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1964 _ Ditadura Militar no Brasil [Completo]

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20/07/2021 1964 | Ditadura Militar no Brasil [Completo]
https://conteudo.brasilparalelo.com.br/historia/ditadura-militar-no-brasil/ 1/25

NOV E M B RO 1 7, 2 0 2 0
Ditadura Militar no Brasil ou Regime Militar? Entenda
de�nitivamente como foi o Golpe de 64
por Redação Brasil Paralelo
A Ditadura Militar no Brasil é um dos períodos mais deturpados de nossa história. Neste artigo, vamos
explicar o contexto mundial e nacional do golpe civil-militar de 31 de março de 1964 e seus desdobramentos.
Entenda como foram os vinte anos de regime militar sem qualquer apologia aos erros cometidos, mas
também sem ocultar a necessidade de uma intervenção que pudesse deter o comunismo.
1964 — O Brasil entre armas e livros
Este é um documentário da Brasil Paralelo que conta a história da Ditadura Militar no Brasil, revelando
detalhes que tinham sido ignorados ou ocultados. Ele foi injustamente considerado pró-ditadura e censurado
em alguns colégios e faculdades.
Seu conteúdo é fruto do estudo de dezenas de especialistas. Eles nos ajudaram a encontrar bibliogra�as e
documentos que mostram a história do período em que os militares estavam no poder. As fontes vêm não só
do Brasil, mas também dos Estados Unidos, Polônia, Berlim, na Alemanha Oriental, e República Tcheca.
Assista agora mesmo ao documentário 1964 – O Brasil entre Armas e Livros, para ter um pouco mais do
Brasil dentro de você.
https://conteudo.brasilparalelo.com.br/
https://conteudo.brasilparalelo.com.br/historia/ditadura-militar-no-brasil/
https://conteudo.brasilparalelo.com.br/author/victor/
https://go.brasilparalelo.com.br/campaign/blog-venda-1964?utm_source=blog_organic&utm_medium=text&utm_campaign=site_brasil_paralelo&utm_content=ditadura-militar-no-brasil
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https://conteudo.brasilparalelo.com.br/historia/ditadura-militar-no-brasil/
https://conteudo.brasilparalelo.com.br/historia/ditadura-militar-no-brasil/
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20/07/2021 1964 | Ditadura Militar no Brasil [Completo]
https://conteudo.brasilparalelo.com.br/historia/ditadura-militar-no-brasil/ 2/25
O que você vai encontrar neste artigo?
1. A in�uência da Guerra Fria sobre os acontecimentos de 1964;
2. O Serviço Secreto da KGB e sua in�uência na Ditadura Militar no Brasil;
3. A in�ltração comunista no Brasil antes de 64;
4. O que estava acontecendo no Brasil antes da Ditadura Militar?
5. O golpe de 1964 foi uma resposta às guerrilhas ou elas aconteceram por causa do golpe?
6. 31 de março de 1964;
7. Castelo Branco e os primeiros Atos Institucionais;
8. O terrorismo das guerrilhas e as vítimas do comunismo no Brasil;
9. Costa e Silva, a “Linha Dura” e o AI-5;
10. Médici e o Milagre Econômico;
11. Geisel e a redemocratização;
12. O Presidente João Figueiredo e a Lei da Anistia;
13. O movimento Diretas Já e o �m da Ditadura Militar no Brasil;
14. Consequências e conclusões sobre o período militar;
15. Por que entre armas e livros?
A in�uência da Guerra Fria sobre os acontecimentos de 1964
Antes de entender os eventos de 31 de março de 1964 que levaram ao que se chama de Ditadura Militar, é
preciso entender o que estava acontecendo no mundo. E o acontecimento mais importante que in�uenciou
este episódio foi a Guerra Fria entre os EUA e a URSS.
A Rússia comunista já dominava quinze países, resultando na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas
(URSS).
Stálin tinha continuado a revolução socialista de Lênin, espalhando o terror vermelho durante as décadas de
seu governo. A missão era conquistar o mundo e implementar o comunismo.
Para isso, ele enviou tropas para a Polônia, eliminando a oposição ao partido comunista e estabelecendo um
governo pró-soviético. Fez o mesmo na Bulgária, Tchecoslováquia, Romênia e Hungria, todos com ditadores
que respondiam diretamente a Moscou.
O sistema comunista não foi imposto de forma democrática nesses países, eles se tornaram comunistas não
porque quisessem, mas porque foram obrigados.
1964 - O Brasil entre armas e livros (FILME COMPLETO)1964 - O Brasil entre armas e livros (FILME COMPLETO)
https://www.youtube.com/watch?v=yTenWQHRPIg
20/07/2021 1964 | Ditadura Militar no Brasil [Completo]
https://conteudo.brasilparalelo.com.br/historia/ditadura-militar-no-brasil/ 3/25
Assim, a história conheceu o horror dos gulags (campos de trabalho forçado e extermínio de opositores da
URSS) e do Holodomor (genocídio de milhões de ucranianos, mortos de fome pelo governo socialista de
Stálin).
Os Estados Unidos da América e a luta pela liberdade
No ocidente, a maior economia do mundo havia construído uma democracia liberal baseada na sociedade de
mercado e nos valores cristãos. Era também o único país com armas nucleares.
A nação americana, sendo a liderança ocidental, propôs o Plano Marshall, oferecendo empréstimos e taxas
de juros baixas para reativar a economia dos países europeus mais devastados.
O muro de Berlim
Os soviéticos dividiram a Alemanha em duas nações. O maior símbolo desta divisão ideológica foi o muro de
Berlim, construído em 1961, cuja função era impedir que os alemães fugissem do lado oriental socialista para
o lado ocidental capitalista.
A República Federal da Alemanha seguia as políticas do Ocidente, adotando o modelo capitalista de
economia de mercado. Em contraste, a República Democrática Alemã era controlada pelo regime comunista
fechado e submetia tudo ao controle do governo.
1964 - O Brasil entre armas e livros (FILME COMPLETO)1964 - O Brasil entre armas e livros (FILME COMPLETO)
https://www.youtube.com/watch?v=yTenWQHRPIg
20/07/2021 1964 | Ditadura Militar no Brasil [Completo]
https://conteudo.brasilparalelo.com.br/historia/ditadura-militar-no-brasil/ 4/25
Qualquer revolta ou protesto contra Moscou era brutalmente reprimido pelo Exército Vermelho e os
prisioneiros eram torturados e mortos.
Países divididos entre socialistas e capitalistas
Como se o exemplo da Alemanha não fosse su�ciente, a Coreia do Norte – armada pela URSS e pela China –
atacou a Coreia do Sul. Esta só foi salva por causa de uma coalizão liderada pelos Estados Unidos.
Após 3 anos de con�ito, o país estava dividido em dois. Veja nas palavras do escritor e jornalista Percival
Puggina como é forte a diferença de um país sob o regime socialista em relação a um cuja economia é aberta:
Guerras civis e revoluções comunistas também estavam acontecendo em outros países como:
Vietnã
Grécia
Turquia
Espanha
Futuramente no Irã
Nicarágua
Argentina
Cuba
Egito
Diversos países da África
Itália
Guatemala
Haiti
Paraguai
Filipinas
1964 - O Brasil entre armas e livros (FILME COMPLETO)1964 - O Brasil entre armas e livros (FILME COMPLETO)
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https://www.youtube.com/watch?v=yTenWQHRPIg
20/07/2021 1964 | Ditadura Militar no Brasil [Completo]
https://conteudo.brasilparalelo.com.br/historia/ditadura-militar-no-brasil/ 5/25
Chile
Indonésia, entre dezenas de outros con�itos.
O perigo cubano 
Fidel Castro e sua guerrilha tomaram o poder em Cuba e declararam aliança com a União Soviética,
tornando-se o primeiro país das Américas aliado a Moscou. Passaram também a servir como base de
treinamento soviética com o objetivo de se expandir por toda a América Latina.
Soldados, navios e mísseis soviéticos foram enviados a Cuba e apontados para os Estados Unidos. A marinha
americana se posicionou e as duas potências estavam a um passo de iniciar um con�ito direto. Somente o
medo da bomba atômica impediu a Terceira Guerra Mundial.
Após intensas negociações, os mísseis foram retirados. Mas o con�ito estava longe de terminar.
O serviço secreto da KGB e sua in�uência na Ditadura Militar
no Brasil
Finalmente, começaremos a entender o vínculo entre a Guerra Fria e a verdadeira históriada Ditadura
Militar no Brasil. Já entendemos como o mundo estava dividido e como as revoluções socialistas eram um
terror vermelho, amplamente difundido pela URSS.
Agora, é preciso entender o papel dos serviços secretos… que também estavam presentes no Brasil.
O serviço de espionagem, a contraespionagem e a polícia secreta, uniram-se na organização que �cou
conhecida como KGB.
Ela tinha carta branca do governo para ser a própria lei, obtendo as informações que queria por qualquer
meio que fosse necessário. Era o serviço de inteligência e segurança mais completo do mundo, contendo
arquivos e registros de políticos, acadêmicos e artistas do mundo inteiro.
Os agentes da KGB também se dedicavam a in�uenciar a política, divulgando material pró- comunista,
incitando a formação de guerrilhas, protestos e revoluções.
Talvez com esta última frase você já possa entender porque os militares assumiram o poder no Brasil a partir
de 31 de março de 1964. Mas antes, vamos aprofundar os problemas que isto trouxe ao Brasil.
Você tem dúvida?
20/07/2021 1964 | Ditadura Militar no Brasil [Completo]
https://conteudo.brasilparalelo.com.br/historia/ditadura-militar-no-brasil/ 6/25
O sucessor de Stálin, Nikita Khrushchev, usou a KGB como uma frente de batalha na Guerra Fria para
“enterrar os Estados Unidos”. Nesta luta por in�uência global, os países emergentes também se tornaram alvo
das operações de serviços secretos soviéticos. Entre eles, o Brasil.
A in�ltração comunista no Brasil antes de 64
Voltemos ao I Congresso Mundial da Internacional Comunista em 1919, cujo objetivo era colocar em prática
o plano de expansão mundial do comunismo. Neste e nos congressos seguintes, foi desenvolvido um estatuto
com 21 condições para a �liação dos partidos.
Como resultado, surgiram vários que seguiram essas diretrizes, que incluíam:
O dever revolucionário de fazer propaganda legal e ilegal para promover a agitação;
O dever de levar a ideologia para dentro de sindicatos e cooperativas a �m de conduzir as massas
operárias à revolução;
Financiar sem reservas todas as repúblicas soviéticas em sua luta contra os conservadores;
Acatar de forma obrigatória todas as decisões da Internacional Comunista. 
Assista à 1964!
E o Brasil em meio a isso?
O Brasil com suas dimensões continentais, limítrofe de quase toda a América do Sul e rico em recursos
naturais não foi deixado de fora da guerra ideológica.
Em 25 de março de 1922, foi fundado o Partido Comunista Brasileiro (PCB) em Niterói, obedecendo a todas
as condições impostas pelo estatuto. 
O jornalista brasileiro William Waack comenta sobre o vínculo do PCB com Moscou:
1964 - O Brasil entre armas e livros (FILME COMPLETO)1964 - O Brasil entre armas e livros (FILME COMPLETO)
https://go.brasilparalelo.com.br/campaign/blog-venda-1964?utm_source=blog_organic&utm_medium=text&utm_campaign=site_brasil_paralelo&utm_content=ditadura-militar-no-brasil
https://www.youtube.com/watch?v=yTenWQHRPIg
20/07/2021 1964 | Ditadura Militar no Brasil [Completo]
https://conteudo.brasilparalelo.com.br/historia/ditadura-militar-no-brasil/ 7/25
Luís Carlos Prestes
Luiz Carlos Prestes vivia na União Soviética e voltou clandestinamente ao Brasil a �m de realizar um golpe
revolucionário. Sua primeira tentativa foi a Intentona Comunista, que fracassou. Prestes e seus colaboradores
foram presos. Além disso, o Brasil rompeu as relações diplomáticas com a União Soviética e cassou o registro
do PCB.
Contudo, o Partido Comunista Brasileiro permaneceu na legalidade de fato e foi aí que os agentes soviéticos
avançaram na estrutura de poder brasileira. A conspiração para transformar o Brasil em uma república
socialista contava agora com ajuda internacional.
Foi na República Tcheca que um pesquisador brasileiro encontrou parte da história desconhecida até então,
uma parte que comprova que os países satélites da União Soviética sempre mantiveram seus olhos no Brasil.
A descoberta dos arquivos da KGB com material de in�ltração no Brasil
Laudelino Lima, administrador do site “Verdade Sufocada” recebeu o contato do pesquisador Mauro
Abranches Kraenski, autor do livro “1964: O Elo Perdido”. O motivo do contato?
Mauro estava na STB Tcheca (Serviço de Inteligência) traduzindo arquivos da KGB sobre a in�ltração no
Brasil entre os anos 50 e 80. Veja:
O Brasil havia se tornado um alvo dos comunistas e alguns planos já estavam em ação antes de 31 de março
de 1964, quando os militares intervieram.
1964 - O Brasil entre armas e livros (FILME COMPLETO)1964 - O Brasil entre armas e livros (FILME COMPLETO)
1964 - O Brasil entre armas e livros (FILME COMPLETO)1964 - O Brasil entre armas e livros (FILME COMPLETO)
https://www.youtube.com/watch?v=yTenWQHRPIg
https://www.youtube.com/watch?v=yTenWQHRPIg
20/07/2021 1964 | Ditadura Militar no Brasil [Completo]
https://conteudo.brasilparalelo.com.br/historia/ditadura-militar-no-brasil/ 8/25
A vitória da revolução cubana em 59 intensi�cou as atividades comunistas na América Latina. A revolução
vermelha estava mais próxima. O Brasil já estava dando seus próprios sinais de inclinação à esquerda. No
mesmo ano, a capital foi transferida para o centro do país.
O projeto de Oscar Niemeyer estava vinculado às ideologias de esquerda. A sede política do país foi tirada do
Rio de Janeiro, ou seja, de perto do povo; para construir uma capital totalmente de concreto, sem esquinas,
com grandes avenidas e palácios, para que os políticos pudessem viver em uma redoma, distantes da
população.
Os governantes em uma capital isolada tornam-se mais intangíveis.
Tal construção re�etia o modelo presente no livro: “A cidade comunista ideal”, escrito por dois arquitetos
soviéticos. Os cofres públicos foram muito afetados pela construção desta capital e pela mentalidade
desenvolvimentista, por exemplo, dos 50 anos em 5, o que provocou o congelamento de salários, o
agravamento da in�ação e o “calote” do FMI.
O que estava acontecendo no Brasil antes da Ditadura Militar?
Antes do próprio período militar, dois governos anteriores à intervenção precisam ser contextualizados. O de
Jânio e o de Jango. A aproximação deles com a esquerda deixou o Brasil à beira de uma guerra civil.
Jânio Quadros
O discurso “Varre, varre, vassourinha” para combater a corrupção ganhou uma proporção enorme no país e
Jânio Quadros foi eleito presidente. Alguns problemas fundamentais que destacamos em seu governo são:
Ele se reaproximou da União Soviética;
Seu vice, João Goulart, estava na China;
Ele condecorou Che Guevara com uma premiação republicana chamada Ordem do Cruzeiro do Sul;
Ele tentou obter o apoio de Carlos Lacerda, jornalista e político in�uente, para fechar o Congresso.
Por causa de sua tentativa de fechar o Congresso, Carlos Lacerda ofereceu que Jânio renunciasse ou que
fosse denunciado nos jornais. Jânio renunciou pensando que o povo iria às ruas pedir seu retorno e que o
Congresso não aceitaria seu pedido.
Porém, sua renúncia foi aceita no dia seguinte e ninguém saiu às ruas. Assim, Jânio perdeu seu cargo.
Estes acontecimentos são um prenúncio de 64. As pessoas começaram a sentir que o sistema político e o
voto não seriam e�cazes. A consequência foi a queda na credibilidade da tentativa de construir a democracia
que o Brasil experimentou entre os anos 40, 50 e 60.
João Goulart (Jango)
Com a renúncia de Jânio, quem assumiu foi seu vice, João Goulart, que tinha ligações com as outras ditaduras
populistas latino-americanas. Ele estava na China comunista de Mao Tsé-Tung quando Jânio Quadros
renunciou.
20/07/2021 1964 | Ditadura Militar no Brasil [Completo]
https://conteudo.brasilparalelo.com.br/historia/ditadura-militar-no-brasil/ 9/25
Jango sustentava teses de esquerda, mesmo que o Brasil não as quisesse. Além do que vimos, ele começou
uma política econômica intervencionista, desenvolvimentista, emissionista e in�acionária. A in�ação atingiu
100% ao ano e a situação era insustentável. 
Em meio a tudo isso, Goulart concluiu que o melhor eraunir-se à extrema esquerda e ainda encorajava os
grupos a fazer greves para pressionar o Congresso.
Com a presença da KGB aqui no Brasil, com guerrilheiros treinados em Cuba e com a ajuda da STB, as
tensões só aumentaram.
Em 1962, já se sabia da existência de pelo menos oito campos de treinamento das ligas camponesas do Brasil
que tiveram treinamento de guerrilha em Cuba. Esta era a semente do que mais tarde viria a se tornar o MST.
As reformas de base
O Governo de João Goulart pregava:
Reestruturação da Constituição;
Mudanças drásticas na política agrária, urbana, educacional e tributária.
As reformas de base incluíam:
Estatização de re�narias;
Desapropriação de terras;
Fixação do preço de aluguéis;
Limitação de remessa de lucros para o exterior.
Estas medidas eram inconstitucionais e o próprio governo já esperava que elas não fossem aceitas pelo
Congresso. Por esta razão, Jânio pediu a aprovação do Estado de Sítio, uma medida extremamente
autoritária. Ele tentou governar por decretos e isto foi decisivo para que a oposição se manifestasse contra
ele.
Em março de 64 houve o ápice da agitação nas ruas, das greves e da crise em que o país se encontrava. Junto
com Prestes, grupos comunistas e militares insubordinados, João Goulart organizou comícios em todo Brasil
pressionando o Congresso a aprovar as Reformas de Base.
João Goulart e Leonel Brizola (político brasileiro que era referência na liderança da esquerda) ainda
discursavam em público contra a Constituição e a favor de um plebiscito para a dissolução do Congresso.
1964 - O Brasil entre armas e livros (FILME COMPLETO)1964 - O Brasil entre armas e livros (FILME COMPLETO)
https://www.youtube.com/watch?v=yTenWQHRPIg
20/07/2021 1964 | Ditadura Militar no Brasil [Completo]
https://conteudo.brasilparalelo.com.br/historia/ditadura-militar-no-brasil/ 10/25
Naquele momento, para comunicar seu desgosto com o que estava acontecendo na Central do Brasil, a
população do Rio de Janeiro protestou acendendo velas nas janelas.
O golpe de 1964 foi uma resposta às guerrilhas ou elas
aconteceram por causa do golpe?
De acordo com o professor Olavo de Carvalho, em 1963 já existia guerrilhas no Brasil. Logo, o golpe de 1964
que iniciaria a Ditadura Militar no Brasil foi uma resposta a elas.
Documentos que comprovam isto foram parar nas mãos do Presidente João Goulart, vindos de um acidente
aéreo de um alto funcionário cubano. Mas, em vez de usar os documentos, ele os devolveu a Fidel Castro.
A Marcha da Família com Deus pela Liberdade
Preocupados com a democracia e com a soberania nacional, os brasileiros saíram às ruas na maior
manifestação pública da história do Brasil na época, para dizer não ao comunismo.
A primeira Marcha da Família com Deus pela Liberdade reuniu 500 mil pessoas em São Paulo no dia 19 de
março. O nome da marcha e seus cartazes deixaram claro seu adversário: o risco comunista. As
manifestações espalharam-se por todo o Brasil.
Algo que provavelmente não lhe contaram sobre a história da Ditadura Militar no Brasil foi que várias
emissoras como a Rádio Jornal do Brasil, a Rádio Tupi, a Rádio Globo e outras estações do interior, uniram-
se para alertar sobre o golpe que a esquerda estava preparando.
A maioria dos brasileiros era a favor de uma intervenção militar em 64.
31 de março de 1964
O país sofria uma de suas piores crises, greves, ameaças de guerra civil, caos quase incontrolável,
deterioração econômica e �nanceira, indisciplina nos quartéis e in�ação muito alta.
20/07/2021 1964 | Ditadura Militar no Brasil [Completo]
https://conteudo.brasilparalelo.com.br/historia/ditadura-militar-no-brasil/ 11/25
Falava-se em matar, fuzilar e destruir. Parecia que em poucos dias ou horas os brasileiros começariam uma
guerra civil. Por esta razão, as forças armadas, também ameaçadas, foram chamadas a cumprir a missão que o
momento lhes impunha, restabelecendo a ordem e livrando o país da ameaça comunista.
Na Guanabara, Castelo Branco ligou para Carlos Lacerda para avisá-lo do perigo que ele corria com a invasão
que estava prestes a acontecer. Havia um rumor de que o Almirante Aragão iria invadir o Palácio da
Guanabara. Mas Larcerda quis �car para defender o palácio. Por isso, temos seu famoso discurso no rádio:
“Almirante Aragão! Assassino covarde! Venha que eu te mato com o meu revólver…”
Jango estava no Rio de Janeiro quando as forças comandadas pelo General Olímpio Mourão Filho se
aproximaram. Ele foi para Brasília e depois para Porto Alegre, onde se encontrou com o Brizola, que o
encorajava a enfrentar. Mas, ele estava com medo, porque sabia que haveria derramamento de sangue.
O país estava a um passo de entrar em uma guerra civil, por isso pode-se dizer que a revolução de 64 foi feita
para deter a marcha do Brasil para Havana e Caracas.
O Golpe de 1964 começou de maneira pací�ca e teve adesão popular
Segundo a Constituição de 46, se o Presidente da República se ausentasse do país sem comunicação o�cial
com a sede do governo, ele estaria impedido. João Goulart estava ainda em território nacional voando de
Brasília para Porto Alegre, quando Auro de Moura Andrade (presidente do Congresso Nacional) declarou a
vacância do cargo:
“Atenção! O Senhor Presidente da República deixou a sede do governo. Deixou a nação acéfala.
Numa hora gravíssima da vida brasileira, abandonou o governo. E essa comunicação faço ao
Congresso Nacional. Esta acefalia, esta acefalia con�gura a necessidade do Congresso Nacional
como poder civil, imediatamente, tomar a atitude que lhe cabe nos termos da Constituição
brasileira. Está sobre a nossa responsabilidade, a população do Brasil, o povo, a ordem! Assim
sendo, eu declaro vaga a Presidência da República!”
O Chefe da Casa Civil enviou uma carta ao Congresso dizendo que o presidente estava em Porto Alegre, em
território nacional, ainda no exercício de suas funções, mas ela não foi acolhida.
Houve um golpe parlamentar nesta declaração de 1º de abril. O Golpe de 64 começou como um movimento
civil:
1964 - O Brasil entre armas e livros (FILME COMPLETO)1964 - O Brasil entre armas e livros (FILME COMPLETO)
https://www.youtube.com/watch?v=yTenWQHRPIg
20/07/2021 1964 | Ditadura Militar no Brasil [Completo]
https://conteudo.brasilparalelo.com.br/historia/ditadura-militar-no-brasil/ 12/25
Naquele momento, os militares entraram com o apoio da sociedade, da Igreja Católica, da OAB, da imprensa,
da UDN e de vários sindicatos.
Goulart foi para São Borja, pouco tempo depois Brizola também foi e juntos partiram para o Uruguai. Não
houve resistência ou pedido de restauração. Nem mesmo a esquerda pediu o retorno de Jango ao poder, pois
queriam alguém com o per�l de Brizola. 
Do ponto de vista da historiogra�a recente e das esquerdas, temos aí o golpe militar.
Castelo Branco e os primeiros Atos Institucionais
Para continuar a revolução que começaram, os líderes das forças armadas formaram uma junta militar, o
Supremo Comando da Revolução, que eram os generais.
A primeira medida da nova força supraconstitucional foi o Ato Institucional Número 1. Estes atos eram
decretos com força constitucional para fazer valer novas leis imediatamente.
O número 1 convocava o Congresso para eleger o próximo Presidente da República. Com 98% dos votos, os
deputados federais elegeram Humberto de Alencar Castelo Branco, com amplo apoio da população, da classe
política e da imprensa.
Ele foi escolhido democrática e legitimamente pelo Congresso Nacional, recebeu votos do próprio Juscelino
Kubitschek e do próprio Ulysses Guimarães (político brasileiro famoso por sua oposição à ditadura).
Esperava-se que fosse uma transição e que, na sequência, Lacerda e Juscelino Kubitschek disputassem nas
urnas.
Deveria ser uma intervenção militar e não um regime. 
Ato Institucional nº 1 já autorizava, por prazos determinados, a cassação dos direitos políticos dos chamados
subversivos.
20/07/2021 1964 | Ditadura Militar no Brasil [Completo]
https://conteudo.brasilparalelo.com.br/historia/ditadura-militar-no-brasil/13/25
Assim que Castelo Branco cumprisse o mandato de João Goulart, novas eleições diretas deveriam ser
realizadas em 1965. Mas esta ideia não era unânime entre os militares. Diferentes grupos disputavam espaço,
exercendo pressão sobre o governo recém-formado.
Um golpe duplo
Sob pressão da chamada “Linha Dura”, mais radical entre os militares, o governo Castelo Branco teve seu
mandato prorrogado, governando de 1964 a 1967. As eleições previstas foram suspensas e o Ato Institucional
Número 2 foi decretado. Agora a eleição do presidente seria feita permanentemente pelo Congresso e apenas
dois partidos poderiam existir no sistema político.
O bipartidarismo consistia na ARENA representando o governo e no MDB sendo a oposição consentida, ou
seja, permitida. Apesar disso, a oposição tinha voz e falava contra o regime no Congresso.
Segundo o professor Olavo de Carvalho, foi um golpe dentro do golpe, porque os militares tomaram o poder
e �caram, em vez de seguir com novas eleições:
Na rodada de eleições para governadores e prefeitos, a oposição aos militares conseguiu vencer em estados
importantes. Percebendo a derrota política, o governo e o Comando Supremo iniciaram outro Ato
Institucional.
O novo Ato estendia as eleições indiretas também aos governos estaduais, que passaram a ser eleitos por seus
respectivos deputados; os governadores eleitos nomeavam os prefeitos de cada capital.
Assim, a “Linha Dura” do exército avançava cada vez mais no controle das instituições.
Castelo Branco também iniciou o Ato Institucional nº 4 com a intenção de institucionalizar o regime o
máximo que pudesse, para que houvesse regras. O produto foi a convocação à constituinte. Isto signi�ca
pensar uma nova Constituição para o Brasil, o livro com as normas que regem o Estado.
O terrorismo das guerrilhas e as vítimas do comunismo no
Brasil
1964 - O Brasil entre armas e livros (FILME COMPLETO)1964 - O Brasil entre armas e livros (FILME COMPLETO)
https://www.youtube.com/watch?v=yTenWQHRPIg
20/07/2021 1964 | Ditadura Militar no Brasil [Completo]
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O terrorismo revolucionário tornou-se cotidiano; o crime, o medo e o sangue marcaram presença na vida dos
brasileiros. Assaltos a bancos e a estabelecimentos comerciais, explosão de bombas em lugares públicos,
fuzilamento e tortura de pessoas inocentes. Os revolucionários assassinavam até mesmo seus próprios
colegas que quisessem desistir da luta armada.
Os comunistas brasileiros seguiam o exemplo de seus camaradas ideológicos, que em outros países já haviam
assassinado mais de 50 milhões em nome da revolução. O holodomor, a crise de 1932 e os gulags são apenas
alguns dos momentos que complementam este número.
Mesmo exilado, Leonel Brizola fomentava a revolução no Brasil. Segundo seu �lho, Fidel Castro lhe entregou
um milhão de dólares para comprar e distribuir armamento e munição entre os revolucionários no Brasil.
Bandidos e terroristas, hoje venerados como heróis nacionais, sequestraram, torturaram e assassinaram
inocentes em nome de seus ideais. Esta é uma verdade pouco noticiada nos anos seguintes pela imprensa e
academia brasileira, que tratou tudo como uma “luta contra a ditadura e pela democracia.”
Os revolucionários não estavam lutando por liberdade, democracia ou direitos humanos, estavam querendo
substituir a ditadura militar por uma ditadura proletária, socialista.
Derrubar o regime militar era o pretexto utilizado para atrair militantes para a causa principal: instalar a
ditadura comunista. Havia dezenas de grupos que, com brutalidade e frieza, cometiam atrocidades contra o
povo brasileiro.
1964 - O Brasil entre armas e livros (FILME COMPLETO)1964 - O Brasil entre armas e livros (FILME COMPLETO)
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Entre os grupos terroristas que mais se destacaram neste período sombrio, estavam: 
Ação Libertadora Nacional (ALN) 
Comando de Libertação Nacional (COLINA) 
Movimento Revolucionário 8 de Outubro (o MR-8) 
Partido Comunista do Brasil (PCdoB) 
Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) 
Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares) 
Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT) 
Estes grupos eram formados por pessoas que desempenharam um papel de liderança na política do Brasil nos
anos seguintes. Entre elas estava Dilma Vana Rousse�, que pertenceu aos grupos POLOP, COLINA, VAR-
Palmares. Estes grupos foram responsáveis por diversos atentados, assaltos, sequestros e assassinatos.
Outro nome que protagonizou o terrorismo brasileiro foi Carlos Marighella, que juntamente com grupos
ligados à Teologia da Libertação, foi o responsável pela criação do grupo terrorista mais perigoso do país: a
Aliança Libertadora Nacional.
Autor do livro “Mini Manual do Guerrilheiro Urbano”, publicado em junho de 1969, Marighella divulgou todas
as táticas e objetivos dos grupos terroristas que seguiam à risca seus ensinamentos cruéis:
1. Matar policiais e membros do exército;
2. Preparar bombas;
3. Assaltar;
4. Sequestrar;
5. Fazer terrorismo;
6. Executar colegas que desertassem. 
Mesmo assim, em 2013, Marighella foi homenageado em sessão solene no Senado Federal pelo que
chamaram de “luta social”. Ele também recebeu �lmes exaltando seus feitos, mesmo que sejam de barbárie e
crime.
O ano de 1966 foi marcado por diversos ataques na capital de Pernambuco. Após sucessivos atentados sem
vítimas, em 25 de julho daquele ano, uma maleta contendo explosivos foi deixada no saguão do aeroporto de
Guararapes deixando dezessete feridos e dois mortos, entre eles o jornalista Edson Régis de Carvalho, casado
e pai de cinco �lhos. 
Em 4 de setembro de 1969, a Aliança Libertadora Nacional de Marighella e o MR8 de Franklin Martins
sequestraram o embaixador americano Charles Elbrick com a exigência de que criminosos presos fossem
libertados.
Sem opção, os militares aceitaram o pedido e liberaram 15 prisioneiros. Entre eles estava José Dirceu,
personagem que apareceria décadas depois como “primeiro-ministro” da esquerda e da Casa Civil, até ser
condenado no maior esquema de corrupção da história brasileira.
Assassinatos como este e outros atentados terroristas ocorreram centenas de vezes nas décadas de 60 e 70.
Os nomes dessas pessoas foram apagados da história, pois foram ignorados pela imprensa e pela academia.
Nada foi dito sobre as 119 vítimas que o comunismo fez no Brasil em nome da revolução. A história destes
inocentes não foi contada. Apenas o número de mortos e desaparecidos durante a ditadura militar foi dito:
424, segundo os movimentos de esquerda; 362, segundo os militares.
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O terrorismo comunista estava em ascensão, a esquerda radical fez a população sentir medo e a “Linha Dura”
do exército expandir seu poder. Este era o ambiente em que criminosos de ambos os lados se valeram para
praticar perversidades em nome de uma causa.
Costa e Silva, a “Linha Dura” e o AI�  
Quando Costa e Silva, um representante da “Linha Dura” assumiu o poder e governou de 1967 a 1969, foram
os “anos de chumbo”. Para ele, era necessário pessoal militar técnico para cuidar do poder, já que os políticos
civis atrapalhavam. Era a defesa positivista da tecnocracia.
Mesmo antes de 1964, guerrilhas rurais e movimentos armados já existiam e estavam determinados a fazer a
revolução. Após 31 de março, estes grupos passaram a adotar métodos hediondos e submeteram o Brasil a
anos difíceis.
Não perca o documentário completo sobre a Ditadura Militar no Brasil.
Tortura
Havia tortura no regime militar, assim como havia na Era Vargas, e a guerra travada pelos terroristas expandiu
as justi�cativas para a repressão por parte do exército.
O caso mais conhecidofoi o do estudante Edson Luiz de Lima Souto, morto por policiais em confronto.
Entretanto, o movimento estudantil usava os mortos em combate para construir a ideia de que a tortura era
uma política de Estado, fazendo desta bandeira seu instrumento político e sua publicidade. O exagero fazia
parte desta instrumentalização.
Alguns dos desaparecidos, na verdade, se autoexilaram ou eram delatores que ganharam uma nova identidade
do governo para que não fossem mortos por seus próprios ex-companheiros de guerrilha.
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O governo de Costa e Silva sofria forte oposição. De manifestações estudantis a atos terroristas, o governo se
via cada vez mais isolado. Vale a pena lembrar a Passeata dos 100 mil de 26 de junho de 1968, mobilizada
pelos estudantes, artistas e celebridades contra os militares.
AI-�
Diante disso, Costa e Silva apresentou o projeto do Ato Institucional nº 5, que dava ao executivo o poder de
extinguir outros poderes sempre que necessário, fechar o congresso, intervir em magistrados, juízes e
relativizar o habeas corpus.
Estabelecia a censura prévia da imprensa e de obras e peças culturais consideradas pelos militares como
subversivas ou imorais. Durante sua vigência, várias peças teatrais, músicas e notícias de jornal foram
previamente impedidas de circular nos meios de comunicação e espaços públicos. Foi durante os governos
de Médici e Geisel que o artifício foi mais utilizado. 
Este AI-5 não era necessário para combater a guerrilha, pois havia dispositivos legais para tanto. Era possível
combater estes regimes terroristas sem perder a essência democrática.
O regime começou a assumir a linha tecnocrática desejada pela “Linha Dura”, promovendo o
desenvolvimento da sociedade.
A partir de então, não há como tratar esta situação política, tecnicamente falando, de outra forma que não
seja como uma ditadura; há uma Ditadura Militar no Brasil a partir de 68.
No entanto, a censura não impediu que o ensino ideológico de esquerda impregnasse a cultura social. Nem
tudo era reprimido:
Médici e o milagre econômico
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No governo Médici, que durou de 1969 a 1974, o nacional-desenvolvimentismo continuou, assim como a
repressão. Mas a população sentia-se em um país de verdade, a�nal, a economia havia se tornado uma das
maiores do mundo.
Durante o período do “Milagre Econômico”, as taxas de crescimento ultrapassaram 10% em um determinado
ano, aproximando-se até mesmo de 14%. O Brasil recebia recursos externos para crescer ainda mais. Mais de
um milhão de casas foram construídas, além do crescimento do setor de bens duráveis e eletrodomésticos.
Como resultado, o governo militar tinha uma aceitação quase total.
Durante este período, o Brasil foi tricampeão na Copa do Mundo de Futebol de 1970 e Fittipaldi venceu a
Fórmula 1. A propaganda na TV era o instrumento de difusão mais forte do governo.
Geisel e a redemocratização
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Em 1974, Ernesto Geisel é eleito pelo Congresso, o que marca o �m dos governos de “Linha Dura” na
presidência e também o �m do Milagre Econômico. Ele permaneceu no poder até 1979. O primeiro choque
do petróleo causou uma crise internacional que atingiu o Brasil frontalmente. Apesar disso, o governo não
abandonou suas políticas econômicas desenvolvimentistas, criou várias estatais e regulou o mercado, de
modo que a in�ação subiu.
Ao mesmo tempo, Geisel prometeu uma reabertura política após anos de repressão contra guerrilhas
terroristas e o endurecimento do regime. Algumas medidas foram:
Fim da censura prévia;
Extinção do AI-5;
Fechamento do Congresso para a aprovação do Pacote de Abril, que estendeu o mandato do presidente
de cinco para seis anos;
Instauração dos Senadores Biônicos, que estipulava que um terço dos senadores seria eleito
indiretamente;
Altos aportes em infraestrutura e industrialização atingindo 23,3% do PIB: a Transamazônica, a ponte
Rio-Niterói, as usinas nucleares de Angra e a hidrelétrica de Itaipu.
O caso mais grave de seu governo foi a tortura e a morte do jornalista Vladimir Herzog em 1975.
Em 1978, a crise levou os operários do ABC a realizar o maior ciclo de greves da história do Brasil.
Ele também convocou o General Golbery do Couto e Silva, que tinha a ideia de que a sociedade é como uma
panela de pressão que precisa de um escape para não estourar.
Os militares derrotaram os guerrilheiros no campo de batalha e, para que eles não voltassem a se formar,
liberaram a esquerda para se articular dentro das instituições, das universidades. Era exatamente o que a
esquerda queria.
Assista ao documentário 1964 para entender como era de fato a Ditadura Militar no Brasil.
A nova estratégia da esquerda: o gramscismo 
Os socialistas perceberam que deveriam lutar no campo da cultura e não apenas através da guerrilha. Para
derrotar o capitalismo, era necessário atacar as bases ocidentais, ou seja, a �loso�a grega, o direito romano e
a ética judaico-cristã.
As ideias de Antônio Gramsci chegaram ao Brasil a partir de 1965, graças a Ênio Silveira. Parte da esquerda se
dedicou a estudar formas de ocupar espaços na mídia, escolas, universidades e em todos os lugares possíveis.
A nova estratégia revolucionária era in�ltrar-se nas universidades, especialmente em instituições como a
União Nacional dos Estudantes:
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A produção cultural nunca foi tão ativa. Durante os anos 70, a mídia, anteriormente apoiadora da intervenção
militar, aos poucos foi sendo dominada pela esquerda por meio da ocupação de espaços. Não havia nenhuma
publicação de direita durante a Ditadura Militar no Brasil.
Os militares permitiram que a esquerda narrasse a cultura. Assim, a historiogra�a marxista foi aplicada ao
ensino, em todas as áreas, na formação da mentalidade de diversos pro�ssionais.
O presidente João �gueiredo e a Lei da Anistia
João Figueiredo assumiu a presidência com a missão de acabar com a Ditadura Militar. Governou de 1979 a
1985. A missão era árdua porque a “Linha Dura” ainda tinha a intenção de não continuar com a reabertura. O
presidente não cedeu, seguiu com a abertura democrática e com a Lei da Anistia, que perdoava os crimes
cometidos na guerra civil entre militares e comunistas. Além disso, ele liberou os partidos para disputas
reguladas.
Os novos partidos políticos criados foram:
Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) — conversão do MDB;
Partido Democrático Social (PDS) — conversão do Arena;
Partido dos Trabalhadores (PT);
Partido Democrático Trabalhista (PDT);
Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).
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Tivemos vinte anos de ditadura militar repressiva, anticomunista, etc., mas quando o regime caiu, havia
apenas uma força política organizada: o PT.
O Partido dos Trabalhadores abrigadentro de si aquelas várias correntes revolucionárias radicais que
surgiram dentro do regime e que foram esmagadas na guerra contra a guerrilha.
O movimento Diretas Já e o �m da Ditadura Militar no Brasil
“Um, dois, três, quatro, cinco, mil, queremos eleger o Presidente do Brasil. Um, dois, três, quatro,
cinco, mil, queremos eleger o Presidente do Brasil.” “Diretas já! Diretas já!”
O movimento Diretas Já foi possível porque o povo estava sentindo a in�ação. Nas manifestações, podia-se
ver quem realmente queria eleições diretas, mas não apenas isso. As bandeiras do PT e da extrema esquerda
tremulavam no meio da multidão. Além disso, Ulysses Guimarães, Tancredo Neves, Brizola e Lula
discursavam com total liberdade.
Ulysses Guimarães era a referência do MDB, a referência partidária da luta pelas diretas. A nova constituinte
e as eleições diretas para presidente são personi�cadas em sua imagem.
O movimento das Diretas Já foi ine�caz do ponto de vista da ação efetiva no ambiente político. Ele foi e�caz
enquanto símbolo. Os militares simplesmente entregaram, não foram retirados.
O poder civil retorna ao executivo
A Ditadura Militar no Brasil terminou em 1985. O parlamento optou por uma transição gradual, elegendo
Tancredo Neves, ainda de forma indireta. Há 21 anos, um civil não assumia a Presidência da República.
Consequências e conclusões sobre o Período Militar
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Os militares buscaram ser o poder executivo e moderador. Cometeram equívocos na leitura estratégica de
como agir no ambiente cultural, ignoraram as orientações dos intelectuais, banalizaram a oposição política
que era genuinamente democrática, e cometeram erro na manutenção de um aparelho de Estado que
remonta ao período Vargas.
Além disso, ampliaram o alcance de ação do governo, como Getúlio, que era autoritário em sua essência.
Por causa desta estrutura aparelhada e que facilita o autoritarismo, as pessoas não adquiriram uma
democracia plena. Assim, quando alguém assume o governo, possui os meios de aparelhamento por estatais,
por numerações de cargos de con�ança e por outros membros do partido.
A sétima Constituição do Brasil
As mudanças prometidas pela classe política exigiam uma sétima Constituição para o Brasil, que não só
garantisse eleições diretas para Presidente, mas trouxesse todos os valores defendidos por aqueles que
queriam fundar o mito de uma Nova República.
Com a Lei da Anistia e a revolução cultural nas universidades; os antigos guerrilheiros, intelectuais de
esquerda e antigos políticos assumiram o papel de colocar em pauta a nova constituinte.
Com o desgaste total das lideranças conservadoras e liberais, apenas um lado protagonizou o debate e a
redação que dava forma ao novo Estado do Brasil.
Tudo aquilo que quase pôs �m ao Brasil e que foi a razão da intervenção militar voltou como regra do
Estado.
As antigas reformas de base de João Goulart, a relativização da propriedade privada e o grande Estado que
garante tudo tornaram-se cláusulas pétreas na vida de todos os brasileiros.
A Nova República foi constituída em uma enorme burocracia, sob o mito de que foi fundada para proteger o
cidadão contra o ditador, sendo que quem discordasse seria o novo ditador.
Por que entre armas e livros?
A revolução deixou o campo das armas e foi para o campo das ideias, para as universidades e escolas, en�m,
para os livros. Os guerrilheiros, marxistas e gramscistas converteram-se em mártires da democracia e da
liberdade e �zeram propaganda para si mesmos mentindo sobre a história.
Eles formaram uma nova geração brasileira e ela foi trabalhar nos meios de comunicação, nas editoras e na
educação do Brasil.
A hegemonia quase apagou o passado e perpetuou uma narrativa: um lado da guerra foi herói e o outro
opressor. O que �zeram os heróis?
“Num tempo de mentiras universais, dizer a verdade é um ato revolucionário” (George Orwell)
Assista ao documentário 1964 para entender como era de fato a Ditadura Militar no Brasil.
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20/07/2021 1964 | Ditadura Militar no Brasil [Completo]
https://conteudo.brasilparalelo.com.br/historia/ditadura-militar-no-brasil/ 23/25
O que foi a Revolução Sexual? Principais
características, teóricos e consequências
Qual é a diferença entre esquerda e direita? Entenda
de uma vez por todas
Tagged Ditadura, História, História do Brasil
12 comentários
NOVEMBRO 17, 2020 AT 6:41 PM
Bárbara
Conteúdo profundo!
RESPONDER
NOVEMBRO 20, 2020 AT 10:10 AM
Redação Brasil Paralelo
Que bom que gostou, Bárbara!
RESPONDER
DEZEMBRO 6, 2020 AT 12:02 AM
Helton Silva de Lima
Muito bom o conteúdo. Serve para vermos como a esquerda se articula mediante as situações
e que a direita também precisa se organizar para bater de frente.
RESPONDER
DEZEMBRO 7, 2020 AT 7:48 AM
Redação Brasil Paralelo
Obrigado, Helton!
RESPONDER
MARÇO 17, 2021 AT 2:01 PM
Maria Eduarda
Fiz um resumo de nove folhas sobre este documentário! 
Obrigada por abrir nossos olhos à verdadeira história do Regime Militar.
RESPONDER
MARÇO 31, 2021 AT 8:24 PM
ma costa
interessante …. vivendo e aprendendo…..parabens …..
https://conteudo.brasilparalelo.com.br/historia/revolucao-sexual/
https://conteudo.brasilparalelo.com.br/politica/diferenca-entre-esquerda-e-direita/
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https://conteudo.brasilparalelo.com.br/tag/historia-do-brasil/
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20/07/2021 1964 | Ditadura Militar no Brasil [Completo]
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ABRIL 1, 2021 AT 5:55 PM
David Ferreira Diniz
Esse documentário foi censurado! Oi estou enganado?
RESPONDER
ABRIL 1, 2021 AT 6:00 PM
Redação Brasil Paralelo
Ele foi censurado em universidades e colégios, David! Foi retirado de cartaz
pela rede Cinemark também.
RESPONDER
ABRIL 1, 2021 AT 10:14 PM
luis carlos ferreira moura
Excelente conteúdo. Parabens por manterem viva a verdadeira história do Brasil. Guardarei e
passarei para as futuras gerações.
RESPONDER
ABRIL 4, 2021 AT 11:07 AM
Ronaldo Ferreira Machado
Excelente, muito claro e transparente, é a história contada sem a mácula da polarização
política.
RESPONDER
ABRIL 4, 2021 AT 6:49 PM
José Flausino Ferreira
Sempre fui um dos que batalharam para acabar com o Regime Militar no Brasil. Vivi 1964
num misto de medo do futuro e uma certa admiração pelas medidas tomadas pelo regime. 
Hoje vejo como um movimento necessário. Agora que vejo quanto risco correríamos se
implantado o comunismo. E estamos correndo esse risco com o aparelhamento implantado
pelas “esquerdas”. 
Gostaríamos de ver mais sugestões de como, o cidadão comum como eu, agir para reverter
essa tendência.
RESPONDER
ABRIL 10, 2021 AT 10:19 AM
MARCOS VINICIUS MAGALHAES MENEZES
Nossos militares, seriam na verdade, “Fabianos”?
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20/07/2021 1964 | Ditadura Militar no Brasil [Completo]
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