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PROTEÇÃO CONTRA INCENDIOS E EXPLÕES

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PROTEÇÃO CONTRA INCENDIOS E 
EXPLOSÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PROTEÇÃO CONTRA INCENDIOS E 
EXPLOSÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
 
CONSIDERAÇÕES SOBRE INCÊNDIO E EXPLOSÃO ................................................................4 
TEORIA DO FOGO ...............................................................................................................................4 
TETRAEDRO DO FOGO .....................................................................................................................6 
PRINCÍPIO DA COMBUSTÃO ..........................................................................................................11 
QUANTO À VELOCIDADE DA COMBUSTÃO ..............................................................................11 
QUANTO ÀS REAÇÕES DA COMBUSTÃO ..................................................................................12 
CLASSIFICAÇÃO DOS INCÊNDIOS ...............................................................................................18 
PROPORÇÃO DOS INCÊNDIOS .....................................................................................................18 
COMBUSTÍVEL ...................................................................................................................................20 
PROPAGAÇÃO, EXTINÇÃO E CLASSES DE RISCO .................................................................21 
CONDUÇÃO ........................................................................................................................................22 
CONVECÇÃO ......................................................................................................................................23 
IRRADIAÇÃO .......................................................................................................................................25 
FORMAS DE EXTINÇÃO...................................................................................................................28 
ISOLAMENTO ......................................................................................................................................29 
RESFRIAMENTO ................................................................................................................................30 
ABAFAMENTO ....................................................................................................................................31 
EXTINÇÃO QUÍMICA .........................................................................................................................33 
NR 23 - PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO ....................................................................................35 
CLASSE DE RISCO DAS EDIFICAÇÕES ......................................................................................38 
QUANTO À CONSTRUÇÃO .............................................................................................................39 
QUANTO AO RISCO DE INCÊNDIO ...............................................................................................40 
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS MÓVEIS DE COMBATE AO INCÊNDIO .............................44 
AGENTES EXTINTORES ..................................................................................................................44 
ÁGUA ....................................................................................................................................................45 
DIÓXIDO DE CARBONO (CO2) .......................................................................................................48 
ESPUMA ...............................................................................................................................................49 
EQUIPAMENTOS FIXOS DE COMBATE AO INCÊNDIO ...........................................................80 
 ..............................................................................................................................................................105 
BRIGADA DE EMERGÊNCIA .........................................................................................................105 
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................131 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES SOBRE INCÊNDIO E EXPLOSÃO 
 
Inicialmente, iremos estudar um pouco sobre alguns dos principais incêndios 
que ocorreram no Brasil, temos muitos incêndios, citaremos alguns que tiveram 
repercussão nacional e, que, a partir dessas catástrofes, mudaram ou tornaram as 
normas mais rígidas. A partir dos incêndios, Gran Circo Norte Americano Edifício 
Joelma, Boate Kiss e da explosão do Restaurante Filé Carioca, veremos a diferença 
entre um incêndio e uma explosão. 
Na sequência, falamos sobre o tetraedro do fogo, ou seja, quatro lados iguais. 
Dessa forma, com a mesma importância e mostrarei que são quatro elementos: 
combustível, comburente, fonte de calor e reação em cadeia, quando esses 
elementos estão jun tos e nas mínimas condições haverá fogo. 
Veremos, também, sobre o princípio da combustão, a definição de 
combustão, a velocidade da combustão, que pode ser desde incêndios até 
explosões, os tipos de reação da combustão que pode ser completa e incompleta e, 
por fim, qual a porcentagem de oxigênio presente na combustão. 
 
TEORIA DO FOGO 
 
A partir de agora, iremos estudar como acontece o fogo, 
quais são as condições necessárias e suficientes para que o 
fogo se inicie. Por isso, passarei para vocês algumas 
defi nições que serão importantes. Todas as definições abaixo 
foram retiradas do Código de Segurança Contra Incêndios e 
Pânico do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar – 
Terminologia de Segurança Contra Incêndio, cada estado 
possui um código diferente que, em mu itos aspectos, 
coincidem, no caso das definições, que similares nos códigos. Vamos analisar as 
diferenças entre os seguintes conceitos: fogo, combustão, incêndio e explosão. 
 
FONTE: https://br.pinterest.com/pin/856669160340829420/ 
 
 
 
 
5 
 
Fogo é a resultante de uma reação química de oxidação (processo de 
combustão), caracterizada pela emissão de calor, luz e gases tóxicos. Para que o fogo 
exista, é necessária a presença de quatro elementos: combustível, comburente 
(normalmente o Oxigênio), calor e reação em cadeia. 
De acordo com a definição do fogo, para que exista 
fogo, é necessário que seus elementos estejam em 
condições mínimas, ou seja, tenha o combustível, com o 
mínimo de oxigênio, na temperatura correta e que produza 
uma faísca, a união dessas condições produzirá uma chama, 
sendo que essa chama sob controle é o fogo. Por exemplo a 
chama de um fósforo. 
Combustão é a ação de queimar ou arder. Estado de um corpo que queima, 
produzindo calor e luz. Oxidação forte com produção de calor e normalmente de 
chama (não obrigatoriamente). Reação química que resulta da combinação de um 
elemento combustível com o oxigênio (comburente), com intensa produção de energia 
calorífica e, não obrigatoriamente, de chama (CSCIPCB/PMPR, NPT 003, p. 10). 
A combustão é o ato de queimar esse combustível, que deve conter 
porcentagens mínimas de oxigênio se não a combustão não acontece. Essa 
combustão pode produzir chamas e brasas ou somente brasas e, também, a energia 
irradiada sem a presença de efeitos luminosos. 
Incêndio: é o fogo sem controle, intenso, o qual causa danos e prejuízos à vida, 
ao meio ambiente e ao patrimônio (CSCIP-CB/PMPR, NPT 003, p. 26). 
Explosão: fenômeno acompanhadode rápida expansão de um sistema de 
gases, seguida de uma rápida elevação na pressão; seus principais efeitos são o 
desenvolvimento de uma onda de choque e ruído (CSCIP-CB/PMPR, NPT 003, p.22). 
Agora, vamos entender alguns conceitos: o fogo é um fenômeno sobre controle 
em que a resultante do processo de combustão, ou seja, é a parte visível da 
combustão e a combustão é a queima propriamente dita de uma substância. 
Comparando o fogo com o incêndio e a explosão verifica-se que a diferença está na 
questão da velocidade, ou seja, o fogo é a queima controlada, o incêndio é o fogo 
FONTE: https://br.pinterest.com/pin/640426009508053314/ 
 
 
 
 
 
 
6 
 
sem controle e a explosão é uma rápida expansão dos gases acompanhado do 
ruído e da queima. 
Inicialmente, quando começaram o s estudos sobre o fogo, entendia - se, que, 
para que ocorresse o início do fogo, eram necessários três elementos, ou seja, o 
triângulo do fogo. Os três elementos são combustível, comburente e o calor. 
 
Figura : Triângulo do Fogo 
 
TETRAEDRO DO FOGO 
 
Com o passar dos anos, verificou - se a necessidade se de incluir mais um 
elemento no triângulo do fogo, dessa forma os elementos que compõe o tetraedro 
do fogo são combustível, comburente, calor e reação em cad eia. Vamos entender 
todos estes elementos que, juntos, em quantidades e condições adequadas, trazem, 
como resultante, o fogo. 
 
Figura - Tetraedro do Fogo 
 
 FONTE: https://www.cursodebombeiro.com.br/8269-2/ 
 
 
 
 
 
7 
 
OS ELEMENTOS DO FOGO 
 
■ Combustível: o combustível é todo o material que pode ser 
queimado. Independente do estado físico que ele esteja, a saber, sólido, liquido ou 
gasoso. Os combustíveis sólidos e líquidos precisam mudar de estado com ação do 
calor para o estado gasoso, combinados com o com o comburente (oxigênio), 
formem uma substância inflam ável (CAMILO Jr., 2012). 
O combustível sólido, quando exposto a um determinado nível de energia 
( calor ou radiação) sofre um processo de decomposição térmica, denominado 
pirólise, e desenvolvem produtos gasosos (gás e vapor), que, com o oxigênio do ar, 
for ma mistura inflamável (ou mistura explosiva). Essa mistura na presença de uma 
fonte de energia ativante (faísca, chama, centelha) se inflama. Caso o nível de 
energia incidente sobre o sólido for suficiente para manter a razão da pirólise para 
formara mistu ra inflamável, haverá a continuidade da combustão. A continuidade da 
combustão ocorre, na maioria dos casos, pelo calor da própria chama do material 
em combustão (SEITO et al, 2008, p. 37). 
Os combustíveis sólidos, ao entrarem em contato com oxigênio, se inflamam, 
e se aqueçam, liberando vapores das substâncias que estão queimando, quanto 
mais se aquecem mais vapores liberam e, assim, o combustível entra em 
combustão. Exemplos de combustíveis sólidos são: papel, madeira, plástico, palha, 
ferro, tecido, alg odão entre outros. 
 
 
 
Figura : Materiais sólidos – palha, tecido e papel 
 
 Combustível Líquido: os combustíveis líquidos podem ser 
divididos em voláteis e não voláteis. Os voláteis são aqueles que desprendem gases 
inflamáveis à temperatura ambiente. Ex: álcool, éter, benzeno. Os não voláteis são 
©shutterstock 
 
FONTE: https://www.cursodebombeiro.com.br/8269-2/ 
 
 
 
 
 
 
8 
 
aqueles que desprendem gases inflamáveis à temperatura maiores do que a do 
ambiente. Ex: óleo, graxa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura: Combustíveis líquidos inflamáveis 
 
O combustível líquido quando exposto a um determinado grau de calor, não 
sofre decomposição térmica, mas, sim, o fenômeno físico denominado evaporação, 
que é a liberação dos vapores, os quais, em contato com o oxigênio do ar, forma a 
mistura inflamável (ou mistura explosiva). Essa mistura na prese nça de uma fonte de 
energia ativante (faísca, chama, centelha) se inflama. A queima terá continuidade 
caso o líquido atinja a sua temperatura de combustão. Os combustíveis líquidos são 
na sua maioria derivados de petróleo, que são denominados hidrocarbonet os. As 
substâncias oleígenas retiradas de plantas e gorduras animais têm mecanismo 
semelhante, na ignição, aos derivados de petróleo (SEITO et al, 2008, p. 37). 
Os combustíveis líquidos, que são voláteis, são aqueles que quando abrimos 
o recipiente em que estão contidos, conseguimos, em temperatura ambiente, sentir 
seu cheiro, que são os vapores da substância. Os vapores são inflamados e, com a 
ação do calor, a parte líquida evaporará para se inflamar. Já os combustíveis 
líquidos não voláteis são aqueles qu e são necessários primeiro o aquecimento 
depois estes se inflamam com a presença do oxigênio. 
■ Combustível Gasoso: diferentemente dos líquidos e sólidos em 
que há a necessidade de transformação do estado físico, os combustível gasoso 
permanecem no mesmo est ado, ou seja, no estado gasoso. Esse combustível se 
incendeia quando estão em contato com o oxigênio e uma faísca. São combustíveis 
que se inflamam de forma rápida e consomem o combustível de forma rápida 
FONTE: https://www.cursodebombeiro.com.br/8269-2/ 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
também. 
Assim considerado quando se apresenta em fo rma de gás ou vapor na 
temperatura do ambiente. Esse combustível em contato com o oxigênio do ar forma 
a mistura inflamável (ou mistura explosiva), que na presença de uma energia 
ativante (faísca, chama, centelha) se inflama. Os combustíveis gasosos são, n a 
maioria, as frações mais leves do petróleo. Outros gases combustíveis mais 
conhecidos que não derivam do petróleo são: hidrogênio, o monóxido de carbono, 
amônia, dissulfeto de carbono (SEITO et al, 2008, p. 38). 
Acidentes domésticos com vazamento de gás de cozinha são muito comuns e 
dependendo da quantidade de combustível disponível para a queima, na presença 
de oxigênio, e uma faísca, pode causar explosões, por isso os fabricantes misturam, 
na sua composição, a metil mercaptana, para alertar vazamentos d e GLP (gás 
liquefeito de petróleo) uma vez que este gás não tem cheiro. Outros exemplos de 
Combustíveis Gasosos são butano, propano, GLP e etano. 
 
 Figura : Combustível gasoso – GLP 
 
O SEGUNDO ELEMENTO DO FOGO QUE IREMOS ESTUDA R É O 
COMBURENTE 
 
■ Comburente: o fogo não acontecerá, dependendo da 
porcentagem existente. Este elemento é o oxigênio, lembrando que o ar atmosférico 
ideal possui 21% de O2 e 79% N2, por isso, quando riscamos um fósforo ele se 
FONTE: https://www.assistenciatecnicadmark.com.br/oque-e-gas-glp/ 
 
 
 
 
 
10 
 
acende, o ar atmosférico poss ui a quantidade suficiente de oxigênio para iniciar uma 
combustão. 
O comburente é o elemento ativador do fogo, o comburente dá vida às 
chamas, e o mais comum é o oxigênio, contido no ar atmosférico numa porcentagem 
entre 21% (CAMILO Jr., 2012, p. 18). 
Vere mos que a porcentagem de oxigênio presente na combustão é muito 
importante e dela é que saberemos se a combustão estará em sua plenitude, 
incandescência ou não haverá fogo. 
3 - ) Calor: é o elemento que dá início ao fogo; é ele que faz o fogo se propagar 
pelo combustível (CAMILO Jr., 2012, p. 19). A faísca, a chama, o superaquecimento 
de equipamentos, a sobrecarga em aparelhos energizados são exemplos de calor. 
■ Reação em cadeia: uma reação em cadeia é uma sequência de 
reações que ocorrem durante o fogo, pr oduzindo sua própria energia de ativação (o 
calor) enquanto há comburente e combustível para queimar (CAMILO JR., 2012 p. 
20). 
A reação em cadeia é quando o processo seguinte acontece continuamente e 
progressivamente. Os materiais combinados com o oxigênio e submetidos a uma 
temperatura mais alta, essa mistura inflamarse- á, gerando maior quantidade de 
calor, que vai aquecendo novas partículas do combustível e inflamando - as de forma 
contínua e progressiva, gerando maior quantidade de calor (CAMILO Jr., p. 19 , 
2012). 
Percebemos que precisamos de várias condições para que ocorra o fogo. 
Iniciaremos pelo combustível, ou seja, a substância que queremos queimar, caso 
esta não esteja no estado físico adequado esta precisará se adequar. Segundo é 
necessário que poss ua a quantidade mínima de comburente no local onde o 
combustível se encontra, senão não haverá fogo. E que possua calor suficiente para 
aquecer o combustível em um dos pontos notáveis, pois se não tiver temperatura 
correta o corpo não se aquece e, portanto não inflama. 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
Figura: Triângulo do fogo 
 
Um dos exemplos mais simples de triângulo do fogo é uma vela acessa. Na 
qual o combustível é a cera que envolve o pavio, o comburente é o oxigênio 
presente no ar atmosférico e calor nesse caso é a chama do fósforo aceso. 
 
PRINCÍPIO DA COMBUSTÃO 
 
A combustão é a queima propriamente dita, pode ser classificada de três 
formas: quanto a velocidade, reação e a porcentagem de O2. A combustão quanto a 
velocidade pode ser lenta, viva e muito viva ou instantânea. Já quanto a reação 
pode ser completa ou incompleta. E por fim quanto a porcentagem de oxigênio, 
dependendo da quantidade de oxigênio sua chama estará em plenitude, 
incandescência ou não é possível ter fogo. 
 
QUANTO À VELOCIDADE DA COMBUSTÃO 
 
■ Segundo Camillo Jr. (2012, p.20), combustão lenta é aquela em 
que o fogo só produz calor, não há chama, isto é, não há luz, e geralmente se 
processa em ambientes pobres em oxigênio. 
■ De acordo Camillo Jr. (2012, p.20), combustão ativa é aquela em 
que o fogo, além de produz ir calor, produz também chama, isto é, luz, e se processa 
em ambientes ricos em oxigênio. 
Tipos de combustão ativa ou viva são os incêndios em geral. 
FONTE: https://www.cursodebombeiro.com.br/8269-2/ 
 
https://www.cursodebombeiro.com.br/8269-2/
 
 
 
 
 
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Figura : Combustão viva – Incêndio 
 
■ Conforme Camillo Jr. (2012, p.20), explosão é a combustão rápi da 
que atinge altas temperaturas, essa transformação de energia se caracteriza por 
violenta dilatação dos gases que, por sua vez, exercem também violenta pressão 
nas paredes que o confinam. 
 
QUANTO ÀS REAÇÕES DA COMBUSTÃO 
 
A combustão pode ser completa ou incompleta, dependendo da quantidade 
de oxigênio. Na combustão completa ocorre a queima total de oxigênio e na 
combustão incompleta, a queima parcial de oxigênio (CAMILLO Jr., 2012, p.21). 
Quando duas substâncias reagem quimicamente entre si, se transforma m em 
outras substâncias. Esses produtos finais resultantes da combustão, que 
dependerão do tipo do combustível, normalmente são: Gás carbônico (CO2), 
Monóxido de carbono (CO), fuligem, cinzas, vapor d´água, mais calor e energia 
luminosa. 
Um combustível em contato com o oxigênio do ar pode formar em seus 
produtos tanto gás carbônico, monóxido de carbono ou carbono, além da água. Em 
todos os casos, esses produtos dependerão, principalmente, da quantidade de 
oxigênio que o seu combustível está em contato. 
Na c ombustão completa, reagimos o combustível com o oxigênio e o calor e 
forma - se o gás carbônico e a água. 
 
FONTE: https://www.cursodebombeiro.com.br/8269-2/ 
 
https://www.cursodebombeiro.com.br/8269-2/
 
 
 
 
 
13 
 
Combustível + oxigênio + calor → CO2+H2O 
Figura : Combustão Completa - chama azul 
 
Já, na combustão incompleta, reagimos o combustível com o oxigênio e o 
calor e forma - se monóxido de carbono e água, além da energia e da fumaça que 
cada reação produz. 
 
Combustível + oxigênio + calor → CO+H2O 
 
A fumaça é um dos produtos da combustão, sendo o resultado de uma 
combustão incompleta, onde pequenas partículas sólidas se tornam visíveis . 
Para entendermos melhor os conceitos de combustão completa e incompleta, 
vá até o nosso fogão e acenda uma das bocas, se a chama que estiver saindo do 
seu fogão for azul, então está produzindo uma reação completa, ou seja, todo o 
combustível liberado pelo botijão em contato com o ar atmosférico e fornecido uma 
faísca está sendo consumido. A combustão será incompleta quando a chama do seu 
fogão for alaranjada, ou seja, o combustível liberado pelo botijão não está sendo 
consumido c ompletamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: https://www.cursodebombeiro.com.br/8269-2/ 
 
https://www.cursodebombeiro.com.br/8269-2/
 
 
 
 
 
14 
 
PORCENTAGEM DE O2 NA COMBUSTÃO 
A quantidade de O2 no ambiente é extremamente importante, pois sem o O2, 
nas quantidades corretas, não ocorr e a combustão. Observe a tabela . 
 
A PARA O2 DE QUANTIDADE 
COMBUSTÃO 
TIPO DE COMBUSTÃO 
De 13% a % de O 2 21 Viva ou Plena 
De 8% a 13% de O2 Lenta ou incandescente 
De 0% a 8% de O2 Não ocorre 
Tabela: Quantidade de Oxigênio em uma combustão Fonte: Camillo Jr. (2012, p.18). 
 
Um exemplo prático e fácil que pode se verificar a diminuição do oxigênio é o 
seguinte: acendemos uma vela e colocarmos um copo sobre a vela, de tal forma que 
não seja possível haver um contato entre oxigênio e a vela e o copo. É possível 
verificar que a chama diminuirá, gradativamente, até se apagar. Quando ela se 
apagar, certamen te a quantidade de oxigênio estará entre 0% e 8%, ou seja, não 
terá oxigênio suficiente para manter a combustão (CAMILLO Jr., 2012). 
Existem combustíveis que já possuem oxigênio em sua composição, como é 
o caso da pólvora, nitratos, celuloides etc, que pod em queimar em qualquer lugar, 
com ou sem a presença de ar (CAMILLO Jr., 2012, p.19). 
 
 
PONTOS NOTÁVEIS 
 
Os pontos notáveis são definidos com três pontos diferentes de temperatura. 
A maioria das substâncias ou combustíveis possuem os três pontos notáveis que 
iremos estudar. Cada combustível tem os seus pontos notáveis que, provavelmente, 
não serão os mesmos d e outra substância. Os três pontos notáveis que iremos 
estudar são: ponto de fulgor, ponto de combustão e temperatura de ignição. 
Segundo Camillo Jr. (2012, p.24), nos estudos de prevenção e extinção de 
incêndios, devemos saber como os diversos materiais s e comportam em rela ção ao 
calor. 
O ponto de fulgor é definido segundo Camillo Jr. (2012, p.24 - 25) , como : [...] 
é a temperatura mínima necessária para que um combustível desprenda vapores ou 
 
 
 
 
15 
 
gases inflamáveis, que, combinados com o oxigênio do ar em contato com uma 
chama, começam a se queimar, mas a chama não se mantém porque os gases 
produzidos são ainda insuficientes. É chamado ponto de lampejo ou flash point. 
Dizemos que um combustível está em seu ponto ou temperatura de fulgorno momento 
em que, ao aproximar uma chama externa aos gases desprendidos pelo aquecimento 
e em contato com o oxigênio, um lampejo for emitido (acende e, em seguida, apaga). 
Tomemos, como exemplo, o álcool num dia frio. Se quisermos queimá-lo, só 
conseguiremos que se incendeie efetivamente depois da terceira ou quarta tentativa 
de ateamento de fogo. 
Conforme Camillo Jr. (2012, p.25), a principal característica desse ponto é que, 
se retirarmos a chama, o fogo se apagará por causa da pouca quantidade de calor 
para produzir gases suficientes e manter a transformação em cadeia, ou seja, manter 
o fogo. 
De acordo com Seito et al, (2008, p.39), o ponto de fulgor é a menor tempe- 
ratura em que ocorre um lampejo, provocado pela inflamação dos vapores da amostra, 
pela passagem de uma chama piloto, ou ainda, a menor temperatura em que a 
aplicação da chama piloto produz um lampejo provocado pela infla- mação dos 
vapores desprendidospela amostra. 
Segundo o Código dos Bombeiros, ponto de fulgor é a menor temperatura na 
qual um combustível emite vapores em quantidade suficiente para formar uma mistura 
com o ar na região, imediatamente, acima da sua superfície, capaz de entrar em 
ignição quando em contato com uma chama e não mantê-la após a retirada da chama. 
Outro exemplo comum do ponto de fulgor se dá na churrasqueira em que 
preparamos nosso churrasco. Coloca-se o carvão e joga-se óleo ou álcool no carvão 
e, em seguida, ateia-se fogo, este, por sua vez, consome o álcool e/ou o óleo e 
inicialmente não pega fogo no carvão, após o consumo do álcool ou óleo, o carvão se 
apaga, pois o carvão está em uma temperatura abaixo do ponto de fulgor e por isso 
só pega fogo no álcool. Se atearmos fogo novamente, o carvão vai começar a sair 
fumaça e em seguida apagar. Neste momento, o carvão está no ponto de fulgor, pois 
não tem gases ou vapores suficientes para manter a combustão. 
 
 
 
 
 
16 
 
 Figura: Ponto de Fulgor 
 
O ponto de combustão é definido, segundo Camillo Jr. (2012, p. 25 - 26) , como : 
É a temperatura mínima necessária para que um combustível despre nda vapores ou 
gases inflamáveis que, combinados com o oxigênio do ar e ao entrar em contato 
com uma chama, se inflamam, e, mesmo que se retire a chama, o fogo não se 
apaga, pois essa temperatura faz gerar, do combustível, vapores ou gases 
suficientes para manter o fogo ou a transformação em cadeia. No instante em que, 
ao atearmos fogo, ele se instala e permanece, dizemos que o combustível se 
encontra em seu ponto ou temperatura de combustão (fire point). 
Conforme Seito et al. (2008, p. 39), o ponto de comb ustão é a temperatura em 
que a amostra, após inflamar - se pela passagem da chama piloto, continua a queimar 
por cinco segundos, no mínimo. Segundo Código dos Bombeiros, o ponto de 
combustão é a menor temperatura na qual um combustível emite vapores em 
quant idade suficiente, para formar uma mistura com o ar na região imediatamente 
acima da sua superfície, capaz de entrar ignição quando em contato com uma 
chama e manter a combustão após a retirada da chama. 
Voltando ao nosso churrasco, se atearmos fogo novamen te no carvão já 
aquecido anteriormente, e começarmos a abanar (fornecendo oxigênio a 
combustão), o fogo começará a pegar e não apagará enquanto tiver carvão ou 
brasa, certo? Nesse momento, a temperatura do carvão atingirá o ponto de 
combustão, possuindo, p ortanto, vapores suficientes para manter a combustão. 
 
 
 
 
 
 
FONTE: https://www.cursodebombeiro.com.br/8269-2/ 
 
https://www.cursodebombeiro.com.br/8269-2/
 
 
 
 
 
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 Figura : Ponto de Combustão 
A temperatura de ignição é definido conforme Camillo Jr. (2012, p. 26 - 27) , 
como: [...] a temperatura em que os gases desprendidos dos combustíveis entram 
em combustão apenas pelo contato com o oxigênio do ar, independentemente de 
qualquer fonte de calor. Até agora, para provocarmos uma combustão, tivemos de 
lançar mão de uma chama externa. Mas, se continuarmos aque cendo o combustível, 
ele chegará a atingir a sua temperatura mais crítica, a temperatura de ignição 
espontânea, e então os vapores por ele desprendidos entrarão em combustão pelo 
simples contato com o oxigênio, sem o auxílio da chama externa. 
Segundo Códi go dos Bombeiros, a temperatura de ignição é a temperatura 
mínima em que ocorre uma combustão independente de uma fonte de ignição como 
chama e faísca. O simples contato do combustível com o comburente é suficiente 
para estabelecer a reação. 
Um exemplo muito típico quando se inflama sem o necessidade de chamas é 
em quando vemos um campo ou floresta muito seca e um calor muito grande de 
repente a floresta começa a se inflamar (ou pegar fogo) espontaneamente. 
 
 
 
 
 
 
Figura: Temperatura de Ignição 
 
 
 
FONTE: https://www.cursodebombeiro.com.br/8269-2/ 
 
FONTE: https://www.cursodebombeiro.com.br/8269-2/ 
 
https://www.cursodebombeiro.com.br/8269-2/
https://www.cursodebombeiro.com.br/8269-2/
 
 
 
 
 
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CLASSIF ICAÇÃO DOS INCÊNDIOS 
 
A classificação dos incêndios pode ser divida em duas formas quanto à 
proporção e quanto aos combustíveis. A proporção é a extensão que seu incêndio 
pode atingir e o combustível são as classes de incêndio, que são os combustíveis 
que estão sendo incendiados. Gostaria que você prestasse bastante atenção na 
diferenciação das classes, pois a partir dela é que saberemos como devemos 
proceder para sua extinção e como, possivelmente, será sua propagação. 
 
PROPORÇÃO DOS INCÊNDIOS 
 
Os incêndio s podem ser classificados quanto a proporção em: principio de 
incêndio, pequeno incêndio, médio, grande ou extraordinário. Quando falamos de 
proporção quero que vocês entendam que não tem ligação com o número de mortos 
e sim quanto a sua extensão. Podemos ter um incêndio extraordinário sem mortos 
ou com poucos mortos, como podemos ter um incêndio de médias proporções como 
no caso da Boate Kiss, com centenas de mortos. 
■ Princípio de incêndio é o incêndio de mínimas proporções, 
embrionário, e que pode ser faci lmente extinto pela utilização de um ou mais 
aparelhos extintores portáteis. 
■ Exemplos típicos de incêndios nesse caso são: fogo em uma 
cesta de lixo, um aparelho eletrodoméstico incendiado. 
■ Pequeno incêndio - é o incêndio de pequenas proporções, 
normalmente, os objetos existentes dentro de um compartimento, porém, sem 
apresentar perigo iminente de propagação e necessitando, na sua extinção, de 
material e pessoal especializado. 
 
Outros exemplos que podem ser tido como possíveis locais para pequenos 
incêndios são: cômodos de uma casa, como o quarto, a sala, ou um estabelecimento 
comercial. 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura : Pequeno Incêndio – por exemplo, carro ou cômodo de casa 
 
■ Médio incêndio: é o incêndio de proporções relativas que queima 
na parte interna e externa de uma construção, destruindo as instalações e com 
grande risco de propagação, necessitando, para sua extinção do Corpo de 
Bombeiros. 
Outros exemplos da classificação de porte médio são: incêndios em uma sala 
comercial, uma casa pequena, uma unidad e de apartamento eu um edifício, uma 
boate, um restaurante. 
 
Figura: Médio incêndio – casa 
 
■ Grande incêndio: é o incêndio de propagação crescente, causador 
de grande devastação, destruidor de construções e muito resistente. Ex.: incêndio 
de um edifício. 
 
 
 
 
 
 
Figura : Grande incêndio – por exemplo, Prédios 
FONTE: https://www.cursodebombeiro.com.br/8269-2/ 
 
FONTE: https://www.cursodebombeiro.com.br/8269-2/ 
 
FONTE: https://www.cursodebombeiro.com.br/8269-2/ 
 
https://www.cursodebombeiro.com.br/8269-2/
https://www.cursodebombeiro.com.br/8269-2/
https://www.cursodebombeiro.com.br/8269-2/
 
 
 
 
 
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■ Extraordinário: São os incêndios catastróficos, abrangendo 
quarteirões, oriundos de bombardeios, terremotos e outros, necessitando para o seu 
combate, do emprego de todos os meios disponíveis em uma cid ade 
 
 
Figura: Incêndio extraordinário – por exemplo, florestas 
 
Os incêndios que ocorrem em indústria de qualquer natureza, ocorrendo, um 
escoamento de líquidos inflamáveis, que provoca vários incêndios. 
 
COMBUSTÍVEL 
 
O combustível foi dividido em cinco grandes classes, se for levar em 
consideração uma classificação mundial, aqui, no Brasil, a classificação se divide em 
quatro e, em alguns estados, são adotadas apenas três classificações, como os 
códigos são estaduais, dependerá de cada estado. 
Para comba ter o incêndio, o responsáveldeve conhecer as classes de fogo 
possíveis de ocorrer no local, para que possa selecionar o melhor meio de combatê - 
lo. Sendo assim, para facilitar o combate ao incêndio, o fogo foi dividido em classes 
( SALIBA, 2010, p. 62). 
Cla sse de incêndio é a classificação didática na qual se definem fogos de 
diferentes naturezas. Adotada no Brasil em quatro classes: fogo classe A, fogo 
classe B, fogo classe C e fogo classe D. Já existe uma tendência em incluir a classe 
K nos códigos dos Bom beiros do Brasil, mas essa inclusão ainda não aconteceu, 
apenas para completar a classe K é para a classe de materiais que incluem óleos 
FONTE: https://www.cursodebombeiro.com.br/8269-2/ 
 
https://www.cursodebombeiro.com.br/8269-2/
 
 
 
 
 
21 
 
vegetais ou animais e cozinhas industriais.Dra. Ana Elisa Lavezo 
 
PROPAGAÇÃO, EXTINÇÃO E CLASSES DE RISCO 
 
Vamos agora analisar as formas que o incêndio se propaga, entender as 
formas para extinção de um princípio de incêndio, compreender a NR 23 – Proteção 
contra incêndio, para fins de pesquisa e, por fim, ensinar as diferentes classes de 
risco das diferentes edificações. 
A propagação, ou seja, a forma que o fogo ele se alastra depende muito do 
material ou combustível que está em chamas. Depois de entendermos quais são as 
formas de propagação e suas características, você conseguirá classificar quais as 
formas de propagaçã o que, provavelmente, ocorreram nos incêndios. A partir dos 
conhecimentos do tetraedro do fogo e os elementos necessários para a ocorrência 
dos incêndios, é possível trabalhar para a extinção do fogo, sendo assim, veremos 
como ocorre a extinção do fogo par a cada tipo de incêndio. 
I remos estudar a NR 23 que regulamenta sobre a Proteção Contra Incêndio, e 
estudaremos que essa normativa sofreu algumas modificações a partir de 2012, 
introduzindo os Códigos dos Bombeiros de cada estado. Com isso, cada estado 
pôd e inserir suas normas e levar em consideração as diferenças presentes em casa 
código. Os códigos são similares, mas têm alguns que possuem peculiaridades 
diferentes. 
 
FORMAS DE PROPAGAÇÃO 
 
As formas de propagação nada mais são do que como nosso incêndio po de 
transmitir seu calor, gerando outros focos de fogo, existindo três formas dessa 
transmissão que são a condução, a convecção e a irradiação. 
Segundo Miranda Jr. et al (2005), o fogo pode se propagar pelo contato da 
chama com outros combustíveis ou por me io do deslocamento de partículas 
incandescentes ou pela ação do calor, transmitindo o calor de várias formas. 
O fogo se propaga por contato direto da chama com os materiais 
combustíveis, pelo deslocamento de partículas incandescentes, que se desprendem 
 
 
 
 
 
22 
 
de outros materiais já em combustão, e pela ação do calor. O calor é uma forma de 
energia produzida pela combustão ou originada do atrito dos corpos. Ele se propaga 
por três processos de transmissão: condução, convecção e irradiação (CAMILLO Jr., 
2012 , p. 28) . 
Cada uma dessas formas (condução, a convecção e a irradiação) tem 
características distintas, mas todas transmitem o calor para formarmos outro foco de 
fogo. Lembramos que, em incêndios grandes, geralmente, existe a ocorrência das 
três formas, sabemos que umas com maior intensidade e outras com menor, mas as 
três formas podem ser observadas em incêndios, por exemplo, em edifícios cujo 
fogo atinge vários andares. 
 
CONDUÇÃO 
 
Conforme Código dos Bombeiros de SP – IT02 (2015, p.96), a condução 
acontece através de um material sólido de uma região de temperatura elevada em 
direção a outra região de baixa temperatura. 
Condução é a transferência de calor de um ponto para outro de forma 
contínua. Esta transferência é feita de molécula a molécula sem que haja transporte 
da matéria de uma região para outra. É o processo pelo qual o calor se propaga da 
chama para a mão, através da barra de ferro (EPOQS, 2008, p. 20). 
 
 
 
 
 
 
 Figura : Formas de transferência de calor por condução 
 
Utilizando a definição anterior e as figuras anteriores, verificamos que a 
condução ocorre quando possui contato, entre a faísca e o fio do carregador ou o fio 
de uma corrente elétrica. Um dos exemplos que já mencionamos, inclusive, foi o 
incêndio do Edifício Joelma de São Paulo. 
FONTE: https://www.cursodebombeiro.com.br/8269-2/ 
 
https://www.cursodebombeiro.com.br/8269-2/
 
 
 
 
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De acordo com Camillo Jr. (2012, p. 29) [...] para que haja transmissão por condução 
ou contato, é necessário que os copos estejam juntos. Ex: se colocarmos a ponto de 
uma barra de ferro sobre o fogo, após algum tempo, podemos verificar que a outra 
ponta não exposta à ação do fogo estará aquecida. Nesse caso, o calor se transmitiu 
de molécula a molécula até atingir a outra extremidade da barra de ferro. Se 
colocarmos um fardo de algodão próximo a uma chapa de ferro e, na outra face da 
chapa, a chama de uma maçarico, em breve notaremos que a parte do fardo de 
algodão encostada na chapa de ferro também estará aquecida. Percebemos que a 
condução do calor tem a capacidade de transferência do calor de materiais condutores 
como é o caso da barra de ferro e, se algum outro combustível estiver encostado 
nessa barra, a transferência de calor também ocorre. 
A condução também é a transferência de calor de “material para material”, de 
forma direta, em que uma viga de metal como suporte de telhado, nas extremidades 
da viga possui um estoque de material (papel, plástico, tecidos, por exemplo), por 
algum motivo, esses materiais se incendeiam próximo a uma das extremidades da 
viga, provocando nela um aquecimento capaz de, por condução, transmitir o incêndio 
por toda a viga e para os materiais próximos a ela, causando um incêndio em grandes 
proporções. Sem contar que a viga chegará a uma temperatura muito alta, o que a 
tornará flexível, provocando até um desmoronamento, ou seja, fazendo vir abaixo toda 
a estrutura do barracão (CAMILLO Jr., 2012). Dessa forma, podemos concluir que a 
condução sempre acontecerá quando os materiais estão encostados uns nos outros 
e o calor passa molécula a molécula, sem carregar as moléculas o que passa é o calor 
que faz com que as moléculas vibrem também. 
 
CONVECÇÃO 
Conforme o Código dos Bombeiros de SP – IT 02 (2015, p.96), “a convecção 
acontece por meio de um fluido de líquido ou gás, entre 2 corpos submersos no fluído, 
ou entre um corpo e o fluído.” 
 Na convecção, diferentemente da condução não é necessário o contato entre 
 
 
 
 
24 
 
os combustíveis para que ocorra a transferência de calor, o método dessa 
transfe rência é por meio da massa de ar aquecida, pois todas as vezes que se 
incendeia um combustível, a “fumaça” carrega grande quantidade de calor, e essa 
fumaça em contato com outros combustíveis, aquecendos até que gere novo foco de 
fogo. 
Convecção é a transf erência do calor de uma região para a outra, através do 
transporte de matéria (ar ou fumaça). O ar quente sempre subirá. É o processo pelo 
qual o calor se propaga nas galerias ou janelas dos edifícios em chamas (EPOQS, 
2008 , p. 20). 
[...] a convecção acont ece quando o calor é transmitido através de uma 
massa de ar aquecida, que se desloca do local em chamas, levando para outros 
locais quantidades de calor suficientes para que os materiais combustíveis aí 
existentes atinjam seu ponto de combustão, originando outro foco de fogo. Um 
exemplo de transmissão do calor por convecção é o ar quente projetado pelo 
secador de cabelo (CAMILLO Jr., 2012, p. 30). 
O incêndio em edifícios é característico desse tipo de transferência de calor, a 
convecção, a convecção em edif ícios ocorre por meio das escadas, poços de 
elevadores e janelas. Atualmente, as construtoras estão investindocada vez mais 
em isolantes de elevadores para não passar o calor por convecção; a utilização de 
escadas de emergência confina o incêndio até que os bombeiros cheguem até o 
local incendiado. Já as janelas ainda são os vilões para essa transferência, pois, 
quando a fumaça sai pela janela e sobe até os andares superiores, quase nada 
pode ser feito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura : Forma de transferência de calor por convecção 
Na convecção, diferentemente da condução não é necessário o contato entre 
FONTE: https://www.cursodebombeiro.com.br/8269-2/ 
 
https://www.cursodebombeiro.com.br/8269-2/
 
 
 
 
25 
 
A convecção é uma transferência de calor que quando ocorre em líquidos ou 
gases pode ser ascendente ou descendente, mas, quando ocorre em edifícios, 
geralmente, é ascendente, veja o exemplo de qualquer edifício que se incendeia, 
dificilmente ele irá para baixo e, geralmente, sobe até o último andar. 
Toda abertura vertical (como os poços de elevador, dutos de ar-condicionado, 
lixeiras, poços de escada) funciona como verdadeira chaminé. As chamas, a fumaça 
(gases e vapores) e a fuligem sobem por convecção e levam o incêndio para o alto, 
internamente. O mesmo acontece com um incêndio localizado nos andares baixos (ou 
porão) de um prédio: os gases aquecidos sobem pelas aberturas verticais e, atingindo 
combustíveis dos locais elevados do prédio, provocam outros focos de incêndio 
(CAMILLO Jr, 2012, p. 31). 
A convecção pode acontecer, também, no mesmo piso, quando se incendeia 
algo em uma sala e a fumaça toma conta do andar todo, lembramos que essa fumaça 
carrega temperaturas altas, e quando toca em outro combustível, este vai 
esquentando até que chega à temperatura de combustão e gera outro foco de fogo. 
Na Figura anterior, pode-se perceber um incêndio em que é possível visualizar 
duas formas de propagação, a condução e a convecção. A condução é observada, 
principalmente, no corrimão da escada tanto na madeira como nas barras de ferro. E 
a convecção acontecerá na massa de ar aquecida que irá carregando esse calor e 
gerar novos focos de fogo. 
 
IRRADIAÇÃO 
A irradiação, por sua vez, não precisa nem do contato e nem da fumaça para 
que o calor irradiado gere focos de fogo ou novos focos de fogo. É necessário, apenas, 
que as ondas caloríficas irradiem calor para os combustíveis ao lado da fonte, que 
está gerando essas ondas e, dessa forma, aqueça o combustível, gerando novo foco 
de fogo. Conforme Código dos Bombeiros de SP – IT 02 (2015, p.96), [...] a irradiação 
acontece por meio de um gás ou do vácuo, na forma de energia irradiante. Já segundo 
a EPOQS (2008, p. 20) é a transferência do calor através de ondas eletromagnéticas, 
denominadas ondas caloríficas ou calor radiante. Neste processo não há necessidade 
de suporte material nem transporte de matéria. A irradiação 
 
 
 
 
 
26 
 
passa por corpos transparentes como o vidro e fica bloqueada em corpos opacos 
como a parece . Ex: O calor propagado de um prédio para o outro sem ligação física. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura : Forma de transferência de calor por irradiação 
 
Exemplos simples de irradiação são os aquecedores de ambientes, que, 
quando ligados, irradiam calor por ondas de caloríficas e se estiverem muito 
próximos de materiais combustíveis, por muito tempo, podem aquecer esses 
combustíveis e acabar incendiando - o. Isso acontece, pois o combustível em questão 
atinge a sua temperatura de combustão através dessas ondas de calor e, com a 
presença de oxigênio, acontece a combustão. 
De acordo com Camillo Jr. (2012, p.32), [...] os exemplos típicos de 
transmissão de calor por irradiação é o calor solar irradiado para o nosso planeta, a 
transmissão do calor por meio de raios ou ondas e também o calor que sentimos no 
rosto quando nos aproximamos do fogo. Num grande incêndio de um prédio, por 
exemplo, vários outros prédios ao seu redor ficam queimados em virtude da 
irradiação do calor. São chamados incêndios secundários, em que, apesar d e as 
chamas não aflorarem, as consequências são semelhantes às dos incêndios 
primários. 
Uma das formas comuns de acontecer a irradiação é quando a floresta ou 
mata está muito seca e com a ação solar muito forte , inicia - se um incêndio em 
florestas, que, dep endendo da extensão, é muito difícil e demorado a sua extinção. 
Outra forma comum de ocorrer a irradiação é quando um edifício ou casa se 
incendeia (incêndio primário) e acontece a propagação por irradiação em edifícios ou 
casas vizinhas (incêndio secundár io). Essa forma de propagação é muito comum, 
FONTE: https://www.cursodebombeiro.com.br/8269-2/ 
 
https://www.cursodebombeiro.com.br/8269-2/
 
 
 
 
 
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por isso é comum vermos em incêndios grandes os bombeiros fazerem o 
resfriamento de edifícios ou casas vizinhas para abaixar a temperatura e prevenir a 
irradiação. 
 
Figura : Forma de transferência de calor por irradiação 
 
A tabela, a seguir, é um resumo dos conhecimentos adquiridos até aqui, 
facilitando a consulta, contemplando as formas de propagação e a sua definição que 
acabamos de estudar. 
 
FORMAS CONCEITO 
Condução Essa transferência é feita de molécula a molécula 
sem que haja transporte da matéria de uma região para 
outra. 
 
 
Convecção 
O calor é transmitido através de uma massa de ar 
aquecida, que se desloca do local em chamas, levando para 
outros locais as quantidades de calor suficientes para que os 
materiais combustíveis aí existentes atinjam seu ponto de 
combustão, originando outro foco de fogo. 
 
Irradiação 
A irradiação ocorre quando o calor é transmitido por 
ondas; nesse caso, o calor é transmitido através do espaço, 
sem utilizar nenhum meio mater ial. 
Tabela : Formas de Propagação Fonte: adaptado de Camillo Jr. (2012). 
 
Na tabela, é possível observar uma correlação entre as forma de propagação 
dos incêndios, assim como seu conceito. Lembrando sempre que para ter a 
FONTE: https://www.cursodebombeiro.com.br/8269-2/ 
 
https://www.cursodebombeiro.com.br/8269-2/
 
 
 
 
 
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condução, é necessário o contato, e, para a convecção, a massa de ar aquecida, na 
transferência do calor e, por fim, na irradiação, acontece a transmissão do calor por 
ondas caloríficas. 
 
 
FORMAS DE EXTINÇÃO 
 
Segundo a Cartilha de Orientações Básicas do CBPMESP (2011, p.16), a 
maioria dos incêndios começa com um pequeno foco, fácil de debelar. Conheça os 
métodos de extinção do fogo e as formas de evitar que um incêndio se transforme 
numa catástrofe em sua atividade econômica, trazendo danos e perdas irreparáveis. 
A figura seguinte mostra o tetraedro do fogo, precisamos lembrar quais são os 
elementos necessários para que este exista. Dessa forma, a extinção do fogo está 
intimamente ligada com o tetraedro do fogo ou quadrado do fogo. Lembramos, que, 
para cada lado do quadrado do fogo, terá um método diferente para extinguir o fogo. 
É preciso ressaltar que dependendo do incêndio, será necessário mais de um 
método para a extinção completa. 
Conforme Camillo Jr. (2012, p.22), [...] partindo do princípio de que para haver 
fogo são necessários o com bustível, o comburente e o calor, formando o triângulo do 
fogo ou, mais modernamente, o quadrado ou tetraedro do fogo, quando já se admite 
a ocorrência de uma reação em cadeia, para extinguirmos o fogo, basta retirar um 
desses componentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 FONTE: https://www.cursodebombeiro.com.br/8269-2/ 
 
https://www.cursodebombeiro.com.br/8269-2/
 
 
 
 
 
29 
 
 
 
De acordo com a Cartilha de Orientações Básicas do CBPMESP (2011, p.16), 
em todo incêndio ocorre uma reação de combustão, envolvendo os quatro 
elementos: o combustível, o comburente, o calor e a reaçãoem cadeia. Os métodos 
de extinção do fogo consistem em “atacar” cada um desses elementos. 
A forma mais fácil que temos para a extinção desses elementos são os 
métodos de extinção para retirada do material (isolamento – retirada do 
combustível), abafamento (retirada do oxigênio ou comburente), resfriamento 
( re tirada do calor) e a extinção química (retirada da reação em cadeia). 
 
ISOLAMENTO 
 
De acordo com Miranda Jr. et al. (2005), o método que consiste na extinção 
por retirada do material ou isolamento possui duas técnicas: a retirada do material 
que está queim ando e a retirada do material que está próximo ao fogo. Acabando o 
combustível, o incêndio se extingue mais rapidamente. 
Conforme a Cartilha de Orientações Básicas do CBPMESP (2011, p.17), o 
isolamento trata - se de retirar do local o material (combustível) que está pegando 
fogo e, também, outros materiais que estejam próximos às chamas. 
A figura mostra uma das formas de isolamento utilizada quando grandes 
áreas são incendiadas, para o confinamento do incêndio. Com as demais formas 
aplicadas juntamente á área atingida, o incêndio pode ser extinto. 
De acordo com Mattos e Másculo (2011, p. 161), A atuação no combustível 
consiste na retirada do material ainda não atingida pelo fogo. Muitas vezes, no caso 
de incêndios de penetração, como em silos e em pilhas de ma teriais combustíveis 
sólidos, ou de incêndios em florestas, tanques de armazenamento de fluidos 
inflamáveis e outros, o único método de extinção disponível é a remoção do 
combustível não queimado da área do incêndio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Se observarmos a Figura, veremos uma exemplificação do quadrado do fogo, 
pois, quando temos um incêndio, todos os elementos do quadrado do fogo estão 
ativos, e se quisermos fazer a extinção desse incêndio através da ausência do 
combustível, teremos que aplicar o isolamento que nad a mais é que a retirada do 
combustível. O aceiro é um exemplo desse método feito para apagar fogo em mato, 
quando fechamos o registro de gás, o fogo do queimador se apaga por falta de 
combustível. 
 
RESFRIAMENTO 
De acordo com Miranda Jr. et al. (2005), o mé todo que consiste na extinção 
por retirada do calor ou resfriamento se dá pela diminuição da temperatura e 
eliminação do calor, até que o combustível não gere mais gases ou vapores e se 
apague, ou que gere poucos gases que não sejam suficientes para manter a 
combustão. 
Conforme a Cartilha de Orientações Básicas do CBPMESP (2011, p.17), 
trata - se de diminuir a temperatura (calor) do material em chamas. Segundo Camillo 
Jr. (2012, p. 23), quando retiramos o calor do fogo, até que o combustível não gere 
mais gas es nem vapores e se apague, dizemos que extinguimos o fogo pelo método 
de resfriamento. 
De acordo com Saliba (2010), Mattos e Másculo (2011), o método mais 
empregado e no caso de incêndios em materiais combustíveis comuns, como papel, 
plástico, madeira, pa lha, e o mais eficiente é extinguir o fogo mediante a remoção do 
calor do combustível, diminuindo, assim, a taxa de evaporação até o fogo cessar. O 
FONTE: https://www.cursodebombeiro.com.br/8269-2/ 
 
https://www.cursodebombeiro.com.br/8269-2/
 
 
 
 
 
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agente usado comumente para combater incêndios por resfriamento é a água. 
 
 
 
 
 
 
 
Figura : Utilização de água para o resfriamento 
A Figura mostra os bombeiros utilizando a água para proceder a forma de 
extinção de resfriamento para a extinção, seguida de rescaldo do incêndio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Se observarmos a figura, veremos uma exemplificação do quadrado do fogo, 
pois, quando temos um incêndio, todos os elementos do quadrado do fogo estão 
ativos e se quisermos fazer a extinção desse incêndio mediante da ausência do 
calor, teremos que aplicar o resfriamento, que nada mais é que a retirada do calor. 
Exemplos desse mé todo podem ser observados quando têm - se incêndios de prédios 
e os bombeiros resfriam o local, jogando água. 
 
ABAFAMENTO 
 
De acordo com Miranda Jr, et al. (2005), o método que consiste na extinção 
por retirada do comburente ou abafamento ocorre na diminuiçã o ou impedimento do 
contato de oxigênio com o combustível. Quando a quantidade de combustível estiver 
FONTE: https://www.cursodebombeiro.com.br/8269-2/ 
 
FONTE: https://www.cursodebombeiro.com.br/8269-2/ 
 
https://www.cursodebombeiro.com.br/8269-2/
https://www.cursodebombeiro.com.br/8269-2/
 
 
 
 
 
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muito baixa, não ocorre a combustão. 
Conforme a Cartilha de Orientações Básicas do CBPMESP (2011, p.17), o 
abafamento trata de diminuir a temperatura (cal or) do material em chamas. Segundo 
Camillo Jr. (2012, p. 23) consiste na retirada do comburente, evitando - se que o 
oxigênio contido no ar se misture com os gases gerados pelo combustível e forme 
uma mistura inflamável. 
 
 
Figura: Abafadores 
Fonte: Técnicos(2012, online). 
 
Em incêndios em florestas, que são de grande extensão, é comum proceder 
mais de uma forma de extinção e uma delas é o abafamento, como os abafadores 
que podemos ver na figura , pois o incêndio corre próximo ao solo, quando isso 
acontece, geralmente, é essa grama está muito seco e facilitando a propagação. 
Segundo Mattos e Másculo (2011, p. 160), O abafamento é, entre os métodos 
de extinção o mais difícil. Uma cobertura de gás carbônico, espuma, tetracloreto de 
carbono, ou outro l íquido vaporizante, exatamente em cima da superfície do material 
inflamado, evitará que o oxigênio alcance o fogo, extinguindo - o. Não haverá 
reignição se a cobertura for mantida durante um período suficiente para que o 
material combustível se resfrie abaix o de sua temperatura de combustão. Portanto, 
esses agentes extintores são de valor limitado em incêndios de madeiras e outros 
materiais combustíveis comuns, porque a cobertura não costuma ser conservada por 
um período bastante longo. 
De acordo com Saliba ( 2010) , o abafamento é, dos métodos de extinção, o 
mais difícil, pois somente pequenos incêndios podem ser abafados com tampas de 
 
 
 
 
 
33 
 
vasilhas, panos, cobertores, etc., enquanto que para outros de maiores proporções 
são necessários produtos específicos para se conseguir o abafamento. Um exemplo 
desse princípio é a colocação de um tampa em cima de uma panela com gordura 
inflamada. Para grandes áreas de incêndios como complemento de método de 
extinção pode - se utilizar o abafamento da seguinte forma um cabo com um pedaço 
de pano na ponta e vai batendo e abafando. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Se observarmos a figura, veremos uma exemplificação do quadrado do fogo, 
quando temos um incêndio, todos os elementos do quadrado do fogo estão ativos, 
se quisermos fazer a extinção desse incêndio por meio da ausência do oxigênio, 
teremos que aplicar o abafamento que nada mais é que a retirada do oxigênio. 
Lembre - se da panela pegando fogo, cuja tampa é colocada para a contenção do 
princípio de incêndio e do botijão, que desligamos, além do abafador, utilizado em 
incêndios em florestas. 
 
EXTINÇÃO QUÍMICA 
 
De acordo com Miranda Jr., et al. (2005), a extinção química ocorre quando 
interrompemos a reação em cadeia. A quebra da reação em cadeia extingue, 
também, o incêndio. Este método consiste n o seguinte: o combustível, sob ação do 
calor, gera gases ou vapores que, ao se combinarem com o comburente, formam 
uma mistura inflamável. Quando lançamos determinados agentes extintores ao fogo, 
FONTE: https://www.cursodebombeiro.com.br/8269-2/ 
 
https://www.cursodebombeiro.com.br/8269-2/
 
 
 
 
 
34 
 
suas moléculas se dissociam pela ação do calor e se combinam com a mistura 
inflamável (gás ou vapor maiscomburente), formando outra mistura não inflamável. 
Conforme a Cartilha de Orientações Básicas do CBPMESP (2011, p.18): A 
reação em cadeia torna a queima autossustentável. O calor irradiado das chamas 
atinge o c ombustível e este é decomposto em partículas menores, que se combinam 
com o oxigênio e queimam, irradiando outra vez calor para o combustível, formando 
um ciclo constante. 
Quando temos um incêndio, no qual queremos que um dos lados do tetraedro 
do fogo se quebre, para que ocorra a extinção, seja a reação em cadeia é 
necessário que o método utilizado seja a extinção química. Para que ocorra a 
extinção química, é necessária a aplicação de pó químico seco à base de 
halogenados. Essa forma de extinção caiu em d esuso, uma vez que esses extintores 
de halogenados não são mais fabricados, devido a problemas técnicos. 
Segundo Camillo Jr. (2012, p. 24) quando determinados agentes extintores 
são lançados ao fogo, suas moléculas se dissociam pela ação do calor e se 
comb inam com a mistura inflamável, formando outra mistura não inflamável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ao observarmos a figura, veremos uma exemplificação do quadrado do fogo 
quando temos um incêndio. Todos os elementos do quadrado do fogo estão ativos, 
se quisermos fazer a extinção desse incêndio, por meio da quebra da reação em 
cadeia, teremos que aplicar a extinção química que nada mais é que a utilização de 
pós químicos halogenados. 
FONTE: https://www.cursodebombeiro.com.br/8269-2/ 
 
https://www.cursodebombeiro.com.br/8269-2/
 
 
 
 
 
35 
 
De acordo com Saliba (2012, p.62), Mattos e Másculo (2011, p.161), a teoria 
da extinção qu ímica atribui a eficiente extinção dos hidrocarbonetos halogenados e 
dos sais inorgânicos a uma reação química, pois interfere na cadeia de reações que 
se realiza durante a combustão. 
A reação em cadeia é quando todos os elementos estão nas condições ideai s 
para ocorrer uma combustão e, por isso torna a queima autossustentável, então, 
para que possamos quebrar o quadrado do fogo precisaríamos da extinção química, 
que, atualmente, não está mais sendo utilizada. Assim, utilizam - se todos ou quase 
todos os méto dos de extinção juntos para conseguir quebrar a reação em cadeia. 
Para retomar os conteúdos já trabalhados, observe a tabela , nela contém o 
método de extinção e a retirada de um dos elementos do tetraedro do fogo. 
Tabela : Formas de Extinção do Incêndio 
 
DE MÉTODO 
EXTINÇÃO 
RETIRAR DO 
TETRAEDRO 
Resfriamento Calor 
Abafamento Comburente 
Isolamento Combustível 
Extinção Química Reação em Cadeia 
 
V ocê encontrará, as principais causas de incêndios em residência, pois é 
muito importante sabermos em quais momentos devemos ter mais cuidado, para 
que evitemos um princípio de incêndio e um consequente incêndio. Essas causas 
foram determinadas pelo Corpo de Bombeiros de vários estados, como as principais 
causas, que ocorrem no cotidiano. 
 
NR 23 - PROTEÇÃO CONTR A INCÊNDIO 
 
A NR 23 teve uma grande mudança em 2011, obrigando a cada estado 
elaborar seu regulamento dos bombeiros. Alguns estados possuem o código bem 
definido e subdivido em vários assuntos (extintores, hidrantes, chuveiros 
automáticos, brigada de incên dios, plano de emergência, sinalização de emergência 
 
 
 
 
36 
 
entre outros assuntos. Outros estados possuem uma cartilha de informação, 
independente de qual documento que cada estado elaborou, deve ser seguido, pois 
as informações sobre os equipamentos de combate ao incêndio tanto os fixos como 
os móveis, ou as sinalizações de emergência, chuveiros automáticos, planos de 
emergência, detectores de fumaça, alarme contra incêndios, não são mais 
contemplados, detalhadamente, na NR 23, pois cada estado tem autonomia de inserir 
as regras que julgar necessárias para a proteção das edificações. 
Utilizaremos como referência a própria NR 23, retirada do site do Ministério do 
Trabalho, e explicaremos cada um de seus itens para que você possa compreender 
todos os detalhes dessa importante Norma Regulamentadora e tenha condições 
plenas de agir adequadamente no momento em que for necessário. A NR 23 não 
possui divisão, possui apenas 5 itens, extintores, hidrantes, chuveiros automáticos, 
sinalização e saída de emergência, brigada de incêndio e plano de emergência. 
Segundo a Norma Regulamentadora - NR-23, no item 23.1, todos os 
empregadores devem adotar medidas de prevenção de incêndios, em conformidade 
com a legislação estadual e as normas técnicas aplicáveis (NR – 23, p. 1 ). 
A partir do item 23.1, verifica-se que os empregadores devem adotar medidas 
de prevenção de incêndios conforme legislação estadual, ou seja, código dos 
bombeiros de cada estado e normas técnicas aplicáveis, ou seja, as normas apontarão 
como se deve proceder, por exemplo, em relação à recarga dos extintores, forma de 
armazenamento das mangueiras de hidrante, diferenças na forma de enrolar as 
mangueiras e seus tipos. 
No item 23.1.1 da NR 23 (apud CURIA; CÉSPEDES e NICOLETTI, 2013, p. 
540), o empregador deve providenciar para todos os trabalhadores informações sobre: 
a. utilização dos equipamentos de combate ao incêndio; 
b. procedimentos para evacuação dos locais de trabalho com 
segurança; 
c. dispositivos de alarme existentes. 
 
Vamos analisar cada um dos subitens, do item 23.1.1 da NR 23 (apud os 
empregadores ficam obrigados a providenciar treinamento para os seguintes casos 
 
 
 
 
37 
 
no subitem: 
a. utilização dos equipamentos de combate ao incêndio: a NR se refere a 
informações sobre extintores, hidrantes e chuveiros automáticos, tanto treinamentos 
de uso e localização quanto as formas de inspeção. 
b. procedimentos para evacuação dos locais de trabalho com segurança: a 
NR solicita treinamento para plano de emergência contra incêndio, rotas de fuga, 
pontos de encontro, brigada de incêndio. É preciso saber como dimensionar uma 
brigada para que esta consiga retirar as pessoas de forma segura e sem tumultos. 
c. dispositivos de alarme existentes: que requer treinamento para a 
identificação e acionamento de alarme de incêndios e sistema de detecção como 
detectores de fumaça. 
 
No item 23.3, da NR 23 (apud CURIA; CÉSPEDES e NICOLETTI, 2013), as 
aberturas, saídas e vias de passagem devem ser claramente assinaladas por meio de 
placas ou sinais luminosos, indicando a direção da saída. 
Nesse item da NR 23 indica-se a necessidade de respeitar a orientação dos 
Bombeiros Militares ou do código que estes elaboraram na parte que diz respeito à 
sinalização e iluminação de emergência. O item aborda todas as sinalizações 
obrigatórias para escadas, corredores, rampas, extintores, hidrantes e para o 
direcionamento da rota de fuga, além da iluminação que conduzirá as pessoas com 
segurança para fora da edificação e a luz de emergência que acende na falta de 
energia. Estudaremos, nas próximas unidades, sobre sinalizações de extintores e 
hidrantes. 
Na NR 23, quando se fala das saídas de emergência, esta é contemplada em 
três itens (23.2, 23.4 e 23.5), portanto, analisaremos juntos. 
No item 23.2, os locais de trabalho deverão dispor de saídas, em número 
suficiente e dispostas de modo que aqueles que se encontrem nesses locais possam 
abandoná-los com rapidez e segurança, em caso de emergência. 
No item 23.4, nenhuma saída de emergência deverá ser fechada à chave ou 
presa durante a jornada de trabalho. 
E, por fim, no item 23.5, as saídas de emergência podem ser equipadas com 
 
 
 
 
 
38 
 
dispositivos de travamento que permitam fácil abertura do interior do 
estabelecimento (CURIA; CÉSPEDES e NICOLETTI, 2013, p. 540). 
Devemos observar o que os bombeiros militares recomendam que todas as 
info rmações necessárias para que as saídas de emergência estejamdentro das 
normas do estado e as normas de utilização e dispositivos disponíveis para a saída 
de emergência. Algumas das informações que contemplam esses regulamentos 
sobre saídas de emergência é que esta não deve diminuir sua abertura em toda a 
extensão para dentro da edificação e não pode conter degraus e nada que impeça a 
saída das pessoas do interior do recinto para fora em caso de emergência. 
Esclarecendo que as portas de emergência adequadas para serem colocadas nos 
limites das edificações apesar de estarem abertas, possuem travamento em que é 
possível abri - las no travessão apenas de dentro para fora. 
A NR 23 limita - se nesses itens que acabamos de estudar, mas o código dos 
bombeiros se torna amplo e válido, uma vez que esta NR23 os cita os como 
legislação estadual no início dela. Nos estados os quais ainda não possuem um 
regulamento dividido, deve - se se guir a cartilha de cada estado ou a recomendação 
que o corpo de bombeiros militares do estado indicar; já, nos estados que possuem 
o regulamento, deve - se segui - lo da melhor forma. 
 
CLASSE DE RISCO DAS EDIFICAÇÕES 
 
Nessa última parte da nossa segunda unida de, veremos que segundo 
Fernandes (2010), as edificações poderão ser classificadas em diversos aspectos, 
adotando as Normas Brasileiras e o Código de Prevenção de Incêndios dos 
Estados, quanto à construção, ou seja, o material que sua edificação foi constr uída 
( madeira, concreto, alvenaria, ferro) e quanto ao risco de incêndio, que pode ter em 
áreas isoladas, compartimentadas ou incorporadas. Dessa forma, vamos, a seguir, 
explicar os tipos de cada um deles. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
QUANTO À CONSTRUÇÃO 
De acordo com Fernandes (2 010) , quanto à construção das edificações, ou 
seja, os materiais utilizados para a construção, podem ser classificados em: 
a. ombustíveis: edificações construídas total ou parcialmente em 
madeira 
 
 
 
 
 
 Figura : Edificações em madeira 
 
b. Resistentes ao fogo: são as edificações construídas com 
materiais que opõem resistência ao fogo, tais como ferro e alvenaria de tijolos. 
 
 
 
 
 
 
 Figura : Edificações construídas em alvenaria 
 
c. Incombustíveis: edificações construídas tota lmente em concreto 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura : Edificações construídas em concreto 
FONTE: https://www.stant.com.br 
 
FONTE: hhttp://www.forumdaconstrucao.com.br 
 
FONTE: hhttp://www.forumdaconstrucao.com.br 
 
 
 
 
 
 
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QUANTO AO RISCO DE INCÊNDIO 
 
Segundo Fernandes (2010), quanto ao risco de incêndio, as edificações, nos 
códigos dos bombeiros de cada estado ou mesmo no corpo de bombeiros, possuem 
uma tabela em que são classificadas. Com isso, todas as atividades, desde a 
habitação unifamiliar até os túneis, os depósitos e as indústrias das mais diversas 
atividades e classificação, se divide em: 
a. Risco Leve (RL): ocupações de potencial calorífico sutil. Ex: 
Residências. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura: Edificações classificadas em risco leve 
 
b. Risco Moderado (RM): ocupações de potencial calorífico limitado. 
Ex: Hotéis 
 
 
 
 
 
 
 
Figura : Edificações classificadas em risco moderado 
 
 
 
FONTE: hhttp://www.forumdaconstrucao.com.br 
 
FONTE: hhttp://www.forumdaconstrucao.com.br 
 
 
FONTE: hhttp://www.forumdaconstrucao.com.br 
 
 
 
 
 
 
42 
 
Vários estados possuem tabelas semelhantes, e para identificar o risco de 
cada edificação, procure a tabela que traz essas informações. Saber o grau de risco 
é importante, além de saber a classificação dos incêndios, pois influenciará na 
distância de caminhamento máxima entre os extintores de incêndios . 
As áreas de risco das edificações são classificadas em: isoladas, 
compartimentadas e incorporadas. Para sabermos identificar a diferença dessas 
áreas de risco, são feitos cálculos, consider ando a distância entre as edificações, 
sempre quando houver mais edificações no mesmo terreno, caso sejam terrenos 
distintos, tem que respeitar as normas municipais. Lembrar sempre que a área de 
risco corresponde à toda a área que possa se incendiar, sendo coberta ou não. 
a. Área de Risco Isolada 
Conforme Fernandes (2010), área de risco isolada é a separada de qualquer 
outra área de risco por espaços desocupados, com distância igual ou superior 
calculadas pelo código dos bombeiros de cada estado ou recomendadas pelo corpo 
de bombeiros da sua cidade ou estado. As construções em lotes de terrenos 
distintos, independentes estruturalmente e sem aberturas comuns, serão 
computadas como áreas de risco isoladas, ou seja, significam que caso uma 
edificação se inflame, as outras como estão isoladas, não correm o risco de se 
incendiarem também. 
Na Figura, mostra que as áreas são isoladas, ou seja, respeita as distâncias 
mínimas determinadas pelo código dos bombeiros de cada estado e, dessa forma, 
garante que o incêndio em uma edificação, não atingirá outra no mesmo terreno. 
 
Figura : Exemplo de área de risco isolada Fonte: Fernandes (2010, p. 17). 
 
b. Área de Risco Compartimentada 
De acordo com Fernandes (2010), a área de risco compartimentada é aquela 
 
 
 
 
 
43 
 
que possui co mpartimentação horizontal e/ou vertical por meio de elementos 
construturais (paredes corta - fogo, portas corta - fogo etc.) os quais oferecem 
resistência à propagação do fogo a outras partes do risco ou a outros riscos. Essas 
paredes e muro corta - fogo podem s er construídos com bloco de concreto celular 
autoclavado, trazendo essa resistência ao fogo, quanto mais espesso for o bloco, 
maior é o período de resistência ao fogo. 
Na Figura , são apresentadas que as áreas são compartimentadas, ou seja, 
não respeitam as distâncias mínimas determinadas pelo código dos bombeiros de 
cada estado, para edificações no mesmo terreno, mas possuem parede, porta ou 
muro corta - fogo, que trazem uma resistência ao incêndio e, dessa forma, garantem 
que o incêndio em uma edificação, nã o atingirá outra, por determinado tempo, no 
mesmo terreno. 
 
 
 
 
Figura: Exemplo de área de risco compartimentada com porta, parede ou 
muro corta fogo Fonte: Fernandes (2010, p.18). 
c. Área de Risco Incorporada 
Área de risco incorporada é aquela que não poss ui isolamento, tornando 
possível a propagação do fogo a outras áreas de risco, ou seja, estão no mesmo 
terreno. Esta área de risco possui uma distância entre as edificações menor que a 
 
 
 
 
 
44 
 
recomendada pelo corpo de bombeiros e não possui nenhuma porta, muro, p arede 
que retardasse a propagação do fogo. 
A Figura mostra que as áreas são incorporadas, ou seja, não respeita as 
distâncias mínimas determinadas pelo código dos bombeiros de cada estado para 
edificações no mesmo terreno e não possui parede ou porta ou mu ro corta fogo, que 
oferece uma resistência ao incêndio e, dessa forma, não é possível garantir que o 
incêndio em uma edificação não atingirá a outra no mesmo terreno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura : Exemplo de área de risco incorporado 
 
Resumindo, caso possua mais de uma edificação no mesmo terreno e esta 
estiver com uma distância igual ou superior ao que o código dos bombeiros ou o 
corpo de bombeiros recomendar, a área de risco se encontra isolada. Se a distância 
for menor que a recomendada e possuir parede, muro ou p orta corta - fogo, será uma 
área compartimentada e, se além de estar com uma distância inferior não possuir 
nenhum mecanismo que retarde a propagação do fogo, então, sua área de risco 
será incorporada. 
 
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS MÓVEIS DE COMBATE AO INCÊNDIO 
AGENTES EXTINTORES 
Segundo Camillo (2012),os agentes extintores são as substâncias sólidas, 
líquidas ou gasosas que utilizaremos para extinção de um incêndio. Essas 
substâncias podem ser dispostas em extintores (aparelhos portáteis de utilização 
imediata ou sobre rodas), conjuntos hidráulicos (hidrantes) e dispositivos especiais 
( chuveiros automáticos ou sprinklers ). 
FONTE: https://www.cursodebombeiro.com.br/8269-2/ 
 
https://www.cursodebombeiro.com.br/8269-2/
 
 
 
 
45 
 
Para Camillo (2012), os agentes extintores, portanto, são todas as substâncias 
capazes de interromper uma combustão, quer por resfriamento (retirada do calor), 
abafamento (retirada do comburente), extinção química (retirada da reação em 
cadeia), quer pela utilização simultânea desses processos. Pode-se dizer que os 
principais agentes extintores são: água, espuma, pós-químicos e gás carbônico. Como 
mencionamos anteriormente, as substâncias (água, PQS, CO2 e espuma mecânica) 
podem ser dispostas dentro de extintores ou hidrantes. Agora iremos entender todos 
esses tipos de agentes extintores, dessa forma, saberemos onde e quando 
utilizarmos. Devemos ressaltar que é muito importante conciliar os conhecimentos 
sobre agente extintores com as classes de incêndios que já estudamos, pois cada 
classe tem um agente extintor que é mais favorável e o que não deve ser utilizado, 
pois poderá aumentar ou espalhar o incêndio ao invés de extingui-lo. 
 
ÁGUA 
 
O primeiro agente extintor que estudaremos é a água, pois é o agente que 
existe em abundância. Sua ação extintora é o resfriamento (retirada do calor), 
podendo ser empregado tanto no estado líquido como no gasoso. No estado líquido, 
pode ser utilizado sob a forma de jato sólido, chuveiro e neblina. Nas formas de jato 
sólido, compacto e chuveiro, sua ação extintora é somente o resfriamento. Na forma 
de neblina, sua ação extintora é resfriamento e abafamento. A água no estado gasoso 
é aplicada em forma de vapor. A água é condutora de corrente elétrica (CAMILLO, 
2012). 
Conforme Seito et al. (2008, p. 233 apud GOMES, 1998): A água é o mais 
completo dos agentes extintores. A sua importância é reconhecida, pois mesmo que 
não leve à extinção completa do incêndio auxilia no isolamento de riscos e facilita a 
aproximação dos bombeiros ao fogo para o emprego de outros agentes extintores. 
Atualmente é mais utilizada em sistemas de proteção contra incêndio como o sistema 
de hidrantes e mangotinhos, sistema de chuveiros automáticos e sistema de água 
nebulizada, tendo como objetivo o controle e a extinção rápida e eficiente de um 
incêndio. 
 
 
 
 
 
46 
 
 
Para Seito et al. (2008 apud FERREIRA, 1987), a água é o agente extintor 
que proporciona a m elhor absorção de calor, sendo que o poder de extinção pode 
ser aumentado ou diminuído, conforme a forma que é aplicado sobre o fogo. Pode 
proporcionar os seguintes métodos de extinção: por resfriamento, abafamento e 
emulsificação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura : Agente Extintor – Água 
 
Como podemos notar, a água pode ser utilizada como agente extintor para os 
métodos de extinção de resfriamento prioritariamente e, secundariamente, por 
abafamento. O que resultará na diferença desses métodos de extinção é o jato 
que irá ser empregado, esses jatos são produzidos por diferentes tipos de esguicho 
( em hidrantes). Dessa forma, vamos entender os tipos de jatos existentes, os quais 
podem ser aplicados de quatro formas básicas: jato sólido, compacto, neblina e 
chuveiro. 
O jato tipo sólido é o mais utilizado na maioria dos hidrantes, formado por um 
tubo único e totalmente denso de água, tipo tronco - cônico, não sendo oco 
internamente. A água sai do esguicho com a forma de um tubo cilíndrico e comprido, 
apresentando caracter ísticas de volume e forma bem definidas, como se fosse um 
filete. Esse jato é produzido pelo esguicho agulheta e é utilizado para atingir locais 
com maiores distâncias, como incêndios que exigem penetração nos materiais 
combustíveis ou grande volume de águ a (CAMILLO Jr., 2012). 
 
FONTE: https://www.cursodebombeiro.com.br/8269-2/ 
 
https://www.cursodebombeiro.com.br/8269-2/
 
 
 
 
47 
 
De acordo com Camillo (2012), o jato compacto é um jato fornecido pelo 
esguicho regulável, esse jato possui o centro oco, pois os filetes de água são 
produzidos pelas ranhuras externas da parte frontal do esguicho. Devemos tomar 
bastante cuidado para não confundir esse jato com o jato sólido, pois ambos possuem 
formato e vazão diferenciados. Já Seito et al. (2008) menciona que o jato compacto 
extingue o incêndio por resfriamento e o seu sucesso depende, essencialmente, de 
se conseguir a vaporização da água na imediata proximidade do objeto incendiado. 
Quando falamos sobre o jato chuveiro, temos que visualizar que é um jato 
formado por: [...] pequenas gotas de água que se assemelham a uma chuva. É 
produzido pelo esguicho regulável e tem a aparência de um cone de 90º com a 
abertura voltada para frente. É utilizado para a aproximação em incêndios, pois 
fornece ótima proteção do calor irradiado e também tem grande poder de cobertura, 
ajudando a extinguir rapidamente as chamas. Pode ser utilizado também com um cone 
de 45º que atinge maior distância no combate ao incêndio e ainda fornece uma 
razoável proteção ao calor irradiando (CAMILLO Jr., 2012, p. 94-95). 
Portanto, verificamos que, nos jatos sólido, compacto e chuveiro, estamos 
utilizando o método de extinção de resfriamento. No jato sólido, o tipo de esguicho 
utilizado será o agulheta; no jato compacto e no jato chuveiro, o esguicho é o regulável, 
depende da forma como regulamos para produzir o tipo de jato que desejamos. 
Conforme Seito et al. (2008, p. 233), ainda sobre o jato neblina, quando A água 
é aplicada na forma de neblina, possibilita o máximo de utilização da capacidade de 
absorver o calor (cerca de 90% da água se transforma em vapor). No sistema de 
hidrantes e de mangotinhos, o emprego do jato em forma de neblina é eficiente tanto 
na extinção de incêndio confinado como na extinção de incêndio aberto e em líquidos 
inflamáveis. O efeito de emulsificação é obtido por meio de neblina de alta velocidade. 
Pode-se obter, por esse método, a extinção de incêndios em líquidos inflamáveis 
viscosos, pois o efeito de resfriamento que a água proporciona na superfície de tais 
líquidos impedirá a liberação de seus vapores inflamáveis. Em geral, no processo de 
emulsificação, gotas de inflamáveis ficam envolvidas individualmente por gotas de 
água, dando, no caso dos óleos, aspecto leitoso. 
 
 
 
 
48 
 
A água em jato sob a forma de vapor, com esguichos especiais e com bombas 
de pressão, é aquela fragmentada em pequeníssimas partículas, de diâmetro quase 
que microscópico, chamada também de neblina. A água na forma de neblina 
apresenta a máxima de superfície em relação ao conteúdo líquido que a compõe, é 
borrifada em pequenas e finas quantidades na forma de névoa. Disso resulta a 
máxima capacidade prática para a absorção do calor. A quase totalidade de água 
assim empregada no combate a incêndios é transformada em vapor, que continua 
agindo por abafamento, aumentando, dessa forma, o poder extintor da água, 
sobretudo em locais confinados (SEITO et al. 2008,p. 233 apud FERREIRA, 1987). 
Para utilizar, então, o método de extinção de resfriamento e abafamento juntos, 
temos que produzir um jato chamado neblina, que é obtido por intermédio de esguicho 
especial e com bomba de pressão. Assim, conseguimos os dois métodos de extinção 
utilizados em incêndios em líquidos inflamáveis viscosos. 
 
DIÓXIDO DE CARBONO (CO2) 
Segundo Saliba (2010), o CO2 ou dióxido de carbono é um material não 
condutor que atua sobre o fogo pela exclusão do oxigênio, ou seja, por abafamento e 
por uma pequena ação de resfriamento. 
De acordo com Seito et al. (2008,

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