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Hans Kelsen (Resumão)

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Hans Kelsen 
Trata o direito estritamente jurídico, na tentativa de torna-la uma ciência autônoma.
“O direito não está separado da moral na vida real, apenas deve ser estudado separadamente para que não haja influências de coisas que não seja o “jurídico” propriamente dito”.
Norma (É o Princípio e o Fim de Tudo)
Uma norma só é válida se emanada de um ato legítimo de autoridade, não tendo sido por ela revogada. Tal ato representa a condição para sua validade, mas não o seu fundamento de existência. O fundamento de uma norma está contido em outra norma “hipotética” fundamental.
Para Kelsen o Direito é a sanção e a coação, pois toda norma jurídica é coativa e deve prescrever uma sanção no caso de seu descumprimento. Assim, para estabelecer o conceito positivista de Direito, são necessários apenas dois elementos: a legalidade conforme o ordenamento e a eficácia social.
Dever-Ser
A ordem jurídica expressa um "dever ser", e, assim, uma vez constatada determinada conduta que deve ser realizada, exprime a conduta que é esperada, seguir-se-á determinada sanção. Então, entende-se que a conduta que condiciona a sanção é que é a proibida, ao passo que a conduta oposta é a correta, a prescrita.
· Dever-Ser – Objetivo 
Se alguém quer que certa pessoa faça certa coisa, mas essa pessoa não tem nenhuma obrigação de fazer o que a primeira quer que ela faça, então o querer da primeira pessoa significa apenas um dever-ser subjetivo, quer dizer, significa apenas que ela quer que certa pessoa faça certa coisa e que, por isso, ela pensa que essa pessoa deve fazer essa certa coisa.
· Dever-ser - Subjetivo
 Se, além disso, a primeira pessoa tem alguma autoridade sobre a segunda ou a segunda pessoa tem alguma obrigação de fazer o que a primeira quer que ela faça, então o querer da primeira pessoa significa não apenas um dever-ser subjetivo, mas também um dever-ser objetivo, quer dizer, não apenas a primeira pessoa quer que a segunda faça certa coisa e, por isso, pensa que ela deve fazer essa certa coisa, mas também essa segunda realmente deve fazer essa coisa.
Sistema Hierárquico de Normas
· Normas SUPERIORES (Constituição) – Cria e confere às normas inferiores. Forma uma moldura determinante para o campo de atuação do intérprete sobre a norma inferior.
· Normas Inferiores se legitimam pelas normas superiores.
A norma "hipotética" fundamental trata-se de um pensamento, uma pressuposição situada em um plano superior e inacessível, estando além do ordenamento jurídico, mas, é ela quem confere, segundo o jurista, validade a todo o ordenamento jurídico.
In(JUS)tiça
O direito só existe dentro de um ordenamento jurídico imposto pelo Estado, desta forma, a justiça se estabelece na aplicação de tais normas. A injustiça é concebida somente se as normas contidas no ordenamento não estiverem de acordo com a norma superior-fundante, isto é, aquela direciona e fundamenta as outras normas tidas como inferior-fundamente. Outro caso de injustiça da norma, ocorre quando a norma utilizada na aplicação é oriunda de um órgão que não possui competência para legislar determinada matéria.
Eficácia da Norma
Para verificarmos se uma norma é eficaz devemos observar tanto se ela está sendo aplicada dentro do comportamento dos indivíduos, como se essa norma é efetivamente aplicada pelas autoridades responsáveis, a exemplo os juízes nos tribunais.
Quando uma norma é obedecida de forma integral ela não será aplicada pelos tribunais e será plenamente válida. Essa obediência, em grande parte das vezes, não deriva da obediência ao Direito (Valor de Direito – Lícito/ Ilícito), mas, ocorre quando uma norma do Direito corresponde a uma norma moral (Valor de Justiça – Justo/ Injusto), por exemplo.
Interpretação do Direito
	Apesar da regra de: normas Superiores devem reger as Inferiores, há sempre uma margem de interpretação, pois a regulação não é completa, o que possibilita uma janela interpretativa para o aplicador.
· Interpretação Autêntica: É aquela realizada pelo aplicador do ordenamento jurídico, destacando-se dessa forma os Tribunais, órgãos legislativos, dentre outros. Tal interpretação se funda na observância da relação hierárquica das normas.
· Interpretação Não-Autêntica: É a realizada por um órgão não-jurídico, em especial a ciência jurídica que busca os múltiplos sentidos da norma.
*A JUSTIÇA NÃO PODE SER COMCEBIDA DE MANEIRA ABSOLUTA.

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