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Jardinagem e Paisagismo Mscª. Laura Carvalho Santos Conteúdo Programático Jardinagem Caracterização e classificação dos jardins Propagação de plantas ornamentais Elementos naturais e arquitetônicos dos jardins Jardins Escolares Jardim Aromático Estudo das formas de organizar e produzir o espaço urbano Estudo das formas de organizar e produzir os espaços livres de edificação Projeto integrado de desenho urbano, arquitetura e paisagismo em escala local Fundamentos conceituais e metodológicos Tipos de espaços livres de edificação Vistorias/Visitas Técnicas, coleta de dados (condicionantes de projeto – orientação solar, vistas e entorno, morfologia do relevo, vegetação existente, ventos e ruídos Definição, conceito, e adoção de projetos Conteúdo Programático Paisagismo Planejamento do desenvolvimento do projeto e detalhamento. Peças gráficas, plantas, cortes, elevações, ilustrações de projetos Distribuição espacial das atividades (zoneamento funcional / plano de massas) Linguagem de desenho de cada espaço, com explicitação do partido adotado, com definição básica dos materiais a serem adotados, modelagem preliminar do terreno Projeto de plantio (Plantas de locação e especificação qualitativa e quantitativa das espécies vegetais), projeto de mobiliário, paginação de piso, arquitetura da luz e da água, obras de arte, entre outros. Memorial Descritivo e Quantitativo Preliminar. Mundo dos sentidos Visão: Focaliza os elementos vegetais: Copas, Flores e Folhas, dos caules e galhos Investiga as inúmeras cores das florações, folhas e folhagens, texturas, macias ou ásperas, miúdas ou graúdas, sobre os efeitos de lisura ou rugosidade, brilho e opacidade. Tato: Rugosidade, fissura, aspereza, maciez ou dureza Calor do sol, a frescura da sombra e outras sensações Paladar: Permite saborear os temperos e as especiarias, comer flores e frutos Audição: Canto dos pássaros, ruído do caminhar, sacudir das arvores Olfato: Odor da grama, folhas, cascas, gramas Classificação de Jardins: Clássico ou Formal – considerado um estilo organizado e equilibrado, apresenta paisagem delineada por simetria no traçado e figuras geométricas bem definidas (círculos, retângulos, triângulos e semicírculos). Emprego da técnica ou arte da topiaria que consiste em esculpir formatos geométricos, figuras humanas, de animais, e outros em plantas vivas. Conhecido também como jardim francês; Vista do Museu do Ipiranga, São Paulo. Jardim Giusti, Verona, Itália. Chinês ou Japonês – constitui o estilo oriental marcado pelo simbolismo e pelo culto a natureza o jardim japonês propicia a contemplação, fortalece a espiritualidade transmitindo paz. Sua composição é marcada pelo uso de pedras, água, plantas de diferentes espécies, além de acessórios de decoração próprio para jardins; Jardins japoneses Jardins chineses Egípcio – possui desenho em linhas retas e formas geométricas em perfeita simetria, além de seguir orientação dos quatro pontos cardiais. Apresenta grande influência religiosa. Utilizavam palmeiras, videiras, plantas aquáticas e dentre outras espécies; Grego – marcados pelos fabulosos encontros entre professores e filósofos (acadêmicos), os jardins gregos não seguem a simetrização e a regularização matemática. Aproximando suas características das formas naturais. Nota-se a utilização de plantas frutíferas; Persa – estes jardins receberam influências dos gregos e egípcios, mas diferenciam-se pela introdução de plantas aromáticas Chá de Lima da Persia Romano – influenciado pelo estilo grego; nota-se neste estilo de jardim a presença de pérgulas, bancos, tanques, colunas e estátuas em mármore que os deixavam luxuosos. O plantio era feito de maneira retilínea e com pouca variedade de plantas, com a realização da atividade de topiaria. É observado também a integração da casa com o meio ambiente; Jardins do Vaticano Medieval – estilo extremamente simples eram utilizados para o plantio de legumes, frutas e plantas medicinais. Localizados no interior de grandes construções medievais (mosteiros, castelos e terrenos particulares); Jardins Monacais: Eram jardins essencialmente funcionais, destinavam-se ao plantio de frutas, hortaliças e plantas medicinais. Sendo dotados de simbolismo religiosos. subdividido em canteiros quadrados ou retangulares, gerando uma disposição de plantas que tinham a finalidade de proporcionar um ambiente com ar puro, perfumado e que propiciasse o repouso Jardins Mouriscos: Receberam essa denominação pela influência que herdaram dos “mouros”. Esses povos foram responsáveis pelo surgimento dos “jardins da sensibilidade” Jardim era marcado pela presença de águas em canais, fontes e pequenos regatos e pelas cores e aromas das flores destinadas ao encantamento e a sedução. As principais espécies vegetais cultivadas eram: os jasmins, os cravos, os jacintos, as alfazemas, as primaveras, as rosas e as anêmonas. Seco-desértico-rochoso - reproduz uma paisagem árida ou pequenos oásis, utilizando pedras e areia na sua composição, o que não requer muita manutenção. Observa-se a presença de cactos, rosa-de-pedra, lírio-tocha, dentre outras espécies; Tropical – neste estilo o jardim reproduz o ambiente paradisíaco de uma ilha tropical, cercada de muito verde e flores, bem como o gramado. São notados a existência de área sombreadas e cascata ou lâmina d’água. Presença acentuada de samambaias, palmeiras, bromélias, hibisco, dentre outras espécies; Contemporâneo - é o mais utilizado atualmente, apresentando uma paisagem simples e livre, integrando o jardim a residência; Romântico – neste estilo prevalece o colorido, através do emprego de plantas com épocas distintas de floração nos tons vermelho, púrpuro e rosa. Presença de bancos e namoradeiras. Jardins Famosos Keukenhof Gardens, AmsterdãJardins de Versailles, Versalhes Jardins Famosos Château de Villandry, Vale do LoireMuseu Du Quai Branly, Paris Jardins Famosos Dubai Miracle Garden, DubaiPaseo del Rosedal, Argentina Brooklyn Botanic Garden, Nova York Jardins Famosos O Paisagismo no Brasil Com a chegada de D. João VI no Rio de Janeiro, foram criadas várias praças e parques e fundado o Horto Real, atual Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Neste período foram introduzidas várias espécies como cinamomo, canforeira, falsa murta, dilênia, gardênia, cássia, cróton e acalifa, entre outras. Entre 1836 e 1860, o paisagista alemão Ludwig Riedel iniciou a arborização do Rio de Janeiro. No entanto, o povo acreditava que as árvores disseminavam doenças. O grande paisagista brasileiro foi Roberto Burle Marx, que iniciou sua atuação em 1934 e atingiu renome internacional. Roberto Burle Marx renovou o paisagismo no Brasil, pesquisando e valorizando as espécies nativas. Utilizou princípios da arte moderna no desenho e distribuição dos jardins. Demonstrou uma grande preocupação com as condições locais, instaurando o jardim tropical. Entre suas obras, destacam-se: -Parque Ibirapuera, SP - Jardins e passeios da praia de Botafogo e Parque do Flamengo, RJ - Jardins do prédio da UNESCO, Paris/FR - Parque Del Este, Venezuela Filmes sobre Jardineiros: Nos Jardins do Rei – Um Pouco de Caos (A Little Chaos) O Jardineiro (2016) Memorial descritivo -Localização da área - Características e estilo do jardim - Relação das espécies vegetais e recomendações sobre a manutenção das mesmas - Elementos construídos - Instalações específicas (água, luz, ...) - Trabalhos a realizar, como terraplanagem, adubação - Orçamento - Contrato 1. Introdução: objetivos do projeto 2. Caracterização da área a ser tratada. 2.1. Localização 2.2. Dimensões da área 2.3. Clima 2.4. Solo 2.5. Vegetação existente na área 2.6. Vegetação típica da região 3. Representações gráficas Estrutura do Memorial Descritivo4. Critérios para elaboração do projeto (seleção das espécies e das construções) 5. Relação e instruções para a construção das edificações 6. Instruções para o plantio das espécies vegetais 7. Instruções para a manutenção das espécies vegetais 8. Orçamento geral: materiais, mudas, mão-de-obra, assistência técnica. A escolha da vegetação no planejamento do jardim: Forrações: vegetação rasteira que tem por objetivo formar o plano de piso, cobrindo o solo em áreas abertas ou o substrato, no caso de floreiras e vasos. Arbustos: podem formar o plano vertical, ou de vedação, como no caso dos arbustos altos usados em cercas vivas; já os arbustos baixos podem dividir espaços sem criar barreiras visuais. características plásticas ou estéticas Forma e porte: A natureza oferece uma riqueza de formas vegetais, encontrando-se plantas mais arredondadas, ovaladas, alongadas, com galhos arqueados samambaias sálvia da gripe (Lippia alba) Árvores: podem formar o plano de teto (árvores de copa horizontal) ou o plano de vedação (árvores de copa vertical, como no caso da formação de quebra-ventos). Trepadeiras: podem formar diferentes planos, de acordo com o suporte utilizado. Por exemplo, quando são cultivadas sobre pérgolas ou caramanchões, podem formar o plano de teto, proporcionando sombra e abrigo; quando crescem sobre muros ou cercas formam um plano vertical. Por outro lado, quando não são utilizados tutores, podem cobrir o solo, formando o plano de piso. Formas de organizar e produzir os espaços livres de edificação Arquitetura da paisagem: pisos, texturas, diferenças de níveis, água, clima, design, geografia do espaço, a botânica. Arquitetura de edifícios: funcionalidade, viabilidade, uso, execução, técnica. Obs: O projeto paisagístico deve tá ligado na identificação de algum problema no local de intervenção 4 Etapas essenciais em um projeto paisagístico 1. Análise da necessidade do cliente: 2. Levantamento do Local: Aproveitar vegetação existente Necessidade solar de cada espécies Posição da sombra e do sol ajuda na escolha do tipo de moveis, espaço de lazer e piscinas 3. Anteprojeto: Explorar cores, formas, volumes e composições vegetais Utilização de softwares ou programas de arquitetuta – Autocad, Revit, SketchUp e Vray AutocadSketchUp 4. Projeto Executivo Descrição do Cuidado com o solo Manual prático de cuidados com a retiradas de plantas daninhas Quantidade do adubo Conforme necessidade de cada espécies vegetal Light Designer Iluminação do local Definições da quantia do projeto pelas horas trabalhadas Custeio de pagamento de profissionais envolvidos no projeto Peças gráficas, plantas, cortes, elevações, ilustrações de projetos Peças Gráficas: Planta de situação: Descrições arquitetônicas – medições das estruturas locais Implantação Plantas Cortes Elevações Detalhes Planta de situação Implantação Corte: Projeção ortográfica de um objeto tal como seria visto se cortado de um plano, para mostrar sua com figuração interna, corte transversal (segundo o eixo menor do objeto) e o corte longitudinal (segundo o eixo maior do projeto). Corte transversal: Execução a partir da planta (puxar as linhas auxiliares) Corte longitudinal: Elevações: projeção ortográfica de um objeto sobre um plano vertical paralelo a um de seus lados. Também chamada de vista ou fachada. Tipos: Elevação/ Vista/ Fachada Tipos: vista frontal, vista lateral esquerda, vista lateral direita, vista posterior. Apresentação de projetos paisagísticos Distribuição espacial das atividades (zoneamento funcional / plano de massas) O plano de massa é o estudo preliminar da paisagem, quando se define a estrutura básica dos espaços a serem produzidos, suas características de uso, forma, cor, textura, os caminhos, etc. Configuração do primeiro desenho da paisagem desejada plano geral - o zoneamento. cada item do plano, bem como para seu conjunto, são produzidas alternativas espaciais, que depois de analisadas e selecionadas levam a um “esboço” da paisagem final pretendida Grau de definição: Configuração do sitio: - De acordo com o plano geral do parque são indicados os planos e níveis a serem produzidos destinados a acomodar os diversos espaços e atividades especificados. Caminhos - Determinados de acordo com um esquema geral de circulação de pedestres e veículos. São dimensionadas e especificadas as características básicas de piso, se este é permeável ou impermeável e as obras necessárias de modo a conter o terreno, ultrapassar as águas, etc., tais como muros de arrimo, pontes e aterros.
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