Buscar

DIREITOS HUMANOS

Prévia do material em texto

3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BRASIL 
DOBJENSKI, SANDRA M 
 
DIREITOS HUMANOS - @SDJURISADV- 1ª 
EDIÇÃO- CURITIBA - PARANÁ - 2021. 
1. DIREITOS HUMANOS 2. OAB, 3. 
REVISÃO – DOBJENSKI, Sandra M. - 
@sdJurisAdv - pág.17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 Sd jurisAdv – DOBJENSKI, Sandra M. 
 DIREITOS HUMANOS 
 
 TRATADOS DE DIREITOS HUMANOS – força dos tratados 
 
 HIERARQUIA DOS TRATADOS DE DH 
1. Constituição e Tratados de DH com força de EC (Art. 5º, § 3º CR/88) 
2. Tratados de Direitos humanos com força supralegal 
3. Leis e tratados internacionais que não falam de DH. 
 
Força de Emenda constitucional Força de norma supralegal 
Constituição Federal Abaixo da Constituição Federal e acima das leis. 
Art. 5º, § 3º CR/88 - Os tratados e convenções internacionais sobre direitos Art. 47 CR/88. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações 
 
6 
 
humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em 
dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão 
equivalentes às emendas constitucionais. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004) (Atos aprovados na forma deste 
parágrafo: DLG nº 186, de 2008 , DEC 6.949, de 2009 , DLG 261, de 
2015 , DEC 9.522, de 2018 ) (Vide ADIN 3392) 
de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, 
presente a maioria absoluta de seus membros. 
1. Convenção sobre os direitos das pessoas com 
deficiência e seu protocolo facultativo – decreto 
6.949/2009. 
2. Tratado de Marraqueche – decreto 9.522/2018 – facilitar 
o acesso a obras publicadas às pessoas cegas, com 
deficiência visual ou com outras dificuldades para ter 
acesso a texto impresso. 
3. Convenção Interamericana contra o combate ao racismo 
e outras formas de intolerância. – Decreto legislativo 
01/2021 – ratificado pelo Brasil. Estatuto da Igualdade 
racial – lei 12.288/2010 - É possível uma discriminação 
qualificada – qualificação racial + qualificação de gênero. 
Desde a ratificação já possui efeito de norma 
constitucional, de emenda no Brasil. 
3.1. Ações afirmativas = políticas públicas que visam 
melhorar a condição dos sujeitos de direito de uma 
1. Pacto de San José da Costa Rica 
2. Pacto Internacional dos direitos civis e políticos 
3. Pacto dos direitos internacionais sociais e culturais. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/CONGRESSO/DLG/DLG-186-2008.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D6949.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/CONGRESSO/DLG/DLG-261-2015.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/CONGRESSO/DLG/DLG-261-2015.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Decreto/D9522.htm
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADI&documento=&s1=3392&processo=3392
 
7 
 
norma. 
3.1.1. ADC 41 – políticas de cotas no serviço público federal 
3.1.2. ADPF 186 – reservas de vagas nas universidades 
públicas. 
3.1.3. Introdução em todo o ensino brasileiro, público ou 
privado, médio ou fundamental a história da 
população negra, a história da África no Brasil. 
 
 *Se existe conflito entre o Pacto de São José da Costa Rica e o 
CP – vale o Pacto de São José da Costa Rica. 
*Se existir conflito entre o Pacto de São José da Costa Rica e 
CC – vale o Pacto de São José da Costa Rica. 
 *O Pacto de San José da Costa Rica não aboliu a pena de 
morte – tenta limitar a pena de morte ao máximo pois protege a 
vida. 
*Os países que não aboliram a pena de morte podem aplicá-la 
somente para os crimes mais graves. 
*A pena de morte não pode retroceder (se tirada do sistema 
jurídico não pode ser retomada) 
*A pena de morte não pode ser aplicada em caso de delito 
político e em caso da pessoa que seria apenada com a pena 
 
8 
 
cometeu o crime com menos de 18 anos ou com mais de 70 
anos. (mesmo o país sendo signatário da pena de morte esta 
não será aplicada). 
*A pena de morte não passa da pessoa do indivíduo – portanto 
não cabe a aplicação da pena de morte a mulheres grávidas. 
*Proibição da Escravidão e da Servidão – não constituem 
trabalhos forçados ou obrigatórios os trabalhos ou serviços 
normalmente exigidos de pessoa reclusa em cumprimento de 
sentença ou resolução formal expedida pela autoridade 
judiciária competente. 
 *Pacto de São José da Costa Rica é uma norma de direitos 
humanos – trazendo a proibição da prisão civil, com exceção 
para a prisão do devedor de alimentos. O Pacto permite os 
mandados para prender devedores de alimentos. Art. 7, item 7 
– decreto 678/1992 - Ninguém deve ser detido por dívida. Este 
princípio não limita os mandados de autoridade judiciária 
competente expedidos em virtude de inadimplemento de 
obrigação alimentar. 
Súmula Vinculante 25 - É ilícita a prisão civil de depositário 
infiel, qualquer que seja a modalidade de depósito. 
 
 
9 
 
 *Propriedade que viabiliza o interesse social – é possível 
subordinar o uso e o gozo da propriedade ao interesse social. 
 *Meios de proteção – são competentes para conhecer 
assuntos relacionados com o cumprimento dos 
compromissos assumidos pelos Estados-partes. 
1. Comissão Interamericana de Proteção aos Direitos Humanos 
2. Corte Interamericana de Direitos Humanos 
COMISSÃO 
INTERAMERICANA DE DH 
CORTE INTERAMERICANA 
DE DH 
Órgão extrajudicial – órgão 
da OEA criada antes do 
Pacto de São José da Costa 
Rica, mas ganhou funções 
neste. 
Função de conciliação 
(pessoas, grupos de pessoas, 
entidades, países) 
Juízo de admissibilidade para 
a Corte. 
*Admite as denúncias que 
chegam a Corte. 
Órgão criado pelo Pacto De 
São José da Costa Rica. 
Órgão judicial que possui 
uma função consultiva. 
(Países da OEA poderão 
consultar a Corte para 
verificar se estão cumprindo 
as regras de DH do sistema 
americano – a Corte emite 
opiniões consultivas) 
*Possui competência para 
conhecer de qualquer caso, 
 
10 
 
relativo à interpretação e 
aplicação das disposições 
desta Convenção, que lhe 
seja submetido, desde que os 
Estados – partes no caso 
tenham reconhecido ou 
reconheçam a referida 
competência. 
* Corte analisa as denúncias 
a partir do viés da Comissão. 
*Em casos de extrema 
gravidade ou urgência, e 
quando se fizer necessário 
evitar danos irreparáveis às 
pessoas, a Corte, nos 
assuntos de que estiver 
conhecendo, poderá tomar as 
medidas provisórias que 
considerar pertinentes. 
*Se se tratar de assuntos que 
ainda não estiverem 
 
11 
 
submetidos ao seu 
conhecimento, poderá atuar a 
pedido da Comissão. 
Objetivo – promoção e 
observância dos direitos 
humanos do Brasil. Faz isso 
de duas formas: 
1. Fiscalizando as regras 
de DH pelos países ou 
2. Recebendo denúncias 
de pessoas, grupo de 
pessoas e 
Organizações não 
governamentais além 
dos Estados – partes – 
aqueles que são 
signatários do Pacto 
que podem denunciar 
outro país. 
*Havendo indícios de 
violação aos DH a comissão 
Função decisória e consultiva 
– decide sobre denúncias que 
toma conhecimento realizado 
pela Comissão ou por 
Estado-parte. 
*Na função consultiva – 
recebe consultas de Estados 
– partes sobre interpretação 
do Pacto ou de outros 
tratados concernentes a 
proteção dos direitos 
humanos nos Estados da 
OEA. 
 
 
12 
 
começa a apuração. 
*Busca conciliação entre as 
partes. Se as partes não 
conciliama Comissão ao final 
emite um relatório. Ou o país 
aceita os indicativos / 
recomendações da comissão 
e diz como vai começar a 
melhor a situação ou o país 
ao não aceitar será 
denunciado para a Corte. 
(Somente pode ser 
denunciado para a Corte o 
país que aceita a sua 
jurisdição – Brasil aceitou 
essa jurisdição em 1998) – 
quem faz a denuncia a Corte 
é a Comissão ou um Estado-
parte do Pacto de São José 
da Costa Rica. Em REGRA 
será sempre a Comissão. 
 
13 
 
*Decisão da Corte é 
inapelável, irrecorrível. 
Realiza recomendações de 
DH para os países 
Realiza o juízo de 
admissibilidade para a Corte 
dos países que aceitam a 
jurisdição do órgão. 
*Pode se acessada por 
pessoas ou grupo de 
pessoas, ONG’s e Estados 
parte da OEA. 
*Emite recomendações e 
realiza análises e apuração 
de fatos ofensivos aos 
direitos humanos nos países 
da OEA. 
Acesso – pode ser acessada 
somente pela Comissão ou 
Estado – parte da CADH que 
tenha aceito a jurisdição do 
órgão. 
*Emite sentenças, ou seja, 
decisões que devem ser 
fundamentadas, além de 
serem definitivas e 
inapeláveis. 
*Decisões da Corte possuem 
plena validade em todos os 
países que são signatários do 
Pacto de San José da Costa 
Rica e aceitam a jurisdição da 
Corte. (se um país não 
cumpre, por exemplo, uma 
decisão pecuniária de 
reparação de danos, ação de 
 
14 
 
indenização é possível a 
execução a esse país da 
mesma forma que se executa 
a Fazenda Pública – 
Competência da Justiça 
Federal). 
 
 Reserva: 
ARTIGO 43 - Os Estados-Partes obrigam-se a proporcionar à Comissão as 
informações que esta lhes solicitar sobre a maneira pela qual o seu direito 
interno assegura a aplicação efetiva de quaisquer disposições desta 
Convenção. 
 ARTIGO 48 - 1. A Comissão, ao receber uma petição ou comunicação na 
qual se alegue violação de qualquer dos direitos consagrados nesta 
Convenção, procederá da seguinte maneira: 
 a) se reconhecer a admissibilidade da petição ou comunicação, solicitará 
informações ao Governo do Estado ao qual pertença a autoridade apontada 
como responsável pela violação alegada e transcreverá as partes 
pertinentes da petição ou comunicação. As referidas informações devem ser 
enviadas dentro de um prazo razoável, fixado pela Comissão ao considerar 
as circunstâncias de cada caso; 
 b) recebidas às informações, ou transcorrido o prazo fixado sem que 
sejam elas recebidas, verificará se existem ou subsistem os motivos da 
petição ou comunicação. No caso de não existirem ou não subsistirem, 
mandará arquivar o expediente; 
 
15 
 
 c) poderá também declarar a inadmissibilidade ou a improcedência da 
petição ou comunicação, com base em informação ou prova superveniente; 
 d) se o expediente não houver sido arquivado, e com o fim de comprovar 
os fatos, a Comissão procederá, com conhecimento das partes a um exame 
do assunto exposto na petição ou comunicação. Se for necessário e 
conveniente, a Comissão procederá a uma investigação para cuja eficaz 
realização solicitará, e os Estado interessados lhe proporcionarão, todas as 
facilidades necessárias; 
 e) poderá pedir aos Estados interessados qualquer informação pertinente 
e receberá, se isso lhe for solicitado, as exposições verbais ou escritas que 
apresentarem os interessados; e 
 f) por-se-á à disposição das partes interessadas, a fim de chegar a uma 
solução amistosa do assunto, fundada no respeito aos direitos humanos 
reconhecidos nesta Convenção. 
 2. Entretanto, em casos graves e urgentes, pode ser realizada uma 
investigação, mediante prévio consentimento do Estado em cujo território de 
alegue haver sido cometido à violação, tão somente com a apresentação de 
uma petição ou comunicação que reúna todos os requisitos formais de 
admissibilidade. 
*A Comissão pode pedir informações e o país tem que prestar, 
tem que auxiliar a Comissão na investigação dos fatos, mas o 
Brasil opôs uma RESERVA no tratado – a Comissão não pode 
fazer visitações no Brasil ou análises in locu sem a sua 
autorização expressa. 
 
 
16 
 
 
 
 
 IDC – INCIDENTE DE DESLOCAMENTO DE COMPETÊNCIA 
Art. 109, § 5º CR/88 Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com a finalidade de 
assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, 
poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de 
competência para a Justiça Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
*Somente pode ser solicitado pelo PGR – pode ser solicitado a qualquer tempo / fase do Inquérito ou do processo. O PGR solita 
para o STJ. Hipóteses de solicitação: 
1. Grave violação de DH 
Finalidade da solicitação: 
1. Assegurar o cumprimento de obrigações de correntes e tratados internacionais de DH de que o Brasil é signatário. 
Efeito de aceite: 
1. Retirada do processo da Justiça estadual e levado pala a justiça federal. 
 
 
 ESTATUTO DO IDOSO 
*Pessoa com 60 anos ou mais. 
*Estatuto do Idoso – Lei 10.741/2003 
*Direito social ao transporte – gratuidade no transporte urbano para os maiores de 65 anos – estabelecimento constitucional. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art109
 
17 
 
*Atendimento prioritário – atendimento a saúde (não no atendimento emergencial, mas no atendimento para consulta eletiva, para 
realização de exames, marcação de consultas que não sejam de emergência), prioridade nos processos judiciais, prioridade ao 
atendimento ao público. Existe um diferenciação dos idosos: 
1. Idoso de 60 anos até completar 80 anos 
2. Idosos com mais de 80 anos 
*Notificação compulsória dos Serviços de Saúde 
 
 
 
 
 LEIS (ordinária, complementar, delegada, provisória (que não possui força de lei) 
*Tratados internacionais que não falam de DH. – Possuem força de lei ordinária 
*A partir da EC 45/2004 os tratados internacionais poderão ter força de emenda (se passarem pelo processo legislativo – Art. 5º § 
3º da CR/88) ou tenha força de norma supralegal. 
 
 
 
 DIMENSÕES DOS DIREITOS HUMANOS 
*Diferença entre geração e dimensão – a palavra dimensão entende que os direitos humanos são indivisíveis, já a palavra geração 
dá a entender que vieram um depois do outro – mas na verdade vieram todos juntos. 
1. LIBERDADE – direitos civis e políticos – 1ª dimensão – vida, liberdade, propriedade, direitos políticos, etc. – Em REGRA o 
Estado não precisa fazer nada para que o sujeito os tenha. 
 
18 
 
2. IGUALDADE – direitos sociais e econômicos, direitos positivos e /ou prestacionais – 2ª dimensão – educação, saúde, 
trabalho, previdência social, assistência social, etc. – provocam um agir estatal. 
3. FRATERNIDADE – direitos transindividuais e/ou difusos – direitos de solidariedade e coletivos – 3ª dimensão 
 
 
 SISTEMAS DE DIREITOS HUMANOS 
SISTEMA UNIVERSAL SISTEMAS REGIONAIS SISTEMA NACIONAL 
1945 – Carta das Nações Unidas (ONU) Sistema Regional Europeu – Convenção 
europeia para a proteção dos DH e das 
liberdades fundamentais (CRDH) 
 
1948 – Declaração Universal dos Direitos 
Humanos (DUDH) 
Sistema Regional Americano – 
Convenção Americana sobre os direitos 
humanos (CADH) ou Pacto San José da 
Costa Rica - OEA 
 
1966 – Pacto Internacional dos Direitos 
Civis e Políticos (PIDCP) 
OEA – Pacto de San José da Costa Rica Constituições de cada país. 
1966 – Pacto Internacional dos DireitosEconômicos, Sociais e Culturais (Pidesc) 
Sistema Africano – Carta africana sobre 
Direitos Humanos e Direitos dos Povos 
(Carta de Banjul) – Organização da 
Unidade Africana (OUA – hoje substituída 
pela União Africana) 
 
 
19 
 
 Sistema Árabe – asiático – Declaração 
Universal Islâmica de DH e a Carta Árabe 
de DH. Não se configura propriamente 
um sistema nos moldes dos demais. Não 
possui um sistema, um tribunal, uma 
estrutura para verificar se os países estão 
cumprindo ou não o que está escrito. 
*Tutela os direitos fundamentais 
*É um direito humano 
*Direitos fundamentais estão na 
Constituição em documentos 
internacionais (tratados, acordos, pactos, 
convenções) 
*Em caso de não funcionamento do 
sistema nacional é facultado ao país do 
qual é signatário de direitos humanos 
buscar o sistema regional americano (no 
caso brasileiro a OEA) ou sistema 
universal (ONU) 
 
 
 
 DOS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA – LEI 13.146/2016 – ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA 
1. Presunção da capacidade plena para as Pessoas com deficiência 
2. Atendimento prioritário 
3. Direitos fundamentais das Pessoas com deficiência 
4. Curatela – patrimonial e negocial – tomada de decisão apoiada 
5. Tratado de Marraqueche

Continue navegando