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METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA Mário Adelmo Varejão-Silva Versão digital 2 – Recife, 2006 43 Para outras latitudes, portanto, existem duas componentes da aceleração da gravidade: uma radial (rg r), cuja direção coincide com a da vertical local (a Terra está sendo considerada esférica); outra horizontal (rg o), contida no plano do meridiano local. Essas componentes são facilmente obtidas pelas seguintes equações: rg r = rg * + Ω 2 r cos2 φ r I r (I.10.6) e rg o = – Ω 2 r cosφ senφ r I o. (I.10.7) O módulo de rg será, então: g(φ, 0) = { g r 2 + go2 }1/2 (I.10.8) onde a notação g(φ, 0) está sendo introduzida para representar a aceleração da gravidade a uma dada latitude e ao nível médio do mar. A Tabela I.5 contém valores de g(φ, 0) e de suas componentes para latitudes selecionadas. Medições da aceleração da gravidade, realizadas ao nível médio do mar, segundo Pe- rucca (1953), revelaram que: g (0o, 0m) = 978,0 cm s-2 g (45o, 0m) = 980,6 cm s-2 (I.10.9) g (90o, 0m) = 983,2 cm s-2 TABELA I.5 COMPONENTES RADIAL (rg r) E HORIZONTAL (rg o) DA ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE (cm s-2 ) AO NÍVEL MÉDIO DO MAR, EM LATITUDES SELECIONADAS. Latitude ⇒ 0o 30o 45o 60o 90o |rg *| 984,0 984,0 984,0 984,0 984,0 |Ωrcos2 φ⏐ 3,4 2,5 1,7 0,8 0,0 |rg r| 980,6 981,5 982,3 983,2 984,0 |rg o| 0,0 1,5 1,7 1,5 0,0 Esses valores, quando comparados com os que figuram na Tabela I.5, mostram dife- renças pequenas, que devem se comportar aproximadamente do mesmo modo para as altitu- des de maior interesse meteorológico (até 30 km, já que r << z). Ressalta-se que, no caso do estudo de sistemas atmosféricos com vários dias de duração, a aceleração centrífuga torna-se importante, pois o efeito cumulativo de pequenas acelerações não é desprezível. Exatamente
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