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Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Câmpus de São João da Boa Vista Laboratório de eletrônica de potência Relatório nº 5 LEVANTAMENTO DA CURVA CARACTERÍSTICA DO SCR Número Nome Completo Assinatura 161490514 João Victor Caldeirão 171490223 Jean Zanella Correia Turma A / grupo 3 São João da Boa Vista 18 de novembro de 2021 Sumário 1 Objetivos 2 2 Introdução 2 3 Materiais e métodos 4 4 Resultados 5 5 Conclusões 7 Referências 7 Relatório nº 5:Levantamento da curva características do SCR 1 Objetivos O principal objetivo desse experimento é estudar e compreender o funcionamento de um tiristor, através da análise do circuito retificador controlado de silício (SCR). Variando a tensão aplicada para determinar a forma de onda característica do SCR, com a chave fechada, e por fim, comparar ela com a curva encontrada com a chave aberta. 2 Introdução O tiristor é um dispositivo de quatro camadas e membro da família dos semi-condutores que tem dois estados estáveis de operação: um estado apresenta corrente aproximada- mente igual a zero, e o outro tem uma corrente elevada, limitada apenas pela resistência externa. O tiristor pode ser considerado uma chave unidirecional que substitui, com vantagens, por exemplo, contatores e relés de grande capacidade. O dispositivo SCR (Sillicon Controlled Rectifier ou Retificador Controlado de Silício) é um diodo controlado de silício.O SCR é construído por quatro camadas de material semicondutor: PNPN ou NPNP. Ele possui três terminas, chamados anodo, cátodo e gatilho. A Figura 1 mostra o símbolo usado para representá-lo. Figura 1: Símbolo do SCR Fonte: feg-UNESP Para entendermos o funcionamento, vamos utilizar o circuito equivalente de 2 tran- sistores, conforme a figura 2. Aplicando-se uma tensão E [(+) no anodo (A) e (-) no catodo (K)] veremos que o transistor PNP e o NPN não conduzem porque não circula a corrente I2 e a corrente I1. Eletrônica de potência 2 UNESP Relatório nº 5:Levantamento da curva características do SCR Figura 2: Funcionamento do SCR Fonte: feg-UNESP Aplicando agora um pulso positivo no gate (G) em relação ao catodo, (o pulso deve ter amplitude maior que 0,7 V, pois entre G e K existe uma junção PN formando um diodo), vamos fazer circular a corrente I1 que fará o transistor NPN entrar em condução. Com isso I2 também irá circular fazendo com que o transistor PNP conduza. Assim, sendo, o pulso no gate não é mais necessário pois o transistor PNP mantém o NPN conduzindo e vice-versa. Esse estado de condução permanecerá indefinidamente. A única maneira de desligar o SCR é fazer a tensão E (entre anodo e catodo) igual a zero. Figura 3: Curva característica do disparo Fonte: feg-UNESP Quanto a curva característica temos: Eletrônica de potência 3 UNESP Relatório nº 5:Levantamento da curva características do SCR • IL– Latching Current: para entrar em condução o SCR deve conduzir uma corrente suficiente. O SCR não entrará em condução se a Corrente de Gatilho IGK for suprimida antes que a Corrente de Ânodo IA atinja esse valor; • IH - Holding Current: uma vez retirada a corrente de gatilho, a mínima Corrente de Ânodo IA para manter o SCR em condução é chamada Corrente de Manutenção; • VBR – Tensão de Breakdown, é a tensão reversa máxima que o SCR suporta; • VBO - Tensão de Breakover, é a tensão direta que faz o SCR conduzir, sem que haja sinal no gate; • IAMAX - Máxima corrente de anodo que não danifica o SCR, pode ser dada como valor RMS, médio, de pico ou instantâneo; 3 Materiais e métodos Para o experimento utilizamos o seguinte circuito montado no Multisim: Figura 4: Circuito utilizado Fonte: Elaborado pelas autores Eletrônica de potência 4 UNESP Relatório nº 5:Levantamento da curva características do SCR Os componentes presentes no circuito utilizado são: • Fonte de corrente contínua; Resistores de 1k e 330; • SCR; • Chave; • Lâmpada de 5V e 50W. O roteiro apresentado tem como principal objetivo estudar e compreender o funci- onamento de um tiristor, através da análise do circuito retificador controlado de silício (SCR). Variando a tensão aplicada para, posteriormente, determinar a forma de onda ca- racterística do SCR, com a chave fechada, e por fim, comparar ela com a curva encontrada com a chave aberta. 4 Resultados Para a primeira parte do experimento, a simulação com a chave S2 fechada forneceu as medidas conforme fomos variando a voltagem de 0 à 20V conforme a tabela 1. Com os dados obtidos, utilizou-se o Excel para a análise dos dados,assim foi plotada a curva característica do tiristor, com a corrente no eixo y (It) e a queda de tensão anodo-catodo no eixo x (Vt ). Figura 5: Curva característica do SCR Fonte: Elaborado pelas autores Podemos observar que o tiristor é acionado e começa a conduzir somente se a tensão sobre ele for maior que 10V. Dessa forma, quando a tensão da fonte é 11V, já é possível Eletrônica de potência 5 UNESP Relatório nº 5:Levantamento da curva características do SCR notar que a lâmpada acende, pois, a corrente já circula pelo circuito. Basicamente, essa alteração do circuito ocorre já que o potencial positivo no gatilho e, consequentemente, sua corrente foi suficiente para que o transistor NPN fosse polarizado diretamente. Com isso, o transistor PNP também entra em condução e, portanto, os dois transistores conduzem e ocorre o processo regenerativo. De modo geral, o processo regenerativo ocorre pois o coletor do transistor PNP está ligado na base do NPN e vice-versa. Pela tabela 1,é possível observar a alteração dos valores na tensão sobre o tiristor. Inicialmente, a tensão proveniente da fonte recai sobre o tiristor, já que este ainda não está conduzindo. Quando se inicia a condução, a tensão diminui para aproximadamente 0,9V, sendo o suficiente para suprir o seu potencial. Para o experimento realizado com a chave aberta, vimos que o circuito continua funcionando, já que o processo regenerativo mantém o fluxo de corrente e a corrente de gatilho se torna irrelevante.Por fim, desconectando a tensão de entrada V1, foi possível perceber que a lâmpada se apaga,pois interrompemos o fornecimento de tensão ao circuito, fazendo com que a corrente do tiristor seja menor que a corrente de manutenção Ih, consequentemente, bloqueando-o. Tabela 1: Dados obtidos com a simulação Vfonte[V] Igatilho[A] Itiristor[A] Vtiristor[V] 1 555.10x10−15 601.98x10−12 1 2 1.1111x10−12 2.601x10−9 2 3 1.1111x10−12 4.6011x10−9 3 4 2.1041x10−12 6.6031x10−9 4 5 2.1041x10−12 8.6x10−9 5 6 2.1041x10−12 10.645x10−9 6 7 4.4441x10−12 12.615x10−9 7 8 4.4441x10−12 14.6113x10−9 8 9 8.8801x10−12 16.613x10−9 9 10 4.4701x10−12 18.620x10−9 10 11 8.8811x10−12 20.120x10−9 0.92 12 4.4821x10−12 22.2210x10−9 0.9216 13 8.8282x10−12 24.110x10−9 0.94126 14 8.8281x10−12 26.320x10−9 0.9614 15 8.82791x10−12 28.0270x10−9 0.98197 16 8.8340x10−12 30x10−9 1 17 8.83146x10−12 31.9620x10−9 1.0133 18 16.83146x10−12 33.9220x10−9 1.03442 19 8.8159x10−12 35.9810x10−9 1.0561 20 8.8259x10−12 37.8610x10−9 1.0782 Eletrônica de potência 6 UNESP Relatório nº 5:Levantamento da curva características do SCR 5 Conclusões A partir do experimento e das simulações realizadas,obtemos a curva característica do funcionamento do tiristor. Observamos que quando a chave esta fechada, o divisor de tensão no gatilho do tiristor fornece uma corrente para ativá-lo.Seu funcionamento se dá através da polarização direta entre o Anodo e o Catodo juntamente com a corrente de gatilho, assim,concluímos que após a sua ativação, não é necessária a corrente de ativação. Após ligar, o SCR funciona aproximadamente como um diodo conduzindo e isso é observado a partir do valor de 11V na fonte de alimentação. Referências [1] RASHID, Muhammad H. Eletrônica de Potência: Dispositivos, circuitos e aplicações. 4ª. Ed. São Paulo: Pearson, 2014. [2] MULTISIM. Online simulator. Disponível em: https://www.multisim.com [3] AHMED, Ashfaq. Eletrônica de Potência. São Paulo: Prentice Hall, 2000. [4] feg-UNESP.Retificador Controlado de Silício(SCR). Disponivel em https://www.feg.unesp.br/. Acesado em 16.11.21. Eletrônica de potência 7 UNESP Objetivos Introdução Materiais e métodos Resultados Conclusões Referências
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