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Regulametacao de visita - Douglas Afonso

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EXELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA 
COMARCA DE SÃO JOAO DE MERITI – RIO DE JANEIRO. 
 
 
 
 
DOUGLAS AFONSO, brasileiro, chefe de setor I, solteiro, carteira de 
identidade nº22222, inscrito no CPF sob o nº 111111, residente e domiciliado na 
Estrada da Palhada, N° 2, Riachão, Nova Iguaçu-RJ, CEP: XXXXX-XXX, vem à 
presença de Vossa Excelência, por meio do seu Advogado, infra assinado, ajuizar: 
 
AÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO DE VISITA. 
 
Em face de sua filha MARIA EDUARDA AFONSO, representada por sua genitora 
JÉSSICA CRISTINA, portadora da carteira de identidade nº 444444, inscrita no CPF 
sob o nº 333333, residente e domiciliada na Rua da Frota, Nº 222, casa 03, São 
João de Meriti – RJ, CEP: XXXXX-XXX pelos fatos e fundamentos a seguir 
expostos: 
 
I. DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA. 
Inicialmente, afirma a requerente, ser merecedora do benefício da gratuidade de 
justiça, conforme o artigo 4º da Lei 1.060/50 e com suas respectivas alterações 
introduzidas pela Lei 7.510/86, haja vista não possuir a capacidade de arcar com o 
pagamento das custas processuais e honorárias advocatícias sem prejuízo de sua 
subsistência, conforme afirmações de hipossuficiência econômica da autora em 
anexo. 
 
II. DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA. 
 
Em atendimento ao que prevê o artigo 319, inciso VII do CPC de 2015, opina, a parte 
autora, pela realização de intuito conciliatório. 
 
III. DOS FATOS. 
O Requerente é pai da menor, conforme certidão de nascimento em anexo. 
Diante disso busca contato regular com sua filha Maria Eduarda, contudo, 
não vem obtendo êxito por culpa exclusiva da genitora da menor, Jéssica Cristina, 
uma vez que esta vem impedindo a realização das visitas há 9 (nove) meses. 
Por consequência da negativa da genitora a um acordo amigável em prol das 
visitas regulares com sua filha, faz-se necessária a presente ação para fins de 
viabilizar o melhor interesse da criança, garantindo um ambiente saudável entre as 
partes. 
 
DA REGULAMENTAÇÃO DE CONVIVÊNCIA 
Inicialmente cumpre destacar que o direito busca, precipuamente, resguardar 
os direitos e interesses da criança, devendo ser conduzida a presente ação ao fim 
de atendê-los. 
A convivência familiar é direito garantido por lei que resguarda os interesses 
do menor. 
Mais do que um direito dos pais em, a convivência com os pais busca 
resguardar o melhor desenvolvimento da criança, conforme dispõe o "caput" do 
art. 1.589 do Código Civil: 
Art. 1.589. O pai ou a mãe, em cuja guarda não estejam os 
filhos, poderá visitá-los e tê-los em sua companhia, segundo o 
que acordar com o outro cônjuge, ou for fixado pelo juiz, bem 
como fiscalizar sua manutenção e educação. 
A doutrinadora Maria Berenice Dias ao disciplinar sobre a matéria destaca: 
"O rompimento do casamento ou da união estável dos 
genitores não pode comprometer a continuidade dos 
vínculos parentais, pois o exercício do poder familiar em nada 
é afetado. O estado de Família é indisponível." (in Manual de 
Direito das Famílias. 12ª ed. Revista dos Tribunais: 2017. pg. 
545) 
 
"O direito de convivência não é assegurado somente ao pai ou 
à mãe, é direito do próprio filho de com eles conviver, o que 
reforça os vínculos paterno e materno-filial. (...) O interesse a 
ser resguardado, prioritariamente, é do filho, e objetiva 
atenuar a perda da convivência diuturna na relação 
parental" (op. cit. p.557) 
Trata-se de princípio que deve ser mantido no presente caso, devendo ser 
incluído inclusive um pernoite ao Autor, conforme pacífica jurisprudência: 
/lei/CC/codigo-civil/art-1.589
/lei/CC/codigo-civil
/lei/CC/codigo-civil/art-1.589
AÇÃO DE ALTERAÇÃO DE VISITAS. PREVALÊNCIA DO 
INTERESSE DA MENOR. MANTIDAS AS VISITAS 
PATERNAS. Como decorrência do poder familiar, tem o pai 
não guardião o direito de avistar-se com o filho, 
acompanhando-lhe a educação e mantendo com ele um 
vínculo afetivo saudável. A regulamentação de visitas 
materializa o direito do filho de conviver com o genitor não 
guardião, assegurando o desenvolvimento de um vínculo 
afetivo saudável entre eles, mas sem afetar as suas rotinas 
de vida. RECURSO DESPROVIDO. (Agravo de Instrumento Nº 
70080274657, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, 
Relator: Liselena Schifino Robles Ribeiro, Julgado em 
21/03/2019). #3815250 
 
Portanto, para atender ao interesse da criança envolvida, a convivência 
familiar deve ser promovida da seguinte forma: 
 
 
1 Em finais de semana alternados, apanhando a filha na residência da genitora, 
a saber: Rua da Frota, Nº 222, casa 3, São João de Meriti – RJ, aos Sábados, 
às 09:00 horas e devolvendo-a no mesmo local, no domingo as 19:00 horas; 
2 Um dia semanalmente (sempre com aviso prévio á genitora no dia anterior), o 
autor pegará e devolverá a criança na casa da genitora; 
3 Na primeira metade das férias escolares a menor ficará na companhia do pai e 
na segunda, com a mãe; 
4 Nos anos ímpares o menor passará o Natal com o autor (das 10:00h do dia 
24/12 até ás 18:00 horas do dia 25/12) e o Ano Novo com a mãe (das 10:00h 
do dia 31/12 às 18:00h do dia 01/01), invertendo-se a situação nos anos pares; 
5 No aniversário do autor e dia dos pais a menor ficará na companhia deste, 
mesmo que o dia da convivência seja com a genitora; 
6 No dia das mães e no aniversário da mãe a menor ficará em companhia desta, 
mesmo que o dia da convivência seja com o autor; 
7 Nos feriados grandes (Carnaval, Semana Santa, etc.) serão passados 
alternadamente com o pai e com a mãe. 
 
 
Vale destacar que o autor também se compromete a: 
 Respeitar os horários marcados; 
 Possuir roupas e objetos pessoais de sua filha em sua residência; 
 Não dizer coisas negativas sobre a genitora para a criança; 
 Sempre priorizar as necessidades de sua filha, comprometendo-se estar 
presente para sua filha. 
 
E, ainda, o autor se compromete a caso houver imprevistos que possa alterar 
a data da convivência, a avisar com antecedência. 
 
IV. DOS PEDIDOS. 
Por todo o exposto, REQUER: 
1. A concessão da gratuidade de justiça, nos termos do art. 98 do Código de 
Processo Civil; 
2. A citação do réu para responder a presente ação, querendo; 
3. A produção de todas as provas admitidas em direito, em especial a 
testemunhal mediante designação de audiência; 
4. Intimação do Ministério Público para intervir no feito, nos moldes do artigo 
698, do CPC; 
5. A total procedência da ação, para fixar regulamentar a convivência da menor, 
conforme planilha descritiva de fls. 03. 
6. A condenação do réu ao pagamento de honorários advocatícios nos 
parâmetros previstos no art. 85, §2º do CPC; 
7. Seja acolhida a manifestação do interesse na audiência conciliatória, nos 
termos do Art. 319, inc. VII do CPC. 
 
V. DO VALOR DA CAUSA. 
Dá-se o valor da causa R$1000,00 (Mil reais). 
 
Termos em que pede deferimento. 
Cidade, data. 
Assinatura, OAB. 
/lei/CPC/codigo-processo-civil/art-98
/lei/CPC/codigo-processo-civil
/lei/CPC/codigo-processo-civil
/lei/CPC/codigo-processo-civil/art-698
/lei/CPC/codigo-processo-civil/art-698
/lei/CPC/codigo-processo-civil
/lei/CPC/codigo-processo-civil/art-85
/lei/CPC/codigo-processo-civil/art-85,par-2
/lei/CPC/codigo-processo-civil
/lei/CPC/codigo-processo-civil/art-319
/lei/CPC/codigo-processo-civil/art-319,inc-VII
/lei/CPC/codigo-processo-civil

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