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1 A EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE E O MERCADO DE TRABALHO Marcos Roberto de OLIVEIRA1 Thiago Lopes da SILVA2 João Carlos de Campos FEITAL3 Resumo A presença do profissional contábil é cada vez mais imprescindível para a sociedade e para as organizações, assim a idéia do profissional que somente preenchia guias e agilizava seu pagamento deve ser deixada para trás. Assim, hoje, a principal característica desta profissão será o crescimento aplicado no desenvolvimento humano e social. Por isso o contador deve estar qualificado para acompanhar as mudanças e se adaptar às novas realidades. No futuro, a contabilidade continuará sendo o principal meio de controle empresarial e, segundo especialistas, faltam profissionais qualificados no mercado de trabalho para a execução de várias tarefas, desde a escrituração até a auditoria. Com esse novo perfil de profissional, o mercado será ampliado, e a remuneração tenderá a crescer. Palavras-chave: profissional contábil; carreira; contabilidade; mercado de trabalho. Introdução Pode-se dizer que o contador do futuro deve estar sempre preocupado, lendo e aperfeiçoando-se sempre, porque a contabilidade, por ser uma ciência, está em constante modificação, e quem não se atualizar perderá sua posição para profissionais de outras áreas. A contabilidade oferece subsídios necessários para as tomadas de decisões, portanto os profissionais devem acompanhar a evolução, pois as informações, hoje, ganharam muita velocidade com os avanços tecnológicos. O fim do curso de graduação, por si só, não garante o sucesso profissional. Muito pelo contrário, é o início de uma longa caminhada, que tem como pressuposto básico a educação continuada. Afinal as empresas estão procurando profissionais cada vez mais especializados, que possuam uma visão generalista e sejam capazes de conectar fatos, acontecimentos em várias áreas e ajudar as empresas na consecução dos seus objetivos (Carvalho 2002, p.10). História da Contabilidade A história da contabilidade é tão antiga quanto a própria história da civilização. Está ligada às primeiras manifestações humanas da necessidade social e interpretação dos fatos 1 Especialista em Administração Financeira pela UNISO, Sorocaba/SP; Professor Universitário no CEUNSP 2 Especialista em Administração de Empresas pela FGV; Professor Universitário no CEUNSP 3 Mestre em Administração pela UNIMEP, Piracicaba/SP, Professor Universitário no CEUNSP e FATEC 2 ocorridos com o intuito material de que o homem sempre dispôs para alcançar os fins propostos. Alguns historiadores relatam que os primeiros sinais da existência de contas surgiram a aproximadamente 4.000 A. C. Entretanto, antes disto, o homem primitivo, ao inventariar o número de instrumentos de caça e pesca disponível, ao contar seus rebanhos, já estava praticando uma forma rudimentar de contabilidade. Alguns pesquisadores afirmam que o início das práticas relacionadas com o controle das contas data mais de mil anos antes de Cristo. Para outros, tais preocupações são tão velhas quanto a humanidade. Para mensurar, avaliar, e controlar seus bens pessoais desde os tempos remotos, os reis, faraós, comerciantes, agricultores, etc, utilizavam técnicas de registros, o que pode ser entendido como o início da contabilidade como hoje é conhecida. (Oliveira e Nagatsuka 2000, p. 19). Com o desenvolvimento cultural, social e econômico, foi que a contabilidade passou a evoluir. No período do Renascimento Cultural, surge a figura do Frei Luca Bartolomeo de Pacioli, considerado um dos mais estudiosos da época, e que consagrou-se como uma das maiores mentes de seu tempo, e tornou-se conhecido como “pai da contabilidade”. Chegando à história recente, constata-se mais do que nunca a importância da contabilidade e das informações geradas pela mesma. Nos últimos séculos, ocorreu uma grande evolução das técnicas contábeis: O surgimento da auditoria, o desenvolvimento da contabilidade de custos, e o aumento da importância da contabilidade como ferramenta gerencial, estas são algumas das inovações que surgiram nos novos tempos, trazidas pela propagação da escola americana. Origem da Contabilidade A contabilidade se originou com a necessidade de registros do comércio. Indícios apontam que as primeiras cidades comerciais eram dos fenícios. A prática do comércio não era exclusiva destes, já sendo praticadas nas principais cidades da antiguidade. [...] É claro que a contabilidade teve evolução relativamente lenta até o aparecimento da moeda. Na época da troca pura e simples de mercadorias, os negociantes anotavam as obrigações, os direitos e os bens perante terceiros, porem, obviamente, tratava-se de um mero elenco de inventário físico, sem avaliação monetária (Sergio 1997, p. 30). 3 A prática de troca e venda dos comerciantes semíticos exigia o acompanhamento das variações de seus bens. As trocas de bens e serviços eram seguidas de simples registros ou relatórios sobre o fato. Mas na Babilônia as cobranças de impostos, já se faziam com escritas, embora rudimentares. Relatos evidenciam que escriba egípcio contabilizou os negócios efetuados pelo governo de seu país no ano 2000 A.C. À medida que o homem começava a aumentar seus bens, preocupava-lhe saber quanto poderiam render e qual a forma mais simples de aumentá-los, pois quando já em maior volume estas informações não eram de fácil memorização, necessitando de registros. Foi o pensamento do "futuro" que levou o homem aos primeiros registros a fim de que pudesse conhecer as suas reais possibilidades de uso, de consumo, de produção etc. Com a aparição das primeiras administrações particulares, surge a necessidade de controle, que não poderia ser feito sem o devido registro, a fim de que se pudesse prestar conta da coisa administrada. É bom lembrar que, naquele tempo, não havia o crédito, ou seja, as compras, vendas e trocas eram à vista. Mais tarde, como prova de dívida ou quitação, eram utilizados ramos de árvore. O desenvolvimento do papiro (papel) e do cálamo (pena de escrever), no Egito, antigo facilitou o registro de informações sobre negócios. Conforme as operações econômicas foram se tornando mais complexas, o seu controle refinou-se. Na República Romana (200 A.C.) nos registros governamentais já eram utilizadas as receitas de caixa, que eram classificadas como rendas e lucros, e as despesas compreendidas nos itens salários, perdas e diversões. Durante o período medieval, os governos locais e a Igreja introduziram diversas inovações na contabilidade. Mas é somente na Itália que surge o termo Contabilitá. Evolução da Contabilidade A evolução da contabilidade ocorreu de acordo com as necessidades e tendências do mundo. Assim, a evolução contábil se resume em quatro etapas. No mundo antigo a contabilidade surge com as primeiras civilizações e vai até 1202 da Era Cristã. A contabilidade empírica, praticada pelo homem antigo, já tinha como objeto o patrimônio, representado pelos rebanhos e outros bens nos seus aspectos quantitativos. A contabilidade do mundo medieval, período que vai de 1202 da Era Cristã até 1494, foi um período importante tanto na história do mundo, quanto na história da contabilidade. Foi quando a indústria artesanal proliferou com o surgimento de novas técnicas no sistema de 4 mineração e metalurgia. Com isso surge o livro caixa, que recebia registros de recebimentos e pagamentos em dinheiro, era utilizado de forma rudimentar o débito e o crédito. A contabilidade do mundo moderno, período que vai de 1494 até 1840, é considerada a fase da pré-ciência. Para se estabelecer umcontrole das inúmeras riquezas, que o novo mundo representava, a contabilidade tornou-se uma necessidade. A introdução da técnica contábil nos negócios privados foi uma contribuição de comerciante italianos do sec. XII. Quando apareceu o Tratactus de Computis et Scripturis (Contabilidade das Partidas Dobradas) de Frei Luca Pacioli, publicado em 1494, enfatizando que a teoria contábil do débito e do crédito corresponde a teoria dos números positivos e negativos, obra que contribuiu para inserir a contabilidade entre os ramos do conhecimento humano. Pacioli apesar de ser considerado o pai da contabilidade, não foi o criador das partidas dobradas, o método já era utilizado na Itália, principalmente na Toscana, desde o século XIV. E finalmente com a contabilidade do mundo científico, que se inicia em 1840 e continua até os dias de hoje. A teoria contábil avançou de acordo com as novas necessidades que se apresentaram, mas foi nos EUA que a contabilidade evoluiu para a prática. A maioria dos autores da época preocupou-se mais em mostrar a contabilidade como uma ciência, do que comprovar as idéias que surgiam. Era consistida na difusão idealista, sem pesquisas. Muitas das teorias não tinham aplicação e o uso exagerado das partidas dobradas dificultava a flexibilidade necessária. Com a criação de grandes empresas, como as multinacionais ou transnacionais, por exemplo, onde são requeridos grandes capitais, e com um grande número de acionistas, foi à primeira causa da utilização das teorias e práticas contábeis, pois permitiam a correta interpretação das informações, por qualquer acionista ou outro interessado, em qualquer parte do mundo. O conjunto de esforços e aprimoramento fez a ciência contábil evoluir na época clássica de “logos” (lógica e ciência), conforme (Apud - Masi 1971), sendo depois considerada uma “rationandi scientia” (ciência racional) no estudo de suas contas, nas aplicações de orientação aos empreendimentos de capital público e privado; no auxilio governamental e privado nas trapezas de acordo com D’ Áuria (1959) – tal como eram chamados os bancos na Grécia antiga – e nas famílias que também escrituravam e praticavam os registros contábeis (Silva 2007, p.6). A evolução da contabilidade mostra que a cultura deriva quase que inteiramente de outras culturas e que a contabilidade não é apenas uma consequência da evolução do homem 5 e, sim, o alicerce, por que foi a partir do sistema de contas, que o homem organizou-se deixando de ser primitivo e passando a raciocinar de maneira organizada. Podendo-se afirmar que um sistema de contabilidade não falta nem mesmo na mais rudimentar das organizações. A Contabilidade no Brasil No Brasil, a vinda da Família Real portuguesa incrementou a atividade colonial, exigindo um melhor aparato fiscal, já que houve um aumento dos gastos públicos e também das rendas dos Estados. Com isso constitui-se o Erágio Régio ou o Tesouro Nacional e Público, juntamente com o Banco do Brasil (1808). Neste mesmo ano, foi realizada a primeira referência oficial à escrituração e relatórios contábeis, elaborada pelo Príncipe Regente D. João VI, conforme dispõe o texto da Carta: Para o método de Escrituração e fórmulas de Contabilidade de minha real fazenda não fique arbitrário a maneira de pensar de cada um dos contadores gerais, que sou servido criarem para o referido Erário: - ordeno que a escrituração seja mercantil por partidas, por ser a única seguida pelas nações mais civilizadas, assim pela sua brevidade, para o manejo de grandes somas como por ser mais clara e a que menos lugar dá a erros e subterfúgios, onde se esconde a malícia e a fraude dos prevaricadores. (D. João VI, carta) Somente profissionais que estudassem aulas de comércio, poderiam realizar o processo de escrituração das contas, sendo que essas aulas realizadas no Brasil eram originárias de Portugal, e preparavam os empregados do comércio para o exame na Junta Comercial. No Brasil, a contabilidade teve influência tanto da escola italiana quanto da americana, sendo que a primeira foi a que influenciou inicialmente o país, porém foi na segunda que o Brasil baseou-se para formação da Lei das Sociedades por Ações, que ocorreu a partir da Resolução nº 220 e da circular nº 179 do BC e para a implantação do ensino acadêmico. A Escola de Comércio Álvares Penteado, criada em 1902, foi a primeira escola especializada no ensino da contabilidade. Nesta instituição, professores de grandes nomes, como Francisco D’Auria, Frederico Herrmann Júnior, Coriolano Martins, abriram portas para a pesquisa contábil. Segundo Iudícibus (1997), D’Auria teve o mérito de ser o mais “brasileiro” dos autores famosos da época, no sentido de que conseguiu formar o que se poderia chamar de embrião de uma autêntica escola brasileira, mas foi na Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas da USP, fundada em 1946, que o Brasil ganhou seu 6 primeiro núcleo efetivo, contribuindo com o surgimento dos escritores da literatura contábil nacional. Hoje, a contabilidade brasileira apresenta-se em uma situação contraditória, onde a qualidade das normas contábeis é superior à qualidade atual dos profissionais da área, principalmente agora com o surgimento da nova Lei das Sociedades Anônimas (S.A.). Tal fato se deve, em parte, a expansão do número de Universidades pelo país, sendo a maioria privada, algumas com cursos de baixa qualidade. Porém, pode-se constatar que, por outro lado, existem contadores de grande qualificação. O surgimento das normas internacionais de contabilidade O primeiro modelo de Lei das Sociedades Anônimas, o Decreto-lei nº 2.627, de 1940, foi o que mais se aproximou dos moldes europeus e dava mais ênfase aos donos das empresas, onde não obtinha tanta preocupação com a transparência contábil e com a clareza da informação. O surgimento da Lei nº 6.404/76, visava o modelo da Lei das Sociedades por Ações mais próximas do norte-americano, com esta lei vários avanços foram observados. A principal característica era o acionista brasileiro e o mercado de capitais no Brasil. A nova legislação da Contabilidade brasileira traz a necessária modernidade para a profissão, com benefícios diretos para as empresas e a sociedade que a antiga Lei, 9.295, de 1946, já não contemplava. Atualmente, surgem, a cada dia, novas imposições de controles contábeis, seja pelo extremo dinamismo da economia globalizada, seja pela evolução da sociedade, que se volta para questões sociais e de manutenção da vida no Planeta, onde a Contabilidade precisa estar presente fazendo registros, controles e fornecendo informações estratégicas para a tomada de decisão. Comenta Juarez Domingues Carneiro, presidente do Conselho Federal de Contabilidade. Com as freqüentes evoluções no cenário econômico, principalmente com o aumento do poder de investimento das empresas multinacionais, houve a necessidade de uma padronização dos procedimentos e normas contábeis, para proporcionar aos usuários mais transparência e confiabilidade. Assim surge a Lei nº 11.638/07 e, em seguida a Lei nº 11.941/09, onde se visa um modelo de lei societária internacional. Os profissionais de contabilidade das empresas, independente do tipo societário, se depararam com um enorme desafio por conta de suas 7 exigências, já que a mesma exige uma escrituração e elaboração das demonstrações contábeis de acordo com os princípios internacionais. Os primeiros países a firmar acordo com a Junta Internacional de Normas Contábeis (IASB) foram os Estados Unidos e a China, seguido pelo Brasil. A adesão á padronização das normas, abre o mercado brasileiro aos investidores internacionais,além de tornar o mercado de capitais e o sistema financeiro brasileiro mais transparente e reduzindo o Risco país. A harmonização das normas contábeis e a divulgação das informações financeiras são um processo de extrema importância e altamente necessário para uma Economia globalizada, facilitando assim a transmissão das informações contábeis para as empresas que operam em diversos países. Essa nova lei faz com que a contabilidade seja baseada mais em princípios do que em regras. É lógico que vai haver conflitos porque há os aspectos jurídicos e contábeis, mas em relação às mudanças, elas já estão ocorrendo e irão ocorrer ainda mais. Embora alguns digam que as normas são apenas para as empresas de grande porte, a aplicação deve ser feita por todas as empresas, pois as mudanças são necessárias. As novas demonstrações contábeis no Brasil vão estar em condições de serem analisadas, da mesma forma que os países que estão ou já implantaram as normas internacionais. As regulamentações contábeis estão percorrendo caminhos ao redor do mundo, a fim de facilitar o processo de comunicação da contabilidade, trazendo consigo um elenco competente de princípios. As Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS) tem a vantagem de buscar uma solução que não beneficie uma única economia, mas que melhor reflita as necessidades do maior número de países. O IASB, responsável pela emissão das normas contábeis, possui uma estrutura multidisciplinar e um processo de emissão de normas, que permite a todos os interessados o poder de participar na definição desse conjunto de normas. Assim, facilitará as relações comerciais e financeiras entre os países, de modo que venha a desenvolver o crescimento dos investimentos estrangeiros e a formação de blocos econômicos viabilizando a comparação das informações. A alta qualidade das normas contábeis serve de base para a divulgação e análise das informações sobre a situação patrimonial e financeira, permitindo a comparação com outras empresas e facilitando o entendimento por parte dos usuários. Desta forma, uma nova safra da literatura, pesquisas, estudos contábeis deverão permear o mundo da contabilidade, norteando os profissionais contábeis para uma contabilidade mais globalizada. 8 O Contador O contador é o profissional que trabalha com a área financeira, econômica e patrimonial de uma ou mais organizações. É responsável pela elaboração das demonstrações contábeis e pelo estudo dos elementos que compõem o patrimônio das empresas. O bacharel em ciências contábeis pode atuar em diversas áreas, segundo Marion (2009, 29), “aquele que optar pelo curso de Contabilidade terá inúmeras alternativas, entre as quais: contador, auditor, controller, analista financeiro, perito contábil, consultor contábil, professor de contabilidade, pesquisador contábil”. Hoje, a função básica do contador é produzir informações úteis aos usuários da contabilidade para a tomada de decisão, por isso, cada número e informação têm seu significado, tudo é importante, pois cada dado avaliado traduz a representatividade dos negócios da empresa. É muito importante que o profissional contábil exerça a profissão com ética e honestidade, pois possui acessos a muitas informações, sendo algumas sigilosas, por isso é ocupado pelo contador um cargo de confiança e respeito dentro da organização. O Profissional Contábil e seu desenvolvimento Antigamente o profissional que exercia a contabilidade era chamado de guarda-livros, e sua principal função era a escrituração dos livros mercantis. Era conhecido também como um funcionário indireto do governo, pois era responsável em efetuar cálculos de impostos e preenchimentos de guias. A história do profissional contábil teve um desenvolvimento lento e foi, em 1930, a regulamentação à ordem dos contadores do Brasil, e, em 1931, sendo a primeira profissão regulamentada no país, o Governo Provisório estabeleceu o registro obrigatório dos guarda- livros e contadores na Superintendência do Ensino Comercial. A expressão guarda-livros desapareceu com o tempo, dando lugar à expressão contador, que ganhou mais status perante a sociedade. Nos dias de hoje, a profissão do contador é de extrema importância podendo ser comparada com a de um médico, pois é este profissional que irá cuidar da “saúde” da empresa, sendo indispensável a presença do profissional contábil dentro de uma organização. O atual ambiente operacional das empresas, caracterizado por uma grande concorrência, tem exigido que os contadores estejam em constante evolução, ampliando suas habilidades pessoais, entendimento do negócio e participando ativamente no processo de 9 gestão para atender de forma eficaz as demandas desse novo ambiente, definindo assim o novo perfil do profissional contábil. O novo perfil do contador é de uma pessoa que reúne conhecimentos técnicos e sociais em função do vasto mercado que tem a sua disposição. Com isso, sabe-se que a melhor remuneração está ligada à qualidade dos serviços prestados e essa qualidade só será alcançada com dedicação aos estudos e uma essencial base teórica e técnica, e uma integração com a empresa no seu todo. O contador deve passar de um simples profissional, deixando a postura de quem executa o trabalho de forma mecânica, muito parecida com uma linha de produção, deixando de manter seus conhecimentos somente na área em que atua, passando assim a ser um contador “aplicado”, empenhando-se para analisar a empresa extraindo as melhores informações para auxiliar os empresários de forma correta, estar sempre atualizando seu currículo em busca de saber quais são as novas técnicas e conceitos contábeis, pois estão em constante mudanças e procurar se relacionar com outras áreas como administração, economia, direito etc. O mesmo se deve para os profissionais que executam o trabalho contábil das empresas em seus escritórios, pois mesmo não estando fisicamente dentro da empresa, devem dar o auxílio necessário aos empresários, principalmente aos proprietários das micro e pequenas empresas, a crescerem, estruturarem-se e a solidificar seus empreendimentos. [...] O profissional contábil gerencia todo o sistema de informação, os bancos de dados que propiciam tomadas de decisões tanto dos usuários internos como externos. Toda sociedade espera transparência dos Informes Contábeis, resultados não só de competência profissional, mas, simultaneamente, de postura ética. (Marion 2009, p.29.) Hoje, os contadores gerenciais já atuam mais tempo como um consultor interno ou como um analista de negócios dentro das organizações, pois entendem a lógica das contas e o que elas fornecem de informações, para que se tomem as decisões. Essa mudança só foi possível com os avanços tecnológicos da informática, possibilitando que os contadores fiquem liberados de alguns trabalhos rotineiro, passando a ter mais tempo para analisar e interpretar as informações contábeis. Também com esses avanços os contadores passaram a ter um banco de dados para armazenar todas as informações financeiras, capaz de emitir relatórios que podem abranger o passado, o presente e o futuro da empresa. 10 É importante que o contador se preocupe com a utilidade, transparência, e objetividade das demonstrações contábeis, pois com base nelas os gestores tomam suas decisões para a prosperidade da empresa. Fica claro que o contador de hoje não pode mais apenas efetuar as escriturações contábeis ou o famoso débito e crédito, deve o profissional ter uma visão gerencial, ampliando seu conhecimento contábil para que possa dar o suporte necessário às empresas e praticando o seu marketing pessoal. O profissionalde contabilidade deve ter em mente que a valorização de seu trabalho se fundamenta, essencialmente, na capacidade técnica, na experiência prática, no comportamento ético e na responsabilidade social. A Importância da Ética para o Profissional Contábil A profissão contábil é uma das mais antigas, passando ao longo do tempo por muitas mudanças nos procedimentos e fatos contábeis. Devido a esta evolução, o profissional passou a ser de extrema importância no desenvolvimento das organizações, portanto, a fraude também passou a ser mais freqüente, resultando assim o fracasso de muitos empresários. Afinal, o papel do contabilista é de combater essa “doença”, que afeta, infelizmente a classe contábil. Hoje, mais do que nunca, a atitude dos profissionais em relação ás questões éticas pode ser o seu diferencial no mercado. A ética profissional insiste na conduta do contabilista de modo a acrescentar algo a ele, enquanto ser humano e a sociedade. O contador deve cumprir o código de ética do profissional contábil, a fim de estimular a execução da lei e, sobretudo conscientizar o profissional no que tange a integridade, honestidade e ética, que são os princípios a serem seguidos pelos contadores, sobretudo garantindo a transparência nos procedimentos contábeis e zelando pela moralidade da classe. Para acabar com o suborno que tanto preocupa a classe contábil, o CFC aprovou a Lei 803/96, Art. 1º diz categoricamente: “Este Código de Ética Profissional tem por objetivo fixar a forma pela qual se devem conduzir os contabilistas, quando no exercício profissional.” O código de ética propôs ao contador os procedimentos corretos do exercício da profissão, a fim de transparecer a idoneidade do profissional e, também do patrimônio da organização. Na lei citada acima existem dois pilares fundamentais que consolidam a ética, que são os princípios que dizem respeito à idoneidade do profissional e as regras, referindo-se à disciplina que o contador deve ter perante o cliente e também para a sociedade em geral. 11 O profissional nunca deve abrir mão dos princípios e dessas regras, pois é necessário desenvolver uma boa estratégia para garantir a manutenção da ética. A ética profissional deve também substituir o egoísmo, o individualismo e a competição entre os profissionais por um comportamento amigo e solidário, pois é a única maneira de um crescimento individual e coletivo. Para se ter uma sociedade mais justa, humana e menos discriminatória, os profissionais devem ser capazes de pensar e de criar valores, e não de serem manipulados e modelados, por isso o código de ética profissional assumi um compromisso de vida, enfrentando todas as práticas tradicionais e inadequadas. Hoje, mais do que nunca, a atitude dos profissionais em relação às questões éticas pode ser a diferença entre o seu sucesso e o seu fracasso. Basta um deslize, uma escorregadela, e pronto. A imagem do profissional ganha, no mercado, a mancha vermelha da desconfiança. (Jacomino 2000, p.28) A ética está relacionada à opção entre o bem e o mal, por isso cabe ao profissional saber de suas escolhas e atitudes, pois cada uma reflete numa conseqüência que pode ser o diferencial do profissional no mercado de trabalho. A Formação do Profissional Contábil O aumento significativo na oferta dos cursos de nível superior no Brasil, a implantação de novas formas de avaliá-los e a demanda das organizações por profissionais aptos a operar instrumentos de gestão cada vez mais sofisticados exigem dos bacharelandos em Ciências Contábeis a busca por novos conhecimentos. Tais exigências ocorrem em função do desempenho esperado do profissional contábil para o futuro da sociedade, principalmente por ser a contabilidade um valioso instrumento para se medir o conflito existente entre os principais grupos de agentes econômicos: governos, empresas e investidores. A busca pela formação acadêmica em Ciências Contábeis começa com o ingresso do estudante em um curso universitário após a conclusão do ensino médio, o curso tem duração de quatro anos, abrangendo aproximadamente 3000 horas-aula. Para obter o diploma de contador, com todos os privilégios atribuídos à profissão os órgãos de classe impõem uma rigorosa bateria de exames. Após conquistar o diploma universitário, o CFC determina que o bacharel seja submetido a realizar um exame de 12 suficiência do conhecimento adquirido. Ao ser aprovado o estudante estará habilitado para o exercício da profissão nas áreas de especialização, como perito contador, auditor de companhias fechadas, contabilidade financeira, gerencial ou pública, assessoria tributária. Para os profissionais que desejam atuar na área de auditoria de empresas abertas ou instituições financeiras a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) exige que seja realizado exames adicionais de conhecimento específico, que são elaborados pelo CFC. Não é exigido estágio prático profissional anterior em empresa de auditoria independente ou instituição financeira. O Brasil concede total responsabilidade ao contador em troca de um baixo nível de educação contábil, aceitando como pré-requisito o conhecimento básico adquirido no curso de graduação, sem avaliar a qualidade variável das faculdades de contabilidade, além de intitular de contador o profissional responsável por assinar balanços. [...] o profissional preparado para escrituração da contabilidade está com seus dias contados. Os estudantes que agora estão ingressando em uma faculdade de Ciências Contábeis devem ser preparados para interpretar, entender, analisar os Relatórios Contábeis, tirar conclusões úteis para assessorar as tomadas de decisão. (Marion 2009, p. 18) É importante que o ensino das Ciências Contábeis evolua de forma intensa vistas à formação de profissionais, competentes e qualificados acompanhando o desenvolvimento dessa ciência. O destaque no ensino que consiste no repasse do conhecimento do professor ao aluno, a carência de estímulos pela busca por novos conhecimentos, o distanciamento cada vez maior entre as novas necessidades da profissão contábil e o ensino universitário, assim como alguns problemas evidenciados na formação pedagógica de muitos professores, são indicadores da necessidade por adaptações no ensino aplicado nos cursos de Ciências Contábeis. Através de todo o trabalho e das condições do desenvolvimento histórico e cultural do País, a docência, enquanto atividade tradicional da relação entre professor e aluno surge como mediadores para investigar discussões, reflexões ou nova pratica no contexto da universidade, especificamente no curso de Ciências Contábeis. Entretanto, a qualidade dos cursos de formação em Ciências Contábeis consiste em uma excelente reprodução técnica. É necessário buscar o crescimento no preparo do docente, transformando-o em um educador responsável. Educador é um profissional responsável por 13 mudanças, transformação de comportamento e base para o desenvolvimento do potencial intelectual, efetivo e moral de cada indivíduo. Talvez se atribua a culpa do processo a falta de comprometimento político a que foi submetido, porém, não se pode deixar que esse fato justifique a acomodação de muitos profissionais. É fundamental que o docente se conscientize da importância das necessidades futuras no processo educacional, onde os educadores são responsáveis por preparar o futuro doutrinário e metodológico do ensino. O grande crescimento do mercado de trabalho é inevitável e isso exige que os profissionais comprometidos busquem se adequar a essa nova realidade. Exame de Suficiência As modificações no ambiente de trabalho doprofissional contábil variam constantemente devido as mudanças decorrentes dos órgãos reguladores, globalização, tecnologia de informações e comunicação. Sua atuação não se limita a fornecer informações a credores e investidores, mas no atendimento aos usuários de informações financeiras e não- financeiras. Um aspecto à destacar é a complexidade das organizações e suas transações que buscam profissionais cada vez mais eficientes para satisfazer as novas exigências. Devido às diversas mudanças na economia e nas organizações que a demanda por novos conhecimentos está se tornando muito13frequente entre os profissionais da classe contábil. A atuação no mercado de trabalho dos contabilistas cresceu muito nos últimos anos, o que significa uma quantidade significativa de profissionais entrando em um mercado exigente e competitivo. Com o passar dos anos, vêm ocorrendo muitas mudanças na esfera do conhecimento técnico e especializado, estão sendo analisadas várias maneiras de avaliação, para que se possa mensurar a capacidade de um profissional atuar no mercado de trabalho. As provas dos exames de suficiência vêm executar um papel importante no controle da qualidade do trabalho efetuado pelo profissional do âmbito contábil. O exame de suficiência está previsto no Estatuto dos Conselhos de Contabilidade, que foi aprovado no ano de 1998, é tido como obrigatório para a graduação que deseje ter o registro no CRC e inserir-se na profissão contábil, e o projeto de Lei foi aprovado pelo Congresso Nacional, porém vetado pelo presidente em 2005. Dentre diversas alterações e 14 resoluções está de volta o exame de suficiência com a aprovação da nova Lei de Regência da Contabilidade Lei nº. 12.249 de 11 de Junho de 2010. Exame de suficiência: “É a prova de equalização destinada a comprovar a obtenção de conhecimentos médio, consoantes os conteúdos programáticos desenvolvidos no curso de bacharelado em ciências contábeis e no curso técnico em contabilidade.” (Resolução CFC Nº. 853/99 – Art. 2º.). “O Exame de Suficiência é fundamental para os profissionais da Contabilidade, porque vai garantir a excelência na qualidade técnica dos serviços contábeis, compatíveis com o atual momento socioeconômico brasileiro e mundial, especialmente neste momento em que estamos buscando a adequação das Normas Brasileiras de Contabilidade aos Padrões Internacionais”,declara Maria Clara Cavalcante Bugarim, vice-presidente de Desenvolvimento Profissional e Institucional do CFC e presidente da Academia Brasileira de Ciências Contábeis. Com esta nova imposição, veio outra novidade, só poderão fazer o Exame aqueles que concluíram curso superior em Ciências Contábeis ou cursando o último ano, o que exclui na prática os cursos técnicos em contabilidade. O exame de suficiência será realizado em todo o país, duas vezes por ano, uma no primeiro trimestre e outra no último. O exame de suficiência é um instrumento fundamental para impulsionar a modernização das instituições de ensino e dos currículos dos cursos de Ciências Contábeis e de Técnico em Contabilidade. A conseqüência imediata dessa mudança será a formação de profissionais com bases mais sólidas, onde por meio dessa avaliação será possível detectar se os concluintes dos cursos obtiveram conhecimentos mínimos necessários para enfrentar o mercado de trabalho, ou seja, um grande dilema quando estes alunos mergulham no campo profissional. A responsabilidade por uma graduação de boa qualidade não é só do aluno, mas é também das universidades que têm decepcionado na hora de cumprir o seu papel de educadora e preparadora de profissionais eficientes, fato este que levanta dúvidas quanto ao nível de qualidade do aluno e do corpo docente, sendo assim, esse exame de suficiência será essencial para provar a eficiência do curso de graduação e do próprio estudante. Tamanhas preocupações, ficam as seguintes questões: Os cursos de graduações em ciências contábeis são suficientes para preparar um profissional para o mercado de trabalho? Que tipo de profissional esta sendo habilitado? Em uma economia globalizada e tecnológica, 15 o profissional contábil deve considerar assumir grandes desafios e oportunidades. Será que os profissionais contábeis estão atendendo as necessidades do mercado? O exame de suficiência foi criado para a comprovação da absorção de conhecimentos básicos para o exercício da profissão contábil, portanto, conforme pesquisa feita pelo CFC, os profissionais não estão totalmente prontos para esse desafio. Portanto, compreende-se que optar por um mecanismo como o exame de suficiência só vai valorizar e favorecer a profissão, e consequentemente a classe contábil e a contabilidade em prol da sociedade. Educação Continuada Muito se fala da educação continuada em fatores positivos e negativos, mas não é um conceito novo, nos últimos anos vem ganhando especial atenção, tendo em vista as transformações do trabalho e da sociedade. A educação continuada é aquela que se realiza ao longo da vida, continuamente, é inerente ao desenvolvimento da pessoa humana e relaciona-se com a idéia de construção do ser humano. Representa o conceito de que “nunca é cedo ou tarde demais para se aprender”, uma filosofia que tem sido adotada por uma vasta gama de organizações diferentes. As pessoas podem e devem estar abertas a novas idéias, decisões, habilidades ou comportamentos, aproveitando oportunidades de aprendizado em todas as idades e em numerosos contextos, como no trabalho, em casa e através de atividades de lazer, não apenas através de canais formais tais como escolas e universidades. Uma das estratégias mais importantes para os profissionais manterem sua empregabilidade e empresas potencializarem sua competitividade. Embora o conhecimento de uma tecnologia, ferramenta ou prática em desuso nunca seja totalmente perdido, acompanhar as mudanças constantes do cenário exige esforços contínuos. No ambiente corporativo, a educação continuada ocorre de várias formas e a todos os instantes. Reuniões, instruções e trocas de experiências entre colaboradores são processos típicos de educação continuada, mesmo que, muitas vezes, não sigam um planejamento com objetivo específico. O profissional contábil deve engrenar na faculdade com a consciência de que precisa continuar o trabalho de construção do conhecimento. Como ocorrem mudanças a toda velocidade, quem quiser se destacar e tiver respaldo para desempenhar um bom papel, não deve jamais cair na estagnação. 16 Buscar melhoria através de conhecimentos técnicos e desenvolvimentos constantes são pontos de suma importância para o sucesso profissional. É necessário que o contador esteja periodicamente se atualizando, e aprofundando os conhecimentos. O mais importante é que o profissional nunca abandone o aprendizado, e tenha sempre em mente que continuar estudando é agregar valor a si mesmo, como profissional e como pessoa. A influência dos Avanços Tecnológicos na Formação do Profissional Contábil Com a evolução da contabilidade e por sua utilização como ferramenta de gestão, tornou-se necessário coletar, analisar e fornecer informações com maior qualidade e agilidade. Os usuários da contabilidade necessitam de muitas informações praticamente em tempo real, pois o mundo está cada vez mais competitivo e globalizado, onde não se pode perder tempo para se tomar as decisões. Surge então a informática como uma parceira muito importante da profissão contábil, pois tarefas que levavam muito tempo a serem executadas, hoje são feitas a prazo de minutos. O processo de escrituraçãocontábil que era manual foi substituído pelo mecânico e em seguida, pelo eletrônico. A informática é capaz de disponibilizar um conjunto de tecnologias para atender vários usuários entre eles a contabilidade. A contabilidade deve ter habilidade para montar dados que admita a obtenção das informações objeto do seu trabalho. (Vasconcellos 1997, p. 26) Do mesmo modo em que o uso da informática é imprescindível em todos os seguimentos da sociedade, a contabilidade se tornou uma área de trabalho que não vive mais sem a ajuda dos computadores. Os Sistemas Integrados, ou seja, um software aplicativo possibilita que a empresa compartilhe dados, uniformizem processos, produzam e utilizem informações em tempo real. São módulos integrados com toda a empresa, como departamento fiscal, financeiro, trabalhista, vendas, compras, etc., que estão interligados com a contabilidade e que tem a função de atender às necessidades de informações para apoio à tomada de decisão. Com relação aos informativos que devem ser elaborados periodicamente, tais como o SINTEGRA, o CAGED, a SEFIP, a DIRF, a DACON, a DCTF e demais obrigações, também é possível importá-los nos softwares adequados, fornecidos pelos órgãos competentes e posteriormente enviá-los via internet. 17 O governo brasileiro, através da Receita Federal, implantou mais um avanço na informatização no ano de 2007, o Sistema Público de Escrituração Fiscal Digital (SPED), dividido em três partes o SPED Contábil, SPED Fiscal e a Nota Fiscal Eletrônica, que consta na modernização do sistema atual do cumprimento das obrigações acessórias transmitidas pelas empresas, dessa forma os livros contábeis, tais como, livro diário, razão, balancetes, balanços entre outros serão substituídos por arquivos digitais on-line. Além de todas essas tarefas, a tecnologia vem aumentando o horizonte da utilização da contabilidade, pois permite uma ampliação significativa na qualidade, na quantidade e na forma de comunicação, sendo possível obter rápidas informações sobre todos os setores, atividades, funcionários e tudo o que esteja relacionado com a administração da empresa. Porém, não bastaria apenas obter tantas informações de maneira tão rápida e eficaz sem repassá-las aos usuários interessados, dessa forma, os recursos de comunicação, como fax, internet, entre outros, são extremamente úteis e utilizados pela contabilidade e seus profissionais. Nos dias atuais, por exemplo, os investidores do outro lado do mundo, acessam informações sobre a empresa que desejam investir através de segundos, pela internet, por vídeo conferências, entre outros recursos. Com toda essa tecnologia, pode parecer que o profissional contábil, não é mais tão importante dentro da organização, porém não é bem assim, nenhum equipamento ou sistema é capaz de substituir o ser humano e seu conhecimento. A informática, apenas processa dados em função das necessidades definidas no sistema contábil, mas para que todos os sistemas funcionem corretamente é indispensável à presença do profissional dentro da empresa, pois só ele possui o conhecimento e as técnicas contábeis, tendo toda a responsabilidade para que as operações sejam processadas de forma correta, em tempo hábil e em conformidade com as normas e princípios contábeis. O contador se tornou um gerenciador de informações. Devido toda esta tecnologia, o contador dedica-se mais a leitura pertinente da contabilidade e executa um trabalho mais seguro e preciso em um intervalo de tempo menor, sendo assim, é inquestionável a maior valorização do profissional contábil. Considerações Finais Diante de todas as afirmações expostas, ressaltamos a importância da contabilidade como ciência humana, e da necessidade de sua evolução perante uma sociedade moderna e competitiva, onde a cada nova geração de contadores, novos desafios surgem e o 18 comprometimento do profissional da área contábil na gestão dos negócios, torna-se cada vez mais necessário. O tempo gira, a sociedade caminha, o Homem luta contra os desafios da nova sociedade, e os contadores registram a História e colaboram no direcionamento da economia e finanças do mundo. Referências Bibliográficas ASCENÇÂO, Hugo da Silva. Adequação do profissional de contabilidade junto as novas tecnologias. Disponivel em http://www.meuartigo.brasilescola.com/informatica/adequacao- profissional-contabilidade-junto-as-novas-html. Acesso em 05 ago. 2010, GRANDA, Alana. Normas contábeis internacionais têm efeito positivo sobre emprego no setor, 2010. Disponível em http://agenciabrasil.ebc.com.br/arquivo/node/378125. 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