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Modalidades da Culpa

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Trabalho Modalidades da Culpa e questão: 
A Culpa está prevista no artigo 18, inciso II, do Código penal, que diz: O Art. 18. Diz-se o crime: II – culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia.
A culpa pode então ser definida como a voluntária omissão de diligência em calcular as consequências possíveis e previsíveis do próprio fato.
Elementos da Culpa:
1-Inobservância do cuidado objetivo devido e princípio da confiança:
 O dever objetivo de cuidado dirige-se a todos os sujeitos presentes na sociedade, sendo que ele consiste, segundo o autor Cezar Roberto Bitencourt[4], em identificar o perigo que pode haver sobre o bem jurídico tutelado e apenas realizar uma ação sobre o objeto quando forem realizadas as precauções necessárias. O tipo culposo se instaura quando há uma lesão a esse dever de cuidado, sendo indispensável analisar dois aspectos do caso concreto: o que o agente identificou como dever de cuidado e se a ação do agente correspondeu a esse dever. A partir do dever de cuidado, surge o princípio da confiança, que se baseia no critério de que cada indivíduo espera que os demais se comportem de maneira adequada. Entretanto, é preciso considerar que apenas aquele que cumpre com o seu cuidado objetivamente devido tem o direito de invocar o princípio da confiança. 
2-Produção de um resultado e nexo causal
O resultado de uma ação integra o injusto culposo quando há ausência da observância adequada ao dever de cuidado. Se em uma situação hipotética for realizado o dever de cautela, mesmo que o resultado venha a ocorrer, não se pode incidir sobre o sujeito o crime culposo. Esse é o outro critério, o chamado nexo causal, em que se não houver uma falha na responsabilidade do agente sobre o bem tutelado, então não se pode culpabilizá-lo pelo resultado, e se não houver resultado não há crime.
3-Previsibilidade objetiva do resultado
O referido resultado dos crimes dolosos deve ser abrangido pela previsibilidade. Como descreve Hungria[5], a previsibilidade do fato se dá quando há a possibilidade de conhecimento pelo autor do fato típico da periculosidade de seus atos. 
4-Conexão interna entre desvalor da ação e desvalor do resultado
O fim da ação, para caracterizar-se como culposa, deve decorrer da inobservância do cuidado devido, isto é, carecerá de ser a causa dessa. Nesse tipo de delito, o desvalor da ação é denotado pela inobservância do cuidado, por sua vez o desvalor do resultado pelo perigo ou pela efetiva lesão ao bem juridicamente protegido.
Modalidades da Culpa
1-Imprudência
2-Negligência
3-Imperícia: falta de aptidão para o exercício de arte ou profissão, não podendo ser confundida com erro profissional, assim é caracterizada pela incapacidade.
Espécies de Culpa
Culpa Própria: É a culpa comum, em que o resultado não é previsto, apesar de ser previsível. Nesse caso, o agente da conduta perigosa não quer o resultado e também não assume o risco de produzi-lo.
Culpa imprópria: é de evento voluntário. O agente quer o evento, porém sua vontade está lastreada por erro de fato vencível ou inescusável.
Culpa consciente: ocorre quando o agente prevê o resultado, mas acredita piamente poder evitá-lo com a sua habilidade. Ex: Um atirador de facas profissional sabe que pode errar mas tem total confiança de que não vai errar, um dia ele erra e lesiona alguém, responde a título de culpa.
Culpa inconsciente: o agente não prevê o resultado, que, entretanto, era objetiva e subjetivamente previsível. Ex: Uma pessoa idosa coloca um vaso de planta muito pesado na janela, sem nem imaginar que com um vento mais forte o vaso pudesse cair e matar alguém lá em baixo.
" Uma pessoa sabendo que esta com o Covid 19, mesmo assim não muda sua rotina de vida, visto que precisa trabalhar como motorista de aplicativo particular para sustentar sua família. Ele pratica algum crime, irregularidade ou imoralidade ?" Ele responde por crime doloso ou culposo, se sim, em qual modalidade de dolo ou em qual modalidade de culpa e sua espécie ele se amolda ?
R: ela responde por crime culposo, na modalidade dolo eventual e sua espécie é indireto.

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