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ADRIELELEITEDASILVA_2tent24-05 (1)

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17
ADRIELE LEITE DA SILVA
A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NA EXECUÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE ATENÇÃO À PESSOA IDOSA
Cuiabá/MT
2018/1
ADRIELE LEITE DA SILVA
A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NA EXECUÇÃO das POLÍTICAS PÚBLICAS DE ATENÇÃO À PESSOA IDOSA 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à UNIC Campus Barão, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Serviço Social. 
Orientador: Vanessa Ramos
Cuiabá/MT
2018/1
ADRIELE LEITE DA SILVA
A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NA EXECUÇÃO DAs POLÍTICAS PÚBLICAS DE ATENÇÃO À PESSOA IDOSA 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à UNIC Campus Barão, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Serviço Social. 
BANCA EXAMINADORA
Prof. Msc. Ana Paula Pinto
Prof . Msc. Silvana Piva
Cuiabá, 16 de junho de 2018
SILVA, Adriele Leite da. A Importância do Trabalho do Assistente Social na Execução das Políticas Públicas de Atenção à Pessoa Idosa. 2018.34. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Serviço Social) -Universidade de Cuiabá, Barão UNIC, Cuiabá, 2018/1.
RESUMO
Este trabalho teve como base a temática sobre o idoso e as Políticas Públicas: atuação do profissional de serviço social, como sabe a população está envelhecendo e precisamos de políticas públicas voltada a esse segmento. E nesse contexto sobre as Políticas Públicas para idosos que surgem o questionamento como o Assistente Social vem atuando dentro do Centro de Referência de Assistência Social- CRAS para contribuir para melhorias do bem estar social do idoso que se encontra fragilizado? O objetivo geral da pesquisa é verificar a área de trabalho do profissional de Serviço Social na elaboração das políticas públicas de Assistência Social, voltada ao serviço de atendimento a pessoa idosa no Centro de Referência de Assistência Social- CRAS, partindo desse ponto, tem como objetivos específicos: conhecer as políticas públicas direcionada para pessoa idosa; Identificar a importância do centro de referência de assistência social – CRAS para a população idosa; verificar o trabalho do profissional do Serviço Social dentro do CRAS no sentindo de assegurar os direitos dos idosos;
Foi fundamentado o trabalho com elaboração de pesquisas bibliográfica descritiva acerca o idoso e as políticas públicas, bem como é atuação do profissional de Serviço Social nesta trajetória. Considera importante este trabalho voltado a pessoa idosa para que se estabeleçam mudanças no modo de pensar, e que reconheça o papel das políticas públicas para o idoso, sabendo que o acesso à política pública a esses usuários tem como objetivo a concretização dos direitos sociais obtidos através de conquistas e pautados em legislações em que os seus direitos estão assegurados.
Palavras-chave: Idoso; Envelhecimento; Política Pública; Serviço Social.
SILVA, Adriele Leite da. The Importance of the Work of the Social Worker in the Execution of the Public Policies of Attention to the Elderly Person. 2018.34. Graduation in Social Work - University of Cuiabá, Barão UNIC, Cuiabá, 2018/1.
ABSTRACT
This work was based on the elderly and the Public Policies: the work of the social service professional, as the population knows is aging and we need public policies focused on this segment. And in this context about the Public Policies for the elderly that arise the questioning how the Social Worker has been working within the Reference Center of Social Assistance - CRAS to contribute to improvements in the social well-being of the elderly who are fragile? The general objective of the research is to verify the work area of ​​the Social Work professional in the elaboration of the public policies of Social Assistance, directed to the service of care for the elderly in the Reference Center of Social Assistance - CRAS, starting from this point, has as objectives specific: to know public policies directed to the elderly; Identify the importance of the social care reference center - CRAS for the elderly population; verifying the work of the Social Work professional within CRAS in the sense of guaranteeing the rights of the elderly;It was based the work with the elaboration of descriptive bibliographical research about the elderly and the public policies, as well as the Social Work professional in this trajectory. Considers this work directed towards the elderly to be important in order to establish changes in the way of thinking and to recognize the role of public policies for the elderly, knowing that access to public policy for these users is aimed at the realization of the social rights obtained through of conquests and based on legislations in which their rights are assured.
Keywords: Elderly; Aging; Public policy; Social service.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
ABEPSS Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social
BPC Benefício de Prestação Continuada
CF Constituição Federal
CFESS Conselho Federal de Serviço Social
CNAS Conselho Nacional de Assistência Social
CRAS Centro de Referência de Assistência Social
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estática
LOAS Lei Orgânica da Assistência Social
MDS Ministério do Desenvolvimento Social
MPAS Ministério da Previdência e Assistência Social
OMS Organização Mundial da ou de Saúde
ONG Organização Não Governamental
PNAS Política Nacional de Assistência Social 
PNI Política Nacional do Idoso
SUAS Sistema Único de Assistência Social
TCC Trabalho de Conclusão de Curso
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	7
1. O ENVELHECIMENTO POPULACIONAL	9
1.1O ENVELHECIMENTO E A POLÍTICA NACIONAL DO IDOSO – PNI....	10
1.1.1 O Estatuto do Idoso	14
2. SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – SUAS	20
2.1 CENTRO DE REFERENCIA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL – CRAS	22
3. A CONTRIBUIÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NO CRAS COM A POPULAÇÃO IDOSA	25
CONSIDERAÇÕES FINAIS	29
REFERÊNCIAS	31
INTRODUÇÃO
Nos últimos anos o aumento da população de idosos vem crescendo em todo o mundo. No Brasil estima-se que as pessoas acima de 60 anos em torno de 23,5 milhões, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2020 a estatística estimada será em torno de 40 milhões de pessoas colocando o Brasil como o sexto lugar com mais idosos no mundo. (IBGE,2011).
 No Brasil, o aumento significativo de pessoas acima de 60 anos iniciou na metade do século passado devido à melhoria nas condições de vida em geral, ampliação das políticas públicas, concorreram significativamente para o crescimento da expectativa de vida do idoso. 
As transformações e consequências para a sociedade ocorridas a partir deste fenômeno são inúmeras. O impacto advindo da visibilidade social da velhice, proporcionou de forma crescente que a população reflita sobre a velhice, bem como relativos esforços por parte do governo na ampliação de diretos a este segmento populacional.
No processo pela busca da melhoria na qualidade de vida da população idosa, as políticas públicas de atenção ao idoso como a Política Nacional do Idoso e Estatuto do Idoso possuem um importante papel nessa conjuntura. 
Assim a investigação contribui para o Serviço Social como desenvolvimento da aplicação de seu projeto ético político onde desenvolve também o respeito à vida e a defesa da equidade e justiça social.
E nesse contexto sobre as políticas públicas para idosos que surgem o questionamento como o Assistente Social vem atuando dentro do Centro de Referência de Assistência Social- CRAS para contribuir para melhorias do bem estar social do idoso que se encontra fragilizado?
O objetivo geral da pesquisa é verificar a área de trabalho do profissional de Serviço Social na elaboração das políticas públicas de Assistência Social, voltada ao serviço de atendimento a pessoa idosa no Centro de Referência de Assistência Social- CRAS, partindo desseponto, tem como objetivos específicos: conhecer as políticas públicas direcionada para pessoa idosa; Identificar a importância do centro de referência de assistência social – CRAS para a população idosa; verificar o trabalho do profissional do Serviço Social dentro do CRAS no sentindo de assegurar os direitos dos idosos;
A escolha desta temática deve-se ao crescimento de uma sociedade que vem envelhecendo e neste contexto é imprescindível que se estabeleça mudanças na maneira pensar, que se desenvolvam programas que trabalham com o idoso, para que haja uma convivência com a família e a sociedade, também, reconheça o papel das políticas públicas para o idoso, sabendo que o acesso à política pública a esses usuários tem como objetivo a concretização dos direitos sociais obtidos através de conquistas e pautados em legislações em que os seus direitos estão assegurados.
Foi realizado um estudo bibliográfico descritivo acerca o idoso e as políticas públicas, bem como é o trabalho Assistente Social nessa trajetória. Portanto, o presente estudo se desenvolveu através de pesquisa qualitativa. A pesquisa bibliográfica deu suporte ao trabalho através da coleta e análise de conteúdos com a finalidade de se entender o Serviço Social dentro do CRAS nas questões de direitos dos idosos. Assim, o estudo se desenvolveu a partir de materiais publicados em livros, artigos, dissertações e teses.
Para o alcance desses objetivos abordamos no primeiro capítulo descorre sobre temas ligados aos idosos, como envelhecimento no Brasil, conceitos de políticas sociais, com ênfase na Política Nacional do Idoso-PNI, Estatuto do Idoso. No capítulo II fala sobre a criação do Sistema Único de Assistência Social – SUAS e o Centro de Referência da Assistência Social – CRAS. Diante da pesquisa realizada, no capítulo III fará uma breve análise sobre a contribuição do Assistente Social no Centro de Referência da Assistente Social- CRAS, para população idosa e o trabalho do profissional do Serviço Social dentro do CRAS no sentindo de assegurar os direitos dos idosos.
Para tanto, o Trabalho de Conclusão de Curso-TCC, tem a finalidade de contribuir na formação acadêmica, pois proporcionará aquisição de conhecimento acerca desta temática, e contribuir para o exercício.
1. O ENVELHECIMENTO POPULACIONAL
O envelhecimento da população mundial é um fenômeno novo ao qual mesmo os países mais ricos e poderosos ainda estão tentando se adaptar. O que era no passado privilégio de alguns poucos passou a ser uma experiência de um número crescente de pessoas em todo o mundo. Envelhecer no final deste século já não é proeza reservada a uma pequena parcela da população. No entanto, no que se refere ao envelhecimento populacional, os países desenvolvidos diferem substancialmente dos subdesenvolvidos, já que os mecanismos que levam a tal envelhecimento são distintos. (KALACHE, 1987).
Entre os séculos XII e XV, conforme Mucida (2004), a velhice era muito ligada à decadência. Era uma fase entendida como de ausência de desejos, diminuição das funções fisiológicas e de muitas doenças, com perdas irreparáveis para o indivíduo. 
A literatura científica apresenta distintos conceitos para o envelhecimento. 
Tais conceitos têm considerado diferentes aspectos do desenvolvimento humano, passando pelos campos biológico, social, psicológico e cultural. Contudo, ainda não é possível encontrar uma definição de envelhecimento que envolva os complicados caminhos que levam o indivíduo a envelhecer e como este processo é vivenciado e representado pelos próprios idosos e pela sociedade em geral (CARVALHO FILHO ; PAPALÉO NETTO, 2006; apud UCHÔA, 2003).
 Hoje o conceito mais adotado para a definição da pessoa na terceira idade ou idoso é aquele baseado na idade cronológica do individuo. Podemos observar definições como essa na lei 8.842, de 04 de janeiro de 1994 – Política Nacional do Idoso, que considera idoso a pessoa maior de sessenta anos de idade.O Estatuto do Idoso (Lei 10.741, de 1º de outubro de 2003) também assume tal definição. Já a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera idosas pessoas maiores de sessenta anos, quando vivem em países em desenvolvimento e pessoas maiores de sessenta e cinco anos, quando vivem em países desenvolvidos. (CAMARANO, 1999).
O envelhecimento é um fenômeno do processo da vida, assim como a infância, a adolescência e a maturidade, e é marcado por mudanças biopsicossociais específicas, associadas à passagem do tempo. No entanto, este fenômeno varia de indivíduo para indivíduo, podendo ser determinado geneticamente ou ser influenciado pelo estilo de vida, pelas características do meio ambiente e pela nutricional de cada um (ÁVILA; GUERRA ; MENESES, 2007).
O Estado brasileiro segundo Camarano (2011) reconheceu a perca da capacidade laborativa pela idade avançada como um risco social e estabeleceu as políticas de previdência e assistência para garantir renda para aqueles que perderam essa capacidade.
De acordo com estudos de Gonçalves (2010) o processo de envelhecimento no Brasil começou a receber atenção do poder público no ano de 1976, sob a responsabilidade de um governo militar, o Ministério da Previdência e Assistência Social realizou três seminários regionais e um nacional, buscando estabelecer um diagnóstico para a questão da velhice no país e apresentar as linhas básicas de uma política de assistência e promoção social para o idoso
Com resultado chega-se a conclusão de que o “idoso” por ser uma pessoa humana deve ter assegurado seus direitos fundamentais: à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito, a convivência familiar e comunitária. (SILVA, 2007, p.163).
Tendo em vista o impacto das mudanças ocorridas na sociedade em virtude do processo do envelhecimento, abordaremos a seguir as políticas públicas, observando os avanços e retrocessos ao longo dos anos.
1.1.O ENVELHECIMENTO E A POLÍTICA NACIONAL DO IDOSO – PNI
O número da população de idosos relacionado à redução das crianças resulta em mudanças profundas em políticas públicas de saúde, assistência social e Previdência, entre outras.
O anunciado processo de envelhecimento sugere uma crescente demanda por serviços públicos voltados para o atendimento da população idosa que, dependendo da região, vai exercer maior ou menor pressão sobre os serviços públicos. A família brasileira como tradicional fonte de suporte econômico e afetivo dos seus idosos, será chamada a assumi-los ainda mais. (GOLDANI, 1994)
Outro fator que serviu de impulso para esta consciência inicial sobre a necessidade de proteger, juridicamente, a população da terceira idade foi justamente a Constituição de 1988 (Lei Maior do nosso país) que, dentro de uma proposta de ser uma constituição-cidadã, contemplou, de forma específica, várias categorias historicamente marginalizadas, como: pessoas portadores de deficiência, crianças e adolescentes, índios, presos e, também 11 dentre outros, segundo o que interessa a este estudo, os idosos (BARROS, 2002, p. 110).
Por meio da Constituição Federal e dos debates internacionais sobre a população idosa, foi aprovada, em 4 de janeiro de 1994, a Lei 8.842, que institui a Política Nacional do Idoso – PNI. Esta lei, além de estabelecer competências das entidades e dos órgãos públicos, estimulou a articulação e a integração dos ministérios afins a essa política para a elaboração de plano governamental em nível nacional. Essa política é operacionalizada de forma descentralizada, articulada com outras políticas direcionadas aos idosos em níveis estadual e municipal, em parceria com a sociedade (BRASIL, 1994).
Segundo Silva (2005, p.5) as políticas voltadas à pessoa idosa:
No Brasil, o surgimento de um sistema legislativo de proteção às pessoas idosas é recente, pois a Política Nacional do Idoso (PNI) data de 1994. Antes da implantação da mesma, conforme assinala Rodrigues (2001, p. 149), o que houve, em termos de assistência a essa faixa etária, consta em alguns artigosdo Código Civil (1916), do Código Penal (1940), do Código Eleitoral (1965) e de inúmeros decretos, leis, portarias. Na legislação merecem destaque a Lei n° 6179, de 1974, que cria Renda Mensal Vitalícia e a Constituição de 1988, sobretudo nos aspectos relacionados à Aposentadoria Proporcional por tempo de serviço, à Aposentadoria por idade e a Pensão por morte para viúva e viúvo. (...) Com a Política Nacional do Idoso, ainda que apenas em nível legislativo, parece que a tendência arcaica e frágil de tratar as pessoas idosas tende a tomar um outro rumo, pois a lei prevê a garantia de direitos sociais de forma ampla, defendendo a causa do idoso nos mais diversos parâmetros.
A Política Nacional do Idoso – PNI é a primeira lei específica para assegurar os direitos do idoso. Consiste em um conjunto de ações que tem por objetivo assegurar os direitos de cidadania. Para a sua coordenação e gestão, foi designada a Secretaria de Assistência Social do MPAS, atualmente, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS. Pela Lei 8.842, também foi criado o Conselho Nacional dos Direitos do Idoso – CNDI –, que veio a ser implementado em 2002 (CAMARANO,2004).
A PNI tem por objetivo assegurar os direitos sociais do idoso, promovendo sua autonomia e participação na sociedade; diz quem é o idoso, ou seja, a pessoa maior de 60 (sessenta) anos; coloca os princípios da política nacional do idoso como direitos de cidadania assegurados pela família, pela sociedade e pelo estado; proíbe qualquer tipo de discriminação; coloca diretrizes, como participação e convívio social, participação na formulação, implementação e avaliação de políticas, planos,programas e projetos; prioridade de atendimentos no lar; capacitação e reciclagem para os prestadores de serviços; informação e divulgação das políticas, serviços, planos, programas e projetos; divulgação de informações sobre aspectos biopsicossociais do envelhecimento; prioridade no atendimento em órgãos públicos e privados prestadores de serviços; apoio a estudos e pesquisas sobre envelhecimento (BRASIL, 1994).
Ela foi pautada em dois eixos básicos:
Proteção social, que inclui as questões de saúde, moradia, transporte, renda mínima, e inclusão social, que trata da inserção ou reinserção social dos idosos por meio da participação em atividades educativas, socioculturais, organizativas, saúde preventiva, desportivas, ação comunitária. Além disso, trabalho e renda, com incentivo à organização coletiva na busca associada para a produção e geração de renda como cooperativas populares e projetos comunitários. (BRUNO, 2003, p. 78)
Nela, também são explicitadas as responsabilidades dos Conselhos do Idoso, como acompanhamento, fiscalização e avaliação da Política Nacional do Idoso, sendo que a União é responsável por coordenar, formular, acompanhar, promover, implementar e avaliar a Política Nacional do Idoso-PNI. (BRUNO, 2003).
Os órgãos e entidades públicas devem: oferecer serviços, solicitar ações para o atendimento das obrigações básicas, com participação da família, da sociedade e das entidades; promover seminários, simpósios e encontros; planejar, coordenar, supervisionar e financiar estudos e diversas pesquisas sobre a situação social do idoso; garantir assistência à saúde no SUS; prevenir, promover, proteger e recuperar a saúde com medidas profiláticas; fiscalizar instituições geriátricas pelos gestores do SUS; colocar a geriatria como especialidade clínica em concursos nos níveis federal, estadual e municipal; realizar estudos epidemiológicos para melhorar a prevenção, o tratamento e a reabilitação do idoso. (BRASIL, 1994).
A PNI também deve amparar a criação da universidade aberta para idosos; designar mecanismos para evitar discriminação no mercado de trabalho; promover o acesso do idoso à habitação popular, diminuindo barreiras arquitetônicas e urbanas; na área judicial, promover e defender qualquer tipo de abuso ou lesão aos direitos dos idosos; reduzir preços em eventos culturais; aos cidadãos, cabe o dever de denunciar à autoridade competente qualquer negligência ou desrespeito ao idoso. (BRASIL, 1994).
Em algumas de suas várias diretrizes a PNI coloca formas de garantir os direitos sociais do idoso para promover a sua autonomia, integração e participação efetiva na sociedade:
 (Art. 1º); resgatar a cidadania do idoso, elencando como princípios o amparo social e a proibição da discriminação (Art. 3º); viabilizar formas alternativas de participação, ocupação e convívio, proporcionando sua integração às demais gerações (Art. 4º). Prevê também a coparticipação dos conselhos nas três esferas de poder no que diz respeito à promoção social do idoso (Art. 5º) elenca as competências das várias áreas e dos seus respectivos órgãos nas ações relativas à saúde, à educação e à habitação (BRASIL, 1994, p,12,13).
Estão contempladas e vale ressaltar, na PNI, os comprometimentos competentes aos órgãos e às entidades no que diz respeito à criação de locais de atendimento aos idosos (centros de convivência, centros de cuidados diurnos, casas-lares, oficinas abrigadas de trabalho e atendimento domiciliar); além do incentivo à criação de universidades abertas para a terceira idade e a expressa proibição de se discriminar o idoso e a sua participação no mercado de trabalho (LIMA, 2011).
Com a eficácia da PNI, foram praticadas várias modalidades de atendimento à população idosa. O Centro-Dia é uma modalidade não asilar que proporciona ao idoso com limitações das atividades para a vida diária a sua permanência por 8 a 10 horas (durante o dia), retornando ao seu lar por volta das 18 horas; isso permite a sua permanência na família no período noturno e nos finais de semana. Os Centros de Convivência para os Idosos, impostos no Decreto nº 1.948, de 3 de julho de 1996, são alternativas de convívio. (BRASIL, 1994).
Trata-se de locais propostos à permanência diurna de idosos nos quais são desenvolvidas diversas atividades para um envelhecimento ativo, participativo, produtivo e afetivo. A Assistência Domiciliar específica para idosos compreende uma gama de serviços realizados no domicílio e destinados ao suporte terapêutico. Tem por objetivo contribuir para a otimização dos leitos hospitalares e do atendimento ambulatorial, visando à (re) inserção do idoso na comunidade e no convívio familiar (LIMA, 2011).
O direito do idoso como vimos é estabelecido em Leis como a Política Nacional do Idoso PNI e marcos importantes no que diz respeito às questões voltadas especificamente para a promoção, proteção e recuperação da saúde do idoso. (BRUNO, 2003).
Contudo, essa união pode ser fruto de políticas públicas que complementem a participação de atores convergentes com as causas da busca pelo envelhecimento saudável, e isso é bem possível quando os recursos são utilizados dentro de um planejamento sério e responsável.
A contribuição do governo e da sociedade para as questões relativas à vida social e à saúde da população idosa é de grande importância para que essa população tenha direitos garantidos e possam desfrutar daquilo que têm direito, diante do que a lei promove.
No tópico seguinte, o assunto a ser tratado recai sobre o estatuto do idoso.
1.1.1 O Estatuto do Idoso 
Diante das possibilidades de ampliar a oferta de condições de vida propícia ao público idoso, o Brasil avançou, no sentido de garantir direitos e benefícios de grande importância à população da terceira idade. Com isso, o Estatuto do Idoso foi criado a partir da Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003. Com o objetivo de assegurar direitos aos cidadãos brasileiros de 60 anos acima, bem como estabelecer deveres e medidas de punição.
O artigo 3º do estatuto versa sobre as obrigações da família, da comunidade, da sociedade e do Estado em efetivar e garantir direitos relativos à vida, à educação, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária (BRASIL, 2003).
O artigo 3º do Estatuto do Idoso, assim como o artigo 230da CF, atribui à família, à sociedade e ao Estado o dever de amparo aos idosos, de forma a assegurar-lhes seus direitos fundamentais e atender suas principais necessidades. Na tentativa de exercer o verdadeiro papel da política pública de atendimento à população necessitada, a regulamentação e proteção dos direitos da pessoa idosa, através do estatuto, demonstra a forma legal e essencial de beneficiar um público, literalmente, frágil. O artigo 4º ressalta a proibição de qualquer tipo de discriminação, violência, negligência ou crueldade que atinja ou afronte os direitos do idoso, seja por ação ou omissão. Os casos que acontecerem dentro do que reza nesse artigo serão passíveis de punição com previsão legal (BRASIL, 2003).
Os noticiários, constantemente, divulgam acontecimentos em que idosos se tornam vítimas de atos e atitudes desnecessárias de pessoas que atuam, diretamente, com o tratamento das pessoas da terceira idade. Com isso, a amplitude do estatuto apresenta a praticidade da sua aplicação quando protege a integridade física dos idosos. Além disso, os artigos 8º e 9º tratam sobre os direitos à vida pelo idoso. Definem a obrigatoriedade do Estado de garantir, à pessoa idosa, a proteção à vida e à saúde, por meio de políticas sociais públicas que permitam um envelhecimento saudável e digno (BRASIL, 2003).
Esses artigos remetem ao entendimento de que a vida do idoso é tão importante quanto a vida de qualquer outro cidadão que tem direitos e deveres atinentes as suas condições de vida no convívio social.
Para Mosato (2014, p. 21):
Tudo o que o Estatuto do Idoso prevê nada mais é que tudo aquilo que a sociedade precisa fazer sem imposição legal. Na verdade, é a sociedade que maltrata o idoso. Muitos membros idosos, dentro da família, são tratados de formas inaceitáveis.
Isso mostra que a sociedade pode contribuir com a transformação de atitudes convergentes ao bem, de forma a atuar no cuidado e na atenção aos idosos, pois esses, muitas vezes, padecem até mesmo de carinho. O idoso, no Brasil, como pessoa humana tem direitos civis, políticos, individuais e sociais, isso é o que reza a Constituição Federal/88. Com isso, o artigo 10º do estatuto prevê esses direitos e garante, com outras leis, a liberdade, o respeito e a dignidade da pessoa idosa (BRASIL, 2003).
A vida social do idoso está prevista no estatuto de forma contundente e, por isso, as pessoas devem o mínimo de respeito com uma população que, de certa forma, já contribuiu bastante com o crescimento do país. A previsão do artigo 10º do estatuto justifica a participação do idoso na sociedade com a abrangência da sua condição cidadã. O respeito à dignidade da pessoa idosa é muito importante para a divulgação do caráter e da moral de uma sociedade que preserva pelo bem estar de seus membros, principalmente daqueles que necessitam de ajuda e compreensão (BRASIL, 2003).
Contudo, respeito à dignidade das pessoas e principalmente à do idoso é uma forma de demonstrar a postura social dos que procuram viver com tranquilidade.
Convém destacar que o Estatuto do Idoso, além das previsões discutida acima, tem outros direitos e deveres garantidos legalmente e que de forma sistemática são aplicados no cotidiano da vida social da população brasileira. Há que se falar, também, acerca da qualidade de vida que, ligeiramente, está prevista no estatuto.
Os centros de convivência de idosos é um ambiente exemplar para o convívio dos idosos. Dentro de uma perspectiva de ação social, os centros de convivência podem oferecer a integração social dessas pessoas, bem como fortalecer as políticas públicas relacionadas à amplitude da oferta de benefícios que garantam, além de tudo, a qualidade de vida a qual essa população merece (BERTOLDH, 2013).
Além de promover o alcance de benefícios inerentes ao público idoso, a criação de centros de convivência para idosos é fundamental para que o governo exerça o seu papel de atuação em políticas públicas relacionadas diretamente às pessoas da terceira idade. Com os efeitos do estatuto é possível observar a capacidade técnica e científica que a sociedade possui em detrimento do cuidado para com a pessoa idosa. A disponibilidade da sociedade e do Estado, no sentido de garantir direitos e promover ações, é visível e, sendo assim, ambos – população e Estado – não podem se omitir (CASTRO, 2013).
A participação conjunta entre Estado e sociedade para a efetivação de direitos e ações destinadas aos cuidados e a proteção da vida da população idosa representa o compromisso governamental e social na participação mútua pela busca da qualidade de vida das pessoas idosas. Uma vida confortável e segura é o desejo de muitas pessoas. Conquistar a qualidade de vida não pode ser coisa difícil, principalmente em um país rico em possibilidades para o crescimento individual. É claro que qualidade de vida não se resume, apenas, em tranquilidade, há outros quesitos para que ela – a qualidade de vida – seja completa. Com isso, a sociedade que procura conquistar ou promover a qualidade de vida precisa dar atenção ao público idoso, o qual também faz parte dessa sociedade (GRAVIOLLI, 2012).
Pode-se dizer que a população da terceira idade tem uma necessidade maior pela qualidade de vida e, por isso, a sociedade em geral pode participar, no sentido de contribuir nas questões que envolvem o respeito e a dignidade de um público que, especificamente, tem história e contribuição no passado social de uma nação inteira. O que a legislação prevê, em termos de qualidade de vida da pessoa idosa, consiste, meramente, em políticas públicas e, também, na participação exclusiva da família que tem, entre outras obrigações, a de proteger seu membro idoso em ação conjunta com o Estado. Isso quer dizer que a qualidade de vida da pessoa idosa perpassa pela família e pelo Estado (GRAVIOLLI, 2012).
A qualidade de vida prevista no estatuto pode ser implementada, a partir de ações e políticas públicas do Estado, isso demonstra que a legislação volta-se para a sociedade idosa de forma cuidadosa, a fim de possibilitar condições para o Estado e a própria sociedade fazer parte do mesmo compromisso. Convém determinar que a contribuição de ambos – família e Estado – para que a pessoa idosa possa ter uma vida melhor é, exatamente, a participação mútua em programas e projetos em que o Estado seja o provedor e a família coparticipante, no sentido de efetivar a parceria que, de certa forma, venha a garantir que ambos, dentro da legalidade, exerçam seus papéis de forma a favorecer um público que, constantemente, precisa de ajuda, principalmente em ações de cunho assistencial (GRAVIOLLI, 2012).
Foi um avanço importante na política pública brasileira o Estatuto do Idoso como instrumento legal, contendo 118 artigos para o amparo aos idosos. Uns desses artigos defendem como crimes e sanções o não cumprimento das determinações previstas na Política Nacional do Idoso.
Outro fator que serviu de impulso para esta consciência inicial sobre a necessidade de proteger, juridicamente, a população da terceira idade foi justamente a Constituição de 1988 (Lei Maior do nosso país) que, dentro de uma proposta de ser uma constituição-cidadã, contemplou, de forma específica, várias categorias historicamente marginalizadas, como: pessoas portadoras de deficiência, crianças e adolescentes, índios, presos e, também 11 dentre outros, segundo o que interessa a este estudo, os idosos (BARROS, 2002, p. 110).
Sobre o tema acima citado, Velazco e Romero (2000, p.12 ) destacam a política de atendimento e as medidas de proteção ao idoso, que são aplicadas quando os direitos forem ameaçados ou violados: “Isso representa um fator de igualdade e de diferenciação para promover a igualdade substantiva vinculada à justiça social, que nada mais é do que a equidade entre partes desiguais”.
O caminho percorrido até a legalização desses direitos se dá na década de 1970, na qual os idosos iniciaram suas reivindicações e se organizaram em associações e movimentos sociais, cobrando das instâncias públicas a implementação de políticasvoltadas a esse segmento. Após essa década, o tema envelhecimento tornou-se destaque em vários congressos e nas pautas das políticas públicas e sociais (BARROS, 2002).
Mais especificamente em 2011, segundo Camarano e Pasinato (2004), houve a V Caravana Nacional de Direitos Humanos, realizada pela Comissão de Direitos Humanos, visando fiscalizar e conhecer asilos e instituições de idosos no Brasil. Foram visitadas, ao todo, 28 instituições nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Pernambuco.
Foi percebido a partir dessas visitas o abandono dos idosos pelas famílias e instituições, bem como abusos físicos, apropriação de pensões e aposentadorias pelas instituições, maus tratos, carências alimentares, falta de higiene, estrutura física inapropriada, dentre outros. (VELAZCO; ROMERO, 2000).
Com os relatos dos idosos, das comprovações, dos relatórios e das fotos, a Câmara dos Deputados recomendou a criação do Conselho Nacional do Idoso e da Coordenação Nacional da Política do Idoso; além da efetivação do Programa Nacional de Cuidadores de Idoso, da desativação de instalações exclusivamente asilares e a criação de Casas-Lares, Hospitais-Dia e Centros de Convivência; a fiscalização das instituições responsáveis por idosos pelo Poder Público, de acordo com a legislação e normas vigentes e a aprovação de normas básicas para funcionamento dessas instituições. Dessa forma, várias políticas públicas destinadas aos idosos puderam ser criadas. (VELAZCO; ROMERO, 2000).
Os artigos 93 ao 108, são escritos os crimes feitos contra idosos e as penalidades ao agressor, com aumento da pena, dependendo do tipo da agressão. É proibido qualquer tipo de discriminação, humilhação, omissão descriminação, humilhação, omissão de e da saúde, física ou psíquica; negar emprego por motivo de idade, apropriação de bens e rendimentos, depreciações implicadas a essa população. (BARROS, 2002).
Entre as várias disposições existentes no Estatuto do Idoso, Velazco e Romero (2000) destacam a política de atendimento e as medidas de proteção ao idoso, que são aplicadas quando os direitos forem ameaçados ou violados: “Isso representa um fator de igualdade e de diferenciação para promover a igualdade substantiva vinculada à justiça social, que nada mais é do que a equidade entre partes desiguais” (VELAZCO; ROMERO, 2000, p. 270).
O dia primeiro de outubro foi escolhido como dia nacional do idoso, sancionado pela Lei Federal n° 11.433 de 28 de dezembro de 2006. Onde os órgãos públicos são responsáveis por implantar políticas, divulgar programas de valorização e realizar ações e eventos para inserção do idoso na sociedade. (BRASIL, 2006).
O próximo capitulo fala do SUAS e como a política de Assistência social passou a ser padronizada, tendo como foco do nosso trabalho a proteção social especial de alta complexidade.
2. SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – SUAS
O Sistema Único de Assistência Social (SUAS) é um avanço importante para que crianças, adolescentes, idosos, pessoas com deficiências e famílias em situação de desproteção social tem os seus direitos constitucionais assegurados.
O Sistema Único de Assistência Social, em construção no país, é a materialização de uma agenda democrática cuja biografia tem raízes históricas nas lutas e contradições que compõem esse direito social, que foram e são objeto da atenção de intelectuais, da atuação de militantes e da ação de trabalhadores sociais em todo o país. Esse processo histórico de alguma duração, perto de quatro décadas, continua a requisitar muita atenção, já que aparece como referência para a montagem da nova condição da política de assistência social em curso. Esta justa “retrovisão” assessora o enfrentamento dos desafios colossais que envolve o projeto e o processo desse inédito sistema e garante a manutenção do seu compromisso central, que é solapar o flagrante desmonte do sistema de direitos sociais arduamente conquistados, que andava em curso no Brasil até 2003. (LOPES, 2006, p. 77).
O SUAS foi criado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome a partir do previsto na lei federal nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993, a Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS) e coloca a Assistência Social como política pública não contributiva. Tal lei estabeleceu uma nova base para a Assistência Social brasileira dispondo sobre a Organização dessa Política, com o objetivo de assegurar os direitos, universalizar os acessos a quem dela necessitar e definindo a responsabilidade estatal. (BRASIL, 2004).
O SUAS, cujo modelo de gestão é descentralizado e participativo, constituísse na regulação e organização em todo o território nacional das ações sócio assistenciais. Os serviços, programas, projetos e benefícios têm como foco prioritário a atenção às famílias, seus membros e indivíduos e o território como base de organização, que passam a ser definidos pelas funções que desempenham, pelo número de pessoas que deles necessitam e pela sua complexidade. Pressupõe, ainda, gestão compartilhada, cofinanciamento da política pelas três esferas de governo e definição clara das competências técnico-políticas da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, com a participação e mobilização da sociedade civil e estes têm o papel efetivo na sua implantação e implementação. (BRASIL, 2004).
Fornecem serviços para reforçar as tradicionais funções da família, de proteção social, aumentando a dependência dos indivíduos da família e exigindo-se delas mais responsabilidades e serviços, como condição para poder ter acesso a algum benefício ou serviço público (TEIXEIRA, 2009).
O SUAS é a organização de uma rede de serviços, ações e benefícios de diferentes complexidades que se reorganizam por níveis de proteção social: Proteção Social Básica e Proteção Social Especial. (BRASIL, 2004).
A proteção social básica tem os seguintes objetivos: “prevenir situações de risco por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições, e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. ” (BRASIL, 2004, p.12). Já a proteção social especial é a modalidade de atendimento assistencial destinada a famílias e indivíduos que se encontram em situação de risco pessoal e social.
Assim poder compreender que as Políticas Nacionais de Assistência Social (PNAS) vieram para definir parâmetros de ações que são desenvolvidas pela assistência social e que visam, sobretudo, resguardar a família e o idoso. (BRASIL, 2004).
Cunha & Cunha (2002), fala que a Política de Assistência Social foi criada como resposta do Estado às demandas que emergem da sociedade e do seu próprio interior, sendo a expressão do compromisso público de atuação numa determinada área a longo prazo.
A assistência social trata-se de uma política pública que é parte integrante de um conjunto de políticas sociais denominados seguridade social, na qual, caminha lado a lado com a saúde e a previdência social. Os profissionais de assistência social podem atuar em área judiciária, podem exercer esta profissão junto às políticas públicas sociais, pode trabalhar junto aos movimentos sociais, podem atuar em ONG (organização não governamental) e em instituições privadas ou no campo de administração pública. Em determinados momentos este profissional pode desenvolver diversificadas ações, como: elaboração, análise e execução, coordenação de projetos, programas e planejamento atendendo a um dos vários públicos como o idoso em situação de risco, vulnerabilidade, fragilidade ou vitimização por decorrência de situação social. (CFESS, 2011).
Sendo assim, o capítulo VIII encontrado na Constituição Federal 1988 referente à Assistência Social do Estatuto do Idoso, Lei 10.741/03, discrimina que este tipo de assistência será realizada de forma articulada e de acordo com as diretrizes previstas na LOAS, na PNI, no SUS (Sistema Único de Saúde) e todas as outras entidades que regem as normatizações para o idoso. (COSTAS, et al., 2007).
O SUAS. – Sistema Único de Assistente Social trabalham com as políticas públicas em função de garantir os direitos nãosomente dos idosos, mas de toda a população. Estabelece ainda uma sistematização para melhor atendimento aos idosos ajudados pelo BPC com o amparo social. (BATTINI, 2007).
Ressalta-se a importância da análise que o Assistente Social deve exercitar, de modo a compreender a realidade na qual está inserido. Referente ao atendimento ao idoso, sua atuação não está destinada a encaminhamento ao BPC, mas na habilidade em solucionar problemas individualizados, com o intuito de viabilizar direitos sociais e formulação de políticas que vislumbrem o controle social. (CFESS, 2011).
Nessa concepção o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) tem como objetivo de levar proteção social a todos municípios brasileiros e ampliar, em cada um deles ,a cobertura dos serviços, dentre os serviços disponibilizados estão os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) onde visa atender à família em todo seu núcleo  .
2.1 CENTRO DE REFERENCIA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL – CRAS
O Centro de Referência da Assistência Social – CRAS é a porta de acesso ao atendimento e serviços ofertados no âmbito da Proteção Social Básica, atuando junto às famílias e indivíduos em seu contexto comunitário, com ações de caráter protetivo, preventivo e proativo, suas ações podem ser desenvolvidas conforme a capacidade, no próprio CRAS, podendo também ser desenvolvidas em outra unidade pública ou entidade de assistência social privada sem fins lucrativos desde que devidamente referenciadas. (BRASIL, 2009).
O Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) tem papel estratégico por ser a porta de entrada do sistema, essa situação deve desencadear mudanças fundamentais e contribuir de forma efetiva na coordenação e articulação das políticas sociais no âmbito do território de sua abrangência, na inserção dos usuários dos serviços da Assistência Social e demais políticas, e ainda na proposição de novos serviços e programas. (GOMES,2007, p,23)
Os serviços e as ações que são ofertados pelo CRAS ocorrem dentro da realidade específica do território no qual este esteja inserido, bem como as unidades por ele referenciadas. Assume dois grandes eixos estruturantes do SUAS como fator identitário: a matricialidadesociofamiliar e a territorialização. (BRASIL, 2009).
Conforme MDS (2009):
A matricialidade sociofamiliar se refere à centralidade da família como núcleo social fundamental para efetividade de todas as ações e serviços da política de assistência social. A territorialização refere à centralidade do território como fator determinante para a compreensão das situações de vulnerabilidade e riscos sociais, bem como para seu enfrentamento. A adoção da perspectiva da territorialização se materializa a partir da descentralização da política de assistência social e consequente oferta dos serviços socioassistenciais em locais próximos aos seus usuários. “Isso aumenta sua eficácia e efetividade, criando condições favoráveis à ação de prevenção ou enfrentamento das situações de vulnerabilidade e risco social, bem como de identificação e estimulo das potencialidades presentes no território.” (BRASIL, 2009: p, 12 e 13)
No CRAS realiza acompanhamento socioassistencial no âmbito da proteção social básica, concomitantemente a articulação com a rede de Serviços Socioassistenciais a fim de identificar os serviços disponíveis no território para criar e potencializar a rede de proteção social básica voltada para a cidadania das pessoas e famílias atendidas. (BRASIL, 2009).
O uso da informação é um dos elementos necessários à boa gestão. Assim, todos os profissionais que trabalham na proteção básica devem zelar para que as informações sejam prestadas com fidedignidade, transparência e no prazo estipulado (BRASIL, 2009, p.39)
Schibicheski (2010) afirma que, o trabalho desenvolvido pelo CRAS visa oferecer a população de sua área de abrangência, diversos serviços, programas, projetos de acordo com as vulnerabilidades apresentadas, visando à inclusão e a promoção social dos indivíduos e suas famílias.
A demanda atendida pelos CRAS constitui-se de famílias em situação de vulnerabilidade social, decorrente da pobreza e não acesso as demais políticas públicas como, saúde, educação, habitação entre outras. (BRASIL, 2009).
Conforme PNAS (2004) os CRAS deverá oferecer aos usuários:
Programa de Atenção Integral família (PAIF).
Programa de inclusão produtiva de enfrentamento a pobreza.
Centro de convivência para idosos.
Serviços para crianças d 0 a 6 anos, que visem o fortalecimento dos vínculos familiares, o direito de brincar, ações de socialização e de sensibilização para defesa dos direitos da criança.
Serviços socioeducativos para as crianças, adolescentes e jovens na faixa etária de 06 a 24 anos, visando sua proteção, socialização e o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários.
Centro de informação e de educação para o trabalho, voltados para jovens e adultos. (BRASIL, 2004, p.36,37)
No trabalho social com famílias, apreende as origens, significados atribuídos e as possibilidades de enfrentamento das situações de vulnerabilidade vivenciadas por toda a família, colaborando para sua proteção de forma integral, materializando a matricialidade sociofamiliar no âmbito do SUAS. (BRASIL,2012).
A presença da mediação do Serviço Social com a assistência social desencadeou uma visão alternativa em relação aos benefícios e serviços, no que se refere à defesa da implementação da assistência social como direito de cidadania. Esse processo contribuiu na construção de uma mudança na estrutura da assistência pública em política social. (MENDONÇA, 2012).
Segundo a ABEPS (1996) (Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço sócia) “compete ao Assistente Social da política de Assistência Social, identificar, analisar e compreender as demandas presentes na sociedade e seus significados, e formular respostas às mesmas, para enfrentar as diversas expressões da questão social”. (CFESS, 2011)
 O Assistente Social dentro do CRAS, com olhos voltados às necessidades da população idosa, deve aprimorar seus conhecimentos acerca do envelhecimento para, assim, empenhar em cumprir com suas responsabilidades e atribuições, tendo como suportes legais, SUAS, Estatuto do Idoso, Política Nacional do Idoso, dentre outros dispositivos instituídos. Uma vez que o Assistente Social é aquele que ampara as pessoas que, de alguma forma, não têm total acesso à cidadania, ajudando-as a resolver problemas ligados a educação, habitação, emprego, saúde e outros; sua participação, na vida social familiar, pode acrescentar benefícios de grande valia para a sociedade em geral.
3. A CONTRIBUIÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NO CRAS COM A POPULAÇÃO IDOSA
O serviço social, diante do desafio de atender a população idosa dentro das prerrogativas legais, tem, também, o compromisso social e cidadão na atuação profissional que, em consonância com a sociedade, em detrimento das suas necessidades assistenciais, pode ser um grande parceiro dessa sociedade, no sentido de contribuir com as famílias no atendimento e na assistência ao membro idoso. Vale entender que o profissional do serviço social, além das atividades de âmbito da profissão, precisa possuir sensibilidade para atuar de forma profissional e responsável. (SOUZA, 2013).
Nesse prisma Mosato (2014, p. 51) diz o seguinte:
A habilidade do profissional em serviço social corresponde, também, à atenção a diversos direitos e benefícios que são de âmbito do poder público e, dessa forma, a atuação profissional corrobora com a assistência social formando um importante elo entre os necessitados e os atores responsáveis pela execução e garantias de direitos. Muitas vezes, o trabalho do assistente social é confundido com auxilio ou ajuda voluntária, mas a atuação profissional é bem mais ampla e responsável.
O idoso merece atendimento especializado, por equipes multidisciplinares que conhecem os problemas pelos quais aquele idoso está passando. Conhecimento esse, tanto no caso em análise como as medidas que podem ser tomadas para contribuir com a solução do problemaenfrentado por aquele idoso e sua família. O profissional do Serviço Social que trabalha na garantia de direitos à pessoa idosa deverá trabalhar pautado na política de assistência social, com a perspectiva de emancipação desses sujeitos de direitos. (SOUZA, 2013).
Todo esse conjunto é necessário para um conhecimento de um enfrentamento para efetivação e defesa dos direitos sociais dos idosos, pois é essa base que permitirá ao profissional um melhor entendimento sobre todas as demandas que surgirem. O conhecimento jurídico por parte do serviço social exemplifica a atuação dos profissionais em procedimentos que remetem à garantia de direitos, porém isso também ajuda para que o serviço social atue em outras demandas as quais efetivam o auxílio aos necessitados. O que, na verdade, contribui com os idosos, no tocante ao trabalho do assistente social, é a sua disponibilidade afetiva que corrobora com o sentimento do idoso na atenção a ele dedicada pelo profissional (ZABOTE, 2015).
Ao se interessar pelas causas dos idosos, o assistente social passa a ser mais um membro familiar, pois pode vivenciar aspectos que são estritamente da seara da família. Com isso, quando o envelhecimento chega, no seio da família, a ajuda e contribuição do profissional assistente social são, essencialmente, fundamentais. A participação da família é fundamental para a assistência aos idosos, porém a contribuição dos profissionais - assistentes sociais - é de grande valia para que, junto à família, esses profissionais contribuam para o alcance do envelhecimento saudável. (GOTHE, 2013).
Segundo Zabote (2015, p. 44):
O papel da família já é um compromisso direto. O assistente social atua como mais um membro, mas com a tarefa de executar tudo o que há de mais complexo no atendimento exclusivo ao idoso. Há coisas em que a família não tem condições de realizar, por isso o assistente social acaba sendo a ponte entre o fazer e a condição.
Com isso, fica transparente a atuação do assistente social no seio familiar em consonância com sua habilidade profissional em detrimento do atendimento ao membro idoso. Cuidar da pessoa idosa é um compromisso de bastante complexidade. Além de cuidados com a saúde do idoso é preciso, também, ter conhecimentos acerca de outras necessidades que acometem os idosos, a fim de exercer contribuição maciça em todos os aspectos das necessidades correlacionadas com o envelhecimento. A assistência a ser dada aos idosos precisa ser completa, pois há pessoas, em processo de envelhecimento, que têm temperamentos que exigem do assistente bastante paciência e perspicácia (GOTHE, 2013).
É bom lembrar que na profissão de assistente social pode haver percalços que impeçam o sucesso de algumas pessoas na profissão, por isso é importante que os profissionais aprendam que a abordagem às pessoas e idosos, que precisam o acompanhamento com dedicação e profissionalismo. (GOTHE, 2013).
No Brasil existem pessoas que vive em extrema necessidade e entre essas encontra-se vários idosos que, por falta de condições, ficam desprovidos de direitos e assistências que podem ser promovidas por profissionais da área da assistência social (ZABOTE, 2015).
É preciso entender que o Assistente Social é um profissional que trabalha em prol da defesa de direitos das pessoas em sociedade e, por isso, atua de acordo com suas propriedades profissionais. Quanto ao atendimento do público idoso, o assistente social precisa ter conhecimentos que vão bem além do atendimento assistencialista (GOTHE, 2013).
Campos (2015, p. 55) fala um pouco mais sobre o Assistente Social:
Um detalhe de grande relevância e que precisa ser visto com bastante atenção, trata-se sobre o entendimento que as pessoas acabam tendo, acerca da prática profissional do assistente social. Esse profissional, muitas vezes, é visto como um voluntário no processo de atendimento ao idoso. Na verdade, o trabalho do assistente social é bem mais amplo e consiste na defesa de direitos inerentes, também, ao público idoso, principalmente ao que concerne ao Estatuto do Idoso.
É necessário que o Assistente Social atue com autonomia no atendimento da pessoa idosa e ao mesmo tempo, elabore respostas profissionais coletivas, vinculadas ao projeto profissional e ético-político do Serviço Social. De acordo com Iamamoto (2005) “o conjunto de conhecimentos e habilidades adquiridos pelo Assistente Social ao longo do seu processo formativo são parte do acervo de seus meios de trabalho”.
Faleiros (2007) alega a importância de investimentos nos diversos setores objetivando a autonomia e ao protagonismo dos idosos para garantir mudanças, ao concluir “que o processo de efetivação da cidadania das pessoas idosas está relacionado com a história social e política do país e com as trajetórias socioeconômicas e familiares vinculadas à desigualdade dominante”.
 Ainda segundo o autor Faleiros, (2007, p.12):
A construção da cidadania se articula, num processo dialético, à construção da democracia. A cidadania participativa amplia a cidadania formal. A democracia real, que reduz as desigualdades, permite que a cidadania se implemente com a efetividade dos direitos, por meio de serviços, recursos, acessibilidade, respeito, tolerância e convivência.
A atuação do Serviço Social excede o aparente e investiga situações relacionadas ao cotidiano do indivíduo, tendo como intuito a garantia de direitos. Como disserta Yazbec (2009), é impossível abordar o Serviço Social e não localizá-lo no contexto das relações mais amplas que constituem a sociedade capitalista. Portanto, em uma sociedade que caracteriza o idoso como sem função para o sistema econômico vigente, destaca-se o trabalho do Assistente Social no sentido de combater essa visão discriminatória, proporcionando ao idosos a ideia de que eles são sujeitos de direitos sociais.
De acordo com Lobato (2006), o trabalho do Assistente Social com os idosos constitui-se em três níveis: informação, educação e fortalecimento social.
No que se refere à informação, o Assistente Social desenvolverá o trabalho com os idosos a partir de seus interesses e necessidades, uma vez que o idoso estando informado sobre os seus direitos, poderá contribuir mais com o programa, sugerindo melhorias no atendimento.
Em relação ao trabalho educativo, o Assistente Social procurará uma intervenção com a finalidade de que o idoso compreenda coisas novas, aproprie-se de novos conceitos e modifique seus hábitos, se assim for à vontade dele. A estratégia é muito importante para o Serviço Social, principalmente para os idosos que têm uma visão negativa sobre o envelhecimento, podendo estes reavaliar tal atitude.
O Assistente Social é o profissional habilitado para trabalhar na área de Serviço Social. Este profissional tem o dever de conscientizar sem manipular ou interferir na autonomia do usuário, orientando o caminho a ser percorrido. Este profissional de serviço social ao se deparar com os direitos dos idosos quanto à proteção social ,segundo Lobato (2006,p.12), deve adotar a seguinte postura: apoiar-se no Estatuto do idoso, na Constituição Federal de 1988 e nas políticas públicas que amparam os idosos para emancipar e efetivar seus direitos socioassistenciais, tomando ações como: inclusão de programas na sociedade que possa atender à necessidade dos subalternos, criação de condições ativas de participação e instaurar modelos de atividades participativas. 
Desse modo, um dos objetivos principais da atuação do Assistente Social com os idosos, consiste em não somente responder às demandas imediatas desse indivíduo, como também trabalhar com questões mais abrangentes e nem sempre tão explícitas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerado procedimento essencial para a formação acadêmica, o Trabalho de Conclusão de Curso – TCC se torna relevante, por ser um documento que representa o conhecimento e o resultado de estudo, sendo na verdade um processo de aprendizado e uma experiência muito proveitosa, que traz grandes benefícios que irá contribuir no cotidiano do acadêmico e posteriormente com o profissional.E também poderá contribuir para a resolução das vertentes da questão social. Pois o assistente social convive diariamente com as mais amplas expressões da questão social, “matéria-prima” de seu trabalho.
O que temos percebido um aumento acelerado da população idosa em especial no Brasil, e esse aumento como vimos reflete muito e vai se refletir nas diferentes políticas públicas, precisamos nos preparar para acolher a essa população que vem junto com uma série de características e especificidades, que envolvem também um cuidado diferenciado. Por isso é fundamental que o governo, às empresas, a sociedade civil, eu e você façamos a nossa parte, contando é claro com a participação dos idosos em todas as etapas deste importante processo.
Neste estudo também verificou se, a importância do Assistente Social no CRAS. Uma das normatizações mais importantes é a Política Nacional da Assistência Social a LOAS e a Tipificação dos Serviços Sócios Assistenciais. Dentro dessas normatizações vai encontrar que o CRAS está dentro da proteção social que é dívida na proteção básica e proteção especial.
Esse trabalho trouxe à tona a reflexão contundente, acerca da atuação do Assistente Social com os idosos nos CRAS; trouxe, também, a abordagem sucinta da legislação naquilo que referenda-se à terceira idade em quesitos que acabam correlacionados com a vida social da população.
Desse modo, um dos objetivos principais da atuação do Assistente Social com os idosos nos CRAS, consiste em não somente responder às demandas imediatas desse indivíduo, como também trabalhar com questões mais abrangentes e nem sempre tão explícitas. Essa particularidade do Serviço Social, de analisar e entender a questão do envelhecimento é um dos fatores que diferenciam este profissional dos demais e o faz ser tão importante nas relações sociais com o idoso.
Precisa-se um olhar mais explícito às leis e políticas públicas de atenção à pessoa idosa. A reflexão aprofundada no Estatuto do Idoso pode mensurar condições e estruturas, no sentido de contribuir com o envelhecimento, pois a lei é abrangente, mas falta atitude, compromisso e responsabilidade na efetivação das políticas públicas de atenção à terceira idade.
A conclusão que se tem é de que o processo de envelhecimento perpassa por diversos atores que são definidos na legalidade de suas ações como pressupostos das políticas públicas. Entre esses atores encontra-se o Assistente Social que, além da proposta do Serviço Social no CRAS, pode fazer parte do contexto e do exercício de cidadania na proteção e garantias de direitos de relevância social.
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