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A Mensagem Oculta do Rock

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A Mensagem oculta do Rock
CPAD 
(1987)
Dados Biográficos
Jefferson Magno Costa, articulista, funcionário da divisão de Jornalismo da CPAD, bacharel em
Teologia e professor, é também autor dos livros Paulo Macalão – A chamada que Deus Confirmou,
Eles andaram com Deus, e colaborador na História das Assembleias de Deus no Brasil.
Claudionor de Andrade, pregador, preletor, articulista, ex-locutor-noticiarista da Rádio Diário do
Grande ABC, Santo André, SP, professor de Filosofia e História da Filosofia e funcionário da
divisão de Jornalismo da CPAD.
Gilberto Moreira, articulista, preletor, um dos líderes da mocidade da AD em Campo Grande,
Rio de Janeiro, RJ, professor da Escola Dominical, ex-funcionário da Divisão de Jornalismo da
CPAD e estudante de letras.
Geremias de Couto, pastor na Assembleia de Deus em São Cristóvão, Rio de Janeiro, RJ, chefe
da Divisão de Jornalismo da CPAD, professor de Teologia Sistemática e Comunicação Cristã, foi
missionário entre o povo de Língua Portuguesa, nos Estados Unidos da América. É, também
articulista, preletor e colaborador nos livros A Bíblia Responde e História das Assembleias de Deus
no Brasil.
Apresentação
“Há tempo de falar” (Ec 3.7)
Os autores deste livro estão de parabéns pro levantarem a voz em tempo hábil, dando o
indispensável brado de alerta contra as investidas satânicas que se fazem sentir cada vez mais fortes
no Brasil, visando conquistar para o histerismo, loucura e práticas diabólicas aquilo que de melhor
possui este país: A sua brilhante juventude!
De fato, o diabo sabe o valor iniludível que tem a música e, também, o quanto o brasileiro gosta
desta bela arte. Ao mesmo tempo, sabe que é o feitio de nossa juventude os ritmos acelerados e
altissonantes (de volume alto). E, oportunista como ninguém mais o é, ele se utiliza do rock e
doutros ritmos de sua invenção, para perverter e escravizar nossos jovens.
O diabo, também, tira partido da política barata e despudorada (sem vergonha) de certos
empresários para, não somente permitir, mas, de igual modo, fomentar tais práticas desvirtuadoras
da moral cristã e dos bons costumes, quando é lógico esperar das autoridades conscientes e ordeiras
propugnar (defender, lutar) por valores verdadeiros, a fim de termos uma população saudável e
vencedora, ao invés de um povo vencido desgraçadamente, pelas práticas desvirtuadoras da ética,
da Paz e da decadência.
É preciso ser cego, ou fechar os olhos à realidade, para não ver as execrandas (detestáveis) cenas
de completa histeria e loucura nos gestos e contorções dos cantores de rock e nas exibições sexuais
em programas de TV no Brasil!
Este livro não é um protesto apenas a tais cenas despudoradas; é mais um brado dado às
autoridades, à sociedade, à igreja, à família e à mocidade brasileira, dizendo a todos: Se queremos
conter a onda de crimes, de assaltos, de prostituição e de degradação da família brasileira,
procuremos conhecer suas causas básicas e originais e as corrijamos enquanto não é tarde demais.
Mocidade brasileira, ler este livro e armar-te dos exemplos nele descritos é de tua urgente
necessidade!
Pais e mães de família, é de vosso interesse conhecer o conteúdo deste livro a bem de vossos
filhos queridos!
Autoridades brasileiras, o conteúdo deste livro ser-vos-á oportuno no combate à onda de
degradação moral de nossa juventude.
Pastores evangélicos, colocai este livro ao alcance de vossos liderados a bem de todos. Amém.
Manaus, 19 de maio de 1986
pastor Alcebíades Pereira Vasconcelos
Prefácio
Com sérias repercussões no ambiente evangélico brasileiro, o canto congregacional nas igrejas
evangélicas americanas já passou por três grandes crises: depois de 1870, com a introdução do
Gospel Hymn (hino evangelístico), devido principalmente à divulgação empreendida por Ira David
Sankey; depois de 1920, com a adoção do Negro Spiritual, nos arranjos elaborados por John W.
Work; após 1930, com a infiltração do Gospel Song (canção evangelística), composta por Thomas
Andrew, Langston Hughes e outros músicos. Desde 1970, o canto congregacional vem sendo
assediado pelo Rock.
Nos últimos 100 anos, qual foi a evolução do canto religioso submetido às investidas da música
profana?
Embora reprimidas pelos “white, anglo-saxons and protestants” (brancos, anglo-saxões e
protestantes), os escravos (negros, africanos e pagãos) tinham na música a evasão do seu
sofrimento. Na América frequentavam as igrejas dos brancos, onde a execução musical era muito
rude. A crescente segregação racial afasto os negros, já cansados de ser crentes de segunda classe
na Casa de Deus. A princípio, as novas congregações negras aproveitavam os hinos de John Wesley.
Depois, as Works-Songs (canções de trabalho) converteram-se em melodias para os hinos negros
(ver: Roi Jones, Blues People. New York: William Morrow, 1963).
Na mesma época ocorria, entre os americanos brancos, um reavivamento, conhecido como “the
Secound Awakening” (o Segundo Despertamento), desenvolvido em acampamentos e baseados
sobre a noção de um retorno à experiência religiosa mais emocional, o que implicava no abandono
do culto algo formalista e litúrgico celebrado durante o século XVIII. Os acampamentos de
protestantes brancos continham um paralelismo cultural com os ritos religiosos ao ar livre
praticados pelos negros na África.
Essa situação incentivou os cantores negros “Jubilee Singers”, da Universidade Fisk, a iniciarem
em 1871 uma turnê pela América com a pretensão de apresentar a autêntica música religiosa negra,
mas sua música tinha forte influência europeia, porque, no momento em que era transcrita para a
notação usual, a fim de ser publicada, as notas off-pitch e as figuras out-of-tempo (fora do tempo)
desapareciam (ver: James Lincoln Collier, The Making of Jazz. Boston: Houghton Mifflin, 1978).
Com efeito, o Blues e o Jazz significam, 300 anos depois da chegada do escravo africano à terra
americana, o florescimento da música negra. Como Blues (forma vocal) e o Jazz (forma
instrumental), a música profana negra definitivamente penetra, em 1919, no cenário artístico
americano.
Depois da canção de trabalho afro-americana (Work-Song) vieram o Blues e o Jazz (ver: William
Francis Allen, Slave Songs of the United States. New York: Peter Smith, 1951).
O Spiritual (canto religioso sob influência cristã) apareceu mais tarde que o Blues (canto
profano), mais precisamente depois de 1869, com a emancipação dos escravos negros. O Spiritual é
a forma religiosa do Blues; o Blues é a forma profana do Spiritual. O Spiritual se diferencia da
Work-Song (canção de trabalho), pelo tema e conteúdo, e por ser mais melodioso. Adotou os
elementos harmônico e melódico, e a instrumentação dos modelos europeus, mas as letras, os ritmos
e o fraseado tinham recebido a influência do sentimento africano. A síncopa rítmica, a alteração do
timbre e o deslocamento dos acentos foram utilizados pelos negros a fim de transformar os hinos
“brancos” em Negro Spirituals. Essa criação dos negros foi o primeiro canto totalmente nativo da
história da música norte-americana. Nasceu da mistura da canção anglo-escocesa com o canto do
negro nascido na América do Norte (ver: George Pullen Jackson, White and Negro Spirituals. New
York: 1943).
Dessa forma, o Negro Spiritual aproximava-se do Spiritual e do Gospel Hymn compostos pelos
brancos nas três últimas décadas do século XIX.
Em 1919 já estavam consolidadas as duas formas de canto: a profana (Blues) e a religiosa
(Spiritual).
O Blues constituiu a espinha dorsal do Jazz, que teria desdobramentos nos estilos instrumentais:
Ragtime (1890), New Orleans (1900), Dixieland (1910), Chicago (1920), Swing (1930), Bebop
(1940), Cool (1950), Free (1960) e Fusion (1970).
No canto religioso, por sua vez, predominava, ainda no fim da década de 20, o Spiritual, comos
arranjos de John W. Work (ver: American Negro Songs. New York: Howell, 1940)
Muitas das melhores cantoras do Blues (Sister Rosetta Tharpe, Dinah Washington, Sara Vaughan,
Areta Franklin) começaram suas carreiras artísticas cantando Spirituals nas igrejas [(mas
apostataram em nome de Mamom: “os que querem tornar-se ricos caem em tentação e em laço, e
em muitas concupiscências… Porque o amor ao dinheiro é raiz de todos os males” (1 Timóteo
6.9,10) “Não podeis servir a Deus e às riquezas” (Mateus 6.24))].
Até que, em 1932, Thomas Andrew Dorsey, com a canção “Precious Lord”, fundiu a tradição do
canto congregacional (Spiritual) com o canto profano da época (Blues), resultando no Gospel Song.
A maioria dos pastores negros rejeitava a música de Dorsey por considerá-la incompatível com o
culto divino. Em 1939, Dorsey contratou a então desconhecida Mahalia Jackson, e a sua música
passou a ter lugar ao lado da Bíblia. Antes de 1950 o Gospel Music tinha substituído o tradicional
canto da congregação nas igrejas da América!
A Gospel Song é a forma moderna da Spiritual – mais jazzística, com mais “balanço”. Alguns
especialistas acham que o Gospel Music foi mais importante que o Blues para o desenvolvimento da
musica popular contemporânea (ver: Charles Keil, Urban Blues. Chicago: University of Chicago
Press, 1969).
No Brasil, corremos risco de verificar em breve a ocorrência, para pior, da mudança, em pouco
tempo, do gosto musical dos evangélicos, através de um trabalho sub-reptício (oculto) ou ostensivo
(que aparece), na difusão do Rock.
Os evangélicos, em geral, protestaram contra a realização do festival “Rock in Rio”, mas
continuam admitindo o Rock em suas igrejas…
A evolução do Blues foi marcado pelos estilos vocais: Folk (1900), Classic (1920), Rhythm and
Blues (1940), Soul (1960) e Funk (1980).
Desde meados dos anos 50, o Blues vem penetrando maciçamente na música popular americana,
composta por brancos e negros.
Há, pelo menos, três dados extra-musicais, de caráter sociológico, que devem ser levados em
conta na apreciação da origem do Rock: 1) o conflito coreano, que em 1950 pôs russos e
americanos em confronto militar, foi um pretexto de rebeldia (mais que insubmissão) para jovens
que, tendo tomado conhecimento dos horrores da guerra atômica, relutaram em partir para o
paralelo 38, na Coreia; 2) em 1953 o capitalismo ocidental iniciava duas décadas de prosperidade
econômica, interrompida pelas crises energéticas e monetárias; coincidentemente, com a eclosão
dessas crises o Rock engajou-se no Satanismo: em gravações musicais ostensivas ou mascaradas, o
Rock tece louvores ao diabo; 3) em 1954 o livro “The Doors of Perceptio”, de Aldous Huxley,
prestigiou o consumo de drogas alucinógenas, por isso foi homenageado pelo conjunto de Rock,
The Doors (ver: Simon Frith, Sounds Effects, 1981).
Nos últimos 30 anos, o Rock tem sido a expressão musical da Contracultura, isto é, a contestação
e a ruptura da tradição musical do Ocidente, seja erudita ou popular.
Sob a inspiração do estilo negro “Rhythm and Blues”, cujos discos eram rotulados como “race
records” (discos preferidos pela raça negra nos Estados Unidos), surgiu o Rock, lançado pelo cantor
branco Bill Haley e adaptado por Elvis Presley e pelos Beatles.
Nos Estados Unidos, o Rock, profeticamente, teve início no filme “Blackboard Jungle” (quadro
negro selvagem), que espalha as sementes da violência: em 1955, com a música “Rock around the
clock”, executada por Bill Haley and his comets.
O Rock foi explorado intensivamente, a partir de 1957, por Elvis Presley.
O Rock americano incorporou a música popular tradicional, branca e urbana, o Rhythm and
Blues negro e a música caipira (Country), de natureza folclórica e origem rural (ver: Carl Belz, The
Story os Rock. New York: Oxford University Press, 1972)
Na Inglaterra, entre 1962 e 1970, os Beatles formaram o conjunto mais prestigiado. 
Curiosamente, durante o período áureo dos Beatles (1963-1967) a Igreja Católica Romana fez o
aggiornamento (atualização) de sua música, pelo aproveitamento de melodias nativas, populares ou
folclóricas, tendo aprovado a Constituição sobre a Santa Liturgia (1963) e a Instrução sobre a
Música Sacra (1967); esta determinou aos poetas católicos a elaboração de textos vernáculos (em
língua nativa), respeitando “a índole e as regras de cada idioma”, e aos músicos o preparo de novas
melodias, de acordo com “o caráter e as peculiaridades de cada povo”.
O elemento folclórico e político foi pesquisado e divulgado por Woodie Guthrie e Bob Dylan,
através da Protest-Song.
Depois de 1966, na Inglaterra coexistiam dois estilos: 1) Rock-Song (os Beatles usariam a
canção popular, sob a inspiração da música europeia e da indiana, para uma disseminação de idéias;
2) Pop-Rock (os Rolling Stones procurariam fazer uma demonstração de violência sonora).
A música indiana de Ravi Shankar influenciou a formação do Rock como referência sócio
cultural, chegando a incidir sobre sua estrutura; os ragas indianos (melodias indianas) transmitiriam
seu conteúdo psicológico, através de George Harrison: insistência de algumas notas que exprimem
um estado-de-alma e que, por sua repetição, devem comunicar este mesmo estado ao ouvinte.
Em 1967, com o disco “Sargeant Pepper’s Lonely Heart Club”, os Beatles demonstraram que já
tinham aprendido a colocar suas canções na molde tradicional, enriquecendo sua palheta
harmônica com a policromia modal, entrelaçando ritmos e utilizando recursos da música erudita
(John Cage, Edgar Varès, Karlheinz Stockhauser). Esse disco serviu de modelo para canções
“Their Satanic Majesties request” (A exigência de Suas Majestade Satânicas), dos Rolling Stones,
e “Tropicália” de Caetano Veloso.
Alguns críticos musicais têm considerado o Rock como a maior contribuição da América para a
cultura musical do mundo. Entretanto, outros julgam que os Beatles e os efeitos eletrônicos
deturparam completamente as características do Jazz, a jenuina música norte-americana (ver:
Joachim Ernst Berendt, The Jazz Book. Westport, Conn.: Lawrence Hill, 1982)
Verificamos que a inspiração oriental e a técnica eletrônica deram novos rumos à aparente
inocente música popular dos Beatles. (ver: Henry Skoff Torgue, La Pop-Music. Paris: 1975).
O domínio do instrumento eletrificado, mais do que a virtuosidade, tornou-se o desafio inicial
para o executante da música Rock. Os Beatles não se preocupavam com a virtuosidade e a
improvisação, mas, sim, com a eficácia da mensagem. Por isso, a música de Rock situa-se, ainda
hoje, numa encruzilhada, e caracteriza-se pela monotonia, pela repetição muito frequente e
invariável da mesma sequência de trechos musicais.
A eletrificação dos instrumentos musicais foi promovida pelos executantes do Rock, sendo
prontamente atendida pela indústria especializada. O instrumento não é mais considerado como
tendo um som particular, mas como um gerador de ruídos. Jimmy Hendrix transformou sua guitarra
elétrica num sintetizador (produtor de sons) portátil de alta potência.
Enquanto a música erudita procura a beleza e a pureza estética, o Rock tenta, antes de tudo, a
energia e a força sonora.
O Rock privilegia o fortíssimo. A potência sonora é explorada excessivamente. Os
amplificadores e as sonorizações, aumentando o seu potencial de watts, fazem com que o número
razoável de decibéis seja atingido e ultrapassado. Os espaços a serem sonorizados são, em geral,
vastos (auditórios, estádios, praças públicas) e necessitam a acumulação de equipamentos e a
instalação de uma parafernália sonora. O barulho e a poluição sonora são males dos aglomerados
urbanos que os executantes e apreciadores do Rock estão sempre prontos a agravar.
O Rock é, antes de tudo, som forte; e chega ao máximo no estilo Heavy Rock (Rock pesado,
Rock-pauleira) explorado pelo Led Zeppelin (“Stairway do Heavem”);é um subproduto do Acid
Rock, mistura de música e drogas, destinada a intoxicar a mente e os ouvidos da juventude.
O ritmo é o sustentáculo do Rock, privilegiando a pulsação binária, com a finalidade de
manifestar a violência deste tipo de música. Não somente a bateria, os instrumentos de percussão e
a guitarra martelam os tempos, mas cada instrumento, mesmo o melódico, entra de rijo no jogo
rítmico, como se fosse um marcapasso cardíaco destinado justamente a reprimir a respiração. A
ênfase sobre o ritmo caracteriza, por isso mesmo, a atual música popular brasileira; esta contenta-se
em ser uma diluição do Rock americano. Como afirmou um dirigente da maior gravadora de discos
do país, “hoje, para uma música brasileira fazer sucesso, ela deve ter um saborzinho de Rock”. O
compositor popular brasileiro, em detrimento a melodia e harmonia, coloca maior ênfase no ritmo, o
elemento mais relacionado com a reação física. Se não houver reação corpórea, não há Rock, que
precisa de expansão física, no entender de um entusiasta do ritmo.
O resultado é a padronização sonora, que não encontra verdadeira ressonância no sentimento do
povo, pela forçada combinação de bateria e teclados eletrônicos, imitando o chamado Los Angeles
Sound. Esta é uma das consequências da importação.
No Rock, a voz humana é utilizada tanto como meio de expressão de um texto quanto uma fonte
sonora. 
O inglês, língua foneticamente concisa (resumida), adapta-se ao processo rítmico rápido e à
formulação condensada (compactada) do texto. Os países que adotaram o Rock tiveram que copiar
o modelo anglo-americano (transplantação) ou adaptá-lo (mimetismo), sempre resultando uma
dependência cultural. Mas não se trata apenas de uma questão fonética, mas também social, pois os
costumes da metrópole cultural são imitados pelos países periféricos.
A adoção no Brasil, que foi apelidada de “iê-iê-iê”, ajudou a sufocar o movimento de protesto
que surgia na música popular. Roberto Carlos aproveitou a voga internacional dos Beatles; libertou-
se, alguns tempo depois, do ritmo, mas, vez ou outra canta no estilo Rock.
No Rock, a melodia tem uma forma muito rudimentar e serve de mero suporte ao texto.
A “geração rock” colocou-se na posição de contraditar a tradição cultural, representada pela Tin
Pan Alley e expressa na música popular das décadas anteriores a 1950, tendo em vista a ruptura do
gosto musical. Seu discurso (ou solilóquio? (monólogo)) tratava da solidão e angústia do homem
contemporâneo: “ninguém ousa interromper o barulho do silêncio” (Paul Simon). E, para nosso
pasmo, encontrou na indústria cultural (editores de livros, gravadores de discos, empresários de
espetáculos, emissoras de rádio e televisão) que estivesse interessado em aplicar capitais em Bill
Haley, Elvis Presley, Chuck Berry (Estados Unidos, depois de 1955), e nos Beatles (Inglaterra
depois de 1962). 
Em 1964, Sir Alec Douglas-Hume, primeiro-ministro, declarou que os Beatles estavam dando
uma importante contribuição à estabilidade da balança de pagamentos da Inglaterra. Entretanto,
nada afirmou sobre a estabilidade da situação moral do povo inglês.
Por isso, os Beatles foram condecorados com a Ordem de Império Britânico. 
A indústria cultural fez do Rock uma mercadoria, de modo que, ao mesmo tempo, fosse “um
apelo à revolta e um freio à revolução” (ver: Henry Skoff Torgue, op. cit)
Para a expansão do Rock americano e da Pop Music inglesa muito contribuíram os meios de
comunicação de massa.
O Rock foi usado como veículo de novas ideias, valores e sonhos. Os jovens, que não pertenciam
a igrejas, partidos ou clubes, que constituíam massa informe e diversificada, estabeleceram um
intercâmbio por cima das línguas, nacionalidades e raças.
Segundo uma pesquisa encomendada pela General Electric em 1967, “dentro de 20 anos a
maioria da classe média terá rejeitado os princípios que hoje orientam a sociedade dos Estados
Unidos” (ver: Joseph N. Sorrentino, The Moral Revolution. New York: Manor Books, 1974).
Para os Beatles, a luz interior encontraria, numa catarse (libertação), a pureza: “Sem abrir minha
porta, tudo posso conhecer sobre a Terra e achar os caminhos para o Céu” (“The Inner Light”).
Para Bob Dylan, não importavam os bens materiais: “Sem casa, como uma desconhecida, como
uma pedra que rola… quando tu não tens nada, então nada tens a perder” (“Like a Rolling Stone”).
Nesta linha de pensamento, Bob Dylan, para quem o Ter, símbolo da civilização industrial, deve
ceder lugar ao Ser, ideal da cultura oriental, afirma: “Estou pronto a desaparecer… o destino e as
recordações escondidos profundamente debaixo da vaga” (Mr. Tambourine Man). Na canção
“God”, impiamente John Lennon vai longe: “Creio somente em mim”.
O texto delirante e o ritmo obsessivo do Acid Rock tornaram o jovem influenciável pela
propaganda das drogas: “Quando enfio a agulha em minha veia, sou filho de Jesus. Heroína, tu és
minha mulher, tu és minha vida. Heroína, sejas minha morte!” (“The Velvet Underground”).
Na década de 50, simultaneamente com o surgimento do Rock, ocorreu a revolução do gosto e
interesse religioso. Milt Jackson, Horace Silver e Ray Charles produziram “Soul Wave” (Onda
Espiritual) na música popular americana da época.
Rock santeiro? Sim, senhor! Existe muito Rock metido a santo! Os compositores e intérpretes do
Rock alguma vezes simulam interesse em assuntos religiosos ou filantrópicos. Alguns dos cantores
de Rock de maior sucesso (Otis Redding, James Brown, Little Richard, Wilson Pickett, Isaac Hayes,
Aretha Franklin) esploraram a Gospel Music. Matthew Fisher, organista do conjunto Procul Harum,
em 1967, no disco “A White Shade of Pale”, procurou aproximar-se da sonoridade do órgão de
tubos e do estilo litúrgico (solene).
George Harrison organizou, em 1971, no Madison Square Garden, de New York, um concerto
em benefício de Blangadesh.
Entre os pioneiros, citemos Elvis Presley, que gravou um disco intitulado “He walks beside me”
(Ele caminha ao meu lado), contendo canções favoritas “de fé e inspiração”. “Sister” Roseta
Tharpe, em 1957, nos primórdios do Rock, com sua guitarra cantava hinos ao ritmo dele,
escandalizando as congregações evangélicas. Bob Dylan recentemente gravou o elepê “Saved”
(Salvo).
Em 1966, Jefferson Airplane, no disco “Crown of Creation” (Coroa da Criação), pretendeu fazer
profecia de revolução social.
Entre os grupos surgidos na década de 70, citemos, do Queen, as músicas “In Only Seven Days”
(Em apenas sete dias) e “Jesus”, e do Led Zeppelin, “Stairway to Heaven” (Escada para o Céu).
Entre os conjuntos que estão fazendo sucesso, os Comodores, com a música “Love for Jesus”
(Amor a Jesus).
É verdade que alguns tiraram a máscara: “Jean-Luc Godard, o controvertido (polêmico) cineasta
francês, realizou um filme com os Rolling Stones, apropriadamente intitulado “Sympathy for the
Devil” (Simpatia pelo diabo)…
Também os brasileiros têm composto Rock santeiro: Roberto Carlos (“Jesus Cristo, eu estou
aqui”, “O Homem de Nazaré”, “Aleluia”) e Nelson Nede (“Segura na mão de Deus”).
Jessé, no disco “Ao meu pai”, procura transmitir a imagem de cantor popular que aprecia a
hinódia (canções religiosas) tradicional.
Até mesmo compositores que tiveram formação na música erudita, como, por exemplo,
Leonardo Bernsteis e Andrew Lloyd Webber, enveredaram pelos caminhos tortuosos do Rock. 
Oswald Spengler escreveu que “A essência de toda a cultura é a religião; a essência de toda a
civilização é irreligião” (ver: A decadência do Ocidente, 2ª ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1973). Ele
acreditava que o esplendor da civilização ocidental seria marcado não pela verdadeira religião, mas,
sim, por um prurido (incômodo) de religiosidade.
O esplendor da Broadway, em New York, assinalou em outubro de 1971, a estreia de “Jesus
Christ Superstar” (Jesus Cristo, Super-Estrela), de A. L. Webber, a primeira ópera no ritmo de
Rock, que tinha como temaa vinda do Messias. Essa Ópera-Rock influenciou a concepção de obras
corais para execução em igreja evangélicas. Desde então, compositores evangélicos têm usado o
Rock.
A partir de 1973, no início das crises energéticas e monetárias, o Satan-Rock, principalmente
com os grupos Alice Cooper (“Killer”), AC/DC (“Highway to Hell” e “Hell’s Bells”), Black Sabbath
(“Satan is Lord of this World”) e Kiss (“Rock in the Hell”), vem mostrado a face até então oculta do
Rock.
É preciso não esquecer que vários elementos usados pelo Rock têm origem em estilos de Blues,
particularmente no Rhythm and Blues (1940) e no Soul (1960).
Como o povo evangélico no Brasil, em sua maioria, ouve pouca música sacra, e suporta
diariamente a carga impingida (imposta) pelo rádio e televisão, pelos discos e fitas magnéticas,
acaba aceitando o padrão mais frequente, que é o transmitido pelo Rock. Daí, fica mais fácil aceitar
música de finalidade religiosa com o ritmo de Rock.
Por Aproveitar alguns elementos do Spiritual e da Gospel Song, o Rock tem facilitada a sua
penetração na música de igreja.
A influência deletéria (nociva) do Rock em algumas igrejas evangélicas é evidente: basta ver o
uso do play-back, dos instrumentos musicais elétricos (guitarra), eletrônicos (sintetizador) e da
batida rítmica simétrica (proporcional). O Rock tem contaminado até os jovens crentes, com
linguagem ímpia, sons alucinantes e ritmo sensual. 
Recorde-se que o Rock promoveu a eletronização da música popular, que atingiu inclusive a
música religiosa: Muitas igrejas têm seu equipamento de som com muitos watts para amplificar o
acompanhamento instrumental no canto dos “corinhos”.
O Rock é santeiro, fora e dentro das igrejas. Basta manusear cantatas disponíveis na língua
portuguesa para constatar que o Rock permeou a música pretensamente sacra: encontramos
elementos de Rock em cantatas que são executadas em nossas igrejas.
Nos últimos 20 anos, especialmente depois da mudança de rumo no Rock dos Beatles,
compositores e intérpretes aliaram-se ao Satanismo (Satan-Rock), o qual difundem por todo o
mundo.
Comprovada e inegavelmente, o Rock desenvolveu-se à sobra do “Hare Krishna”, seita induísta
trazida em 1965 da Índia para os Estados Unidos, e Inglaterra, pelo guru Backtivedanta Swani
Prabhupanda.
A experiência das drogas e a influência da religião hinduísta mudaram os rumos do Rock anglo-
americano. A canção “Lucy in the Sky Diamonds”, dos Beatles, era uma alusão ao LSD. A técnica
hinduísta do mantra foi utilizada pela tecnologia ocidental: daí surgiu o “back ward masking
(mensagens subliminares em reverso)”. Os discos “Living in the Material Word” (Vivendo no
Mundo Materia) foram elaborados por George Harrison sob a influência do “Hare Krishna”.
“Magical Mistery Tour” de 1967, revela o orientalismo então experimentado pelos Beatles.
George Harrison visitou a Índia em 1967 e foi iniciado por Prabhupanda nos segredos mântricos
do “Hare Krishna”.
Com a ajuda de seu engenheiro de som, arranjador e produtor de fitas magnéticas, Gerorge
Martin, os Beatles conseguiram uma galáxia de efeitos eletrônicos da era espacial, parcialmente
através de uma mistura de fitas magnéticas que giravam ao contrário e a várias velocidades (ver:
“TIME”, out. 1983, p.78). Os Beatles empregaram eficientemente a técnica eletroacústica de
gravação invertida em fita magnética, conhecida como “backward masking”.
Essa técnica tem sido instrumento do Satan-Rock. Parece que a exploração da técnica teve
origem em 1967 numa curiosa experiência de George Martin, o sonoplasta dos Beatles: ao juntar
duas composições separadas, uma de Paul Mc Cartney, outra de John Lennon, conseguiu uma
música nova, que foi intitulada “A Day in the Life” (Um Dia na vida). Uma experiência mais
profunda foi a realização, em 1968, da canção “Revolution nº 9”, que teve duas versões diferentes,
com os Beatles.
Não sabemos por quanto tempo mais estarão sujeitos à influência da música do Rock santeiro…
Lamentavelmente, o Rock penetrou no ambiente sagrado das igrejas. Em visita recente a uma
igreja evangélica observamos o seguinte: não havia órgão, nem piano, mas um conjunto de Rock
(guitarra elétrica, teclados eletrônicos, bateria, instrumentos de percussão), que acompanhava o
canto de uma rapaz e uma moça cada qual acompanhando o seu microfone, ampliado por um
potente equipamento de som; ninguém possuía hinário, porque as letras dos “corinhos” eram
projetadas na parede atrás do púlpito. Era a Contracultura trazida pelos jovens e aceita pela igreja.
Ao final do “corinho”, a congregação (ou plateia?) batia palmas. A moça comportava-se como uma
“chacrete” e o rapaz parecia cantor de Rock.
Que podemos esperar de uma igreja evangélica que acolhe a Contracultura, que contesta e rejeita
a tradição musical, baseada nos hinos cantados com espírito reverente?
Cabe aos líderes conscientes orientar amorosamente os crentes desavisados, para que saibam
existir limites entre a música sacra e profana, os quais devem ser preservados em benefício do
ambiente espiritual dos cultos de nossas igrejas.
Mais alguma coisa tínhamos para compartilhar, mas sentimos que nosso paciente leitor está
desejoso de ler as páginas inspiradas e corajosas deste livro, escritas por Jefferson Magno Costa,
Claudionor de Andrade, Gilberto Moreira e Geremias do Couto.
Merece encômios (elogios) a iniciativa editorial da CPAD que coloca ao alcance do povo
evangélico do Brasil informações a respeito do Rock, tendo em vista adiverti-lo dos perigos de mais
uma insidiosa arma do diabo – a música popular.
Rogamos a Deus que os líderes das igrejas meditem sobre as advertências deste livro e
contribuam para manter imaculada a música que os evangélicos brasileiros ouvem – fora e dentro
das igrejas!
Mansão “MARCRIS”
Brasília DF
24 de maio de 1986
Rolando de Nassáu.
Rolando de Nassáu é, desde 1951,
crítico musical de “O Jornal Batista”
e autor do livro “Introdução à música Sacra”
Brasília DF, em 24 de maio de 1986.
O berço da mensagem oculta do rock
(Jefferson Magno Costa)
A influência cultural e espiritual da música
“Cantemos o hino 124 da Harpa Cristã”. De harpas em punho, a igreja entoa solenemente o hino
Adoração, e, pouco a pouco, as vozes unidas adquirem tonalidades de céus, mar, cedros, grama
verdejante. O culto está iniciado. O sentimento de louvor e adoração se apossa suavemente do
coração de todos: homens, jovens, velhos e meninos louvam o Redentor. Ventos, chuvas, raios e
trovoadas; sol, lua e coros estrelares são convocados para esta adoração. Um mesmo sentimento une
a igreja através da mais arrebatadora e espiritual das artes: a música.
O que é música? De que modo ela consegue traduzir os sentimentos e aspirações do ser humano,
como ocorre nesse culto onde está sendo cantado o hino 124? Que lugar ela ocupa na cultura
evangélica? Que forma tem assumido na decorrer de sua evolução entre os seres humanos? Satanás
pode influenciá-la? Como e com que finalidade foi inventada essa técnica de inverter mensagens
dentro de músicas (Backward Masking)? Podemos fazer uso do rock para louvar a Jesus? Estas e
muitas outras perguntas os autores deste livro procuram responder. Nosso alvo principal é alertar a
Igreja quanto à influência que determinado gênero ou técnica musical pede ter sobre o ser humano.
Para posicionarmos o leitor dentro do nosso tema, vejamos em que consiste a essência da música e
sua origem.
Essência e origem da música
A essência da música, ou o belo musical, reside na feliz harmonia dos sons consonantes e
dissonantes, e na intensidade de penetração da emoção transmitida. (São considerados sons
consonantes aqueles que produzem impressão agradável ao ouvido; inversamente, os sons
dissonantes são aqueles que produzem sensação desagradável ao ouvido). De acordo como tom em
que é executada – o tom maior é próprio das canções de alegria; o menor, é próprio das canções
tristes e melancólicas – a música pode vibrar o nosso coração e nossa alma, “mexer com a gente”,
na expressão de Mário de Andrade, ou transportar-nos às regiões eternas e nos aproximar de Deus.
Alguém chegou a dizer que a música é um pouco do Céu sobre a Terra. (Esse pensamento não vale
para toda e qualquer música, é evidente).
Jacques Stehman, historiador francês, afirmou a música foi a primeira linguagem do homem
primitivo. Durante longos séculos permaneceu como oração, utilizada na invocação à divindade.
Finalmente, misturando-se com o mundo profano, tornou-se também em divertimento, e igualmente
um instrumento de mensagens destruidoras, satânicas.
Porém, não se sabe exatamente quando, nem como a música surgiu na Terra. Além dos anjos, que
no Céu eternamente louvam o Senhor, é possível que os portentosos ruídos da Criação tenham sido
os componentes da grande orquestra que pela primeira vez encheu de sons o Universo. A música é
de origem divina, e só Aquele que inspirou no homem todas as artes, sabe como ela começou.
As várias formas que a música tem assumido, desde os cantos rituais primitivos, passando pelo
canto dos combatentes da Antiguidade, pela música dos festejos dionisíacos (orgias), pelas
oferendas musicais dos povos antigos, pelos ajuntamentos festivos de rapazes e donzelas nos
campos, vales e bosques, durante comemorações folclóricas, estão muito distantes da unção e
sublimidade dos hinos cantados pela Igreja primitiva nos subterrâneos das catacumbas de Roma;
estão imensamente afastadas da tonalidade do canto gregoriano da liturgia católica, ou corais
criados por Martinho Lutero, ou do sentimento que une os irmãos, ao cantarem: “Adorai o Rei do
Universo/ Terra e Céus, cantai o seu louvor/”, ou da diabólica e atual música do Kiss, e das
mensagens (invertidas) em Backward Mascking.
O Som e o Ritmo, os elementos formais da música, são tão velhos como o homem. Muitos
historiadores supõem que o zumbido da corda do arco, o rumor do vento nas árvores e nos caniços,
o cantar dos pássaros e os anseios espirituais do homem tenham sido os responsáveis pelo
despertamento da sensibilidade humana para a música. Poeticamente alguém escreveu: “Adão foi
início da escultura, assim como Eva foi o começo da poesia. O desenho nasceu muito mais tarde.
Nasceu talvez do remorso de Caim. E a música, de onde nasceu? A música nasceu da saudade que
Adão sentiu de Abel”.
Instrumentos musicais nas descobertas arqueológicas
Está provado que desde tempos imemoriais existe no homem um impulso natural para a música.
Descobertas arqueológicas de baixos-relevos egípcios mostram cantores e bailarinos a distraírem os
faraós, em cantatas e desfiles rítmicos. A pintura, a escultura e as decorações de vasos e estampas
constituem uma documentação preciosa das atividades musicais do homem da idade da pedra, do
bronze, e das civilizações egípcia, grega, hindu, chinesa e outras.
Hoje, os museus do mundo expõem aos olhos dos estudiosos, liras sumerianas, sinos pré-
babilônicos de argila e de metal, harpas, flautas e alguns instrumentos de percussão egípcios,
trompas da idade do bronze, saltérios, alaúdes, chocalhos duplos, cornetas, etc. Alguns historiadores
afirmam que os egípcios possuíam harpas de espantosa riqueza. Sobre madeiras raras, usadas na
fabricação de instrumentos, brilhavam o ouro, a prata e as pedras preciosas.
Nas mãos dos gregos a música adquiriu uma dignidade e uma perfeição até então desconhecidas.
Platão, um apaixonado da música, fez uma seleção das melodias pela influência que exerciam sobre
o povo, indicando músicas para finalidades guerreiras, estimulativas e educativas.
A música entre os judeus
Por ter surgido no meio de um povo profundamente marcado pelo sofrimento e peregrinações, a
música judaica – ora incandescente e lírica, ora serenamente triste – acendeu a chama de esperança
ou marcou momentos de aflição do judeu. Nos templos bíblicos, a música judaica foi ritualística,
acompanhando o serviço sacrificial. Mas esteve também muito ligada à profecia, como no caso de
Elias: “Ora, pois, trazei-me um tangedor. E sucedeu que, tangendo o tangedor, veio sobre ele a Mão
do Senhor”, 2 Reis 3.15; e no caso de Saul: 1 Samuel 10.10,11.
A primeira referência a um músico na Bíblia encontra-se no livro de Gênesis, 4.21. Após o
dilúvio, quem primeiro referiu-se à música foi Labão, o sogro de Jacó: Gênesis 31.27. Os judeus
comemoravam suas vitórias com cânticos de triunfo: Êxodo 15.1-21 e Juízes 5.1-32. Davi, tangendo
a harpa, fazia com que um espírito deixasse de atormentar Saul: 1 Samuel 23.16.
Célebre era a festa da Retirada da água em Sucot, quando uma enorme multidão, que se reunia
no Pátio das Mulheres do Templo de Jerusalém, cantavam canções de alegria e louvor, empunhando
lanternas acesas e carregando jarras de água nos ombros, enquanto os levitas executavam músicas
com a lira, a harpa, os cíbalos, as trombetas e inúmeros outros instrumentos.
Natham Ausubel informa que “embora cerca da metade dos 150 hinos incluídos no Livro dos
Salmos fosse destinada (conforme indica as inscrições sobrepostas e as instruções que neles se
encontram) a ser cantada com acompanhamento instrumental pelos coros levitas no serviço do
Templo no Monte Sion, e embora haja mesmo uma certa base para se crer que cada um deles
deveria ser cantado segundo um modo musical específico, bem conhecido dos judeus daquela
época, não existe qualquer indicação de quais seriam as melodias ou entonações”.
A música judaica iria inspirar toda a sublime criação musical do cristianismo. Na Harpa Cristã,
ela teria o seu conceito dilatado. Santo Ambrósio (sec. IV) assim a definiu: “A música e a poesia são
as duas asas com as quais a alma movida pela esperança, pelo arrependimento e pelo amor é
transportada até Deus. A harmonia dos Céus e da Terra é um concerto do Universo, no qual os
poderes celestes, as cortes dos eleitos, todo o coro da Criação e até as ondas dos mares tomam parte.
As vozes dos homem, das mulheres e das crianças, que soam nos salmos e nos responsórios (canto
litúrgico onde o canto de um solista é respondido pelo coro), parecem-se com o murmurar das
águas”.
Cristianismo e música
Disse Jacques Stehman que “a ciência musical evoluiu através da música cristã”. Os mais antigos
cânticos cristãos são Salmos, que proveem do culto hebraico. Os primeiros cristãos imitaram a
salmodia dos judeus, acentuaram o ritmo das palavras num recitativo.
É importante sabermos que os mais antigos trabalhos da música cristã pertencem a liturgia
católica. O Kyrie (composto e utilizado pela Igreja desde as origens do Cristianismo), o Sanctus
(séc. II), o Criste (séc IV), o Agnos Dei (séc. VI), o Te Deum (séc. VI) e o Glória (séc. XI), são as
mais antigas criações musicais do Cristianismo. Historiadores afirmam que Te Deum é uma
composição poética e musical de grande magnitude. É o hino principal de ação de graças da liturgia
católica.
Segundo Friedrich Herzfel, musicólogo alemão, “o canto gregoriano (usado na liturgia católica)
é a base da música civilizada de hoje. Para trás dele, embora se encontrem princípios científicos e
formais de importância e uso constante, é outro mundo musical, sem ligação com o mundo presente.
Todas as formas melódicas empregadas nas obra-primas da música clássica, romântica e moderna se
encontram no canto gregoriano”.
Foi Gregório Magno (Gregório I), doutor da Igreja, nascido em Roma no ano de 540, o criador
do canto que hoje é conhecido como gregoriano. Reuniu todos os cantos da Igreja romana num
volume denominado “Antifonário autêntico”, que segundo escreveu Luiz de Freitas Branco,
“continha todas as cerimônias rituais do ano eclesiástico, dispostas pela ordem do culto, e foi preso
ao altar-mor da igreja de São Pedro em Roma, com umacadeia de ouro para indicar que servia de
modelo para o canto de toda a cristandade”.
Os cantos gregorianos eram estritamente vocais, sendo vedada a utilização de quaisquer
instrumento – considerados utensílios do demônio. Tinham caráter rigorosamente monódico, ou
seja: todos os elementos do coro cantavam simultaneamente a mesma linha melódica, na mesma
altura. Como reconhecem os maiores musicólogos cristãos, eram adaptações bem próximas dos
antigos modos de canto da Torah, ouvidos na sinagoga. O canto gregoriano, purificado, decantado
pelos religiosos daquela época, é o reflexo de uma vida espiritual muito elevada. 
Coube a Martinho Lutero criar o coral Protestante. Necessário é fazermos aqui um paralelo entre
os corais compostos por Lutero, e os hinos da nossa Harpa Cristã. Entre os hinos que cantamos há
alguns trazidos do folclore nórdico. Bom seria que se fizesse um estudo aprofundado sobre a gênese
dos nossos hinos, que em sua maioria foram traduzidos do inglês e do espanhol, e alguns deles, por
sua vez, já haviam sido traduzidos de outros idiomas. Mas é importante observar que Lutero mudou
radicalmente a atitude de seus contemporâneos religiosos com relação à música, indo buscar
inspirações nas melodias populares (ou folclóricas) alemãs. Por compreender a importância da
música no culto divino, e a necessidade da participação dos fiéis nos cânticos de louvor a Deus, ao
empreender a Reforma, Lutero restabeleceu o uso do canto congregacional, abandonado por volta
do século VI ou VII.
Lutero escreveu trinta e seis hinos, entre textos de inspiração própria, traduções e versificações
de passagens bíblicas. Concenius escreveu que os cantos luteranos tinham atraído mais gente para a
Reforma do que os próprios sermões e escritos de Lutero. Criticado pro se inspirar nas melodias
populares alemãs, e não utilizar o latim ao escrever suas letras, ele respondeu que não via “qualquer
razão para o diabo ficar com todas as melodias bonitas”. Os títulos de seus hinos muito se
assemelham com os títulos dos cantos da liturgia católica.
Além de Castelo Forte é o nosso Deus, ele escreveu Alegrai-vos Cristãos, Senhor Deus nós te
Louvamos, Da mais profunda dor eu clamo a Ti, Sê louvado Jesus Cristo, Cristo Jazia nos laços da
morte, Rogamos ao Espírito Santo, Conserva-nos Senhor, Junto da tua Palavra, e outros.
A música sacra influenciou todos os grandes músicos. João Sabastião Bach, com seus oratórios
de Natal e da Páscoa, suas duas paixões, e seus instrumentos prelúdicos sobre corais; Haendel, com
o seu oratório O Messias (o Aleluia é um coro desse oratório) e outras obras; Schubert, com suas
missas, e também Haydn e Liszt: estes e muitos outros devem à música sacra grande parte da
monumentalidade de suas obras.
O rock e suas consequências 
Na década de 40, os negros norte-americanos do extremo Sul do país criaram um gênero de
canto que passou a ser conhecido como rhythm and blues. Depois da 1ª Guerra Mundial, os negros
se deslocaram para o Norte dos Estados Unidos, à procura de trabalho nas indústrias. Graças a esse
deslocamento, o Blues chegou às cidades do Norte dos EUA. Nomes de compositores e intérpretes
como John Lee Hoker, Bo Diddley, Chuck Berrg e outros, tornaram-se lendários.
As cidades de Chicago tornou-se o maior mercado do blues na década de 50. As bases para o
rock’n roll foram dadas pela chamada “Chicago generation”. 
A explosão do rock ocorreu logo em seguida, com o filme e o ritmo alucinante de Bill Halley e
seus cometas, o estilo irreverente de Elvis Presley, e imensa e poderosa influência dos Beatles. Na
segunda parte deste livro, que trata da música internacional, o leitor obterá maiores detalhes sobre a
origem do rock.
Nossa missão inicial é mostrar a todos que o satanismo atualmente utilizado na música teve sua
origem no período de maior sucesso dos Beatles. Os elos religiosos que ligaram esse conjunto à
seita Hare Krishna tornaram possível o uso do método mântrico nas mensagens ocultas atualmente
utilizadas por dezenas de grupos e cantores de rock.
É lamentável que milhares de jovens, muitos deles desinformados (ou até mesmo informados
mas decididamente rebeldes) estejam consumindo esse tipo de música, este veneno que intoxica a
alma e se constitui no próprio prelúdio do “choro e ranger de dentes” dos que eternamente jazerão
sepultados nas chamas do Inferno. É temendo as ameaças dessa combinação satânica de sons, tão
sedutora e perigosa como o “canto das sereias” da mitologia grega, que nós, os autores deste livro,
estamos dando nosso alerta às igrejas.
Será que os hinos que estão sendo compostos atualmente exprimem a alegria e o profundo
sentimento do crente visitado pelo Espírito Santo? Será que as letras cantadas hoje nas igrejas
anunciam o Evangelho e proclamam a glória de Deus? Poderemos hoje dizer, como disse um antigo
cristão: “Nosso canto não é mais que um eco, imitando o coro dos anjos”? As respostas para estas e
outras perguntas o leitor encontrará ao ler este livro.
Vejamos, inicialmente, como o rock (que hoje ameaça milhares de igrejas) tornou-se diabólico.
Satanás é o pai do rock
Nove horas da manhã. Sob um céu nublado, estou caminhando em plena Avenida Rio Branco,
por entre milhares de pessoas que se deslocam apressadamente em todas as direções. Súbito, os
sinais fecham. Diante das faixas de segurança, as múltiplas fileiras de carros crescem rapidamente
na larga avenida, permitindo que a multidão cruze-a de um lado para o outro.
Ao contrário de todos os pedestres, não tenho pressa. Estou à procura de alguém. Sei que a
qualquer momento, em meio ao barulho de motores, buzinas, freadas bruscas, “cantadas” de pneus e
toda essa agitação humana que caracteriza o Centro do Rio de Janeiro, poderei encontrar um deles.
Um dos membros da seita Hare Krishna. Uma dessas pessoas envolvidas com uma das mais
terríveis correntes religiosas atualmente em plena expansão no Brasil. Essas moças e rapazes que
adoram Krishna – 95% dos adeptos da seita são jovens –, descontando-se sua condição de (também)
enganados e prisioneiros de Satanás, são perigosos por usarem em seus rituais uma prática hindu
muito antiga: O método mântrico (que inclui a inversão de fonemas dentro das músicas) – a técnica
satânica mundialmente conhecida como Backward Masking, e que está sendo atualmente utilizada
por cantores e grupos de rock no mundo inteiro.
Minha busca prossegue. Continuo a caminhar pela calçada da movimentada Avenida Rio Branco.
Ao chegar próximo d Cinelândia – onde milhares de pombos, voando por entre os edifícios ou
pousando na calçadão da praça, bicam o milho que cai das mãos das crianças – subitamente avisto
um deles. É fácil identificá-lo, graças ao seu traje, ao seu corte de cabelo e à mercadoria que oferece
aos transeuntes – incenso, colares de cordas, livros e revistas da seita Hare Krishna. As crianças
passam conduzidas por suas mães, veem aquele homem esquisito, de crânio raspado, com uma
trancinha tipo rabo de cavalo na parte de trás da cabeça, vestido de um camisolão oriental (se fosse
mulher, estaria vestido de um sari indiano – uma longa peça de tecido estampada a envolver o seu
corpo), apontam para ele e ficam querendo saber quem é e o que faz ali, segurando revistas, livros e
varetinhas fumegantes que exalam um cheiro fortíssimo.
Talvez as mães das crianças não conheçam a seita Hare Krishna a ponto de poderem dizer aos
seus filhos quem é aquele homem. Mas eu a conheço relativamente bem. Sei que ela está ligada,
através dos elos aparentemente desconectados uns dos outros, ao rock, ao processo mântrico de
inversão de fonemas dentro das músicas, ao Backward Masking – em suma: a tudo o que estamos
combatendo neste livro. 
A serpente flamígera
Posicionamento a uma certa distância, continuo a observar o homem de camisolão de cor
alaranjada. Ele é moreno, e deve ter entre 25 a 27 anos. Pela cor de seu traje, sei que é solteiro (se
fosse casado, sua roupa, segundo as normas da seita,seria branca). De alto de sua cabeça raspada
descem, lado a lado, dois finos riscos de tinta amarela que passam por sobre sua fronte e terminam
em um desenho em uma forma de serpente, exatamente sobre o osso do nariz. Eu já conheço este
símbolo. Foi lendo o livro Hatha, o ABC do Yoga (Edições de Ouro. Rio de Janeiro, S/d), escrito
por Caio Miranda (um doutrinador de yoga), que fiquei sabendo que aquele desenho na fronte dos
devotos da seita Hare Krishna chama-se Serpente Flamígera. (Flamígera: que apresenta fogo,
chamas). É uma figura esotérica, e tem o seu significado específico dentro do ocultismo hindu.
(Mas nós, que conhecemos a Palavra de Deus, sabemos que a serpente é também um dos símbolos
bíblicos de satanás: “E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o diabo, e
satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e seus anjos foram lançados com
ele”, Apocalipse 12.9).
Eis o que diz Caio Miranda acerca da significação deste símbolo: “Existe o método Tântrico, que
constitui o Kundalini-Yoga. Trata-se ele do despertamento do chamado ‘Fogo serpentino’ ou energia
do homem, a fim de nele produzir a ‘iluminação’ definitiva. É método perigoso, que exige ilimitada
pureza, sem a qual a Serpente Flamígera, ao invés de subir e dirigir-se à cabeça, desce para os
órgãos sexuais, transformando o praticante em Mago-Negro, engendrando (gerando) desgraças que
o conduzem a destruição total” (Caio Miranda . Op. Cit. P. 26).
Curiosamente, procurei saber o que significa o vocabulário tântrico, e o dicionário Aurélio me
esclareceu. A palavra está relacionada com o Tantrismo, e é assim definida: “Religião sincrética
(mistura de religiões), derivada do hinduísmo, do budismo e de cultos populares, e que se
cristalizou por volta do século XV, caracterizada pela magia e ocultismo, associado a complexo
simbolismo, à iconolatria e à prática da ioga”.
Em face destes conceitos, é fácil concluir que tudo isto está relacionado com o satanismo.
Veremos em seguida como o rock está incluído neste contexto, e porque satanás é o pai do rock.
Krishna, outro nome do diabo?
Continuo a observar o homem de cabeça raspada. Estou
aguardando uma oportunidade de entrar em contato com ele e
colher algumas informações. Mas há sempre alguém se
aproximando para comprar incenso. Talvez essas pessoas não
saibam exatamente o que estão levando para casa, mas compram-
no, movidas pela curiosidade ou pelo fato de saberem que aquele
artigo é oriental, é diferente (Satanás sempre procurou explorar
essa predileção pelo “diferente”, pelo “misterioso”). 
O leitor desde já deve ficar sabendo que o grande mal que a
seita Hare Krishna representa para os ocidentais tem a ver com os
meios que seus propagadores utilizam para fazer novos adeptos.
Satanás (ele é o próprio Krishna) se apossa dos membros dessa
seita através dos cinco sentidos: a visão, o olfato, o tato, o paladar e
a audição. E foi nas músicas mântricas utilizadas pela seita no
campo da audição que os roqueiros se inspiraram para criar o
Backward Masking. Curiosamente, a definição que encontrei
desse “deus” hindu (Krishna) em um livro de história das religiões
da Índia (in Jorge Bertolaso Stella. As Religiões da Índia. Imprensa Metodista. São Paulo. 1071. P.
78) foi essa: “Krishna é o descrito, por uns, como um herói de tipo pastoril, por outros como uma
personificação do sol noturno (Krishna = negro)”. Sol noturno!… Essa expressão me faz lembrar o
que o profeta Isaías escreveu no capítulo 14 do seu livro, acerca da queda de Lúcifer (versículo 12):
“Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste lançado por terra, tu que
debilitava as nações!”. Uma estrela que caiu do céu, que perdeu seu brilho, pode muito bem ser
chamado de sol noturno – aquele que não brilha mais.
Krishna, Beatles e Backward Masking
 Finalmente o adepto da seita Hare Krishna me vê. Nota minha curiosidade e acena com as
varetinhas de incenso, oferecendo-as. À medida que me aproximo, o cheiro de incenso torna-se
mais forte, a ponto de incomodar. Após trocarmos algumas palavras, ele abre a revista do
Movimento Hare Krishna (o Avatara Dourado), aponta alguns títulos e figuras e diz que os Hare
Krishnas possuem templos em vários Estados brasileiros e estão espalhados em muitos lugares do
mundo. (Ele nem suspeita que é do meu conhecimento que os russos os condenaram como “um
grupo de alienados”, segundo noticiou em 1983 a Gazeta do Povo, de Curitiba, PR. O jornal carioca
O Globo também noticiou que a justiça americana teve que punir essa seita em 160 bilhões de
Figura 1: "Krishna" em sua forma
cósmica
cruzeiros, por eles terem mantido presa Robin George, uma moça de 23 anos. Ela afirmou que a
seita a submeteu a uma lavagem cerebral, “fazendo-a acreditar que seus pais eram demônios”).
Procuro deixar bem claro àquele homem que meu interesse gira tão somente em torno da música.
Não estou interessado em incenso, livros, colares ou revistas. Pagarei por qualquer esclarecimento
acerca do método mântrico que sua seita usa nos cânticos religiosos. Falo dos Beatles, toco no nome
de George Harrison, quero saber qual é o ponto de ligação que o Backward Masking (o retrocesso
oculto usado nas músicas de rock) tem com o mahamantra Hare Krishna (isto é: O Grande Canto
para a libertação da mente, segundo eles o denominam, entoado pelos adeptos de Krishna durante os
seus rituais em nome desse deus hindu). Sua resposta é taxativa: Se eu comprar alguns de seus
artigos, ele me conseguirá uma entrevista com um dos gurus (líder, mestre, guia espiritual) da seita
aqui no Rio, e então poderei obter maiores elucidações (esclarecimentos) acerca do assunto. Porém,
subitamente o devoto de Krishna revela algo que em muito facilitará o desmascaramento de uma
das mais terríveis invenções de satanás: o gênero musical mundialmente conhecido como rock. Diz
ele que, na condição de adepto do Hare Krishna, não lhe é totalmente desconhecido o processo de
inversão de fonemas dentro de músicas; porém é a única coisa que pode me dizer no momento,
acrescenta. Era esta a confirmação que me estava faltando. Preciso falar com esse guru.
O diabo está escravizando através dos cinco sentidos
O rapaz de camisolão alaranjado rabisca rapidamente em um papel um endereço, enquanto eu
compro alguns de seus produtos – que servirão como fonte de pesquisa – e caminho em seguida
para a estação do metrô, na Cinelândia.
Desço a escada rolante, compro no guichê um bilhete ida-e-volta, passo na roleta automática, e
após alguns minutos de espera, embarco na composição do metrô. Sentado em um dos bancos de
acrílico verde, começo a ouvir os ruídos cavernosos e finos das rodas sobre os trilhos. Como um
comprido monstro metálico e olhos de fogo, no interior do túnel, o trem do metrô corre velozmente,
enquanto meu pensamento se distancia para longe daquele caminho escuro e subterrâneo, e põe-se a
divagar (distrair-se) ao ar livre, em plena luz do dia, por entre pessoas apressadas que caminham a
dezenas de metros acima de minha cabeça.
Muitas delas não sabem que satanás está trabalhando ativamente para aprisioná-las através dos
cinco sentidos. Ele sempre procurou “portas” por onde pudesse penetrar no corpo e na mente do
homem. A seita Hare Krishna, que faz parte de todo esse “lixo espiritual” importado do Oriente para
o Brasil, é quem melhor está explorando os cinco sentidos do ser humano, tanto no processo de
adoração do seu “deus”, como na conquista de novos adeptos. É uma técnica sofisticada e astuta,
que visa o aprisionamento espiritual. Procuremos identificar, rapidamente, as quatro ciladas que,
juntamente com a música, o demônio tem armada para aprisionar milhões de pessoas. (Entre elas
está George Harrison, o ex-Beatle que trouxe para o rock o ocultismo da seita Hare Krishna).
A influência maligna que entra pelos olhos
O uso da visão nas práticas ritualísticas da seita diz respeito à pintura.Existem, em todos os
templos da ISKON – Sociedade Internacional para a Consciência de Krishna – quadros místicos
simbolizando Krishna e outras “divindades” da Índia. É fácil constatar o quanto essas gravuras estão
envolvidas com o demonismo. Basta observá-las atentamente. Além dessas ilustrações existentes
nos livros e templos da seita Hare Krishna, estão sendo vendidos pelo Brasil afora centenas de
quadros que escondem figuras diabólicas por entre os traços do desenho normal.
O odor que aprisiona
No que tange ao olfato, o incenso usado pelos membros da seita tem por finalidade preparar o
caminho para uma possessão demoníaca. Eis as palavras que encontrei escritas em um envelope
contendo varetinhas aromáticas preparadas pela seita: “O incenso viajou por antigas rotas mercantes
interligando cantos distantes do mundo, com suas exóticas fragrâncias destinada a poucos
privilegiados. Apreciado por suas propriedades medicinais, sua capacidade de inspirar uma miríade
(milhares) de estados de espírito como uma oferenda, durante as meditações, um ritual de
purificação, assim como um presente original do Mago, o incenso tem uma multiplicidade de usos
maravilhosos. Por milhares de anos os místicos tiveram conhecimento de que aromas puros abrem
as portas de percepção a novas dimensões de experiência”.
Como se vê claramente, o incenso que a seita usa é dotado de propriedades que despertam
reações extrassensoriais (espirituais), e tem um envolvimento ocultista. Voltarei com mais
informações sobre este assunto quando estiver analisando a famosa entrevista que o ex-Beatle
George Harrison concedeu ao guru.
Dançar para Krishna
A dança envolve o corpo, isto é: envolve vários órgãos do corpo, o campo sensorial, o tato,
portanto. Sabe-se que entre os adeptos do Candomblé e da Umbanda, a dança é um dos fatores que
predispõem o corpo para a possessão demoníaca. Assim também ocorre entre os adeptos do Hare
Krishna. Eles dançam ao som de seus instrumentos até entraram em “êxtase”, em transe espiritual.
Alimentos oferecidos a Krishna
Quanto ao ao aprisionamento através do paladar, sabe-se que os adeptos da seita são doutrinados
a oferecer sua alimentação (de base vegetariana) a Krishna. Essa prática faz parte da bhakti-yoga,
ou seja: a yoga da devoção. Eles afirmam que após esse oferecimento, a comida torna-se
“espiritualizada” e passa a se chamar prasadam. Porém a Palavra de Deus condena a comida
oferecida a ídolos: “Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, não vos impor mais encargo
algum, senão estas coisas necessárias: Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do
sangue, e da carne sufocada, e da fornicação; das quais coisas fazeis bem se vos guardardes. Bem
vos vá” (Atos 15.28,29)
O grande perigo disso tudo está nessa onda de vegetarianismo que pouco a pouco invade as
grandes cidades. Porém, devo salientar aqui que o vegetarianismo em si é saudável, nenhum mal há
nele. Daniel e seus três amigos na corte de Nabucodonosor optaram pelo vegetarianismo “para não
se contaminarem com os manjares da mesa do rei” (Daniel 1.8-12). Porém, a maioria dos
restaurantes e casas que servem alimentos vegetarianos estão envolvidos com seitas orientais
ocultistas. As pessoas desavisadas que frequentam tais ambientes não sabem que, na maioria das
vezes, aquela comida foi oferecida a algum ídolo oriental, após ter sido preparada por alguém para
que o ato de comer deixou de ser puramente orgânico e fisiológico, e passou a ser espiritual.
Cante e seja prisioneiro de Krishna
Cantar (a quinta e última porta de penetração satânica aqui analisada, diz respeito à música. Seu
envolvimento com o satanismo é a razão de termos escrito este livro) constitui-se no principal fator
de aprisionamento espiritual utilizado pela seita a que pertence o ex-Beatle George Harrison.
Cantar, ainda, é uma das práticas que melhor predispões o ser humano às manifestações espirituais.
“Cantar o mantra Hare Krishna é libertar a mente de todo pensamento”, dizem os adeptos da seita.
Ao que eu acrescento: equivale a fazer uma lavagem cerebral. Esvaziar a mente através do uso de
mantras é prepará-la para que o maligno faça nela sua morada.
Mas o que é, na verdade, um mantra? Esta e outras informações eu as obtive quando
desembarquei do metrô na estação da Glória e subi a ladeira ao lado da antiga igreja (vazia,
silenciosa, com seus círios apagados e seus ídolos mudos) que deu nome ao bairro. Não foi difícil
encontrar o guru dos Hare Krishnas cariocas, e também não foi necessário conversar muito com ele
para que ficasse bem claro que só os iniciados na seita podem obter dos seus líderes maiores
explicações acerca do método mântrico.
Após a conversa que tive com aquele homem, um detalhe muito importante ficou esclarecido: o
Backward Masking, essa técnica satânica introduzida na música e difundida entre os grupos
satanistas de rock, tem muito a ver com os contatos que o ex-Beatle George Harrison manteve em
1967 com Bhaktivedanta Swami Prabhupada, o homem que trouxe a seita Hare Krishna da Índia
para os países ocidentais. Em suma: o satanismo da seita foi transferido para a música dos “garotos
de Liverpool”, e estes, por sua vez, influenciaram outros grupos e o público.
O que está por trás do rock
A mais nova arma de que o demônio está se utilizando contra a humanidade é conhecida em todo
o mundo pelo nome de Backward Masking (Máscara ao contrário, ou Retrocesso oculto). Mas o que
é isso? Perguntará o digníssimo leitor. E eu lhe direi que a técnica da “máscara ao contrário”
consiste em se colocar mensagens satânicas invertidas dentro de músicas. Como? Mensagens
invertidas dentro de músicas? Em forma de que, por que são invertidas e com que objetivos estão
sendo usadas? Responderei estas perguntas na mesma ordem em que elas foram feitas.
Em primeiro lugar, essas mensagens são constituídas de frases faladas ou cantadas. Para
entendermos melhor como funciona esse mecanismo, basta sabermos que quando um desses
“garotões” põe para tocar em seu aparelho de som um disco de rock (ou qualquer outro gênero
musical não sacro), ele pode estar recebendo, ao mesmo tempo em que está ouvindo a música sendo
tocada em sentido normal, uma mensagem satânica que foi gravada em sentido inverso, e que pode
ser perfeitamente ouvida se o “garotão” fizer com que o seu toca-disco gire em sentido contrário.
Mensagens invertidas dentro de músicas
Creio que a maioria dos leitores, ao chegarem a este ponto de explicação do que seja o Backward
Masking, farão a seguinte pergunta: Mas por que alguém gravaria uma mensagem de forma inversa
dentro de uma música se o mais prático e eficaz seria gravá-la normalmente, de forma direta? Ao
levantarem esta questão, os leitores estarão também repetindo a segunda das três perguntas a que me
propus responder sequencialmente, há algumas linhas atrás. E para respondê-la, farei uso de uma
informação do pastor norte-americano Gary Greenwald, que há vários anos vem alertando a todos
acerca da música invertida e o perigo que ela representa para a humanidade.
Disse o pastor Greenwald que após vários estudos empreendidos pela Universidade de Stanford e
Universidade de Los Angeles, nos EUA, chegou-se a conclusão de que a nossa mente rejeita tudo
aquilo que é contrário a nossa fé, tudo aquilo em que nós não queremos acreditar. Porém, se essas se
essas coisas maléficas forem enviadas à mente de forma contrária (invertida), elas poderão penetrar
[livremente, sem a censura do lado consciente da mente] e se alojar no inconsciente, passando a
exercer terríveis influências na vida espiritual e comportamental em geral dos indivíduos atingidos
por elas. (Não é à toa que desde a década de 60, as imprensas europeia e americana vêm divulgando
o aumento do uso de drogas no mundo, a difusão das ideias materialistas em todas as camadas
sociaise o alto índice de suicídio entre os jovens).
Mas o pior é que, antes de os cientistas ficarem sabendo da existência desse mecanismo de
defesa de nossa mente, o diabo já sabia disso. Ele sabe bem que nenhuma pessoa em perfeito uso de
suas faculdades mentais permitiria que alguém colocasse em sua mente mensagens negativas e
convidativas à autodestruição. Ele sabe também que jamais a mente de um crente armazenaria algo
que insultasse o Nome de Deus ou exaltasse o príncipe das trevas. Porém, o diabo também sabe que
existe um meio de burlar (enganar) esse mecanismo de defesa: basta inverter a mensagem. 
E é isso que todos os grandes grupos de rock e cantores (inclusive brasileiros) que rendem culto
aberto (ou não publicamente declarado) a satanás, estão fazendo com quase todas as suas músicas:
usando-as como veículo de Backward Masking para mensagens satânicas. A resposta à última das
três perguntas feitas (“com que objetivo as mensagens invertidas estão sendo usadas?”) é esta:
satanás está utilizando a música – essa sublime arte criada no Céu, pelo Altíssimo – para fins de
aprisionamento e destruição espiritual de todos os que não estão ainda conscientizados de que ela
pode ser usada para fins satânicos, assim como muitos a utilizam com o propósito de louvar o Nome
do único que é digno de toda honra e toda glória: Jesus (Yeshua) Cristo. Mas nós estamos aqui para
desmascarar o demônio.
A escravidão que veio da Índia
Apesar da expressão Backward Masking ser composta de suas palavras inglesas, essa técnica de
inversão de mensagens não se originou na Inglaterra ou nos Estados Unidos, como a maioria dos
leitores poderia pensar, e sim na Índia, esse país milenarmente mergulhado em uma profunda
confusão espiritual. Mas de que modo um país asiático tão distante como a Índia poderia influenciar
religiosamente o Ocidente, sobretudo quando essa influencia envolve países tradicionalmente
protestantes, como a Inglaterra e os Estados Unidos? Essa seria uma exelente pergunta que qualquer
leitor inteligente faria. E é fácil respondê-la. Basta sabermos que o inglês é uma das línguas oficiais
da Índia, a segunda mais falada após o hindi. E o idioma é o maior veículo de influência cultural.
Porém, quanto ao meio de contaminação dessa praga que está tomando conta não só dos países
ocidentais, mas de todo o Mundo, resta-me esclarecer que tudo começou (para nós, os ocidentais)
após o ex-Beatle George Harrison visitar a Índia em 1967.
Contudo, para ser mais preciso, vale salientar que dois anos antes,
um homem – um monge – de uma até então desconhecida seite
hindu – chamado Bhaktivedanta Swami Prabhupada, mudara-se
para o Ocidente com o propósito de difundir entre os ocidentais a
seita conhecida como Hare Krishna. Em uma entrevista
concedida a um guru (ou monge) dessa seita (traduzida em 1983
para o nosso idioma), George Harrison – que se tornou um de
seus adeptos – diz: “Lá pela época em que o Movimento Hare
Krishna veio pela primeira vez à Inglaterra, em 1969, John
Lennon e eu já tínhamos conseguido o primeiro disco de
Prabupada, Consciência de Krishna. Nós o tacamos bastante e
gostamos muito. Esta foi a primeira vez que ouvi o canto do
manhã mantra”.
Hare Krishna, Manhã-Mantra? O que significa estas palavras?
Em primeiro lugar, o leitor deve ficar sabendo que esses
vocábulos estão escrito em sanscrito, antiga língua clássica da
Índia, considerada sagrada pelos hindus. Em segundo lugar, resta-
me dizer que Hare é a forma imperativa de Hara, que significa
“vibração”, e Krishna é o nome de um “deus” da Índia, que viveu
entre os mortais (segundo afirmam os hindus) há mais de 5.000
anos. Mantra, conforme o consultadíssimo dicionário Aurélio define, é uma “fórmula encantatória
dotada do poder de materializar a divindade invocada”, ao que acrescento: É uma espécie de
invocação demoníaca cantada, semelhante às que são usadas nos rituais de Macumba e do
Candomblé.
Em minhas pesquisas sobre Yoga (que se constitui num dos mais perigosos meio de
aprisionamento mental inventado por satanás), li, curiosamente, a seguinte definição de Mantra
Yoga (que não deixa de ser o mesmo processo mântrico utilizado pelos roqueiros e adeptos do Hare
Krishna em seus cânticos): “Consiste no emprego de sons, recitativos, músicas e mantras (palavras
e sons que atuam profundamente no psiquismo), visando à obtenção de determinados estados
íntimos” (Caio Miranda, Hatha. O ABC do Yoga. Edições de Ouro. Rio de Janeiro. S/d. P. 27). O
Manhã-Mantra (o Backward Masking é uma adaptação ocidental desse método) não deixa de ser
uma espécie de Canto Maior, uma invocação mais eficaz do demônio, com a única diferença de
estar escrito em um velho idioma hindu. Mas na realidade o demônio é o mesmo.
O ex-Beatle George Harrison e suas declarações impressionantes
No dia quatro de setembro de 1982, em sua mansão na Inglaterra, George Harrison concedeu ao
guru Mukunda Goswami – um dos mais destacados líderes do Movimento Hare Krishna – uma
entrevista cujo conteúdo se constitui hoje em uma das mais importantes comprovações de uma
proposta ocultista na música dos Beatles. Nessa entrevista George Harrison, entre outras
impressionantes declarações, confessou a influêcia da filosofia Hare Krishna em vários de seus
Figura 2: Momento de transe no 
palco
discos. É o caso de Living in the Material Word (Vivendo no Mundo Material), My Sweet Lord
(Meu Doce Senhor) e sobretudo The Hare Krishna Mantra (O Mantra Hare Krishna). As
consequências disto é que milhões de pessoas passaram a cantar essas canções, e terminaram se
envolvendo com a seita.
As palavras e o seu poder oculto
Após constatar que há um poder oculto nas palavras, que se manifesta quando elas são
pronunciadas de certa maneira, sobretudo quando são cantadas, Harrison procurou explorar “o
poder mântrico da música”. Antes, ele já havia tido uma estranha experiência ao cantar o mantra
Hare Krishna: “Cantei o mantra Hare Krishna certa vez durante todo o percurso entre França e
Portugal, sem parar. Dirigi cerca de 23 horas e cantei o tempo todo. É algo que faz você se sentir um
tanto invencível. O engraçado é que eu nem mesmo sabia para onde estava indo… Quando você
começa a cantar, as coisas passam a acontecer transcendentalmente”, declarou George durante a
famosa entrevista. (Sua reprodução completa foi publicada em São Paulo, em 1983, pela
Backtivedanta Book Trust, editora dos Hare Krishna, sob o título: Cante e seja feliz, a história do
Maha Mantra Hare Krishna).
Incenso e quadros: o que há com eles?
George Harrison confessou também a influência que o incenso e os quadros exerciam sobre ele.
Mukunda perguntou-lhe o que o ajudava a fixar sua mente em Krishna. Ele respondeu: “Basta ter
muitas coisas em volta de mim que me façam lembrar dele, como incenso e quadros” (Página oito
do livro mencionado). Mais à frente, George diz algo que comprova a existência de envolvimento
satânico dos cinco sentidos nos rituais de adoração a Krishna: “Faz parte da consciência de Krishna
tentar ocupar todos os sentidos de todas as pessoas (…)
“Se você visita um templo (da seita), pode ver retratos de deus (Krishna), o que torna o processo
muito mais convidativo e atrativo: ver quadros, ouvir o mantra, cheirar o incenso, as flores e assim
por diante. Isto é o que há de bom em seu movimento. Ele incorpora tudo – o canto, a dança, a
filosofia e o prasadam (Isto é: alimentos vegetarianos, que, ao serem oferecidos a Krishna, são
considerados “espiritualizados”). A música e a dança também ocupam posições importantes no
processo…” (Páginas 9 e 10)
Com relação às pinturas com propostas ocultistas, o guru Mukunda deu outra importante
informação: “Uma das coisas que realmente tem um profundo efeito sobre as pessoas quando elas
visitam os templos ou leem nossos livros são as pinturas e esculturas feitas pelosartistas devotos.
(…) Certa vez Prabhupada disse que essas pinturas eram janelas para o mundo espiritual, e
organizou uma academia de arte, treinando seus discípulos na técnica de criar arte transcendental.
Agora, dezenas de milhares de pessoas têm essas pinturas em suas casas, sejam originais, litografias
ou posters” (Página 19).
Mukunda lembra que Bob Dylan escreveu várias canções sobre Krishna, e George Harrison
acrescenta que Steve Wonder também teve sua parcela de desenvolvimento com a seita através da
música. Porém, os Estados Unidos e o mundo só puderam saber até aonde a música dos Beatles
estava envolvida com o satanismo, e até que ponto ela poderia
influenciar alguém, quando um grupo de hippies, que costumava se
reunir para ouvir discos dos Beatles e realizar bacanais (sexo grupal)
e rituais satânicos, cometeu um dos mais chocantes crimes de toda a
história do rock. A partir daí foi que a opinião do mundo acerca da
influência da música dos Beatles começou a mudar. Os “Garotos de
Liverpool”, nascidos no país considerado um dos berços do
espiritismo moderno, a Inglaterra, não eram tão inocentes como se
pensava.
O ocultismo na música
A música usada pelos Hare Krishnas tem realmente um poder
sobrenatural. Eis um dos comentários de Harrison sobre o assunto:
“Quando você se abre para algo, é como se você fosse um sinal
favorável que atrai aquilo. Desde a primeira vez que ouvi o canto, foi
como uma porta aberta em alguma parte de meu subconsciente,
talvez proveniente de alguma vida anterior” (Página 13).
A essas alturas da entrevista, o guru Mukunda acrescenta que
“muitos grupos de rock, como o Grateful Dead e Police, tomam
prasadam (comida sacrificada) nos bastidores antes de seus
concertos” (Página 16).
Backward Masking, mensagem subliminar, satanismo, seitas orientais, contracultura – eis
algumas das maiores bombas vindas dos arsenais do inferno e lançada sobre a raça humana pelo
Arqui-inimigo de nossas almas – satanás. Ele tem levantado muitos homens para servi-lo com uma
guitarra na mão, com os lábios cheios de palavras mentirosas e irreverentes ao Nome de Deus, com
filosofias e práticas ocultistas, cumprindo o que está escrito em Marcos 13.22: “Pois surgirão falsos
cristos e falsos profetas, operando sinais e prodígios, para enganar, se possível, os próprios eleitos”.
Antes de passarmos ao capítulo seguinte, onde faremos análise dos assassinatos praticados em
duas noites consecutivas por um bando de hippies que liam o livro de Apocalipse, interpretavam a
passagem lida distorcendo-a a fim de encontraram base para a profanação e para crime, ouviam
músicas dos Beatles cheias de mensagens subliminares, e em seguida saíam com o abjetivo de
assassinar pessoas ilustres, para “livrá-las da prisão do corpo”, vejamos ainda o que pode estar por
trás do vegetarianismo.
Você frequenta restaurantes vegetarianos? Cuidado!
O guru Mukanda, na longa conversa que teve com George Harrison, informou a este que até
aquela data de 1982, a seita havia distribuído, em banquetes gratuitos realizados em centenas de
cidades de diversos países do mundo, cerca de 150 milhões de pratos de prassadam (comida
oferecida a Krishna). E George Harrison que salienta o quanto isso é fundamental no processo de
Figura 3: Roqueiro com uma 
corrente, sinal de dependência
ao diabo
aliciamento (subornamento) mental, e na tarefa de conseguir novos adeptos, novas vítima: “Dizem
que se conquista um homem pela boca, de modo que, se você pode chegar à alma espiritual de um
homem dando-lhe de comer, por que não fazê-lo? É algo que funciona (…) A prassadam é uma boa
isca nesta era de comercialismo. Quando as pessoas querem algo extra, ou precisam ter algo
especial, a prassadam fisga-os nesse ponto. Sem dúvida, a prassadam tem sido um fator muito
importante no processo de envolver mais pessoas na vida espiritual. Além disso rompe preconceitos
(Página 16,17).
Agora vejamos como a música dos Beatles e sua filosofia ocultista levaram um bando de hippies
a praticar um dos crimes mais bárbaros de toda a história do rock.
A influência dos Beatles na mente de um assassinos
Winifred Chapman, uma mulata de 53 anos que trabalha como empregada doméstica na mansão
número 10050 da Rua Cielo Drive, próximo a Hollywood, em Los Angeles, Califórnia, EUA,
caminha apressadamente rumo à entrada da mansão, pois são quase oito horas da manhã de um
sábado do mês de agosto de 1969, e ela está atrasada. Porém sua pressa não a impede de notar que
há um fio, talvez de telefone, caído sobre o imenso portão da entrada. Ao ver aquele estranho
detalhe, ela começa a se aproximar da casa com um certo receio, pois acaba de observar também
que as luzes do lado de fora ainda estão acesas.
Na garagem e no imenso gramado em frente a
luxuosa mansão da Cielo Drive há vários carros
estacionados. Isto é normal. Porém, Winifred sente que
há um estranho e pesado silêncio a envolver toda a casa.
Com cautela e receio ela entra pela porta da frente.
Realmente, há algo estranho ali. Na grande sala-de-estar
alguns móveis foram tirados de suas posições. O sofá foi
colocado transversalmente (esquinadamente) entre o
piano, a escrivaninha e a comprida mesa.
Inesperadamente, Winifred nota algo mais estranho
ainda: estendida sobre o encosto do sofá, há uma enorme
bandeira americana. Medrosa, observando-a atentamente
enquanto se aproxima do centro da sala, Winifred nota sobre a bandeira várias manchas escuras:
sangue!
Sua coragem só lhe permite chegar um pouco mais à frente até poder ver, de relance, que há dois
corpos caídos à frente do sofá, horrivelmente mutilados, cobertos de sangue. Winifred grita com
toda a força dos seus pulmões e sai correndo. Ao passar por entre os carros estacionados, vê que
dentro de um deles, um Rambler de cor branca, há um homem ensanguentado, caído para o lado
interno do assento. As pessoas que ouviram os gritos de Winifred correm em seu socorro. Dentro de
alguns minutos, atendendo a um chamado telefônico, uma viatura de polícia freia diante do número
10050 da Cielo Drive. Dois policiais, empunhando suas armas, saltam do carro, conversam
rapidamente com algumas das pessoas que socorreram Winifred, e em seguida abrem o portão e se
preparam para entrar na casa silenciosa. Antes que atravessem o gramado, outro policial chega e se
une a ele.
Figura 4: "The Beatles" vestidos com trajes 
hindus
Os três se dirigem para o carro da marca Rambler. Há realmente um
corpo lá dentro. Está sentado no lugar do motorista e tombado para o
lado. É um homem que parece não ter mais de 20 anos de idade,
cabelos avermelhados, trajando camisa axadrezada e calça jeans azul.
Sua roupa está encharcada de sangue. Os policiais inspecionam o
interior dos outros carros, mas nada encontram. Em seguida dão a volta
à casa e se dirigem para o local onde há arbustos, flores e árvores. A
água azul-esverdeada da piscina reflete a luz suave da manhã. De
repente, um deles percebe que, próximo à porta lateral da mansão estão
estendidos os corpos ensanguentados de um homem e uma mulher.
Trajando calça de várias cores e camisa vermelha, ele está caído de
lado, a cabeça repousando no braço direito, a mão esquerda segurando
na grama. A mulher, que parece ter pouco mais de 20 anos, está caída
de costas, os braços estendidos, e camisola ensanguentada, descalça,
com os longos cabelos negros soprado pela brisa suave da manhã. Para
eles a eternidade começara ali. 
Rapidamente os policiais resolvem se separar para entrar na casa. Se
houver alguém armado á dentro, não conseguirá alvejá-los de uma só
vez. Após inspecionarem vários cômodos, chegam à sala-de-estar. Ali, mais uma vez eles ficam
profundamente chocados com a cena que veem. Caída de lado, diante do sofá está uma moça loura,
em adiantado estado de gravidez. É Sharon Tate, esposa do cineasta Roman Polanski. Seu corpo foi

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