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Protocolos de roteamento para redes Wireless

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Protocolos de roteamento para redes Wireless 
Jailton Santos das Neves1 
1Instituto de Computação – Universidade Federal Fluminense (UFF) 
Campus da Praia Vermelha – Boa Viagem – 24.210-346 – Niterói – RJ – Brasil 
jaineves@gmail.com 
Resumo. Este artigo descreve alguns dos protocolos de roteamento utilizados 
em redes sem fio, mais especificamente protocolos para redes ad hoc, redes 
oportunistas e redes veiculares. Como cada uma dessas redes possuem 
características diferentes, protocolos diferentes são projetados para cada uma 
delas. Faremos um overview de alguns desses protocolos, com foco no seu 
funcionamento. 
1. Introdução 
As redes sem fio passaram a ser amplamente utilizadas nos últimos anos, tanto o uso 
doméstico quanto o institucional. O baixo custo, facilidade na implementação e altas 
velocidades são fatores para esse crescimento [1]. Como existem diversos tipos de redes 
sem fio, escolher o tipo de rede e o protocolo de roteamento ideal para ser utilizado na 
rede que está sendo projetada é um dos pontos chave no planejamento dessas redes. 
O protocolo de roteamento ideal é aquele que garanti maior eficiência dos nós e o 
melhor desempenho para o propósito que a rede foi projetada. Um determinado 
protocolo de roteamento pode obter melhor desempenho que outros e eles diferem 
principalmente se são baseados em inundações ou roteamento sem inundações. A 
camada de rede tem como função rotear os pacotes da origem até seu destino, o 
protocolo de roteamento, que atua nessa camada, decide para qual nó deve ser 
encaminhado o pacote. Como temos diversos tipos de redes sem fio, temos também 
protocolos criados especificamente para atender determinadas redes, como por exemplo, 
protocolos de roteamento para redes Ad Hoc, para redes oportunistas (OR), redes 
veiculares (VANET), e etc. 
Nas redes ad hoc, por exemplo, os nós que atuam como roteadores, trocam informações 
entre si na tentativa de obter o conhecimento parcial ou total da rede e com isso 
selecionar a melhor rota. Quando obtém todas as informações, a rede atinge o estado de 
equilíbrio ou “converge” como é chamado este estágio. Como os enlaces entre um nó e 
outro podem deixar de funcionar, o equilíbrio na rede não é uma situação constante. O 
mecanismo do protocolo de roteamento deve restabelecer esse equilíbrio encontrando 
uma nova rota. A maneira que isso será feito depende do algoritmo utilizado por cada 
um dos protocolos existentes para redes desse tipo. Mesmo sendo criado para redes 
específicas, esses algoritmos estão em constante evolução, pesquisadores identificam as 
vulnerabilidades e oportunidades de melhorias e realizam alterações nos protocolos e 
em suas métricas, gerando em alguns casos novos protocolos de roteamento. 
Nesse artigo, faremos um overview dos principais protocolos de roteamento usados em 
redes sem fio, em alguns casos propostas de melhoramento e até mesmo novos 
 
protocolos que surgiram a partir de protocolos existentes, dessa forma, esse artigo foi 
organizado da seguinte maneira: na seção 2 vamos discorrer sobre os protocolos de 
roteamento usados em redes Ad Hoc, na seção 3, apresentaremos alguns protocolos 
usados em redes oportunistas, na seção 4 apresentaremos os protocolos de roteamento 
para redes veiculares, na seção 5 serão apresentadas as considerações finais. 
2. Protocolos de roteamento para redes Ah Hoc 
O protocolo usado nos roteadores sem fio que compõe um backbone Ad Hoc, são 
protocolos próprios para redes desse tipo. Os tipos mais utilizados são o AODV (Ad 
Hoc On-Demand Distance Vector) e o OLSR (Optimized Link State Routing). O 
desempenho da rede vai depender da topologia/particularidades da rede associada às 
características dos usuários e do protocolo utilizado. 
A figura 1, lista alguns protocolos de roteamento usados em redes Ad Hoc. Eles são 
divididos em três categorias: pró-ativo, reativo e híbridos, cujos algoritmos levam em 
consideração o critério de construção de rotas. Na sequência, serão descritos como eles 
funcionam e citados alguns exemplos. 
 
Figura 1. Protocolos de roteamento usados em redes Ad Hoc 
2.1. Protocolos pró-ativos 
Nos protocolos pró-ativos, o algoritmo avalia continuamente as rotas para que quando 
um pacote necessite ser enviado, a rota já ser de conhecimento da rede e possa ser 
utilizada de imediato. Nesse tipo de protocolo são enviadas informações e atualizações 
sobre cada par de nós da rede em intervalos fixos para manter as tabelas de roteamento 
atualizadas. Os nós mantêm uma ou mais tabelas com informações referentes a todos os 
 
possíveis destinos e respondem a mudanças na sua topologia enviando atualizações 
iniciadas por meio de mecanismos de temporização, para manter a consistência da rede. 
Devido a essas atualizações, temos sempre um número constante de transmissões em 
andamento, mesmo quando a rede está em equilíbrio. A grande vantagem desses 
protocolos é o fato de os pacotes poderem ser enviados com um atraso mínimo porque 
os nós já conhecem as rotas previamente. No entanto, é preciso que as redes possuam 
banda suficiente para evitar congestionamento e não possuam restrição de energia, isso 
porque a troca de mensagens de roteamento é elevada para garantir o conhecimento das 
rotas válidas. O OLSR (Optimized Link State Routing) e o DSDV (Destination-
Sequenced Distance-Vector) são exemplos desses protocolos. 
O OLSR [2] é uma otimização de um protocolo de estado de link puro, para redes ad 
hoc, pois compacta o tamanho das informações enviadas nas mensagens e, além disso, 
reduz o número de retransmissões para inundar essas mensagens em toda a rede. Para 
esse propósito, o protocolo utiliza a técnica de retransmissão multiponto para inundar de 
maneira eficiente e econômica suas mensagens de controle. Ele fornece rotas ideais em 
termos de número de saltos, que estão disponíveis imediatamente quando necessário. O 
protocolo é mais adequado para redes ad hoc grandes e densas. 
A ideia básica do protocolo DSDV é operar cada dispositivo móvel como um roteador 
especializado que anuncia periodicamente sua visão da topologia de interconexão com 
outros hosts móveis na rede. Em [3], modificações nos mecanismos básicos de 
roteamento Bellman Ford, conforme especificado pelo RIP, foram feitas para torná-lo 
adequado para um mecanismo de rede dinâmico e auto-inicializável, conforme exigido 
pelos usuários que desejam utilizar redes ad hoc. As modificações abordam algumas das 
objeções ao uso de Bellman Ford relacionadas às pobres propriedades de loop de tais 
algoritmos em face de links quebrados e à natureza dependente do tempo resultante da 
topologia de interconexão que descreve os links entre os hosts móveis. Em [3], foi 
descrito também as maneiras pelas quais o roteamento básico da camada de rede pode 
ser modificado para fornecer suporte à camada MAC para redes ad hoc. 
 
2.2. Protocolos reativos 
Esses protocolos utilizam algoritmos cuja rota só é determinada quando ela é requerida, 
ou seja, quando um nó deseja enviar um pacote para outro nó, ele só inicia o 
descobrimento da rota sob demanda. Dessa forma, os recursos como banda passante e 
energia podem ser utilizados de uma forma mais eficiente, porque somente serão gastos 
quando houver a necessidade de descoberta de rota para encaminhamento de um pacote 
e como essa necessidade é algo aleatório, esses protocolos não trocam mensagens 
regularmente o que corrobora para essa economia. Depois de descoberta, é utilizado 
algum procedimento de manutenção da rota para que ela continue ativa. A desvantagem 
desses protocolos é o maior atraso no encaminhamento da mensagem, pois se a rota do 
destino não for conhecida, o procedimento de descoberta de rota deve ser realizado. O 
DSR (Dynamic Source Routing) e o AODV (Ad Hoc On-Demand Distance Vector) são 
exemplos desses protocolos. 
O protocolo de roteamento dinâmico para redes Ad Hoc sem fio com múltiplos saltosDSR (Dinamic Source Routing), surgiu do projeto Monarch da Universidade Carnegie 
 
Mellon [4], e a ideia era criar um protocolo que tivesse baixa sobrecarga e que fosse 
capaz de reagir rapidamente às mudanças da rede para ajudar a garantir a entrega bem-
sucedida dos pacotes de dados. Para o protocolo funcionar da maneira que estava sendo 
projetado, os projetistas assumiram que os nós da rede ad hoc estão dispostos a 
participar plenamente do protocolo e encaminhar pacotes para outros nós da rede. O 
protocolo possui duas propriedades importantes, descoberta de rotas que é o 
mecanismo pelo qual o nó que deseja enviar um pacote para um destino obtém a rota e a 
manutenção de rotas que é o mecanismo pelo qual o nó é capaz de detectar se a 
topologia foi alterada. 
Em resultados de simulações realizadas no NS-2 com o protocolo, foi medido a taxa de 
entrega de pacote de acordo com a velocidade dos nós e foi possível verificar que 
quanto mais tempo o nó passa parado, melhor é o desempenho da rede em termos de 
entrega de pacote e quanto mais mobilidade maior é a quantidade de pacotes de controle 
(overhead) do protocolo. Baseado nos resultados das simulações, o DSR oferece 
excelente desempenho para roteamento em redes ad hoc sem fio de multi-hop, tem 
sobrecarga de roteamento muito baixa e é capaz de entregar corretamente quase todos os 
pacotes de dados originados, mesmo com movimento rápido e contínuo de todos os nós 
da rede. 
O protocolo de roteamento Ad Hoc On-Demand Distance Vector (AODV) fornece 
comunicação unicast, broadcast e multicast em redes móveis ad hoc [5]. Assim como o 
DSR o AODV inicia a descoberta de rotas com RREQ (Route Request) sempre que uma 
rota for necessária por um nó de origem, ou sempre que um nó desejar ingressar em um 
grupo de multicast. As rotas são mantidas desde que sejam necessários pelo nó de 
origem ou desde que o grupo multicast exista, e as rotas são sempre livre de loop através 
do uso de números de sequência. Os nós AODV mantêm uma tabela de rotas na qual as 
informações de roteamento do próximo salto para nós de destino são armazenadas. 
Em [5] os autores apresentam também algumas mudanças no protocolo e no kernel 
enquanto a implementação do protocolo estava em processo de conclusão, onde muitas 
dessas mudanças resultaram em modificações que foram incorporadas ao AODV Intenet 
Draft. A figura 2 ilustra a estrutura lógica da implementação, destacando onde as 
modificações ocorreram. 
 
Figura 2. Estrutura de Implementação 
 
 
Uma das mudanças, por exemplo, foi na resposta do RREP (Route Replay), porque à 
medida que o RREP era propagado os nós intermediários atualizaram suas tabelas de 
rotas para incluir uma rota para o destinos, mas na implementação isso não funciona, 
porque se o RREP é unicast do nó de resposta até a origem, os nós intermediários usam 
o encaminhamento de IP e não processam o pacote. Outra mudança foi que o no de 
destino nunca aprendia uma rota para a origem por não receber uma cópia do RREQ, 
então o AODV foi modificado para que os nós intermediários respondem aos RREQs 
através de um RREP unicasting, para o nó de origem e também envie um RREP gratuito 
ao destino informando-o da nova rota conforme figura 3. 
 
Figura 3. RREP gratuitos 
 
2.3. Protocolos híbridos 
Os protocolos híbridos como o próprio nome sugere, combina características dos 
protocolos pró-ativos e reativos para utilizar vantagens de ambos. Para redes maiores, 
uma solução possível seria a organização em grupos, dessa forma, a utilização de 
algoritmos diferentes para o roteamento dentro e entre os grupos seria muito 
interessante. Se os grupos forem bem divididos, apenas alguns nós sairão do grupo e as 
alterações de topologia serão passadas apenas para membros desse grupo, sendo 
transparentes para nós de outros grupos. Neste tipo de organização, atualizações entre 
grupos são menos frequentes que as que acontecem dentro do próprio grupo. Para os nós 
de fora, esses necessitam apenas saber como chegar ao grupo e geralmente fazem isso 
através de um nó apenas chamado clusterhead, por onde passam todos os dados de 
entrada e saída do grupo. Como exemplo de protocolos híbridos temos o ZRP. 
O protocolo de roteamento ZRP (Zone Routing Protocol) [6], é um protocolo para redes 
sem fio reconfiguráveis RWN (Reconfigurable Wireless Network) e ambientes ah hoc 
altamente móveis, com mais nós e maior áreas de abrangência, que não dependem de 
infraestrutura prévia, rapidamente implementáveis e com enlaces curtos. Tudo isso forja 
um cenário totalmente desafiador. 
De acordo com [6] tanto o protocolo pró-ativo como o reativo gera grande overhead, foi 
proposto um protocolo híbrido que vai combinar características dos dois tipos de 
protocolo (pró-ativo e reativo) para diminuir o overhead. Ele usaram o “sub-protocolo” 
IARP pró-ativo que será responsável por achar rotas para nós que estão mais próximos e 
o IERP reativo que será responsável para achar rotas para nós que estão distantes. 
Delimita área de abrangência chamada zona de roteamento, se tiver dentro da área de 
abrangência usa o IARP se tiver fora usar o IERP. 
 
A zona tem um raio que é definido por número de saltos, por exemplo 2 ou 3 saltos. Os 
nós que estão na borda da zona são chamados de nós periféricos. O protocolo vai 
descobrir primeiramente os nós que estão a um salto, e eles são descobertos através de 
outros protocolos da camada de enlace ou por um protocolo específico, que segundo os 
autores tem a vantagem de não precisar ficar enviando os hello periódicos que o OLSR 
tinha para descobrir a vizinhança. O protocolo IARP envia aos nós vizinhos o vetor de 
distância para os nós que estão dentro da zona. Os nós periféricos enviam mensagem de 
border casting para outros nós periféricos, que estão na borda da zona de forma unicast, 
se o destinatário for um nó que esta dentro da zona do nó e responde para quem originou 
que o nó está na zona dele, se não fizer parte ele replica a mensagem para outros nos 
periféricos para que também verifiquem se o nó destino esta na zona deles, se tiver, ele 
envia para o originador que o próximo salto é ele. 
Os resultados de simulações mostraram que com o protocolo pró-ativo o overhead tende 
a aumentar à medida que o raio aumenta (número de saltos) porque o número dos 
pacotes de controle aumenta. Para o ZRP todo (tanto a parte pró-ativa como a reativa) o 
overhead de descoberta de rotas cai quando mudamos de uma zona de uma zona de 1 
para uma zona de 2, isso acontece porque precisa de menos descoberta de rotas. 
Overhead da parte reativa mostra que se aumentar as zonas, tem menos requisições 
porque tem um número menor dos nós de borda. O atraso de descoberta de rotas na 
parte reativa tende a diminuir quando temos zonas moderadas porque diminui a 
quantidade de nos periféricos e tende a aumentar no ZRP como todo, porque quando 
temos zonas muito grande a quantidade de overhead é grande somando a parte reativa e 
a pró-ativa. 
 
3. Protocolos de roteamento para redes oportunistas 
Uma das evoluções mais interessantes das redes MANETs são as redes oportunísticas, 
nelas os nós móveis estão habilitados para se comunicar, mesmo que uma rota que os 
conecte nunca exista [7]. Além disso, os nós não devem possuir ou adquirir nenhum 
conhecimento sobre a topologia da rede, que é necessária nos protocolos de roteamento 
MANET tradicionais. Veremos a seguir alguns desses protocolos. 
 
3.1. Protocolo ExOR (Opportunistic Multi-Hop Routing) 
O protocolo extremamente oportunista ExOR [8], é um protocolo de roteamento 
integrado e MAC que aumenta o throughput de grandes transferências unicast em redes 
sem fio de múltiplos saltos. O ExOR transmite cada pacote, escolhendo um receptor 
para encaminhar o pacote somente depois de aprender o conjunto de nós que realmente 
receberam o pacote. Essa escolha adiada oferece a cada transmissão várias 
oportunidadesde ter sucesso. Como resultado, o ExOR pode usar links de rádio longos 
com altas taxas de perda, o que seria evitado pelo roteamento tradicional. O ExOR 
aumenta a taxa de transferência de uma conexão sem usar mais capacidade de rede do 
que a rotina tradicional. Ao contrário dos esquemas de diversidade cooperativos, apenas 
um único nó ExOR encaminha cada pacote, para que o ExOR trabalhe com rádios 
existentes. 
 
O projeto ExOR enfrentou os seguintes desafios: 
- Os nós que recebem cada pacote devem concordar com suas identidades e 
escolher um encaminhador; 
- O protocolo deve ter uma sobrecarga baixa, mas também deve ser robusto o 
suficiente para raramente encaminhar um pacote zero vezes ou mais de uma vez; 
- O ExOR deve escolher o encaminhador com o menor custo restante até o 
destino final. 
As medidas de uma implementação em um banco de testes 802.11b de 38 nós mostram 
que o ExOR aumenta a taxa de transferência para a maioria dos pares de nós quando 
comparado ao roteamento tradicional. Para pares entre os quais o roteamento tradicional 
usa um ou dois saltos, os reconhecimentos robustos do ExOR impedem retransmissões 
desnecessárias, aumentando a taxa de transferência em quase 35%. Para pares mais 
distantes, o ExOR aproveita a escolha dos encaminhadores para fornecer ganhos de taxa 
de transferência de um fator de dois a quatro. 
 
3.2. Protocolo Simple Opportunistic Adaptive Routing (SOAR) 
Redes de malha sem fio Multihop estão se tornando um novo paradigma de 
comunicação atraente, devido ao seu baixo custo e facilidade de implantação e os 
protocolos de roteamento são críticos para o desempenho e a confiabilidade das redes de 
malha sem fio. Como os protocolos de roteamento tradicionais enviam tráfego por 
caminhos pré-determinados e enfrentam dificuldades em lidar com meios sem fio não 
confiáveis e imprevisíveis, surge a proposta do protocolo de roteamento adaptativo 
oportunista (SOAR) [9] simples para suportar explicitamente vários fluxos simultâneos 
em redes de malha sem fio. O SOAR incorpora os quatro componentes principais a 
seguir para obter alto rendimento e justiça: 
1) Seleção de caminho de encaminhamento adaptável para alavancar a diversidade 
de caminhos, minimizando as transmissões duplicadas; 
2) Encaminhamento prioritário baseado em timer para permitir que apenas o 
melhor nó de encaminhamento encaminhe o pacote; 
3) Recuperação de perda local para detectar e retransmitir eficientemente pacotes 
perdidos e 
4) Controle de taxa adaptável para determinar uma taxa de envio apropriada de 
acordo com as condições atuais da rede. 
Foram realizadas simulações do SOAR no NS-2 e em um banco de testes de malha sem 
fio com 18 nós e a avaliação mostrou que SOAR supera significativamente o 
roteamento tradicional e o protocolo de roteamento oportunista ExOR, sob uma ampla 
variedade de cenários. 
 
 
 
3.3. Protocolo CodePipe 
A cooperação entre nós é proposta para melhorar o desempenho do multicast em redes 
sem fio com perdas. Quando um nó falha em receber um pacote de seu nó upstream 
direto, outros nós vizinhos que o receberam com êxito podem alimentar o pacote 
cooperativamente para esse nó. Essa estratégia de roteamento oportunista (OR) em cada 
receptor, é utilizada pelo protocolo ExOR. 
O multicast é um mecanismo importante nas redes sem fio modernas e atraiu esforços 
significativos para melhorar seu desempenho com diferentes métricas, incluindo taxa de 
transferência, atraso, eficiência energética, etc. Tradicionalmente, um modelo de canal 
ideal sem perdas é amplamente usado para facilitar o design do protocolo de 
roteamento. No entanto, a qualidade dos links sem fio é afetada ou até prejudicada por 
muitos fatores, como colisões, fading ou ruído do ambiente. O CodePipe [10] é um 
protocolo multicast confiável, com desempenho avançado em termos de eficiência 
energética, taxa de transferência e justiça em redes sem fio com perdas. Construído 
sobre roteamento oportunista e codificação de rede linear aleatória, o CodePipe não 
apenas simplifica a coordenação de transmissão entre os nós, mas também melhora 
significativamente a taxa de transferência de difusão seletiva, explorando as 
oportunidades de codificação intra lotes e inter lotes. Em particular, quatro técnicas-
chave, são propostas para oferecer uma melhoria substancial no rendimento, eficiência 
energética e justiça: 
 - Estrutura de roteamento oportunista baseada em LP; 
 - Alimentação oportunista 
 - Movimentação rápida de lotes e 
 - Codificação entre lotes. 
O CodePipe foi avaliado no simulador ns2 comparando com outros dois protocolos 
multicast de última geração, MORE e Pacifier e os resultados da simulação mostraram 
que o CodePipe supera significativamente os dois. 
 
4. Protocolos de roteamento para redes veiculares (VANET) 
As Redes Veiculares representam uma tecnologia emergente que possibilita a utilização 
de serviços de rede por parte dos motoristas e passageiros de veículos. Os protocolos de 
roteamento para redes veiculares podem ser: baseados em topologia, baseados em 
posição, baseados em cluster, baseados em broadcast, baseados em geocast, baseados 
em infra-estrutura e beaconing. Veremos a seguir dois desses protocolos. 
 
4.1 Protocolo GeoSpray 
Por conta da movimentação dos carros, as redes veiculares são caracterizadas por uma 
topologia de rede altamente dinâmica e conectividade disruptiva e intermitente. Nesses 
ambientes de rede, um caminho completo da origem ao destino não existe na maior 
parte do tempo. A arquitetura das Vehicular Delay-Tolent Network (VDTN) ou redes 
veicular tolerante a atraso surgiram para lidar com essas restrições de conectividade. A 
 
VDTN assume comunicação assíncrona e orientada a pacotes e um paradigma de 
roteamento de armazenamento e transporte. Um protocolo de roteamento para VDTNs 
deve fazer o melhor uso dos recursos limitados disponíveis nos nós da rede para criar 
um caminho de vários saltos que existe ao longo do tempo. 
O protocolo de roteamento VDTN, chamado GeoSpray [11] inspirado no GeOpps, toma 
decisões de roteamento com base em dados de localização geográfica e combina uma 
abordagem híbrida entre esquemas de cópia múltipla e cópia única. Ele usa informações 
de posição geográfica e outros parâmetros de mobilidade, juntamente com endereços de 
destino do pacote, garantindo que os pacotes sejam encaminhados para o destino. No 
entanto, ao contrário do GeOpps que mantém no máximo uma cópia de um pacote na 
rede, o GeoSpray combina replicação e encaminhamento selecionados com 
reconhecimento explícito de entrega. 
O protocolo emprega o conceito de fase de pulverização do spray and wait binario, 
primeiro começa com um esquema de várias cópias, espalhando um número limitado de 
cópias de pacotes configuráveis, a fim de explorar caminhos alternativos. Em seguida, 
ele muda para um esquema de encaminhamento, que tira proveito de oportunidades 
adicionais de contato. Para melhorar a utilização dos recursos, ele limpa os pacotes 
fornecidos pelos nós da rede. O GeoSpray melhora significativamente a probabilidade 
de entrega e reduz o atraso na entrega, em comparação com os protocolos de roteamento 
de localização única e cópia única e cópia múltipla não baseados em localização. 
 
4.2. Protocolo VCARP (Vehicular Ad-hoc Networks Context-Aware Routing 
Protocol) 
Os protocolos de roteamento de redes veiculares devem lidar com vários problemas, 
como alta mobilidade, alta velocidade e, conseqüentemente, alta taxa de desconexão 
entre os nós da rede. O VCARP [12] é um protocolo de roteamento geocast para redes 
veiculares que leva em consideração as informações de contexto da rede (como 
localização, destino dos nós e estado dos cache de pacotes) para tomar decisões de 
roteamento. Consiste em um mecanismo de cache compartilhado usado para evitar a 
perda de pacotes devido a caches completos e um roteamentobaseado em fluxo para 
reduzir a sobrecarga da rede causada por retransmissões de pacotes desnecessárias. 
Simulações mostraram que o protocolo pode aumentar a taxa de entrega de pacotes em 
40% e diminuir a sobrecarga em até 89%, em comparação com outro protocolo geocast 
da literatura. Além disso, foi verificada a influência do tamanho do cache e da duração 
do período de descoberta de vizinhos na taxa de entrega de pacotes e foi visto que o uso 
de grandes intervalos de tempo entre os períodos de descoberta dos vizinhos não é 
viável devido à natureza dinâmica da VANET. A partir de 1 segundo, com o aumento 
da duração da descoberta, menos pacotes chegam ao seu destino. Isso ocorre porque 
quanto mais tempo é necessário atualizar a tabela, maior a probabilidade de a tabela 
ficar desatualizada, causando retransmissões para nós que não estão mais na faixa de 
sinal e, portanto, perdas de pacotes. 
 
 
 
5. Considerações finais 
 
Conforme mencionamos no início do artigo, existem diferentes protocolos de 
roteamento para cada tipo de rede, cada um utiliza uma métrica de roteamento, em 
alguns casos, o procedimento padrão ou métrica de um protocolo é alterado gerando um 
novo protocolo. Sendo assim não se pode afirmar qual o melhor protocolo de 
roteamento para redes sem fio, porque vai depender das características da rede como, 
topologia, tipo e objetivo da rede. Simuladores de rede como, por exemplo, o Network 
Simulator versão 2ou 3, ajudam na tomada de decisão, pois pode simular a rede 
projetada e embasar a decisão do administrador da rede. 
 
6. Referencias 
 
[1] Hiertz, G. R., Denteneer, D., Stibor, L., Zang, Y., Costa, X. P., & Walke, B. (2010). The IEEE 802.11 
universe. IEEE Communications Magazine, 48(1), 62-70. 
[2] P. Jacquet, P. Muhlethaler, T. Clausen, A. Laouiti, A. Qayyum e L. Viennot. Optimized link state 
routing protocol for ad hoc networks. Em Proceedings. IEEE International Multi Topic Conference, 
2001. IEEE INMIC 2001. Technology for the 21st Century., pp. 62–68. IEEE, 2001. 
[3] Charles E. Perkins e Pravin E. Bhagwat. Highly dynamic Destination-Sequenced Distance-Vector 
routing (DSDV) for mobile computers. Em Proceedings of the conference on Communications 
architectures, protocols and applications - SIGCOMM ’94, pp. 234–244, New York, New York, USA, 
1994. ACM Press. 
[4] David B Johnson, David A Maltz e Josh Broch. DSR: The Dynamic Source Routing Protocol for 
Multi-Hop Wireless Ad Hoc Networks. Relatório técnico, Carnegie Mellon University, 2001. 
[5] E.M. Royer e C.E. Perkins. An implementation study of the AODV routing protocol. Em 2000 IEEE 
Wireless Communications and Networking Conference. Conference Record (Cat. No.00TH8540), pp. 
1003–1008. IEEE, 2000. 
[6] Z.J. Haas e M.R. Pearlman. The performance of a new routing protocol for the reconfigurable wireless 
networks. Em ICC ’98. 1998 IEEE International Conference on Communications. Conference Record. 
Affiliated with SUPERCOMM’98 (Cat. No.98CH36220), volume 1, pp. 156–160. IEEE, 1998. 
[7] Pelusi, L., Passarella, A., & Conti, M. (2006). Opportunistic networking: data forwarding in 
disconnected mobile ad hoc networks. IEEE communications Magazine, 44(11), 134-141. 
[8] Biswas, S., & Morris, R. (2005, August). ExOR: opportunistic multi-hop routing for wireless 
networks. In ACM SIGCOMM computer communication review (Vol. 35, No. 4, pp. 133-144). ACM. 
[9] Rozner, E., Seshadri, J., Mehta, Y., & Qiu, L. (2009). SOAR: Simple opportunistic adaptive routing 
protocol for wireless mesh networks. IEEE transactions on Mobile computing, 8(12), 1622-1635. 
[10] Li, P., Guo, S., Yu, S., & Vasilakos, A. V. (2012, March). CodePipe: An opportunistic feeding and 
routing protocol for reliable multicast with pipelined network coding. In 2012 Proceedings IEEE 
INFOCOM (pp. 100-108). IEEE. 
[11] Soares, V. N., Rodrigues, J. J., & Farahmand, F. (2014). GeoSpray: A geographic routing protocol 
for vehicular delay-tolerant networks. Information Fusion, 15, 102-113. 
[12] Soares, R. B., Nakamura, E. F., Figueiredo, C. M., & Loureiro, A. A. (2012, July). VCARP: 
Vehicular ad-hoc networks context-aware routing protocol. In 2012 IEEE Symposium on Computers 
and Communications (ISCC) (pp. 000442-000447). IEEE.

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