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* Fisiologia Renal Ana Lúcia Chittó Adaptado de: Matheus P. Jahn * Roteiro de estudo: Anatomia renal Função renal Formação de urina Filtração glomerular Clearance (Depuração) Mecanismos de transporte Função tubular Reabsorção e secreção Sistemas de controle da função renal Regulação da pressão arterial * - Localização Anatomia Renal * Anatomia Renal * Unidade Funcional: néfron * Unidade Funcional: néfron túbulo contorcido distal 1,2 milhões * Tipos de néfrons Cortical Justamedular Glomérulos maiores filtração mais intensa Alças de Henle mais longas concentração da urina * Glomérulo e cápsula de Bowman Glomérulo: Enovelado capilar Células mesangiais fagocitose, suporte, secretam prostaglandinas e citocinas, regulam o fluxo glomerular Podócitos Fendas de filtração glicoproteina podocalixin * Glomérulo e cápsula de Bowman * Podócitos e Pedicelos * Função renal Regulação do equilíbrio hídrico e eletrolítico; Excreção de restos metabólicos; Excreção de substâncias bioativas; Regulação da pressão arterial; Regulação da produção de eritrócitos; Regulação da produção de Vitamina D; Gliconeogênese; * Formação de Urina Produção de Urina Excreção Urinária = filtração - reabsorção + secreção Filtração Glomerular Reabsorção Tubular Secreção Tubular * Filtração Glomerular Filtração depende de: tamanho e da carga da molécula; Substâncias filtradas podem: não ser reabsorvidas (metabólitos) parcialmente reabsorvidas (eletrólitos) completamente reabsorvidas (glicose,aas) * Filtração Glomerular Filtração sem reabsorção nem secreção TFG Filtração + reabsorção Filtração + secreção * O filtrado é produzido na taxa de 125 ml/min ou 180 l/dia; Reabsorção hídrica de 99%; Função do glomérulo: permitir a passagem de moléculas pequenas e água e restringir a passagem de moléculas maiores: inulina: raio molecular 14 A e peso molecular 5000 daltons filtrada mioglobina : 17000 daltons não filtrada albumina : 36 A e 69000 dalons não filtrada Filtração Glomerular * O filtrado atravessa: a parede capilar (fenestras) a membrana basal (glicoproteínas e colágeno) a camada mais interna de células (cápsula) Filtração Glomerular Peneira molecular: tamanho forma carga elétrica * * Filtração Glomerular Membrana de filtração * Filtração Glomerular Processo de filtração: coeficiente de filtração (céls. mesangiais) diferença resultante da pressão hidrostática pressão coloidosmótica permeabilidade hidráulica das camadas de tecido que separam a luz do capilar e a luz da cápsula * Filtração Glomerular * Filtração Glomerular A. Sem constrições B. Constrição na AA Diminuição do FSR e da TFG; C. Constrição na AE diminuição do FSR, aumento da TFG; D. Constrição na AA e na AE Mantém-se a TFG, mas diminui bruscamente o FSR. TGF = taxa de filtração glomerular FSR = fluxo sangüíneo renal * Filtração Glomerular Resumo dos determinantes diretos da TFG e fatores que à influenciam Determinantes diretos da TFG: Principais fatores que tendem a aumentar TFG = ( PHG - PHC - PC ) (levar em conta o Kf) a magnitude do determinante direto ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Coeficiente de Filtração 1. Área de superfície glomerular (devido ao Kf relaxamento das células mesangiais glomerulares) Resultado: TFG ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- PHG 1. Pressão arterial renal 2. Resistência da arteríola aferente (dilatação aferente) 3. Resistência da arteríola eferente (constrição eferente) Resultado: TFG ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- PHC 1. Pressão intratubular devido à obstrução do túbulo ou do sistema urinário externo Resultado: TFG ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- PC 1. Pressão oncótica do plasma sistêmico Resultado: TFG ___________________________________________________________________________________ TFG, taxa de filtração glomerular; Kf , coeficiente de filtração; PHG , pressão hidráulica no capilar glomerular; PHC , pressão hidráulica na cápsula de Bowman; PC , pressão coloidosmótica no capilar glomerular. Inversões nas setas também geram resultados contrários. * Filtração Glomerular Causas das modificações: Kf: Danos nos glomérulos, drogas e controle fisiológico; PHG: Pressão arterial, pressões nas arteríolas (controle fisiológico); PHC: Obstrução no túbulo ou no sistema urinário; PC: Concentração de proteínas no plasma. * Filtração Glomerular trabalho cardíaco - força que impulsiona esse processo * Clearance (Depuração) Clearance: remoção de uma substância do corpo. Geral (qualquer mecanismo) = taxa de depuração metabólica Renal = taxa de depuração renal Unidade: volume de plasma por tempo volume de plasma necessário por unidade de tempo para que uma substância X seja completamente eliminada pelos rins. * Plasma [X] = 1 mg/dL Cada dL de plasma carrega 1 mg de X, então 50 mL de plasma contém 0,5 mg de X Taxa de excreção = 0,5 mg/min (0,5 mg são removidos do plasma por minuto) Então a depuração de X = 50 mL/min Isto é, precisa-se de 50 mL de plasma para que a substância X seja depurada. Clearance (Depuração) * Medições TFG: depuração da inulina: livremente filtrada, não é secretada nem reabsorvida. Depuração (quantidade de plasma necessário para remover toda inulina por unidade de tempo) é igual a TFG. depuração da creatinina: produção constante e não é reabsorvida, depuração próxima da TFG. FSR: depuração do PAH (ácido para-aminohipúrico): livremente filtrado, mais secretado. Praticamente tudo que chega no glomérulo é excretado. * Mecanismos de Transportes * Mecanismos de Transportes Rota Transcelular: 1. Transporte ativo do Na na membrana basolateral; 2. Transporte do Na pelo gradiente de concentração acoplado com outras substâncias e água, na membrana luminal; 3. Transporte das substâncias pela membrana basolateral; 4. Transporte das substâncias para os capilares peritubulares. * Função Tubular O processo de transporte de uma substância do lúmen do túbulo para o sangue que envolve o túbulo é chamado de reabsorção tubular. Já o processo pelo qual as substâncias chegam ao túbulo, inverso à reabsorção, chama-se secreção tubular. * * Função Tubular Reabsorção tubular: H2O; substâncias inorgânicas (Na+, Cl-, K+, Mg2+, Ca2+, etc.); substâncias orgânicas (glicose, aas, uréia, proteínas, etc.); Secreção tubular: produtos metabólicos endógenos (sulfatos, ác. úrico, etc.); substâncias exógenas (penicilina, diuréticos, etc.); Íons H+ e HCO3-; * Função Tubular Tipos de transportes tubulares: 1. Reabsorção ativa 2,3. Reabsorção passiva (com ou sem modificações na molécula) 4. Secreção transcelular ativa 5. Secreção celular passiva 6. Secreção celular ativa * Função Tubular Localização geral dos sistemas de transportes tubulares: 1. Reabsorção ativa 2 e 3. Reabsorção passiva 4. Secreção transcelular ativa 5. Secreção celular passiva 6. Secreção celular ativa * Função Tubular Reabsorção de Na+: ocorre em todos os segmentos do túbulo e no ducto coletor; o Na+ é ativamente bombeado para o interstício pela Na+-K+ ATPase. Reabsorção de Cl-: ocorre principalmente via paracelular obedecendo ao seu gradiente químico; sai das células passivamente por canais de Cl- basolaterais, ativados por ADH. Reabsorção de água: ocorre por osmose, secundária à reabsorção de solutos, por ação do ADH * Função Tubular TCP Na+: a) antiporte Na+/H+; b) simportes de Na+ (glicose,aas); * Função Tubular Alça de Henle Na+ e Cl-: simporte Na+-2Cl--K+; * Função Tubular TCD Na+ e Cl-: simporte Na+-Cl-; * Função Tubular Ducto Coletor Na+: canais de Na+, ativados por ADH e aldosterona, e inibidos por prostaglandinas. * Função Tubular Mecanismos pelos quais o sódio impulsiona a reabsorção de outras substâncias no TCP: Gera um diferença na osmolalidade transtubular, que favorece a reabsorção de água por osmose; por outro lado, a reabsorção de água concentra muitos solutos na luz (p. ex., cloreto e uréia), desse modo favorecendo suas reabsorções por difusão. Realiza a reabsorção de muitos nutrientes orgânicos, fosfato, e sulfato pelo co-transporte através da membrana luminal. Realiza a secreção do íon hidrogênio pelo contra-transporte através da membrana luminal(eq. Ácido-básico); Realiza a reabsorção de cloreto pelo co-transporte indireto através da membrana luminal (contra-transportes paralelos de Na/H e Cl/base). * Função Tubular Reabsorção de água: TCP (permeável): reabsorção devido ao efeito osmótico, via paracelular ou via canais de água; ramo descendente da alça de Henle: aumento da osmolaridade em direção da papila leva ao efluxo de água dos túbulos e posterior remoção pelos vasos retos; ramo ascendente: impermeável à água; TCD: semelhante ao TCP, acompanhando o NaCl; Ducto coletor: sob influência do ADH, retirando a água da urina à medida que segue através da medula renal, progressivamente hipertônica. * Função Tubular Manejo da água * * Função Tubular Multiplicador contracorrente 1. A alça de Henle funciona como um multiplicador contracorrente para o estabelecimento do gradiente de concentração na medula renal; 2. O segmento grosso do ramo ascendente da alça de Henle bombeia NaCl para o interstício, mas a água não passa já que essa região é impermeável à água. Esse bombeamento aumenta o gradiente de concentração da medula renal; 3. O aumento da concentração de NaCl no interstício causa absorção osmótica de água no segmento descendente, concentrando assim o fluido tubular que entra no segmento ascendente; 4. A urina que entra no ducto coletor é menos concentrada do que o interstício, e à medida que ela passa pelo ducto coletor, perde água para o interstício e torna-se cada vez mais concentrada; 5. A água reabsorvida no ramo descendente e no ducto coletor deixa a medula para os vasos retos; 6. O ducto coletor inferior é permeável à uréia, que chega nessa região muito concentrada, difundindo-se para o interstício, aumentando o gradiente de concentração da medula e consequentemente a efetividade do sistema. * Função Tubular Manejo do K+: quantidade muito bem regulada: papel do K+ na excitabilidade dos músculos e nervos; 98 % intracelular e 2% extracelular. a quantidade de K+ excretada (reabsorvido ou secretado) será determinada no túbulo de conexão e no ducto coletor, conforme a necessidade e a dieta; essa regulação está diretamente ligada ao Na+ (geração de um potencial elétrico, bomba Na+-K+ ATPase e a aldosterona). Aldosterona: aumenta a secreção de K+; EXERCÍCIO: pequeno deslocamento de K para fora das células aumento moderado da [K+] sanguínea * Função Tubular TCP e alça de Henle reabsorvido de maneira passiva paracelular; * Função Tubular Ducto Coletor secreção sob efeito da aldosterona; reabsorção pela bomba H+- K+ ATPase. * Função Tubular Reabsorção de glicose e aminoácidos: ocorre no TCP; reabsorvidos por um mecanismo dependente de Na+ (simporte Na+-glicose, simporte Na+-aas). praticamente toda a glicose é reabsorvida e é proporcional à quantidade filtrada, mas o sistema é saturável, havendo um limiar renal para essa substância. Quando excede esse limiar, aparece glicose na urina. TmG= 300 mg/dL (limiar renal) glicemia normal em torno de 90 mg/dL * Função Tubular Reabsorção de glicose Reabsorção de substâncias orgânicas * Função Tubular Papel da uréia: tem um papel importante na concentração da urina; parte da uréia é reabsorvida passivamente no TCP; a alça de Henle, TCD e início do ducto coletor são pouco permeáveis à uréia, o que a torna concentrada nesses segmentos; no restante do ducto coletor a reabsorção de uréia é dependente de ADH, e esta vai para o interstício, sendo grande responsável pela osmolaridade. Recirculação de uréia. * Função Tubular Manejo da uréia * Função Tubular fosfato: no TCP, através de simporte Na+ - Pi; cálcio e magnésio: TCP e alça de Henle, de modo passivo paracelular. No TCD: influxo passivo e efluxo ativo por meio de um ATPase de Ca2+ ou de Mg2+ e um antiporte 3Na+/1Ca2+ (transporte ativo secundário); Reabsorção de fosfato, Ca2+ e Mg2+: * Função Tubular Secreção Tubular: o TCP possui mecanismos de transporte ativo para a secreção de produtos de excreção ou substâncias exógenas; a secreção é mediada por carreadores e é saturável; ânions orgânicos: oxalato, urato, PAH (ácido para-aminohipúrico), vermelho fenol, penicilina G, barbitúricos,diuréticos, sulfato e glutationa; cátions orgânicos: adrenalina, colina, histamina, serotonina, atropina e morfina. Íons H+ e HCO3-; * * Controle da filtração Células mesangiais controlam o fluxo nos capilares; Dependente das pressões; Em condições normais não variam: a PC a PHC Mecanismos de regulação * Aparelho Justaglomerular: Mácula Densa: sensores Células Justaglomerulares: secretoras * Mecanismos de regulação Feedback Tubuloglomerular: células da mácula densa detectam o conteúdo, a osmolaridade e o fluxo do filtrado; são ordenadas reações parácrinas de vasodilatação e vasoconstrição das AA e AE para regular a TFG e o FSR; atua no mesmo néfron. SRA : estratégias para regular o volume / pressão * Mecanismos de regulação Renina Ação no próprio glomérulo; Ação sistêmica: * Angiotensina II: Reabsorção renal de Na+ e água; Vasoconstrição geral; Liberação de aldosterona; ADH, sede e apetite por sal; No rim: contrai mais a AE e menos a AA, para aumentar a PHG e assim manter a TFG Mecanismos de regulação (SRA: estratégias para normalizar a pressão/volume) * Mecanismos de regulação Mecanismo intrínseco que mantém a TFG constante; - Teoria Miogênica: resposta vascular a variações na PA, contrações diferenciais nas AA e AE; - Teoria Justaglomerular: secreção de Renina em resposta a uma baixa PA, hipoperfusão renal ou depleção de volume. Produção de prostaglandinas = relaxamento local. Auto-regulação Renal * Mecanismos de regulação Secreção de Renina * ADH papel chave no controle da concentração da urina, aumentando a reabsorção de água no ducto coletor; ANP aumenta a excreção de Na+ e consequentemente o volume de urina; ALDOSTERONA: regula a reabsorção de Na+ e a secreção de K+ ( reabsorção de Na+ e H2O e secreção de K+); PTH aumenta a reabsorção de cálcio. Ação de outros hormônios * Mecanismos de regulação H2O NaCl * Mecanismos de regulação Regulação Nervosa: AA e AE inervadas pelo SN Simpático; ativação causa vasoconstrição da AA e diminui a filtração; induz a liberação de renina (SRA). * Regulação da Pressão Sanguínea Três domínios temporais: Curto prazo: reflexo barorreceptor que regula a performance cardíaca e a resistência vascular; Intermediário: sensores renais de pressão sanguínea, levando à produção de agentes químicos (SRA), levando à modificações na resistência vascular; Longo prazo: regulação renal da eliminação de sal e água, controlando o volume do sangue. * Regulação da Pressão Sanguínea Contribuição renal para a regulação à médio prazo: Sensores: células granulares reconhecem a pressão, e esta influencia a secreção de renina (SRA); Contribuição renal para a regulação à longo prazo: Através da excreção renal de sal e água, os rins efetivamente controlam o volume do LEC a um nível apropriado para a rede vascular; * Regulação da Pressão Sanguínea Diurese pressórica e Natriurese pressórica Aumento na excreção de água e de sódio devido diretamente ao aumento na pressão sanguínea; Aumenta a pressão aumenta a excreção de sal e água diminui o volume de sangue normaliza a pressão. * * *
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