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TC 26 agosto

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CCE1725 – TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO
DOCENTE: MAÍRA DE AZEVEDO OLIVEIRA
 			 Aula 2
 	ESTUDOS PRELIMINARES (parte 1)
Estudo de viabilidade
Estudo de viabilidade
	O primeiro passo para a construção é a aquisição de um terreno. Para saber se a construção no local é viável, o técnico deve elaborar um estudo no qual diversos aspectos são investigados, e a partir de seu parecer, a construtora poderá optar por adquirir ou não o terreno em estudo. A elaboração deste laudo é chamado Estudo de Viabilidade, abrangendo a parte técnica, econômica e social. Para isso, o técnico precisa obter informações, por meio dos seguintes meios, não necessariamente nesta ordem:
1- visita à Prefeitura Municipal: obtenção de dados do Código de Obras, para saber qual zona o terreno se encontra, o gabarito, os afastamentos e recuos mínimos; saber se o terreno está em área de futura desapropriação ou em área não edificável; dados cadastrais do imóvel; levantamento topográfico; dívidas ativas, etc. 
	Estudo de viabilidade
2- visita ao RGI (Registro geral dos imóveis): obtenção da certidão de ônus reais para saber as medidas oficiais do terreno; a identificação do real proprietário; se a situação legal do imóvel está comprometida, etc. 
3- visita in loco ao terreno: conhecer a região, os acessos, a existência de infraestrutura (luz, água, esgoto), o padrão das construções vizinhas, o aspecto do terreno e do solo, a existência de estrutura prévia, etc.
4- serviços complementares: é de boa praxe a contratação de serviços de sondagem para verificar as características do solo, e de topografia para conferir se as medidas oficiais correspondem à realidade.
AS CIDADES SÃO SETORIZADAS E POSSUEM LEIS DE COMO PODE SER USADO E OCUPADO O SOLO.
PLANO DIRETOR
CODIGO DE OBRAS
LEI DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
LEI DE ZONEAMENTO URBANO
Cada termo desse pode variar de Cidade em cidade, mas tem a mesma finalidade: regulamentar a mesma coisa.
Legislação Ambiental
PLANO DIRETOR
Obrigatório para municípios com mais de 20 mil habitantes ( Estatuto das Cidades) e – integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas;
A lei estabelece "normas de ordem pública e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental“
-O plano diretor, aprovado por lei municipal, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana.
O plano diretor deverá englobar o território do Município como um todo.
No processo de elaboração do plano diretor e na fiscalização de sua implementação, os Poderes Legislativo e Executivo municipais garantirão:
I – a promoção de audiências públicas e debates com a participação da população e de associações representativas dos vários segmentos da comunidade;
Plano Diretor
Alguns itens abordados:
 parâmetros de parcelamento, uso e ocupação do solo, de modo a promover a diversidade de usos e a contribuir para a geração de emprego e renda;   
mapeamento contendo as áreas suscetíveis à ocorrência de deslizamentos de grande impacto, inundações bruscas ou processos geológicos ou hidrológicos correlatos
Plano Diretor
 planejamento de ações de intervenção preventiva e realocação de população de áreas de risco de desastre;   
medidas de drenagem urbana necessárias à prevenção e à mitigação de impactos de desastres;
diretrizes para a regularização fundiária de assentamentos urbanos irregulares, se houver,
 identificação e diretrizes para a preservação e ocupação das áreas verdes municipais, quando for o caso, com vistas à redução da impermeabilização das cidades
CODIGO DE OBRAS
CRITERIOS DA CONSTRUÇÃO
TAMANHOS DE VÃOS DE ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO
ESPESSURAS MINIMAS DE PAREDES DE DIVISA 
QUINAS DE MUROS EM TERRENOS DE ESQUINAS
TESTADA MINIMA DE FACHADA 
LEI DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
% DE AREA PERMEAVEL MINIMA QUE DEVE DEIXAR NO PROJETO 
AREA CONSTRUIDA OU NÃO
TAXA DE OCUPAÇÃO MAXIMA DE CONSTRUÇÃO NESSE TERRENO
LEI DE ZONEAMENTO URBANO
AREAS DE COMERCIO
AREAS RESIDENCIAIS
AREAS INDUSTRIAIS
USO MISTO
HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL 
APROVAÇÃO JUNTO AO SMAC E INEA
APROVAÇÃO JUNTO AO SMAC E INEA
 Licenciamento Ambiental: “Ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental. “ Resolução Conama nº 237/97
 Órgão Ambientais: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), de âmbito federal; o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), de âmbito estadual, do Estado do Rio de Janeiro; e as Secretarias Municipais de Meio Ambiente (SMAC), ou equivalente a estas. 
Em 2011, a Lei Complementar 140 concedeu aos municípios a competência para licenciar as atividades que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local.
IMPACTO AMBIENTAL DE ÂMBITO LOCAL:
Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente que afetem: a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; e/ou a qualidade dos recursos ambientais, dentro dos limites do Município.
ATENÇÃO!
O licenciamento não será municipal se o empreendimento: ultrapassar os limites do Município; atingir ambiente marinho ou Unidades de Conservação do Estado ou da União (salvo APAs –Área preservação Ambiental); tiver atividade listada em âmbito federal ou estadual como sujeita à elaboração de EIA-Rima (Estudo de Impacto Ambiental – Relatório de Impacto Ambiental).
Licença Ambiental Simplificada
Aplicável às obras e construções classificadas como de baixo impacto ambiental, desde que solicitada quando o empreendimento ainda está em fase de planejamento e seja possível aprovar a sua localização e concepção.
Obras simples, com corte de talude ou aterro em volume de até 5.000m3, com rede pública de esgoto e água e área acima de 500.000m2, serão classificados, provavelmente, como de baixo impacto.
Certidão de regularidade ambiental
Destinada a empreendimentos que se instalaram sem a devida licença ou autorização ambiental. Será emitida após aplicação de sanção e cumprimento das obrigações ambientais determinadas pelo órgão.
ANTEPROJETO E PROJETO 
Anteprojetos
Momento em que o projeto é concebido;
Desenhos esquemáticos, porém completos;
Permitir avaliação de custo e de prazo;
Peças:
Planta;
Cortes;
Elevação.
Anteprojetos 
Anteprojeto: feito o estudo preliminar passa-se à elaboração do anteprojeto, para a qual necessitamos mais os seguintes elementos
1) Uso permitido do edifício (plano diretor do município)
a)Residencial
b) Comercial
c) Industrial
d) Recreativo
e) Religioso
e) Outros usos
2)Densidade populacional do edifício
Avaliação para cada uso ( plano diretor do município)
Área construída prevista
Anteprojetos
3) Gabarito permitido
Altura do edifício
Recuos (frente, fundos e laterais)
Coeficiente de ocupação do lote
Coeficiente de aproveitamento do lote
 4) Elementos geográficos naturais do local: 
latitude; 
b) meridiano (orientação magnética); 
c) regime de ventos predominantes; 
d) regime pluvial; 
e) regime de temperatura.
Projetos
Consequência direta do anteprojeto;
Composto de duas partes:
Partes gráficas
Partes escritas
 Projetos
Partes gráficas: que constam das seguintes peças:
Planta
Corte, transversais e longitudinais
fachadas
Detalhes arquitetônicos 
Infra e superestrutura de concreto de madeira e metálicas
Instalações elétricas
 Instalações hidrossanitárias
Cronograma físco- financeiro
Planta: projeção horizontal de uma seção reta passando em determinada cota.
Projetos
Partes gráficas
1) Planta:
a) Planta baixa ou dos pavimentos: é a projeçãohorizontal da seção reta passando acima do peitoril ou a 1 metro aproximadamente acima do piso. Nesse plano são assinalados as convenções, espessura das paredes, largura e posições dos vãos, espécies de revestimento dos pisos, dimensões, disposições dos aparelhos sanitários, etc. Todos os elementos são cotados.
b) Planta de cobertura: representa a projeção horizontal das formas dos planos inclinados (águas), cujas interseções são figuradas por traços contínuos. O sentido de declividades dessas águas é indicado por meio de pequenas setas.
Projetos
c) Planta de situação: é a que estabelece a posição do edifício dentro do lote, fixando os recuos e alinhamentos.
d) Planta de locação: é a que fixa as cotas dos elementos da fundação e infraestrutura com relação à dividas do terreno e ao alinhamento da via ou das vias públicas
Projetos
Partes gráficas 
2) Cortes, transversais e longitudinais:
	Projeções verticais dos cortes feitos num edifício por planos secantes igualmente verticais, de modo a representar as partes internas mais importantes, obtendo-se um desenho das diferentes alturas de peitoris, janelas, portas, vigas, espessura das lajes dos pisos, do forro, dos telhados e dos alicerces. Usam-se, no mínimo, dois cortes: um longitudinal e um transversal.
 
3) Fachadas:
	Projeções verticais dos exteriores do edifício, apanhando todos os elementos dentro da configuração total.
Projetos
Partes gráficas
 4) Detalhes arquitetônicos:
Desenhos de dimensões ampliadas de certos elementos do edifício, para melhor interpretação.
5) Infra e superestruturas de concreto, de madeira e metálicas:
Desenhos cotados e dimensionados de todos os elementos estruturais da obra como alvenaria, madeira (telhados, fôrmas), concreto armado e aço (ferragens).
6) Instalações elétricas:
Desenhos e esquemas com bitolamento dos fios e conduítes das redes elétricas, telefônicas, antenas, etc., e a fixação de pormenores necessários à perfeita interpretação do projeto. 
Projetos
Partes escritas
Especificações:
a) de material- conjunto de condições mínimas a que
devem satisfazer os materiais para uma determinada obra ou serviços;
b) de serviços - determinação para execução de serviços, visando o estabelecimento de padrões de qualidade.
Projetos
Partes escritas:
2) Memorial- é uma exposição detalhada do projeto, descrevendo as soluções adotadas e a justificativa das suas escolhas.
3) Orçamento - é a parte escrita que estabelece o custo provável da obra. Nele constam as unidades, as quantidades, os preços unitários e os custos parcial
e total.
Cronograma físico- financeiro: é um calendário gráfico tão rigorosos possível onde se prevê a época dos eventos das atividades e estabelece também as datas dos suprimentos financeiros
Fases do projeto
Anteprojeto
Projeto Básico
Projeto Executivo
Projeto como Construído
Projeto básico
Conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para caracterizar a obra ou serviço;
Base nos estudos iniciais;
Possibilidade de avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo de execução.
Projeto executivo
Detalhamento e aprimoramento do projeto básico;
Discrimina o método construtivo e o detalhamento do objeto projetado, possibilitando a perfeita execução da obra;
Exemplo: 
ampliação de áreas molhadas (cozinhas, banheiros e lavabos) em desenhos de maior escala;
detalhes construtivos de cobertura, calhas, pingadeiras, rufos, escadas, rampas, varandas, guarda-corpos, portões e portas;
detalhamento de mobiliário fixo;
mapa de corte de esquadrias
Projeto como construído
“As built”; “como construído” – é o levantamento métrico de todos os elementos e estruturas existentes com altíssimo nível de detalhamento.
Revisão final das plantas do projeto, incorporando todas as adaptações feitas no canteiro de obras;
Espelho fiel do que foi efetivamente construído.
 EXEMPLOS DE PLANTAS (PARTES GRÁFICAS)
PLANTA BAIXA
PLANTA COM INDICAÇÃO DE DEMOLIÇÃO E CONTRUÇÃO
PLANTA DE COBERTURA
PLANTA DE SITUAÇÃO E DE LOCAÇÃO
CORTE
DETALHES
PLANTA DE FÔRMA
PLANTA DE HIDRÁULICA
PLANTA DE ESGOTO
PLANTA DE ELÉTRICA
EXEMPLO DE ORÇAMENTO, MEMORIAL, CRONOGRAMA FÍSICO FINANCEIRO E COMPOSIÇÃO DE VALOR UNITÁRIO
Exemplo de orçamento de obra pública (EMOP) 
Exemplo de composição do valor unitário: Concreto armado (1m³)
Exemplo de cronograma de execução
Exemplo de cronograma físico-financeiro
Exemplo de cronograma de desembolso
BDI
	BDI é a sigla de Budget Difference Income que significa Benefícios e Despesas Indiretas (também designado por Bonificação). Consiste em um elemento que compõe um orçamento, normalmente alcançado através de taxas que incidem sobre o custo do empreendimento definindo o custo total.
O BDI deve cobrir todas as despesas do projeto, incluindo o lucro almejado. Em um orçamento, o preço final de um empreendimento é determinado pelos Custos Diretos e pelos Custos Indiretos (BDI). Os Custos Diretos constam no orçamento e são inerentes à execução do projeto; os Custos Indiretos não são incorporados ao produto final mas fazem parte do custo total, por exemplo: impostos, juros, lucros etc.
No BDI, os Benefícios correspondem ao valor final estimado pelo empreendimento e as Despesas Indiretas são todos os custos classificados como tal no exercício contábil.

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