Buscar

Ética 1 UNIP - Livro texto

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 56 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 56 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 56 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Autor: Prof. Márcio Antoni Santana
Colaboradores: Prof. Santiago Valverde
 Profa. Ana Paula de Andrade Trubbianelli
 Profa. Angélica Carlini
Ética e Legislação: 
Trabalhista e Empresarial
Professor conteudista: Márcio Antoni Santana 
Márcio Antoni Santana é especialista em Direito Processual, Psicopedagogia Clínica e Institucional, possui extensão 
universitária em Direito Administrativo e Docência do Ensino Superior, especialização em MBA em Mercado de Capitais, 
graduação em Ciências Jurídicas e Sociais, e Licenciatura Plena em Pedagogia. Atua como advogado e defensor público 
conveniado pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo nas Áreas Cível, Criminal, Família e Trabalhista, com ênfase 
na advocacia preventiva há mais de 10 anos. 
Na área acadêmica é professor há mais de doze anos, tendo atuado em diversas universidades do Estado de São 
Paulo, trabalhado com turmas de formação de professores em nível de pós-graduação nos anos de 2008 a 2011. 
Atualmente é professor da disciplina de Ética e Legislação Empresarial e Trabalhista na UNIP, atuando também como 
orientador de trabalhos para conclusão de curso no modo presencial e a distância, e também é professor conteudista 
da disciplina Ética e Legislação: Empresarial e Trabalhista para turmas de Gestão em Recursos Humanos. 
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
S232e Santana, Márcio Antoni.
Ética e Legislação : trabalhista e empresarial / Márcio Antoni 
Santana. - São Paulo: Editora Sol, 2013.
168 p., il.
Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ano XVII, n. 2-011/13, ISSN 1517-9230.
1. Ética. 2. Legislação. 3. Direito. I. Título.
CDU 340:17
Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades Universitárias
Prof. Dr. Yugo Okida
Vice-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Unip Interativa – EaD
Profa. Elisabete Brihy 
Prof. Marcelo Souza
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
 Material Didático – EaD
 Comissão editorial: 
 Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
 Dra. Divane Alves da Silva (UNIP)
 Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
 Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
 Dra. Valéria de Carvalho (UNIP)
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
 Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Cristina Z. Fraracio
 Lucas Ricardi
 Luanne Batista
Sumário
Ética e Legislação: Trabalhista e Empresarial
APRESENTAçãO ......................................................................................................................................................9
INTRODUçãO ...........................................................................................................................................................9
Unidade I
1 ÉTICA E DIREITO ............................................................................................................................................... 11
1.1 Ética ........................................................................................................................................................... 11
1.1.1 Conceito de moral e justiça .................................................................................................................11
1.1.2 Responsabilidade social ....................................................................................................................... 12
1.1.3 Ética empresarial ................................................................................................................................... 13
1.1.4 Responsabilidade social empresarial (RSE) ................................................................................... 13
1.1.5 Código de Conduta Ética .................................................................................................................... 15
1.2 Direito ....................................................................................................................................................... 19
1.2.1 O que é Direito? ....................................................................................................................................... 19
1.2.2 Distinção entre moral e Direito ......................................................................................................... 19
1.2.3 Principais fontes de Direito ................................................................................................................ 20
1.2.4 Ramos do Direito .................................................................................................................................... 21
2 DIREITO CONSTITUCIONAL E CONSTITUIçãO ....................................................................................... 23
2.1 A Carta Magna – Constituição da República Federativa do Brasil: ................................. 23
2.2 Poder Constituinte .............................................................................................................................. 24
2.2.1 Titular e exercente do Poder Constituinte .................................................................................... 24
2.2.2 Poder Constituinte Originário ............................................................................................................ 24
2.2.3 Poder Constituinte Derivado .............................................................................................................. 24
2.2.4 Cláusulas pétreas (artigo 60, parágrafo 4º da CF/1988) ......................................................... 25
2.2.5 Conceito de povo, soberania e território ..................................................................................... 25
2.3 FEDERAçãO .................................................................................................................................................... 27
2.3.1 Forma de Estado ...................................................................................................................................... 27
2.3.2 Entes federativos (artigo 18 da CF/1988) ..................................................................................... 27
2.3.3 Forma de governo .................................................................................................................................. 28
2.4 Defesa do Estado e das instituições democráticas ............................................................... 30
2.4.1 Instrumentos de defesa do Estado e das instituições democráticas ................................. 30
2.5 Separação dos Poderes ....................................................................................................................... 32
2.5.1 Separação dos Poderes na Constituição Federal de 1988 ...................................................... 32
2.6 Cidadania e direitos políticos .......................................................................................................... 34
2.6.1 Direitos políticos positivos .................................................................................................................. 35
2.6.2 Direitos políticos negativos ................................................................................................................ 38
2.7 Direitos fundamentais do indivíduo ............................................................................................. 38
2.7.1 Direito à vida ............................................................................................................................................39
2.7.2 Principais decorrências do direito à vida ...................................................................................... 39
2.7.3 Direito à liberdade .................................................................................................................................. 41
2.7.4 Direito à segurança ................................................................................................................................ 44
2.7.5 Direito à igualdade ................................................................................................................................. 45
2.7.6 Direito à propriedade ............................................................................................................................ 45
2.7.7 Desapropriação ........................................................................................................................................ 46
Unidade II
3 DIREITO EMPRESARIAL ................................................................................................................................. 57
3.1 Teoria da Empresa no direito brasileiro ....................................................................................... 57
3.2 Empresa e empresário ....................................................................................................................... 57
3.2.1 Conceito de empresa ............................................................................................................................. 57
3.2.2 Conceito de empresário ....................................................................................................................... 58
3.2.3 Espécies de empresário ....................................................................................................................... 58
3.2.4 Condições para ser empresário individual ou administrador de sociedade 
empresária ........................................................................................................................................................... 60
3.2.5 Abertura ou registro de empresa .................................................................................................... 61
3.2.6 Documentos necessários para a abertura ................................................................................... 62
3.2.7 Classificação quanto à responsabilidade dos sócios ................................................................ 66
3.2.8 Juntas Comerciais .................................................................................................................................. 68
3.2.9 Estabelecimento empresarial ............................................................................................................ 69
3.3 Ação renovatória de aluguel .......................................................................................................... 69
4 PROPRIEDADE INDUSTRIAL ....................................................................................................................... 71
4.1 Bens da propriedade industrial ....................................................................................................... 71
4.1.1 Invenção – art. 13 da LPI ..................................................................................................................... 71
4.1.2 Modelo de utilidade – art. da 14 LPI............................................................................................... 72
4.1.3 Desenho Industrial– art. 95 da LPI .................................................................................................. 72
4.1.4 Marca – art. 122 da LPI ........................................................................................................................ 72
4.1.5 Das invenções e dos modelos de utilidade não patenteáveis ............................................. 73
4.1.6 Segredo de empresa ............................................................................................................................. 73
4.2 Desconsideração da personalidade jurídica ............................................................................. 74
4.2.1 Desconsideração inversa ...................................................................................................................... 74
4.2.2 Empresa controladora ........................................................................................................................... 75
Unidade III
5 DIREITO DO TRABALHO ................................................................................................................................. 82
5.1 Empregador (artigo 2º CLT) ............................................................................................................. 82
5.2 Empregado (artigo 3º CLT) ................................................................................................................ 82
5.3 Elementos identificadores do vínculo empregatício .............................................................. 82
5.4 Trabalhadores domésticos ............................................................................................................... 83
5.4.1 Direitos não reconhecidos ao empregado doméstico ............................................................. 83
5.5 Trabalhador avulso ............................................................................................................................... 84
5.6 Trabalhador autônomo ...................................................................................................................... 84
5.7 Trabalhador temporário ..................................................................................................................... 84
5.7.1 Vínculo empregatício entre a empresa e o trabalhador ......................................................... 85
5.8 Empresa terceirizada ........................................................................................................................... 85
5.9 Trainee ....................................................................................................................................................... 85
5.10 Estagiário ............................................................................................................................................... 85
5.11 Menor aprendiz ................................................................................................................................... 86
5.12 Contrato individual de trabalho .................................................................................................. 87
5.12.1 Contrato por prazo determinado................................................................................................... 89
5.12.2 Normas gerais sobre os contratos de trabalho ........................................................................ 89
5.12.3 Garantias de emprego ........................................................................................................................ 93
5.12.4 Extinção do contrato de trabalho ................................................................................................ 93
5.12.5 O regime do FGTS ................................................................................................................................. 96
5.12.6 Programa de Integração Social (PIS) e Programa de Formação do Patrimônio 
do Servidor Público (Pasep) ........................................................................................................................... 97
5.13 Direito coletivo do trabalho .......................................................................................................... 99
5.13.1 Contribuição sindical .......................................................................................................................... 99
5.13.2 Acordo, convenção e dissídio coletivo .....................................................................................1005.13.3 Direito de greve ...................................................................................................................................101
5.14 Assédio moral ou violência moral no trabalho ....................................................................103
5.14.1 O que a vítima deve fazer? .............................................................................................................106
5.14.2 A quem recorrer? ................................................................................................................................106
5.15 A OIT e o seu surgimento .............................................................................................................107
6 TRATADOS INTERNACIONAIS ....................................................................................................................109
6.1 Algumas expressões empregadas nos tratados internacionais .......................................109
6.2 O conceito de Convenção Internacional ..................................................................................110
Unidade IV
7 DIREITO DO CONSUMIDOR........................................................................................................................120
7.1 Código de Defesa do Consumidor (CDC) – Lei nº 8.078/90...............................................120
7.2 Relação de consumo .........................................................................................................................121
7.3 Conceito de consumidor .................................................................................................................121
7.4 Conceito de fornecedor ...................................................................................................................122
7.4.1 Espécie de fornecedores responsáveis ........................................................................................ 123
7.5 Conceito de produto ........................................................................................................................123
7.6 Conceito de serviço ...........................................................................................................................124
7.7 Política Nacional de Consumo ......................................................................................................125
7.7.1 Proteção da vida, saúde e segurança .......................................................................................... 125
7.7.2 Recall ........................................................................................................................................................ 125
7.7.3 Educação e informação do consumidor ..................................................................................... 126
7.7.4 Proteção contra publicidade enganosa e práticas comerciais abusivas........................ 126
7.7.5. Prevenção de danos individuais e coletivos ............................................................................ 126
7.7.6 Inversão do ônus da prova ............................................................................................................... 126
7.8 Direitos básicos do consumidor ...................................................................................................127
7.8.1 Responsabilidade pelo fato do produto e do serviço .......................................................... 128
7.8.2 Prazo da garantia legal (decadência) ............................................................................................131
7.8.3 Prazo de validade ................................................................................................................................. 132
7.8.4 Produtos com defeito ........................................................................................................................ 132
7.8.5 Responsabilidade por danos ............................................................................................................ 132
7.8.6 Responsabilidade civil ........................................................................................................................ 133
7.8.7 Causas excludentes ............................................................................................................................. 134
7.8.8 Qualidade e segurança dos produtos e serviços ..................................................................... 135
7.8.9 Informações necessárias e adequadas ........................................................................................ 136
7.8.10 Impressos .............................................................................................................................................. 136
7.8.11 Direito de arrependimento ........................................................................................................... 136
7.8.12 Prazo de reflexão: sete dias (para evitar abusos) ................................................................. 137
7.8.13 Práticas comerciais abusivas ........................................................................................................ 137
7.9 Prescrição e decadência ...................................................................................................................139
7.10 Da proteção contratual .................................................................................................................147
7.10.1 Cláusulas abusivas ............................................................................................................................ 147
7.10.2 Cláusulas exemplificativas ............................................................................................................. 147
7.10.3 Compra e venda a prestação ........................................................................................................ 147
7.10.4 Contratos de adesão ........................................................................................................................ 147
7.10.5 Cobrança de dívidas ......................................................................................................................... 147
8 PUBLICIDADE E PROPAGANDA ................................................................................................................149
8.1 Formas comuns de publicidade enganosa ...............................................................................151
8.1.1 O “chamariz” ..........................................................................................................................................151
8.1.2 Informação distorcida .........................................................................................................................151
8.1.3 Ambiguidade ...........................................................................................................................................151
8.2 Responsabilidade do fornecedor-anunciante, das agências e do veículo ..................151
8.3 Oferta e publicidade ..........................................................................................................................152
8.4 Conceitos de publicidade enganosa e abusiva .......................................................................152
8.5 Princípio da vinculação ....................................................................................................................153
8.6 Princípio da transparência ..............................................................................................................153
8.7 Serviço de Atendimento Telefônico aos Consumidores - SAC ........................................153
9
APrESEnTAção
Prezados alunos, 
Em cumprimento à formação acadêmica de Gestão em Recursos Humanos, apresentamos o 
conteúdo escrito da disciplina Ética e Legislação: Empresarial e Trabalhista. Nela, buscaremos dar o 
suporte necessário para que o futuro profissionaldos Recursos Humanos possa utilizar os conceitos 
éticos e a legislação não só para tornar melhor o ambiente de trabalho, mas também para gerar e 
promover um ambiente saudável e harmonioso, minimizando os conflitos que possam surgir na gestão 
de seus colaboradores. 
Estudaremos, portanto, assuntos de grande interesse para vocês, futuros profissionais da área, 
abordando e refletindo sobre ética, moral e valores sociais e suas implicações na conduta do indivíduo 
diante da sociedade. Mais especificamente, nos ateremos à ética profissional e às questões sociais, 
propondo uma abordagem capaz de fornecer elementos para melhorar a atuação do Gestor de Recursos 
Humanos em sua prática cotidiana e em seu comportamento profissional. 
Nosso intuito é permitir que o aluno relacione os conteúdos com aspectos da sua prática e realidade. 
Dessa forma, espera-se que o futuro profissional possa conhecer e dominar as leis que regulam e estão 
presentes na profissão de Gestor de Recursos Humanos e a importância do compromisso social na busca 
de uma atuação comprometida com a garantia dos direitos fundamentais do cidadão. 
Nesse sentido, tendo como base as premissas entre ensino, pesquisa e extensão, nossos objetivos 
são: 
• formar gestores humanistas e críticos, capazes de intervir no âmbito social e profissional com 
uma sólida, coerente e consistente fundamentação teórico-metodológica, técnico-operativa e 
ético-política;
• preparar novos profissionais para o mercado de trabalho a partir de uma visão total dos processos 
sociais e da intervenção no movimento contraditório da sociedade, bem como prepará-lo para 
lidar com a legislação vigente sobre assuntos relacionados à sua área de atuação;
• possibilitar ao profissional de Recursos Humanos o exercício de uma postura ética, que respeite 
acima de tudo a diversidade de ideias.
InTrodução
Partindo do pressuposto de que o profissional de Recursos Humanos precisa exercer suas 
funções com competência e responsabilidade para com a sua organização e seus colaboradores, 
ele necessita conhecer seu espaço de trabalho e a legislação que rege e ampara sua profissão. O 
presente livro-texto traz elementos capazes de fornecer ao futuro profissional uma base teórica 
que fundamente sua prática. 
10
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 C
ris
tin
a/
Lu
ca
s 
- 
Di
ag
ra
m
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
2/
04
/1
3
Os mais relevantes objetivos desta disciplina são: a conceituação e a identificação da Ética, do Direito e 
da moral como norteadores da ampla execução das atividades sociais e profissionais e suas relações com 
os diversos campos de atuação do profissional que atua na área de Recursos Humanos; a compreensão 
das fontes e dos princípios do Direito, e um aprofundado estudo sobre o Direito Constitucional, o Direito 
Empresarial, o Direito do Trabalho e, por fim, os direitos dos consumidores abrangidos pelo Código de 
Defesa e pelas fontes do Direito.
De início, na unidade 1, o aluno é convidado a refletir sobre a formação da sociedade e suas 
peculiaridades que, somadas aos conceitos históricos e culturais, formaram a Ética e a forma de agir 
perante a sociedade. Também serão abordados temas como a responsabilidade social e o ambiental 
empresarial, e código de Ética e conduta empresarial. Nela, o aluno receberá instruções preliminares 
sobre o Direito e sua atuação, bem como adquirirá conhecimentos sobre o Direito Constitucional e suas 
características. 
Na unidade 2, o tema em pauta é o Direito Empresarial. Nela, o discente conhecerá cada elemento 
que compõe a estrutura do conceito de empresa, bem como os tipos de empresa e suas peculiaridades 
perante o mercado. Serão tratados também os aspectos e características da propriedade industrial com 
base na legislação vigente. 
A unidade 3 nos leva a conhecer e refletir sobre o Direito do Trabalho, suas características, tipos 
de empregado, relações de emprego, direitos e obrigações dos trabalhadores, as formas de contratos 
e seus efeitos, bem como outras características abordadas na CLT e nas práticas trabalhistas. Nela 
serão abordados temas importantes e atuais como a questão do assédio moral e sexual nas relações de 
emprego, aspectos históricos relevantes sobre a proteção internacional do trabalhador, o papel da OIT, 
os tratados internacionais, entre outros. 
Por fim, a unidade 4 nos trará um estudo do Código de Defesa do Consumidor, observando os 
conceitos e as características dos envolvidos nas relações de consumo e alguns julgados recentes sobre 
a matéria.
Durante a leitura do livro-texto o aluno encontrará jurisprudências e julgados sobre os casos 
tratados em cada unidade, podendo, assim, entender como aqueles conceitos são aplicados no dia a dia 
pelo judiciário e, com isso, evitar conflitos que possam gerar futuras ações na prática como gestor de 
Recursos Humanos.
11
Re
vi
sã
o:
 C
ris
tin
a/
Lu
ca
s 
- 
Di
ag
ra
m
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
2/
04
/1
3
Ética e LegisLação: trabaLhista e empresariaL
Unidade I
1 ÉTICA E dIrEITo
1.1 Ética
Um dos grandes desafios da sociedade contemporânea é saber lidar e limitar o entendimento e o 
alcance do que é a ética. 
A palavra ética é de origem grega derivada de ethos, que diz respeito ao costume e aos hábitos dos 
homens vivendo em sociedade. No entanto, a difícil missão é saber como avaliar o comportamento do 
ser humano nessa sociedade. 
Sabemos que no mundo todo existem várias sociedades agindo e convivendo de formas diferentes, 
com costumes, religiões, regras de sobrevivência entre outros aspectos diversos, e avaliar o que é correto 
vai além da forma como fomos educados. É necessário saber que cada sociedade está ligada às suas 
origens e história. 
Se analisarmos a forma como a mulher é tratada em algumas sociedades islâmicas sob o olhar da 
nossa sociedade ocidental, certamente não poderemos compreender os regramentos do Islã. Todavia, 
quando se analisa pelo lado deles, dentro dos seus preceitos religiosos, legais e comportamentais, 
entende-se mais facilmente tais tratamentos. 
A ética serve para qualificar as organizações (empresa ética), as pessoas (sujeito ético) e os 
comportamentos (conduta ética), dentro de uma sociedade. 
Assim podemos considerar que a ética de um indivíduo, grupo, organização ou comunidade seria 
a manifestação visível, por meio de comportamentos, hábitos, práticas e costumes, de um conjunto de 
princípios, normas, pressupostos e valores que regem a sua relação com o mundo. 
Uma condição fundamental para que o homem atinja seus objetivos é, sem dúvida nenhuma, que ele se 
associe. Sozinho, o homem é incapaz de conseguir grande parte de seus bens, objetivos, finalidades e interesses. 
Portanto, a sociedade é uma comunidade, uma comunhão, uma organização, onde uns suprem o que 
aos outros falta e onde todos, em conjunto, realizam o que nenhum, isoladamente, seria capaz de conseguir. 
1.1.1 Conceito de moral e justiça
Se a ética pode ser entendida como a forma com que o indivíduo se comporta em sociedade, a moral 
pode ser definida como a sociedade enxerga este e seus atos perante ela. 
12
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 C
ris
tin
a/
Lu
ca
s 
- 
Di
ag
ra
m
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
2/
04
/1
3
O conceito de justiça, ou seja, o conceito sobre o que o indivíduo considera justo ou injusto, está 
diretamente ligado às suas convicções pessoais, íntimas, sobre o que ele entende por certo ou errado, 
dentro daquilo que mais lhe convém. 
Um exemplo clássico que mistura o entendimento e a praticidade dos dois conceitos é dado na 
seguinte situação: um pai que entende por justo matar o homem que assassinou o seu filho. Essa 
atitude é proibida (ilegal) e imoral dentro da sociedade brasileira, que não permite o “fazer justiça 
com as próprias mãos”, mas circunstância, dentro do espaço íntimo de um pai que se encontra nessa 
situação, pode ser considerado por ele como “justa”. A própria expressão “fazer justiça com as próprias 
mãos” já traz, em seu contexto, o conceito de justiça aqui descrito. 
Podemosidentificar padrões morais estabelecidos em épocas diferentes na mesma sociedade. À 
medida que a sociedade evolui ou até mesmo se globaliza, ela modifica os seus conceitos morais. Há 
algumas décadas, na sociedade brasileira, como em outras culturas, era totalmente imoral perante a 
comunidade uma mulher ser mãe ou engravidar sem ter, anteriormente, feito os votos do matrimônio, 
bem como o era casar sem ser virgem. Inclusive, em determinada época, era quase que obrigatório 
estender o lençol sujo de sangue na varanda das casas para provar o defloramento da esposa. Atualmente, 
a sociedade em geral entende como normal esse tipo de acontecimento, sendo um assunto apenas 
discutido no seio de cada família. 
O comportamento moral não se baseia numa reflexão, mas nos costumes de determinada sociedade 
em determinado lugar, em um preciso tempo histórico. 
A moral é habitualmente um meio mais poderoso do que a lei para reger o comportamento humano. 
Muitas vezes, é mais fácil infringir a lei, para agir de acordo com a moral, do que infringir a moral para 
agir de acordo com a lei. 
Embasando qualquer decisão que tomamos, na vida profissional ou privada, estarão sempre os 
nossos valores morais como orientação. 
Diante do conceito de ética descrito no tópico anterior e do conceito de moral disposto, podemos 
concluir que a moral baseia-se no comportamento da sociedade e que a ética, a partir da reflexão desse 
comportamento, criará normas universais com a finalidade de estabelecer as melhores ações. 
1.1.2 Responsabilidade social
Podemos conceituar a responsabilidade social como um processo instrutivo e dinâmico, baseado na 
ciência do dever humano e na ética, envolvendo ações governamentais e não governamentais pelos 
direitos fundamentais para a vida, as relações sociais e o equilíbrio ambiental. 
Essas manifestações, além de regras de ordem moral, estão disciplinadas em códigos e instrumentos 
pátrios como as leis de proteção ao consumidor, às crianças e aos adolescentes, às mulheres e aos idosos, 
e, no âmbito internacional temos a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a Declaração Universal 
dos Direitos da Criança e as Convenções sobre as Condições de Trabalho, entre outros. 
13
Re
vi
sã
o:
 C
ris
tin
a/
Lu
ca
s 
- 
Di
ag
ra
m
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
2/
04
/1
3
Ética e LegisLação: trabaLhista e empresariaL
Dentro das sociedades, podemos encontrar diversas formas de manifestação de responsabilidade 
social que podem ser exercidas pelo governo municipal, por meio de políticas públicas, e pelos cidadãos, 
por meio de desenvolvimento social com ações individuais, coletivas ou empresariais junto a órgãos 
públicos ou entidades privadas com a execução de trabalhos voluntários. 
1.1.3 Ética empresarial 
A ética empresarial pode ser definida como o comportamento da pessoa jurídica de Direito Público 
(empresas públicas) ou de Direito Privado, quando ela age de conformidade com os princípios morais e 
éticos aceitos pela sociedade, ou seja, quando elas agem em conformidade às regras éticas provindas do 
senso comum de uma sociedade. 
Esse comportamento ético e moral é o que espera a sociedade na qual a pessoa Jurídica está inserida, 
devendo a empresa agir com ética em todos os seus relacionamentos, especialmente com clientes, 
fornecedores, empregados, concorrentes e governo. 
É importante ressaltar que toda empresa tem o dever ético de cumprir a lei e os costumes. 
Segundo o autor Joaquim Manhães Moreira (apud COTRIM, 2008, p. 228), são razões para a empresa 
ser ética: 
• custos menores, pois não faz pagamentos irregulares ou imorais, como o “suborno”; 
• possibilidade de avaliar com precisão o desempenho da sua estrutura; 
• legitimidade moral para exigir comportamento ético dos empregados; 
• geração de lucro livre de contingências; por exemplo, condenações por procedimentos indevidos; 
• obtenção de respeito dos parceiros comerciais; e 
• cumprimento do dever inerente à responsabilidade social da organização. 
1.1.4 Responsabilidade social empresarial (RSE)
Responsabilidade social empresarial ou RSE é a forma de gestão empresarial que se define pela 
relação ética/moral e transparente da empresa com todos os seus públicos (clientes, fornecedores, 
empregados etc.) e pelo estabelecimento de metas empresariais que impulsionam o desenvolvimento 
sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para as gerações presentes 
e futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais. 
A responsabilidade empresarial, seguindo os ensinamentos de Robert Henry Srour (2008), adquire o 
caráter social em função da adoção de um conjunto de práticas. São elas: 
14
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 C
ris
tin
a/
Lu
ca
s 
- 
Di
ag
ra
m
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
2/
04
/1
3
I. Conjugar o desenvolvimento profissional dos colaboradores e sua 
coparticipação em decisões técnicas, estimular investimentos em 
segurança e melhores condições de trabalho, conceder participação 
nos lucros e nos resultados, assim como outros benefícios sociais. 
Seus impactos imediatos são maior produtividade, mais eficiência nos 
processos, incremento do capital intelectual, maior assiduidade do 
pessoal e menor rotatividade. 
II. Valorizar a diversidade interna da empresa, por meio do combate 
às discriminações – no recrutamento, no acesso ao treinamento, na 
remuneração, na avaliação do desempenho e na promoção das “minorias 
políticas” –, como é o caso de uma política de emprego para portadores 
de deficiência física, da adaptação do ambiente de trabalho às suas 
necessidades e da previsão de vagas para jovens de pouca qualificação que 
recebem formação e capacitação adequadas. 
III. Exigir dos prestadores de serviços que seus trabalhadores desfrutem de 
condições semelhantes de trabalho às dos próprios funcionários da empresa 
contratante.
IV. Constituir parcerias entre clientes e fornecedores para gerar produtos e 
serviços de qualidade, garantir preços competitivos, estabelecer um fluxo de 
informações precisas e tempestivas, e para assegurar relações confiáveis e 
duradouras. 
V. Contribuir para o desenvolvimento da comunidade local e, por extensão, 
da sociedade inclusiva, por meio da implantação de projetos que aumentem 
o bem-estar coletivo. 
VI. Incluir investimentos em pesquisa tecnológica para inovar processos e 
produtos, além de melhor satisfazer os clientes ou usuários. 
VII. Exigir a conservação e a restauração do meio ambiente por meio de 
intervenções não predatórias (consciência da vulnerabilidade do planeta) e 
com de medidas que evitem externalidades negativas. 
VIII. Publicar um “balanço social”. 
No ano de 1998, o Conselho Empresarial Mundial, em convenção na Holanda, institui as bases para 
o conceito de Responsabilidade Social Corporativa (empresarial), estabelecendo o comprometimento 
permanente dos empresários com comportamentos eticamente orientados e com o desenvolvimento 
econômico, no intuito de melhorar a qualidade de vida dos empregados e de suas famílias, bem como 
da comunidade local e da sociedade como um todo. 
15
Re
vi
sã
o:
 C
ris
tin
a/
Lu
ca
s 
- 
Di
ag
ra
m
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
2/
04
/1
3
Ética e LegisLação: trabaLhista e empresariaL
As consequências trazidas para as empresas que adotam a responsabilidade social dentre as suas 
estratégias podem ser resumidas da seguinte forma: 
• contribuição decisiva para a perenidade das empresas, uma vez que diminui sua vulnerabilidade ao 
reduzir desvios de conduta, processos judiciais e possíveis retaliações por parte dos stakeholders;
• promoção da reputação das empresas, sobretudo junto aos clientes e às comunidades locais em 
que suas sedes estão implantadas;
• conciliação da eficácia econômica com preocupações sociais;
• fortalecimento interno a empresa, conquistando e retendo talentos, além de cultivar um 
relacionamento duradouro com clientes e fornecedores;
• projetos sociais são agregados como valor aos produtos ou serviços prestados;• ações inovadoras para alcançar o sucesso empresarial.
Desse modo, as empresas têm a missão de competir não somente pela conquista do mercado, para 
auferir lucros, mas também para conquistar um capital de reputação, de prestigio, dispor de uma reserva 
de credibilidade que lhe confira a “licença para operar” e, por conseguinte, o benefício da dúvida em 
situação de crise. Procuram obter, sobretudo, um crédito de confiança que lhes outorgue uma vantagem 
competitiva para incrementar sua rentabilidade (SROUR, 2008). 
1.1.5 Código de Conduta Ética 
O Código de Ética é um instrumento que busca a realização e a satisfação dos princípios, visão e 
missão da empresa. Serve para orientar e disciplinar as ações de seus colaboradores e explicitar a postura 
social da empresa em face dos diferentes públicos com os quais interage, como clientes, fornecedores 
e público em geral. É da máxima importância que seu conteúdo seja refletido nas atitudes das pessoas 
a quem o Código se dirige e encontre respaldo na alta administração da empresa, de modo que até o 
último empregado contratado tenha a responsabilidade de vivenciá-lo e praticá-lo. 
O Código de Ética formaliza um padrão de conduta considerado adequado para uma organização. 
Quando uma empresa decide adotar uma postura ética em seus relacionamentos, é muito importante 
que essa resolução conste de um documento interno que será chamado de Código de Ética ou Código 
de Conduta. 
Sabemos que as pessoas que integram uma organização possuem formações culturais, intelectuais 
e científicas diferentes, experiências sociais e opiniões diversas quanto aos fatos da vida. Contudo, o 
Código de Ética tem a missão de padronizar e formalizar o entendimento sobre organização empresarial, 
incluindo o comportamento de seus colaboradores em seus diversos relacionamentos e operações.Com 
isso, ele evita que os julgamentos subjetivos deturpem, impeçam ou restrinjam a aplicação plena dos 
princípios. 
16
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 C
ris
tin
a/
Lu
ca
s 
- 
Di
ag
ra
m
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
2/
04
/1
3
Pode-se traçar, dentre outras, algumas formas para que a organização cumpra, ou melhor, obedeça 
o Código de Ética estabelecido. São elas: 
• treinamento dos conceitos constantes do Código; 
• sistema de revisão e verificação do efetivo cumprimento das normas do Código de Ética; 
• criação de um canal de comunicação destinado a receber e a processar relatos sobre eventuais 
violações às normas traçadas no Código de Ética. 
A consciência ética das empresas manifestadas por meio de seus gestores cresce a cada dia, como se 
pode perceber pelo grande número de causas submetidas à justiça. Essas causas revelam que em todos 
os relacionamentos da empresa, a sociedade deseja ética e obediência à legislação. 
O profissional da atualidade, no Brasil, está vivendo uma experiência ímpar ao integrar o mundo dos 
negócios nessa “Era Ética”. 
O Código de Ética, como já ressaltado, formaliza-se numa espécie de documento da empresa, seus 
padrões éticos e morais, criando assim, regras de condutas.
Srour (2008, p. 232) apresenta uma lista de alguns temas recorrentes nos códigos de ética, no Brasil: 
• relacionamento com clientes, acionistas, colaboradores, fornecedores e prestadores 
de serviços, distribuidores, autoridades governamentais, órgãos reguladores, mídia, 
concorrentes, sindicatos, comunidades locais, Terceiro Setor, associações empresariais; 
• conflitos de interesse entre os vários públicos; 
• regulamentação da troca de presentes, gratificações, favores, cortesias, brindes, 
convites de fornecedores ou clientes; 
• observância das leis vigentes; 
• segurança e confidencialidade das informações não públicas, em especial da 
informação privilegiada; 
• teor dos balanços, das demonstrações financeiras e dos relatórios da diretoria 
endereçados aos acionistas, e seu nível de transparência; 
• propriedade intelectual dos bens simbólicos, patentes ou marcas; 
• espionagem econômica ou industrial versus pesquisas tecnológicas e uso do 
benchmarking e da inteligência competitiva; 
• postura diante do trabalho infantil e do trabalho forçado; 
• formação de lobbies ou tráfico de influência; 
17
Re
vi
sã
o:
 C
ris
tin
a/
Lu
ca
s 
- 
Di
ag
ra
m
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
2/
04
/1
3
Ética e LegisLação: trabaLhista e empresariaL
• formação de cartéis e participação em associações empresariais; 
• contribuição para campanhas eleitorais; 
• prestação de serviços profissionais por parte dos colaboradores a fornecedores, 
prestadores de serviços, clientes ou concorrentes; 
• respeito aos direitos do consumidor; 
• relação com o meio ambiente: uso de energia, água e papel; consumo de recursos 
naturais; poluição do ar; disposição final de resíduos; 
• uso do tempo de trabalho para assuntos pessoais; 
• uso do nome da empresa para obter vantagens pessoais; 
• discriminação das pessoas em função de gênero, etnia, raça, religião, classe social, 
idade, orientação sexual, incapacidade física ou qualquer outro atributo, e regulação 
de sua seleção e promoção (questão da diversidade social); 
• assédio moral e assédio sexual; 
• segurança no trabalho com adequação dos locais de trabalho e dos equipamentos 
para prevenir acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. 
• uso de drogas ilícitas, ingestão de bebidas alcoólicas e prática de jogos de azar; 
• porte de armas; 
• relações de apadrinhamento (nepotismo, favoritismo, paternalismo, compadrio, 
amizade) e contratação de parentes ou amigos como colaboradores ou como 
terceiros; 
• troca de informações com concorrentes, fornecedores e clientes; 
• adoção de critérios objetivos e justos na contratação e no pagamento dos 
fornecedores ou prestadores de serviços, para afastar qualquer favorecimento; 
• existência de interesses financeiros ou vínculos de qualquer espécie com empresa que 
mantenha negócios com a organização, para não ensejar suspeita de favorecimento. 
• posicionamento com relação à concorrência desleal; 
• difusão interna de fofocas ou rumores maliciosos; 
• privacidade dos colaboradores; 
• direito de associação dos colaboradores a sindicatos, igrejas, associações, partidos 
políticos ou organizações voluntárias; 
• restrição do fumo a locais ao ar livre ou a áreas reservadas. 
18
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 C
ris
tin
a/
Lu
ca
s 
- 
Di
ag
ra
m
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
2/
04
/1
3
• proibição da comercialização interna de produtos ou serviços por colaboradores; 
• cuidado com bens e recursos da empresa, para que não ocorram danos, manejos 
inadequados, desperdícios, perdas, furtos ou retiradas sem prévia autorização; 
• utilização dos equipamentos e das instalações da empresa para uso pessoal dos 
colaboradores ou para assuntos políticos, sindicais ou religiosos; 
• proteção da confidencialidade dos registros pessoais que ficam restritos a quem tem 
necessidade funcional de conhecê-los, salvo exceções legais. 
Portanto, pode-se dizer que administrar a ética dentro de uma empresa é gerir o alinhamento do 
comportamento dos seus colaboradores com um conjunto de normas que consideramos indispensáveis 
e que formam a base da cultura desejada para a corporação. 
O que se busca com essa “Era Ética”, assim denominada por vários doutrinadores, é estabelecer para 
sempre o orgulho de ser honesto, o qual será ostentado por empresários, acionistas, administradores, 
empregados, parceiros e agentes das organizações empresariais. 
O respeito aos Códigos de Ética depende da determinação de cada um dos envolvidos na organização 
empresarial, de conhecer, seguir e disseminar os princípios éticos, assim como de exigir a sua observância 
por parte de todos. 
 Lembrete
A ética serve para qualificar as organizações (empresa ética), as pessoas 
(sujeito ético) e os comportamentos (conduta ética), dentro de uma 
sociedade. 
 Saiba mais
Os filmes a seguir podem propiciar uma inter-relação com os conteúdos 
da unidade: 
UMA SECRETÁRIA de Futuro. Dir. Mike Nichols. EstadosUnidos: 
Twentieth Century Fox, 1988. 113 minutos.
WALL Street. Dir. Oliver Stone. Estados Unidos: Twentieth Century Fox, 
1987. 126 minutos. 
19
Re
vi
sã
o:
 C
ris
tin
a/
Lu
ca
s 
- 
Di
ag
ra
m
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
2/
04
/1
3
Ética e LegisLação: trabaLhista e empresariaL
1.2 direito
1.2.1 O que é Direito?
Desde o momento em que o homem decidiu viver em sociedade foi necessária a criação de algumas 
regras de conduta e convivência. A partir desse marco surge a figura do Direito. 
O Direito é um fenômeno da rotina diária, que encontramos a todo o momento e em toda parte: 
desde o momento em que acordamos até quando dormimos estamos assegurados e disciplinados 
pelas suas regras. Ele resguarda, defende, ampara, protege e serve o indivíduo em todos os 
momentos. Agimos ou abstemo-nos de agir de alguma maneira dentro de moldes traçados pelo 
Direito. 
Seguindo os ensinamentos do mestre Miguel Reale: 
Aos olhos do homem comum, o Direito é lei e ordem, isto é, um conjunto 
de regras obrigatórias que garante a convivência social graças ao 
estabelecimento de limites à ação de cada um de seus membros. Assim 
sendo, quem age de conformidade com essas regras comporta-se direito; 
quem não o faz, age torto (REALE, 2004, p. 1).
Consequentemente, por querer e viver em sociedade, a ação de um ser humano interfere na 
vida de outros, provocando a reação dos seus semelhantes, ou seja, uma conduta interfere direta ou 
indiretamente na outra. 
Para que essa interferência de condutas tivesse um sentido construtivo, foi preciso que se 
criassem regras capazes de preservar a paz no convívio social. Dessa forma, nasceu o Direito, 
ou seja, da necessidade de se estabelecer um conjunto de regras que dessem certa ordem e 
organização à vida em sociedade.
1.2.2 Distinção entre moral e Direito
Durante o processo de formação e crescimento do homem, lhe são agregados vários ensinamentos 
que formam o seu caráter e a sua moral. Essas experiências irão ditar a sua consciência e, muitas vezes, 
determinar seu futuro profissional e social. 
Esse processo de formação da moral dita diretamente ao sujeito uma escolha entre as ações que 
pode praticar, mas diz respeito apenas ao próprio indivíduo, levando em consideração seus aprendizados 
culturais e familiares. Enfim, em regra, somos todos frutos do meio. 
No entanto, o Direito leva a confronto atos diversos de vários sujeitos, que agem de acordo com 
o que acreditam ser correto dentro de sua formação. A moral é unilateral, porque emana do próprio 
sujeito e o Direito é bilateral porque assiste um ou mais indivíduos. 
20
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 C
ris
tin
a/
Lu
ca
s 
- 
Di
ag
ra
m
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
2/
04
/1
3
A moral indica um dever/poder, mas não impõe regras, não há imperatividade de uma ordem superior 
que lhe impõe repressão. A sanção pelo descumprimento da regra moral é apenas de consciência. O 
descumprimento da regra de direito implica sanção (punição) e repressão externa e objetiva. 
Desse modo, como as normas de Direito envolvem padrões de ética, moral e justiça, podemos 
nos deparar com comportamentos que são classificados como legais e éticos. Contudo, alguns 
comportamentos podem ser somente legais (baseados em lei), mas não éticos, e outros podem ser 
éticos, mas não possuírem o respaldo legal (por exemplo, um comerciante que troca um produto fora 
do prazo de garantia legal). 
Dessa forma, muitas vezes um comportamento moral pode infringir o direito de outrem, ou o direito 
de alguém pode estar em desacordo com a moral de outra pessoa. 
O mestre Reale assim define a distinção entre Direito e moral:
Há, pois, que distinguir um campo de Direito que, se não é imoral, é pelo 
menos amoral, o que induz a representar o Direito e a Moral como dois 
círculos secantes. Podemos dizer que dessas duas representações – de dois 
círculos concêntricos e de dois círculos secantes – a primeira corresponde à 
concepção ideal, e a segunda, à concepção real, ou pragmática, das relações 
entre o Direito e a Moral (REALE, 2004, p. 42).
1.2.3 Principais fontes de Direito
A palavra fonte tem significado como de “lugar de onde a água surge, nasce ou jorra”, nesse sentido 
vamos entender de onde o Direito surge, ou seja, as formas pelas quais ele se manifesta. 
São cinco as fontes formais do Direito:
I. Lei: é a norma escrita ou não, vigente em um país, elaborada pelo Poder 
Legislativo; podemos definir a lei como uma norma aprovada pelo povo de 
um país por meio de seus representantes. Em outras palavras, lei é a regra 
escrita ou tácita, feita pelo legislador com a finalidade de tornar expresso o 
comportamento considerado desejável ou indesejável (âmbito penal) para a 
coletividade. As leis brasileiras, exceto disposição em contrário, começam a 
vigorar 45 dias depois de oficialmente publicadas no Diário Oficial da União 
(Jornal Oficial da União). Mas em geral, as próprias leis estabelecem em 
seu próprio texto o prazo inicial de sua vigência, sendo comum declararem 
que “entram em vigor na data de sua publicação”. Este procedimento é 
denominado vigência da lei no tempo. 
II. Costume: é o conjunto de normas de comportamento que a sociedade 
pratica ao longo dos tempos, ao qual as pessoas obedecem de maneira 
uniforme e constante pela convicção de sua obrigatoriedade, porém não 
21
Re
vi
sã
o:
 C
ris
tin
a/
Lu
ca
s 
- 
Di
ag
ra
m
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
2/
04
/1
3
Ética e LegisLação: trabaLhista e empresariaL
estão escritas em códigos ou qualquer legislação. É criado espontaneamente 
pela sociedade, sendo produzido por uma prática geral, constante e reiterada. 
Exemplo: a caderneta de anotações utilizada por alguns comerciantes na 
venda de produtos a prazo (fiado) ou a fila (não há uma lei determinando a 
obediência à fila em locais de atendimento, mas as pessoas por costume a 
respeitam, por ordem de chegada). 
III. Princípios Gerais de Direito: inspiram e dão alicerce ao sistema jurídico 
na elaboração das leis ou na decisão que deverá ser tomada num conflito de 
interesses. Exemplo: o princípio da Boa-Fé, que deve estar presente em todas 
as relações de negócios, significa que a honestidade e a transparência devem 
fazer parte de todo relacionamento entre os indivíduos, principalmente 
nas relações contratuais. A partir destes princípios, os legisladores criam e 
aprovam as leis que irão reger toda a sociedade.
IV. Jurisprudência: é o conjunto de decisões judiciais (sentenças, acórdãos 
etc.) reiteradas sobre determinadas questões idênticas. A jurisprudência vai-
se formando a partir das soluções adotadas pelos órgãos judiciais ao julgar 
casos jurídicos. 
V. Doutrina Jurídica: o parecer sobre determinados assuntos, que pode ser 
manifestado por meio de livros, artigos, notas entre outras manifestações 
escritas por diversos especialistas de notório saber jurídico, constitui 
verdadeiras normas que orientam legisladores, juízes e advogados.
 observação
As cinco fontes do Direito são: Lei, Costume, Princípios Gerais do Direito, 
Jurisprudência e Doutrina Jurídica e estão presentes em todas as decisões 
judiciais na aplicação do Direito. 
1.2.4 Ramos do Direito
O Direito, primeiro, pode ser dividido em dois ramos, ou duas classes fundamentais: Direito Público 
e Direito Privado.
• Direito Público: regula as relações em que predominam os interesses gerais da sociedade. 
• Direito Privado: regula as relações em que predominam os interesses dos particulares. 
O Direito Público é subdividido nos seguintes ramos: 
• Direito Constitucional: regulamenta a lei suprema da nação.
22
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 C
ris
tin
a/
Lu
ca
s 
- 
Di
ag
ra
m
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
2/
04
/1
3
• Direito Administrativo: regulamenta a organização e o funcionamento da Administração Pública 
e dos órgãos que executam serviços públicos.
• Direito Penal: regulamenta os crimes e as contravenções, determinando as penas e medidas de 
segurança.
• Direito Processual: regulamenta as atividades do Poder Judiciário e daspartes em conflito dentro 
de um processo judicial.
• Direito Tributário: regulamenta os tributos, responsáveis pela arrecadação de receita para o 
Estado.
• Direito Internacional Público: regulamenta as relações entre Estados, por meio de normas 
aceitas como obrigatórias pela comunidade internacional.
O Direito Privado é subdividido nos seguintes ramos do Direito: 
• Direito Civil: regulamenta a vida civil do indivíduo, com exercício de direitos e obrigações, ou 
seja, nascimento, aquisição de capacidade, casamento, morte, bens etc.
• Direito Empresarial: regula as práticas de atos mercantis pelo empresário e pelas sociedades 
empresarias.
• Direito do Trabalho: regula as relações de trabalho entre empregado e empregador, bem como 
as condições em que a atividade é exercida.
• Direito do Consumidor: regula as relações de consumo de bens ou serviços, entre fornecedor e 
consumidor.
• Direito Internacional Privado: regula os problemas particulares, ocasionados pelo conflito de 
leis de diferentes países. 
 Saiba mais
Os filmes a seguir podem propiciar uma inter-relação com os conteúdos 
da unidade: 
DESMUNDO. Dir. Alain Fresnot. Brasil: A. F. Cinema e Vídeo, 2002. 101 
minutos.
HISTÓRIAS do poder. Dir. Max Alvim e Ana Dip. Brasil: SESCTV; TV 
Cultura; Digital Produções; Canal Independente, 1999. Documentário, 5 
episódios. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/tv/
programa/50-HISTORIAS-DO-PODER.html>. Acesso em: 1 mar. 2013. 
23
Re
vi
sã
o:
 C
ris
tin
a/
Lu
ca
s 
- 
Di
ag
ra
m
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
2/
04
/1
3
Ética e LegisLação: trabaLhista e empresariaL
2 dIrEITo ConSTITuCIonAL E ConSTITuIção
Direito Constitucional é o ramo do Direito Público composto por regras ligadas à forma do Estado, 
de Governo, modo de aquisição e exercício do poder, estabelecimento dos órgãos do poder e vinculadas 
aos direitos e garantias fundamentais. 
2.1 A Carta Magna – Constituição da república Federativa do Brasil:
A última e atual Constituição promulgada no ano de 1998 vem sofrendo diversas alterações 
conferidas por decretos ao longo desses anos. 
Essa Constituição garantiu os direitos tanto da população civil quanto dos administradores do país, 
militares, outras entidades etc. Organizou a estrutura administrativa do país tendo como marco o direito 
restabelecido da população votar novamente em seus governantes, por meio das eleições diretas. 
Antes dessa última promulgação, o Brasil havia passado por longos anos sob o regime ditatorial militar, em 
que a população não tinha voz ativa e seus atos eram ditados pelos militares que estavam no poder. 
Conforme a nossa nova Constituição, o presidente da República é o chefe do Poder Executivo que acumula 
as funções de chefe de Estado (representa o país perante os Estados estrangeiros) e chefe de governo. 
A implantação do dia 25 de março como sendo o dia da Constituição foi em virtude da primeira 
Carta Magna do Brasil ter sido outorgada por D. Pedro I no ano de 1824. 
O Brasil já contou até hoje com oito Constituições diferentes, cada uma com suas peculiaridades. 
Essa última foi promulgada no governo de José Sarney, tendo como principal conquista e característica 
a restituição dos direitos democráticos da população brasileira. 
A Constituição é a lei máxima do país, e nenhum ordenamento pode ser superior a ela, ou seja, não 
pode existir nenhuma lei ou ordem que passe por cima das regras constitucionais. 
 
Constituição
Demais normas
Figura 1
 
No topo da pirâmide estão as normas constitucionais, logo, todas as demais normas do 
ordenamento jurídico devem buscar seu fundamento de validade no texto constitucional, sob pena de 
inconstitucionalidade, ou seja, a regra ou lei que for contrária ao que está escrito na Constituição não 
são validas. 
24
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 C
ris
tin
a/
Lu
ca
s 
- 
Di
ag
ra
m
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
2/
04
/1
3
A Constituição é conhecida por diversos sinônimos, sempre realçando o caráter de superioridade 
das normas constitucionais em relação às demais normas jurídicas. Destacamos os sinônimos mais 
frequentes, como Carta Magna, Lei Fundamental, Código Supremo, Lei Máxima, Lei Maior e Carta Política.
Resumindo, pode-se concluir que a Constituição da República Federativa do Brasil é a lei fundamental 
de organização do Estado, ao estruturar e delimitar os seus poderes políticos. 
O estudo das normas de direito pressupõe o conhecimento de certas noções básicas de teoria geral 
do Estado, que serão abordadas no próximo tópico.
2.2 Poder Constituinte 
A doutrina subdivide o Poder Constituinte em originário e derivado e, a partir daí, ganha contornos 
mais definidos. 
2.2.1 Titular e exercente do Poder Constituinte
É titular do Poder Constituinte o povo já o exercente desse poder é aquele que em nome do povo 
edita a Constituição. No caso da elaboração da nossa última e atual Constituição, o exercente foi a 
Assembleia Nacional Constituinte. 
2.2.2 Poder Constituinte Originário
É aquele que instaura uma nova ordem jurídica, rompendo completamente com a ordem jurídica 
anterior. Em outras palavras, é a criação de uma nova Constituição, não guardando vínculos com a 
anterior. Nossa atual Constituição, por ter rompido por completo com a ordem jurídica anterior, é 
considerada fruto do Poder Constituinte Originário. 
2.2.3 Poder Constituinte Derivado
É derivado do Poder Constituinte Originário, isto é, é criado e instituído por tal poder e é subdivido 
em três espécies:
• Poder Constituinte Derivado Reformador;
• Poder Constituinte Derivado Decorrente; e
• Poder Constituinte Derivado de Revisão.
2.2.3.1 Poder Constituinte Derivado Reformador (artigo 60 da CF/1988)
É aquele destinado à alteração do texto constitucional, por meio de emendas à Constituição, editadas 
segundo processo legislativo previsto na própria Constituição. 
25
Re
vi
sã
o:
 C
ris
tin
a/
Lu
ca
s 
- 
Di
ag
ra
m
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
2/
04
/1
3
Ética e LegisLação: trabaLhista e empresariaL
2.2.3.2 Poder Constituinte Derivado Decorrente (artigo 25, caput, da CF/1988)
É o poder conferido aos Estados-membros para que se auto-organizem por intermédios das próprias 
Constituições Estaduais, sempre respeitando as regras gerais da Constituição Federal.
2.2.3.3 Poder Constituinte Derivado de Revisão (artigo 3º do ADCT)
É aquele que prevê uma revisão no texto constitucional após determinado tempo. Na nossa 
Constituição, esta revisão que estava prevista aconteceu cinco anos após a promulgação, ou seja, no 
ano de 1994 e deu ensejo à elaboração de seis emendas constitucionais de revisão.
2.2.4 Cláusulas pétreas (artigo 60, parágrafo 4º da CF/1988)
São denominadas “cláusulas pétreas”, pela doutrina jurídica especializada, aqueles dispositivos 
elencados no parágrafo 4º do artigo 60 da mesma Carta Magna. Assim está disposto:
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: […]
§ 4º – Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a 
abolir:
I – a forma federativa de Estado;
II – o voto direto, secreto, universal e periódico;
III – a separação dos Poderes;
IV – os direitos e garantias individuais (BRASIL, 1988a). 
Basicamente, as cláusulas pétreas estão elencadas no artigo 5º da CF/1988: porém, a doutrina e 
a jurisprudência reconhecem haver direitos e garantias individuais previstos em outros dispositivos 
constitucionais. O STF, por exemplo, considerou ser cláusula pétrea, por ser garantia individual do 
contribuinte, o princípio da anterioridade tributária, que garante os direitos adquiridos sobre uma lei 
anterior, previsto no artigo 150, III, b, da CF/1988. 
2.2.5 Conceito de povo, soberania e território 
O Estado (país) é uma sociedade política dotada de algumas características próprias ou de elementos 
essenciais que a distinguem das demais: povo, território e soberania. Pode-se dizer que esses três 
elementos são fundamentais, sem os quais o Estado não poderia existir.
2.2.5.1 Povo
A palavra povo, que deriva do termo latino populus,permite fazer referência a conceitos diversos: os 
habitantes de certa região, a população em geral, uma povoação de menor tamanho que uma cidade e 
à classe baixa de uma sociedade. 
26
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 C
ris
tin
a/
Lu
ca
s 
- 
Di
ag
ra
m
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
2/
04
/1
3
O conceito de povo não se confunde com o conceito de população que é o conjunto de pessoas que 
se encontram no território de um determinado Estado, seja nacional ou estrangeiro, permanente ou 
temporariamente. 
Assim, o conceito de população é apenas numérico, estatístico, e refere-se à quantidade de 
habitantes do Estado, soma, num determinado momento, composta por habitantes fixos e temporários 
(por exemplo, os turistas).
Por outro lado, nação é o conjunto de pessoas que formam uma comunidade unida por laços 
históricos e culturais. 
2.2.5.2 Soberania
A soberania pode ser conceituada como o poder impositivo do Estado. É o direito exclusivo de uma 
autoridade suprema sobre seu território ou grupo de pessoas. Há casos em que a soberania é atribuída 
a um indivíduo, como nas monarquias ou no imperialismo, no qual ele é conhecido como “soberano”.
Resumindo, pode-se afirmar que soberania é o poder máximo de que está dotado o Estado para 
fazer valer suas decisões e sua autoridade dentro do seu território.
Na atual Constituição da República Federativa do Brasil, o Poder Constituinte emana do povo, que o 
exerce por meio de representantes eleitos nos termos da própria Constituição.
Como estabelece o artigo 1º, § único, da Constituição da República Federativa do Brasil: “Todo poder 
emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente” (BRASIL, 1988a). 
2.2.5.3 Território
Território é o elemento material do Estado (país): as terras divididas entre fronteiras internacionais 
ou espaços delimitados por tratados ou acordos internacionais. Neles, o Estado exerce a sua supremacia 
sobre pessoas e bens. 
A ideia de território vai bem mais além do que espaço geográfico: é acima de tudo jurídico. Abrange, 
além do espaço delimitado entre fronteiras do Estado, o mar territorial, a plataforma continental, o 
respectivo espaço aéreo, navios e aeronaves particulares em alto-mar e navios e aeronaves públicas 
(militares) ou a serviço do governo onde quer que estejam.
Assim, território é o espaço geográfico onde o Estado exerce a sua soberania, seu poder de império 
sobre pessoas e bens.
Fazem parte do território: 
• superfície terrestre: é a camada de terra aparente. No Brasil, a superfície abrange aproximadamente 
8,5 milhões de Km², sendo o quinto país mais extenso do mundo;
27
Re
vi
sã
o:
 C
ris
tin
a/
Lu
ca
s 
- 
Di
ag
ra
m
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
2/
04
/1
3
Ética e LegisLação: trabaLhista e empresariaL
• subsolo dessa superfície: camada de terra abaixo dessa superfície;
• mar territorial: compreende a faixa de 12 milhas marítimas, medida a partir do litoral continental;
• zona contígua: compreende uma faixa que se estende das 12 milhas às 24 milhas marítimas do 
mar territorial;
• zona econômica exclusiva: compreende uma faixa que se estende das 12 milhas às 200 milhas 
marítimas do mar territorial;
• espaço aéreo: é o espaço correspondente acima da superfície terrestre e do mar territorial.
2.3 FEdErAção
2.3.1 Forma de Estado
A Federação é caracterizada como a união de dois ou mais Estados para a formação de um novo 
(único), em que as unidades conservam autonomia política, podendo legislar sobre assuntos específicos 
disciplinados pela lei maior (Constituição) enquanto a soberania é transferida para o Estado Federal que 
dita as regras gerais.
Os Estados podem ser classificados sob o aspecto de sua forma em duas principais características: 
federativos ou unitários. A Federação (ou Estado Federativo) é uma modalidade de forma de Estado, 
caracterizada pela descentralização política. 
2.3.2 Entes federativos (artigo 18 da CF/1988)
A forma federativa de Estado tem por característica fundamental a descentralização política.
Assim, dentro da atual organização do Estado brasileiro existem as seguintes entidades federativas: 
a União, os Estados, o Distrito Federal e os municípios:
2.3.2.1 União 
A União é a entidade federativa voltada para os assuntos de interesse de todo o Estado brasileiro. O 
ente federativo central denominado União só existe em Estados Federais, em que os diversos Estados-
membros se reúnem para a formação de um governo central e a administração dos assuntos de interesse 
comum. A União, além da autonomia no plano interno, exerce soberania quando representa o Estado 
federal (Brasil) perante a comunidade internacional. 
2.3.2.2 Estados-membros
Os Estados brasileiros surgiram em 1889, com a proclamação da República e a adoção do federalismo 
como forma de Estado. As antigas províncias foram elevadas à condição de Estados-membros, dotados 
28
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 C
ris
tin
a/
Lu
ca
s 
- 
Di
ag
ra
m
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
2/
04
/1
3
de autonomia política e integrantes da nova Federação brasileira. Contudo, os Estados-membros são 
dotados somente de autonomia política, não podendo contrariar os limites e os princípios fixados pela 
Constituição da República Federativa do Brasil. Não possuem soberania. No Estado federal brasileiro, 
comumente, os Estados-membros recebem simplesmente a denominação de Estados. Atualmente o 
Brasil possui 26 (vinte e seis) Estados-membros.
2.3.2.3 Município 
É a entidade federativa voltada para assuntos de interesse local. A Constituição admite sua criação, 
incorporação, fusão e desmembramento.
2.3.2.4 Distrito Federal
É um ente federativo, assim como a União, os Estados e os municípios. Tem sua autonomia 
parcialmente tutelada pela União: a polícia civil, militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito 
Federal são organizados e mantidos pela União. O mesmo ocorre com o Poder Judiciário e o 
Ministério Público do Distrito Federal. O chefe do Poder Executivo de Brasília é o governador, e 
não o prefeito. 
2.3.2.5 Territórios federais 
São meras autarquias da União, não constituem entidades federativas, pois não são dotadas de 
autonomia política. Atualmente não existe nenhum território no Brasil: Roraima e Amapá foram 
transformados em Estados-membros e Fernando de Noronha, extinto, com a reincorporação de 
sua área ao Estado-membro de Pernambuco. Contudo nada obsta que sejam criados por lei novos 
territórios. 
2.3.3 Forma de governo
O nome atual do Estado brasileiro é “República Federativa do Brasil”. Portanto o Brasil é uma República 
Federativa, tendo assim, a república como forma de governo. 
A palavra república tem origem latina e significa: “res” coisa e “pública” povo, ou seja, “coisa do 
povo”. Partindo dessa premissa, a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 definiu, logo 
em seu artigo 1º, a República Federativa do Brasil como um “Estado Democrático de Direito” e consagra 
a dignidade da pessoa humana como um de seus fundamentos. 
Pode-se então conceituar o Estado Democrático de Direito como o Estado regido por leis, em que o 
governo está nas mãos de representantes legitimamente eleitos pelo povo e há ampla valorização dos 
direitos humanos.
Em outros termos, o Estado Democrático de Direito caracteriza-se pela eletividade, temporariedade 
dos membros do Poder Legislativo e Executivo (mandatos por prazo determinado) e um regime de 
responsabilidade das pessoas que ocupam cargos públicos. 
29
Re
vi
sã
o:
 C
ris
tin
a/
Lu
ca
s 
- 
Di
ag
ra
m
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
2/
04
/1
3
Ética e LegisLação: trabaLhista e empresariaL
Portanto, o Brasil é uma república, cujas principais características são: 
• a eleição dos agentes políticos pelo povo (presidente da República, governadores, prefeitos, 
senadores, deputados e vereadores);
• os agentes políticos ocupam cargos do Poder Executivo e do Legislativo, exercendo mandatos por 
tempo limitado.
Dessa forma, na república são realizadas eleições periódicas para a escolha dos representantesdo 
povo no Poder Legislativo e Executivo, prevendo a possibilidade de impeachment do presidente da 
República e a necessidade das pessoas que ocupam cargos públicos de prestarem contas de seus atos na 
esfera cível, administrativa e criminal.
O Estado deve ter como finalidade prestar serviço ao cidadão, promovendo o bem-estar geral 
do povo e melhorando as condições de vida social. A grande tarefa a ser desempenhada pelo Estado 
Democrático consiste em favorecer a construção de uma sociedade mais justa e, ao mesmo tempo, mais 
livre e igualitária. 
Assim, outro aspecto da nossa República é a democracia exercida pelo povo como o regime político. 
A palavra democracia é de origem grega, que significa: “demos” povo, “arché” governo, governo do povo, 
é o regime político em que todo o poder emana da vontade popular. É o governo do povo, pelo povo e 
para o povo. 
Segundo o artigo 3º da Constituição Federal, são objetivos fundamentais do Brasil: 
- construir uma sociedade livre, justa e solidária – o Estado brasileiro 
deve buscar a construção de uma sociedade informada pelos princípios 
de liberdade, justiça e solidariedade; 
- garantir o desenvolvimento nacional – o desenvolvimento nacional 
deve ser buscado em todos os sentidos, incluindo o econômico e 
social; 
- erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades 
sociais e regionais; 
- promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, 
idade e quaisquer outras formas de discriminação (BRASIL, 1988a).
Por fim, em uma sociedade democrática, a autoridade do povo deve sempre prevalecer, pois a 
democracia, na clássica definição, é “o regime do povo, pelo povo e para o povo”. 
30
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 C
ris
tin
a/
Lu
ca
s 
- 
Di
ag
ra
m
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
2/
04
/1
3
2.4 defesa do Estado e das instituições democráticas 
2.4.1 Instrumentos de defesa do Estado e das instituições democráticas
A Constituição Federal regulamenta, para a defesa do Estado e das instituições democráticas:
• o estado de defesa;
• o estado de sítio;
• as forças armadas;
• a segurança publica.
2.4.1.1 O estado de defesa (artigo 136 da CF/1988) e o estado de sítio (artigo 137, I e II da 
CF/1988)
Estas medidas de crise têm natureza excepcional, devem ser provisórias, só podendo ser utilizadas 
quando realmente necessárias. Devem, ainda, ser proporcionais à situação de crise que pretendem 
superar e se utilizadas em momento de normalidade constitucional estarão violando a Constituição. 
As duas medidas deverão ser decretadas pelo presidente da República e deverão ser ouvidos 
o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional. Todavia, a decretação do estado de sítio 
depende de prévia autorização pelo Congresso Nacional. 
2.4.1.2 Duração e limitação do estado de sítio
Em regra, o estado de sítio deverá durar o mesmo tempo do estado de defesa – até 30 dias –, mas são 
admitidas prorrogações de até 30 dias de cada vez. No caso de estado de guerra ou resposta à agressão 
armada estrangeira, poderá ainda ser decretado pelo tempo que durarem tais situações.
O estado de sítio poderá atingir todo o território nacional.
2.4.1.3 Cabimento do estado de defesa e do estado de sitio 
Nos termos do artigo 136 da CF/1988, caberá estado de defesa para preservar ou prontamente 
restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social, ameaçadas por 
grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na 
natureza. 
Com relação ao estado de sítio, ele será decretado sempre que houver comoção grave de 
repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante 
o estado de defesa, ou nos casos de declaração de estado de guerra ou resposta à agressão armada 
estrangeira.
31
Re
vi
sã
o:
 C
ris
tin
a/
Lu
ca
s 
- 
Di
ag
ra
m
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
2/
04
/1
3
Ética e LegisLação: trabaLhista e empresariaL
2.4.1.4 Medidas restritivas no estado de defesa e no estado de sítio (artigo 136 e 139 da 
CF/1988)
No estado de defesa, haverá restrições aos direitos de:
• reunião, ainda que exercida no seio das associações;
• sigilo de correspondência;
• sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;
• ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de calamidade pública, 
respondendo a União pelos danos e custos decorrentes.
Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no art. 137, inciso I, só poderão ser 
tomadas contra as pessoas as seguintes medidas:
I – obrigação de permanência em localidade determinada;
II – detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por 
crimes comuns;
III – restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo 
das comunicações, à prestação de informações e à liberdade de imprensa, 
radiodifusão e televisão, na forma da lei;
IV – suspensão da liberdade de reunião;
V – busca e apreensão em domicílio;
VI – intervenção nas empresas de serviços públicos;
VII – requisição de bens. 
2.4.1.5 Forças Armadas (artigo 142 da CF/1988)
Constituída pela Marinha, Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e 
regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do presidente 
da República. Têm como objetivo principal a defesa da Pátria, a garantia dos poderes constitucionais e, 
por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.
2.4.1.6 Segurança pública (artigo 144 da CF/1988)
A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a 
preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, por meio dos seguintes 
órgãos:
32
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 C
ris
tin
a/
Lu
ca
s 
- 
Di
ag
ra
m
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
2/
04
/1
3
• Polícia Federal;
• Polícia Rodoviária Federal;
• Polícias Ferroviária Federal;
• Polícia Civil;
• Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar.
As Polícias Civil, Militar e Corpo de Bombeiros Militar são órgãos estaduais. Subordinam-se aos 
governadores dos respectivos Estados. A Polícia Civil, Militar e o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito 
Federal são organizados e mantidos pela União. Subordinam-se, contudo, ao governador do Distrito 
Federal.
Os municípios poderão constituir guardas municipais destinados à proteção de seus bens, serviços e 
instalações, conforme dispuser a lei. 
2.5 Separação dos Poderes
2.5.1 Separação dos Poderes na Constituição Federal de 1988
São poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário 
(art. 2º Da CF/1988). 
A separação de poderes é clausula pétrea, isto é, limitação material ao Poder Constituinte Derivado 
Reformador, sendo inconstitucional qualquer proposta de emenda constitucional tendente a aboli-la 
(artigo 60, parágrafo 4º, inciso III, da CF/1988).
2.5.1.1 Poder Executivo
O Poder Executivo é responsável pela organização, administração e funcionamento da administração 
pública como um todo.
O Poder Executivo Federal é exercido pelo presidente da República, auxiliado pelos ministros de 
Estados. A eleição do presidente e do vice-presidente realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro 
domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato presidencial vigente. Se o candidato 
obtiver maioria absoluta de votos nas eleições, não haverá necessidade de segundo turno; caso 
contrário, far-se-á nova eleição, em até vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os 
dois candidatos mais votados no primeiro turno, considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria 
dos votos válidos.
O presidente da República é o chefe do Estado (representa o país perante os países estrangeiros) e ao 
mesmo tempo chefe de governo, pelo sistema presidencialista. Pelo sistema parlamentarista, as funções 
33
Re
vi
sã
o:
 C
ris
tin
a/
Lu
ca
s 
- 
Di
ag
ra
m
aç
ão
: F
ab
io
 -
 2
2/
04
/1
3
Ética e LegisLação: trabaLhista e empresariaL
de chefe de Estado são cumpridas

Continue navegando