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Histologia do Sistema Reprodutivo Masculino

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Os testículos se desenvolvem na parede posterior do abdome, posteriormente “descendo” para o 
escroto, no final do desenvolvimento fetal, carregando uma extensão do peritônio abdominal denominada 
de túnica vaginal. Ela é composta por mesotélio e por uma camada de tecido conjuntivo que se funde 
com o tecido conjuntivo subjacente do escroto. Possui duas lâminas, uma parietal e uma visceral, e uma 
cavidade vaginal entre elas. 
Adjacente à lâmina visceral da túnica vaginal, encontra-se a túnica albugínea, uma cápsula sólida de tecido 
conjuntivo denso irregular, composta principalmente por fibras de colágeno, algumas fibras elásticas e 
miofibroblastos. Possui uma camada vascular, onde se encontram ramos serpenteantes da artéria 
testicular e uma rede de veias anastomosadas. 
A túnica albugínea tem continuidade com trabéculas de tecido conjuntivo denominadas de septos 
testiculares, que convergem para o mediastino testicular – uma área de tecido conjuntivo que contém 
os canais da rete testis e grandes vasos sanguíneos e linfáticos. Esses septos dividem o parênquima em 
vários lóbulos testiculares, cada qual contendo cerca de quatro túbulos seminíferos contornados. 
 
Histologia Veterinária de Dellmann 
 
 
Os lóbulos testiculares são repartidos em dois compartimentos: o compartimento tubular e o 
compartimento intertubular. 
O compartimento tubular é composto pelos túbulos seminíferos, formados pela túnica própria e pelo 
epitélio seminífero. 
Corte de testículo e 
epidídimo (0.3X) 
Túnica albugínea 
Lóbulos testiculares 
Septos conjuntivos 
Mediastino – 
espessamento da 
túnica albugínea 
Epidídimo 
Corte de testículo e 
epidídimo (10X) 
Túnica albugínea 
Corte de testículo (10X) 
Cortes de túbulo seminífero 
A túnica própria reveste externamente os túbulos, composta por uma matriz fibrilar (fibras colágenas e 
membrana basal e uma a várias camadas de células mioides ou peritubulares, que não podem ser 
distinguidas dos fibroblastos de forma simples. 
O epitélio seminífero, por sua vez, é constituído por epitélio estratificado, composto pelas linhagens 
celulares: 
→ Células de Sertoli: células colunares, grandes e alongadas, de contorno irregular e pouco evidente, 
que se apoiam na membrana basal do epitélio e se estendem até o lume. Possuem núcleo grande e 
vesiculoso, ovoide ou triangular, com nucléolo bem evidente. Possuem extensos prolongamentos apicais 
e laterais, e apresentam abundante retículo endoplasmático liso, mitocôndrias, lisossomos e complexos 
de Golgi. Seu citoplasma é claro e possui muita eucromatina. 
Possuem função principal de suporte, proteção e suprimento nutricional das células germinativas em 
desenvolvimento, fagocitose de corpos residuais, síntese e secreção dos hormônios e transferrinas 
tersticulares, além de sintetizar um líquido rico em frutose. 
OBS.: Barreira hematotesticular – formada por junções ocludentes e comunicantes entre as células de 
Sertoli e as espermátides, além de hemidesmossomos na lâmina basal, é responsável pela 
compartimentalização física e fisiológica, evitar uma reação autoimune e dividir o epitélio entre porção 
basal (espermatogônias e espermatócitos iniciais) e luminal. (espermatócitos e espermátides). 
→ Células espermatogênicas: células-tronco germinativas em diferentes estágios de diferenciação, que 
darão origem aos espermatozoides. 
- Espermatogônias: situam-se junto à membrana basal do epitélio. Possuem citoplasma pouco evidente 
com núcleos esferoidais ou ovoides, de grande tamanho e contorno regular. Na prática, se diferencia de 
espermatogônia do tipo A escura, para espermatogônia do tipo A clara, para então tornar-se 
espermatogônia do tipo B. Histologicamente, só é possível diferenciar as espermatogônias do tipo A 
escuras. 
- Espermatócitos primários: células esferoidais com núcleos arredondados e volumosos, facilmente 
reconhecidos pela individualização de seus cromossomos em diferentes fases da primeira divisão meiótica. 
- Espermatócitos secundários: não distinguíveis na lâmina. 
- Espermátides: células que não mais se dividem, passando apenas pela espermiogênese (diferenciação). 
São pequenas, numerosas e próximas ao lume tubular. Podem estar na forma de espermátides 
arredondadas, mais primitivas, devido à sua forma esférica com núcleo pequeno e central e cromatina 
finamente granular, ou espermátides alongadas, com núcleo alongado e denso, que normalmente alojam 
suas cabeças nas reentrâncias das células de Sertoli. 
 
O compartimento intertubular é formado pelo estroma intersticial e pelas células de Leydig. 
→ Células de Leydig: células grandes, poligonais ou arredondadas, que apresentam geralmente um 
núcleo bem centralizado, além de possui REL muito desenvolvido e um citoplasma rico em lipídeos. É 
responsável pelo transporte de importantes hormônios e pela produção de andrógenos, como a 
testosterona. 
→ Estroma intersticial: composto por tecido conjuntivo frouxo, rico em vasos sanguíneos e linfáticos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os túbulos seminíferos se dirigem à região do mediastino, onde desembocam através de túbulos retos 
na rede testicular. 
Corte de testículo (40X) 
Espermatogônias 
Células de Sertoli 
Espermátide
s 
Túnica própria 
Espermatócito primário 
Corte de testículo (40X) 
Célula de Leydig 
Estroma 
intersticial 
Os túbulos retos são estruturas curtas e divididas em duas porções: a primeira porção é caracterizada 
pelo desaparecimento das células espermatogênicas, e pela constituição do epitélio apenas pelas células 
de Sertoli. Elas se tornam alongadas e se projetam no lume dos túbulos formando uma estrutura 
semelhante ao diafragma, que impede o refluxo de espermatozoides. A segunda porção é revestida por 
um epitélio simples cúbico. 
A rede testicular é uma rede de túbulos irregulares e intercomunicantes, revestidos por epitélio simples 
cúbico a pavimentoso e sustentados pelo tecido conjuntivo denso do mediastino. 
Corte de testículo (30X) 
Epitélio simples 
cúbico 
Desaparecimento 
das células 
espermatogênicas 
Corte de testículo (3X) 
Rete testis 
Mediastino 
Corte de testículo (40X) 
Epitélio simples 
cúbico/pavimentoso 
Outros cortes: 
 
O epidídimo é formado por vários dúctulos eferentes e um duto epididimário longo e enovelado. 
Macroscopicamente, é dividido em cabeça, corpo e cauda, e circundado por uma espessa túnica 
albugínea de tecido conjuntivo denso irregular, revestida pela camada visceral da túnica vaginal. 
➾ Em garanhões, a túnica albugínea exibe algumas células musculares lisas dispersas pelo tecido conjuntivo denso. 
Corte de testículo (0.6X) 
Túbulos seminíferos – epitélio 
estratificado contendo as células 
de Sertoli e espermatogênicas 
Compartimento intertubular – 
tecido conjuntivo frouxo rico 
em vasos, além das células de 
Leydig 
Túnica albugínea – 
tecido conjuntivo 
denso irregular 
Corte de testículo (30X) 
Células de Leydig 
– produtoras de 
testosterona 
Células de Sertoli 
– nutrem e 
sustentam células 
espermatogênicas 
Espermatogônias 
– aderidas à 
camada basal do 
epitélio 
Espermátides – 
voltadas ao lume 
do túbulo 
Espermatócitos primários 
Corte de testículo (40X) 
Epitélio formado unicamente 
por células de Sertoli 
Túbulos retos 
Rete Testis 
Epitélio simples cuboide 
ou colunar 
 
Os dúctulos eferentes conectam a rete testis ao duto epididimário. Possui epitélio colunar simples, sendo 
composto de células principais ciliadas (fileira apical de núcleos) e células principais não ciliadas (fileira basal 
de núcleos). Além de gerar um fluxo hídrico osmoticamente impulsionado pelo transporte transcelular 
de íons, as células principais não ciliadas estão envolvidas em processos de reabsorção e digestão do 
líquido dutular. Outras podem ter atividade secretória. O epitélio dutular está circundado por três a seis 
camadas frouxas de miofibroblastos e tecido conjuntivo. 
 
O dutoepididimário é uma estrutura extremamente tortuosa e enovelada, formada por epitélio colunar 
pseudoestratificado, circundado por uma pequena quantidade de tecido conjuntivo frouxo e fibras 
musculares lisas circulares 
➾ Em reprodutores sazonais, como camelos, a altura do epitélio do epidídimo e a densidade da inervação da camada 
muscular apresentam mudanças ao longo do ano. 
O epitélio do duto apresenta dois tipos celulares principais, além da presença de tipos adicionais como 
células apicais ou células claras, macrófagos e linfócitos: as células principais colunares e as células basais 
poligonais. 
As células principais são mais altas na cabeça que no restante do órgão e possuem microvilosidades 
longas em sua região apical. Ocorrem invaginações pinocíticas e presença de vesículas e corpos 
Corte de testículo e 
epidídimo (0.3X) Epidídimo 
Corte de epidídimo 
(40X) 
Epitélio colunar simples 
Presença de microvilosidades 
Miofibroblastos e 
tecido conjuntivo 
Núcleos esféricos 
claros das células 
não ciliadas 
Núcleos ovoides 
densos das 
células ciliadas 
multivesiculares que indicam grande capacidade de absorção. No duto a proteína ligadora de andrógeno 
e a inibina produzidas pelas células sustentaculares dos túbulos seminíferos são reabsorvidas. Também 
já ficou devidamente estabelecida a secreção de várias substâncias. 
De forma geral, as porções proximais do dito (cabeça e corpo) estão relacionadas à maturação dos 
espermatozoides, enquanto a cauda realiza a maior parte do seu armazenamento. 
Também ocorre a barreira hematoepididimária, um conjunto de junções epiteliais apicais responsável 
por proteger o órgão contra reações autoimunes. 
 
Corte de 
epidídimo (15X) 
Acúmulo de 
espermatozoides 
Camada de 
músculo liso 
Epitélio 
pseudoestratificado 
colunar 
Corte de epidídimo (15X) 
Presença das 
microvilosidades 
Corte de epidídimo (40X) 
Núcleos de 
células basais 
À medida que o duto epididimário vai em direção à cauda, o diâmetro do lume torna-se maior, a altura 
do epitélio diminui e a quantidade de espermatozoides aumenta. 
 
O duto epididimário, depois de uma abrupta flexão no final da cauda, retifica-se gradualmente e adquire 
as características histológicas do duto deferente. Ele é dividido em porção epididimária, funicular e 
abdominal. 
O duto é revestido por epitélio prismático pseudoestratificado, se diferenciando do duto epididimário 
apenas pela maior quantidade de células basais. Na porção terminal do duto, e epitélio pode tornar-se 
colunar simples. Nas proximidades do epidídimo, as células possuem microvilosidades ramificadas curtas. 
Há a presença de camadas de musculatura lisa, intensamente inervada por fibras simpáticas pós-
ganglionares. 
➾ A organização das camadas musculares varia entre as espécies domésticas. Em garanhões, touros e varrões, a túnica 
muscular consiste em camadas circulares, longitudinais e oblíquas entremeadas; em pequenos ruminantes e carnívoros, 
constam uma camada circular interna e uma camada longitudinal externa. 
A camada adventícia é constituída de tecido conjuntivo frouxo, sendo altamente vascularizada, rica em 
fibroblastos e fibras elásticas, além de conter uma extensa rede de nervos colinérgicos. Uma túnica 
serosa reveste o órgão. 
A porção terminal do duto deferente é uma das glândulas acessórias do macho. É formada por glândulas 
tubuloalveolares ramificadas na própria submucosa. Essas glândulas são revestidas por células com 
morfologia variável, com presença de células basais distribuídas irregularmente – essa porção recebe o 
nome de ampola. 
➾ Em garanhões, touros e carneiros, a submucosa é rica em músculo liso, ao contrário de cães e cervos, em que as 
glândulas são circundadas por tecido conjuntivo periglandular destituído de músculo liso. 
➾ Em ruminantes, o epitélio glandular é rico em glicogênio e as células basais contêm gotículas lipídicas, também presentes 
nas células colunares de touros. 
Corte de epidídimo (4X) – região da cauda 
➾ A ampola está ausente em suínos e felinos. 
Corte de duto 
deferente (20X) 
Epitélio colunar 
pseudoestratificado 
Células basais 
Corte de duto 
deferente (6.2X) 
Camada muscular 
Longitudinal 
interna 
Circular 
média 
Longitudinal 
externa 
Corte de duto 
deferente (2.6X) Corte de duto deferente 
(2.9X) – Ampola 
Glândulas tubuloalveolares 
simples 
Nos indivíduos machos, a uretra compõe tanto o sistema reprodutor quanto o sistema urinário. Ela é 
repartida em uretra pélvica – que se estende da porção em que o duto deferente desemboca na uretra 
e vai até a base ou raiz do pênis – e uretra peniana, a partir desse ponto. A mucosa uretral inteira se 
dispõe em pregas longitudinais que desaparecem durante os processos de ereção e micturição. 
Em toda a extensão da uretra, a própria submucosa possui propriedades eréteis em função das cavernas 
revestidas de endotélio com dimensões variáveis que constituem o estrato vascular. Em torno da uretra 
peniana a quantidade e o tamanho dos espaços cavernosos tornam-se muito maiores, sendo então o 
estrato vascular denominado corpo esponjoso – o qual se inicia no arco isquiático com uma estrutura 
bilobada, o bulbo peniano.. 
 
A uretra pélvica possui um epitélio de transição, com partes do tecido podendo ser colunar simples ou 
estratificado. Também possui tecido conjuntivo frouxo na própria-submucosa, com muitas fibras elásticas 
e células musculares lisas. 
Histologia Veterinária de Dellmann 
– corte de uretra de gato 
Uretra 
Corpos 
cavernosos 
Histologia Veterinária de Dellmann 
Garanhão Gato 
Varrão Touro 
➾ Nos cães é frequente a presença de tecido e nódulos linfáticos na própria submucosa. 
➾ Glândulas mucosas tubulares simples (uretrais) estão presentes em garanhões e gatos. 
 
A uretra peniana tem um epitélio escamoso estratificado não queratinizado, com variações entre as 
espécies animais. 
A glândula vesicular ou seminal é responsável pela produção de uma secreção gelatinosa, rica em 
frutose, proteínas e vitamina C, que serve como fonte energética e anti-oxidante para os 
espermatozoides. 
É composta por uma camada muscular que envia septos musculares para o interior do órgão. Possui 
glândulas tubuloalveolares compostas e ramificadas, cujo epitélio pseudoestratificado possui células 
colunares altas e células basais esféricas. 
➾ Carnívoros (cães e gatos) não possuem essas glândulas. 
➾ Em touros, as células basais acumulam gotículas lipídicas, e as células secretoras acumulam glicogênio. 
➾ Em suínos, as glândulas são envolvidas por uma cápsula comum de tecido conjuntivo, e a túnica muscular é delgada. 
Os septos interlobulares são compostos principalmente de tecido conjuntivo, com presença de algumas células musculares 
lisas. 
 
 
Corte de glândula seminal (1X) 
Camada 
muscular lisa 
Septos 
musculares 
Adventícia – camada de tecido 
conjuntivo frouxo contendo 
feixes de músculo liso, vasos 
sanguíneos e gotículas lipídicas. 
Secreção rica em 
frutose, vitamina C e 
peptídeos. 
 
Corte de glândula seminal (40X) 
Células basais 
esféricas 
Epitélio 
pseudoestratificado 
colunar alto 
Células colunares 
altas secretoras 
Coloração laranja-
amarronzada devido ao 
acúmulo de organelas de 
Golgi nas células secretoras 
Corte de glândula seminal (10X) 
Lâmina própria – tecido 
conjuntivo rico em colágeno 
e fibras elásticas, com feixes 
de músculo liso. 
Corte de glândula seminal (6X) 
Camada longitudinal 
externa de músculo liso 
Camada circular 
interna de músculo 
liso 
A próstata é responsável por produzir uma secreção extremamente importante que auxilia na nutrição, 
proteção e veiculação dos espermatozoides, além do controle do pH e fluidez do sêmen. Ela é composta 
por lipídeos, proteínas, enzimas e minerais. Possui um odor característico e aspecto leitoso. Além disso 
sua composição varia entre as espécies, quanto àporcentagem de cada substância. 
➾ 4-6% do líquido seminal em ruminantes; 25-30% em cavalos; 60% em suínos; 14% em felinos e 100% em cães. 
 
A próstata é composta por glândulas tubuloalveolares compostas, constituídas de um epitélio cuboide ou 
colunar simples. Possui cápsula, septos e estroma formados por tecido conjuntivo denso e músculo liso. 
Podem possuir ainda em seu parênquima estruturas chamadas concreções prostáticas, que constituem 
material secretado mineralizado. Possuem diâmetro variável e aumentam com o progresso da idade, 
podendo obstruir o lume da próstata. 
 
Corte de próstata (0.8X) 
Concreções prostáticas 
Lâmina própria 
Glândulas 
tubuloalveolares 
Corte de próstata (20X) 
40X 
Epitélio colunar simples 
Lâmina própria – tecido 
conjuntivo perialveolar e 
feixes de músculo liso 
Em algumas porções, o 
epitélio pode se apresentar 
pseudoestratificado. 
 
As glândulas bulbouretrais possuem muitas variações na sua composição. De forma geral, produzem 
uma secreção mucosa e alcalina, rica em glicoproteínas e sialomucinas, com a função de neutralização 
da acidez vaginal e lubrificação da glande peniana. 
As estruturas glandulares podem ser tubulares compostas – em suínos, bovinos, felinos e caprinos – ou 
tubuloalveolares – em equinos e ovinos. As partes secretórias das glândulas bulbouretrais são revestidas 
por um epitélio colunar simples, com células basais ocasionais. Elas se abrem para dutos coletores 
diretamente ou através de peças conectoras revestidas por epitélio cuboide simples com citoplasma 
escuro. Esses dutos coletores se unem para formar dutos intraglandulares maiores, revestidos por epitélio 
colunar pseudoestratificado. Essas estruturas, por sua vez, abrem-se para um duto bulbouretral solitário 
ou múltiplo com revestimento de epitélio de transição. 
O órgão é revestido por uma cápsula fibroelástica contendo quantidade variável de músculo estriado. As 
trabéculas emitidas pela cápsula são compostas por tecido conjuntivo denso irregular e algumas fibras 
musculares lisas e estriadas. O interstício consiste em tecido conjuntivo frouxo e células musculares lisas. 
Corte de próstata (15X) 
Concreções prostáticas 
Histologia Veterinária de Dellmann 
Dentre as espécies domésticas, existem dois tipos de órgãos penianos: o pênis fibroelástico e o pênis 
musculocavernoso. 
O pênis fibroelástico, presente em suínos e ruminantes, possui poucos espaços sanguíneos, com 
consequente pouca retenção de sangue para a ereção. Há a presença de abundante tecido fibroelástico 
nos corpos cavernosos, e a ereção ocorre através de uma estrutura denominada flexura segmoide, na 
região pélvica ventral. Essa estrutura é controlada pelo músculo retrator do pênis, que relaxa para que a 
ereção ocorra. 
 
O pênis musculocavernoso, presente em cães e equinos, possui espaços sanguíneos maiores, retendo 
maior quantidade de sangue para impulsionar a ereção. Há pouca presença de tecido fibroelástico. 
 
O pênis é externamente revestido por uma fáscia superficial, composta por tecido conjuntivo permeado 
por vasos sanguíneos e nervos. 
A túnica albugínea reveste os corpos eréteis do pênis. É composta por tecido conjuntivo denso irregular 
com feixes de musculatura lisa. 
Flexura segmoide 
Corte de pênis (0.7X) 
Fáscia superficial 
Túnica albugínea – 
tecido conjuntivo 
denso irregular 
Corpos cavernosos 
Corpo esponjoso Uretra 
 
Os corpos cavernosos são as estruturas responsáveis pelo acúmulo de sangue que resultará na ereção 
do pênis musculocavernoso. Suas paredes e trabéculas consistem de tecido conjuntivo e musculatura 
lisa, que relaxa durante a ereção. Há ainda a presença de seios sanguíneos e uma grande quantidade de 
artérias e vasos. 
Corte de pênis (4X) 
Fáscia superficial 
Túnica albugínea 
Corte de pênis (2.2X) 
Artéria central 
Seios 
sanguíneos 
Tecido 
conjuntivo 
30X 
Seios 
sanguíneos 
Tecido 
conjuntivo 
Túnica albugínea 
O corpo esponjoso é composto pelas mesmas estruturas histológicas citadas nos corpos cavernosos, 
porém possui menos seios sanguíneos e não se torna tão ereto. Possui também o canal por onde passa 
a uretra, alinhada com epitélio colunar pseudoestratificado. Há ainda a presença de glândulas mucosas 
que secretam muco durante a ereção. 
Corte de pênis (2X) 
Canal da uretra 
Seios sanguíneos 
Glândulas mucosas 
Corte de pênis (4X) 
Urotélio (epitélio 
pseudoestratificado 
colunar) 
Corte de pênis (18X) 
Glândulas mucosas

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