Buscar

429767175-Sec-e-Armaz-de-Prod-Agric

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 575 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 575 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 575 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

SECAGEM E ARMAZENAGEM DE 
PRODUTOS AGRÍCOLAS 
 
 
 
 
 
 
JUAREZ DE SOUZA E SILVA 
EDITOR 
 
 
2ª EDIÇÃO – REVISADA E AMPLIADA 
2008 
 
 
 
 
 
 
 
SECAGEM E ARMAZENAGEM 
DE 
PRODUTOS AGRÍCOLAS 
 
 
 
 
Editor 
Juarez de Sousa e Silva 
 
Professor Titular Associado 
Departamento de Engenharia Agrícola / CBP&D-Café 
Universidade Federal de Viçosa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VIÇOSA – MG 
2008 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2a edição – 2008 
 
 
 
copyright 2008 by 
ISBN ----------------- 
 
Editora Aprenda Fácil 
Rua José Almeida Ramos, 37 – Ramos 
CEP: 36.570-000 Viçosa – MG 
 
 
 
Ficha catalográfica preparada pela Seção de Catalogação e 
 Classificação da Biblioteca Central da UFV 
 
 
 
 Secagem e armazenagem de produtos agrícolas / Editor 
S444 Juarez de Sousa e Silva. – Viçosa : Aprenda Fácil, 
2008 2008. 
 Xiv,560p. : il.(algumas col.)+1 CD-ROM (4¾ pol.) 
 29cm 
 Disponível também em CD-ROM. 
 Inclui bibliografia 
 
1. Produtos agrícolas - Secagem. 2. Produtos agríco- 
 las - Armazenamento. I. Silva, Juarez de Sousa e, 1944-. 
 
 
 CDD 22.ed. 631.568 
 
 
 
Impresso no Brasil 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PREFÁCIO 
 
Há trinta e oito anos, em associação com os meus colegas e alunos, tento 
acumular conhecimento e experiência profissional na área de Secagem e 
Armazenagem de Produtos Agrícolas. Antes, como professor e pesquisador 
efetivo da Universidade Federal de Viçosa, e hoje como professor voluntário da 
mesma instituição e pesquisador do CBP&D – Café (Consorcio Brasileiro de 
Pesquisa e Desenvolvimento do Café), venho participando de uma das equipes 
mais importantes e ativas do Brasil no que se refere aos assuntos da pós-colheita 
de produtos agrícolas. Dessa forma, o material aqui apresentado, é um registro de 
partes dos conhecimentos adquiridos por nossa equipe, que vêm, de maneira 
responsável, estudando e trabalhando para o engrandecimento da área de estudo e 
da agricultura brasileira. 
Pode parecer, para grande parte dos leitores que nos honraram com a 
leitura do nosso primeiro livro (Pré-Processamento de Produtos Agrícolas e 
editado em 1995) que o material em pauta seja, numa primeira vista, semelhante 
ao material apresentado naquela época. De certo modo, o leitor está correto. 
Entretanto, quatorze anos se passaram, aprendemos mais e novos colegas se 
juntaram à nossa equipe para acrescentar não somente material novo, mas também 
novos conhecimentos para esta segunda edição. 
Com capítulos e assuntos adicionais importantíssimos, nova abordagem, 
racionalização de páginas e com nova e extensa ilustração, este livro vem 
preencher lacunas, tanto nas áreas de cereais e perecíveis como também na de 
preparo e armazenagem do café. Colocamos também, à disposição do leitor, as 
novas tecnologias relacionadas ao assunto, que foram desenvolvidas nos últimos 
oito anos na UFV. 
Esta obra contém, na sua forma eletrônica, figuras e vídeos que podem 
auxiliar o professor a preparar suas aulas para o ensino de pós-colheita. 
É parte fundamental do CURSO BÁSICO DE SECAGEM E 
ARMAZENAGEM DE PRODUTOS AGRÍCOLAS oferecido, via Internet, pelo 
SITE (www.pos-colheita.com.br). 
 
O Editor 
 
 
 
 
 
http://www.pos-colheita.com.br/
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
Dona Amélia José de Sousa, minha mãe “in memoriam” 
Eugênio de Sousa e Silva, meu pai “in memoriam”. 
Dona Sônia Maria de Sousa e Silva, minha esposa. 
 
 
Homenagem Especial: 
- meus professores e funcionários do DEA/UFV 
- meus alunos e colaboradores 
- meus filhos e netas 
 
 
Agradecimento Especial: 
Geraldo Lopes de Carvalho Filho 
 (pela grande amizade) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EDITOR: 
JUAREZ DE SOUSA E SILVA 
Professor Titular Aposentado - DEA – UFV / CBP&D - Café - PhD 
Contatos: juarez@ufv.br 
 
COLABORADORES: 
 
ADÍLIO FLAUZINO DE LACERDA FILHO 
Professor Adjunto – UFV – DS 
 
ADRIANO DIVINO LIMA AFONSO 
Professor Adjunto – UNIOESTE /PR – DS 
 
CONSUELO DOMENICI ROBERTO 
DS em Engenharia Agrícola 
 
DANIEL MARÇAL DE QUEIROZ 
Professor Adjunto - UFV- PhD 
 
DANIELA CARVALHO LOPES 
DS em Engenharia Agrícola 
 
EDNEY ALVES MAGALHÃES 
DS em Engenharia Agrícola 
 
EVANDRO DE CASTRO MELO 
Professor Adjunto - UFV – DS 
 
FÁTIMA CHIEPPE PARIZZI 
 Ministério da Agricultura - DS 
 
FERNANDO LUIZ FINGER 
 Professor Adjunto -UFV - PhD 
 
FRANCISCO DE ASSIS CARVALHO PINTO 
Professor Adjunto - UFV – PhD 
 
FREDERICO FAÚLA DE SOUSA 
Professor Adjunto – UFLA - DS 
 
GILMAR VIEIRA 
Professor Adjunto UFD - DS 
 
IVANO ALESSANDRO DE VILLA 
Professor Adjunto - DEA – UEG - DS 
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4783545Y9
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4788667H5
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4723936U5
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4707963U0
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4783625P5
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4706284Z2
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4751023P6
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4787549E4
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4727338T1
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4783681Y0
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4784515P9
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4796597P7
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4721843Z7
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4795427A7
 
 
JADIR NOGUEIRA DA SILVA 
Professor Titular – DEA-UFV 
 
JOSÉ CARDOSO SOBRINHO 
Professor Adjunto UFRS – DS 
 
LÊDA RITA D'ANTONINO FARONI 
Professora Adjunta – UFV - DS 
 
PAULO CESAR CORRÊA 
Professor Adjunto – UFV – DS 
 
PEDRO AMORIM BERBERT 
 Professor Adjunto – UENF -DS 
 
MARILSON GONÇALVES CAMPOS 
Técnico de Operações – CONAB- SUREG/GO DS 
 
RICARDO CAETANO REZENDE 
Prof. Adjunto - UEG - DS 
 
ROBERTA MARTINS NOGUEIRA 
MS em Engenheira Agrícola 
 
ROBERTO PRECCI LOPES 
Professor Adjunto - UFRRJ - DS 
 
SÉRGIO MAURÍCIO MAURÍCIO LOPES DONZELES 
Pesquisador da EPAMIG - DS 
 
SOLENIR RUFFATO 
Professora Adjunta DEA- UFMT 
 
SUELY DE FÁTIMA RAMOS SILVEIRA 
Professara Adjunto –UFV – DS 
 
 
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4783346P3
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4798810Y0
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4783317H2
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4783530Z6
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4787393Y3
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4706550T6
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4798160Z4
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4757029Y9
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4701453Z3
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4787758D8
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4703527P4
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4704277E4
 
 
I
SUMÁRIOPáginas 
CAPÍTULO - 1 
 
ARMAZENAGEM E COMERCIALIZAÇÃO DE GRÃOS NO BRASIL 1 
 
1. INTRODUÇÃO 1 
 
2. O POTENCIAL AGRÍCOLA BRASILEIRO 2 
 2.1. Estimativa da Área Plantada 3 
 2.2. Estimativa da Produção 4 
 
3. SEGURANÇA ALIMENTAR E IMPORTÂNCIA DA PEQUENAPRODUÇÃO 5 
 
4. A ESTRUTURA BRASILEIRA DE ARMAZENAGEM 8 
 4.1. Armazenagem e a Pequena Produção 12 
 
5. COMERCIALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO 14 
 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 16 
 
7. LITERATURA CONSULTADA 17 
 
CAPÍTULO - 2 
 
ESTRUTURA, COMPOSIÇÃO E PROPRIEDADES DOS GRÃOS 19 
 
1. INTRODUÇÃO 19 
 
2. ESTRUTURA E FUNÇÕES DOS GRÃOS 19 
2.1. Cobertura Protetora 20 
 2.2. Tecido Meristemático 20 
 2.3. Tecido de Reserva 20 
 
3. PROPRIEDADES FÍSICAS DOS GRÃOS 22 
 3.1. Ângulo de Repouso 22 
 3.2. Massa Específica Granular 24 
 3.3. Porosidade 26 
 3.4. Velocidade Terminal 28 
 3.5. Tamanho e Forma dos Grãos 28 
 3.6. Condutividade Térmica 30 
 3.7. Difusividade Térmica 31 
 3.8. Calor Específico 31 
 
 
II
 
 3.9. Resistência Elétrica 32 
 3.10. Propriedades Dielétricas 32 
 
4. LITERATURA CONSULTADA 35 
 
CAPÍTULO - 3 
 
PRINCÍPIOS BÁSICOS DE PSICROMETRIA 37 
 
1. INTRODUÇÃO 37 
 
2. PROPRIEDADES DO AR ÚMIDO 38 
 2.1. Temperaturas de Bulbo Seco (t) e de Bulbo Molhado (tm) 38 
2.2. Pressão Parcial de Vapor (pv) e Pressão de Saturação (pvs) 39 
 2.3. Razão de Mistura (w) 39 
 2.4. Umidade Relativa (UR) 39 
 2.5. Umidade Absoluta (Ua) 39 
 2.6. Umidade Específica (Ue) 40 
 2.7. Grau de Saturação (Gs) 40 
 2.8. Temperatura do Ponto de Orvalho (tpo) 40 
 2.9. Volume Específico (ve) 40 
 2.10. Entalpia (h) 40 
 
3. MEDIÇÃO DA UMIDADE DO AR 41 
 
4. CÁLCULO DA TEMPERATURA DE BULBO MOLHADO 43 
 
5. TABELAS E GRÁFICOS PSICROMÉTRICOS 45 
5.1. Exemplo de Aplicação da Tabela Psicrométrica 46 
5.2. Gráfico Psicrométrico 49 
 
6. OPERAÇÕES QUE MODIFICAM O AR 55 
 6.1. Aquecimento e Resfriamento do Ar 57 
 6.2. Secagem e Umedecimento 57 
 6.3. Mistura de Dois Fluxos de Ar 59 
 
7. LITERATURA CONSULTADA 61 
 
CAPÍTULO - 4 
 
INDICADORES DA QUALIDADE DOS GRÃOS 63 
 
1. INTRODUÇÃO 63 
 
 
III
 
2. PERDA DE GRÃOS ARMAZENADOS 64 
 2.1. Considerações Gerais 64 
 2.2. Fungos de Campo 64 
 2.3. Fungos de Armazenamento 64 
 
3. INDICADORES DA QUALIDADE 66 
 3.1. Aspectos Relacionados à Secagem 67 
 3.2. Teor de Água ou Umidade Contida nos Grãos 69 
 
4. MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE 74 
 4.1. Métodos Diretos ou Básicos 74 
 
5. TEOR DE UMIDADE DE EQUILÍBRIO 86 
 5.1. Pressão de Vapor x Umidade de Equilíbrio 89 
 5.2. Determinação da Umidade de Equilíbrio 91 
 
6. CALOR LATENTE 92 
 
7. AMOSTRAGEM 93 
 7.1. Tipos de Amostragens 94 
 7.2. Equipamentos 95 
 7.3. Formação e Apresentação das Amostras 98 
 7.4. Identificação dasAmostras 98 
 
8. AFERIÇÃO E CALIBRAÇÃO DE DETERMINADORES DE UMIDADE 99 
 8.1. Métodos de Calibração de uma Escala de um Determinador Indireto 99 
 8.2. Equipamentos Necessários 100 
 8.3. Calibração 100 
 8.4. Operacionalização dos Testes 101 
 
9. LITRARURA CONSULTADA 107 
 
CAPÍTULO - 5 
 
SECAGEM E SECADORES 109 
 
1. DEFINIÇÃO E IMPORTÂNCIA 109 
 
2. PRINCÍPIOS GERAIS DA SECAGEM 109 
 
3. SISTEMAS DE SECAGEM 113 
 
4. SECAGEM NATURAL 114 
 
 
IV
 
 
5. SECAGEM ARTIFICIAL 115 
5.1.Ventilação Natural 115 
5.2. Ventilação Forçada 115 
5.3. Manejo e Recomendações para Ventilação em Silos Secadores 118 
5.4. Formas de Carregamento do Silo 118 
5.5. Movimentação do Produto no Silo 120 
5.6. Operação e Monitoramento da Secagem 122 
5.7. Duração da Secagem 122 
 5.8. Considerações 123 
 
6. SECAGEM COM ALTAS TEMPERATURAS 124 
 6.1. Classificação dos Secadores com Altas Temperaturas 124 
 6.2. Classificação Quanto à Operação 140 
 6.3. Classificação Quanto à Utilização 141 
 6.4. Modificações e Recomendações na Operação e no Manejo 143 
 
7. ANÁLISE DO CONSUMO ENERGÉTICO 145 
 
8. LITERATURA CONSULTADA 145 
 
CAPÍTULO - 6 
 
ESTUDO DA SECAGEM EM CAMADA ESPESSA 147 
 
1. INTRODUÇÃO 147 
 
2. EQUAÇÃO DO BALANÇO DE ENERGIA 147 
2.1. Solução pelo balanço de energia 150 
 
3. MODELOS DE SECAGEM 152 
3.1. Modelo de Hukill 153 
3.2. Modelo de Thompson 164 
3.3. Validação dos Modelos 172 
 
4. LITERATURA CONSULTADA 176 
 
CAPÍTULO -7 
 
SECAGEM DE GRÃOS COM ENERGIA SOLAR 179 
 
 1. INTRODUÇÃO 179 
 
 
 
V
2. SECAGEM SOLAR EM TERREIROS 179 
2.1. Manejo e Características Técnicas do Terreiro 181 
 
3. SECADOR HÍBRIDO (TERREIRO-BIOMASSA) 182 
 
4. ENERGIA SOLAR 184 
 5. O COLETOR DE ENERGIA SOLAR 185 
 5.1. Construção do Coletor Solar 186 
 
6. SECAGEM COM ENERGIA SOLAR 188 
6.1. Manejo dos Secadores Solares 190 
6.2. Quantidade Necessária de Secadores Solares Rotativos 192 
6.3. Terreiro Suspenso Portátil 193 
6.4. Terreiro Suspenso Móvel 193 
6.5. Secador Flex 194 
 
7. FUTURO DA SECAGEM COM ENERGIA SOLAR 195 
 
8. LITERATURA CONSULTADA 197 
 
CAPÍTULO - 8 
 
ENERGIA NO PRÉ-PROCESSAMENTO DE PRODUTOS AGRÍCOLAS 199 
 
1. INTRODUÇÃO 199 
 
2. COLHEITA E ENERGIA 200 
 
3. RACIONALIZAÇÃO DE ENERGIA 201 
3.1. Recomendações Práticas 201 
3.2. Manutenção de Equipamentos e Iluminação 202 
 
4. CONSUMO DE ENERGIA E EFICIÊNCIA DE SECAGEM 204 
4.1. Eficiência do Secador 206 
 
5. COMBUSTÃO, COMBUSTÍVEIS E FORNALHAS 207 
5.1 Combustão 207 
5.2. Combustíveis 207 
5.3. Transformações Químicas Relacionadas com a Combustão 209 
5.4. Ar Necessário à Combustão 209 
5.5. Fornalhas 212 
 
6. ADAPTAÇÃO DE FORNALHAS 222 
6.1. Construção das Fornalhas 223 
 
 
VI
 
 
7. CUIDADOS PRELIMINARES 224 
7.1. Início de Operação 224 
 
8. LITERATURA CONSULTADA 224 
 
CAPÍTULO - 9 
 
COMPOSIÇÃODO CUSTO DE SECAGEM 229 
 
1. INTRODUÇÃO 229 
 
2. CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS 230 
 
3. O CUSTO DA MÃO-DE-OBRA 232 
 
4. OUTRAS CLASSIFICAÇÕES DE CUSTOS 232 
5. DESEMPENHO DE SECADORES 234 
5.1. Avaliação do Desempenho 234 
 
6. CUSTO DE SECAGEM 236 
 
7. EXEMPLO DE APLICAÇÃO 238 
7.2. Parâmetros Relativos ao Ar 238 
7.3. Uso de Energia 239 
7.4. Especificação do Secador 239 
7.5. Simulação de Secagem 240 
7.6. Custos 240 
7.7. Análise dos Resultados 240 
 
8. LISTA DE SÍMBOLOS 244 
 
9. LITERATURA CONSULTADA 246 
 
CAPÍTULO - 10 
 
ELEÇÃO E CONSTRUÇÃO DE VENTILADORES 249 
 
1. INTRODUÇÃO 249 
 
2. CLASSIFICAÇÃO 249 
 
3. USO DOS VENTILADORES NA SECAGEM 252 
 
 
VII
 
4. GRANDEZAS CARACTERÍSTICAS 252 
4.1. Altura de Elevação 252 
4.2. Potências 253 
4.3. Rendimentos 253 
 
5. ESPECIFICAÇÃO DOS VENTILADORES 254 
5.1. Queda de Pressão no Produto 255 
5.2. Queda de Pressão na Chapa 256 
5.3. Queda de Pressão em Dutos 256 
 
6. CURVAS CARACTERÍSTICAS DOS VENTILADORES 256 
6.1. Curva Característica do Sistema 259 
6.2. Lei de Semelhança 259 
 
7. VENTILADOR CENTRÍFUGO DE PÁS RADIAIS 260 
 
8. O VENTILADOR E SUA CONSTRUÇÃO 261 
8.1. Descrição do Ventilador 262 
8.2. Construção e Detalhes dos Componentes 262 
8.3. Montagem dos Componentes 264 
8.4. Materiais Necessários 268 
 
9. LITERATURA CONSULTADA 268 
 
CAPÍTULO - 11 
 
AERAÇÃO DE GRÃOS ARMAZENADOS 269 
 
1. INTRODUÇÃO 269 
 
2. OBJETIVOS DA AERAÇÃO 270 
2.1. Resfriar a Massa de Grãos 270 
2.2. Inibir a Atividade de Insetos-praga e Ácaros 271 
2.3. Inibir o Desenvolvimento da Microflora 273 
2.4. Preservar a Qualidade dos Grãos 276 
2.4. Uniformizar a Temperatura 277 
2.5. Prevenir o Aquecimento dos Grãos 278 
2.6. Promover a Secagem Dentro de Certos Limites 279 
 
3. SISTEMA DE AERAÇÃO 279 
 
4. OPERAÇÃO DO SISTEMA DE AERAÇÃO 282 
4.1. Como Resfriar ou Aquecer uma Massa de Grãos 283 
 
 
VIII
 
 
5. SUCÇÃO OU INSUFLAÇÃO DO AR 285 
5.1. Ventilação Positiva 285 
5.2. Ventilação Negativa 286 
 
6. ACONDICIONAMENTO DO PRODUTO 286 
 
7. SISTEMA DE TERMOMETRIA 287 
7.1. Instalação do Sistema de Termometria 288 
7.2. Monitoramento do Produto Armazenado 288 
 
8. CÁLCULO DE UM SISTEMA DE AERAÇÃO 290 
 
9. LITERATURA CONSULTADA 294 
 
CAPÍTULO - 12 
 
MANUSEIO DE GRÃOS 297 
 
1. INTRODUÇÃO 297 
 
2. TIPOS DE TRANSPORTADORES 297 
2.1. Transportador Helicoidal ou Rosca Sem-Fim 298 
2.2. Elevador de Caçambas 305 
2.3. Fita Transportadora 312 
2.4. Transportadores Pneumáticos 319 
 
3. LITERATURA CONSULTADA 322 
 
CAPÍTULO - 13 
 
BENEFICIAMENTO DE GRÃOS 325 
 
1. INTRODUÇÃO 325 
 
2. BASES PARA SEPARAÇÃO325 
2.1. Tamanho 326 
2.2. Peso 327 
2.3. Forma 328 
2.4. Cor 329 
2.5. Condutividade Elétrica 329 
2.6. Textura do Tegumento 330 
 
 
 
IX
3. ETAPAS DO BENEFICIAMENTO 331 
3.1. Recepção 332 
3.2. Pré-Limpeza 332 
3.3. Secagem 332 
3.4. Limpeza 332 
3.5. Separação e Classificação 332 
3.6. Tratamento 333 
3.7. Transportadores e Acessórios 333 
 
4. PLANEJAMENTO DE UMA UBS 334 
 
5. CONTROLE DE QUALIDADE E CLASSIFICAÇÃO 334 
 
6. QUALIDADE DOS PRODUTOS 334 
6.1. Teste de Envelhecimento Precoce 335 
6.2. Fatores que Afetam a Qualidade 336 
 
7. PADRONIZAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO 336 
7.1. Elaboração dos Padrões 337 
7.2. Certificado de Classificação 339 
7.3. Operacionalização da Classificação 340 
 
8. LITERATURA CONSULTADA 340 
 
CAPÍTULO - 14 
 
ESTRUTURAS PARA ARMAZENAGEM DE GRÃOS 343 
 
1. INTRODUÇÃO 343 
 
2. CARACTERIZAÇÃO DE UNIDADES ARMAZENADORAS 344 
2.1. Unidades para Armazenagem a Granel 345 
2.2. Armazenagem a Granel na Fazenda 346 
2.2. Fumigação e Vedação do Silo 352 
2.3. Armazenagem Convencional 354 
 
3. OPERAÇÕES DE ARMAZENAGEM 355 
3.1. Cálculo da Capacidade de um Armazém 358 
 
4. ELABORAÇÃO DE PROJETOS 360 
4.1. Localização e Dimensionamento 360 
4.2. Aspectos de Engenharia 361 
4.3. Investimentos e Financiamentos 362 
 
 
 
X
 
5. PÓ ORIUNDO DO MANUSEIO DE GRÃOS 366 
5.1. Origem do Pó 367 
5.2. Características do Pó Combustível 368 
5.3. Concentração de Pó 368 
 
6. LITERATURA CONSULTADA 369 
 
CAPÍTULO - 15 
 
MANEJO DE PRAGAS NO ECOSSISTEMA DE GRÃOS ARMAZENADOS 371 
 
1. INTRODUÇÃO 371 
 
2. PRINCIPAIS FATORES DE DETERIORAÇÃO 372 
2.1. Temperatura da Massa de Grãos 372 
2.2. Umidade 373 
2.3. Estrutura do Armazém e suas Inter-relações 373 
2.4. Disponibilidade de Oxigênio 373 
2.5. Longevidade das Sementes 373 
2.6. Respiração 374 
2.7. Maturidade Pós-Colheita 374 
2.8. Germinação 374 
2.9. Microrganismos 375 
 
3. DETERIORAÇÃO DOS GRÃOS POR MICRORGANISMOS 375 
3.1. Fatores que Afetam a Atividade dos Microrganismos 376 
3.2. Controle dos Microrganismos de Grãos Armazenados 376 
 
4. INSETOS DE GRÃOS ARMAZENADOS 377 
4.1. Danos Diretos em Grãos e Subprodutos 377 
4.2. Danos Indiretos em Grãos e Subprodutos 378 
 
5. ÁCAROS 379 
 
6. ROEDORES E PÁSSAROS 380 
 
7. CONSEQÜÊNCIAS DA ARMAZENAGEM INADEQUADA 381 
 
8. PRINCIPAIS INSETOS E SUAS CARACTERÍSTICAS 383 
 
9. PROGRAMA DE CONTROLE 385 
 
10. CONTROLE DE INSETOS 386 
10.1. Controle Legislativo 387 
 
 
XI
10.2. Controle Físico 387 
10.3. Controle Químico 391 
 
11. LITERATURA CONSULTADA 404 
 
CAPÍTULO - 16 
 
CONTROLE DE PRAGAS POR ATMOSFERAS CONTROLADAS 407 
 
1. INTRODUÇÃO407 
 
2. USO DE ATMOSFERA CONTROLADA 408 
 
3. EFEITOS DAS CONDIÇÕES AAC 409 
3.1. Composição Gasosa 409 
3.2. Efeito da Temperatura 410 
3.3. Efeito da Umidade Relativa 411 
3.4. Efeito da Hermeticidade da Célula Armazenadora 411 
 
4. AMBIENTES COM BAIXAS CONCENTRAÇÕES DE OXIGÊNIO 412 
 
5. CONSIDERAÇÕES PRÁTICAS 414 
 
6. LITERATURA CONSULTADA 416 
 
CAPÍTULO - 17 
 
SECAGEM E ARMAZENAGEM DE PRODUTOS AGRÍCOLAS 417 
 
1. SECAGEM E ARMAZENAGEM DE MILHO 417 
1.1. Secagem Artificial do Milho 418 
 
2. SECAGEM E ARMAZENAGEM DE ARROZ 424 
2.1. Classificação do Arroz 424 
2.2. Grupos 425 
2.3. Subgrupos 426 
2.4. Classe 426 
2.5. Grãos quebrados 427 
2.6. Fragmentos de grãos 428 
2.7. Secagem do Arroz 428 
2.8. Secagem de Arroz para Sementes 434 
2.9. Secagem de Arroz Parboilizado 435 
2.10. Armazenagem do Arroz 436 
 
 
XII
 
2.11. Armazenagem a Granel 436 
 
3. PREPARO, SECAGEM E ARMAZENAGEM DE CAFÉ 439 
3.1. Classificação e Qualidade do Café 440 
3.2. Secagem em Terreiro Convencional 443 
3.3 - Terreiro Híbrido - Solar e Biomassa 449 
3.4 - Secagem em Altas Temperaturas 450 
3.5. Secagem em Lote com Leito Fixo 451 
3.6. Secadores de Fluxos Concorrentes 454 
3.7. Seca-aeração 454 
3.8. Secagem Parcelada 455 
3.9. Secagem com Energia Solar 455 
3.10. Secagem com Ar Natural e em Baixas Temperaturas 455 
3.11. Secagem Combinada 456 
3.12. Armazenamento e Beneficiamento 462 
3.13. Armazenamento de Café Beneficiado 466 
 
4. SECAGEM E ARMAZENAGEM DE TRIGO 469 
4.1. Anatomia e Composição Química do Grão de Trigo 469 
4.2. Limpeza do Trigo 469 
4.3. Secagem do Trigo 470 
4.4. Armazenamento do Trigo 472 
4.5 – Classificação do Trigo 474 
 
5. SECAGEM E ARMAZENAGEM DE FEIJÃO 475 
5.1. Secagem a Altas Temperaturas 475 
5.2. Aeração do Feijão 476 
 
6. SECAGEM E ARMAZENAGEM DE SOJA 480 
 
7. SECAGEM E ARMAZENAGEM DE CACAU 482 
7.1 - Cuidados na Secagem 482 
7.2. Secagem com Ventilação Natural 483 
7.3. Secagem em Alta Temperatura 484 
 
8. CURA DA CEBOLA 488 
8.1. Colheita 488 
8.2. Perecibilidade 488 
8.3. Cura 489 
8.4. Armazenamento da Cebola 491 
 
9. FENAÇÃO 493 
9.1. Características Gerais da Fenação 493 
9.2. Técnicas de Produção de Feno 493 
9.3. Secagem no Campo 494 
 
 
XIII
9.4. Uso de Secadores 494 
9.5. Armazenamento do Feno 495 
 
10. LITERATURA CONSULTADA 496 
 
CAPÍTULO - 18 
 
ARMAZENAMENTO DE FRUTAS E HORTALIÇAS 501 
 
1. INTRODUÇÃO 501 
 
2. CONSIDERAÇÕES GERAIS 502 
 
3. RESPIRAÇÃO 503 
 
4. PRODUÇÃO DE ETILENO E SEUS EFEITOS 504 
 
5.VIDA DO FRUTO 506 
5.1. Crescimento e Desenvolvimento 506 
5.2.Maturação 507 
5.3. Amadurecimento 508 
5.4. Senescência 508 
 
6. PERDA DE ÁGUA 509 
 
7. CONSIDERAÇÕES PRÁTICAS 511 
 
8. DISTÚRBIOS FISIOLÓGICOS 512 
8.1. Distúrbio Devido ao Congelamento 512 
8.2. Distúrbio Devido ao Frio 512 
 
9. DISTÚRBIOS CAUSADOS PELA CÂMARA 514 
9.1. Umidade Relativa 514 
9.2. Concentração de O2 514 
9.3. Concentração de CO2 515 
9.4. Concentração de Etileno 516 
9.5. Distúrbios Provocados pela Luz 517 
 
10. TRATAMENTOS PRÉ-ARMAZENAGEM 517 
10.1. Limpeza 517 
10.2. Classificação por Tipo e Qualidade 518 
10.3. Tratamentos Profiláticos 518 
10.4. Recobrimento da Superfície 519 
10.5. Pré-resfriamento 519 
 
 
XIV
 
 
11. ARMAZENAGEM REFRIGERADA 523 
11.1. Princípios de Refrigeração 523 
11.2. Componentes do Sistema de Refrigeração 524 
 
12. CONSTRUÇÃO DE CÂMARAS 525 
12.1. Umidade 526 
12.2. Armazéns Revestidos 526 
12.3. Ventilação 526 
 
13. DETERMINAÇÃO DE CARGA TÉRMICA 526 
13.1. Tempo de Funcionamento do Equipamento 527 
13.2. Cálculo da Carga Térmica 527 
13.3. Carga de Calor Cedido pelas Paredes 528 
13.4. Exemplo de Aplicação 533 
 
14. LITERATURA CONSULTADA 537 
 
CAPÍTULO - 19 
 
SEGURANÇA DE PRODUTOS NA PÓS-COLHEITA 539 
 
1. INTRODUÇÃO 539 
 
2. PRODUÇÃO PRIMÁRIA 540 
2.1. Produção de Grãos e Derivados: Micotoxinas 540 
 
3. PROGRAMAS PRÉ-REQUISISTOS 542 
3.1. Boas Práticas Agrícolas na Produção de Produtos Agrícolas 543 
 
4. O SISTEMA APPCC 545 
4.1. Definições Importantes 546 
4.2. Etapas e Princípios do APPCC 547 
 
5. APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DO APPCC NA SEGURANÇA DO CAFÉ 551 
 
6. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 559 
1 
Capítulo
1
 
 
ARMAZENAGEM E COMERCIALIZAÇÃO DE GRÃOS NO BRASIL 
 
 
Juarez de Sousa e Silva 
Marilson Gonçalves Campos 
Suely de Fátima Ramos Silveira 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 O setor agrícola brasileiro vem contribuindo para o crescimento econômico e a 
ele são delegadas importantes tarefas, como, por meio do aumento da produção e da 
produtividade, ofertar alimentos e matérias-primas para o mercado interno; gerar 
excedentes para exportação, ampliando a disponibilidade de divisas; transferir mão-de-
obra para outros setores da economia; fornecer recursos para esses setores; e consumir 
bens produzidos no setor industrial. 
A modernização da agricultura brasileira contou com acentuada participação do 
Estado. Esse processo teve início a partir dos anos 30, mas somente no período que se 
estende dos anos 60 ao final dos anos 70 foi verificado aprofundamento maior nas 
transformações do setor. 
A criação do Sistema Nacional de Crédito Rural, em 1965, e a disponibilidade 
de crédito a juros subsidiados nos anos 70 foram decisivas para a consolidação tanto da 
agricultura capitalista no País quanto de um parque industrial de insumos e máquinas 
agrícolas. 
 Até o fim da década de 70, o crescimento da produção agrícola ocorreu devido 
principalmente à expansão da área cultivada, com a incorporação de terras pertencentes 
à fronteira agrícola. Apesar de que novas áreas, ainda, continuam sento abertas para dar 
lugar a cana-de-açúcar e a soja, foi a partir daquela data que essa tendência começou a 
mudar, e já nos anos 80 o crescimento da produção vem ocorrendo em virtude do 
incremento na produtividade, com incorporação de novas variedades e técnicas 
modernas de produção. 
Com o grande crescimento da economia brasileira durante a década de 70, a 
agricultura apresentou avanços significativos, principalmente as culturas destinadas ao 
mercado externo. Nesse período, além de elevadas taxas de crescimento da agricultura 
brasileira como um todo, houve pronunciada segmentação da produção em produtos 
exportáveis e de consumo doméstico. 
Capítulo 1 Armazenagem e Comercialização de Grãos no Brasil 
2 Secagem e Armazenagem de Produtos Agrícolas 
No início dos anos 80, com aumento das taxas de inflação, redução do volume 
de crédito rural e conseqüente elevação das taxas de juros, por iniciativa do Estado, a 
ênfase dada ao crédito rural deslocou-se para a apólice de garantia de preços mínimos, 
que a partir daí iria tornar-se o principal instrumento de política agrícola brasileira, 
contribuindo para a consolidação da produção capitalista na agricultura. 
Em breve relato sobre o crescimento da economia brasileira nos anos 80, 
GASQUES e VILA VERDE (1990), comparando as taxas de crescimento entre os 
setores da economia, constataram que a agricultura foi um dos setores mais dinâmicos, 
com crescimento médio anual de 3,1%, superando o crescimento industrial. Esses 
autores verificaram que: 
a) As lavouras de subsistência foram superadas por lavourascomerciais, como 
as de café, cacau, milho e soja. 
b) O crescimento da agricultura ocorreu mais em função da substituição de 
cultura do que pela incorporação de novas áreas. 
c) Houve enfraquecimento do modelo de crescimento extensivo baseado na 
expansão de área, sendo o aumento de produtividade agrícola o principal responsável 
pelo aumento de produção. 
d) A queda dos preços agrícolas marcou o comportamento do mercado na 
década de 80, problema este que praticamente atingiu todos os produtos, tanto da 
agricultura quanto da pecuária. As características da agricultura, os aumentos na 
produtividade e as quedas nos custos de produção, juntamente com as políticas 
agrícolas, foram os principais fatores que possibilitaram o crescimento da agricultura 
mesmo com preços reais decrescentes. 
 
2. O POTENCIAL AGRÍCOLA BRASILEIRO 
 
Em comparação com outros países cuja agricultura possui importância 
econômica, o Brasil apresenta condições privilegiadas para, de forma rápida, ampliar a 
produção e modernizar o comércio de produtos agrícolas. Alguns fatores que podem 
contribuir para viabilizar estas condições são: 
a) Sistema de transporte - abertura de novas vias de transporte e utilização e 
ampliação das hidrovias em substituição ao transporte rodoviário contribuirão, 
significativamente, para reduzir os custos de escoamento da produção das regiões 
produtoras para regiões consumidoras e portos. 
b) Novas agroindústrias – se adaptadas às novas exigências de 
competitividade e instaladas, preferencialmente, próximas às regiões produtoras, 
contribuirão para a redução do custo de transporte da matéria-prima. Prova disso, é que, 
além de indústrias de transformação, o número de abatedouros para aves, suínos e 
bovinos que vêem sendo instalados no Centro Oeste e Norte do Brasil. 
c) Educação empresarial – faz-se necessária uma mudança do perfil do 
empresário agrícola brasileiro no sentido de se adaptar, de forma rápida, às exigências 
de um mercado globalizado, principalmente no que diz respeito as Boas Práticas de 
Produção que melhorem a qualidade final do produto e a segurança alimentar. 
d) Educação comercial - postura semelhante deve ocorrer no setor de 
comércio externo brasileiro em relação a seus parceiros do resto do mundo, com 
Capítulo 1 Armazenagem e Comercialização de Grãos no Brasil 
Secagem e Armazenagem de Produtos Agrícolas 3
mudança na forma de exportação. 
e) Novo mercado interno – devido ao tamanho da população brasileira, são 
importantes o incremento e a modernização do mercado interno em função da adoção e 
do desenvolvimento de novas tecnologias e novos produtos. 
f) Uso racional da terra – a ocupação racional da terra e o uso de técnicas 
modernas de produção, além de evitar os custos de ociosidade, manteriam a qualidade 
do solo. 
g) Disponibilidade de áreas - grandes áreas contínuas mecanizáveis e 
apropriadas para cultivo durante todo o ano a custo relativamente inferior ao de outros 
países produtores favorecem o investimento na produção. 
h) Qualidade total. 
Novos modelos administrativos, com técnicas mais eficientes para 
gerenciamento e comercialização da produção, podem promover grandes produção de 
alimentos. 
 
2.1. Estimativa da Área Plantada 
Em sua oitava avaliação para a safra 2007/2008, a CONAB estimou uma área 
plantada total 1,6% superior à cultivada na safra anterior, passando de 46,21 milhões de 
hectares para 46,97 milhões, o que indica que foram incorporados quase 760 mil 
hectares (Tabela 1). Se comparado com o incremento verificado em períodos, 
imediatamente, anteriores à primeira edição deste livro, pode-se notar que nos últimos 
11 anos, o aumento de área plantada foi, em média, 1,1 milhões de hectares por ano 
agrícola. Sugere-se ao leitor, consultar os dados de estimativas de safra e de área 
plantadas, que são publicados mensalmente e distribuídos, gratuitamente, pela CONAB 
(www.conab.gov.br) 
Outras culturas que não constam da Tabela 1, como batata, banana, abacaxi, 
cebola, alho e uva etc, também se destacam pelos expressivos volumes de produção, 
pela dimensão das áreas cultivadas e pelo contingente de mão-de-obra envolvido. Vale 
ressaltar a área atualmente ocupada com cana-de-açúcar (acima de 7 milhões de 
hectares para a safra 2008) e, segundo o (IBGE - 1996) a atividade com a pecuária, em 
1996, ocupava a expressiva área 177 milhões de hectares sendo 56% com pastagens 
plantadas, principalmente nas regiões onde se exercem controles rigorosos na área de 
sanidade animal, visando à obtenção de altos rendimentos de leite e carne, bem como a 
liberação das exportações de produtos pecuários. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.conab.gov.br/
Capítulo 1 Armazenagem e Comercialização de Grãos no Brasil 
4 Secagem e Armazenagem de Produtos Agrícolas 
TABELA 1 - Estimativa de área plantada no Brasil - safras 2006/2007 e 2007/2008 
 
SAFRA VARIAÇÃO
07/08 Perc. Abs. PRODUTO 06/07 
(a) Abril /08 (b) Maio/08 (c) (c/a) (c-a) 
ALGODÃO 1.096,8 1.095,1 1.090,4 0,6 6,4 
AMENDOIN TOTAL 102,6 112,8 115,3 12,3 12,6 
ARROZ 2.967,4 2.928,0 2.924,5 1,4 43,0 
FEIJÂO (Safras 1, 2, e 
3) 4.087,8 3.830,8 3,897,6 4,7 190,2 
MILHO Safras (1 e 2) 14.054,9 14.469,8 14.605,4 3,9 550,5 
SOJA 20.686,8 21.158,5 21.219,1 2,6 532,3 
TRIGO 1.757,5 1.818,9 1.818,9 3,5 61,4 
DEMAIS PRODUTOS 1.561,4 1.400,4 1.413,1 9,5 148,4 
BRASIL 46.212,6 46.701,5 46.969,0 1,6 756,4 
Fonte: CONAB (www.conab.gov.br) – Levantamento Maio/2008 
 
2.2. Estimativa da Produção 
A estimativa da produção brasileira de grãos da safra 2007/2008 foi de 142,12 
milhões de toneladas, o que representa aumento de 7,9% ou 10,36 milhões de toneladas 
superior a da safra de 2006/2007 (Tabela 2). 
Com um incremento 10,044 milhões de hectares, em relação ao ano 2000 
(primeira edição deste livro), ou seja, com 37% de aumento de incremento de área 
plantada, foi verificado, para o mesmo período um incremento de 71% na produção de 
grãos. Esse fato vem comprovar que o aumento da produção brasileira não se deveu 
somente ao aumento de área plantada mas, também, pela adoção de tecnologia moderna 
que aumenta a produtividade. 
 
TABELA 2 - Estimativa da produção de grãos no Brasil (em mil toneladas). 
 
SAFRA VARIAÇÃO 
07/08 Perc. Abs. PRODUTO 06/07 
(a) Abril /08 (b) Maio/08 (c) (c/a) (c-a) 
ALGODÃO (caroço) 2.383,6 2.436,9 2.432,4 2,0 48,8 
ARROZ 11.315,9 11.955,4 11.996,1 6,0 680,2 
FEIJÂO 
(Safras 1, 2, e 3) 3.339,8 3.437,0 3.500,7 4,8 160,9 
MILHO Safras (1 e 2) 51.369,8 56.233,2 57.877,1 12,7 6.507,4 
SOJA 58.391,8 59.988,7 59.502,6 1,9 1.110,8 
TRIGO 2.233,7 3.824,0 3.824,0 71,2 1.590,3 
DEMAIS RODUTOS 2.716,1 2889,2 2.982,5 9,8 266,4 
BRASIL 131.750,6 140.774,4 142.115,5 7,9 10.364,9
Fonte: CONAB (www.conab.gov.br) – Levantamento Maio/2008 
 
 
http://www.conab.gov.br/
http://www.conab.gov.br/
Capítulo 1 Armazenagem e Comercialização de Grãos no Brasil 
Secagem e Armazenagem de Produtos Agrícolas 5
 A Figura 1 mostra os dados oficiais sobre a atual capacidade armazenadora 
brasileira que, com exceção da região sudeste, continua mostrando um déficit de 
capacidade. Nos últimos cinco anos, conforme a CONAB (www.conab.gov.br), a 
capacidade estática instalada no Brasil vinha crescendo numa média de 3,7 milhões de 
toneladas ano (Tabela 3). Para o ano 2006 a capacidade total foi de, aproximadamente, 
122 milhões de toneladas, sendo que 22% desse total é, ainda, constituído por 
armazenagem convencional e, segundo a distribuição da capacidade por Entidade, as 
oficiais ficam com 5%, as cooperativas com 21% e a grande maioria (74%) com 
entidades privadas. 
 
Figura 1 – Capacidade armazenadora e produção de grãos no Brasil. 
 
TABELA 3 – Evolução anual da capacidade estática de armazenagem no Brasil (em 
mil toneladas) 
 
PERÍODO 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 
Capacidade 87.833,0 89.227,0 89.734,2 93.358,6 100.056,0 106.538,7 121.987,7Evolução - 1.394,00 516,2 3.624,4 6.697,4 6.482,7 15.449,0 
Fonte: CONAB Dez/2006 (www.conab.gov.br) 
 
3. SEGURANÇA ALIMENTAR E IMPORTÂNCIA DA PEQUENA PRODUÇÃO 
 
A segurança alimentar é um assunto de relevância para todos os países, estando 
sua importância diretamente relacionada ao tamanho da população e à extensão 
territorial. 
Em países populosos e com grandes extensões territoriais como o Brasil, deve-se 
priorizar a regularidade do abastecimento de alimentos e matérias-primas agrícolas que 
fazem parte do consumo diário da população, adequando os preços à demanda de todas 
as classes de renda. A dependência de fontes instáveis, estabelecendo insegurança na 
oferta de produtos agrícolas, cria variabilidade de preços e torna-se intolerável para a 
http://www.conab.gov.br/
http://www.conab.gov.br/
Capítulo 1 Armazenagem e Comercialização de Grãos no Brasil 
6 Secagem e Armazenagem de Produtos Agrícolas 
população com hábitos de consumo conservador e de baixa renda. 
Historicamente, foi atribuída à pequena produção a função de fornecer ao 
mercado consumidor os produtos alimentares básicos - arroz, feijão, milho e mandioca. 
Também a ela estão associados os conceitos de pequeno produtor, baixa produtividade, 
baixa capitalização, baixa modernização, baixa produção e baixa qualidade. 
Em geral, os produtores tradicionais produzem arroz, feijão e mandioca, 
produtos que apresentam elasticidade-renda pequena mesmo entre as populações de 
baixa renda, que são os principais consumidores destes produtos. Mesmo quando 
produz frutas, hortaliças, soja, café e proteína animal, cuja elasticidade-renda é alta, este 
grupo tem produção pequena para proporcionar aumento significativo em sua renda. 
No que se refere à importância dos pequenos produtores quanto à produção de 
alimentos básicos (arroz, milho, feijão e mandioca), é importante ressaltar que tais 
produtos são típicos do subsetor de subsistência e baixa renda da agricultura. Não 
obstante, existem pequenos proprietários que se dedicam à produção tecnificada de 
hortigranjeiros, suínos, aves e mesmo grãos. Estes diferem dos pequenos produtores 
tradicionais por produzirem produtos de alta elasticidade-renda, adotarem tecnologia 
moderna, possuírem nível de instrução mais elevado e alta capacidade administrativa e, 
geralmente, estarem ligados a grandes grupos, a cooperativas ou a esquemas de 
comercialização eficientes. 
Entende-se por agricultura moderna aquela fortemente integrada ao mercado 
urbano de insumos e produtos, baseada em intenso fluxo de informações sobre preços, 
quantidades demandadas/ofertadas, em observação de padrões de qualidade e acesso às 
tecnologias disponíveis. Portanto, a agricultura moderna é compatível não somente com 
grandes empresas agrícolas, mas com qualquer agricultor individualmente, capaz de 
interpretar mensagens e aplicá-las na atividade produtiva. Na agricultura moderna, 
rompem-se os padrões de produção e administração que redundam na produtividade de 
fatores muito aquém daqueles que apresentam condições técnicas, econômicas e 
socialmente justificáveis, conforme definido por ALVES (1987). 
O modelo de desenvolvimento atualmente implantado no Brasil, baseado na 
industrialização intensiva em capital, apesar de provocar mudanças positivas nas 
relações agricultura-indústria, enfatizando o uso de insumos modernos na agricultura, 
concentra-se principalmente nas grandes e médias propriedades, cujos proprietários têm 
facilidade de acesso ao crédito subsidiado e, ainda, estímulo à produção de exportáveis. 
Esse modelo é incapaz de resolver os problemas estruturais do setor composto pelos 
pequenos produtores, que permanecem, na sua maioria, atrelados ao ciclo do 
subdesenvolvimento: baixo nível de renda - baixa capitalização - baixa produção - baixa 
produtividade. 
Em decorrência do processo de modernização, coube à agricultura comercial a 
ocupação de terras mais férteis, enquanto que, para os pequenos produtores, exceto 
aqueles que ocupavam menores extensões de terra, pouco a pouco foram deslocados 
para áreas que apresentam menor fertilidade relativa. Os produtores mais competentes e 
donos de terras férteis substituíram as culturas de arroz, feijão e mandioca pelas de 
cana-de-açúcar, soja, café, laranja e outros produtos mais rentáveis, principalmente na 
Região Sudeste, excetuando-se os cultivos irrigados de arroz e feijão, que são altamente 
tecnificados. 
Capítulo 1 Armazenagem e Comercialização de Grãos no Brasil 
Secagem e Armazenagem de Produtos Agrícolas 7
No caso da pequena produção de grãos, a maioria dos produtores caracteriza-se 
por empregar técnicas tradicionais de produção voltadas, basicamente, para o sustento 
da unidade familiar, gerando pouco excedente para comercialização. Contudo, quando 
computados conjuntamente, estes produtores geram produções expressivas. Neste caso, 
a produção está associada aos produtos domésticos (típicos da pequena produção) e aos 
preços muito instáveis, contribuindo para que o nível de renda monetária destes 
produtores seja, em média, muito pequeno. Assim, os pequenos produtores, com 
exceção daqueles organizados nas estruturas dos complexos agroindustriais e/ou no 
sistema de cooperativas, têm poucas possibilidades de comercializar a produção 
diretamente com os mercados consumidores, ou de retê-la, aguardando melhores preços. 
Em geral, vendem o produto aos atravessadores, que percorrem as unidades produtivas, 
comprando o produto ao preço que melhor lhes convém e transportando-o para os 
mercados consumidores, onde obtêm melhores preços. Desse modo, o lucro da atividade 
do pequeno produtor é transferido para o “atravessador” ou agente de comercialização, 
que transaciona diretamente o produto. 
A presença marcante de pequenos produtores na agricultura, embora com baixo 
nível de renda e à margem do processo de modernização, é demonstrada pela estrutura 
fundiária brasileira (Tabela 4). Segundo o IBGE, em 1995 havia, aproximadamente, 
3,406 milhões de estabelecimentos rurais ocupando área de 42,839 milhões de hectares 
com média de 12,58 hectares por estabelecimento que representa 12% da área de todos 
os estabelecimentos. 
 
TABELA 4 – Distribuição percentual, por tamanho, das propriedades rurais no Brasil 
em 2003. 
 
Imóveis Área total Estratos de área 
(hectares) Quantidade % Hectares % 
Até 10 1.409.752 32,9 6.638.598,60 1,6 
De 10 até 25 1.109.841 25,9 18.034.512,20 4,3 
De 25 até 100 1.179.173 27,5 57.747.897,80 13,8 
De 100 até 1.000 523.335 12,2 140.362.235,80 33,5 
Mais de 1000 68.381 1,6 195.673.396,40 46,8 
Totais 4.290.482 100,0 418.456.640,80 100,00 
Fonte: Apuração Especial do SNCR, realizada em outubro de 2003 (INCRA, 2003a). OBS: Dados brutos, excluídos os imóveis com 
inconsistência na situação jurídica. 
 
Quanto à produção de grãos, especificamente as culturas de arroz, milho, feijão e 
soja, os estabelecimentos com área até 50 ha foram responsáveis, em média, no ano de 
1970, por 43% da produção de arroz, 64% da produção de milho, 73% da produção de 
feijão e 60% da produção de soja. No ano de 1985 ocorreu redução na participação das 
propriedades desse estrato de área, na produção destas culturas. Contudo, em relação ao 
total produzido, os percentuais de participação das propriedades na faixa de até 50 ha 
são significativos, sendo, para cada cultura mencionada, respectivamente, de 27%, 53%, 
66% e 26%. 
A maior participação dos pequenos produtores de grãos concentra-se nas 
culturas de feijão e milho, os quais contribuíram com, aproximadamente, 60% da 
produção total do País, em 1970 e 1985 (Tabela 5). 
Capítulo 1 Armazenagem e Comercialização de Grãos no Brasil 
8 Secagem e Armazenagem de Produtos Agrícolas 
Segundo SANTOS (1993), o número de pessoas ocupadas e a produtividade da 
exploração são também importantes indicadoresquando se considera a pequena 
produção. Em 1980, 52% das pessoas ocupadas na agricultura estavam em propriedades 
que abrangiam áreas de até 20 ha e 69%, em propriedades com áreas de até 50 ha. 
 
TABELA 5 - Distribuição percentual da produção de grãos, segundo o tamanho das 
propriedades rurais, em 1970 e 1985 
 
Arroz Milho Feijão Soja Estrato de área 
(ha) 70 85 70 85 70 85 70 85 
Até 10 19,5 11,8 19,9 15,3 32,8 28,2 14,5 3,1 
10-20 8,9 4,7 18,6 15,5 18,4 16,4 21,4 7,5 
20-50 14,9 10,3 25,6 21,8 22,0 22,2 24,9 15,2 
50-100 11,5 10,6 11,3 12,1 10,0 12,3 8,9 11,0 
até 1.000 33,9 38,9 20,4 27,9 14,8 18,0 25,6 41,7 
até 10.000 10,7 20,9 4,0 7,0 1,9 2,8 4,6 6,3 
Acima 0,6 2,8 0,2 0,5 0,1 0,1 0,1 0,2 
 Fonte: FIBGE (Censo Agropecuário – 1970 a 1985). 
 
 De acordo com o último censo do IBGE, a agricultura familiar está presente em 
86% dos estabelecimentos agrícolas brasileiros, ocupando 30,5% da área total e que a 
sua força econômica é traduzida por representar 38% do Valor Bruto da Produção 
Nacional, sendo responsável pela produção de 84% da mandioca; 67% do feijão; 49% 
do milho; 31% do arroz e quantidades expressivas de soja, suínos, leite e outros 
produtos importantes para o abastecimento interno e para as exportações. 
 
4. A ESTRUTURA BRASILEIRA DE ARMAZENAGEM 
 
A produção brasileira de grãos (cereais, leguminosas e oleaginosas) na safra 
2007/2008, estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), foi de, 
aproximadamente, 142 milhões de toneladas. Como dito anteriormente, na última 
estimativa foi detectado um acréscimo corresponde ao acréscimo de 7,9% em relação à 
safra anterior, em que foram produzidas 131,7 milhões de toneladas, até então 
considerada recorde. Os pesquisadores atribuem esse resultado ao melhor emprego da 
tecnologia disponível e ao uso de variedades mais produtivas, já que a produção foi, 
proporcionalmente, muito maior que o aumento de área plantada. 
Apesar da expressiva produção de grãos e do aumento de capacidade estática 
verificada nos últimos anos, a rede armazenadora brasileira é, ainda deficiente tanto em 
relação à sua distribuição espacial quanto à modalidade de manuseio da produção 
agrícola. 
Do seu surgimento até o início da década de 70, a rede armazenadora brasileira 
concentrou-se no litoral e só avançou para o interior em condições muito especiais, 
conforme a cultura. Sua modalidade, em termos de manuseio dos produtos, voltou-se, 
predominantemente, para a guarda e conservação em sacaria, e a partir dos anos 70 o 
Capítulo 1 Armazenagem e Comercialização de Grãos no Brasil 
Secagem e Armazenagem de Produtos Agrícolas 9
sistema de armazenagem a granel foi adotado. Em 2005 a armazenagem a granel já 
correspondia a 51% do total. Ganhou mais destaque ainda e, em 2006, segundo a 
COBAB, a armazenagem a granel já representava 78%. 
A falta de uma estrutura armazenadora bem dimensionada, que garantisse um 
fluxo de abastecimento uniforme durante o ano, reduzindo as excessivas flutuações nos 
preços dos produtos agrícolas, preocupava as autoridades governamentais. Em 1956, 
visando promover o estabelecimento de um sistema coordenador de armazéns e silos 
capaz de fazer face às questões de infra-estrutura, foi criada a Comissão Consultiva de 
Armazéns e Silos, diretamente vinculada à Presidência da República. 
Os governos estaduais, por sua vez, criaram órgãos para atuar no setor, como a 
Companhia Estadual de Silos e Armazéns (CESA-RS), Companhia de Armazéns e 
Silos do Estado de Minas Gerais (CASEMG), a Central de Entrepostos e Armazéns 
Gerais do Estado de São Paulo (CEAGESP), a Companhia Paranaense de Silos e 
Armazéns (COPASA), dentre outros. 
No entanto, já naquela época, a política de armazenamento foi distorcida, 
fazendo restrições à atividade da armazenagem em fazendas, pois, no entender do 
governo, o agricultor, com a posse do produto, poderia exercer pressões e provocar o 
estabelecimento de preços elevados. 
Nos anos 60 foram criadas a Superintendência Nacional de Abastecimento 
(SUNAB), a Companhia Brasileira de Alimentos (COBAL), a Companhia Brasileira de 
Armazenamento (CIBRAZEM) e a Comissão de Financiamento da Produção (CFP), 
voltadas para as questões de produção, abastecimento e preços. Por muitos anos, a CFP 
desempenhou importante papel na fixação de preços mínimos dos produtos agrícolas e 
no delineamento da política agrícola brasileira. 
A CIBRAZEM tornou-se órgão central do Sistema Nacional de 
Armazenamento, encarregado de coordenar e normatizar o setor. 
O Cadastro Nacional de Armazenagem, implantado a partir de dezembro de 
1974, com o objetivo de quantificar e qualificar a rede nacional de armazenagem, e o 
lançamento do Programa Nacional de Armazenagem (PRONAZEM), com o objetivo de 
financiar a construção de unidades armazenadoras, a juros subsidiados, proporcionaram 
a expansão da rede de armazenagem do País. O PRONAZEM possibilitou a ampliação 
da capacidade estática de armazenamento, de 38,3 milhões de toneladas, em 1975, para 
72 milhões de toneladas, em 1988, tendo a rede oficial uma capacidade de 10,8 milhões 
de toneladas e a rede particular a capacidade de 61,2 milhões de toneladas. Apesar desse 
esforço, o armazenamento nas fazendas continua inexpressivo e em 2006, segundo a 
CONAB (Figura 2), a armazenagem na fazenda participou com apenas 15% da 
capacidade estática total. 
 
Capítulo 1 Armazenagem e Comercialização de Grãos no Brasil 
10 Secagem e Armazenagem de Produtos Agrícolas 
 
 
Figura 2 – Distribuição da capacidade armazenadora por localização. 
 
Nos anos 80, o processo de aceleração inflacionária e a falta de uma política 
específica para o setor armazenador contribuíram para o descompasso entre a produção 
e a armazenagem, afetando também a estrutura do sistema armazenador. Em 1990, com 
base na Lei nº 8.029, de 12 de abril, e com o objetivo de realizar uma ampla reforma 
administrativa, o Governo Federal fundiu a CIBRAZEM, a COBAL e a CFP em uma 
única estrutura, denominada Companhia Nacional de Abastecimento-CONAB, com a 
missão de atuar como instrumento do Estado no subsídio à formulação e à execução das 
políticas agrícola e de abastecimento, visando assegurar o atendimento às necessidades 
básicas da sociedade, preservando e estimulando os mecanismos de mercado. 
Tendo iniciado suas atividades em 1º de Janeiro de 1991, a CONAB tornou-se a 
empresa oficial do Governo Federal, encarregada de gerir as políticas agrícolas e de 
abastecimento, visando assegurar o atendimento das necessidades básicas da sociedade, 
preservando e estimulando os mecanismos de mercado. Possui estrutura convencional, 
contando com Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Diretoria Colegiada, 
integrada pela Presidência, Diretoria de Gestão Administrativa e Financeira (Diafi), 
Diretoria de Logística e Gestão Empresarial (Digem) e Diretoria de Gestão de Estoques 
(Diges). 
A CONAB, que pode ser acessada pelo SITE (www.conab.gov.br) atua em todo 
território nacional, por meio de suas Superintendências Regionais e, vinculadas a elas, 
existem 96 Unidades Armazenadoras (UA). Tem como instrumentos básicos a Política 
de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), Prêmio para Escoamento de Produtos (PEP), 
Contrato de Opção, Prêmio de Risco para Aquisição de Produto Agrícola Oriundo de 
Contrato Privado de Opção de Venda (PROP), Prêmio Equalizador Pago ao Produtor 
(PEPRO), Prêmio para Equalização do Valor de Referência da Soja em Grãos 
(PESOJA), Vendas em Balcão - programa destinado aos pequenos criadores e 
agroindústrias de pequeno porte. 
Promove, através de meio seguro, a comercialização eletrônica de produtos e 
serviços relacionados às atividades finalísticas e de produtos e insumos para terceiros e, 
também, presta serviços de armazenagem e de classificação de produtos agrícolas. 
Realiza levantamento de safras, mantém informações e séries históricas de indicadores 
agropecuários, análise

Continue navegando