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Adaptações celulares Temos as adaptações relacionadas a crescimento e diferenciação. Adaptações tanto em crescimento e diferenciação. No crescimento, é uma adaptação que mexe na dimensão da célula (maior ou menor), dimensão de constituintes celulares (aumentar ou diminuir as organelas, número de constituintes celulares (aumenta ou diminui), aumento ou diminuição da intensidade da função. A autofagia pode atuar neste local para diminuir. A diferenciação (processo normal de evolução celular, mais especializadas): especialização morfológica (prolongamentos, forma cúbita...), especialização funcional, integração (maior integração com o mesmo tipo de célula, a célula faz parte do tecido quando ela tem a especialização morfológica e funcional) e aumento do número de funções. - Crescimento A diferenciação do crescimento tem a ver com a renovação, aumento do número de célula. O metabolismo é um fator determinante no crescimento. A nutrição influencia no crescimento tecidual geral. Tudo está associado a trofismo, é um termo utilizado para o crescimento tecidual • Hipertrofia Pode ser fisiológica e patológica Aumento do porte das células e não houve aumento do número de células. É fisiológica, acontece com útero gravídico (útero com gravidez) e músculo esquelético. Patológica Sobrecarga de trabalho, como ventrículo esquerdo. A parede do coração se tornou mais grossa, a hipertrofia só ocorre dentro do coração, hipertensão arterial, trombose causando a hipertrofia, reduz o número da câmara, então diminui a quantidade de sangue bombeado. Pode acontecer com o músculo liso da bexiga. Acontece pela hipertrofia da próstata, a bexiga para esvaziar começa a contrair e assim, começa a atrofiar. Pode acontecer com mulheres também. A hipertrofia patológica é quando a função prejudica mas não tem alteração da função Ação hormonal, como a hipertireodismo. • Hipotrofia (atrofia) Reduzido e ausência, são a mesma coisa, basicamente Fisiológica Desuso, como os músculos, tendões, basicamente braço e pernas, normalmente e envelhecimento Desuso: ficar muito sentado. Músculo: relacionada a diâmetro ou comprimento de fibras musculares, é um encurtamento. O envelhecimento envolve a pele (redução), a redução de tamanho dos órgãos, inclusive o cérebro, redução do número de sinapses mas sem uma perda efetiva de função. Não necessariamente fazer caça-palavras ajuda a combater o Alzhemeir, só ajuda a demorar para desligar o neurotransmissor. O processo de envelhecimento leva a redução dos órgãos mas a perda de apetite tem a ver com vários outros fatores multifatoriais. Patológica Menor suprimento sanguíneo (compressão por fluído ou neoplasias). Desuso/imobilização, restrição ao leito, prolongada, é uma imobilização absoluta como o paciente paraplégico. Denervação: rompe a ligação do neurônio- musculo. No nível da lesão, tem denervação. Uma vez que mantemos o estímulo, o resultado é que o músculo vai entrando em desuso e supera o limite de retorno (atrofia significativa que não volta mais). A hipotrofia fisiológica tem a capacidade de reversão, mas a hipotrofia patológica não existe a capacidade de reversão. Insuficiência de nutrientes (caquexia, doenças debilitante e desnutrição). Menor estímulo hormonal ou de sinal trófico. - Proliferação Tem a ver com o número de células. • Hipoplasia Diminuição da população celular de um tecido em um determinado órgão ou parte do corpo. Diminuição do ritmo de renovação celular, associado ao envelhecimento. No envelhecimento temos a hipoplasia e a hipotrofia. Aumento da taxa de destruição das células, como ao ser envenenado. Ambos os fenômenos: Fisiológica: Involução do timo a partir da puberdade; Involução das gônadas no climatério; Patológica: Medula óssea: agentes tóxicos ou infecções levando a redução do número de células. • Hiperplasia Aumento do número de células, manutenção morfofuncional Fisiológica: Hormonal. Um exemplo, seria o crescimento. Compensatória: Após redução de órgão par ou único. Um exemplo é após perder 1 rim, o rim que ficou vai aumentar de 1 milhão de néfrons, ele vai aumentar o tamanho e aumentando o número de células para 1,4 milhão. Outro exemplo, é o fígado que após transplantar um pedaço do fígado, ele vai aumentar de tamanho para compensar. Patológica: Hormonal: aumento da próstata e do endométrio (endometriose, na menstruação é fisiológica) Reacional: cicatrização Hiperplasia congênita A musculatura sofre hipertrofia mas ainda não se sabe se participa da hiperplasia. No musculo, a fibra morre, não tem outra mas as outras compensam. As lesões passíveis, temos a ativação e proliferação das células satélites. Essas células por meio da quimiotaxia vão se fundir na fibra danificada. Com a fusão da célula satélite, com a miofibra vai restaurando. A miofibra vai ser regenerada e vai ter o núcleo central, maior número de mitocôndrias e o sarcômero vai ser maior. A hipertrofia se dá pela fusão da miofibra com a celula satélite. Não teve o aumento do número de células e sim só o aumento do diâmetro. A hiperplasia pode ser o aumento das células satélites mas não geram força, com isso só falamos a hipertrofia. Uma lesão mais extensa, vai proliferar as células satélites, vai através da quimiotaxia com a fibra danificada. Mas antes de se fundir com o músculo, vai ter a fusão para produzir nova miofribra (hiperplasia). Depois de um tempo, não vai ser mais observados as miofibras na lâmina, pois elas vão se fundir a miofibra danificada. Então, com isso, não é falada da hiperplasia pois elas não apresentam função contrátil ainda e não estão ligadas ao tendão. Então, não tem hiperplasia das células musculares e sim hiperplasia das células satélites. - Diferenciação • Metaplasia Transformação de um tipo de tecido totalmente adulto e diferenciado para outro tipo de tecido igualmente adulto e diferente da linhagem inicial. Em função do estimulo nocivo, a célula vai se transformar em outra célula que é um cito (célula adulta) totalmente diferente. É infrequente, pois se diferencia diferente. Metaplasia epitelial: Escamosa, brônquio, colo de útero, endométrio, próstata Apocrina: glândulas exócrinas (mamas) Intestinal: estômago Decidual: cerviz, oviduto, ovário, endométrio Exemplos: Boca e esôfago Tecido estratificado pavimentoso não queratinizado mas após um estímulo nocivo, ele passa a ser um tecido estratificado pavimentoso queratinizado. O processo de refluxo vai fazer com que as células iniciais ao se diferenciarem comecem a ser queratinizado para proteger o tecido. É do tipo patológica. Pode se ter a reversão mas a metaplasia é difícil de ser revertida. Brônquios Tecido pseudo-estratificado ciliado vira tecido pavimentoso queratinizado ou não queratinizado, após um estimulo nocivo. Acontece na pneumonia, pois o muco é mais expesso e com bactérias e as células ciliadas não conseguem levar para a garganta para ser eliminado, com isso, o processo inflamatório vai transformar o tecido para queratinizado ou não queratinizado, dependendo do estímulo. A célula sem os cílios, vai ser mais propensa a se ter processos inflamatórios. Existe metaplasia fisiológica, acontece quando a mulher vai entrar em mudança celular para entrar no ciclo menstrual. Pode acontecer em homens na puberdade. Metaplasia mesenquimal Cartilaginosa: cicatriz, capsula sinovial Óssea: cicatriz de Tb, pancreatites, tecidos moles. Se dá por fibroblastos com capacidade de transformação para osteoblastos. Exemplos: Tecido conjuntivo em cartilaginoso ou ósseo Tecido cartilaginoso em osso. Pode ser exemplificadapela mudança escamosa que ocorre no epitélio respiratório em fumantes habituais de cigarros. - Diferenciação e proliferação Aumenta o número e muda a função. • Displasia Para muitos autores, não é adaptação celular mas alguns consideram, pois esté no limite, se encontra na transição do quadro normal ou de adaptação para o quadro de neoplasia. organização anormal ou diferenciação desornada de células ou tecido presente em um órgão. Alterações fenotípicas Alterações genotípicas, por isso está na linha da neoplasia Proliferação e perda de diferenciação. O tecido passa por múltiplas agressões, no processo de displasia, vamos ter uma diferenciação desordenada. São diversos processos da célula passando de diferenciação, desdiferenciação e de novo diferenciação, fica repetindo. Com isso, o tecido vai se modificando. Temos células basicamente igual, células que perderam sua morfologia total, ou continuaram iguais mas mudou a posição do núcleo. O tecido que antes todas as suas células estavam iguais, o tecido vai perdendo a sua característica, por conta que as células vão perdendo as suas características morfológicas. Múltiplas desdiferenciações e diferenciações. Quadro patológico e não tem reversão. É uma parte do processo neoplásico. Neoplasias Tumor é um acúmulo de determinada coisa na região, como massa, não necessariamente é tumor e sim uma pancada. Câncer também é uma neoplasia. Tumor e câncer são válidas e as duas tem a mesmo significado. O tumor pode ser benigno e maligno. Tumor e câncer podem ser usadas como a mesma coisa. Por isso, se usa a neoplasia. Neo (novo) + plasis (formação, crescimento, desenvolvimento) “Proliferação anormal de tecido que foge parcial ou totalmente ao controle do organismo, tendendo à autonomia e à perceptuação com efeitos agressivos sobre o hospedeiro” – Robbins, 1984; Pérez – Tamayo, 1987. - Evolução Oncogênese ou carcinogênese. São 4 etapas do crescimento. Iniciação: Mutação genética irreversível que leva ao ganho de vantagem. Vantagem = termo técnico. A célula ainda é capaz de desempenhar as funções originais. A mutação não deve prejudicar a capacidade de replicação da célula. A célula ainda é idêntica a qualquer outra no organismo, só dá para saber a diferença pela análise genética. A célula pode permanecer em iniciação por décadas. A pessoa ainda não tem câncer, tem as vantagens mas não tem ainda. Promoção: Agente promotor estimula a divisão e a proliferação celular. O agente promotor é o agente carcinogênico O agente carcinogênico pode ser agentes químicos, como benzeno no sangue, derivados do tabaco. Toda substância cancerígena é um agente carcinogênico. Agentes físicos: raios ultravioleta na pela, raios-X, radiação ionizante. Agentes biológicos: vírus de DNA, como HPV, vírus da hepatite B. Vírus de RNA, como retrovírus - HTLV-1. Outros agentes biológicos. Limiar: dose mínima exigida para a estimulação do crescimento celular. É na promoção que temos uma neoplasia benigna. Progressão: As células vão se proliferando, começa a lenta e vai aos poucos ganhando mais velocidade. Com essa divisão, ela passa pelo processo de desdiferenciação, que começa a ter ganho de potencial maligno (neoplasia maligna). Mutações continuas levam à alteração na aparência, na função e na velocidade de crescimento. Na medida que a neoplasia vai se multiplicando, as células vão se acumulando mutações e não necessariamente é a mesma mutação. As células vão perdendo as características do tecido, são diversas linhagens coexindo. Com isso, vão se desdiferenciação. Vai perdendo a função, muda a sua aparência, vai mudando as características heterogenias (não são idênticas, por isso são vários tipos de canceres). Estão diferentes mas todas estão indo na diferenciação da célula tronco. Metástase: Acumulação cada vez mais, elas vão receber a configuração chave (vai na corrente sanguínea e vai para o órgão que tem que ir). - Mutações genéticas São as mutações da fase da iniciação. São dois grupos: genes da replicação celular e genes relacionados à apoptose. Os genes da replicação celular pode ser chamado de proto-oncogenes. Toda célula tem o potencial de se multiplicar. Quando tem mutação neste gene, pode levar a desenvolver um câncer, por isso são proto-oncogenes (pode levar a um câncer. Todas as células tem proto-oncogenes, as células que não se multiplicam, o proto- oncogenes ficam silenciados. Quando há uma mutação genética vai ser chamado de oncogene. É uma mutação over- expressing, é uma mutação que a expressão do gene vai estar aumentada (além do normal). Os genes relacionados à apoptose são chamados de fatores de necrose tumoral na onco. São os genes relacionados a acabar com o tumor por meio da necrose. Tem que se expressar abaixo do normal (under-expressing ou knockout) para não matar a célula. A vantagem celular é quando tem maior capacidade de multiplicação e perda da capacidade de controle populacional, tem que estar na mesma célula. A apoptose tem que estar baixa pois a célula tem que se multiplicar além do normal e com a apoptose baixa, ela não vai morrer por apoptose. Então, ela tem que ter as duas mutações. As mutações podem ser adquiridas por meio das herança genética ou por meio da mutação de origem ambiental. A pessoa pode nascer com nada das duas heranças, então não tem herança. Ao longo da vida, pode vir a ganhar ou não essas mutações. Em origem ambiental ao longo da vida, pode ter nenhuma, uma ou duas. A pessoa pode nascer com uma das heranças, então, ela tem a herança. A tendência a ter câncer, é por conta que a família vai passando para as pessoas. Já nasce com oncogene (todas as células do indivíduo tem esse gene). Se ela tiver as duas mutações, ela nasce já com a fase de iniciação. Para as duas mutações, tem que ter a vantagem mais o agente carcinogênico maior que o limiar, aí sim vamos ter a promoção. - Evolução numérica Dependendo do fator biológico, tem um limite delimitado mas para outros, depende. Do momento que se atinge o limiar. Temos um crescimento (chegou até 10ˆ3) e depois diminuiu. É uma regressão espontânea de um câncer inicial, diminuiu graças ao sistema imune. Sobrou umas células e elas continuam a crescer. O sistema imunológico não tem a capacidade de lidar com tumor. De qualquer forma, o máximo que ele consegue lidar é até 10.000 células. Acima da barreira das 10.000 células, continuou a crescer mas ainda não foi detectável, pois o número é não-detectável de células tumorais são muito pequenas para serem vistas. Esse nível está mais ou menos 1 bilhão de células. 1 bilhão é cerca de 1 grama, às vezes. Um tumor cujas células estão agrupadas, vai formar um efeito de massa (melhor visto em exames de imagem, mas demora para desenvolver o sintoma, pois ainda tem espaço mas depende do lugar que está). A partir de 1 bilhão, é quando tem o crescimento visível dos tumores, ai sim é detectável. Se está na fase de progressão, é a fase maligna do câncer, porém depende do tipo do câncer. Quando detectamos o melanoma, ele já está na fase maligno. Mas tem canceres que atingem 1 bilhão de células na fase de promoção. Temos cânceres aparentemente só na fase de maligno pois não foi detectável na fase maligno. 1 bilhão pode estar em promoção, proliferação ou em metástase. O 1 bilhão é uma faixa de células. Na cirurgia, as vezes não dá para tirar, então tira quase tudo (até a fase que o sistema imune consegue lidar). Com isso, a pessoa consegue se curar. Dependendo do tecido, pode tirar totalmente (até 90% ou ate 50%) ou parcialmente (ate 50% ou ate 25%). Para tratar as que sobraram, faz a quimioterapia ou radioterapia ou quimio+ radio. Tem células que são imunes a quimio, por isso, escapam da quimio. Um tumor tem que ter um tecido diferente do original. Às vezes na sexta sessão, o sistema imune consegue lidar com o câncer. Não tem como saber se a pessoa foi curada ou não, por isso que pode voltar. Quando o câncer volta a ser detectável pouco tempo depois, às vezes é um diferente, igual quando demora anos para voltar a ser detectável. Não é impossível a quimio ou a radio causarem uma mutação no câncer. Pela anatomia patológica, dá para ver se são as mesmas células do primeiro câncer, quando volta. A fase do câncer pode estar em promoção ou progressão ou até em metástase. Se esta em promoção, é outro câncer. Se for o mesmo, é porque nunca foi (recidiva) e se for outro, é a primeira vez ali (novo). Quando é recidiva, os tratamentos não curaram, só não é mais detectável. Então, volta. Quanto mais tempo demorar para ser detectável, mais mutações ele vai acumular (maior progressão). Então, ele pode voltar em metástase, acabou se rediferenciando mais. Pode ser que alguns cânceres fique mais tempo em promoção. Detecção -> tratamento ate a indetecção e além - > período de seguimento (dependendo do câncer, o médico vai acompanhar por determinado tempo, como 5 ou 10 anos, pois pode sobrar só um pouco). A cura só é dada depois do período de seguimento. O período de seguimento por ir para cura ou recidiva. Se recidivou, vai tentar outro tratamento. Se é uma nova quimio a chance de sucesso é baixa, pois as células que sobraram acaba tendo uma mutação para aguentar a quimio. - Classificação Comportamento biológico: Encapsulação Crescimento Morfologia Mitolosia • Encapsulação As neoplasias benignas possuem pseudocápsulas. As pseudocaápsulas são fibrosas e que se formam em decorrência da compressão dos tecidos vizinhos pelo crescimento lento e expansivo do tecido tumoral. O crescimento do tumor, vai pressionar as células adjacentes, assim, elas vão morrer. Conforme as células adjacentes forem morrendo, vai gerar um processo inflamatório, e vai formar uma cápsula de tecido conjuntivo (reparação do processo inflamatório). Então, o tumor fica dentro de uma cápsula de tecido conjuntivo. Se chama pseudocápsulas pois precisa do vaso levando e tirando o sangue. Por isso, a cápsula não se fecha totalmente, tem uma abertura para os vasos. Envoltório fibroso formado pela compressão dos tecidos adjacentes. Na cirurgia, o médico pode tirar todo o tumor ou quase todo. Apesar disso, algumas das células podem estar acompanhado os vasos e sair por meio deles (está em promoção). Então, se tirar só a cápsula vai sobrar as células do tumor, por isso, que se tira um pouco dos vasos. Microscopicamente falando, ainda pode sobrar algumas células tumorais. É essas algumas, que fazem com que o tumor continue crescendo. Neoplasias malignas não possuem envoltório. A cápsula tem falhas, pois o tecido começa a romper a cápsula e começa a se espalhar para os outros tecidos. Então, por mais que tenha a cirurgia tirando uma área enorme, ainda vai sobrar vários ramos, que são de uma neoplasia maligna. Por isso, a cirurgia do câncer maligno pouco se resolve. • Crescimento Tumores benignos: Crescimento lento e expansivo; Estroma adequado; Não causam necrose e hemorragias. Tumores malignos: Crescimento rápido e desordenado; Desproporção entre parênquima e estroma; Áreas de necrose e de hemorragias, por conta da forte pressão, levando as células morrerem. Com isso, chama o sistema imune e acaba morrendo as células malignas. • Antigenicidade Tumores benignos não produzem antígenos específicos, pois como é bem parecido com a célula original, não vai produzir antígeno e o sistema imune não vai atacar os tumores benignos. Não ataca pois não tem o tumor e necrose. Por volta dos 30 anos, o sistema imune destrói 16 brotos por ano. Acredita-se que começa a surgir por volta dos 16 anos. • Morfologia Diferentes grupos de diferenciação. O tumor benigno mantém total ou parcialmente a função, pois são similares aos tecidos originais. As células são bem diferenciadas. Tumores malignos, as células são menos diferenciadas, diferentes dos tecidos originais e maior perda de função. • Mitoses Quanto maior o grau de diferenciação de um tecido, menor o número de mitoses. Mais raras de serem observadas em neoplasias benignas. Quando vamos entrando no processo de desdiferenciação, vamos aumentando o número de mitoses. Observando cada tecido, vai ser determinado o número de mitoses. O benigno vai manter a faixa de mitoses, diferente do maligno que vai ter ainda mais mitoses ou ainda menos. • Antigenicidade Antígenos: proteínas reconhecidas pelas células do sistema imune capazes de causar uma resposta imune. Tumores benignos: Células não produzem antígenos específicos (não há antígenos cancerígenos). Quando o tumor começa a se desenvolver, não vai ter nenhum marcador marcando a diferenciação. Então, o sistema imune não reconhece. O sistema imune acaba atraindo o broto quando tem o crescimento, assim, causando uma inflamação, é assim que acaba destruindo o tumor benigno. A destruição é causal. Tumores malignos Algumas células podem produzir antígenos específicos, não é a totalidade das células do tumor. Pode ser atacado pelo sistema imune, ele pode ser 100% destruído, sem ação de outro elemento. A redução do tamanho pela cirurgia pode ser que não sobre nenhuma célula com antígeno, então o sistema imune não vai reconhecer. • Metástases Principal característica dos tumores malignos. Crescimento neoplásico secundário, é à distância do tumor inicial. Pode ocorrer por conta da invasão de células tumorais em diferentes tecidos do corpo ou pela liberação de células tumorais nas correntes sanguíneas e linfáticas. A célula ganhou a capacidade infiltrativa para cair na circulação, tem que ser capaz de romper a membrana basal e tem que resistir à circulação (tem que resistir ao linfonodo ou ao pH do sangue, etc), é uma nova capacidade (1 a 8/1000 são capazes de resistir). Após, tem que ser capaz de sair dos vasos (mais fácil se for capilar). Em seguida, chega no novo tecido e tem que ser capaz de multiplicar em outro tecido. A metástase tem semelhança com o tumor inicial. Por isso, que o câncer em metástase tem alto grau de diferenciação, assim, temos maior heterogeneidade, por isso que a quimio tem baixa efetividade. A maioria dos cânceres primários vão possuir a metástase no pulmão, pois é uma barreira fácil de passar. O fígado também tem grandes chances de ocorrer metástase. O osso também tem metástase. A metástase depende do tecido primário. Para o câncer hematopoético, não temos a nomenclatura do benigno pois não é descoberto nesta fase. Nevus é uma forma benigna e tem como uma mancha (normalmente). É uma hiperplasia, caso da mancha. • Histogênese Blástula: São células blásticas e são residuais. Ectoderma: Epitélio de revestimento externo; Epitélio glandular; Tecido nervoso. Mesoderma: Diversos tecidos, entre os quais os tecidos ósseo, muscular, vascular, seroso, cartilaginoso e hematopoético. Endoderma: Epitélio de revestimento interno e glandular. - Estadiamento É quando tem a classificação internacional de tumores. A base é o estágio clínico e não o laboratorial. Sistema TNM – Pierre Denoix (França): entre 1943 e 1952 É o sistema mais usado: Classificação de tumores malignos mas pode ser usado para benigno; Descrição de sua extensão anatômica. Desenvolvido e publicado pela União Internacional Contra o Câncer (UICC). A quinta edição traduzida pelo INCA, como isso o Brasil oficialmente adota o TNM mas não é o único adotado. • Objetivo Ajudar o médico no planejamento do tratamento; Dar alguma indicação do prognóstico; Ajudar na avaliação dos resultados de tratamento; Facilitar a troca de informação entre os centros de tratamento, dentro e fora do país. Contribuir para a pesquisa contínua sobre o câncer humano. Amostras mais homogêneas são mais confiáveis. • Regras gerais Três componentes: T: extensão do tumor primário (tamanho); N: ausência ou presença e extensão de metástase em linfonodos regionais (considerado clinico mas não comunicado para o paciente); M: ausência ou presença de metástase à distância (é falado para o paciente). Números: extensão da doença maligna. • Estadiamento T: tumor primário; Tx: tumor primário não pode ser avaliado, por conta que a pessoa estava doente ou equipamento quebrado... T0: não há evidência de tumor primário; Tis: carcinoma in situ. Se desenvolve na luz de uma cavidade (fora do corpo), vai entrar no corpo depois; T1, T2, T3, T4: tamanho crescente e/ou extensão local do tumor primário; T1: pequeno (2 ou 3 cm, ocupando 2 lobos ou mais); T2 e T3: tamanho moderado; T4 é o maior possível. A extensão direta do tumor primário para o linfonodo é classificada como metástase linfonodal. Metástase em qualquer linfonodo que não seja regional é classificada como metástase à distância. T3N0M0: não tem metástase T2N1M0: metástase linfonodal/regional. É falado entre profissionais mas para o paciente, não é falado, só fala para o paciente se entra T3N2M1 (metástase à distância). T4N2M1: metástase à distância. Colocar o local antes (PulT4N2M1, pode ser Hep, Pul T4N2M1) M1: metástase à distância. Pulmonar: PUL. Medula óssea: MO. Óssea: OSS. Pleural: PLE. Linfonodo: LINFO (quando não está no linfonodo regional). Outras: OTH (estômago ou outros lugares, ao narrar colocar o que seria o OTH). Alguns médicos podem colocar em inglês a sigla, para caso o paciente for para o exterior. • TNM X pTNM TNM: classificação clínica pré-tratamento. Feito um exame físico ou diagnóstico por imagem ou endoscopia. pTNM: classificação histopatológica pós- cirúrgica, informação histopatológicas, biópsia pré-tratamento No histopatológico dá para ver bem mais coisas. pT3pN1M0 é diferente T2N0M0, o primeiro é mais grave. • Estadiamento geral Estágio 0: carcinoma “in situ’ (TisN0M0). Nível I: invasão local inicial. Início da invasão. T1N0M0 T II: tumor primário limitado/invasão linfática regional mínima (T1-2N1M0, pode ser I ou II) Estágio III: tumor local extenso e a invasão linfática regional extensa. T2-3N2-3M0, pode ter T2N2M0, T3N2M0, T3N3M0, T2N3M0. Estágio de grande atenção. Estágio IV: tumor localmente avançado e presença de metástase. T3-4N2-3M1. • Incidência Traqueia, brônquio e pulmão é o grupo Pulmão, então não tem diferenciação. Cólon e reto: colorretal. Em países de 1º Mundo, é mais comum esse câncer em homens, superando o de pulmão. Como temos mais homens no mercado de trabalho, mais homens fazem o exame periódico, as empresas pedem anualmente, assim, mais fácil de detectar o câncer. Outra causa, é o cigarro, os homens acabam fumando mais que mulheres. O 3º elemento, os homens são mais expostos ao sol ocupacionalmente, por conta de construção civil, lavoura, vendedores ambulantes, transporte. A ocupação da mulher é mais em ambiente fechado, então é mais protegidas. Acredita-se que o número real seja maior que mostrado em tabelas mas de homens, seja maior ainda. - Manifestações clínicas É variado em cada caso. Associadas ao efeito de massa: Efeitos compressivos; Sintomas inflamatórios; Alterações hemodinâmicas. Associadas à redução do órgão primário: Redução da função; Maior solicitação metabólica. Associadas ao efeito sistêmico: Papel do órgão afetado no sistema. Além dos efeitos da redução do órgão primário, tem a redução de outros sistemas. Associadas à metástase: Efeitos sobre os diferentes órgãos e sistemas afetados, observar a massa, perda de tecido primário do órgão, efeito sistêmico. - Tratamento Tratamentos possíveis: Cirurgia, radioterapia, quimioterapia, transplante de medula óssea (leucemia), combinações (cirurgia + radio, quimio + radio) ou cuidado paliativos (se não tem mais cura). Fatores de decisão: Probabilidade de cura, depende do aspecto, qual tratamento tem probabilidade de prolongamento da vida se não tiver a cura; Probabilidade de prolongamento da vida (se é útil e é dada pelo paciente); Efeitos do tratamento sobre os sintomas; Efeitos colaterais do tratamento (prejudicam a tal ponto que invalidam os pontos positivos); Os desejos da pessoa. No Brasil, a eutanásia é crime (homicídio). Mas temos a ortotanásia (é permitida até certo ponto), a ortotanásia é essencialmente não facilitar a morte da pessoa mas não entrar com medidas de prolongamento da vida (tem a ver com cuidados paliativos, pois vai ter a qualidade de vida e de morte). A ortotanásia não é recomendada, a ortotanásia cai mas a distanásia aumenta. Distanásia é quando entramos no prolongamento de vida mas a pessoa acaba sofrendo mais.
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