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COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL EDUARDO JABLONSKI COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL 1ª edição Porto Alegre QI Editora Ltda. 2015 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Ficha elaborada pela Biblioteca das Escolas e Faculdades QI J11c Jablonski Junior, Eduardo Victório. Comunicação empresarial. / Eduardo Victório Jablonski Junior – Porto Alegre, 2015. 49 p. : il. ISBN: 978-85-64490-18-5 1. Comunicação. 2. Empresas. 3. Administração. I. Jablonski Junior, Eduardo Victório . II. Título. CDU 658.893 COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL SUMÁRIO INTRODUÇÃO .......................................................................................................7 1. Conceitos de Comunicação Empresarial ......................................................8 1.1 Reuniões ...........................................................................................................13 1.2 Endomarketing ..................................................................................................13 2. Comunicação Empresarial Escrita ..............................................................16 2.1 Pesquisa Científica ...........................................................................................16 2.2 Citações ............................................................................................................16 2.3 Coleta de Dados ...............................................................................................17 2.4 Normas da ABNT ..............................................................................................17 2.5 Elementos Pré-textuais .....................................................................................17 2.5.1 Elementos Obrigatórios - Capa ......................................................................17 2.5.2 Elementos Obrigatórios - Folha de Rosto ......................................................17 2.5.3 Elementos Obrigatórios - Resumo e Abstract ................................................18 2.5.4 Elementos Obrigatórios - Sumário .................................................................18 2.5.5 Elementos Opcionais - Dedicatória ................................................................18 2.5.6 Elementos Opcionais - Agradecimento ..........................................................18 2.5.7 Elementos Opcionais - Epígrafe ....................................................................19 2.5.8 Elementos Textuais ........................................................................................19 2.5.9 Elementos Textuais - Introdução ...................................................................19 2.5.10 Elementos Textuais - Desenvolvimento ......................................................19 2.5.11 Elementos Textuais - Conclusão ..................................................................19 2.5.12 Elementos Pós-Textuais - Referências ........................................................19 2.6 Artigo Jornalístico ..............................................................................................20 2.6.1 Introdução ......................................................................................................20 2.6.2 Desenvolvimento............................................................................................21 2.6.3 Conclusão ......................................................................................................21 2.7 Release .............................................................................................................21 2.8 Resenha ............................................................................................................22 2.9 Estilística ...........................................................................................................22 2.10 Carta Comercial ..............................................................................................23 2.11 Redações Empresariais ..................................................................................24 2.11.1 Ata ................................................................................................................24 2.11.2 Atestado de Idoneidade ................................................................................24 2.11.3 Aviso .............................................................................................................24 2.11.4 Circular .........................................................................................................24 2.11.5 Requerimento ...............................................................................................25 COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL QI Faculdades - Todos os direitos reservados.6 2.11.6 Ofício ............................................................................................................25 2.11.7 Memorando ..................................................................................................25 2.11.8 Currículo .......................................................................................................25 3. Comunicação Empresarial de Oratória .......................................................26 3.1 Apresentação em slides ....................................................................................26 3.2 Erros Mais Comuns de Fala..............................................................................26 3.3 Uso do Humor ...................................................................................................26 4. Conclusão ...................................................................................................28 REFERÊNCIAS ....................................................................................................29 APÊNDICE A – Capa (2.5.1) ................................................................................30 APÊNDICE B – Folha de Rosto (2.5.2) ................................................................31 APÊNDICE C – Resumo e Abstract (2.5.3) .........................................................32 APÊNDICE D – Sumário (2.5.4) ..........................................................................33 APÊNDICE E – Dedicatória (2.5.5) ......................................................................34 APÊNDICE F – Agradecimento (2.5.6) ................................................................35 APÊNDICE G – Epígrafe (2.5.7) ..........................................................................36 APÊNDICE H – Introdução (2.5.9) .......................................................................37 ANEXO A – Carta Comercial (2.10) .....................................................................38 ANEXO B – Ata (2.11.1) .......................................................................................39 ANEXO C – Circular (2.11.4)................................................................................40 ANEXO D – Requerimento (2.11.5) .....................................................................41 ANEXO E – Memorando (2.11.7) .........................................................................42 ANEXO F – Relatório ...........................................................................................43 ANEXO G – Relatório Esquemático .....................................................................44 ANEXO H – Carta Currículo I ...............................................................................45 ANEXO I – Carta Currículo II ...............................................................................46 ANEXO J – House Organs ...................................................................................47 ANEXO K – Aviso .................................................................................................48 ANEXO L – Cartazete ..........................................................................................49COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL 7QI Faculdades - Todos os direitos reservados. Eduardo Jablonski1 INTRODUÇÃO Esta unidade curricular dividi-se em dois módulos: comunicação escrita e oral. Antes de abordarmos cada um, porém, fazemos reflexões a respeito da importância da matéria para os gestores e discorremos sobre as mais variadas perspectivas do assunto. A seguir, abordamos as formas de texto utilizadas numa organização, o contato com a imprensa por meio de artigos ou releases e as técnicas de oratória, participação em reuniões, palestras e outros. Por que um gestor deve ter noções de comunicação empresarial? Porque em torno de 80% do que ele faz durante o expediente tem relação com isso. Escreve e-mails e comentários para imprensa, ofícios para repartições públicas, cartas comerciais; conversa com outros gestores e subordinados, participa de reuniões, vai a clientes, recebe fornecedores, faz parcerias com instituições de ensino, com o governo. Enfim, saber comunicar-se, no meio empresarial, é uma das principais características da função de comando. 1 Mestre em Letras (UFRGS), especialista em Gestão Financeira (Faculdades QI), Ética (Unilasalle) e Inglês (Unilasalle), graduado em Letras (Unilasalle). É professor das Faculdades QI desde 2 de agosto de 2006. COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL QI Faculdades - Todos os direitos reservados.8 1. Conceitos de Comunicação Empresarial Neste espaço estudamos as mais diferentes formas de entender a importância e a utilidade da comunicação empresarial. Antes de mais nada, o trabalho de comunicação deve integrar todos os departamentos. O que se faz numa área precisa ser divulgado às demais, para que todos tenham consciência das ações e das atividades, principalmente para que as tarefas não sejam realizadas duas vezes. Nas Escolas e Faculdades QI, todos os mais de 900 colaboradores possuem o e-mail corporativo e recebem informações diárias das mudanças de normativas e dos trabalhos feitos pelos setores. A ideia é possibilitar que todos saibam o que acontece nas unidades. Afinal, a informação organiza a ação e reduz incertezas. Na QI, pelo menos uma vez por semana, os coordenadores das faculdades, os docentes e demais colegas participam da leitura dos norteadores da instituição, ou seja, leem-se visão, missão e valores, e alguns são convidados para fazerem reflexões, até relatando experiências vividas em sala de aula. Certa vez, para exemplificar, um professor, que coordenava alguns projetos, era membro do Núcleo Docente Estruturante (NDE), tanto da Faculdade de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, como da de Processos Gerenciais e Gestão Comercial, e dava aula de conversação de inglês, necessitou participar de duas reuniões e uma aula num sábado pela manhã. Sabendo que o principal valor da QI é o comprometimento com o aprendizado do aluno, foi dar aula. Portanto, a comunicação ou a informação ensinam como devemos proceder na maioria das situações. Uma das técnicas da comunicação é repetir. Talvez de brincadeira ou quem sabe para se defender de acusações, o escritor inglês Oscar Wilde disse que uma mentira mil vezes repetida se transforma em verdade. Na comunicação, também é assim, e podemos usar esse conhecimento a nosso favor. Há inúmeros fatos que comprovam isso. Em 1990, o então Presidente Fernando Collor de Mello foi tido como ladrão. Saíam mais de mil matérias diárias difamando o primeiro mandatário do país. Collor enfrentou 103 processos judiciais e acabou absolvido em todos, ou seja, para a Justiça do Brasil, ele era inocente. A INFORMAÇÃO ORGANIZA A AÇÃO E REDUZ INCERTEZAS. COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL 9QI Faculdades - Todos os direitos reservados. Ter competência é importante, mas saber transmiti-la vale mais. Foi Machiavel quem desenvolveu esse raciocínio. Portanto, devemos passar confiança em nossas atitudes e comportamento ético. Entretanto não podemos esquecer que, a médio e longo prazos, transmitir a impressão de que somos profissionais não nos salvará em todas as situações. É necessário parecermos e sermos dedicados e corretos. É a única forma de não dar problema. Se um político não quer ser flagrado desviando recursos, a única maneira de isso acontecer é não roubar. Existem duas formas gerais de comunicação: a verbal e a não-verbal. Quanto à primeira, vamos estudá-la na produção de texto e na oratória. Mas o que pensar da segunda? Tem a ver com a nossa aparência, ou com a comunicação que transmitimos por meio dela. O que os colaboradores pensariam de uma colega de minissaia, decotes profundos ou calças apertadíssimas? Ou como operários de uma indústria receberiam um gerente recém contratado que estivesse de paletó e gravata, enquanto eles vestiam macacão? Como os alunos veriam um professor de roupas sujas? Como os colegas se comportariam perante um gerente bêbado numa festa de empresa? Tudo isso tem a ver com comunicação não-verbal, e cabe ao futuro gestor analisar o significado da aparência e inclusive como se vestir nas mais variadas ocasiões. Não devemos esquecer que somos contratados pela formação e pela experiência, mas, demitidos pelas atitudes. COMUNICAÇÃO VERBAL Hello everybody! Vamos conversar sobre formalidade no trabalho? Falaremos até que o assunto fique claro como água. NÃO-VERBAL Gírias Expressões regionais Denotação Conotação Figuras de linguagem Entonação Expressão facial Postura Gestos Vestimenta Em que situações vamos utilizar a comunicação numa empresa? Em entrevistas, reuniões, conversas, redação comercial, contato com clientes e fornecedores, e-mails, redes sociais e treinamentos. Numa entrevista para uma vaga, os gerentes de Recursos Humanos sugerem que falemos a verdade, para que os gestores não se surpreendam no futuro. Mas isso não é exatamente correto. O que devemos fazer é tentar nos transformar em pessoas melhores e adquirir atitudes mais adequadas, caso não as tenhamos. COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL QI Faculdades - Todos os direitos reservados.10 Por exemplo, se um funcionário não consegue ver uma mulher sem dar em cima, precisa manter o controle. Se a pessoa se incomoda em qualquer circunstância, deve aprender a se acalmar. Se acha que é a dona da verdade e não aceita a opinião dos outros, precisa fazer alguma coisa para respeitar os demais. Numa reunião, algumas pessoas ficam nervosas, principalmente se são jovens, e não conseguem mostrar a sua competência e conhecimento. Aqui a sugestão é se preparar o melhor possível, porque tranquiliza, e ter consciência de que, com o passar dos anos, todos se sentirão à vontade. Sobre as conversas com gestores e demais funcionários, há duas situações a ressaltar: um gerente ou diretor pondera e tira conclusões de tudo que se diz, muitas vezes até equivocadamente. Certa vez numa fábrica, um deles passou num departamento para ver como as coisas andavam, falou com um rapaz simpático que disse estar tudo bem. O diretor se dirigiu ao RH e mandou demiti-lo. A respeito das conversas informais, também existem duas coisas a levar em consideração. Se falamos mal de alguma pessoa, talvez em menos de uma hora, saberão, e o nosso clima organizacional ficará comprometido. Mas fazer fofoca sempre é ruim e até desonesto. Organizem uma brincadeira, que vocês entenderão: contem uma história para uma pessoa e peçam para relatar a uma seguinte, que passará a uma terceira e assim por diante. No final, quantos por cento vai permanecer? O resultado, na prática, é que geralmente nada restará e por isso não devemos falar mal dos outros, porque estaremos repassando uma história mentirosa e prejudicando um colega. Na redação empresarial, estuda-se cartas comerciais, como escrever atas comuns, atas de multinacionais, atestado de idoneidade, aviso,circular, requerimento, ofício, memorando e currículo. No contato com clientes e fornecedores, duas dicas são relevantes: seja o mais profissional possível e nunca fale mal de ninguém, de um colega, da empresa, de um concorrente, porque isso afeta a credibilidade de quem fala. Algumas pessoas levam a mal. Em e-mails ou comentários em redes sociais, também devemos escolher o profissionalismo. Não é inteligente postar no Facebook, por exemplo, nossa paixão por cerveja, opiniões agressivas contra esta ou aquela instituição, posições políticas, ideológicas ou religiosas radicais. Tais comentários podem ofender um cliente, fornecedor, colega ou gestor da empresa para a qual trabalhamos. Também não devemos postar fotos com roupas de praia, porque não serão bem recebidas no mundo virtual, muito menos fazer comentários sobre nossas proezas no sexo. Sobre os treinamentos, é comum um profissional ser convidado para organizá-los aos demais. Muitos já tiveram de passar por isso. A sugestão que geralmente dá segurança é ler o máximo a respeito do assunto e pensar em atividades criativas, suaves, talvez com piadas, ilustrações, vídeos. No módulo 2 desta cadeira, ou seja, na Comunicação Empresarial Oral, retomaremos este tema. COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL 11QI Faculdades - Todos os direitos reservados. Quanto à função comunicacional, pode ser usada para controle, motivação e repasse de informações. Ao trabalhar seu manual de normativas, direitos e deveres do colaborador, fica estabelecido até que ponto a instituição exercerá sua atividade de controle. Sobre o ato de motivar, vocês vão conhecer em Modelos de Gestão a Teoria Behaviorista, elaborada por Abraham Maslow, que desenhou sua famosa pirâmide motivacional. Por meio dela, o gestor sabe o que faz a pessoa levantar cedo para ir ao trabalho e em que fase do processo ela se encontra. Assim disporá da comunicação para motivar o colaborador ou mesmo para transmitir informações. Não interessando a via a ser utilizada para se comunicar, o importante é ter respeito por quem receberá a mensagem. Dessa forma, não se deve oferecer um tom de ameaça, não julgar negativamente a outra pessoa, nem mesmo de forma implícita. Além disso, é necessário se pôr no lugar do outro e fazer um exercício que procure entender se a pessoa estaria ou não compreendendo o que você pretende passar. Na opinião de Chiavenato, a comunicação pode ser influenciada pela cognição, percepção, motivação e ideologia. Quanto ao primeiro item, discordamos do autor. Preferimos Gardner e suas inteligências múltiplas. Conforme esse psicólogo, todos são inteligentes, portanto não apresentam dificuldades cognitivas, mas cada um de nós é capacitado em áreas diversas, como intrapessoal, interpessoal, sinestésica, comunicativa, matemática e outras, e podemos ter qualidade e mais de uma delas. Assim cada um compreende de maneira específica, facilitada pela sua inteligência. Embora não existam sinônimos, conforme nos ensinou Ilary2, pois cada vocábulo deve ser posto numa situação e contexto específicos, entendemos a percepção e a motivação como se fossem quase idênticos, uma vez que compreenderemos a comunicação sempre que tivermos interesse nela. Sobre a ideologia, se somos religiosos ou ateus, de tendência política de esquerda ou de direita, gremistas ou colorados, veremos as situações conforme nossas ideologias. Isso talvez seja o que grande parte dos cidadãos faz. No entanto, o correto é que as pessoas tentassem se portar imparcialmente diante dos fatos, sem ser influenciados por nenhum tipo de ideologia, tendências ou amizades. As barreiras que dificultam a comunicação vêm a seguir: o barulho, a omissão, a percepção seletiva, a sobrecarga de informação ou a distorção. É óbvio que o barulho dificulta ou até impossibilita que as pessoas compreendam o que está sendo dito. Certa vez, numa aula de faculdade de interior, um rapaz estacionou o carro na janela de uma sala de aula e ligou o som num volume ensurdecedor. Ninguém conseguiu compreender o docente, que precisou conversar com o moço, para que notasse estar na janela de uma sala de aula. 2 ILARI, Rodolfo; GERALDI, João Wanderley. Semântica. 7. ed. São Paulo: Ática, 1995. COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL QI Faculdades - Todos os direitos reservados.12 Algumas pessoas, talvez por não se darem conta de que o outro não conhece a história que vão contar, relatam-na pela metade, o que dificulta o entendimento. Sobre a percepção seletiva, as pessoas se dão conta do que está sendo dito se interessá-las. Todos somos diferentes e gostamos de coisas diferentes, apesar da massificação e homogeneização do século XXI. Estamos numa época de excesso de informação. Alguns distorcem o que é dito, provavelmente porque não estão prestando atenção. Certa vez, um escritor foi entrevistado por uma jornalista, e a matéria saiu no jornal da cidade. Cada uma das informações relatadas pelo intelectual foi distorcida pela repórter. Talvez não tenha sido problema de cognição, mas falta de atenção. Os gestores de uma organização, além de se comunicarem com os colaboradores por meio de reuniões, costumam ir a alguns departamentos da empresa com o objetivo de conversar com as pessoas. Além disso, alguns deles almoçam com os funcionários ou mesmo promovem café da manhã uma vez por semana. O objetivo é colher informações. Talvez nas primeiras vezes os colaboradores apresentem resistência e não revelem muita coisa. Aos poucos, vão se acostumando e passam a falar. Os gestores sempre usam esses dados com algum propósito. Há três tipos de comunicação: descendente, ascendente e horizontal. Na descendente, os gestores transmitem objetivos e estratégias, passam instruções, dão retorno e procuram motivar o grupo. Na comunicação horizontal, os colaboradores conversam entre si para solucionar problemas. A comunicação ascendente é quando a pessoa entra em contato com o superior. de sc en de nt e as ce nd en te horizontal Sobre comunicação, Gadamer3 afirma que as pessoas compreendem conforme sua experiência de vida, de leitura, de estudo, sua convivência, seus costumes, suas ideologias. Portanto, mesmo que o emissor esteja sendo claro e objetivo, existe a possibilidade de o receptor compreender diferente do que se pretendeu. Por isso torna-se relevante perguntar o que o receptor entendeu da mensagem. Outra estratégia é colocar-se no lugar do receptor. O emissor também pode repetir a informação ou simplificá-la. 3 GADAMER, Hans-Georg. Verdade e Método. 2.ed. Petrópolis: Vozes, 1989. COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL 13QI Faculdades - Todos os direitos reservados. 1.1 Reuniões Todos os profissionais, ao longo da sua carreira, vão participar de reuniões, e alguns, talvez por serem jovens e terem pouca experiência, ainda se sentem nervosos em situações como essa. As reuniões servem para transmitir informação, fazer consultas, tomar decisões, solucionar problemas e motivar. Com o tempo, as pessoas se acostumarão e não sentirão embaraço. 1.2 Endomarketing O endomarketing são as estratégias por meio das quais os gestores procuram se relacionar melhor com os seus funcionários. Isso pode acontecer de várias formas, oferecendo bons salários ou benefícios, além de plano de carreira, organizando eventos sociais, competições, campanhas. Afinal a organização deve proporcionar-lhes boas condições ambientais, psicológicas e motivacionais, ao lado da oportunidade de crescimento. Tudo isso é para se conseguirem colaboradores comprometidos. Certa vez um gerente de empresa disse que hoje em dia está difícil de se descobrir esse tipo de profissional. Alguns teóricos afirmam que o comprometimento dos funcionários é definido pela liderança. Se um gestor ensina pelos atos, os colaboradores tenderão a segui-lo.Se não pressiona nem cobra exageradamente, terá um bom clima organizacional, e as pessoas se sentirão bem. No entanto, se exige em excesso, se critica tudo em todas as situações, as pessoas se sentirão insatisfeitas. Os programas da organização fracassam se ela não dispuser de recursos humanos dedicados. COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL QI Faculdades - Todos os direitos reservados.14 A essência da organização não é a estrutura nem a tecnologia avançada, mas os sistemas de crenças e valores. Por exemplo, se existe meritocracia, ou seja, se todos os que se destacam merecem reconhecimento, isso influenciará os demais, que tenderão a trabalhar com mais dedicação a fim de também receber as recompensas. 1.3 Comunicação nos Mais Variados Modelos de Gestão Luís Roberto Dias de Melo4 resolveu pesquisar como se dava a comunicação nos mais variados modelos administrativos. Por exemplo, na escola racional, em que se incluem a Administração Científica, de Taylor, a Administração Clássica, de Fayol, ou a Burocracia, de Weber, valoriza-se mais a informação, não a comunicação, que é descendente. A informação segue canais definidos pela direção. As mudanças são ocasionadas pelos gestores, não pelos funcionários. O conflito é um erro de administração. Na escola psicológica, que tem por base a Teoria das Relações Humanas, criada por Elton Mayo, propõe nova perspectiva de comunicação empresarial, pois considera a dimensão humana, valoriza os sentimentos das pessoas e reconhece a comunicação informal. Para Mayo, a comunicação é funcional e relacional. É aqui que a comunicação interna começa a ser desenvolvida. Mayo adotou o conceito de organização comunicante. A escola sociológica de Frjedberg valoriza a comunicação baseada na independência dos atores; reconhece a flexibilidade na forma da organização e favorece contatos mais pessoais; defende a comunicação multidirecional e valoriza o ponto de vista dos atores; denuncia a burocracia e é o primeiro a descrever a organização-comunicante. Peter Drucker, idealizador da Gestão por Objetivos, afirma que a comunicação empresarial é a base da organização global. O americano reconhece novas variáveis, entre as quais o dinamismo da comunicação. Chega a dizer que um gestor não pode ficar o dia inteiro analisando os números da sua filial; precisa, isto sim, ir para a rua se comunicar com clientes, fornecedores, a comunidade, possíveis parceiros, órgãos públicos etc., sempre visando a alternativas para alavancar os negócios da sua organização. Na escola pós-industrial, desenvolvida por Ouchi, a comunicação está no centro dos processos. A estrutura organizacional transforma-se em redes de comunicação. Esta e a cultura organizacional estão intimamente ligadas. O sistema comunicacional é diversificado e informal. Para Davenport, da escola contemporânea, a comunicação transforma-se em conhecimento e propicia a partilha. Aquele também é produzido no ciberespaço. As tecnologias facilitam e disseminam a comunicação, interna e externament 4 MELO, Luiz Roberto Dias de. Comunicação Empresarial. Curitiba: IESDE, 2010. COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL 15QI Faculdades - Todos os direitos reservados. ESTILOS DE COMUNICAÇÃO POR ESCOLA RACIONAL (Taylor; Fayol; Weber.) Descendente (informação). PSICOLÓGICA (Mayo) Valoriza os sentimentos. SOCIOLÓGICA (Frjedberg) Baseada na independência dos atores; multidirecional. GESTÃO POR OBJETIVOS (Drucker) É a base da organização global. PÓS-INDUSTRIAL (Ouchi) Está no centro dos processos. CONTEMPORÂNEA (Davenport) Transforma-se em conhecimento e propicia a partilha. COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL QI Faculdades - Todos os direitos reservados.16 2. Comunicação Empresarial Escrita5 2.1 Pesquisa Científica Para se escrever um artigo científico, que será importante em toda a vida acadêmica do estudante de graduação, o trabalho será mais facilitado se o aluno primeiro desenvolver um projeto de pesquisa. Conforme as normas acadêmicas, as etapas são: • Escolha do tema, • Justificativa, • Formulação do problema, • Objetivos, • Metodologia, • Revisão da literatura, • Coleta de dados ou fichas de leitura, • Análise dos resultados, • Redação do artigo científico, • Adequação às normas da ABNT. Os primeiros cinco, se feitos corretamente, podem ser usados para se redigir a introdução do futuro artigo científico. Primeiro, deve-se escolher o tema, justificá-lo, explicá-lo, esclarecer o porquê de ter se interessado por ele. O autor deve formular um problema a ser resolvido com a pesquisa a que se propõe. Também deve estabelecer os objetivos dela e a metodologia por meio da qual fará o trabalho, ou entrevistas quantitativas, entrevistas qualitativas, pesquisa bibliográfica, pesquisa de campo etc. Depois de tudo isso, basta juntar o texto, reescrevê-lo e montar a introdução. A revisão da literatura também é conhecida por fundamentação teórica e deve ser feita assim: o autor pode pesquisar os livros que abordam o tema na biblioteca física ou virtual das Escolas e Faculdades QI ou mesmo em artigos de internet. Enquanto lê-los, precisa ter em mente os objetivos da sua pesquisa e a formulação do problema. Ao encontrar um conceito que tenha relação com ele, deve copiá-lo, sem esquecer o crédito do autor. Veja a seguir como se faz isso. 2.2 Citações Por exemplo, segundo Peter Drucker6 (2011, p. 55), “os países estão subdesenvolvidos porque são mal-administrados”. O ano que vai entre parênteses é o da publicação da obra da qual tiraste a citação, e o outro número é a página de onde foi retirada. A seguir, o estudante deve desenvolver um comentário acerca da frase. E assim por diante. Cada citação embasa um parágrafo da fundamentação teórica ou da revisão da literatura. 5 Ver anexos. 6 DRUCKER, Peter. Drucker em 33 Lições. São Paulo: Saraiva, 2011. COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL 17QI Faculdades - Todos os direitos reservados. Outras formas de fazer citação vêm a seguir: “Os países estão subdesenvolvidos porque são mal-administrados” (DRUCKER, 2011, p. 55). Também se pode reescrever o que o pai da administração afirmou e, como o texto será do aluno, mas a ideia de Drucker, não se põem aspas, mas se dá o crédito. Afinal, a ideia é do norte- americano: Drucker (DRUCKER, 2011, p. 55) certa vez disse que a culpa do subdesenvolvimento dos países de terceiro mundo é dos seus governantes que não sabem administrá-los. E esta revisão da literatura levará o número 2 do artigo científico, uma vez que a introdução é o número 1. É importante lembrar que as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) mudaram. Anteriormente, Introdução e Conclusão não levavam números. 2.3 Coleta de Dados O capítulo seguinte, a coleta de dados ou fichas de leitura, pode ter o número 3 e simplesmente expor as entrevistas que estudante fez: quantas pessoas foram entrevistadas, quais os percentuais e a quantidade de respostas. Apenas para deixar tudo organizado, porque um artigo acadêmico deve ser coerente, e tendo o número 4, pode ser feita a análise da pesquisa. A seguir, com o número 5, é o momento da conclusão, últimas palavras ou considerações finais. 2.4 Normas da ABNT Os artigos acadêmicos se dividem em três partes: elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais. 2.5 Elementos Pré-textuais Entre os elementos pré-textuais, alguns são obrigatórios; outros, não. Os que devem constar em todos os artigos acadêmicos vêm a seguir: capa, folha de rosto, resumo em língua vernácula, resumo em língua estrangeira e sumário. Já os opcionais são: dedicatória, agradecimento e epígrafe. 2.5.1 Elementos Obrigatórios - Capa A capa trará o nome centralizado da instituição, sendo que a fonte, em todo o artigo, terá entrelinhas 1,5 e corpo 12, podendo ser Arialou Times New Roman. A instituição deve aparecer em hierarquia decrescente, ou seja, nome da instituição, departamento, curso e unidade curricular. No meio da página, virá o título (na capa, tudo será escrito em maiúscula). O nome do autor aparecerá entre a instituição e o título. Na última linha, também centralizado, constará a cidade onde o autor vive e o ano de execução do trabalho. 2.5.2 Elementos Obrigatórios - Folha de Rosto A folha de rosto expõe quase os mesmos itens da capa, apesar de que há diferenças. O nome do autor surge na abertura, centralizado. COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL QI Faculdades - Todos os direitos reservados.18 Sete espaços abaixo, vem o título, e, logo a seguir, um texto à direita, diagramado em forma de retângulo, no qual se veiculam informações como: “A presente monografia serve como trabalho de conclusão de curso de especialização em Gestão Financeira nas Faculdades QI”. Abaixo, surge o nome do orientador, com a sua qualificação: esp. para especialista; me. para mestre; dr. para doutor. A última linha deverá ser preenchida com a cidade e o ano, mais uma vez. 2.5.3 Elementos Obrigatórios - Resumo e Abstract O resumo e o abstract apresentam as mesmas características. A única diferença é que o primeiro é escrito em português, e o segundo, em inglês. O resumo traz os pontos relevantes do texto, dando uma visão rápida do conteúdo e das conclusões. Afora isso, é elaborado com frases concisas e objetivas, utilizando a terceira pessoa do singular. Contém entre 150 e 500 palavras, em parágrafo único com espaço entrelinhas de 1,5 e letra Arial ou Times New Roman. Se o autor optar pela fonte Times New Roman, por exemplo, deve utilizá-la até o fim do trabalho. 2.5.4 Elementos Obrigatórios - Sumário O sumário deve ser construído de maneira formal, obedecendo a vários detalhes técnicos. Quanto à numeração, precisa ter números iniciais sem ponto, hífen ou parênteses. Os títulos e subtítulos com dois números são escritos em maiúscula: (1 INTRODUÇÃO), (1.1 OBJETIVOS). Já os subtítulos com três ou mais números aparecem com minúscula (1.1.1 Objetivos Específicos). O espaço preenchido entre o título ou subtítulo e a numeração de página traz pontos. 2.5.5 Elementos Opcionais - Dedicatória A dedicatória geralmente só é utilizada quando o trabalho acadêmico aproxima-se do formato de livro. A ABNT autoriza que um texto seja chamado de livro se contiver mais de 52 páginas. Mas qualquer autor pode fazer dedicatória em artigos menores. Se optar por essa alternativa, deve escrever a quem dedica o trabalho e por quê. 2.5.6 Elementos Opcionais - Agradecimento O agradecimento, em trabalhos por volta de 52 páginas, em geral é feito para pessoas ou empresas que contribuíram com a realização dele. Muitas vezes, os autores lembram-se de mães, pais, maridos, esposas, namorados, namoradas, time do coração e companhias que tenham pago pelo curso. Quem se propuser a fazer agradecimento precisa escrever o texto centralizado, com o título agradecimento em maiúscula, dizendo a quem agradece e por quê. COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL 19QI Faculdades - Todos os direitos reservados. 2.5.7 Elementos Opcionais - Epígrafe A epígrafe é uma citação de escritor admirado pelo autor do artigo. Mas não se deve escolher qualquer frase, menos ainda da internet. Não se pode tirar do meio virtual, porque já se comprovou que 90% das mensagens do cyber espaço que trazem o nome de escritores conhecidos foram elaboradas por outras pessoas que, por alguma razão, repassaram o crédito ao famoso. O correto uso da epígrafe é escolher frase relevante que tenha a ver com o foco do artigo. De preferência, deve ter sido escrita por autor comprovadamente reconhecido na área. 2.5.8 Elementos Textuais Como ocorre na maioria das estruturas textuais, o artigo acadêmico apresenta introdução, desenvolvimento e conclusão. A principal diferença de outro tipo de texto se encontra na introdução. 2.5.9 Elementos Textuais - Introdução O título (INTRODUÇÃO) deve figurar no alto da página, alinhado à esquerda. É a partir da introdução que aparece a paginação do trabalho, sendo que a contagem começa na folha de rosto. A numeração das páginas é colocada em algarismos arábicos, no canto superior direito da folha, a 2 cm da borda. 2.5.10 Elementos Textuais - Desenvolvimento Esta é a parte mais importante do trabalho, porque vai desenvolver a ideia, a pesquisa, a leitura. Alguns estudiosos dão preferência ao trabalho de campo, com técnicas de entrevistas; outros desenvolvem ideias próprias, baseadas em leitura. Não existe apenas uma opção correta ou adequada, embora alguns mestres ou doutores se interessem por uma alternativa. 2.5.11 Elementos Textuais - Conclusão É a parte em que são apresentadas as conclusões correspondentes aos objetivos ou hipóteses e sugestões relativas ao trabalho. É o fechamento das ideias. Por ser o último elemento textual, a conclusão deve ser numerada de acordo com a ABNT NBR 6.024. 2.5.12 Elementos Pós-Textuais - Referências Há inúmeros elementos pós-textuais, como pré-textuais, segundo as normas da ABNT NBR 14.724. Foram trazidos para este estudo apenas os que, em geral, são utilizados pela maioria dos pesquisadores. Então, nesta parte, explicamos somente as referências. O título (REFERÊNCIAS) deve figurar no alto da página, centralizado e com o mesmo recurso tipográfico das seções primárias. Todos os documentos citados no trabalho devem aparecer na lista de referências. COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL QI Faculdades - Todos os direitos reservados.20 a) O ordem para livros é: autor(es), título, nº. de edição, local, editora, ano de publicação. Ex.: JABLONSKI, Eduardo. Luiz de Miranda – o Senhor da Palavra. Porto Alegre: Edipucrs, 2010. b) A ordem para artigos de periódicos é: autor(es) e título do artigo, título da publicação, local, número do volume e/ou ano e do fascículo, paginação inicial e final do artigo, mês e ano da Publicação. Ex.: JABLONSKI, Eduardo. “Estudando Inglês por E-Mail com a Finalidade de Contribuir para o Término da Reprovação Escolar”. In: Diálogo. Canoas: nº 6, p. 157 à 166, 2005. c) Com relação ao material disponível na Internet: além das informações pertinentes a cada tipo de documento, inclua também o endereço do site e a data de acesso. Por exemplo: disponível em: <www.site.com.br>. Acesso em 20 abril de 2011. A lista de referências deve estar ordenada alfabeticamente. As referências precisam ser digitadas em espaço simples entre linhas e alinhadas à esquerda, com separação entre si de dois espaços simples. 2.6 Artigo Jornalístico O artigo jornalístico também é estruturado com introdução, desenvolvimento e conclusão, e a diferença se encontra, mais uma vez, na introdução. 2.6.1 Introdução Igual a uma receita de bolo, a introdução sempre abriga três aspectos. Em uma ou duas frases, o tema deve ser apresentado. Em mais uma ou duas, o autor revela como se posiciona. Ele também precisa mostrar como defenderá o tema, que também deve ser contextualizado. Na verdade, necessita explicar por que o escolheu e qual a sua importância. Vê a primeira frase do artigo do ex-deputado estadual, ex-deputado federal, ex-senador e ex-ministro da Justiça Paulo Brossard, que escrevia todas as segundas-feiras na Zero Hora. Já no início fica óbvio o tema que o intelectual gaúcho vai defender, ou seja, o excessivo peso da carga fiscal no Brasil. A razão de ter escolhido o assunto se evidencia com a passagem: “O setor industrial (...) aproximou-se da estagnação”. O restante serve para explicar por que o tema foi eleito. Não é de hoje que se fala no excessivo peso da carga fiscal e extrafiscal que a ela se agrega. O próprio governo fala em aliviá-la, mas os dias passam e o gravame permanece com a solidezdo Pão de Açúcar. Enfim, o setor industrial, ou importantes segmentos dele, aproximou-se da estagnação até entrar em declínio, caminhando para a paralisia; o resultado, visível a olho nu, é a desindustrialização, cuja gravidade é evidente. Ao lado desse fator, a invasão de produtos importados, principalmente chineses, agrava de tal maneira o quadro, que a situação se tornou alarmante. COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL 21QI Faculdades - Todos os direitos reservados. Mas só agora o governo admitiu o fenômeno e a necessidade de enfrentá-lo. Para certificá-lo, basta recordar que grandes empresas nacionais, grandes no porte e grandes em sua notável qualificação técnica e operacional, faz algum tempo, vêm deslocando seu potencial para a Ásia. In extremis, o governo deu sinal de vida. Foi preciso que o sucesso levasse a indústria nacional aos estertores para que o governo acordasse. (BROSSARD, Paulo. “Desindustrialização”. Porto Alegre: Zero Hora, 26/03/2012) 2.6.2 Desenvolvimento O desenvolvimento se divide em três ou quatro parágrafos clássicos, segundo Othon Moacyr Garcia. O Tópico frasal – a primeira frase - nada mais é senão uma ideia geral sobre o que o autor pretende defender. A seguir, aparecem três ou quatro posicionamentos com o intuito de provar o tópico frasal. Os parágrafos também podem ter conclusão, mas não é obrigatório. Confira, novamente, um exemplo do também advogado Paulo Brossard. A primeira frase conecta a introdução ao primeiro parágrafo e dá uma visão geral, que deverá ser comprovada com os períodos subsequentes. Os fatos falam por si. Entidade ligada ao setor noticiava que, nos últimos cinco anos, o trabalho na indústria nacional, em dólar, encarecera 46%, enquanto apenas 3,6% para os americanos, os preços da energia elétrica aqui subiriam 245% entre 2003 e 2011 e apenas 35,3% para os americanos; saliente-se que 34% do preço da energia corre por conta de impostos; para encerrar, a balança comercial, em 2005, acusava um superávit de R$ 9,1 bilhões em favor do Brasil e no ano passado o superávit se converteu em déficit de US$ 8 bilhões e, no momento em que escrevo, leio esta manchete em grande jornal paulista: “Brasil cresce menos que todos os países vizinhos”. (Idem, 26/03/2012) 2.6.3 Conclusão A conclusão promove o fechamento natural das ideias, mas pode trazer uma comparação com alguma área de fora do contexto abordado. Quem inventou isso foi o professor e escritor Édison de Oliveira. Mas não é fácil usar esse expediente, porque dá a entender que o autor está fugindo do tema, o que é um erro técnico. 2.7 Release O release nada mais é senão matéria de jornal escrita por empresário ou jornalista contratado para ser assessor de imprensa. Sua função é divulgar produtos, serviços ou a marca gratuitamente. É escrito em forma de pirâmide invertida, ou seja, responde até seis perguntas no parágrafo inicial (que, quem, onde, quando, como e por quê), resumindo tudo de importante que a matéria apresenta. Nos parágrafos seguintes, se o autor quiser, pode incluir dados menos significativos. Analisa este exemplo: COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL QI Faculdades - Todos os direitos reservados.22 Ex-analfabeto deixou a lavoura de café e virou estudante de medicina. Diante do sofrimento de uma irmã doente, José Reinaldo Lopez decidiu que queria ser médico. Lavrador em Monte Belo, no sul de Minas, e praticamente analfabeto funcional, ele voltou a estudar, conseguiu deixar de trabalhar na roça de café e já concluiu a faculdade de enfermagem. Agora, aos 33 anos, é bolsista de medicina na Unaerp (Universidade de Ribeirão Preto), informa reportagem de Araripe Castilho publicada hoje na Folha (Folha de São Paulo, 08/04/2012) O que aconteceu? Lavrador semianalfabeto se tornou estudante de Medicina. Quem fez isso? Lavrador semianalfabeto. Onde? Em Monte Belo, no sul de Minas. Quando? Nos dias de hoje. Como? Estudando muito e superando suas limitações. Por quê? Por causa do sofrimento da irmã doente. Nem sempre o autor ou assessor de imprensa conseguirá responder às perguntas como e por quê, mas não deve se desesperar por isso. A maioria das matérias ou dos releases também não traz essas respostas. Já o título do release precisa resumir o primeiro parágrafo que, em jornalismo, é conhecido como lead. 2.8 Resenha A resenha faz resumo crítico sobre obras, filmes, peças de teatro e outros. Geralmente, o resenhista conhece a área sobre a qual vai escrever. Na maioria das vezes, as resenhas são publicadas em jornais ou revistas. Por isso, sua extensão depende do espaço reservado pelo veículo. A resenha terá referências bibliográficas da obra, além de dados do autor. A resenha fará a síntese do conteúdo com avaliação crítica. Pode-se resumir, agrupando num ou vários blocos os fatos ou ideias. Também se resume de acordo com a ordem dos acontecimentos. A resenha não acrescenta, ao final, uma avaliação crítica. Essa postura está presente desde a primeira frase. 2.9 Estilística Apenas escritores profissionais têm cuidados estilísticos. Em tese, se bem compreendida, a síntese disso tudo está em somente uma frase do poeta Carlos Drummond, segundo o qual escrever é cortar. Mas como isso não é entendido como deveria, precisamos entrar nos detalhes. Portanto, empregue dois verbos no lugar de três, ou um no lugar de dois. Evite adjetivos. Dizer que a empresa registrou vendas excelentes não explica muito. Escolha palavras precisas e exatas. E inclua, no máximo, 20 delas por período. Prefira a ordem direta: sujeito, verbo, complemento. E utilize mais ponto que vírgula. Corte quase todos os “seu, sua, um, uma, que, este, esse”. Não repita expressões. O correto é um advérbio “mente” por texto. Artigos qualificados não trazem gírias: dosa, saca, tá ligado; clichês: COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL 23QI Faculdades - Todos os direitos reservados. fechar com chave de ouro, cada macaco no seu galho; jargão: lead, pirâmide invertida, retranca; rebuscamento: nosocômio, sem embargo, não obstante; estrangeirismos: feedback, follow up, coffee break. Prime pela organização textual. Não produza colisões textuais: Sanches Jablonski ou Gastão Torres. Não faça ecos: perto da estação, encontrei o caminhão. Não produza aliterações: para tudo temos tempo, ou assonâncias: Ana encanta e reclama. 2.10 Carta Comercial Alguns teóricos de Comunicação Empresarial acreditam que o release é o texto mais importante da área, visto que possibilita à organização divulgar produtos, serviços, sua marca e o nome do gestor gratuitamente na imprensa. Outros, no entanto, acham que o texto que mais contribui é a carta comercial, antes veiculada em papel, mas que nos dias de hoje vem sendo transposta para os meios virtuais. E-mails substituíram as cartas em 79,64% dos casos, conforme pesquisa de Normelio Zanotto7. Segundo ele, são emitidas cinco cartas e 22 e-mails por dia, mas é claro que isso vai depender da empresa. Cinquenta e cinco por cento das pessoas acham a carta de nível mais elevado que um e-mail, e esta via está substituindo 50% dos telefonemas. Mas 44,41% dos e-mails não são lidos por tratar de assuntos que não interessam. A carta comercial é um instrumento de comunicação entre as organizações; representa a imagem da empresa e do profissional que a assina. Por isso deve causar boa impressão e mostrar competência. Precisa ser clara e concisa. Interpretação errônea pode causar prejuízos financeiros. Use vocabulário simples e frases bem-estruturadas. Apresente todas as informações relevantes para compreender o negócio que está sendo proposto. Não perca tempo com introduções ou encerramentos. O texto deve ser impessoal, mas cortês. A correção mostra o nível intelectual do emissor. O espaço entrelinhas deve ser 1/5, e a letra, 12. O cabeçalhoconterá os dados da empresa. Como a carta comercial é de pessoa jurídica e representa pessoas físicas, usará nós ou o tom impessoal. Valores em dinheiro são escritos por extenso, entre parênteses, com minúsculas. A assinatura virá à direita, abaixo, com o cargo exercido na empresa. Se houver duas pessoas, o responsável deve assinar à direita; o co-responsável, à esquerda. Não pode haver rasuras ou “sujeiras” impregnadas ao papel. Escreva o nome e o endereço do destinatário à esquerda. Coloque um vocativo impessoal: Prezado(s) Senhor(Senhores), Caro cliente, Senhor diretor, Senhor Gerente etc. Inicie o texto fazendo referência ao assunto, tais como: “Com relação a...”, “Em atenção à carta enviada...”. Evite iniciar com “Através desta”, 7 ZANOTTO, Normelio. E-mail e Carta Comercial. Caxias do Sul: Educs, 2005. COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL QI Faculdades - Todos os direitos reservados.24 “Solicito através desta”, “Pela presente” e similares, pois são expressões pleonásticas, uma vez que está claro que o meio de comunicação adotado é a carta. No fim, despeça-se em tom amigável: cordialmente, atenciosamente, respeitosamente, com elevado apreço, saudações cordiais etc. Redija At. e nunca Att. abaixo do endereçamento, porque att. vem do inglês. 2.11 Redações Empresariais 2.11.1 Ata Existem duas formas de se produzir uma ata: a tradicional e a de multinacionais. A primeira deve ser feita em livro de atas, mas de forma que não seja possível acrescentar informação. O texto começa com hora, data, local e assunto. A ata sintetiza as discussões. Não há abertura de parágrafos. Quando há erros, escreve-se “digo”. Quando se percebe o erro depois de concluída, escreve-se “em tempo”. Os números vêm por extenso. A ata é redigida por secretário. Na ata do dia, podem ser feitas retificações da anterior. A última frase é “Esta ata foi escrita pelo secretário Fulano de Tal”. A seguir, os presentes assinam um ao lado do outro, sem deixar espaço. A ata de multinacional apenas diz o conteúdo tratado e cita os presentes. 2.11.2 Atestado de Idoneidade O Atestado de Idoneidade está caindo em desuso, porque basta solicitar Atestado de Bons Antecedentes pela internet, apenas dando o número dos seus documentos. No entanto algumas empresas ainda utilizam. Assim vamos explicar como se faz. O atestado fala em favor de alguém. Centralizado, vai o título: Atestado de Idoneidade Moral. O texto é padrão: Eu, Fulano de Tal, RG, CPF, atesto para os devidos fins que conheço ... há ... anos e que é pessoa de alto conceito, digna de toda confiança e nada existe que possa desaboná-la. Por ser expressão da verdade, firmo o presente atestado. À direita: Porto Alegre, ... de ... de 2011. Assinatura. 2.11.3 Aviso O Aviso é comunicado de pessoa para outra. É usado no comércio, indústria, serviço público e rede bancária. Dá ordens, noticia, convida. Pode ser escrito em forma de carta comum. 2.11.4 Circular Circular é uma comunicação em formato de carta. Pode ser manifesto ou ofício. É dirigida a várias pessoas ou a um órgão. Serve para transmitir avisos, ordens ou instruções, mas todos devem lê-la e assiná-la. Contém assunto de interesse geral. A palavra Circular aparece centralizada no início. Abaixo, à esquerda, escreve-se “Senhores/as”: Vem o texto. No final, centralizado, põe-se o nome do redator. COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL 25QI Faculdades - Todos os direitos reservados. 2.11.5 Requerimento Usa-se quando se quer fazer pedido à autoridade oficial ou particular. Acima à esquerda, escreve-se Ilmo. Sr. Fulano de Tal. Deixem sete espaços. Comece da seguinte forma: Eu, José da Silva, brasileiro, casado, professor, RG ... e CPF ... solicita ... À esquerda, abaixo, escreve-se “Nesses termos, pede deferimento”. ‘Gravataí, 2 de dezembro de 2015” aparece à direita abaixo. Logo abaixo da data, vem o nome da pessoa. 2.11.6 Ofício Trata-se de correspondência semelhante à carta, mas é enviada entre entidades públicas. À esquerda, acima, aparecem: “Ao diretor Silva José.” “Assunto: processo nº 010.” Data à direita. No final, se diz “atenciosamente” ou algo similar. E coloca-se o nome abaixo, também centralizado, vindo abaixo o cargo de quem remete o texto. 2.11.7 Memorando É documento semelhante ao ofício. Tem por finalidade lembrar informação interna dentro de empresa ou entre matriz e filiais. Também é chamada de comunicação interna. Memorando vem centralizado acima. Para quem e de quem, a data e Ref. ou assunto vêm à esquerda, um abaixo do outro. Então, escreve-se a comunicação. Assina-se à direita, abaixo. 2.11.8 Currículo A seguir, explicamos a melhor forma de se escrever um currículo. Preferimos trazer um exemplo de currículo similar ao de muitos alunos das Escolas e Faculdades QI. Basta a pessoa pôr os seus dados no lugar dos que estão aí. DADOS PESSOAIS Nome: Eli de Oliveira. Data de Nascimento: 8 de dezembro de 2000. Endereço: Rua Xxxxxxx, XX FORMAÇÃO Faculdade Tecnológica de Gestão Comercial (Faculdade QI, Porto Alegre), previsão de conclusão: 2015/2. Curso Técnico em Administração (Escola QI, Porto Alegre), concluído em 2012/1. EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL Office boy, auxiliar de escritório, gerente financeiro na Empresa X, desde março de 2005. Office boy na Empresa Y, de março a dezembro de 2004. COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL QI Faculdades - Todos os direitos reservados.26 3. Comunicação Empresarial de Oratória Um gestor precisa se comunicar profissionalmente com clientes, fornecedores, colaboradores, com a imprensa, repartições públicas e parceiros comerciais. Também deve falar em reuniões, auditórios para um grande número de pessoas. A seguir, analisamos os mais variados detalhes técnicos da oratória para um gestor. 3.1 Apresentação em slides São raras as pessoas que têm noção de como preparar slides de Power Point para uma apresentação oral. Por isso vamos dar algumas dicas. O título deve ser claro e objetivo, com letras legíveis. Não invente fontes com arabescos e voltas, porque dificultam a compreensão. Componha frases curtas e com poucas linhas; use cores e apenas uma ilustração por slide; retire o que prejudicar o entendimento. 3.2 Erros Mais Comuns de Fala Mesmo que o nível de linguagem coloquial possibilite erros de gramática, e é esse o tipo adequado para a fala de um gestor, há certos problemas que chamam a atenção negativamente dos ouvintes. Vamos a alguns deles. ERRADO CERTO Para mim não errar. Para eu não errar. Vou estar enviando o fax. Vou enviar. Ir ao encontro de (a favor). Ir de encontro a (contra). Fazem muitos anos. Faz muitos anos. A nível de Brasil. Em nível de Brasil. Há dez anos atrás. Dez anos atrás ou há dez anos. Houveram reuniões. Houve reuniões. 3.3 Uso do Humor Uma fala com humor agrada mais às pessoas, mas há detalhes a se levar em consideração. Não se limite às palavras. Use expressão corporal, a inflexão da voz e a pausa; evite a vulgaridade. Piada boa é nova, nunca velha. Só use o humor ligado ao assunto. Faça com que o humor pareça nascer no momento da apresentação. Prefira humor a partir da circunstância, usando fatos ou pessoas do próprio ambiente. Histórias longas é um veneno para o humor. Nada de querer bancar o engraçadinho o tempo todo. Como nem sempre o humor dá resultado, esteja pronto com um plano B. COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL 27QI Faculdades - Todos os direitos reservados. 3.4 Falar em Público Sobre falar em público, a naturalidade é a melhor regra. Não confie na memória: leve um roteiro, e o Power Point serve exatamente para isso, não para ler os slides. Afinal a plateia geralmente é alfabetizada. Use linguagem correta, mas não seja pedante, colocando s em todos os verbos da segunda pessoa do singular. Saiba quem são os ouvintes. Gerentese diretores têm excelente compreensão das coisas e percebem quando não estás bem-preparado. Algumas pessoas se ofendem por qualquer coisa. Tenha começo, meio e fim. No início, explique aonde pretendes chegar, qual é o objetivo da palestra, desenvolva-a e atinja as conclusões pertinentes. Tenha postura correta, profissional. Não agrida ninguém, não deboche, nem fale mal dos outros, não se vista com decotes ou roupas apertadas ou muito curtas. O objetivo é chamar a atenção para o conteúdo, não para o seu corpo. Prepare-se para falar. Estude o máximo que puder. Leia. No momento da fala, use recursos audiovisuais. Saiba o que irá dizer no início, porque às vezes, principalmente para um iniciante, essa é a parte mais complicada. Segure uma caneta, porque isso dá segurança para alguns. Não se precipite. Cumprimente cada um, se o grupo de espectadores for pequeno. Não tente se lembrar da apresentação momentos antes de começá-la, porque isso pode deixá-lo nervoso. Talvez o melhor seja fazer como os orientais, que procuram não pensar na situação. Fuja das conversas aborrecidas, porque isso pode te desestabilizar mentalmente. Não faça da sua apresentação uma novidade, treinei-a para si. Cuidado com os cacoetes né, tá, tipo assim, ok, no caso, visto que atrai a atenção dos leitores para os cacoetes e não para o conteúdo. Corrija problemas de dicção, exercitando falar cada palavra corretamente, sem comê-las. Não bata de frente com ninguém. Aristóteles8 dizia que o sábio evita o conflito. Não pressuponha que o algo seja de conhecimento de todos. Sempre existe alguém que não sabe. Não permita que monopolizem. Não fale fora de hora e não omita informações. Escolha um assunto apropriado à circunstância. Seja cuidadoso na pesquisa. Inove. Selecione os argumentos importantes. Não repita nenhum deles como os chatos que dizem a mesma coisa três ou quatro vezes. Pareça objetivo e não fuja do assunto. Assim terás maiores chances de agradar numa palestra. 8 ARISTÓTELES. Ética. São Paulo: Ediouro, s/d. COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL QI Faculdades - Todos os direitos reservados.28 4. Conclusão O que o profissional deve levar em consideração é que todas as matérias têm o porquê de estar no currículo. O futuro gestor mais qualificado será aquele que estudá-las com o mesmo cuidado. Se é verdade que as pessoas são contratadas pela experiência e pela formação, mas demitidas pelas atitudes, nossos erros são mostrados por meio da comunicação. E esta unidade curricular visou discutir todos os detalhes que poderiam proporcionar melhor aproveitamento ao futuro gestor. COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL QI Faculdades - Todos os direitos reservados.29 REFERÊNCIAS BUENO, Wilson da Costa. Estratégias de Comunicação nas Mídias Sociais. Barueri: Manole, 2015. GOLD, Mírian. Redação Empresarial. 4.ed. São Paulo: Pearson, 2010. LUIZARI, Kátia. Comunicação Empresarial Eficaz – como falar e escrever bem. 2.ed. Curitiba: Intersaberes, 2014. MATOS, Gustavo Gomes de. Comunicação Empresarial sem complicação. 2.ed. Barueri: Manole, 2009. OGDEN, James R. Comunicação Integrada de Marketing – modelo prático para um plano criativo e inovador. São Paulo: Pearson, 2002. SANTOS, Ali Celestino Martins. ‘Características do House Organ e a Função na Comunicação Interna de três Empresas Líderes’. Disponível em: <Fonte: http://www.aberje.com.br/ monografias/House%20Organ%20Ali%20Celestino.pdf> Acesso em: outubro de 2015. ZANOTTO, Normelio. Correspondência e redação técnica. 2ª ed. Caxias do Sul: EDUCS, 2009. APÊNDICE A – Capa (2.5.1) Fonte: autor ESCOLAS E FACULDADES QI ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO FINANCEIRA TRABALHO DE CONCLUSÃO EDUARDO JABLONSKI ANÁLISE DE INVESTIMENTO EM IMÓVEIS SANTO ANTONIO DA PATRULHA 2013 30QI Faculdades - Todos os direitos reservados. APÊNDICE B – Folha de Rosto (2.5.2) Fonte: autor QI Faculdades - Todos os direitos reservados.31 EDUARDO JABLONSKI ANÁLISE DE INVESTIMENTO EM IMÓVEIS Este artigo foi escrito para ser apresentado como trabalho de conclusão do curso de especialização em Gestão Financeira nas Faculdades QI de Porto Alegre, em 2013. Orientador: Ms. Marcelo Cuth Santo Antonio da Patrulha 2013 APÊNDICE C – Resumo e Abstract (2.5.3) Fonte: autor 32QI Faculdades - Todos os direitos reservados. ANÁLISE DE INVESTIMENTO EM IMÓVEIS Eduardo Jablonski1 RESUMO No presente artigo estudamos qual o melhor investimento entre os três principais do mercado, na opinião de Mauro Halfeld (2008); negócio próprio, ações e imóveis. Para entender um pouco mais sobre o tema, entrevistamos dois especialistas em investimentos e realizamos estudo de caso de investidor que se preocupou apenas em aplicar em imóveis. Concluímos que, embora um negócio próprio e as ações possam gerar mais rentabilidade, esses investimentos também oferecem maior risco. Os imóveis, por outro lado, se têm problemas com liquidez imediata e proporcionam menor rentabilidade, por outro, garantem um rendimento seguro e duradouro, sem exigir esforço ou despertar preocupações no investidor. Palavras-chave: Investidor. Imóveis. Negócio Próprio. Ações. ABSTRACT In this paper we study what the best investment among the three major market in the opinion of Halfeld Mauro (2008); own business, stocks and real estate. To understand a little more about the issue, we interviewed two experts on investments and carry out investor case study was concerned only apply in real estate. We conclude that although his own business and actions can generate more profitability, these investments also offer higher risk. The estate, on the other hand, have problems with immediate liquidity and provide lower profitability, on the other, guarantee a safe and durable performance, without requiring effort or arouse investor concerns. Key words: Investor. Real estate. Own business. Actions. 1 Mestre em Letras (UFRGS), especialista em Gestão Financeira (Faculdades QI), Ética (Unilasalle) e Inglês (Unilasalle), graduado em Letras (Unilasalle). É professor das Faculdades QI desde 2 de agosto de 2006. APÊNDICE D – Sumário (2.5.4) Fonte: autor QI Faculdades - Todos os direitos reservados.33 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO........................................................................................................................ 9 2 OS ESPECIALISTAS ............................................................................................................... 10 2.1 SEGUNDO ESPECIALISTA ..................................................................................................... 10 2.2 TERCEIRO ESPECIALISTA ..................................................................................................... 11 3 ESTUDO DE CASO................................................................................................................ 13 3.1 COMPRA DO PRIMEIRO IMÓVEL......................................................................................... 14 3.2 COMPRA DO SEGUNDO IMÓVEL ........................................................................................ 15 3.3 COMPRA DO TERCEIRO IMÓVEL ......................................................................................... 15 3.4 COMPRA DO QUARTO IMÓVEL ........................................................................................... 16 3.5 COMPRA DO QUINTO IMÓVEL ........................................................................................... 16 3.6 PATRIMÔNIO DE JOSÉ DA SILVA .........................................................................................16 4 ÚLTIMAS PALAVRAS............................................................................................................ 16 REFERÊNCIAS .............................................................................................................................. 17 APÊNDICE E – Dedicatória (2.5.5) Fonte: autor 34QI Faculdades - Todos os direitos reservados. Dedico este artigo a Fernanda Lauck Jablonski e Gabriel Lauck Jablonski, meus filhos. APÊNDICE F – Agradecimento (2.5.6) Fonte: autor QI Faculdades - Todos os direitos reservados.35 AGRADECIMENTOS Agradeço aos professores Cláudio Schmitz e Luiz Denicol, que concederam entrevistas para a realização deste trabalho. Agradeço ao advogado Espindola, que me ensinou a investir em imóveis. Agradeço ao Grupo Editorial Sinos, que me deu a oportunidade para aprender a escrever com absurda rapidez e segurança gramatical. Agradeço à Faculdade QI, que me concedeu bolsa de 50% neste curso, por eu ser funcionário. APÊNDICE G – Epígrafe (2.5.7) Fonte: autor 36QI Faculdades - Todos os direitos reservados. “Investir em imóveis é um dos três melhores investimentos que existe.”. Mauro Halfeld APÊNDICE H – Introdução (2.5.9) Fonte: autor QI Faculdades - Todos os direitos reservados.37 1 INTRODUÇÃO Até em momentos de crise econômica, existem investidores que descobrem alternativas para ganhar dinheiro, talvez porque sejam visionários ou porque tenham conhecimento de macroeconomia. Mas os números do mercado nacional em 2013 estão favoráveis para qualquer tipo de empreendimento. Mauro Halfeld (2008), que dedicou a vida ao estudo das melhores possibilidades na área, chegou à conclusão de que se pode ganhar mais dinheiro com negócio próprio, ações e imóveis, nessa escala de importância. A primeira iniciativa, como é fácil de se prever, gera mais lucro, quando a organização consegue ultrapassar a barreira dos três anos (Takeshy Tachiawa (2007) revelou que 73% das empresas quebram nesse período). Com respeito às ações, Halfeld indicou o Índice Bovespa (IB) como a opção mais inteligente, uma vez que os economistas vinculados ao IB fazem uma seleção das companhias mais seguras para se investir. No entanto alertou o interessado a fim de que os economistas vinculados ao IB fazem uma seleção das companhias mais seguras para se investir. No entanto alertou o interessado a fim de que deixasse o seu dinheiro por cinco anos no mínimo e apresentou o rendimento, em vários períodos da história, de quem tivesse agido dessa maneira. Apesar disso, o especialista em Análise de Investimentos Carlos Müller, professor da pós-graduação das Faculdades QI, assumindo o mais elevado grau de riscos, decidiu aplicar somente em organizações paralelas, fora do IB. Ele poderia ter perdido os recursos, como a quase totalidade dos investidores, mas, talvez porque formou uma equipe com a quase totalidade dos investidores, mas, talvez porque formou uma equipe com oito economistas cada um responsável por estudar diariamente o mercado e as organizações de todos os continentes, obteve 52% de lucro em 2012 enquanto o IB registrou apenas 7,4% no mesmo período. O presente ensaio acadêmico foi desenvolvido da seguinte forma. Entrevistaram-se dois especialistas em investimentos – professores de Análise de Investimentos e Economia e Mercado. Defendeu-se a hipótese de que o melhor investimento, entre negócio próprio, ações e imóveis, é o de imóveis porque oferece menor risco e um bom rendimento anual, apesar da baixa liquidez enquanto os dois primeiros são muito arriscados. Na primeira parte do artigo, arrolamos a opinião dos especialistas e, a seguir, contamos o caso de pequeno investidor (que não permitiu a divulgação do nome, motivo pelo qual o ANEXO A – Carta Comercial (2.10) Fonte: ZANOTTO, Normelio, 2009. 38QI Faculdades - Todos os direitos reservados. Lojas Brasil São Miguel do Norte, 4 de outubro de 2008 DC-123-08 Atacadista Sulino Rua São Tomé, 1123 Canoas – RS 95010-000 Demora nas entregas Senhor Gerente: Como bem sabe V. Sa., a rapidez é uma característica do nosso tempo. Nos negócios também. Infelizmente não é o que está acontecendo com as suas remessas de mercadorias. Precisamos encurtar o tempo entre o fechamento dos pedidos e a entrega dos produtos. Conhecendo suas ligações com a Trans-Mérito, sugerimos que discuta o assunto com essa transportadora, em busca de solução rápida do problema. Contamos com sua compreensão e providência. Atenciosamente, Sandro S. Santos Gerente-Geral MS-TL Lojas Brasil Ltda. – Rua da Consolação, 22 – São Miguel do Norte (PE) CEP 80000-000 – Tel. 56 3294123X e-mail: lbrasil@zen.com.br ANEXO B – Ata (2.11.1) Fonte: ZANOTTO, Normelio, 2009. QI Faculdades - Todos os direitos reservados.39 Lojas Brasil Ata de Reunião da Diretoria da Associação Comercial de São José Ata número ______________ Data ______________ Horário de início ______________ Local _______________________ __________________ _______________________ Presidente ____________________ Secretário _________ _______________________ Presentes ___________________ __________________ _______________________ ___________________________ __________________ _______________________ ___________________________ __________________ _______________________ Pauta e deliberações __________ __________________ _______________________ ___________________________ __________________ _______________________ ___________________________ __________________ _______________________ ___________________________ __________________ _______________________ ___________________________ __________________ _______________________ ___________________________ __________________ _______________________ ___________________________ __________________ _______________________ ___________________________ __________________ _______________________ ___________________________ __________________ _______________________ ___________________________ __________________ _______________________ Encerramento – Data ________________________ Horário ______________________ Assinaturas __________________ __________________ _______________________ ___________________________ __________________ _______________________ ___________________________ __________________ _______________________ ___________________________ __________________ _______________________ ___________________________ __________________ _______________________ ___________________________ __________________ _______________________ ___________________________ __________________ _______________________ ___________________________ __________________ _______________________ Lojas Brasil Ltda. – Rua da Consolação, 22 – São Miguel do Norte (PE) CEP 80000-000 – Tel. 56 3294123X e-mail: lbrasil@zen.com.br ANEXO C – Circular (2.11.4) Fonte: ZANOTTO, Normelio, 2009. 40QI Faculdades - Todos os direitos reservados. Timbre Goiânia, 8 de maio de 2008 Of. Circ. n.º 15-08-SEB Professor Pedro Luís de Matos Nesta Universidade Senhor Professor: Encarecemos que, em todas as disciplinas, seguindo-se procedimento adotado em todos os semestres letivos, seja solicitada aosalunos leitura complementar. Cada professor decidirá com seus alunos o tipo de leitura e maneira de “cobrar” essa leitura. É importante fundamentar essa exigência e essa cobrança em argumentos convincentes, que o docente saberá expor e debater com a classe, a fim de tornar a tarefa aceita como proveitosa e não como imposição incompreendida. Cordialmente, Gorete M. Del Inda Coordenadora do Curso de Secretário Executivo Bilíngue ANEXO D – Requerimento (2.11.5) Fonte: ZANOTTO, Normelio, 2009. QI Faculdades - Todos os direitos reservados.41 Senhor Diretor da Escola Estadual de Ensino Médio São Brás: FULANA DE TAL, aluna desta escola, turno da manhã, Código nº 12345, requer a V. Sa. Dispensa das aulas de Educação Física, por problemas de saúde, conforme comprova atestado médico anexo. Nesses termos, pede deferimento. São Paulo D’Oeste , 4 de março de 2008. Fulana de Tal ANEXO E – Memorando (2.11.7) Fonte: ZANOTTO, Normelio, 2009. 42QI Faculdades - Todos os direitos reservados. VEICULAR S.A. Em 2-2-09 Memo n.º 5-09 Para: Gerente Comercial Paulo De: Gerente Financeiro Luís Assunto: Norte Veículos: limite de crédito Caro Paulo: Informo que a empresa Norte Veículos Ltda. Teve seu crédito reduzido para R$ 185.000,00, devido à situação financeira precária por que passa essa concessionária, revelada em seu último balancete. Abraço. Nei P. Signal SS-PL C/c: Supervisor de Vendas Anexo: Balancete Rua da República, 135, Sala 19, Caxias do Sul – RS, CEP 95010-000 – Fone 54 3224 667X QI Faculdades - Todos os direitos reservados.43 ANEXO F – Relatório Fonte: ZANOTTO, Normelio, 2009. Timbre da empresa RELATÓRIO Para: Pedro Alves – Gerente de vendas De: Carlos Dantas – Supervisor de vendas Assunto: Relatório de visitas a pontos de venda Data: 3 de janeiro de 2008 Senhor Gerente: Envio-lhe, anexo, mapa com os pontos-de-venda visitados e avaliação do nosso atendimento. Embora cada revendedor seja uma realidade única, há alguns aspectos gerais que passo a destacar a seguir. 1. Atendimento do vendedor- Essa é a principal deficiência da nossa empresa. Falta qualificação aos nossos vendedores. Alguns compradores queixam-se do tratamento que recebem do nosso representante. E as visitas não são feitas obedecendo a cronograma rigoroso. 2. Nossos produtos – Nossos produtos são de boa qualidade e de grande aceitação pelos clientes que a eles têm acesso. O problema é exatamente o acesso. A exposição da nossa linha de artigos é deficiente, especialmente nos médios e grandes supermercados. Ocupamos poucas frentes nas prateleiras e quase não temos pontas de gôndolas. Alguns itens, como o Achocolatado Diet, andam quase sumidos. 3. Recomendações: • treinar e até, em alguns casos, substituir vendedores; • intensificar as visitas dos supervisores; • contratar mais degustadoras; • conscientizar os funcionários de todos os níveis das ótimas chances que temos de crescer muitos pontos na participação das vendas do setor de alimentos enlatados. Atenciosamente Carlos A. Dantas Supervisor de Vendas 44QI Faculdades - Todos os direitos reservados. ANEXO G – Relatório Esquemático Fonte: ZANOTTO, Normelio, 2009. Distribuidora de Combustíveis Brasil RELATÓRIO Nº 45-09 Data: 18-1-2009 De: Roberto Setor: Posto Central – Filial 5 Para: Ricardo Setor: Gerência-Geral de Vendas Assunto: Relatório de venda do dia VENDAS DO DIA Unidades Valor Gasolina comum 00.000 l R$ 00.000,00 Gasolina aditivada 0.000 l R$ 00.000,00 Óleo diesel comum 0.000 I R$ 00.000,00 Óleo diesel aditivado 0.000 l R$ 00.000,00 Álcool 00 l R$ 000,00 Lubrificantes 00 l R$ 000,00 Diversos R$ 00,00 TOTAL R$ 00.000,00 Observações: Assinatura QI Faculdades - Todos os direitos reservados.45 ANEXO H – Carta Currículo I Fonte: ZANOTTO, Normelio, 2009. Santa Maria, 11 de janeiro de 2008 Revenda Sul Veículos Ltda. Rua Uruguai, 123 Porto Alegre 90000-000 Senhores: Encaminho anexo curriculum vitae com o objetivo de candidatar-me à vaga de secretária anunciada na imprensa na data de ontem. Tenho sólida experiência como secretária/recepcionista/telefonista em empresa de porte médio e gostaria de ser incluída na seleção que sua empresa irá realizar. Estarei transferindo minha residência para Porto Alegre nesta semana por motivo de casamento. Foi essa a razão que me levou a rescindir contrato de trabalho com a empresa Serra Caminhões Ltda., para a qual prestei serviço por cinco anos. Aguardo com expectativa seu contato, pelos meios constantes no rodapé. Atenciosas saudações. Salete Marli D. Pavin Rua S. Pedro, 432 – Santa Maria (RS) – CEP 97000-000 – Tel. 54 3222 22X2 e-mail: smpav@terra.com.br 46QI Faculdades - Todos os direitos reservados. ANEXO I – Carta Currículo II Fonte: ZANOTTO, Normelio, 2009. Felizardo Rosa Rua da Consolação, 34 ap. 31 - São Paulo / SP Telefone: (11) 444 0909 - e-mail: felizardo@rosa 04560-000 Sr. Josué de A. Tavares Diretor Executivo Grupo Terra Verde Agroindustrial Senhor Diretor: Sou administrador de empresas, graduado pela Universidade de São Paulo - USP, pós-graduado em finanças pela PUC e MBA no Canadá. Desenvolvi carreira em cargos estratégicos nas áreas administrativa e financeira de grupos empresariais dos segmentos da indústria, da construção civil e dos transportes. Estou em busca de novos desafios para atuar como diretor administrativo-financeiro. Acredito que meu perfil possa interessar a essa empresa. Desde 1986, ocupo cargos de confiança de primeiro nível nas áreas administrativa e financeira. Minha experiência abrange a coordenação dos setores de finanças, tesouraria, administração, importação, exportação, RH, contabilidade e controladoria. Minha vivência inclui planejamento, controles administrativos e financeiros, gerenciamento e desenvolvimento de equipes de trabalho. Como realizações na empresa na qual trabalho, destaco a recuperação de 30% da dívida de clientes, por meio do desenvolvimento de novos controles e relatórios de contas a receber, agilizando os processos de cobrança e recebimento. Reduzi em 25% o tempo de execução de rotinas, por intermédio de reorganização e implantação de normas e controles no setor de faturamento. Informatizei e reorganizei áreas administrativa, financeira, contábil, de pessoal e de compras, otimizando e gerando maior eficiência nas equipes de trabalho. Sou responsável pela captação e aplicação de recursos financeiros, por orçamentos, fluxo de caixa e obtenção de linha de crédito em instituições financeiras para capital de giro e para aplicação em ativos fixos. Gostaria, se possível, de marcar uma reunião, para detalhar minha experiência e demonstrar de que maneira poderei contribuir para o desenvolvimento de sua empresa. Atenciosamente, Felizardo Rosa QI Faculdades - Todos os direitos reservados.47 ANEXO J – House Organs Fonte: http://www.aberje.com.br/monografias/House%20Organ%20Ali%20Celestino.pdf Na Janima r a busca da Quali dade interna e exte rna também é uma tare fa constante que ve m, a cada dia, adic io- nando novas conqu istas nos resultados da empresa. Um trabalh o de equipe uniu o s esforços dos seto res de Produção, PCP, Modelagem, Com pras e RH, na bu sca contínua da Quali dade e resultou na criação de uma C é- lula de Treinament o e Aperfeiçoamen to para colaborado res. Para a instalação d esta célula foram disponibilizadas alg u- mas máquinas da
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