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Unidade IV - Litografia

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Prévia do material em texto

Gravura
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Ms. Lídice Romano de Moura
Revisão Textual:
Prof. Ms. Claudio Brites
Litografia
• Litografia – Impressão Planográfica
• Serigrafia – Impressão por Permeação
 · Conhecer os processos de litografia e serigrafia. Por ser um processo 
que demanda espera para cada reação química, é mais lento do 
que os processos de relevo e côncavo. Estudaremos o sistema de 
permeação e planográfico que são também utilizados por artistas 
como meios expressivos.
 · Estudar que na serigrafia a tinta transpassa a matriz por um espaço 
vazado e é bloqueada por áreas vedadas. A serigrafia também é 
chamada gravura permeográfica, e consiste em um processo de 
permeação determinado pelo termo.
 · Conhecer os elementos fundamentais da linguagem e produção 
da gravura.
 · Adquirir conhecimentos técnicos e procedimentos fundamentais da 
linguagem da gravura.
 · Conhecer o desenvolvimento e a evolução das técnicas de gravura 
em seus contextos históricos, sociais e estéticos.
 · Pesquisar individual e/ou coletivamente a utilização da linguagem 
gráfica nas manifestações artísticas.
 · Elaborar uma poética pessoal adequada à linguagem gráfica e às 
potencialidades próprias da gravura.
 · Produzir, executar e imprimir gravuras.
 · Desenvolver pesquisa de materiais, meios e procedimentos de 
gravura adequados a situações de ensino.
 · Observar, analisar, comparar e criticar a produção contemporânea 
de gravuras e outras produções artísticas. 
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Litografi a 
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também 
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, 
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato 
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Litografia
Contextualização
Alguns sistemas de reprodução de imagens estão muito presentes em nosso dia 
a dia, entretanto permanecem desconhecidos. Você já observou quantas imagens 
são impressas sobre diferentes superfícies? Já se perguntou como foi feita a im-
pressão de uma camiseta, de uma estampa sobre um tecido, de um rótulo?
Esse é o caso do sistema de permeação como a serigrafia, ele é tão utilizado em 
produtos do dia a dia que nem pensamos em como essas imagens foram obtidas.
Um dos artistas mundialmente famosos e que trabalhou muito com serigrafia foi 
Andy Warhol (1928-1987), veja este exemplo muito conhecido:
Fonte: Wikimedia Commons
Você irá compreender como são os 
processos da serigrafia e da litografia uti-
lizados nas indústrias e por artistas. Irá 
também perceber onde os dois se apro-
ximam e as diferenças existentes entre as 
técnicas estudadas nas unidades anterio-
res. Abaixo temos uma litografia feita por 
Van Gogh (1853-1890).
Sorrow, litografia (1882 – 
Museu Van Gogh – Amsterdam)
Fonte: Wikimedia Commons
8
9
Litografi a – Impressão Planográfi ca
A litografia pode ser explicada genericamente como um processo de reprodu-
ção de imagem a partir da incompatibilidade entre água e óleo.
A palavra litografia é um termo de origem grega, em que lithos significa pedra e 
graphein, escrever. Deduzimos então que a litografia consiste na técnica de gravura 
onde as estampas são obtidas através de uma matriz de pedra.
A tecnologia de impressão da litografia é diferente da impressão em relevo, na 
qual uma placa é gravada, abrindo-se cavidades, e a tinta se deposita na parte alta 
da matriz, como, por exemplo, na xilografia e na tipográfica. Da mesma forma, a 
litografia difere da gravura em côncavo, em que na matriz também se produz sulco, 
mas a tinta se localiza na parte rebaixada, como na calcografia.
Dizemos então que a técnica da litografia é planográfica, pois, na matriz, áreas 
gravadas e não gravadas estão no mesmo plano, sem sulcos ou relevos da xilografia 
ou calcografia. O filósofo Walter Benjamin dedicou alguns textos sobre o assunto 
da reprodutibilidade técnica e seu surgimento: “por meio da litografia, as artes 
gráficas tornaram-se capazes de acompanhar o dia a dia de maneira ilustrativa. 
Elas começaram a acompanhar o ritmo da impressão.” (BENJAMIN, 2013, p. 53)
Importante!
A litografi a utiliza matriz originalmente de pedra calcária procedente da Bavária, onde 
o artista desenhará com material gorduroso como touche litográfi co, crayon litográfi co 
ou lápis dermatográfi co. Depois de realizado o desenho, a pedra recebe uma sequência 
de procedimentos químicos que estabilizam a imagem, gravando-a na matriz. Durante 
a impressão, as áreas desenhadas atrairão a tinta oleosa do rolo e as demais áreas irão 
repelir a tinta por estarem com água.
Em Síntese
Processo Litográfi co
A litografia é um processo que demanda a espera do tempo para cada reação 
química, sendo assim, é mais lento do que os processos de relevo e côncavo.
Antes de iniciar o desenho, a pedra necessita ser preparada. A matriz deve ser 
granitada, ou seja, ela receberá um tratamento com material abrasivo, como o 
carborundum (lixa) com granulação de 80 a 220. O carborundum é colocado sobre a 
pedra com água, e sobre ela se depositará outra pedra litográfica. A pedra superior, 
que deverá ser menor que a matriz, será então esfregada em um movimento de ‘8’ 
deitado, como o símbolo do infinito, até que esteja polida.
9
UNIDADE Litografia
Gravação e Impressão
Antes de desenhar, você deverá inverter o desenho, pois assim como ocorre na 
xilografia e na calcografia, o desenho aparecerá na estampa invertido.
Figura 1 – Matriz de litografia de um antigo mapa de Munique 
e a estampa com a imagem do mapa na posição correta
Fonte: Wikimedia Commons
O artista desenhará diretamente sobre a pedra com o material gorduroso que 
pode produzir diferentes efeitos. O crayon imita uma textura de lápis e o touche 
diluído, que pode ser utilizado com pincel para se produzir áreas com efeitos de 
aguadas. Deixa-se a imagem descansar por pelo menos 48 horas.
Deve-se vedar ou pelo menos fazer uma margem de aproximadamente 2,5 cm com 
goma-arábica, pois essas partes não receberão gordura, o que consequentemente 
delineará o espaço a ser trabalhado. Depois de pronto e seco o desenho, damos 
início aos próximos passos, que são a acidulação e entintagem, processos esses 
que fixarão a gordura na superfície da pedra.
O passo seguinte é espalhar o breu com um pedaço de estopa. Depois, a pedra 
recebe banhos com uma mistura de goma arábica e posteriormente o acidonítrico. 
Esse processo tem a finalidade de fixar a gordura na superfície, ou seja, deixar o 
desenho definido e aumentar a porosidade das áreas não desenhadas que atrairão 
a água. A partir daí, teremos uma matriz dividida em áreas branca e negra (onde 
está o desenho). A primeira retém a água e tem um efeito repelente à gordura, a 
segunda agrega a gordura, mas repele a água. A acidulação requer um repouso de 
12 a 24 horas.
Para limpar a superfície, usamos um removedor (pode ser querosene ou aguarrás) 
eliminando todo o pigmento usado no desenho; entretanto, a gordura já estará 
impregnada na pedra.
Na sequência, procede-se com a “molhagem”, que é a colocação de água sobre 
a pedra. A água irá se fixar somente onde não existe material gorduroso, a partir 
do fenômeno de repulsão entre essas duas substâncias.
10
11
Importante!
É muito importante não deixar a superfície da pedra secar durante a etapa de entintagem.
Importante!
Para entintarmos a matriz, ou seja, fazermos o entintamento, utilizamos um 
grande rolo de couro ou borracha com tinta oleosa, que irá aderir somente nas 
partes engorduradas.
A impressão é feita em prensa manual, 
onde o papel será fortemente pressiona-
do contra a matriz por uma régua chama-
da ratora. Através dessa pressão, a tinta 
finalmente é transferida para a folha de 
papel, produzindo uma página impressa.
Lembramos que a litografia artística é 
um processo expressivo que permite um 
desenho espontâneo, pois traz maiores 
possibilidades por poder se desenhar ou 
pintar diretamente sobre a pedra sem 
projeto prévio.
Posteriormente, outras inovações acon-
teceram como o uso de matrizes de metal 
em substituição à pedra litográfica. Assim, 
nos dias atuais, temos no offset um legí-
timo descendente do processo litográfico, 
pois sobre uma matriz de zinco ou alumí-
nio temos uma imagem gravada com o 
princípio de repulsão entre água e óleo.
Figura 2 – Prensa litográfi ca
Fonte: Wikimedia Commons
Serigrafi a – Impressão por Permeação
A Serigrafia consiste em um processo de permeação determinado pelo termo 
gravura permeográfica, ou seja, nessa técnica a tinta transpassa a matriz por um 
espaço vazado e é bloqueada por áreas vedadas.
A serigrafia é um processo que se dá no plano, entretanto utilizando a permeação. 
Seu princípio básico está relacionado ao mesmo princípio do estêncil ou molde 
vazado, onde uma máscara veda áreas nas quais a tinta não deve atingir o suporte 
a ser colorido.
A técnica da serigrafia é diferente das gravuras em relevo e côncavo, pois não há 
remoção de material, formando áreas rebaixadas como na xilografia ou calcografia. 
Ela também se difere da litografia, pois a imagem não se constitui em um processo 
químico de repulsão entre diferentes substâncias.
11
UNIDADE Litografia
A origem da palavra serigrafia deriva do latim seri, que significa seda, e do 
grego graphein, que se refere à escrita ou desenho. A etimologia da palavra já nos 
aponta que a matriz é então um tecido.
A serigrafia consiste assim em um processo de impressão vazado, ou gravura 
a estampilha, no qual a matriz é um tecido esticado em um quadro e possui partes 
vedadas e outras sem vedação, que é o desenho em si. Nessa técnica, a tinta 
permeia a matriz, isto é, ela transpassa as áreas não vedadas alcançando o papel 
ou substrato material a ser impresso.
Importante!
Podemos definir a serigrafia como um sistema onde a matriz se constitui de áreas veda-
das e vazadas. As partes vedadas são gravadas através de processos químicos fotossen-
síveis, e não permitem a passagem da tinta. A tinta permeia a matriz pelas áreas vazadas.
Em Síntese
Encontramos com frequência diferentes termos para essa técnica: serigrafia 
industrial, serigrafia artesanal, silk screen, gravura planográfica, screen print e 
serigraph, dentre outros. Fato é que a serigrafia é um processo gráfico amplamente 
utilizado na indústria em geral, como nas áreas têxtil, cerâmica, fonográfica, 
embalagens, etc. Dessa forma, em oposição ao termo “industrial”, encontramos o 
termo “artesanal”, associado às produções artísticas, as quais se caracterizam pela 
experimentação, simplicidade de equipamentos e materiais.
Assim no inglês temos silk screen, que é uma palavra de origem inglesa, silk 
significa seda e screen, tela. Note-se que a tela de seda, material originário das ma-
trizes serigráficas, foi atualmente substituída por tecidos sintéticos, tais como nylon 
e poliéster. O termo inglês serigraph é creditado a Anthony Velonis (1911-1997), 
que propôs a palavra buscando sua derivação do grego séricos, que significa seda, 
e graphein, que corresponde a escrever, como dito anteriormente. Velonis con-
sultou Carl Zigrosser, curador da área de gravura do Philadelphia Museum of Art, 
e, a partir de 1940, adotou o termo serigraph para nomear trabalhos artísticos em 
contraposição ao termo silk screen, que definiria um trabalho puramente comer-
cial ou publicitário. Em outras línguas, como o castelhano e o português, utiliza-se 
a palavra serigrafia para todos os tipos de trabalhos: artísticos e comerciais.
Processo Serigráfico
Matriz
A matriz na serigrafia é formada por dois elementos básicos: o quadro ou basti-
dor, que consiste em um suporte, e a malha, um tipo de tecido que, uma vez estica-
do no quadro, será sensibilizado, permitindo a reprodução da imagem que contiver.
Para confeccionar uma tela (matriz) para serigrafia devemos conhecer as malhas 
ou tecidos e os quadros.
12
13
Existem vários tipos de quadros no mercado para a confecção de matrizes, os de 
madeira, alumínio e outros mais sofisticados, como os autotensionantes, utilizados 
em grandes industrias.
Os de madeira são os mais utilizados pelo custo acessível e por terem o peso 
considerado médio, o que facilita o manuseio. A desvantagem desse material é 
sua pouca durabilidade, pois, devido às constantes lavagens, as fibras da madeira 
absorvem a água, inchando e empenando. A limpeza também é uma desvantagem, 
pois é um material de difícil limpeza, uma vez que, sendo a madeira porosa, absorve 
as tintas e os solventes. Apesar dessas desvantagens, esse é ainda o mais utilizado.
Malhas (tecidos)
A malha para serigrafia, também chamada de tela, é um dos dois elementos 
mais importantes em uma matriz. Ela consiste em um tecido usado como base da 
matriz, o qual é preso e esticado sobre o quadro e será sensibilizado e gravado por 
métodos específicos que permitirão a reprodução da imagem. Dentre os tecidos, 
podemos utilizar organdi de algodão, o nylon, a seda, o terylene e o poliéster.
Quanto à qualidade da malha, deve-se observar os seguintes aspectos:
• Possuir textura regular;
• Possuir resistência à abrasão, pois será submetida a esforços mecânicos do 
rodo e da tinta;
• Possuir resistência à tração para resultar em um estiramento estável;
• Possuir resistência aos produtos químicos utilizados durante o processo;
• Possuir boa aderência das emulsões e dos filmes.
As malhas se classificam pelo número de fios por centímetro quadrado. Existem 
malhas em média de 50 a 180 fios, sendo que, quanto menor é o número de fio 
por centímetro quadrado, maior é a abertura da malha, ou seja, maior quantidade 
de tinta irá transpassar a matriz.
Como devo escolher uma malha? Qual a mais adequada? Deve-se escolher o fi o do tecido 
tendo em vista que o tecido com menor número de fi os, tendo a trama mais aberta, será 
satisfatório para imagens menos precisas, com poucos detalhes. Um tecido com maior 
número de fi os possui uma trama mais fechada, tornando-se ideal para projetos em alta 
resolução, linhas fi nas e detalhes pequenos.
Ex
pl
or
Sugerimos a você que utilize um nylon de 50 a 90 fios para um projeto com 
grandes áreas de cor e linhas espessas e use um nylon de aproximadamente 120 
fios para resultar em maior precisão em projetos com linhas finas, pontos, assim 
como imagens reticuladas.
13
UNIDADE Litografia
Preparação da matriz
O tecido para ser esticado manualmente deve ser lavado com detergente para acompleta retirada de resíduos de goma, sobretudo porque, sendo esticado sobre a 
tela úmido, quando secar, ficará mais tenso, o que é essencial para uma boa tela.
A malha quando não está bem esticada pode gerar problemas na definição da 
imagem e no registro de cores, então tome bastante cuidado nesse processo.
Tensionamento da malha
O tensionamento, também conhecido como esticamento, é uma etapa impor-
tante para a boa qualidade da impressão e durabilidade da matriz. O esticamento 
é o ato de tensionar ou esticar a malha, por meio mecânico ou manual, fixando 
a malha ao quadro de forma que fique tenso o suficiente para realizar uma boa 
impressão. Para fixar o tecido, pode-se utilizar tachinhas; entretanto o melhor ma-
terial para fixação são grampos com um grampeador de tapeceiro.
A melhor maneira de esticar o tecido manualmente é inicialmente esticar as 
duas laterais, formando um ângulo de 90 graus, grampeando-as firmemente. Em 
um segundo momento, estique a terceira lateral, puxando o nylon uniformemente 
com o auxílio de uma madeira. Para finalizar, estique a última lateral grampeando o 
nylon de maneira uniforme. A tela deve possuir o nylon bem esticado e tenso, para 
que, durante a impressão, sua aderência à superfície a ser impressa seja perfeita, 
evitando maiores problemas.
Figura 3 – Tensionamento da malha
Projeto
O projeto diapositivo ou arte final consiste em um desenho sobre uma base 
transparente. Esse desenho executado em preto possui a função de bloquear a 
passagem da luz na gravação da tela na mesa de luz. Ele pode ser executado 
manualmente com o uso de tinta nanquim ou guache, ou através de um fotolito.
Nos diapositivos manuais, teremos áreas chapadas e linhas de espessuras 
variáveis de acordo com os materiais empregados na confecção do projeto. Esse 
tipo de diapositivo é realizado manualmente sobre uma base transparente (acetato, 
poliéster cristal, papel vegetal, etc.) e desenhado com material opaco na cor preta, 
14
15
como o nanquim, guache ou caneta retroprojetora. O mais usual é utilizar o papel 
vegetal para fazer seu desenho, pintando-o com nanquim nos locais que a tela deve 
ser vazada.O mais importante é que quando colocado contra a luz o desenho de 
seu projeto esteja absolutamente negro, sem variações de tons.
O fotolito é outra opção para realizar um projeto e consiste em um filme 
transparente em celuloide que contêm a imagem que escolhemos em positivo. 
O fotolito oferece a possibilidade de realizar uma imagem reticulada, ou seja, uma 
imagem com simulação de diferentes tonalidades. A palavra retícula refere-se aos 
pequenos pontos que formam uma imagem, sendo nada mais do que um efeito 
óptico, para a realização de diferentes tonalidades, através do agrupamento ou 
afastamento desses pontos. Esse tipo de projeto pode ser realizado no computador 
em programas de tratamento de imagem.
Importante!
Observe que o projeto, ou seja, o desenho para a matriz de serigrafi a não é invertido, 
como no caso das gravuras em relevo, côncavo e planográfi ca.
Importante!
Se você possui um computador pode preparar o diapositivo; capture a imagem, 
por meio do scanner, máquina fotográfica ou vídeo digital observando o tamanho 
do arquivo e a qualidade final da imagem.
Para fazer uma imagem reticulada, assista ao tutorial disponível no link:
https://youtu.be/QxdmydeQXCgEx
pl
or
Gravação
Existem muitos recursos e diversas formas de se gravar uma tela de serigrafia, 
como o método direto, o de recorte e o fotográfico. Estudaremos aqui o método 
fotográfico, que é o mais usual. O método fotográfico é aquele que utiliza de uma 
emulsão fotossensível para realizar a gravação da tela.
Preparo da Emulsão
A emulsão fotográfica tem esse nome porque reage a luz, endurecendo e se 
prendendo à tela depois de queimada, ou seja, depois de exposta à luz. Nos locais 
onde ela não for exposta, não haverá reação e, ao ser revelada, isto é, lavada 
com jato de água, a emulsão se desprenderá da tela, originando o vazado por onde 
a tinta passará no processo de impressão da imagem. A água funciona como o 
fixador da emulsão.
15
UNIDADE Litografia
Existem 3 tipos de emulsão: emulsão para tintas à base de água de cor verde; 
emulsão para tintas à base de solventes na cor azul; e a emulsão para alta definição 
de cor vermelha. Pode haver diferença de cor de fabricante para fabricante, 
portanto solicite a emulsão pelo tipo de tinta a que ela se destina.
A Tec Screen fabrica uma emulsão amarela de alta resolução, que se adapta a 
vários substratos e tem excelente durabilidade.
A preparação da emulsão, assim como a sua aplicação na tela, deve ser feita 
em ambiente escuro, sem iluminação de luz branca. O ideal é prepará-la em 
um ambiente que use luz vermelha para que a emulsão não endureça antes do 
tempo. A emulsão pura não reage a luz, dessa forma, temos que misturá-la com o 
sensibilizante na proporção de 10 partes de emulsão para 1 parte de sensibilizante. 
Mexa lentamente a mistura e deixe descansar por 30 minutos, para a eliminação 
de todas as bolhas. Leia sempre as instruções de preparo contidas no frasco de sua 
emulsão, pois todas essas orientações podem variar de acordo com o fabricante.
Emulsionamento da tela
Deve ser realizado no escuro ou em ambientes de pouca luz. Espalhe a emulsão 
com a calha ou com o auxílio de uma régua sem rebarbas. Aplique a primeira 
demão de emulsão no lado interno, de forma que a mesma seja forçada a passar 
através da tela. Repita a operação pelo lado externo da tela e seque com o soprador 
térmico, ou deixe-a secar naturalmente de 12 a 24 horas em local escuro. Observe 
que a emulsão molhada não é fotossensível e telas secas em ambientes úmidos ou 
com umidade relativa do ar na média de 80% de umidade relativa não secam bem, 
o que compromete o processo de sensibilização da matriz.
Atenção aos seguintes aspectos:
• Passe a emulsão por dentro e depois por fora da tela;
• No caso de emulsão de alta definição, passe a emulsão por fora e, no momento 
de revelar com água, revele pelo lado oposto, ou seja, por dentro da tela;
• Após a revelação da tela, quando for fazer retoques com a emulsão sensibiliza-
da, retoque sempre pelo lado de dentro da mesma;
• Se desejar uma emulsão mais resistente, misture 8 partes de emulsão para 2 
de sensibilizador.
Para visualizar o processo de emulsionamento da tela acesse o link:
https://youtu.be/nXFjWKXDobEEx
pl
or
16
17
Gravação
Existem mesas de luz para serigrafia a venda no mercado, sendo que uma 
boa mesa de luz deve necessariamente possuir uma fonte de luz que seja rica em 
raio ultravioleta.
Você poderá fazer sua mesa de luz montada em uma caixa de madeira com no 
mínimo 60 cm de altura. Essa altura é necessária para lâmpadas comuns, pois 
elas esquentam, o que prejudica a emulsão, como explicado anteriormente. Se as 
lâmpadas utilizadas forem fluorescentes, essa altura poderá ser de 15 cm. As outras 
medidas sugeridas são de 50 x 70 cm.
No fundo da caixa, é colocado um soquete para a lâmpada e fios para ligá-la 
à eletricidade, tomando-se muito cuidado de encapar os fios corretamente com 
fita isolante.
Forre a caixa por dentro com papel alumínio, usando o lado brilhante para cima. 
O papel alumínio possui a função de refletir a luz por toda a abertura da caixa. 
Para finalizar, tampe a caixa com um vidro. Podemos utilizar na caixa também uma 
instalação para uma lâmpada vermelha, caso no ambiente onde será executada a 
gravação da tela essa lâmpada não exista.
Sugestões de tempo conforme a fonte de luz:
• Lâmpada comum de 500 Watts – 1,5 a 2,5 min;
• Lâmpada fluorescente branca 40W – 5 a 8 minutos;
• 3 Lâmpadas fluorescente de 60 W – 3 minutos;
• Lâmpada da foto – flood 500W – 4 a 6 minutos;
• Arco voltaico 110A - 1 a 2 minutos;
• Haleto metálico 3.000W – 1 a 2 minutos;
• Gás xenon pulsante 2.000W 30 a 60 segundos.
Para saber mais sobre cada tipo de lâmpada, visite o site de serigrafi a técnica. 
https://goo.gl/RDJGzsEx
pl
or
Na mesa de luz
Coloque o desenhoem papel vegetal ou o fotolito sobre a mesa de luz; sobre o 
desenho, a tela; encaixado sobre a tela, um papelão preto; sobre o papelão, um 
vidro; e sobre este último, um peso.
17
UNIDADE Litografia
Expor o trabalho à luz para fazer a gravação.
Figura 4 – Posicionamento na mesa de luz
O tempo de exposição gira em torno de minutos e deve ser determinado após 
alguns experimentos. Experimentar o melhor tempo em cada caso é ideal, pois 
existem muitas variáveis a se considerar, como o tipo de emulsão, a fonte de luz, a 
distância da fonte e da matriz, a espessura da camada de emulsão aplicada, o tipo 
de desenho, etc. Comece sempre seguindo as instruções do fabricante da emulsão 
e depois faça as adaptações necessárias ao seu trabalho.
A matriz será revelada com esguicho de água forte, que pode ser conseguido 
através do bico de uma mangueira apertado entre os dedos. Depois, seque a matriz 
com secador e proceda, se necessário, algum retoque com a emulsão sensibilizada.
Impressão
Vedar as laterais da tela com fita adesiva ou laca para esse fim antes de iniciar 
a impressão.
Existem diferentes possibilidades de mesas de impressão, desde a de impressão 
a vácuo, até uma mesa simples. A mesa de impressão deve ser uma mesa plana 
onde existe uma garra fixa, a qual consiste em um prendedor metálico que segura 
a tela junto a ela, porém permitindo que a tela seja levantada para que se troque 
o objeto que já foi impresso por outro ainda a ser impresso, sem tirar a tela da 
posição em relação ao registro. As garras são encontradas em diversos modelos. 
Para a impressão sobre papel, pode-se utilizar um registro feito com 2 cantoneiras 
de fita crepe presas à mesa.
No caso de não existir garra, pode-se fazer um registro para a tela com cantoneiras 
de fita crepe e outro registro para o papel. A tinta é espalhada em um lado, dentro 
da tela, então abaixa-se a tela e procede-se a impressão com a passada do rodo 
de maneira firme e uniforme. Por fim, levante a tela e coloque a cópia para secar.
18
19
Figura 5 – Impressão
Fonte: Wikimedia Commons
Tintas
As tintas para serigrafia são muitas e devem ser adequadas não só à emulsão 
utilizada, como já descrito, mas também ao material a ser impresso: tinta para teci-
dos e afins, tinta vinílica para materiais vinílicos, plásticos e adesivos, tinta sintética 
para uso sobre metais, papéis, madeira, tecidos para faixas e letreiros, etc. Cada 
uma dessas tintas possui seu próprio solvente, bastando verificar o recomendado 
pelo fabricante.
19
UNIDADE Litografia
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Impressões Periódicas
Por fim, conheça o projeto Impressões periódicas, mediado pela artista Monica 
Schoenacker, com o uso da Sericleta, uma unidade móvel de serigrafia. O projeto do 
Centro Cultural São Paulo teve o objetivo de levar o público a interagir com processos 
artísticos artesanais democratizando o acesso a arte.
https://goo.gl/1fPNoq
https://goo.gl/3BfQ5t
 Vídeos
Litografia - Básico (Litography - basic).
Vamos iniciar assistindo a um vídeo de autoria de Eduardo Azevedo e Felipe Assuf, 
nele você poderá visualizar todo o processo de uma litografia descrito na aula.
https://youtu.be/1dH53n0-hyY
DiResta: Simple Silkscreen
Agora assista ao tutorial bem-humorado do americano Jimmy DiResta mostrando como 
fazer serigrafia e imprimi-la sobre diferentes superfícies. Observe como a serigrafia é 
um processo simples e funcional.
https://youtu.be/T9uuPkC_LWE
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Referências
BENJAMIN, Walter. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. 
Porto Alegre, Ed. L&PM, 2013.
CLIMACO, José Cesar Teatini de Souza. Manual de litografia sobre pedra. 
Goiânia: editora UFG, 2000.
FAJARDO, Elias; SUSSEKIND, Felipe; VALE, Márcio do. Oficinas: Gravuras. RJ. 
Editora Senac. 1999.
GUERRA, Filipe Antonio. Guia prático de gravura. Lisboa. Editora Estampa.
MARTINS, Itajahy. Gravura – Arte e Técnica. Fundação Nestlé da Cultura e 
Laserprint Editorial, São Paulo, 1987.
KANAAN, Helena (org). Manual de gravura. Pelotas: UFPel, 2004.
ROSS, John; ROMANO, Clare; ROSS, Tim. The Complete printmaker. New 
York: Free press, 1972.
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