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ROC em mandado de Segurança

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE 
DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO ALFA 
 
 
Dados da ação: _____ 
Recorrente: _____ 
Recorrido: _____ 
FELIPE , já qualificado nos autos, por seu advogado que esta subscreve, não se 
conformando com a respeitável decisão (denegatória do Mandado de Segurança) 
em epígrafe, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com 
fundamento no artigo 18 da lei 12.016/09 e artigo 105, inc. II, al. b da CRFB/88 e por 
fim, artigos. 1.027 e 1.028 do Código de Processo Civil, interpor 
RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL 
em face de SECRETÁRIO DE SAÚDE DO ESTADO ALFA, já qualificado, pelas 
razões de fato e de direito apresentadas na minuta em anexo. 
Requer seja recebido e processado o presente recurso, intimando-se a parte 
contrária para que ofereça, dentro do prazo legal, as contrarrazões e, após seja o 
recurso encaminhado com as inclusas razões ao Egrégio Tribunal de Justiça do 
Estado Alfa. 
Por fim, requer a juntada das custas de preparo e porte de remessa e retorno. 
Termos em que, pede deferimento. 
 
 
Local e data. 
 
 
 
Advogado/OAB 
 
 
 
Dados da ação: 
Recorrente: 
Recorrido: 
 
 
Ao Supremo Tribunal de Justiça 
 
 
Colenda Turma, 
Ínclitos Julgadores, 
FELIPE, não se conformando com o respeitável acórdão de fls. _____, vem, 
respeitosamente, apresentar as razões do presente recurso ordinário constitucional. 
 
 
I – DOS FATOS 
 
O Recorrente foi aprovado em concurso público promovido pela 
secretaria de Saúde do Estado Alfa, dentro do número de vagas previsto no edital 
publicado. 
No interregno inicial de validade do concurso, foram convocados 
apenas os quatro primeiros classificados, e prorrogou-se o prazo de validade do 
certame. 
Ocorre que o estado Alfa fez publicar novo edital, com previsão de 
preenchimento de dez vagas, para o mesmo cargo e mesmas condições pela qual o 
recorrente havia prestado, sem que Felipe houvesse sido chamado. 
Foi impetrado mandado de segurança, cuja inicial sustentou a violação 
de seu direito líquido e certo de ser investido no cargo para o qual havia sido 
aprovado em concurso, nos exatos termos previstos no respectivo instrumento 
convocatório 
Sobreveio acórdão, unânime, que denegou a segurança, sob o 
fundamento de que o Judiciário não deve se imiscuir em matéria de concurso público, 
por se tratar de atividade sujeita à discricionariedade administrativa, sob pena de 
violação do princípio da separação de Poderes. Foram opostos embargos de 
declaração, rejeitados por não haver omissão, contradição ou obscuridade a ser 
sanada. 
Nesse sentido, recorre pelo presente Recurso Ordinário para fazer 
valer seus direitos líquidos e certos. 
 
 
 
II – DO DIREITO 
 
A respeitável decisão do Tribunal de Justiça do Estado Alfa não pode 
prosperar, por não encontrar amparo legal. 
Como dispõe o artigo 105, II, Al. B, da Constituição Federal, compete 
ao STJ o julgamento em recurso ordinário constitucional da decisão denegatório de 
Mandado de Segurança em sede de Tribunal Estadual. 
No caso em tela a impetração do Mandado de Segurança era 
perfeitamente cabível, não havendo razão de ter sido denegado pela Colenda 
Câmara. 
 
Da Tempestividade 
 
Salienta-se que este recurso é tempestivo, à luz do que preceitua 
o Artigo 1.003, §5º, do CPC/15, o recurso foi aviado tempestivamente, visto que 
interposto no prazo quinzenal legal. 
 
 
Da Denegação a Segurança 
 
É conhecido de a impossibilidade do poder judiciário adentrar no mérito 
administrativo, sob o risco de ver substituir o agente público, e, por consequência 
ferir a separação dos poderes. 
No entanto, temos que considerar a distinção de ato discricionário e ato 
vinculado sob o controle que o Poder Judiciário exerce sobre eles, pois em relação 
a estes não existe limites para a apreciação, vez que todos os seus elementos são 
definidos em lei. Para tanto, diante de ilegalidade, deve o judiciário decretar a sua 
nulidade. 
Nesse sentido, deve o Poder Judiciário avaliar apenas a legalidade da 
conduta, não podendo adentrar no mérito administrativo do ato, ou seja, nos 
aspectos da conveniência e oportunidade. 
Doutrinariamente salienta-se que a ingerência judicial não será uma 
violação à tripartição de poderes no momento da apreciação de ato administrativo 
discricionário ilegal e abusivo, tendo em vista que esta interferência visa unicamente 
garantir a supremacia do texto constitucional. 
Portanto, diante da ilegalidade que ve praticada, merece prosperar a 
tese de que é possível a apreciação pelo judiciário do ato administrativo ora 
praticado, qual prejudica sobremaneira o recorrente ferindo na plenitude os seus 
direitos garantidos pela carta magna. 
 
Do Direito Líquido e Certo 
O artigo 37, inciso IV da Constituição Federal de 1988 firma que: - 
“durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado 
em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com 
prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira”. 
Nesse sentido, é imperioso que, havendo um novo concurso público 
enquanto vigora um anterior, os candidatos aprovados naquele mais antigo terão 
prioridade na nomeação em relação aos novos concursados. 
Ademais, é importante saber que a nossa Constituição Federal não 
impede a abertura de novo concurso durante o prazo de validade do anterior, mas, 
garante aos candidatos aprovados no certame anterior a prioridade na sua 
nomeação, em relação aos novos aprovados na seleção mais recente: 
 
 
Da Violação ao Princípio da Vinculação 
 
O princípio da vinculação ao instrumento convocatório se traduz no 
sentido de que todos os atos que regem o concurso público ligam-se e devem 
obediência ao edital que não só é o instrumento que convoca candidatos 
interessados em participar do certame como também contém os ditames que o 
regerão, no entendimento que o edital cristaliza a competência discricionária da 
administração que se vincula a seus termos. 
Temos ainda disciplinado pela artigos 18 e 19 do Decreto 6944/2009, 
que o edital é lei entre as partes, estabelecendo regras às quais estão vinculados 
tanto a Administração quanto os candidatos. 
Já pacificado em nosso ordenamento jurídico, que a boa-fé da 
Administração Pública exige o respeito incondicional às regras do edital, inclusive 
quanto à previsão das vagas do concurso público, consagrando o princípio da 
segurança jurídica como princípio de proteção à confiança, pois gera uma 
expectativa quanto ao seu comportamento segundo as regras previstas nesse edital. 
Ademais, a partir do momento que de forma irresponsável, não respeita as normas 
do edital compromete o princípio da segurança jurídica e boa-fé da administração 
O Supremo Tribunal Federal já reconheceu expressamente a força 
normativa do princípio do concurso público, impondo deveres ao Administrador 
Público com relação ao provimento de cargos efetivos visando assegurar a 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/2186546/artigo-37-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10712237/inciso-iv-do-artigo-37-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
nomeação dos candidatos aprovados dentro do quantitativo de vagas oferecido no 
edital do certame, trazendo a esse quesito, o status de direito subjetivo. 
 
 
 
III – DO PEDIDO 
 
Diante do exposto, o Recorrente requer o conhecimento e o provimento 
do presente recurso, reformando-se a respeitável decisão recorrida de fls. _____, 
determinando-se, em consequência, a investidura ou a nomeação do Recorrente 
para o cargo público ora pleiteado 
Termos em que, 
pede deferimento. 
 
 
 
Local e data. 
 
 
 
 
Advogado/OAB

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