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Educação na Grécia Antiga - Paideia Grega Geraldo M. Batista Curriculum: www.geraldofadipa.comunidades.net 1 1. Introdução Paideia é um termo empregado para sintetizar a noção de educação na sociedade das Polis na Grécia clássica. Deriva paidos (criança) que significava "criação dos meninos". Antes, o conceito o conceito de formação social estava contido em outro termo, "aretê" (em grego, adaptação perfeita, excelência, virtude). Formulado e explicitado nos poemas homéricos, a aretê era entendida como um conjunto de qualidades físicas, espirituais e morais, atributo próprio da natureza (como por exemplo, a bravura, coragem, força, destreza, eloquência, capacidade de persuasão, enfim a heroicidade). Observação. Sistema de educação e formação ética, da Grécia Antiga, onde os jovens eram submetidos para atender a todos os aspectos da vida do homem na sociedade. Importante para a filosofia devido ao fato de preparar os jovens, não só para as lutas, mas também para pensar com a razão. A educação é um modo pelo qual algumas sociedades buscam transmitir de geração para geração, alguns valores que são compreendidos como essenciais para a manutenção de sua cultura. 2. As Cidades-Estados A formação dos jovens não eram os mesmos em toda a Grécia. Essa distinção ocorria por questões relacionadas às atividades desenvolvidas em cada polis. Cada localidade possuía suas particularidades e isso se refletia no que era esperado de seus cidadãos e, consequentemente, da educação dos jovens. Assim: A educação assumia uma importante relação com os objetivos próprios de cada lugar. As diversas áreas do conhecimento, compreendidas como artes, variavam em seu grau de relevância de lugar para lugar. 3. Esparta As crianças do sexo masculino, a partir dos sete anos, eram retiradas da família e inseridas em escolas-ginásios onde recebiam, até os 16 anos, uma formação de tipo militar, que devia favorecer a aquisição da força e da coragem. Este fato estva ligado ao caráter militarista da sociedade e do governo da época. O cidadão-guerreiro espartano era formado pelo adestramento no uso das armas, reunido em equipes sob o controle de jovens guerreiros e, depois, de um Educação na Grécia Antiga - Paideia Grega Geraldo M. Batista Curriculum: www.geraldofadipa.comunidades.net 2 superintendente geral (paidonomos). Levava-se uma vida comum, favoreciam-se os vínculos de amizade, valorizava-se em particular a obediência. Quanto à cultura (ler, escrever) pouco espaço era dado a ela na formação do espartano, se limitando ao estritamente necessário. 3.1. A Mulher espartana A tutela, também, era exercida pelo Estado. Somente uma mulher fisicamente perfeita teria condições de gerar filhos que pudessem lutar bravamente pela defesa de sua cidade-Estado. Além disso, durante sua vida civil ela poderia adquirir o direto de propriedade e não estava necessariamente sujeita à autoridade de seu marido. 4. Atenas A educação formal praticada era direcionada somente aos homens visando o seu desenvolvimento físico e intelectua, assentado em três pilares: a ginástica, a música e a escrita. Assim, a "paideia" passa a se referir a um processo de educação no qual os estudantes eram submetidos a uma programa que procurava atender a todos os aspectos da vida do homem. Entre as matérias abordadas estavam: Geografia. História Natural. Gramática. Matemática. Retórica. Filosofia Música. Ginástica. 4.1. A Mulher ateniense Era bastante reduziada. Sua educação era para ser dócil e reservada ao mundo doméstico. Eram subjugadas pelo pai até ele escolher qual homem poderia com ela se casar. Após o matrimônio, a subserviência feminina era destinada ao marido. Mesmo após as reformas políticas, as mulheres não participavam das questões políticas por serem consideradas inaptas para esse tipo de tarefa. Educação na Grécia Antiga - Paideia Grega Geraldo M. Batista Curriculum: www.geraldofadipa.comunidades.net 3 5. Rotina do Aluno A rotina de um aluno, respeitando os preceitos da paideia era basicamente este: Acordar logo ao amanhecer, e com a ajuda do pedagogo, o jovem lavava-se e vestia-se. Refeição matinal e logo após, ida à palestra, para as aulas de música e ginástica. Banho e regresso à casa para o almoço. Retorno à palestra à tarde, para lições de leitura e escrita. Ida para casa, sempre na compania do pedagogo. Eestudo das lições, trabalhos de casa, jantar e enfim repouso. Não haviam finais de semana ou férias, exceto pelos festivais religiosos ou cívicos. 6. Rotina do Aluno O filósofo grego Plutarco foi um dos grandes defensores da Paideia ao longo de sua vida como mestre e historiador. Ele dizia que “educar não equivale ao ato de encher uma jarra, mas sim de acender uma chama”. Com essas palavras, Plutarco afirma que não cabe ao professor simplesmente transmitir a informação ao aluno, mas sim despertar o interesse interno que há em cada ser, para que ele mesmo construa seu caminho na busca pelo ideal do arquétipo humano. FIM
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