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Dupla: Lucas Lobo - 21850957 e Matheus Vilar - 21854112 Classificação dos resíduos dos serviços de saúde - RSS • Infectantes: referem-se aos resíduos perigosos gerados durante as diferentes etapas de atendimento de saúde (diagnóstico, tratamento, imunizações, pesquisas, etc.) que contêm agentes patogênicos. São classificados em seis tipos: biológico; sangue e hemoderivados; cirúrgico, anatomopatológico e exsudato; perfurante ou cortante; animal contaminado; assistência ao paciente. Esses resíduos representam diferentes níveis de perigo potencial, conforme o grau de exposição aos agentes infectantes que provocam doenças. Todos os resíduos de sala de isolamento, por exemplo, são considerados infectantes. Em geral, não podem ser dispostos em aterros sanitários ou em locais inadequados. • Especiais: são aqueles gerados durante as atividades auxiliares dos estabelecimentos de saúde. Podem ser de três tipos: rejeito radioativo; resíduo farmacêutico; resíduo químico perigoso. Esses resíduos são classificados como perigosos à saúde humana em função das suas características, como: patogenicidade, corrosividade, reatividade, inflamabilidade, toxicidade, explosividade e radioatividade. • Comuns: referem-se aos resíduos gerados pelas atividades administrativas, auxiliares e gerais que não correspondem a nenhuma das categorias anteriores. Não representam perigo para a saúde e suas características são similares às dos resíduos domésticos comuns, podendo, portanto, ser dispostos em aterros sanitários. Os demais conceitos relacionados ao assunto, em geral, relacionam-se a termos específicos ou variações de classificações. Dentre eles, merecem destaque os seguintes: • Resíduo hospitalar comum – qualquer sólido ou líquido que não entrou em contato com pacientes doentes, não sendo considerado infectado ou contaminado. • Resíduo químico perigoso – qualquer resíduo ou recipiente que contenha produto químico considerado um risco à saúde humana ou fisicamente perigoso. Estão enquadrados nessa característica: líquidos combustíveis, gases compressíveis, explosivos, inflamáveis, peróxidos orgânicos e reagentes oxidantes, pirofóricos, venenosos, corrosivos ou água reativa. • Resíduo radioativo – resíduo a ser disposto, que contém, ou pode conter, material radioativo. • Resíduo biomédico – são identificados como biomédicos, bioperigosos ou médico controlados os seguintes tipos de resíduos: restos animais, resíduo biológico, resíduos de quimioterapia, culturas e estoques de agentes infectantes, resíduos patológicos, resíduos pontiagudos e resíduo médico. Aspectos de Normas e leis aplicáveis aos resíduos de serviços de saúde. As leis aplicáveis aos resíduos sólidos dos serviços de saúde inicialmente são as Resoluções RDC nº 306/04 da ANVISA e a resolução nº 358/05 do CONAMA. Outras fontes a respeito do RSS podem ser citadas, como normas regulamentadoras, instruções normativas e a própria ANVISA, que tem o objetivo de regulamentar, controlar e fiscalizar os produtos e serviços que envolvam riscos à saúde pública. O objetivo destas legislações é regulamentar o gerenciamento de resíduos de serviço de saúde e o seu tratamento e disposição final ambientalmente adequada. (vgresiduos, 2021). Conforme a NBR 12.808, os resíduos dos serviços de saúde ou hospitalares são os produzidos pelas atividades de unidades de serviços de saúde (hospitais, ambulatórios, postos de saúde, etc.). Portanto, os resíduos de saúde são: hospitais, clínicas, laboratórios, farmácias, clínicas veterinárias, postos de saúde, entre outros. Podendo ser constituídos de: agulhas, seringas, gazes, bandagens, algodões, órgãos e tecidos removidos, meios de culturas, animais usados em testes, sangue coagulado, luvas descartáveis, filmes radiológicos, entre outros. Gerenciamento dos resíduos dos serviços de saúde. Conforme a Resolução da Diretoria Colegiada, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária/ANVISA - RDC Nº 306, de 7 de dezembro de 2004, o gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde (RSS) é constituído por um conjunto de procedimentos de gestão. Estes procedimentos são planejados e implementados a partir de bases científicas e técnicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar a produção de resíduos de serviços de saúde e proporcionar aos resíduos gerados, um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando à proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente. (FIOCRUZ). O gerenciamento inicia pelo planejamento dos recursos físicos e dos recursos materiais necessários, culminando na capacitação dos recursos humanos envolvidos. Todo laboratório gerador deve elaborar um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde - PGRSS, baseado nas características dos resíduos gerados. O PGRSS a ser elaborado deve ser compatível com as normas federais, estaduais e municipais, e ainda deve estar de acordo com os procedimentos institucionais de Biossegurança, relativos à coleta, transporte e disposição final. O manejo dos resíduos de serviços de saúde é o conjunto de ações voltadas ao gerenciamento dos resíduos gerados. Deve focar os aspectos intra e extra-estabelecimento, indo desde a geração até a disposição final, incluindo as seguintes etapas: 1. Segregação: é feita através da separação dos resíduos no instante e local de sua geração. 2. Acondicionamento: embalar em sacos impermeáveis e resistentes, de maneira adequada, todos os resíduos que foram segregados, segundo suas características físicas, químicas e biológicas. 3. Identificação: esta medida indica os resíduos presentes nos recipientes de acondicionamento. 4. Transporte interno: Esta etapa consiste no traslado dos resíduos dos pontos de geração até local destinado ao armazenamento temporário ou armazenamento externo com a finalidade de apresentação para a coleta. 5. Armazenamento temporário: acondiciona temporariamente os recipientes onde estão contidos os resíduos, próximo ao ponto em que eles foram gerados. Esta medida visa agilizar o recolhimento dentro do estabelecimento. 6. Tratamento: O tratamento preliminar consiste na descontaminação dos resíduos (desinfecção ou esterilização) por meios físicos ou químicos. 7. Armazenamento externo: refere-se à guarda dos recipientes no qual estão contidos os resíduos, até que seja realizada a coleta externa. 8. Coleta e transporte externo: refere-se ao recolhimento dos RSS do armazenamento externo, sendo encaminhado para uma unidade de tratamento e destinação final. 9. Disposição final: Consiste na disposição de resíduos no solo, obedecendo a critérios técnicos de construção e operação, e com licenciamento ambiental de acordo com a Resolução CONAMA nº.237/97. Referências CETESB. 1997. Resíduos sólidos domiciliares e de serviços de saúde: tratamento e disposição final. São Paulo: Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental. FIOCRUZ. Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde. Disponível em: <http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/virtual%20tour/hipertextos/up1/gerenciamento-residuos-ser vico-saude.htm>. Acesso em 03 de novembro de 2021. OROFINO, F. V. G. 1996. Aplicação de um sistema de suporte multicritério na gestão dos resíduos sólidos de saúde – Caso do Hospital Celso Ramos. Florianópolis. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Santa Catarina. SEMADUR. RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE (RSS). Disponível em: <http://www.campogrande.ms.gov.br/semadur/canais/residuos-de-servico-de-saude-rss/>. Acesso em 03 de novembro de 2021. VGResiduos. O que a lei diz sobre os resíduos dos serviços de saúde? Disponível em: <https://www.vgresiduos.com.br/blog/o-que-a-lei-diz-sobre-os-residuos-dos-servicos-de-saude/>. Acesso em 03 de novembro de 2021. http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/virtual%20tour/hipertextos/up1/gerenciamento-residuos-servico-saude.htm http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/virtual%20tour/hipertextos/up1/gerenciamento-residuos-servico-saude.htm http://www.campogrande.ms.gov.br/semadur/canais/residuos-de-servico-de-saude-rss/https://www.vgresiduos.com.br/blog/o-que-a-lei-diz-sobre-os-residuos-dos-servicos-de-saude/
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