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A saúde, diz o ditado popular, começa pela boca. Neste caso, o senso comum coincide com os conhecimentos científicos e todo bom profissional de saúde sabe que não há saúde sem saúde bucal. A expressão “saúde bucal” corresponde, portanto, a um conceito relativamente complexo que não pode ser reduzido à saúde dos dentes, ou a considerações sobre uma ou duas enfermidades, definidas arbitrariamente. Para a OMS, a saúde bucal é parte da saúde geral, essencial para o bem-estar das pessoas,destaca que esta corresponde a muito mais do que ter bons dentes, abrangendo o denominado complexo craniofacial, constituído pelas estruturas e tecidos dentários, bucais, faciais e do crânio. Por essa razão, o enfrentamento, em profundidade, dos problemas nesta área exige mais do que ações assistenciais desenvolvidas por profissionais competentes. A OMS assinala ainda que as doenças bucais implicam restrições de atividades na escola, no trabalho e na vida doméstica, causando a perda de milhões de horas dessas atividades, a cada ano, em todo o mundo. Instituído em 2004, o Brasil Sorridente, coordenado pelo Ministério da Saúde, já é o maior programa de assistência odontológica pública e gratuita do mundo. Segundo o coordenador-geral de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, Gilberto Pucca, os investimentos no Brasil Sorridente passaram a proporcionar à população tratamentos que antes eram oferecidos quase que exclusivamente pelo setor privado. Desde a criação do programa, houve também um grande aumento de equipes de Saúde Bucal na Estratégia Saúde da Família. Quando o Brasil Sorridente foi lançado, existiam 4.200 equipes, e hoje são mais de 22 mil equipes, presentes em 4.486 municípios. Uma grande novidade do programa é a implantação de próteses dentárias. Hoje temos 1.304 municípios com Laboratórios Regionais de Próteses Dentárias (LRPDs) credenciados pelo SUS”. Existem ainda Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs), onde têm acesso a cirurgias ou a tratamentos de canal, por exemplo, ou aos laboratórios regionais de prótese. Com o Brasil Sorridente, o Ministério da Saúde disponibilizou recursos para implantar a fluoretação nas cidades que não possuíam e com isso reduzir a incidência de cáries na população. “A cárie é um dos principais problemas de saúde pública e 65% já recebem a fluoretação. A nossa expectativa é que alcancemos 100% do abastecimento público”. Unidades móveis – Populações que vivem em locais de difícil acesso aos serviços convencionais de saúde, como assentamentos rurais ou quilombolas, não foram esquecidas pelo plano de ampliação da rede de assistência odontológica no SUS. Cada unidade conta um consultório equipado com cadeira odontológica, kit de pontas (motor), cadeira do dentista (mocho), refletor, amalgamador e fotopolimerizador (equipamentos que fazem o preparo dos produtos utilizados nas restaurações dos dentes), aparelho de raios-X e autoclave (para esterilização dos instrumentais). Cirurgiões Dentistas – Com o aumento do acesso ao serviço de saúde bucal no país foi possível ampliar a oferta de trabalho para os profissionais que atuam nessa área. Hoje, a cada três profissionais, um têm vínculo com o Sistema Único de Saúde. O dia 25 de outubro foi escolhido como o Dia Nacional de Saúde Bucal para alertar a população sobre os cuidados de higiene da boca e prevenir várias doenças. Nesta mesma data, comemora-se também o Dia do Cirurgião Dentista. E o país tem muito o que comemorar. Referências: http://www.blog.saude.gov.br/servicos/31358-saude-comemora-avancos-na-area-de-saude-bucal.html http://www.tempusactas.unb.br/index.php/tempus/article/view/1039/948
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