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Tendências Pedagógicas - resumo anotações

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1 Psicologia e Educação 
Sabrina Feitosa 
 
Atualmente, existem três tendências 
pedagógicas: educação como redenção, 
educação como reprodução e educação 
como transformação da sociedade 
(LUCKESI, 2012). Vale ressaltar que, nos dias 
de hoje, as tendências podem coexistir na 
mesma instituição, entretanto, sempre terá a 
predominante. 
A perspectiva redentora se traduz em 
pedagogias liberais e a perspectiva 
transformadora se traduz em pedagogias 
progressistas (LUCKESI, 2012). 
Pedagogia Liberal Pedagogia 
Progressista 
Tradicional Libertadora 
Renovada 
progressivista 
Libertária 
Renovada não-
diretiva 
 
Crítico-social dos 
conteúdos 
Tecnicista 
Essas tendências são influenciadas pelo 
contexto histórico em que se encontram. 
As principais tendências são: 
1. Pedagogia tradicional; 
2. Pedagogia renovada; 
3. Pedagogia progressista; e 
4. Pedagogia Tecnicista. 
Não existe tendência pior ou melhor, o que 
existe é a tendência que funciona melhor para 
determinados tipos de pessoas (alunos, 
famílias, profissionais da educação). É uma 
realidade mais para escolas particulares, nas 
quais os responsáveis por crianças e 
adolescentes podem escolher a escola com 
base nesse critério. Em escolas públicas, a 
maioria das pessoas escolher por proximidade 
ou por vaga disponível. 
Pedagogia Liberal 
Defende que a escola tem como função principal 
preparar seus alunos para os papeis sociais 
fora da escola. Portanto, os indivíduos 
precisam se adaptar aos valores e normas 
vigentes em sociedade por meio do 
desenvolvimento da cultura individual. Apesar 
disso, a ênfase cultural não leva em 
consideração as desigualdades sociais. Na 
história, a educação liberal teve início com a 
pedagogia tradicional e, por razões de 
recomposição da maioria burguesa, evoluiu 
para a pedagogia renovada ou escola 
nova/ativa - isso não quer dizer que uma 
substituiu a outra, pois ambas ainda convivem 
na prática escolar (LUCKESI, 2012). 
A pedagogia renovada teve início em 1920 
com o empirismo. Essa abordagem crítica a 
ideia da pedagogia tradicional do aluno como 
uma folha em branca sem conhecimentos 
prévios, ou seja, a educação deveria ser a 
reconstrução do conhecimento que o aluno já 
tinha, não apenas a aquisição de novos 
conhecimentos. 
A ideia da pedagogia renovada é dá sentido ao 
conhecimento para que os alunos possam se 
motivar e engajar mais, por exemplo: 
metodologia ativa. O professor, nessa ótica, é 
visto como um facilitador, não como superior ao 
aluno. O aluno é visto como o sujeito 
responsável e ativo em seu conhecimento. 
Na pedagogia tradicional o erro é visto como 
sinônimo para punição, enquanto na pedagogia 
renovada o erro é visto como parte do processo 
de aprendizagem. 
Como principais características da pedagogia 
renovada temos: 
• A educação tem que partir da necessidade 
do sujeito; 
• A educação é vida presente; 
• A experiência deve ser direta, não só teórica; 
• O ensino deve ser centrado no aluno e no 
grupo. 
Como principal crítica à pedagogia renovada 
temos: 
 
 
2 Psicologia e Educação 
Sabrina Feitosa 
• Escolas que trabalham sem currículo escolar 
por entender que não é correto classificar os 
alunos por série ou disciplinas ou trabalham 
apenas com currículo mínimo. 
Na tendência tradicional, a pedagogia liberal é 
caracterizada pelo ensino humanístico, de 
cultura geral, no qual o aluno deve atingir 
sozinho a plena realização como pessoa. Os 
conteúdos e a relação professor-aluno não têm 
nenhuma relação com o cotidiano do aluno ou 
com sua realidade social. Nesse modelo, 
prevalece a palavra do professor, as regras 
impostas, o cultivo exclusivamente intelectual 
(LUCKESI, 2012). 
A pedagogia tradicional teve início no século 
XVIII com o movimento iluminista que valorizava 
o pensamento racional. Nessa época, a ideia 
era universalizar o acesso à educação, pois só 
o conhecimento poderia libertar o indivíduo. 
Nessa perspectiva, o papel do aluno é apenas 
receber conhecimento. 
Como principais características da pedagogia 
tradicional, temos: 
• Resistência à inovação; 
• Avaliação quantitativa; 
• Sem atividades práticas; 
• Aulas expositivas; 
• Ênfase no preparo para provas. 
E, como principais críticas à pedagogia 
tradicional, temos: 
• Aprender não pode ser reduzido às técnicas 
de memorização; 
• Para aprender, o conteúdo tem que ser algo 
significativo para o aluno; 
A pedagogia tecnicista teve início nos Estados 
Unidos, no contexto capitalista por volta das 
décadas de 60 e 70. Nessa abordagem, o 
professor é visto como instrutor, enquanto o 
aluno é visto como aprendiz à mão de obra. 
A tendência liberal tecnicista é subordinada à 
sociedade, ou seja, a educação como 
responsável por preparar mão de obra para a 
indústria. Assim, a sociedade industrial e 
tecnológica estabelece as leis (metas sociais, 
econômicas e políticas), enquanto a educação 
apenas treina os alunos para se ajustarem à lei. 
Essa perspectiva se vale da análise 
experimental do comportamento, do enfoque 
sistêmico e da tecnologia educacional 
(LUCKESI, 2012). 
A abordagem tecnicista tem como principais 
caraterísticas: 
• Adaptar o aluno ao meio social; 
• Internalizar hábitos profissionais no aluno; 
• Objetivação da educação; 
• Formação exclusivamente técnico-
profissional. 
Como críticas temos: 
• A abordagem tecnicista se preocupa apenas 
com o saber fazer, abandonando a posição 
crítico-social. 
Pedagogia Progressista 
Surgiu no contexto francês. Crítica os conteúdos 
distantes da realidade do aluno. Surgiu em um 
contexto que os trabalhadores reivindicavam o 
direito à educação para seus filhos. 
Sustenta implicitamente as finalidades 
sociopolíticas da educação, entretanto, não é 
um modelo compatível com o capitalismo, 
portanto, é um instrumento de luta dos 
professores ao lado de outras práticas sociais 
(LUCKESI, 2012). Defende que a educação 
deve formar cidadãos críticos e conscientes. 
O papel do professor é se relacionar de forma 
democrática com seus alunos e o papel do aluno 
é ser agente transformador da sua sociedade. 
Como principais características dessa 
abordagem temos: 
• Reivindicação de escolas públicas; e 
• Análise crítico social. 
Como críticas temos: 
• A relação aluno-professor é desigual; e 
• Exige muita intervenção do professor para 
que ele motive o aluno. 
A pedagogia progressista se subdivide em: 
1. Libertadora: conhecida como pedagogia de 
Paulo Freire; 
2. Libertária: defende a autogestão 
pedagógica; e 
 
 
3 Psicologia e Educação 
Sabrina Feitosa 
3. Crítico-social dos conteúdos: defende que 
os conteúdos estudados devem promover o 
contato com a realidade social (LUCKESI, 
2012). 
As vertentes libertadora e libertária 
compartilham: o antiautoritarismo, a valorização 
da experiência vivida como base da relação 
educativa e a autogestão pedagógica. Por isso, 
dá mais valor à aprendizagem grupal 
(participação em discussões, assembleias, 
votações) do que aos conteúdos de ensino. Em 
consequência disso, a prática educativa 
somente faz sentido na prática social junto ao 
povo, razão pela qual preferem as modalidades 
de educação popular "não formal" (LUCKESI, 
2012). 
A vertente pedagogia crítico-social dos 
conteúdos propõe uma síntese superadora das 
pedagogias tradicional e renovada, dando valor 
a ações pedagógicas inseridas na prática social. 
Entende a escola como mediação entre o 
indivíduo e o social, exercendo o papel de 
articulação entre a transmissão dos conteúdos e 
a assimilação ativa por parte do aluno - dessa 
junção resulta o saber criticamente reelaborado 
(LUCKESI, 2012). 
Pedagogia Montessoriana 
Tem foco no sensório-motor da criança. Os 
recursos para o desenvolvimento dessas 
habilidades ficam à disposição da criança. 
As atividades são feitas em círculos, não em 
cadeiras como na pedagogia tradicional. 
Pedagogia Waldorf 
Traz a expressão músico corporal do indivíduo. 
Valoriza a expressão cultural, por exemplo: em 
vez de aula de ensino religioso, trabalha 
tambémo ateísmo e outras religiões não cristãs. 
Não trabalha com o currículo fechado, trabalha 
com tutores que acompanham os alunos, não 
com professores. 
LUCKESI, Cipriano. (2012). Tendências 
Pedagógicas na Prática Escolar. 
 
 
 
Veja também: 
A Escola e o Psicólogo Escolar

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