um 
facilitador onde pesquisa os meios para que a aprendizagem ocorra. 
 “O professor deve para isso motivar os estudantes, despertando neles a 
busca pelo conhecimento e o alcance das metas pessoais e de aprendizagem.” 
(LIBÂNEO, 1986). 
Exemplo de autor: Carl Rogers. 
- Tecnicista: A prática pedagógica nessa tendência revela-se extremamente 
controlada e dirigida, com atividades mecânicas no âmbito de uma proposta 
educacional rígida e passível de ser programada em detalhes pormenorizados. 
 O aluno deve acumular conteúdos na mente através de associações. O 
papel da escola objetiva modelar o comportamento humano, para produzir 
pessoas com habilidades para o mercado de trabalho. 
 O professor administra os conteúdos e é visto como um técnico qe 
garante a eficiência do ensino e o aluno recebe informações passadas e propõe 
uma aprendizagem baseada no desempenho. 
 “A educação escolar funciona como modeladora do comportamento, 
oportunizando ao mercado de trabalho, indivíduos tecnicamente competentes.” 
(LUCKESI, 1994) 
Exemplos de autores: Skinner, Bloom, Gagné, Mager. 
Tendências Progressistas 
 O termo "progressista" é usado para designar as tendências que, partindo 
de uma análise crítica das realidades sociais, sustentam implicitamente as 
finalidades sociopolíticas da educação. (Libâneo) 
 A pedagogia progressista se divide em três tendências. Veja como 
caracterizam-se. 
- Libertadora: O principal autor dessa tendência é Paulo Freire, essa pedagogia 
une a educação à luta de organização de classe do oprimido. Para Freire o 
saber mais importante é a de que o indivíduo é oprimido, ter a consciência da 
realidade que vive. 
 A escola deve ser valorizada como instrumento de luta das camadas 
populares, oportunizando o acesso ao saber historicamente acumulado pela 
humanidade, filtrado pela realidade social na qual o estudante está inserido. 
 A aprendizagem ocorre por meio da troca de experiência em torno da 
prática social. A relação professor x aluno é horizontal, de igual para igual. 
 Os conteúdos de ensino são designados de temas geradores e resultam 
da problematização da prática vivida pelos estudantes, da qual se deve 
distanciar para poder ter as condições para analisar criticamente. O importante 
não é a transmissão de conteúdos específicos, mas despertar uma nova forma 
da relação com a experiência vivida. 
- Libertária: A tendência libertária busca transformar a personalidade dos 
alunos no sentido libertário e autogestionário (Sempre que vir a palavra 
autogestão nas provas, ligue a tendência libertária). Enfoca a livre expressão, o 
contexto cultural, a educação estética. 
 Ela recusa qualquer forma de poder ou autoridade. Por isso procura 
conduzir a relação professor-estudante no sentido da não-diretividade, 
considerando a ineficácia e a nocividade dos métodos que transformam o 
docente em objeto. As matérias são colocadas mas não exigidas. A escola 
instituirá, com base na participação grupal, mecanismos institucionais de 
mudança (assembleias, conselhos, eleições, reuniões, associações etc.). 
Exemplos de Autores: Celestin Freinet, Miguel Gonzales Arroyo. 
 
12
- Crítico-Social dos conteúdos ou histórico-crítica: Aqui a prioridade é focar os 
conteúdos no confronto com as realidades sociais, e enfatizar o conhecimento 
histórico. O estudante, por intermédio de sua experiência imediata num 
contexto cultural, participa na busca da verdade, ao confrontá-la com os 
conteúdos e modelos apresentados pelo professor. 
 Os métodos da pedagogia crítico-social dos conteúdos não partem de um 
saber artificial, depositado a partir do exterior, nem do saber espontâneo. Eles 
devem estabelecer uma relação direta entre a experiência já construída e 
confrontada com o seu saber vivenciado nos conteúdos propostos pelo 
professor. O assumir de novos paradigmas, só será possível com a introdução 
explícita pelo professor dos novos elementos de análise a serem aplicados 
criticamente à prática do estudante, num processo em que se procura a 
unidade entre teoria e prática. O professor é apenas um mediador, entre o 
saber e o aluno onde a aprendizagem ocorre por meio do esforço. 
Exemplos de autores: Mário Manacorda, Georges Snyders, Demerval Saviani. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13
Tendências 
Liberais 
Defende a proposta de que a escola tem 
a função de preparar os alunos para o 
desempenho de pais sociais. 
(Libâneo, 1986). 
As tendências liberais são as 
(Tradicional, Renovadora progressivista, 
Renovadora não-diretiva e Tecnicista) 
Tradicional 
- Conteúdos: Conhecimentos herdados e transmitidos pelos adultos. 
– Professor: Autoridade maior. 
– Alunos: Meros ouvintes. 
– Métodos: Exposição, demonstração verbal, memorização e repetição. Renovadora progressivista: 
- Conteúdo: Experiências vivenciadas, 
situações – problema. 
– Professor; É um facilitador 
– Alunos: São o centro. 
– Métoios: Atjvos, “Aprenier 
fazenio”, trabalho em grupos, 
resolução de problemas e propor 
situações. 
Tecnicista: 
- Conteúdos: Preparação técnica do aluno, responder adequadamente ao 
sistema social e ao mercado de trabalho. 
– Professor: Administrador, técnico que garante a eficiência do ensino. 
– Aluno: Acumula conteúdos através de associações, é um ser que 
responde. 
– Métodos: Baseados no desempenho, instrução programada, 
planejamentos, abordagem sistêmica. 
Renovadora não-diretiva: 
- Conteúdo: Incentivo para que os alunos busquem por si 
mesmos o próprio conhecimento. 
– Professor: Facilitador e autêntico. 
– Alunos: São responsáveis pela busca dos conhecimentos e 
alcance das metas pessoais de aprendizagem.– Métodos: Terapêutico, técnicas de sensibilização, melhoria 
do relacionamento interpessoal. 
14
Tendências 
Progressistas 
Partem de uma análise crítica 
das realidades sociais, sustentam 
de forma implícita as finalidades 
sociopolíticas da educação. 
As tendências progressistas se 
dividem em três: Libertadora, 
Libertária e a crítico-social dos 
conteúdos. 
Libertadora: 
- Conteúdos: Têm caráter político, a realidade do aluno é ponto de partida para a ação 
educativa. 
– Professor: Coordena atividades, favorece a aproximação da consciência. 
– Alunos: Sujeitos ao ato do conhecimento. 
– Métodos: Diálogo, trabalho em grupo, discussão de temas sociais e políticos. 
Libertária: 
- Conteúdos: Emerge dos interesses do aluno, não são pré-
determinados. 
– Professor: É orientador e catalisador do processo, um 
conselheiro à disposição do aluno. 
– Alunos: Livre em uma relação baseada na não-diretividade. 
– Métodos: Autogestão da experiência em grupo. Os conteúdos 
ficam à disposição mas não são exigidos. Organização e 
execução do trabalho. 
Crítico-Social dos conteúdos: 
- Conteúdos: São escolhidos a partir de bens culturais da 
humanidade, com funções formativas e instrumentais. 
– Professor: Mediador e intervencionista. 
– Alunos: Confronta suas experiências com os conhecimentos 
selecionados pelo professor. 
– Métodos: Participativo e fundamentado no saber universal; 
Vinculo entre teoria e prática. 
15
Planejamento educacional 
 “Pmaoekas é psgaojzas açõet, jiéjat e jofpsnaçõet, tva fvoçãp é facjmjuas p 
usabamhp uaoup qasa p qspfettps cpnp ip amvop.” (Mpseuup,2007) 
 Existem três dimensões que se tornam um ponto crucial para 
organizadores no processo de planejar, na qual precisam ser concretizadas no 
planejamento: a realidade, a finalidade e o plano de ação. 
 Para Celso Vasconcellos (1995), ensinar sem planejar é impossível pelo 
fato que o ato de planejar é inerente ao ser humano. No caso do processo de 
ensino e aprendizagem é necessário ser planejado com responsabilidade, 
intencionalidade e qualidade. Sem perder de vista as intenções mencionadas no 
ato de planejar, que são antecipadas as ações para alcançar os objetivos. 
 O planejamento possibilita e permite à escola e ao professor, organizar 
antecipadamente a ação didática, possibilitando atender mais facilmente aos 
objetivos desejados, superar as dificuldades, evitar a improvisação, aumentar a 
economia de tempo e eficiência na ação. 
 Pra se compreender ainda melhor o que é planejamento, é preciso saber 
diferenciá-lo de plano pois é muito comum confundir estes termos, pois apesar 
de estarem ligados, eles tem funções diferentes. 
Planejamento: É uma direção para todo o processo educacional, em que se 
determina grandes urgências, as prioridades, ordena e determina todos os 
recursos e meios necessários para a consecução de grandes finalidades, metas 
e objetivos da educação. 
Planos: São o desdobramento do planejamento, onde devem ser sistematizadas 
as ações e princípios que sustentam as ações. Ora, se planejamento é organizar 
as ações, o plano será guia para a execução dessas ações e se configura, 
portanto, num registro escrito apresentado sob a forma de um documento. 
Todo planejamento resulta em um plano. 
 Para Libâneo, o planejamento é um processo de racionalização, 
organização e coordenação da ação docente, articulando a atividade escolar e a 
problemática do contexto social. 
 Os principais requisitos para o planejamento são: os objetivos e tarefas 
da escola democrática, que é aquela que possibilita a todas as crianças a 
assimilação de conhecimentos científicos e o desenvolvimento de suas 
capacidades intelectuais. 
 De acordo com Gandin (2001, p.83), é impossível enumerar todos os 
tipos e níveis de planejamentos necessários à atividade humana. Vamos ver, 
então, os mais essenciais para a educação: 
Planejamento Educacional 
 Também conhecido como planejamento do sistema da educação, 
corresponde ao planejamento da educação em âmbito nacional, estadual e 
municipal, ele elabora, incorpora e reflete as políticas educacionais e prevê a 
estrutura e o funcionamento do sistema educacional. O Planejamento 
Educacional tem como resultado o Plano Nacional de Educação (PNE), onde é 
descrito as 20 metas para os próximos 10 anos. 
Planejamento Escolar 
 Pode ser chamado também de planejamento da escola. São as ações 
sobre o funcionamento administrativo e pedagógico da escola, que necessita da 
participação da comunidade escolar. É realizado no início do ano na qual são 
reunidos gestores, coordenadores, docentes para planejarem os próximos dias. 
Também conhecida como semana pedagógica, onde são discutidas as normas 
16
da escola, a organização administrativa, o calendário escolar, os projetos para o 
ano letivo e a revisão do Projeto Político Pedagógico. 
Planejamento Curricular 
 É o da organização dinâmica escolar, um instrumento que sistematiza as 
ações escolares do espaço físico às avaliações de aprendizagem. 
 }pofpsne (Vatcpocemmpt, 1995, q.56) “É vn qspcettp ie upnaia ie 
decisões sobre a dinâmica da ação escolar do alunp” 
 É constituído pelas diversas áreas de ensino: as disciplinas, os 
fundamentos pedagógicos e os processos de avaliação nos vários níveis dos 
seus componentes. Seu objetivo é orientar o trabalho do professor. Esse 
trabalho é uma das tarefas mais difíceis, pois apesar de sua complexidade 
deve ser desenvolvido em um ano letivo. BNCC, DCNs, PCNs, são exemplares que 
orientam as escolas com o objetivo de garantir aos estudantes conhecimentos 
necessárias para se tornarem cidadãos conscientes e responsáveis na 
sociedade. 
Planejamento de Ensino 
Envolve a organização dos educadores durante o processo de ensino, integrando 
professores, coordenadores e alunos na elaboração de uma proposta de ensino, 
que será projetada para o ano letivo e constantemente avaliada. 
 “É vn qspcettp ie iecjtãp tpbse a auvaçãp cpocseua ipt qspfettpset op 
cotidiano de seu trabalho pedagógico, envolvendo as ações e situações em 
cpotuaoue jouesaçõet eouse qspfettps e amvopt e eouse pt qsóqsjpt amvopt” 
(Padilha, 2001, p.33) 
 São os planos de ensino, que geralmente os professores fazem no início 
do ano, planejando aquilo que vai ensinar durante o ano letivo. 
Planejamento de aula 
 Organiza as ações referentes ao trabalho na sala de aula. É aquele que o 
professor prepara para desenvolver a aprendizagem de seus alunos 
coerentemente articulado com o Planejamento curricular, com o planejamento 
escolar e com o planejamento de ensino. Já o Plano de aula é forma como o 
professor vai trabalhar para executar e desenvolver essas ações propostas no 
planejamento de aula, em um dia letivo. 
 “O qmaoekaneoup é vn qspcettp jojouessvqup, qspcettvam, psgaojzaips ia 
conquista prazerosa dos nossos desejos onde o esforço, a perseverança, a 
ijtcjqmjoa tãp asnat ie mvua cpujijaoa qasa a nviaoça qeiagógjca” (Maiameoa 
Freire) 
 A finalidade de planejar é permitir que se pense previamente no que se 
quer e no que se pode fazer, em função da criança com que se trabalha e da 
sociedade em que se vive e se quer viver. 
 
 
 
 
 
 
 
17
Planejamento 
educacional 
3 dimensões cruciais para o 
processo de planejar: 
- Realidade; 
- Finalidade; 
- Plano de ação; 
Requisitos para planejar: 
Objetivos e tarefas de uma 
escola democrática. 
Diferenças entre 
- Planejamento: Direção para todo o processoeducacional. 
- Plano: Desdobramento do planejamento (execução 
das ações). 
 
 Deve ser flexível. 
 Deve estar ligado à avaliação. 
O que é: 
“Processo ie racjonaljzação e 
coorienação ia ação iocente.” 
(Libâneo) 
 
Para quê serve: 
- Organizar idéias e informações; 
- Permite a escola e ao professor, 
organizar antecipadamente a ação 
didática; 
- Organiza o trabalho e o processo 
educativo; 
- Transforma idéias em realidade; 
- Momento de pesquisa e de 
reflexão; 
Tipos: 
Planejamento educacional 
- Em âmbito nacional, estadual ou municipal. 
– Prevê a estrutura e o funcionamento do sistema 
educacional. Ex.: Plano Nacional de Educação 
Planejamento Curricular 
- Organiza a dinâmica escolar, sistematiza ações 
escolares, e orienta o trabalho do professor. 
Ex.: BNCC 
Planejamento de ensino 
- Organização dos educadores durante o processo de 
ensino. É uma proposta projetada para o ano letivo. 
Ex.: Semana pedagógica 
Planejamento de aula 
- Organização das ações referente ao trabalho 
em sala de aula. Ex.: Plano de aula 
Planejamento escolar 
- Participam a escola e a 
comunidade escolar. 
– São ações sobre o 
funcionamento administra- 
tivo e pedagógico da escola. 
Ex.: PPP 
18
Avaliação da aprendizagem 
 A avaliação é uma atividade processual que norteia o trabalho do 
professor. Esse processo deve ser valorizado por todos os atores educacionais 
que nele estão envolvidos: Gestão, docentes, estudantes, pais e responsáveis, 
para que se alcance o melhor desempenho de todos. Avaliar deve criar 
possibilidades para o estudante compreender os seus limites na construção do 
conhecimento, valorizando suas verdades, interesses e autonomia. Se a escola é 
o lugar da construção da autonomia e da cidadania, a avaliação dos processos, 
sejam eles das aprendizagens, da dinâmica escolar ou da própria instituição, 
não deve ficar sob a responsabilidade apenas de um ou de outro profissional, é 
uma responsabilidade tanto da coletividade, como de cada um, em particular. 
 Avaliar serve também como reflexão sobre o grau de qualidade de todo o 
trabalho pedagógico. É algo complexo, não se resume a aplicação de provas 
para atribuição de notas. O objetivo é diagnosticar como a escola e o professor 
estão contribuindo para o desenvolvimento dos alunos. 
 A avaliação é uma atividade orientada para o futuro. Avalia-se para tentar 
manter ou melhorar nossa atuação futura. Essa é a base da distinção entre 
medir e avaliar. Medir refere-se ao presente e ao passado e visa obter 
informações a respeito do progresso efetuado pelos estudantes. Avaliar refere-
se à reflexão sobre as informações obtidas com vistas a planejar o futuro. 
Portanto, medir não é avaliar, ainda que o medir faça parte do processo de 
avaliação. 
 Avaliar a aprendizagem do estudante não começa e muito menos termina 
quando atribuímos uma nota à aprendizagem. 
 A educação escolar é cheia de intenções, visa a atingir determinados 
objetivos educacionais, sejam estes relativos a valores, atitudes ou aos 
conteúdos escolares. 
- Vejamos o que diz alguns autores sobre a avaliação: 
 “O aup ie awamjas, iewjip a etuas a teswjçp ia pbueoçãp ip nemhps 
resultado possível, antes de tudo, implica a disposição de acolher a realidade 
cpnp ema é.” (Lvcletj, 2005) 
 “{wamjaçãp é vna ijiáujca oecettásja e qesnaoeoue ip usabamhp ipceoue, 
rve iewe acpnqaohas qattp a qattp p qspcettp ie eotjop e aqseoijzagen.” 
(Libâneo, 2017, p.301) 
 “A avaliação deve ser pensada no âmbito de uma didática. Nessa 
perspectiva, cabe ao professor integrar a avaliação à sua pratica didática 
através de uma nova proposta que implique necessariamente na modificação 
dessas práticas, ou seja, o professor deverá compreender que o progresso do 
estudante só poderá ser percebido quando comparado com ele mesmo: Como 
estava? Como está? As ações desenvolvidas entre as duas questões compõem a 
avaliação.” (HADJI, 2001). 
 “{ awamjaçãp é vna sefmexãp ip qspcettp eivcaujwp rve absaoge amvop e 
professor. Os dados coletados são mensurados em quantitativos e qualitativos.” 
(Libâneo, 2017) 
 Como base na última citação, veja a diferença entre uma avaliação 
quantitativa e uma avaliação qualitativa: 
 _ Avaliação quantitativa: É aquilo que se pode medir por meio de notas e 
informações. É classificatória e representada por dados numéricos. 
- Avaliação qualitativa: É aquilo que não se pode medir. O processo de ensino-
aprendizagem é observado de forma continua e global. 
 De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs, a avaliação 
deve compreender o ensino oferecido, a atuação do professor, o desempenho 
19
do aluno, a estrutura da escola, as ferramentas auxiliares promovidas no ensino 
e a metodologia utilizada. 
 (No inciso V alínea e) do artigo 24 A lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional (LDB) de 1996 recomenda flexibilidade nos assuntos sobre a 
avaliação no âmbito escolar. Essa flexibilidade envolve a contínua prevalência 
dos aspectos de qualidade sobre os de quantidade, sobretudo na aplicação dos 
resultados das provas finais. 
Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de 
acordo com as seguintes regras comuns: [...] 
V - a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios: 
a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência 
dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do 
período sobre os de eventuais provas finais; 
b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar; 
c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do 
aprendizado; 
d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito; 
e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao 
período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados 
pelas instituições de ensino em seus regimentos (BRASIL, 1996). 
 O que é abordado na lei não são notas, mas registros de acompanhamento 
das atividades dos alunos. Demonstra que avaliação contínua e cumulativa é 
diária, transparente e diagnóstica. 
Princípios da avaliação 
 Os princípios básicos norteadores da avaliação são: 
Integralidade: Deve perceber o estudante como um todo e considerar todos os 
envolvidos no processo. 
Funcionalidade: Relaciona a avaliação aos objetivos educacionais. 
Orientação e direção da prática escolar: Sem assumir um caráter excludente. 
Sistematicidade: Deve ser planejada e integrar todo o trabalho educativo. 
 A avaliação, como parte de uma ação coletiva de formação dos 
estudantes, ocorre, portanto, em várias esferas e com vários objetivos e 
funções. 
Funções da avaliação 
 Fique atento a essas funções, que mudam de acordo com alguns autores, 
e sempre caem nas provas. 
 Os conceitos a seguir são uns dos mais cobrados pelas bancas dos 
concursos, veja quais são as principais funções da avaliação: 
Diagnóstica: Realiza-se no início do ano letivo, do semestre/bimestre. Direciona 
o trabalho do professor, verificando os conhecimentos prévios dos alunos. 
Formativa: Ocorre ao longo do ano, identifica dificuldades que precisam ser 
corrigidas, possibilita um feedback para reorientar o planejamento do professor. 
20
Somativa: Realizada no final do processo, classificando os alunos quanto ao 
nível de desenvolvimento. 
Emancipatória: Assegurar às instituições, o caráter educativo da avaliação que 
se revela como meio de revisão das ações do professor, práticas de ensino, 
interação com os estudantes, de modo que tome decisões com maior 
conhecimento de causa. 
Comparativa: Usada para verificar se os alunos dominam um tópico do 
conteúdo. É aplicada durante ou depois de auma aula e abrange uma parte do 
material. 
Na visão do autor Libâneo, a avaliaçãotem 3 funções: 
Pedagogica-didática: Para ajudar na compreensão acerca do alcance dos 
objetivos educacionais. 
Diagnóstica: Para apresentar os avanços e regressos dos alunos, junto a atuação 
do professor. 
Controle: Para verificação de qualificação dos resultados escolares, permitindo o 
diagnostico das situações didáticas. 
As avaliações podem ocorrer de maneira formal ou informal, veja como: 
 Avaliação Informal: Quando os alunos não sabem que estão sendo 
avaliados. Leva em conta todos os fatores anteriormente ditos junto ao 
fator \"integralidade-aluno\",aborda as necessidades reais do aluno e 
trabalha para melhorá-las. 
 Avaliação Formal: Formada por instrumentos de avaliação como: provas, 
trabalhos, tarefas, etc. 
Avaliação x Tendências pedagógicas 
O papel da avaliação também está presente em cada prática pedagógica: 
- Pedagogia liberal 
Tradicional: A avaliação na abordagem tradicional é realizada, 
predominantemente, visando exatidão da reprodução do conteúdo 
comunicado em sala de aula e tem a função classificatória. 
Escola Nova: Valoriza os aspectos afetivos, e prioriza o desenvolvimento 
individual do aluno. 
Tecnicista: A avaliação neste sentido comportamentalista está diretamente 
ligada aos objetivos estabelecidos. Essa avaliação consiste de uma pré-
testagem dos conhecimentos prévios dos estudantes. 
- Pedagogia progressista 
Libertadora: Tem caráter coletivo. O modelo que mais se enquadra nesta 
prática de educação é a avaliação em grupo e a autoavaliação. 
Libertária: Não há avaliação. 
Histórico-crítica: Ela tem caráter formativo, pois é voltada para a formação 
do estudante em sua totalidade, para o desenvolvimento de suas 
capacidades que são construídas socialmente e no próprio processo de 
aprendizagem. 
 
 
21
Avaliação da 
aprendizagem 
- É processual; 
- Norteia o trabalho do professor; 
- Possibilita reflexão sobre o grau de 
qualidade do trabalho pedagógico; 
- Não termina quando se atribui uma 
nota; 
- Identifica a contribuição da escola 
para o aprendizado dos alunos; 
- Fortalece e capacita a tomada de 
decisões; 
- Assegura um ambiente de continua 
transformação. 
Objetiva atingir metas educacionais 
relativo a valores, atitudes ou conteúdos. 
Para os PCNs, deve compreender o ensino, a 
docência, o desempenho do aluno, estrutura 
escolar, ferramentas e metodologias. 
Avaliação quantitativa 
- Notas e informações; 
- Classificatória; 
Avaliação qualitativa 
- Contínua e global; 
- Não se atribui notas; 
Segundo a LDB – Art. 24 Inciso 
V. a avaliação deve ser: 
- Contínua e cumulativa; 
- Aspectos qualitativos sobre os 
quantitativos; 
- Possibilidade e avanços nos 
estudos, cursos, ou séries; 
- Aproveitamento de estudos 
concluídos com êxito; 
- Obrigatoriedade de estudos de 
recuperação; 
Pode ocorrer de maneira 
formal ou informal. 
Princípios norteadores 
- Integralidade; 
- Funcionalidade; 
- Orientação e direção da 
prática escolar; 
- Sistematicidade; 
Funções 
- Diagnóstica; 
- Formativa; 
- Somativa; 
- Emancipatória; 
- Comparativa; 
Para Libâneo, a avaliação se classifica em 3 funções: 
Pedagógica-didática, Diagnostica, e de controle. 
22
Avaliação Mediadora 
(Jussara Hoffman) 
 Jussara Hoffmann (2014, p.26), defende uma nova compreensão de 
awamjaçãp rve exjge ip qspfettps vna “... cpoceqçãp ie csjaoça, ie kpwen e ie 
adulto como sujeitos do seu desenvolvimento, inseridos no contexto de sua 
seamjiaie tpcjam e qpmíujca”. }pofpsne a sefesjia avupsa, oetta ijneotãp 
educativa, os erros e dúvidas dos estudantes são considerados como momentos 
significativos e impulsionadores da ação educativa. 
 Lpgp, qasa �pffnaoo (1995, q. 20), “awamjas é ijoanjzas pqpsuvojiaiet ie 
ação-reflexão, num acompanhamento permanente do professor, que incitará o 
amvop a opwat rvetuõet [...] a qasujs ie setqptuat rve etue waj fpsnvmaoip”. 
 A avaliação mediadora se opõe ao paradigma classificatório e quantitativo, 
esse conceito defendido pela autora, também é frequentemente cobrado nos 
concursos. Veja as características: 
 Segvoip a avupsa, cpssjgjs oãp é awamjas, jouesqseuas é awamjas. “O qspbmena 
na análise quantitativa é a arbitrariedade que confere poder ao professor. Não 
sou contra a nota, mas números não me falam das pessoas e nem do que elas 
etuãp aqseoieoip”. (�offman, 2014) 
 “O rve te qseueoie jouspivzjs oa awamjaçãp neijaipsa é a qestqecujwa ia 
ação avaliativa como uma das mediações pela qual se encorajaria a 
reorganização do saber. Ação, movimento, provocação, na tentativa de 
reciprocidade intelectual entre os elementos da ação educativa. Professor e 
aluno buscando coordenar seus pontos de vista, trocando idéias, reorganizando-
at”. (�pffnao, 1991, q.67) 
 
 Princípios da avaliação mediadora 
 Oportunizar momentos de expressão de idéias; 
 Diversificar tarefas: individuais e em grupo; 
 Oportunizar discussão dos alunos a partir de situações-problema; 
 Ponto de partida para a ação educativa; 
 Registros de avaliação devem ser transformados em anotações 
significativas sobre o acompanhamento do aluno. 
 A autora ressalta que o princípio da avaliação deve incluir, que o 
conhecimento humano visa sempre o futuro, tende a evoluir e se superar. 
Assim, procura não apenas compreender, mas promover ações em benefício 
dos educandos e das escolas. (Hoffman, 2001) 
 
 
 
 
 
 
 
23
Avaliação 
mediadora 
Esse tipo de avaliação exige do 
professor uma concepção de 
criança, de jovem e de adulto 
como sujeitos do seu 
desenvolvimento, inseridos no 
contexto de sua realidade social 
e política. 
É oposto ao paradigma 
classificatório e quantitativo. 
Para a autora, corrigir não é 
avaliar, interpretar é avaliar. 
Jussara Hoffman 
“ O problema ia análjse 
quantitativa é a 
arbitrariedade que confere 
poier ao professor.” 
Princípios 
Registro de avaliações devem 
ser transformados em 
anotações significativas sobre 
o acompanhamento do aluno 
Oportunizar momentos de 
expressão de idéias. 
Diversificar tarefas: 
Individuais ou em grupo. 
Oportunizar discussão dos 
alunos a partir de situações e 
problemas. 
Ponto de partida para a ação 
educativa. 
“avaljar é ijnamjzar oportunjiaies ie ação-
reflexão, num acompanhamento 
permanente do professor, que incitará o 
aluno a novas questões [...] a partir de 
respostas que este vaj formulanio”. 
24
Gestão Democrática 
 A gestão democrática escolar é um espaço de articulação das ações 
desenvolvidas no ambiente escolar, que pressupões a participação efetiva dos 
vários segmentos da comunidade escolar: Pais, Professores, Estudantes e 
demais funcionários. O foco está em desenvolver os conceitos e as formas de 
administrar a educação de forma que possibilite a escola criar novos padrões 
de organizar a gestão garantindo o efetivo ensino e a significativa 
aprendizagem. 
 “Gestão da educação significa ser responsável por garantir a qualidade 
ie vna neijaçãp op tejp ia qsáujca tpcjam gmpbam” (S{V�{N�, 1996, q. 120) 
Gestão democrática na Lei de Diretrizes e 
Bases da educação 9.394/96 
Os princípios e incumbências que regem a gestão democrática darão uma base 
para a discussão dos problemas que ocorrem na escola. 
Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) 9.394/96 está explicito os 
princípios que norteiam a gestão democrática. 
Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do 
seu sistema de ensino, terão a incumbência de: 
I - elaborar e executar sua proposta pedagógica; 
II- administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros; 
III - assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas; 
IV - velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente; 
V - prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento; 
VI - articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de 
integração da sociedade com a escola; 
VII - informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se for o caso, 
os responsáveis legais, sobre a frequência e rendimento dos alunos, bem como 
sobre a execução da proposta pedagógica da escola; (Redação dada pela Lei nº 
12.013, de 2009) 
VIII – notificar ao Conselho Tutelar do Município a relação dos alunos que 
apresentem quantidade de faltas acima de 30% (trinta por cento) do 
percentual permitido em lei; (Redação dada pela Lei nº 13.803, de 2019) 
IX - promover medidas de conscientização, de prevenção e de combate a todos 
os tipos de violência, especialmente a intimidação sistemática (bullying), no 
âmbito das escolas; (Incluído pela Lei nº 13.663, de 2018) 
X - estabelecer ações destinadas a promover a cultura de paz nas escolas. 
(Incluído pela Lei nº 13.663, de 2018) 
XI - promover ambiente escolar seguro, adotando estratégias de prevenção e 
enfrentamento ao uso ou dependência de drogas. (Incluído pela Lei nº 13.840, 
de 2019) 
 
Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de: 
I - participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de 
ensino; 
II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do 
estabelecimento de ensino; 
III - zelar pela aprendizagem dos alunos; 
IV - estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor 
rendimento; 
25
V - ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar 
integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao 
desenvolvimento profissional; 
VI - colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a 
comunidade. 
 
Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do 
ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e 
conforme os seguintes princípios: 
I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto 
pedagógico da escola; 
II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou 
equivalentes. 
 
Art. 15. Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de 
educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica 
e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas gerais de direito 
financeiro público. 
 Os artigos 12 a 15 defendem que a gestão democrática do ensino público 
fundamental é amparada na autonomia pedagógica e administrativa das 
escolas, com a elaboração de ações por todos os membros envolvidos na escola, 
incluídas práticas sociais que possam contribuir para a consciência democrática 
e a participação popular no interior da escola. A gestão democrática vai planejar 
suas ações na área educativa propriamente dita da escola, definindo as linhas 
de atuação em função dos objetivos das comunidades e dos alunos, propondo 
metas a serem atingidas, onde o diretor é auxiliado nessa tarefa pela 
comunidade escolar. 
 
Gestão democrática na Constituição Federal de 
1988 
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: 
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte 
e o saber; 
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de 
instituições públicas e privadas de ensino; 
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; 
V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da 
lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de 
provas e títulos, aos das redes públicas; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 53, de 2006) 
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei; 
VII - garantia de padrão de qualidade. 
VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação 
escolar pública, nos termos de lei federal. (Incluído pela Emenda Constitucional 
nº 53, de 2006) 
Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores 
considerados profissionais da educação básica e sobre a fixação de prazo para 
a elaboração ou adequação de seus planos de carreira, no âmbito da União, dos 
26
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 53, de 2006) 
 A Constituição Federal declara como princípios do ensino a igualdade de 
condições de acesso e permanência com oferta de uma escola com um padrão 
de qualidade que possibilite a todos brasileiros cursar uma escola com boas 
condições de funcionamento e de competência educacional, em termos de 
pessoal, material, recursos financeiros e projeto pedagógico, que lhes permita 
jieoujfjcas e sejwjoijcas a “etcpma ie rvamjiaie cpnvn” ie ijsejup ie upipt pt 
cidadãos (ARELARO, 2005, p.37). 
Importância da gestão democrática nas escolas 
 É importante garantir métodos coletivos de participação e tomada de 
decisões assertivas para as diversas situações apresentadas. 
 A gestão escolar dos sistemas de ensino e de suas escolas constitui uma 
dimensão e um enfoque de atuação na estruturação organizada e orientação 
da ação educacional que objetiva promover a organização, a mobilização e a 
articulação de todas as condições estruturais, funcionais, materiais e humanas 
necessárias para garantir o avanço dos processos sócios educacionais. (LUCK, 
2006, p.26) 
 A Gestão Democrática deve ser transparente e garantir a implementação 
de políticas educacionais comprometidas com a qualidade do ensino. 
 
 Contudo, não se pode pensar em Gestão Democrática sem a participação, 
presença e comprometimento da comunidade. Sendo assim, os instrumentos 
que possibilitam a efetivação da Gestão Democrática são as Instâncias 
Colegiadas. Para que estas participem das discussões e decisões da escola, é 
preciso que a equipe diretiva informe e divulgue as ideias e ações, com 
transparência, para toda a comunidade escolar. 
 
 As Instâncias Colegiadas - APMF, Conselho Escolar, Grêmio Estudantil e 
Conselho de Classe - são organizações compostas por representantes de todos 
os segmentos da comunidade com o objetivo de auxiliar o diretor na função de 
Gestor Escolar, nas decisões e encaminhamentos para solucionar os problemas 
do cotidiano da escola, mas tendo como objetivo principal a busca pela 
melhoria da qualidade no processo ensino e aprendizagem. 
 
Como implementá-la na escola 
 É preciso dar a oportunidade de participação, pois não há gestão 
democrática sem a vivência do exercício de participação e de tomada de 
decisões por todos. 
 É necessário ter em mente que a democratização da gestão educacional 
não ocorrerá sem uma compreensão mais ampla da função política e social da 
escola, lócus privilegiado da educação sistematizada, e da sua importância no 
processo de transformação da sociedade, à medida que ela se compromete 
cpn a fvoçãp ie “preparar e elevar o indivíduo ao domínio de instrumentos 
culturais, intelectuais, profissionais e políticos” (QO~Q��U�S, 1987, q. 43). 
Pilares da gestão democrática 
1- Gestão pedagógica: Planejamento de conteúdos e métodos relacionados à 
educação. 
2- Gestão administrativa: Parte responsável por cuidar da estrutura da escola 
garantindo seu funcionamento. 
3- Gestão financeira: Incumbido de pelas finanças da instituição, viabilizar 
recursos e equilibrá-los. 
27
4- Gestão de pessoas: É realizada em 3 instâncias -> A supervisão que atua 
diretamente com professores, os orientadores que mediam a resolução de 
problemas professor/aluno/famílias e a direção que é a articuladora de tudo, 
precisa estaratento a todos esses processos e participar diretamente da 
gestão de pessoas. 
5- Gestão da comunicação: Alem de promover a comunicação entre 
professores, aluno e comunidade, esta ligada a gestão de pessoas como forma 
de evitar ou minimizar problemas. 
6- Administrar o tempo em tarefas do cotidiano, resolver janelas de horários, 
falta de professores, conflitos escolares e problemas do dia-dia escolar. 
Papel do gestor escolar 
 O foco da atuação do gestor escolar tem como orientação principal 
coordenar a elaboração coletiva da ação educacional e pedagógica da escola. O 
gestor escolar coordena juntamente com o coordenador pedagógico, ações 
relativas à: 
 Organizar e coordenar as atividades de planejamento e a elaboração do 
Projeto Político Pedagógico (PPP); 
 Dar assistência pedagógico-didática aos professores no auxilio à 
organização das atividades adequadas às necessidades dos educandos; 
 Efetivação das atividades de rotina como: reuniões pedagógicas, 
conselhos de classe, escolha do livro didático, diagnostico de 
aprendizagem, material didático necessário as aulas; 
 Acompanhar a aprendizagem dos estudantes, definir quais expectativas 
devem ser atingidas pelas turmas; 
 Divulgar os objetivos da escola, apresentar resultados a comunidade 
escolar; 
 Elaborar o calendário escolar; 
 Definição do tempo escolar e constituição das turmas; 
 Fortalecer a relação escola-comunidade; 
 Promover a formação continuada dos docentes e do pessoal técnico-
administrativo. 
 A visão do gestor educacional deve estar além dos muros da escola 
numa forma de situar o cenário real na perspectiva de projetar a escola ideal. 
Deve estar além dos padrões considerados normais numa perspectiva de 
desafiar sempre o novo, saindo um pouco do espaço burocrático inserindo mais 
na área pedagógica. A forma de administrar a educação constitui-se num fazer 
coletivo, no processo diversificado e múltiplo onde várias falas têm direito a voz 
definindo o padrão da educação de qualidade para todos. (BORDIGNON, G.; 
GRACINDO, R. V. 2004) 
 Mas, se a transformação da autoridade no interior da escola for 
entendida como uma quimera, se a participação efetiva das camadas 
trabalhadoras nos destinos da educação escolar for uma utopia no sentido 
apenas de sonho irrealizável, e não no sentido que falando de escola como algo 
que possa contribuir para a transformação social e, definitivamente, devemos 
deixar cair as máscaras e as ilusões com relação à escola que aí está e partir 
para outras soluções, ou então cruzar os braços e esperar passivamente que os 
gsvqpt ipnjoaouet, qps nejp ie tvat “sefpsnat” e acpnpiaçõet” ie jouesettet, 
continuem nos fazendo engolir as soluções paliativas dos que os mantêm 
permanentemente no poder (PARO, 2005, p. 14) 
 
28
Gestão 
democrática 
Espaço de articulação de idéias e ações 
desenvolvidas no ambiente escolar, conta 
com a participação de pais, professores, 
estudantes e demais funcionários. 
Essa participação ocorre por meio das 
Instâncias colegiadas. (APMF, Conselho 
escolar, Grêmio estudantil e Conselho de 
classe), que são representações de todos 
os segmentos. 
 
A democratização da gestão 
educacional não ocorre sem que 
haja uma compreensão mais ampla 
da função política e social da escola 
Não há gestão democrática sem a 
vivência do exercício de participação e 
de tomada de decisões por todos. 
O gestor é a figura que articula 
os diferentes braços operacionais 
e conceituais em relação ao 
plano de intenções. 
Nos Artigos 12 a 15 da LDB, A gestão é 
amparada na autonomia pedagógica e 
administrativa das escolas, elabora ações 
junto com todos os membros. Define linhas 
de atuação levando em consideração os 
objetivos da comunidades e dos alunos. 
Na CF/88 Art. 206 A gestão democrática 
é destacada como um dos princípios da 
educação 
O papel do gestor é mobilizar para 
que haja participação de todos na 
elaboração do PPP, como também, 
coordenar a elaboração efetiva das 
atividades de rotina e uma ação 
educacional coletiva e pedagógica 
na escola. 
A Gestão Democrática deve ser 
transparente e garantir a implementação 
de políticas educacionais comprometidas 
com a qualidade do ensino. 
Os pilares da gestão democrática: 
Gestão pedagógica, gestão 
administrativa, gestão financeira, 
gestão de pessoas, gestão da 
comunicação, administração do 
tempo e tarefas cotidianas. 
29
Projeto Político Pedagógico – 
PPP 
 Em geral, trata-se de um documento que norteia as bases de ações da 
instituição. Ele assume as diretrizes como compromisso de gestão escolar 
participativa. 
 O PPP é uma ferramenta teórico - metodológico responsável pela 
organização e integração do trabalho escolar, visando à transformação dessa 
realidade e acreditando que cada escola irá construir suas alterações a partir 
de condições específicas. Sabendo-se que a maior compreensão é que o 
projeto pedagógico é o elemento que busca um rumo, um direcionamento para 
as práticas que serão desenvolvidas na escola é um instrumento que tem a 
responsabilidade de construção da identidade da escola. 
 Os resultados direcionados do PPP são estudados, executados e 
amparados pela LDB/ 9.394/96, as leis não fazem milagres por si só, é 
necessário pessoas que construam suas práticas visando a democratização do 
espaço escolar. 
 Esse documento não é algo que é construído e em seguida arquivado ou 
encaminhado ás autoridades educacionais apenas como prova de cumprimento 
de tarefas burocráticas, não pode ser visto como nada além de um papel 
guardado na gaveta. 
 Na LDB (Lei de Diretrizes e Bases), nos artigos citados no capítulo 
anterior (12 a 15), destacam-se três grandes eixos diretamente relacionados à 
construção do projeto pedagógico: Eixo da Flexibilidade, Eixo da Avaliação e Eixo 
da Liberdade Considerando esses três eixos, a LDB destaca na escola um 
importante ambiente educativo e nos profissionais da educação uma 
capacidade técnica e política que os certifica a participar da elaboração do seu 
projeto pedagógico. Nessa perspectiva democrática, a lei estende o papel da 
escola diante da sociedade, coloca-a como centro de atenção das políticas 
educacionais mais gerais e sugere o fortalecimento de sua autonomia. 
 Os conceitos que aparecem no próprio nome do documento também 
podem ser úteis para esclarecer a necessidade e o objetivo do Projeto Político 
Pedagógico: 
- Projeto: é uma reunião de propostas que têm como objetivo a realização de 
uma ação. Assim, essa palavra traz a ideia de futuro, que tem como ponto de 
partida o presente; 
- Político: esse termo se refere à função social das instituições de ensino. Seu 
significado está relacionado à possibilidade de fazer da escola um espaço 
emancipatório que atua na formação de cidadãos ativos na construção da 
sociedade; 
- Pedagógico: a palavra define o conjunto de métodos utilizados na educação 
para que cada sujeito se desenvolva de forma global. No documento, o termo 
faz menção a todos os projetos e atividades educacionais que são utilizados 
nos processos de ensino e aprendizagem. 
 “ Nãp te cpotusój vn qspkeup ten vna direção política, um norte, um 
rumo. Por isso, todo projeto pedagógico é também político, o projeto pedagógico 
da escola é, por isso mesmo, sempre um processo inconcluso, uma etapa em 
ijseçãp a vna fjoamjiaie rve qesnaoece cpnp hpsjzpoue ia etcpma.” (�aiputi, 
2000) 
 Para se construir a proposta curricular de uma escola faz-se necessário 
seguir algumas etapas que serão de grande importância para a construção do 
PPP. Veja quais são as etapas: 
 Diagnóstico da realidade escolar; 
 Levantamento das concepções do coletivo da escola; 
30
 Definições de estratégias, pessoais ou grupos, visando garantir as ações. 
estabelecidas pelo coletivo. 
 Essas etapas, juntas e bem consolidadas revelam-se como elemento 
dinâmico que contribui para criação da identidade da escola. 
 A construção do projeto

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