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TM PDF Editor SUMÁRIO Apostila preparatória INSS/ Técnico do Seguro Social baseada no edital anterior (edital nº 1, de 15 de dezembro de 2011) ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal ................................................................ 05 Decreto nº 1.171/94 ................................................................................................................................................................ 10 Decreto 6.029/07. ................................................................................................................................................................... 19 REGIME JURÍDICO ÚNICO Lei 8.112/90 e alterações posteriores, direitos e deveres do Servidor Público. .................................................................... 23 O servidor público como agente de desenvolvimento social .................................................................................................. 79 Saúde e Qualidade de Vida no Serviço Público ....................................................................................................................... 80 NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL Direitos e deveres fundamentais: direitos e deveres individuais e coletivos; direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade; direitos sociais; nacionalidade; cidadania; garantias constitucionais individuais; garantias dos direitos coletivos, sociais e políticos ....................................................................................................................................... 83 Da Administração Pública (artigos de 37 a 41, capítulo VII, Constituição Federal) ................................................................. 153 NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO Estado, governo e administração pública: conceitos, elementos, poderes e organização; natureza, fins e princípios.......... 185 Direito Administrativo: conceito, fontes e princípios .............................................................................................................. 188 Organização administrativa da União; administração direta e indireta .................................................................................. 190 Agentes públicos: espécies e classificação; poderes, deveres e prerrogativas; cargo, emprego e função públicos .............. 214 Regime jurídico único: provimento, vacância, remoção, redistribuição e substituição; direitos e vantagens; regime disciplinar; responsabilidade civil, criminal e administrativa .................................................................................................. 216 Poderes administrativos: poder hierárquico; poder disciplinar; poder regulamentar; poder de polícia; uso e abuso do poder .................................................................................................................................................................................. 216 Ato administrativo: validade, eficácia; atributos; extinção, desfazimento e sanatória; classificação, espécies e exteriorização; vinculação e discricionariedade ...................................................................................................................... 223 Serviços Públicos; conceito, classificação, regulamentação e controle; forma, meios e requisitos; delegação: concessão, permissão, autorização ......................................................................................................................................... 238 Controle e responsabilização da administração: controle administrativo; controle judicial; controle legislativo; responsabilidade civil do Estado ............................................................................................................................................. 241 Lei nº . 8.429/92 e alterações posteriores (dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função da administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras providências) ............................................................................................................................... 254 Lei n° 9.784/99 e alterações posteriores (Lei do Processo Administrativo) ............................................................................ 274 LÍNGUA PORTUGUESA: Compreensão e interpretação de textos................................................................................................................................. 292 Tipologia textual ...................................................................................................................................................................... 298 Ortografia oficial...................................................................................................................................................................... 304 Acentuação gráfica .................................................................................................................................................................. 316 Emprego das classes de palavras ............................................................................................................................................ 320 Emprego do sinal indicativo de crase ...................................................................................................................................... 350 Sintaxe da oração e do período ............................................................................................................................................... 353 Pontuação ............................................................................................................................................................................... 360 Concordância nominal e verbal ............................................................................................................................................... 367 Regências nominal e verbal ..................................................................................................................................................... 373 Significação das palavras ......................................................................................................................................................... 376 Redação de correspondências oficiais .................................................................................................................................... 381 RACIOCÍNIO LÓGICO Conceitos básicos de raciocínio lógico: proposições; valores lógicos das proposições; sentenças abertas; número de linhas da tabela verdade; conectivos; proposições simples; proposições compostas. Tautologia ........................................................ 394 Operação com conjuntos ........................................................................................................................................................ 422 Cálculos com porcentagens ..................................................................................................................................................... 428 NOÇÕES DE INFORMÁTICA Conceitos de Internet e intranet. Conceitos básicos e modos de utilização de tecnologias, ferramentas, aplicativos e procedimentos associados à Internet e à intranet .................................................................................................................. 623 TM PDF Editor Conceitos e modos de utilização de ferramentas e aplicativos de navegação, de correio eletrônico, de grupos de discussão, de busca e pesquisa ..................................................................................................................................................................... 625 Conceitos básicos e modos de utilização de tecnologias, ferramentas, aplicativos e procedimentos de informática. Conceitose modos de utilização de aplicativos para edição de textos, planilhas e apresentações ........................................................ 477 Conceitos e modos de utilização de sistemas operacionais Windows e Linux ....................................................................... 432 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS PARA O CARGO DE TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL 1. Seguridade Social. 1.1 Origem e evolução legislativa no Brasil ........................................................................................... 667 1.2. Conceituação .................................................................................................................................................................... 669 1.3. Organização e princípios constitucionais ......................................................................................................................... 672 2. Legislação Previdenciária. 2.1 Conteúdo, fontes, autonomia ............................................................................................. 674 2.3. Aplicação das normas previdenciárias. 2.3.1. Vigência, hierarquia, interpretação e integração ..................................... 675 3. Regime Geral de Previdência Social .................................................................................................................................... 676 3.1. Segurados obrigatórios .................................................................................................................................................... 676 3.2. Filiação e inscrição ............................................................................................................................................................ 677 3.3. Conceito, características e abrangência: empregado ...................................................................................................... 679 3.3.2 Empregado doméstico ................................................................................................................................................... 680 3.3.3. Contribuinte individual .................................................................................................................................................. 680 3.3.4. Trabalhador avulso ....................................................................................................................................................... 681 3.3.5. Segurado especial .......................................................................................................................................................... 681 3.4. Segurado facultativo: conceito, características, filiação e inscrição ................................................................................ 682 3.5. Trabalhadores excluídos do Regime Geral ....................................................................................................................... 683 4. Empresa e empregador doméstico: conceito previdenciário ............................................................................................. 683 5. Financiamento da Seguridade Social ................................................................................................................................... 684 5.1. Receitas da União ............................................................................................................................................................. 687 5.2. Receitas das contribuições sociais: dos segurados, das empresas, do empregador doméstico, do produtor rural, do clube de futebol profissional, sobre a receita de concursos de prognósticos, receitas de outras fontes .............................. 687 5.3. Salário de contribuição ..................................................................................................................................................... 690 5.3.1. Conceito ........................................................................................................................................................................ 690 5.3.2. Parcelas integrantes e parcelas não integrantes ........................................................................................................... 690 5.3.3. Limites mínimo e máximo ............................................................................................................................................. 692 5.3.4. Proporcionalidade ......................................................................................................................................................... 693 5.3.5. Reajustamento .............................................................................................................................................................. 694 5.4. Arrecadação e recolhimento das contribuições destinadas à seguridade social ............................................................. 694 5.4.1. Competência do INSS e da Secretaria da Receita Federal do Brasil .............................................................................. 696 5.4.2. Obrigações da empresa e demais contribuintes ........................................................................................................... 694 5.4.3. Prazo de recolhimento .................................................................................................................................................. 697 5.4.4. Recolhimento fora do prazo: juros, multa e atualização monetária ............................................................................. 697 6. Decadência e prescrição ...................................................................................................................................................... 698 7. Crimes contra a seguridade social ....................................................................................................................................... 698 8. Recurso das decisões administrativas ................................................................................................................................. 701 9. Plano de Benefícios da Previdência Social: beneficiários, espécies de prestações, benefícios, disposições gerais e específicas, períodos de carência, salário de benefício, renda mensal do benefício, reajustamento do valor dos benefícios ................................................................................................................................................................................ 701 10. Manutenção, perda e restabelecimento da qualidade de segurado ................................................................................ 720 11. Lei n.° 8.212, de 24/07/1991 e alterações posteriores ..................................................................................................... 721 12. Lei n.º 8.213, de 24/07/1991 e alterações posteriores ..................................................................................................... 739 13. Decreto n.° 3.048, de 06/05/1999 e alterações posteriores ............................................................................................. 758 14. Lei de Assistência Social LOAS: conteúdo; fontes e autonomia (Lei n° 8.742/93 e alterações posteriores) ................... 831 Decreto nº 6.214/07 e alterações posteriores ........................................................................................................................ 839 TM PDF Editor � Apostila Preparatória Concurso INSS Cargo: Técnico do Seguro Social Edição 2014 Todos os Direitos Reservados www.autodidataeditora.com.br Proibida a cópia e distribuição 1. Ética no serviço público Autora: Margere Rosa de Oliveira Ética compreende o atuar com base nos valores morais que se tornam constantes e uniformes no tempo e no espaço. A ética é uma espécie do gênero virtude. Virtude, desde a Grécia Antiga, é concebida como a determinação de fazer o bem. Aprofissionalização da função pública está profundamente vinculada à ética, tendo por fundamento as normas e os princípios constitucionais, assim como as diversas normas infraconstitucionais. Essas assinalam para a necessidade da ética no exercício da função pública como um dever que é imposto à Administração Pública e aos seus agentes, assim como àqueles que com ela se relacionam. O agente público, no exercício da função pública, deve agir com lealdade, boafé, probidade e decoro, pois é isso que espera o povo quando delega aos agentes políticos o poder de governar, assim como os administrados quando buscam a atuação dos agentes públicos que têm o dever de facilitar o exercício de seus direitos e obrigações, com observância às normas legais e aos princípios norteadores da conduta administrativa, notadamente o da moralidade. Notese que o agente ímprobo ou que comete ilícitos penais poderá ser responsabilizado e penalizado em face das normas constantes na Lei nº 8.429/1992 e no Código Penal. Os agentes públicos devem proceder, no tratamento que dispensam a todos, com lealdade, urbanidade e boafé, em respeito ao princípio da proteção da confiança dos cidadãos na Administração Pública e nos seus agentes. A ética na Administração Pública, como afirmado, está contemplada em diversas leis, assim como, por exemplo, nos princípios da dignidade da pessoa humana, da impessoalidade, dentre outros de fundamental importância. Um exemplo de norma nesse sentido é a constante do art. 2º, inciso IV, da Lei nº 9.784/1999, o qual exige da Administração Pública, nos procedimentos probidade, decoro e boa instrumentos processuais que garantem a moralidade administrativa. A boafé compreende a confiança, a fidelidade e a crença numa atuação administrativa correta segundo padrões morais, éticos e legais. A atuação ética, igualmente, determina a convalidação das nulidades sanáveis, devendo eventuais erros de procedimento ser imediatamente corrigidos, atendendo se ao princípio da confiança e observandose o princípio da impessoalidade, os quais se refletem na necessidade de motivação dos atos administrativos, que, se for falsa, pode ensejar a nulidade do ato e a responsabilização do agente. A Lei Federal nº 8.027, de 12 de abril de 1990, foi editada para dispor de modo específico a respeito da conduta ética dos Servidores Públicos Civil da União, das Autarquias e das Fundações Públicas, regendo o desempenho funcional desses agentes e relembrando as obrigações do servidor para com a Administração e o público. Posteriormente, foi editado o Código de Conduta Ética do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, por meio do Decreto nº 1.171 de 22.06.1994. 2. Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal Esse Código, cujas imposições fixam regras deontológicas, determina que a dignidade, o decoro, o zelo, a compreensão dos princípios morais, assim como a eficácia na atuação, sejam o principal norte do desempenho das atividades funcionais dos servidores públicos, sendo vedado qualquer desprezo ético em suas atitudes. O referido decreto determinou também, em seu art. 2º, que os órgãos e as entidades da Administração Pública Federal direta e indireta implementassem, em sessenta dias, as providências necessárias à plena vigência do Código de Ética. Isso inclusive mediante a Constituição da respectiva Comissão de Ética, integrada por três servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente, devendo a sua constituição ser comunicada à Secretaria da Administração Federal da Presidência da República, com a indicação dos respectivos membros titulares e suplentes. A seguir, apresentase o conteúdo do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. De plano, compete esclarecer que, para fins de apuração do comprometimento ético, servidor público é todo aquele que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente, temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição TM PDF Editor � Apostila Preparatória Concurso INSS Cargo: Técnico do Seguro Social Edição 2014 Todos os Direitos Reservados www.autodidataeditora.com.br Proibida a cópia e distribuição financeira, desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, como as autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado (Código de Ética, XXIV). 2.1. Das Regras Deontológicas Deontologia = do grego deon "dever, obrigação" + logos, "ciência". O Código de Ética estabelece as seguintes regras deontológicas a serem observadas pelos servidores públicos: I A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais são primados maiores que devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou da função, ou fora dele, já que refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos e atitudes serão direcionados para a preservação da honra e da tradição dos serviços públicos. II O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Constituição Federal. III A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo. IV A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou indiretamente por todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, que a moralidade administrativa se integre no Direito, como elemento indissociável de sua aplicação e de sua finalidade, erigindose, como consequência, em fator de legalidade. Comentário: Ao se falar em ética na Administração Pública, o princípio da moralidade ganha substancial destaque. Tratase da moralidade que deve estar presente nos julgamentos relativos à conduta administrativa, que não devem ser de caráter individual ou privado, mas de caráter público e objetivo. Ao agente público cabe agir de modo ético, observando o princípio constitucional da moralidade administrativa. V O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido como acréscimo ao seu próprio bemestar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio. VI A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, integrase na vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia a dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional. Comentário: Há uma intrínseca relação entre a conduta do servidor na sua vida pessoal com sua atividade profissional, refletindose uma na outra. Assim, o servidor público que desempenha suas atividades de modo ético é reconhecido por sua conduta pela comunidade. Mas não deve assim proceder apenas com vistas a obter tal reconhecimento. Deve, antes de tudo, proceder com ética no exercício da função por dever funcional e, na vida pessoal, por um dever de retidão de caráter esperado por todos, dever esse que também é de todos os cidadãos. Notese que se o servidor não age adequadamente em sua vida pessoal, tal circunstância se reflete em sua função pública, em face da desconfiança da sociedade de que sua conduta pessoal poderá ser reproduzida na atividade funcional. VII Salvo os casos de segurançanacional, investigações policiais ou interesse superior do Estado e da Administração Pública, a serem preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a negar. VIII Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omitila ou falseála, ainda que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizarse sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana, quanto mais a de uma Nação. Comentário: A necessidade da transparência dos atos administrativos é decorrente do Estado Democrático de Direito, no qual os direitos e garantias individuais ganham relevância e, igualmente, são consagrados princípios que asseguram a democracia e o exercício da cidadania, dentre os quais emerge o da publicidade dos atos públicos. Os administrados têm o direito ao conhecimento dos atos administrativos que lhe dizem respeito, bem como dos atos em geral, a fim de que possam exercer os seus direitos e o controle social sobre a atuação dos agentes públicos. TM PDF Editor � Apostila Preparatória Concurso INSS Cargo: Técnico do Seguro Social Edição 2014 Todos os Direitos Reservados www.autodidataeditora.com.br Proibida a cópia e distribuição A publicidade, igualmente, é necessária para a eficácia dos atos, ou seja, para que os mesmos possam produzir efeitos e, portanto, serem executados. Desse modo, não pode qualquer agente público deixar de dar publicidade aos atos administrativos, exceto nos casos previstos na Constituição e na Lei, que possam comprometer a segurança nacional ou o interesse superior do Estado. O princípio da publicidade dos administrativos é, antes de tudo, um princípio ético, pois é garantia para o povo de uma atuação administrativa justa, que nada tem a esconder. Da mesma forma, é uma garantia à própria Administração em face do povo, a qual, quando age publicamente, permite a este o controle de seus atos. Assim, o agente público que descumpre o dever de publicidade dos atos e de prestar informações de interesse particular dos administrados age em desconformidade com a lei, a moralidade e a ética. IX A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço público caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa causarlhe dano moral. Da mesma forma, causar dano a qualquer bem pertencente ao patrimônio público, deteriorandoo, por descuido ou má vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às instalações ou ao Estado, mas a todos os homens de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus esforços para construílos. Comentário: O tratamento adequado dispensado ao público e aos demais colegas de trabalho é fundamental, pois contribui para um ambiente de trabalho saudável, bem como evita insatisfação daqueles que buscam o serviço público para atendimento de suas necessidades. O administrado tem direito a um tratamento cortês da parte do servidor e ao esforço do mesmo no auxílio para a solução de seus problemas administrativos, pois os servidores são remunerados com os recursos oriundos dos tributos pagos pela coletividade, inclusive por ele próprio, sendo, portanto, todos merecedores de tratamento digno e respeitoso. Por outro lado, o cuidado com a manutenção e a conservação do patrimônio público é um dever funcional e ético do servidor público, sob pena de responsabilização, pois se configura num atentado aos esforços da administração para a sua aquisição e da comunidade que para tanto contribui com recursos por meio da tributação. X Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços públicos. Comentário: A ética no setor público impõe que as ações públicas e os atos administrativos sejam desenvolvidos em tempo e prazos adequados, de modo a satisfazer com efetividade os anseios dos administrados nos processos administrativos, bem como impõe que as formalidades sejam apenas as necessárias para a garantia do devido processo legal. XI O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores, velando atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente. Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornamse, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo imprudência no desempenho da função pública. XII Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à desordem nas relações humanas. Comentário: Esses dispositivos remetem à necessidade de que o servidor seja zeloso no desempenho das atividades públicas relativas ao seu cargo, emprego ou função, cumprindoas com atenção e presteza, de modo a evitar repetidos erros e insubordinação. Da mesma forma, a presença diária no local de trabalho é um dever, somente podendo dele se ausentar em casos de necessidade, nas hipóteses previstas em lei, ou para o desempenho da própria função em locais distintos ao de sua repartição. XIII O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional, respeitando seus colegas e cada concidadão, colabora e de todos pode receber colaboração, pois sua atividade pública é a grande oportunidade para o crescimento e o engrandecimento da Nação. Comentário: As regras deontológicas acima expostas têm por fim a busca da atuação do servidor em harmonia com seus colegas e com aqueles que necessitam de atendimento do serviço público, além de configurarem um dever ético e um dever legal a serem cumpridos pelo mesmo. 2.2. Dos Principais Deveres do Servidor Público O Código de Ética, no inciso XIV, como consequência das regras deontológicas que prevê, estabelece deveres fundamentais ao servidor público, perpassando pela TM PDF Editor � Apostila Preparatória Concurso INSS Cargo: Técnico do Seguro Social Edição 2014 Todos os Direitos Reservados www.autodidataeditora.com.br Proibida a cópia e distribuição obrigatoriedade do zeloso, dedicado e correto desempenho das atribuições do cargo, pela necessidade de agilidade, eficiência e eficácia no exercício das mesmas, e pela obrigatoriedade de o servidor adotar conduta íntegra, justa e proba. Igualmente, o servidor tem o dever de prestar contras, tratar adequadamente os usuários dos serviços públicos e os administrados, bem assim ter ciência de que sua atividade é regida por princípios que a norteiam. Conforme o Código de Ética, inciso XIV, os principais deveres do servidor público são: a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou emprego público de que seja titular; b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo fim ou procurando prioritariamente resolver situações procrastinatórias, principalmente diante de filas ou de qualquer outra espécie de atraso na prestação dos serviços pelo setor em que exerça suas atribuições, com o fim de evitar dano moral ao usuário; Comentário: Essas duas alíneas tratam da necessidade de o servidor agir com eficiência e eficácia. O dever de agir com rapidez e presteza, contudo, não afasta a necessidade de observância das formalidades legais, pois o princípio da legalidade norteia a conduta administrativa dos servidores. c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter, escolhendo sempre, quando estiver diante de duasopções, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum; d) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da gestão dos bens, direitos e serviços da coletividade a seu cargo; e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoando o processo de comunicação e contato com o público; f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se materializam na adequada prestação dos serviços públicos; g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a capacidade e as limitações individuais de todos os usuários do serviço público, sem qualquer espécie de preconceito ou distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e posição social, abstendose, dessa forma, de causarlhes dano moral; h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra qualquer comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal; i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes, interessados e outros que visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em decorrência de ações imorais, ilegais ou aéticas e denunciálas; j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas da defesa da vida e da segurança coletiva; l) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca danos ao trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema; m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário ao interesse público, exigindo as providências cabíveis; n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os métodos mais adequados à sua organização e distribuição; o) participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria do exercício de suas funções, tendo por escopo a realização do bem comum; p) apresentarse ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da função; q) manterse atualizado com as instruções, as normas de serviço e a legislação pertinentes ao órgão onde exerce suas funções; r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções superiores, as tarefas de seu cargo ou função, tanto quanto possível, com critério, segurança e rapidez, mantendo tudo sempre em boa ordem; s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem de direito; t) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que lhe sejam atribuídas, abstendose de fazêlo contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do serviço público e dos jurisdicionados administrativos; u) absterse, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com finalidade estranha ao interesse público, mesmo que observando as formalidades legais e não cometendo qualquer violação expressa à lei; v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existência deste Código de Ética, estimulando o seu integral cumprimento. 2.3. Das Vedações ao Servidor Público O Código de Ética também estabelece vedações aos servidores públicos, visando evitar que os mesmos se utilizem do cargo para fins particulares, que contrariem ou causem dano ao interesse público. Segundo o inciso XV do Código, é vedado ao servidor público: TM PDF Editor � Apostila Preparatória Concurso INSS Cargo: Técnico do Seguro Social Edição 2014 Todos os Direitos Reservados www.autodidataeditora.com.br Proibida a cópia e distribuição a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem; b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos que deles dependam; c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou infração a este Código de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão; d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por qualquer pessoa, causandolhe dano moral ou material; e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu conhecimento para atendimento do seu mister; f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou interesses de ordem pessoal interfiram no trato com o público, com os jurisdicionados administrativos ou com colegas hierarquicamente superiores ou inferiores; Comentário: Essa alínea trata da impossibilidade de o servidor agir segundo suas posições e interesses pessoais, que importem em tratamentos inadequados ou de caráter preconceituoso em relação aos colegas e aos administrados. Portanto, é vedado ao servidor agir de modo discriminatório em relação aos demais, seja por suas crenças, cor ou raça. g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar outro servidor para o mesmo fim; h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para providências; i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em serviços públicos; j) desviar servidor público para atendimento a interesse particular; l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio público; m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço, em benefício próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros; Comentário: Em conformidade com essa alínea, o servidor não pode, por exemplo, informar a qualquer pessoa o teor de um ato governamental ainda não publicado, o qual afetará interesses de muitas pessoas, inclusive de seus amigos e parentes. n) apresentarse embriagado no serviço ou fora dele habitualmente; o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a honestidade ou a dignidade da pessoa humana; Comentário: Exemplo de instituição que atenta contra a dignidade da pessoa humana é de caráter discriminatório, como os grupos radicais discriminatórios a determinadas crenças e etnias, a exemplo dos grupos antissemitas, entre outros. p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso. Comentário: Segundo essa alínea, não pode o servidor associarse a qualquer empreendimento empresarial suspeito ou ilegal, a exemplo de jogos de azar não autorizados. 2.4. Das Comissões de Ética Nos termos do inciso XVI do Código de Ética, em todos os órgãos e as entidades da Administração Pública Federal direta, indireta autárquica e fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições delegadas pelo poder público, deve ser criada uma Comissão de Ética que integrará o Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal. A Comissão de Ética é encarregada de orientar e aconselhar sobre a ética profissional do servidor, no tratamento com as pessoas e com o patrimônio público, competindolhe conhecer concretamente de imputação ou de procedimento susceptível de censura. Igualmente lhe incumbe fornecer, aos organismos encarregados da execução do quadro de carreira dos servidores, os registros sobre sua conduta ética, para o efeito de instruir e fundamentar promoções e para todos os demais procedimentos próprios da carreira do servidor público (Código de Ética, XVIII). Em conformidade com o art. 5º do Decreto nº 6.029/2007, cada Comissão de Ética será: integrada por três membros titulares e três suplentes; escolhidos entre servidores e empregados do quadro permanente; designados pelo dirigente máximo da respectiva entidade ou órgão; para mandatos não coincidentes de três anos. Os trabalhos das demais Comissões de Ética devem ser desenvolvidos com celeridade e observância dos seguintes princípios: TM PDF Editor �� Apostila Preparatória Concurso INSS Cargo: Técnico do Seguro Social Edição 2014 Todos os Direitos Reservadoswww.autodidataeditora.com.br Proibida a cópia e distribuição I proteção à honra e à imagem da pessoa investigada; II proteção à identidade do denunciante, que deverá ser mantida sob reserva, se este assim o desejar; e III independência e imparcialidade dos seus membros na apuração dos fatos (DF nº 6.029, art. 10). 2.5 Procedimento de apuração de infração ética Nos termos do art. 12 do Decreto Federal nº 6.029/2007, o processo de apuração de prática de ato em desrespeito ao preceituado no Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal será instaurado pela Comissão Ética, de ofício ou em razão de denúncia fundamentada, respeitandose, sempre, as garantias do contraditório e da ampla defesa, que notificará o investigado para manifestarse, por escrito, no prazo de dez dias. Nos termos do art. 11 do Decreto nº 6.029, qualquer cidadão, agente público, pessoa jurídica de direito privado, associação ou entidade de classe poderá provocar a atuação da Comissão de Ética, visando à apuração de transgressão ética imputada ao agente público ou ocorrida em setores competentes do órgão ou da entidade federal. O investigado poderá produzir prova documental necessária à sua defesa. A Comissão de Ética poderá requisitar os documentos que entender necessários à instrução probatória e, também, promover diligências e solicitar parecer de especialista. Na hipótese de serem juntados aos autos da investigação, após a manifestação do investigado, novos elementos de prova, este será notificado para nova manifestação, no prazo de dez dias. Concluída a instrução processual, a Comissão de Ética proferirá decisão conclusiva e fundamentada. Se a conclusão for pela existência de falta ética, além das providências previstas no Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, a Comissão de Ética tomará as seguintes providências, no que couber: I encaminhamento de sugestão de exoneração de cargo ou função de confiança à autoridade hierarquicamente superior ou à devolução ao órgão de origem, conforme o caso; II encaminhamento, conforme o caso, para a Controladoria Geral da União ou unidade específica do Sistema de Correição do Poder Executivo Federal de que trata o Decreto nº 5.480, de 30 de junho de 2005, para exame de eventuais transgressões disciplinares; e III recomendação de abertura de procedimento administrativo, se a gravidade da conduta assim o exigir. Memorize para a prova: A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura, e sua fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso (Código de Ética, XXII). Qualquer procedimento instaurado para apuração de prática em desrespeito às normas éticas será mantido Concluída a investigação e após a deliberação da CEP ou da Comissão de Ética do órgão ou entidade, os autos do procedimento deixarão de ser reservados (art. 13, D.F. nº 6.029). Na hipótese de os autos estarem instruídos com documento acobertado por sigilo legal, o acesso a esse tipo de documento somente será permitido a quem detiver igual direito perante o órgão ou entidade originariamente encarregado da sua guarda (art. 13, D.F. nº 6.029). Para resguardar o sigilo de documentos que assim devam ser mantidos, as Comissões de Ética, depois de concluído o processo de investigação, providenciarão para que tais documentos sejam desentranhados dos autos, lacrados e acautelados (art. 13, D.F. nº 6.029). Destacase que os integrantes da Comissão de Ética, quando cometerem infração de natureza ética, também estão sujeitos à punição, conforme dispõe o art. 21 do Decreto nº 6.029/2007, o qual determina a apuração da responsabilidade dos mesmos pela Comissão de Ética Pública, instituída nos termos do inciso I do art. 2º do referido Decreto. Por fim, destacase que os incisos XVII, XIX, XX, XXI, XXIII e XXV do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, aprovado pelo Decreto no 1.171, de 22 de junho de 1994, os arts. 2o e 3o do Decreto de 26 de maio de 1999, que cria a Comissão de Ética Pública, e os Decretos de 30 de agosto de 2000 e de 18 de maio de 2001, que dispõem sobre a Comissão de Ética Pública, foram revogados pelo Decreto Federal nº 6.029, de 1º de fevereiro de 2007, que institui Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal. 3. DECRETO Nº 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994 Aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, e ainda tendo em vista o disposto no art. 37 da Constituição, bem como nos arts. 116 e TM PDF Editor �� Apostila Preparatória Concurso INSS Cargo: Técnico do Seguro Social Edição 2014 Todos os Direitos Reservados www.autodidataeditora.com.br Proibida a cópia e distribuição 117 da Lei n° 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e nos arts. 10, 11 e 12 da Lei n° 8.429, de 2 de junho de 1992, DECRETA: Art. 1° Fica aprovado o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, que com este baixa. Art. 2° Os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta e indireta implementarão, em sessenta dias, as providências necessárias à plena vigência do Código de Ética, inclusive mediante a Constituição da respectiva Comissão de Ética, integrada por três servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego permanente. Parágrafo único. A constituição da Comissão de Ética será comunicada à Secretaria da Administração Federal da Presidência da República, com a indicação dos respectivos membros titulares e suplentes. Art. 3° Este decreto entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 22 de junho de 1994, 173° da Independência e 106° da República. ITAMAR FRANCO Romildo Canhim Este texto não substitui o publicado no DOU de 23.6.1994. ANEXO Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal CAPÍTULO I Seção I Das Regras Deontológicas I A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais são primados maiores que devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou função, ou fora dele, já que refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos e atitudes serão direcionados para a preservação da honra e da tradição dos serviços públicos. II O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37,caput, e § 4°, da Constituição Federal. III A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo. IV A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou indiretamente por todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, que a moralidade administrativa se integre no Direito, como elemento indissociável de sua aplicação e de sua finalidade, erigindose, como consequência, em fator de legalidade. V O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido como acréscimo ao seu próprio bemestar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio. VI A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do diaadiaem sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional. VII Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do Estado e da Administração Pública, a serem preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a negar. VIII Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omitila ou falseála, ainda que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizarse sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação. IX A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço público caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa causarlhe dano moral. Da mesma forma, causar dano a qualquer bem pertencente ao patrimônio público, deteriorandoo, por descuido ou má vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às instalações ou ao Estado, mas a todos os homens de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus esforços para construílos. X Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços públicos. XI 0 servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores, velando atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente. Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornamse, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo imprudência no desempenho da função pública. XII Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à desordem nas relações humanas. XIII 0 servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional, respeitando seus colegas e cada concidadão, colabora e de todos pode receber colaboração, pois sua atividade pública é a grande oportunidade para o crescimento e o engrandecimento da Nação. Seção II Dos Principais Deveres do Servidor Público XIV São deveres fundamentais do servidor público: a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou emprego público de que seja titular; b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo fim ou procurando prioritariamente resolver situações procrastinatórias, principalmente diante de filas ou de qualquer outra espécie de atraso na prestação dos serviços pelo setor em que exerça suas atribuições, com o fim de evitar dano moral ao usuário; c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter, escolhendo sempre, quando estiver TM PDF Editor �� Apostila Preparatória Concurso INSS Cargo: Técnico do Seguro Social Edição 2014 Todos os Direitos Reservados www.autodidataeditora.com.br Proibida a cópia e distribuição diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum; d) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da gestão dos bens, direitos e serviços da coletividade a seu cargo; e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoando o processo de comunicação e contato com o público; f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se materializam na adequada prestação dos serviços públicos; g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a capacidade e as limitações individuais de todos os usuários do serviço público, sem qualquer espécie de preconceito ou distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e posição social, abstendose, dessa forma, de causarlhes dano moral; h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra qualquer comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal; i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes, interessados e outros que visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em decorrência de ações imorais, ilegais ou aéticas e denunciálas; j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas da defesa da vida e da segurança coletiva; l) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca danos ao trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema; m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário ao interesse público, exigindo as providências cabíveis; n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os métodos mais adequados à sua organização e distribuição; o) participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria do exercício de suas funções, tendo por escopo a realização do bem comum; p) apresentarse ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da função; q) manterse atualizado com as instruções, as normas de serviço e a legislação pertinentes ao órgão onde exerce suas funções; r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções superiores, as tarefas de seu cargo ou função, tanto quanto possível, com critério, segurança e rapidez, mantendo tudo sempre em boa ordem. s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem de direito; t) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que lhe sejam atribuídas, abstendose de fazêlo contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do serviço público e dos jurisdicionados administrativos; u) absterse, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com finalidade estranha ao interesse público, mesmo que observando as formalidades legais e não cometendo qualquer violação expressa à lei; v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existência deste Código de Ética, estimulando o seu integral cumprimento. Seção III Das Vedações ao Servidor Público XV É vedado ao servidor público; a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem; b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos que deles dependam; c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou infração a este Código de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão; d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por qualquer pessoa, causandolhe dano moral ou material; e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu conhecimento para atendimento do seu mister; f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou interesses de ordem pessoal interfiram no trato com o público, com os jurisdicionados administrativos ou com colegas hierarquicamente superiores ou inferiores; g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar outro servidor para o mesmo fim; h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para providências; i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em serviços públicos; j) desviar servidor público para atendimento a interesse particular; l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer documento,livro ou bem pertencente ao patrimônio público; m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço, em benefício próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros; n) apresentarse embriagado no serviço ou fora dele habitualmente; o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a honestidade ou a dignidade da pessoa humana; p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso. CAPÍTULO II DAS COMISSÕES DE ÉTICA XVI Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, indireta autárquica e fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições delegadas pelo poder público, deverá ser criada uma Comissão de Ética, encarregada de orientar e aconselhar sobre a ética profissional do servidor, no tratamento com as pessoas e com o patrimônio público, competindolhe conhecer concretamente de imputação ou de procedimento susceptível de censura. XVII (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007) XVIII À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos organismos encarregados da execução do quadro de carreira dos servidores, os registros sobre sua conduta ética, para o efeito de instruir e fundamentar promoções e para todos os demais procedimentos próprios da carreira do servidor público. XIX (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007) XX (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007) XXI (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007) XXII A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e sua fundamentação constará do TM PDF Editor � Apostila Preparatória Concurso INSS Cargo: Técnico do Seguro Social Edição 2014 Todos os Direitos Reservados www.autodidataeditora.com.br Proibida a cópia e distribuição respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso. XXIII (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007) XXIV Para fins de apuração do comprometimento ético, entendese por servidor público todo aquele que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente, temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, como as autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado. XXV (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007). Questões de concurso comentadas 1. (FCC/INFRAERO/Analista de Sistemas/ Desenvolvimento e Manutenção/2011) João, servidor público civil do Poder Executivo Federal, retirou da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, documento pertencente ao patrimônio público. Já Maria, também servidora pública civil do Poder Executivo Federal, deixou de utilizar avanços técnicos e científicos do seu conhecimento para atendimento do seu mister. Sobre os fatos narrados, é correto afirmar que: a) nenhuma das condutas narradas constitui vedação prevista no Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. b) apenas João cometeu conduta vedada pelo Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. c) apenas Maria cometeu conduta vedada pelo Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. d) ambos praticaram condutas vedadas pelo Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. e) João e Maria não estão sujeitos ao Código de Ética; portanto, suas condutas, ainda que eventualmente irregulares, deverão ser apreciadas na seara própria. Comentário: , pois o Código de Ética prevê, no inciso X ado ao servidor público autorizado, qualquer documento, livro ou bem , que é vedado ao servidor público alcance ou do seu conhecimento para atendimento do erradas. Maria são servidores civis, e o Código de Ética aplicase aos servidores civis da União. Gabarito: D 2. (FCC/TRT 6ª Região (PE)/Analista Judiciário/Área Administrativa/2012) O comportamento ético na gestão pública exige que se valorize a) a presteza acima da formalidade legal. b) a eficiência mais do que a eficácia. c) o consenso acima do conflito. d) o interesse público antes dos interesses privados. e) a impessoalidade contra a afabilidade. Comentário: o Código de Ética, no os principais absterse, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade, com finalidade estranha ao interesse público, mesmo que observando as formalidades legais e não cometendo A assertiva está errada, porque o servidor deve agir com presteza, mas esta não está acima da formalidade legal, devendo os servidores observar o princípio da legalidade que norteia a conduta administrativa dos mesmos; , porque o servidor deve agir com eficiência e eficácia, não sendo nenhuma delas hierarquicamente superior à outra; , porque uma solução que adota o consenso pressupõe a préexistência de um conflito. Nem sempre é o servidor que dá causa ao conflito, mas, quando ele surge, deve o mesmo, quando possível e nos termos da lei, buscar uma solução consensual; a, porque a impessoalidade e a afabilidade não são contraditórias. Gabarito: D 3. (FCC/INSS/Técnico do Seguro Social/2012) João, servidor público federal, é membro de Comissão de Ética de determinado órgão do Poder Executivo Federal e foi acusado do cometimento de infração de natureza ética. Nesta hipótese, a infração ética será apurada a) pelo Ministério da Justiça. b) pelo Presidente da República. c) pelo Ministro Chefe da Casa Civil. d) pela Comissão de Ética Pública. e) pela própria Autarquia Federal a que está vinculado. Comentário: , pois, conforme dispõe o art. 21 do Decreto nº 6.029/2007, cabe à Comissão de Ética Pública apurar infração ética cometida por integrantes das Comissões de Ética. Gabarito: D TM PDF Editor � Apostila Preparatória Concurso INSS Cargo: Técnico do Seguro Social Edição 2014 Todos os Direitos Reservados www.autodidataeditora.com.br Proibida a cópia e distribuição 4. (ESAF/MPOG/Analista de Planejamento e Orçamento/2010) Em decorrência do que dispõe o Decreto n. 1.171/94 (Código de Ética), aos servidores públicos civis do Poder Executivo Federal, é vedado: a) embriagarse. b) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno do serviço, em benefício de suas funções. c) participar de grupos antissemitas. d) posicionarse contrariamente ao sistema de cotas. e) exercer outra atividade profissional. Comentário: , porque o inciso XV do Código de Ética , veda que o servidor adote condutos que impliquem em perseguições e , veda ao servidor dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a dignidade da pessoa humana, e grupos antissemitas se enquadram nesse conceito, pois a discriminação racial atenta contra a dignidade da pessoa humana. A assertiva inciso XV, do Código de Ética, veda não é embriagarse, mas apresentarse embriagado no serviço ou fora habitualmente. A assertiva inciso XV, do Código de Ética, veda é fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço, em benefício próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros. Portanto, não veda que o servidor as utilize em benefício de suas próprias funções. A assertiva o inciso XV do Código de Ética não prevê nenhuma vedação relativamente ao posicionamento contrário ao sistema de cotas. A assertiva ue o inciso XV do Código de Ética não prevê nenhuma vedação relativamente à possibilidade de o servidor exercer outra atividade profissional. Gabarito: C 5. (ESAF/MF/Assistente Técnico/Administrativo/ 2012) Dona Gertrudes, servidora pública federal, atua no atendimento ao público do protocolo da instituição emque trabalha, sendo a servidora mais antiga de seu setor. Restam apenas dois anos para a sua aposentadoria e, enquanto aguarda este tempo, dona Gertrudes só comparece ao trabalho por que esta é a sua fonte de renda, mas já não encontra mais motivação para agir com eficiência e perfeição. O atendimento ao público, Dona Gertrudes deixa aos mais jovens esta tarefa, ainda que todos do setor estejam atendendo e haja formação de fila do lado de fora do balcão, ela exclama: Já fiz muito esse serviço, isso agora é com vocês! Em compensação, como servidora mais velha do setor, dona Gertrudes conhece o trabalho como a palma de sua mão e está sempre atualizada com as instruções, as normas de serviço e a legislação pertinente ao serviço de protocolo e gestão documental. Todos vivem solicitando as fichas ou a pasta preta de dona Gertrudes, já que computador ela diz não ser coisa do seu tempo e se recusa a utilizálo. Diante da situação problema acima narrada e tendo em mente o código de ética do servidor público federal, após proceder à leitura dos seis itens que se seguem, assinale a opção que contenha os itens que representam regras éticas do Decreto n. 1.171/1994 infringidas pela conduta da servidora supracitada. 1. Jamais retardar qualquer prestação de contas, na condição essencial da gestão dos bens, direitos e serviços da coletividade a seu cargo. 2. Ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se materializam na adequada prestação dos serviços públicos. 3. Apresentarse ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da função. 4. Manterse atualizado com as instruções, as normas de serviço e a legislação pertinentes ao órgão onde exerce suas funções. 5. Deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance, ou do seu conhecimento para atendimento do seu mister. 6. Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços públicos. a) 1 / 3 / 4 b) 2 / 4 / 6 c) 2 / 4 / 5 / 6 d) 2 / 5 / 6 e) 1 / 4 / 5 Comentário: servidora descumpriu as regras contidas nos itens 2, 5 e 6, pois o item 2 compreende um dos deveres do servidor, previsto no incis f o item 5 corresponde à vedação prevista deontológica prevista no inciso X, todos do Código de Ética. Os itens 1, 3 e 4, embora compreendam condutas previstas no Código de Ética, não estão relacionados à conduta da servidora, nos termos da narrativa da questão. Gabarito: D TM PDF Editor �� Apostila Preparatória Concurso INSS Cargo: Técnico do Seguro Social Edição 2014 Todos os Direitos Reservados www.autodidataeditora.com.br Proibida a cópia e distribuição 6. (ESAF/MTE/Auditor Fiscal do Trabalho/2010) De acordo com o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, é vedado ao servidor público: I. solicitar a um servidor, que lhe é subordinado, que decida a pretensão deduzida por um amigo seu, de acordo com o que foi por ele postulado. II. ser sócio de empresa que explore jogos de azar não autorizados. III. informar a um amigo o teor de um ato governamental, ainda não publicado, o qual afetará interesses de muitas pessoas, inclusive desse mesmo amigo. IV. determinar a um outro servidor, que lhe é subordinado, que execute algumas tarefas que são do seu interesse particular (interesse do mandante), salvo se o mandante ocupar cargo de elevada posição na hierarquia funcional. V. fazer exigências desnecessárias que retardem o exercício regular de um direito, pelo seu titular. Estão corretas: a) apenas as afirmativas I, II, III e V. b) apenas as afirmativas II, III, IV e V. c) as afirmativas I, II, III, IV e V. d) apenas as afirmativas III, IV e V. e) apenas as afirmativas II e IV. Comentário: , do Código, é vedado ao servidor público fazer o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem; A afirmação I p , do Código, é vedado ao servidor público ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso, como é o caso de empresas que explorem jogos de azar. A afirmação III está certa porque, segundo o inciso XV, , do Código, é vedado ao servidor público fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço, em benefício próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros; A afirmação IV está errada, porque não se enquadra entre as vedações do inciso XV do Código. A afirmativa V está correta porque, segundo o inciso XV, , do Código, é vedado ao servidor público usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por qualquer pessoa. Gabarito: A 7. (ESAF/MTE/Auditor Fiscal do Trabalho/2010) De acordo com o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, o servidor público deve: I. exercer, com estrita moderação, as prerrogativas do cargo, abstendose de usálas em benefício próprio ou de terceiro. II. escolher a opção que melhor atenda aos interesses do governo, quando estiver diante de mais de uma. III. zelar pelas exigências específicas da defesa da vida e da segurança coletiva, quando no exercício do direito de greve. IV. agir com cortesia, boa vontade e respeito pelo cidadão que paga os seus tributos. V. resistir às pressões ilegais ou aéticas e denunciálas, mesmo que os interessados sejam seus superiores hierárquicos. Estão corretas: a) as afirmativas I, II, III, IV e V. b) apenas as afirmativas I, II e V. c) apenas as afirmativas I, II e IV. d) apenas as afirmativas I, II e III. e) apenas as afirmativas I, III, IV e V Comentário: A afirmativa I está correta, porque, conforme o Código de Ética, , é dever do servidor público exercer, com estrita moderação, as prerrogativas funcionais que lhe sejam atribuídas, abstendose de fazê lo contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do serviço público e dos jurisdicionados administrativos; A afirmativa II é errada, porque é regra deontológica prevista no Código de Ética que o servidor, ao decidir, opte entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Constituição Federal, tendo em conta sempre o interesse público, e não apenas o interesse do governo, pois é seu dever absterse, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade, com finalidade estranha ao interesse público, mesmo que observando as formalidades legais e não cometendo qualquer violação expressa à lei (inciso XIV, u). A afirmativa III está correta porque, conforme o Código de Ética, , é dever do servidor público. A afirmativa IV está correta, porque é regra deontológica a ser observada pelo servidor público, conforme o Código de Ética, inciso IX, o qual prevê que a cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço público caracterizam o esforço pela disciplina, e tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa causarlhe dano moral. A afirmativa V é correta porque, conforme inciso XIV , do Código de Ética é dever do servidor público resistira todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes, interessados e outros que visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em decorrência de ações imorais, ilegais ou aéticas e denunciálas; TM PDF Editor �� Apostila Preparatória Concurso INSS Cargo: Técnico do Seguro Social Edição 2014 Todos os Direitos Reservados www.autodidataeditora.com.br Proibida a cópia e distribuição Gabarito: E 8. (ESAF/MI/Nível Superior Conhecimentos Gerais/2012) Nos termos do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, o conceito de servidor público, para fins de apuração do comprometimento ético, é a) restritivo, abrangendo apenas os que, por força de lei, prestem serviços de natureza permanente, ligados diretamente a qualquer órgão do poder estatal. b) restritivo, abrangendo apenas os que, por força de lei ou contrato, prestem serviços de natureza permanente, ligados diretamente a qualquer órgão do poder estatal. c) relativamente restritivo, abrangendo apenas os que, por força de lei, contrato ou outro ato jurídico, prestem serviços de natureza permanente, ligados diretamente a qualquer órgão do poder estatal. d) bastante amplo, abrangendo até mesmo os que, por força de qualquer ato jurídico, prestem serviços de natureza excepcional, mesmo que não remunerados para tanto e ligados apenas indiretamente a um órgão do poder estatal. e) amplo, abrangendo também os que, por força de qualquer ato jurídico, prestem até mesmo serviços de natureza temporária ou excepcional, desde que com retribuição financeira e ligados diretamente a algum órgão do poder estatal. Comentário: porque, nos termos do Código de Ética, inciso XXIV, para fins de apuração do comprometimento ético, o conceito de servidor público é bastante amplo, pois considera servidor todo aquele que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente, temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, como as autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado. Dessa forma, as assertivas , porque afirmam que o conceito de servidor público para os fins do Código de Ética é restritivo. A assertiva , porque se refere à necessidade de retribuição financeira no caso de prestadores de serviços de serviços de natureza temporária ou excepcional, quando o Código prevê que se considera servidor público, nesse caso, ainda que Gabarito: D 9. (CESGRANRIO/MEC/Professor/Matemática/20 09) Analise os itens que se seguem, relativos aos deveres fundamentais do servidor público. I Tratar cuidadosamente os usuários dos serviços, aperfeiçoando o processo de comunicação e contato com o público. II Omitir a verdade sobre fato para beneficiar o cidadão. III Ser eficiente no cumprimento de suas tarefas sem ter que estar regularmente presente ao local de trabalho. IV Facilitar a fiscalização de todos os atos ou serviços por quem de direito. De acordo com o Decreto no 1.171/1994, correspondente ao Código de Conduta do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, estão corretos APENAS os itens a) I e III. b) I e IV. c) II e III. d) II e IV. e) III e IV. Comentário: , pois somente a afirmativas I e IV se incluem entre os deveres do servidor público, previstos no Código de Ética, inciso XIV. A afirmativa II está errada, porque o Código de Ética prevê como regra deontológica, no inciso VIII, que toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti la ou falseála, ainda que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública. A afirmativa III está errada porque o Código de Ética prevê dentre as regras deontológicas, no inciso XII, que toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à desordem nas relações humanas. Gabarito: B 10. (CESPE/CNJ/Técnico Judiciário/2013) Acerca de ética no serviço público, julgue o item a seguir. Um servidor público que tenha seu nome vinculado a qualquer atividade empresarial suspeita pode incorrer em falta ética. Comentário: A assertiva está certa, porque o Código de Ética, no inciso XV, , prevê que é vedado ao servidor público exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a Gabarito: Certo 11. (CESPE/ANAC/Técnico Administrativo/2012) Acerca de ética no serviço público, julgue o item a seguir. Caso o servidor público leve um processo para sua casa, sem autorização prévia, a fim de concluir a análise, ele TM PDF Editor �� Apostila Preparatória Concurso INSS Cargo: Técnico do Seguro Social Edição 2014 Todos os Direitos Reservados www.autodidataeditora.com.br Proibida a cópia e distribuição não incorre em falta ética, visto que realizar trabalho em casa é uma tendência da gestão moderna. Comentário: A assertiva está errada, porque o Código de Ética, no inciso prevê que é vedado ao servidor público retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio público. 12. (CESPE/CNJ/Técnico Judiciário/2013) Acerca de ética no serviço público, julgue o item a seguir. Estimular a observância do Código de Ética do Serviço Público é um dever de todo e qualquer servidor público. Comentário: A assertiva está correta, porque é dever do servidor divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existência desse Código de Ética, estimulando o , do Código de Ética. Gabarito: Certo 13. (CESPE/ANAC/Técnico Administrativo/2012) No que se refere à ética no serviço público, julgue o próximo item. Caso o servidor público deixe usuários à espera de solução que compete ao setor em que esse servidor exerce suas funções, permitindo a formação de longas filas ou o atraso na prestação do serviço, esse servidor inflige grave dano moral aos usuários dos serviços públicos. Comentário: A assertiva está correta, porque o Código de Ética, no inciso X, prevê que, se o servidor público deixar qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços públicos. Gabarito: Certo 14. (CESPE/CNJ/Técnico Judiciário/2013) Acerca de ética no serviço público, julgue o item a seguir. As condutas éticas dos servidores públicos são observadas e encaminhadas para os órgãos competentes pela comissão de ética para instruir e fundamentar promoções nas carreiras do Estado. Comentário: A assertiva está correta, porque o inciso XVIII do Código de Ética incumbe à Comissão de Ética fornecer aos organismos encarregados da execução do quadro de carreira dos servidores, os registros sobre sua conduta ética, para o efeito de instruir e fundamentar promoções para todos os demais procedimentos próprios da carreira do servidor público. Gabarito: Certo 15. (CESPE/CNJ/ Técnico Judiciário/2013) Acerca de ética no serviço público, julgue o item a seguir. Para apuração de qualquer falta ética no setor público, devese considerar como servidor
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